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ATLAS URINALISE

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4
Claretiano Faculdade – (Campus Rio Claro)
Bacharelado em Biomedicina
Cleila Grotolli Guillen
RA:8048593
Sexto semestre
ATLAS DE SEDIMENTOSCOPIA DE URINA
Rio Claro – SP
2020
Claretiano Faculdade – (Campus Rio Claro)
Bacharelado em Biomedicina
Cleila Grotolli Guillen
 
Trabalho desenvolvido na disciplina de Líquidos corporais e Urinálise, submetido aos alunos de graduação em Biomedicina-Bacharel. Claretiano – Centro Universitário, como parte do processo avaliativo.
Orientador: Prof. Marcelo Paschoalete Carlin
Rio Claro – SP
2020
Sumário
Sedimentoscopia	4
Hemácias:	5
Leucócitos:	6
CÉLULAS EPITELIAIS	6
Células epiteliais escamosas	6
Células epiteliais transcricionais	8
Células tubulares renais	8
Bactérias	9
Fungos (leveduras)	9
Parasitas	10
Trichomonas vaginalis	10
Espermatozoides	11
Muco	11
Cilindros	12
Cilindros hemáticos	13
Cilindros leucocitários	13
Cilindros céreos	15
Cilindros granulosos	15
Cilindro bacteriano	16
Cilindros gordurosos	16
Cristais	17
Cristais de ácido úrico	17
Cristais de urato amorfo	18
Cristais de ácido hipúrico	18
Cristais de oxalato de cálcio	19
Cristais de fosfato amorfo	20
Cristais de fosfato de cálcio	20
Cristais de carbonato de cálcio	20
Cristais de urato de amônio	21
Cristal de fosfato triplo ou amoníaco magnesiano	21
Cristais anormais	22
Cristais de Cistina	22
Cristais de leucina	23
Cristas de tirosina	23
Cristais de bilirrubina	24
Cristal de placa de colesterol	24
Referências bibliográficas	25
Sedimentoscopia 
 
A análise microscópica do sedimento urinário é um aspecto muito importante para avaliação da função dos rins, na qual se avalia o organismo em um todo. Através da urina é possível detectar diversas patologias, de maneira que se torna eficaz no auxílio de diagnósticos de infecções e doenças renais, além dos casos de doenças crônicas como hipertensão ou diabetes. A Urinálise é um teste laboratorial amplamente utilizado na prática clínica, constituindo um dos indicadores mais importantes de saúde e doença. 
Hemácias:
As hemácias possuem forma de disco bicôncavo. Com diâmetro de 7 mm. A presença de grande quantidade de hemácias na urina que é chamado (hematúria).
Correlação clinica
Pode indicar diversas patologias como: as glomerulonefrites, infarto renal, necrose, tumores, litíase entre outras. 
 
 
Figura 1. Seta indicando as hemácias na sedimentoscopia discos incolores com formatos variáveis
Leucócitos:
Os leucócitos são células sanguíneas identificadas como glóbulos brancos, também conhecido como células de defesa. Quando há presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias.
Correlação clinica
É normal a presença de leucócitos na urina um valor de até 10000 leucócitos por ml de urina, quando esse valor passa a ser maior é dado o nome de (leucocitúria) é um indicativo de infecção no sistema urinário, pielonefrite, cistites, traumas, além de lúpus, problemas renais, tumores, entre outros. Podendo ser acompanhadas muitas vezes de numerosas bactérias.
 
Figura 2. Leucócito com nucleo lobulados figura 3. Leucócito com grânulos citoplasmácos
CÉLULAS EPITELIAIS
Células epiteliais escamosas
As células epiteliais escamosas medem cerca de 30 a 50 mm e tem grande relação núcleo/citoplasma e apresentam bordas irregulares. 
Correlação clinica
Quando há um número aumentado das células epiteliais escamosas na urina, pode indicar que há uma inflamação ou infecção no trato urinário ou até mesmo uma contaminação da amostra.
 
Figura 4. Citoplasma abundante e irregular. Figura 5. Células epiteliais escamosas com presença de bactérias.
Células epiteliais transcricionais
As células epiteliais transcricionais em grande quantidade não são muito comuns. Seu diâmetro varia de 20 mm a 30 mm, sendo esféricas ou ovais e também caudadas. O núcleo dessas células possui o mesmo tamanho das células epiteliais escamosas, mas possuem o citoplasma denso. São células que muitas vezes são encontradas em pacientes idosos.
Correlação clinica
Quando há um número alto das células transcricionais na urina indica alterações do trato urinário (cistite).
 
Figura 6. Células epiteliais transicionais núcleos centrais com vacúolos
Células tubulares renais
As células tubulares renais, normalmente medem de 12 mm a 25 mm, são ovais e possuem o núcleo grande. Também são oriundas do tubo contorcido distal e proximal e alça de Henle.
Correlação clinica
O valor aumentado dessas células pode ser identificado em alterações como: infecções bacterianas ou virais, neoplasias, pacientes que foram submetidos a transplante de rim e que houve rejeição do órgão também pode apresentar essas células. 
 
Figura 7. Microscopia de células tubulares renais e presença de hemácias
Bactérias
Geralmente a urina não possui bactérias, mas pode apresentar devido a vários fatores, como a contaminação da amostra, o que pode resultar em mais de um tipo de bactéria na amostra. Os formatos podem ser em cocos ou bacilos.
Correlação clinica
Existe diversas bactérias que são encontradas na urina, as mais comuns são Escherichia coli, Mycoplasma, clamídia, Lactobacilos entre outras. São vistas na urina quando há ITU (infecção do trato urinário), bacteriúria. 
Figura 8. Bactérias (bacilos Gram-negativos) formando filamentos e esferoplastos.
Fungos (leveduras)
As leveduras são de tamanhos menor que as hemácias, são ovoides e podem ser observadas em brotação ou cadeia (hifas), sendo a cândida albicans a mais comum encontrada na urina. A levedura também é classificada por raras em que há 3 elementos por campo, numerosas acima de 10 por campo e maciça quando o campo estiver repleto por ela.
Correlação clinica
Os fungos na urina podem ocorrer por espécies de cândida ou também por leveduras do tipo Cryptococcus neoformans e trichosporon. A presença de levedura na urina pode indicar infecção ou contaminação, são propensos a esse tipo de infecção pacientes que fazem uso de cateteres, uso de antibióticos, imunossupressão e diabetes.
 
Figura 9. Presença de leveduras e hifas Figura 10. Presença de hifas, leveduras e piócitos.
Parasitas
Trichomonas vaginalis
O TRICHOMONAS VAGINALIS é um parasita causador de infecções vaginais podendo também infectar a uretra a bexiga e a próstata. É observado com facilidade pois sua movimentação é rápida e irregular.
Correlação clinica
A presença de trcichomonas vaginalis ocorre devido a doença sexualmente transmissível (DST) da vagina nas mulheres e uma DST do trato urinário tanto nos homens como nas mulheres. Quando identificado na urina pode indicar contaminação por secreções genitais, sendo uma frequente causa de vaginites e uretrites.
 
Figura 11. Presença de trichomonas vaginalis com eritrócito.
Espermatozoides
Os espermatozoides não possuem significado clinico, é visto na urina após relações sexuais, infertilidade masculina ou ejaculação noturna. É visualizado com facilidade conforme sua morfologia.
 
Figura 12. Espermatozoides identificados na urina
Muco
O muco é um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais do sistema urogenital. Não tem significativo clinico e a quantidade fica maior quando há contaminação vaginal. É observado como estruturas filamentosas com baixo índice de refração, de maneira que exige analisar em luz de baixa intensidade. 
 
Figura 13 e 14. É observado a presença de filamentos de muco.
Cilindros
Cilindros epiteliais
Os cilindros epiteliais são visíveis na matriz proteica em tamanho menores, redondas e ovais em quantidades variáveis. A origem dos cilindros se faz do túbulo renal onde resultam da descamação de células que os revestem. Também sofrem alterações em sua estrutura com o tempo de modo que passam de epiteliais para granulosos.
Correlação clinica
Os cilindros epiteliais podem ser encontrados em todas as condições associadas a dano tubular grave, como necrose tubular aguda, nefrite intersticial aguda
de qualquer causa e doenças glomerulares. 
Figura 15. Cilindrosepiteliais com células agrupadas durante o deslocamento.
Cilindros hemáticos
Os cilindros hemáticos possuem um aglomerado de hemácias ou hemoglobina ao redor e em seu interior, também contém uma cor castanha ou incolor.
Correlação clinica
Os cilindros hemáticos tem relação com à doença renal intrínseca. De modo que as hemácias são de origem glomerular, como a glomerulonefrite ou também pode ocorrer o dano tubular, como exemplo a nefrite intersticial aguda. Além de que podem ser encontrados na síndrome de Goodpasture, na endocardite bacteriana, no traumatismo renal, no infarto renal, na pielonefrite grave e na trombose da veia renal. Quando analisados os cilindros hemáticos na urina do paciente torna-se um controle no tratamento e avaliação do mesmo.
Figura 16. Aglomerado de hemácias de cor amarronzada.
Cilindros leucocitários
Esses cilindros contêm leucócitos ao seu redor e interior e podem ter bordas irregulares. Possuem um aspecto granular, e quando a quantidade é grande sua matriz fica mascarada.
Correlação clinica
Quando há presença de cilindros leucocitários na urina indica infecção ou inflamação no interior do néfron e exige uma maior investigação pois o paciente pode apresentar pielonefrite ou glomerulonefrite.
Figura 17. Células com grânulos e núcleo multilobulado.
Cilindros hialinos
Os cilindros hialinos apresentam – se incolor. Sua morfologia é variada, sendo alguns lados paralelos e extremidades arredondadas, formas cilindroides e enrugadas ou convolutas que representa o envelhecimento da matriz do cilindro. Os mais achados em urina por uma matriz homogênea de proteína de Tamm-Horsfall. É normal a presença de 0 a 2 por campo de pequeno aumento. 
Correlação clinica
Quando encontrado em quantidades elevadas é visto que há uma doença renal moderada. Porem exercícios físico intenso, febre, desidratação e estresse emocional também pode elevar o número de cilindros hialinos.
Figura 18. Presença de cilindro incolor.
Cilindros céreos
Os cilindros céreos tem aspecto refringente, como nas extremidades e sua aparência lembra cera derretida, possui a superfície irregular. É um estágio avançado dos cilindros hialinos. Acontecem quando há estase prolongada por obstrução tubular, na qual recebem o nome de cilindros da insuficiência renal.
Correlação clinica
É bastante encontrado em pacientes com insuficiência renal crônica, e também quando há rejeição no transplante, hipertensão maligna e doenças renais agudas.
Figura 19. Cilindro céreo em campo claro.
Cilindros granulosos
Os cilindros granulosos possuem característica com grânulos grosso e fino na matriz do cilindro. Quando passam muito tempo nos túbulos, os grânulos se desintegram e a matriz do cilindro desenvolve aparência cérea. Sua estrutura fica mais rígida, e as extremidades podem ficar irregulares ou partidas com diâmetro mais amplo.
Correlação clinica
Os cilindros granulosos, podem aparecer no sedimento urinário quando o paciente fez algum tipo de exercício intenso. Porem quando elevados pode apresentar uma doença renal glomerular ou tubular. Os grânulos são resultados da desintegração de cilindros celulares ou agregados de proteínas plasmáticas, imunocomplexos e globulinas.
Figura 20. Cilindro granulo em campo claro.
Cilindro bacteriano
Os cilindros bacterianos são mais difíceis de ser analisado, possui matriz proteica que está claramente associada à pielonefrite. As bactérias podem estar distribuídas ao longo do cilindro ou em uma área especifica, ou também misturados com leucócitos. Podem ser confundidas com os cilindros granulosos por sua aparência ser igual.
Correlação clinica
É comum em pielonefrite, sendo necessário a coloração em Gram.
Figura 21. Presença de cilindros bacterianos
Cilindros gordurosos
Os cilindros gordurosos também recebem o nome de cilindros lipoídeos ou graxos, apresentam, em seu interior, gotículas de gordura, corpos ovais gordurosos ou cristais de colesterol. As gotículas de lipídios dentro dos cilindros podem ser poucas, pequenas e dispersas ou tão abundantes e compactadas que mascam completamente a matriz do cilindro. São cilindros que ao identificar são bem fáceis por conta da sua característica “cruz de Malta”
Correlação clinica
Os achados de cilindros gordurosos são em pacientes com proteinúria em nível
nefrótico, mas podem ser observados em pacientes sem proteinúria elevada.
Eles podem também ser observados na glomeruloesclerose diabética, na nefrose lipoídica e nas nefroses tóxicas, como as decorrentes de etilenoglicol ou
intoxicação por mercúrio.
Figura 22. Cilindros graxos microscopia de campo claro.
Cristais
Cristais de ácido úrico 
O ácido úrico é um ele mento metabólico que vem da quebra de purina. Quando são produzidos além do necessário ficam acumulados no organismo em forma de cristais com formato semelhante a um losango, chamados cristais de ácido úrico. 
Correlação clinica
Quando os cristais de ácido úrico estão aumentados pode incluir: gota, litíase rena l, diabetes, síndrome de Lesh -Nyhan etc. Os valores de referência variam entre 3,6 mg/dl e 8,3 mg/dl. E as causas mais comum que causam o ácido úrico são: obesidade, baixo ph urinário, consumo excessivo de proteínas, entre outros. 
Figura 23. Cristais de ácido úrico coloração amarronzada com formas variadas
Cristais de urato amorfo 
Os cristais de urato amorfo são encontrados em urina acida que quando se apresentam em grandes quantidades adquirem uma coloração rosada. São formados de cálcio, sódio, magnésio e potássio.
Correlação clinica
Quando presente na urina pode estar relacionado a baixa ingestão de água.
Figura 24. Presença de cristais de urato amorfo de ph ácido.
Cristais de ácido hipúrico 
O ácido hipúrico quando presente na urina pode indicar contaminação pois representa um solvente. Esses cristais possuem forma alongadas e geralmente coram-se de amarelo claro ou transparente.
Correlação clinica
Os cristais de ácido hipúrico na urina indica que está sendo consumido excesso alimentos contendo ácido benzoico como de exemplo os pães, refrigerantes e medicamentos.
Figura 25. Cristais de ácido hipúrico incolor e alongado.
Cristais de oxalato de cálcio 
Os cristais de oxalato de cálcio são causados pelo excesso de cálcio. Quando ocorre esse acúmulo de cálcio pode estar causando doenças que danificam o metabolismo do cálcio, hipertireoidismo, aumento de vitamina D ou excesso de cálcio na alimentação. Possuem formato de envelope e são visualizados numa objetiva de 100 x.
Correlação clínica
Quando presente na urina podem indicar doenças como diabetes mellitus, doenças do fígado e litíase renal.
Figura 26. Oxalato de cálcio em formato de envelope com x no interior incolor.
 Cristais de fosfato amorfo 
Os cristais de fosfato amorfo são parecidos com os cristais de urato amorfo, mas sua diferença é que são encontrados em ph alcalino, enquanto que o urato encontra-se em ph ácido. São formados de cálcio, sódio, magnésio e potássio. Quando em grande quantidade a urina fica com aspecto turvo, e não estão associados a doenças.
Figura 27. Cristais de fosfato apresenta presença de grumos.
Cristais de fosfato de cálcio
Os cristais de fosfato de cálcio são irregulares, transparentes, compridos com extremidades finas. É visto no aumento de 100 x.
Correlação clinica
O acumulo de fosfato de cálcio pode causar formação de cálculos renais.
Figura 28. Cristais de fosfato de cálcio em forma de prisma.
 Cristais de carbonato de cálcio 
Os cristais de carbonato de cálcio em que são encontrados na urina geralmente são transparentese pequenos e possuem forma arredonda, são visualizados com aumento de 100 x. Também esse tipo de cristais podem ser confundidos com elementos amorfos mas sua diferenciação se resulta na produção e gazes quando adicionado ao ácido acético.
Correlação clinica
Quando achado carbonato de cálcio na urina não indica alterações clinicas relevantes. 
Figura 29. Cristais de carbonato de cálcio pequenos e incolores.
Cristais de urato de amônio
Os cristais de urato de amônio possuem formato esférico com pontas irregulares, a visualização é feita na objetiva de 100 x. Podem ser encontrados em urina com ph alcalino ou neutro e raramente em ph ácido.
Correlação clinica
Os cristais de urato de amônio estão associados a patologias do fígado.
Figura 30. Urato de amônio esferas com espiculas.
Cristal de fosfato triplo ou amoníaco magnesiano
Os cristais de fosfato triplo possuem formato de prima transparente com três a seis lados com aspecto semelhante a uma tampa de caixão. Podem ser vistos com aumento de 100 x.
Correlação clinica
Quando visualizados na urina é levado em consideração como inflamações na bexiga, rins, próstata ou quando há retenção de urina na bexiga
Figura 31. Presença de fosfato triplo transparente em formato de caixão.
Cristais anormais
Cristais de Cistina 
Os cristais de cistina têm aspecto hexagonal, incolor e ph ácido. É um aminoácido que causa cistinuria no qual faz com que cálculos compostos pelo aminoácido cistina se formem nos rins, bexiga e na uretra. Na cistinuria há um aumento exagerado na concentração de cistina que acaba desiquilibrando a reabsorção o que facilita a formação de cálculos devido à pouca solubilidade de cistina.
Correlação clinica
 É observado a presença de cristais de cistina em pacientes portadores de cistinúria, quando visualizados na urina é correto observar sempre a importância clínica, ocorrendo em pacientes com cistinose e com cistinúria, por estar associada à formação de cálculos de cistina, que representam cerca de 1% de todos os cálculos renais.
Figura 32. cristais de cistina observados em distúrbios metabólicos.
Cristais de leucina
Os cristais de leucina assim como o urato de cálcio são cristais que se encontram em situações em que há alterações severas. É observado também cristais de tirosina. Seu formato é redondo de coloração amarelada com estrias radiais, com alta birrefringência e aspecto oleoso. Pode se apresentar tanto no ph ácido como no alcalino.
Correlação clinica
Os cristais de leucina são raros, mas de grande importância clínica e estão associados a doença hepática grave e certas doenças hereditárias do metabolismo dos aminoácidos.
Figura 33. Presença de cristais de leucina juntamente com leucócitos.
Cristas de tirosina
Os cristais de tirosina possuem formato parecido com feixes de agulha, incolores, amarelas ou enegridas, isoladas ou formando grumos ou rosetas.
Correlação clinica
Quando a presença deste cristal na urina indica que há doença hepática grave e tirosinase.
Figura 34. Cristal de tirosina com aspecto de agulha fina.
Cristais de bilirrubina 
Os cristais de bilirrubina são vistos como agulhas isoladas, agrupadas ou como esferas, sua coloração pode ser amarela ou marrom-avermelhada. Pode ser observado bilirrubinúria intensa.
Correlação clinica
Quando há presença desses cristais na urina pode indicar doenças graves do fígado, neoplasias e também alterações biliares.
Figura 35. Cristal de bilirrubina em forma de agulha isolada.
 Cristal de placa de colesterol 
Os cristais de colesterol possuem aparência semelhante a uma placa de vidro retangular com um entalhe em um ou mais vértices, altamente birrefringentes à luz polarizada. Estão associados aos cilindros graxos e corpúsculos ovais.
Correlação clinica
Quando há presença desse cristal pode indicar um quadro nefrótico e nefrose lipoídica, ou em casos de quilúria, secundários à obstrução da drenagem linfática por
Tumores.
Figura 36. Cristal de colesterol com aparência de vidro.
Referências bibliográficas
PINHEIRO, D. S; Atlas virtual de Urinálise – LACES. Goiânia. Disponível em:
<https://laces.icb.ufg.br/p/20662-atlas-virtual-de-uroanalise> Acesso em outubro de 2020.
BIASOL, W. M; Atlas do sedimento urinário. Fortaleza. Disponível em: <https://controllab.com/pdf/atlas_de_sedimento_urinario_com_fotos.pdf> Acesso em outubro de 2020.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/medicina Laboratorial (SBPC/ML): realização de exames em urina. Barueri, SP: Manole, 2017. Disponível em: <http://bibliotecasbpc.org.br/arcs/pdf/ExamesUrina_v2.pdf> Acesso em outubro de 2020.

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