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FARMACOLOGIA DA DOR
DOR: é uma experiência sensorial e emocional desagradável relacionada a lesão tecidual real ou potencial. 
Na odontologia, a dor é de caráter inflamatório e pode ser classificada como aguda, quando é de curta duração, ou crônica quando é mais prolongada. Toda intervenção cirúrgica odontológica provoca destruição tecidual, gerando respostas agudas, essas reações podem vir acompanhadas por edema e limitação da função. Quando o procedimento é minimamente invasivo, a resposta inflamatória é mínima, o paciente acusa apenas dor leve e desconforto, cujo tratamento se dá na prescrição de analgésicos de ação periférica. Porém em intervenções mais complexas, como remoção de terceiros molares, cirurgias periodontais e implantes, gera resposta inflamatória caracterizada por hiperalgesia e edema, para intervir nessas situações é necessário além de analgésicos de ação periférica ou central, o uso de anti-inflamatórios.
 MECANISMOS DA DOR INFLAMATORIA
Nociceptores são receptores sensoriais que enviam sinais que casam percepção da dor. Os nociceptores envolvidos no processo da dor inflamatória são polimodais (sensíveis a diferentes tipos de estímulo) e de alto limiar de excitabilidade, isso significa que um mínimo estímulo nociceptivo é incapaz de ativá-los se estiverem no seu estado normal. Entretanto, os nociceptores podem se tornar sensíveis ao receber um estímulo que normalmente não provoca dor (alodinia) e podem se tornar ainda mais sensíveis aos estímulos nocieptivos que causam dor (hiperalgesia). A depender da localização da dor, existem 3 tipos de analgésicos: simples e opioide ou narcóticos, sendo o primeiro utilizado para dores mais leves.
 TIPOS DE DOR
1. NOCICEPTIVA: Dor de caráter breve.
2. INFLAMATORIA: Dor persistente, sinais da inflamação (edema, rubor, calor...)
3. NEUROPATICA: Lesão a nível de sistema nervoso, caracteriza por dor anormal. Paciente se queixa se queimação, agulhadas...
 	 CONTROLE DA DOR
Os analgésicos simples exercem atividade pela inibição da enzima cicloxigenase e a formação de prostaglandinas. As prostaglandinas e outras substâncias liberadas a partir do estímulo traumático sensibiliza os nociceptores.
 FEBRE
Ocorre pela ação de fatores que excitam a região do cérebro responsável por regular a temperatura corporal, isso desencadeia respostas metabólicas para conservar a temperatura corporal (tremores, calafrio)
 
Os antipirético atuam na redução da temperatura corporal, bloqueando a produção de prostaglandinas induzidas pelos pirogênicos. 
 ANALGESICOS SIMPLES
Para manejo da dor de leve a moderada e febre, usam-se preferencialmente os analgésicos não opioides, são eles:
1. Paracetamol: 
· Possui ação analgésica e antitérmica, não exercendo atividade anti-inflamatória e antiplaquetária.
· É o analgésico considerado mais seguro para gestantes e crianças.
· 1° escolha para dores agudas e crônicas leves e moderadas
· Dose máxima diária: 4g
· Efeito adverso mais ´preocupante: HEPATOTOXIDADE
· Prescrição: 500-750mg/6h
2. Dipirona:
· Possui ação analgésica e antitérmica, não exercendo atividade anti-inflamatória e antiplaquetária.
· Dose máxima diária: 4g
· Efeito adverso mais preocupante: AGRANULOCITOSE (raro)
· Produz reações alérgicas graves (edema de glote e anafilaxia)
· DIPIRONA X DICLOFENACO: indicado para quando a dor e febre com o início de um processo inflamatório
· Prescrição: 500mg a 1g/4h
3. Anti-inflamatórios não estereoidais (AINES- IBUPROFENO):
· Alternativa para pacientes alérgicos a paracetamol e dipirona
· Em doses de 200mg possui ação analgésica similar à da dipirona (em adultos), sem exercer atividade anti-inflamatória.
· Pode ser utilizado em crianças.
· Prescrição: 200mg/6h
4. Diclofenaco:
· Prescrição: 50mg/8h
 ANALGESICOS OPIOIDES OU NARCOTICOS
Possuem efeito analgésico e hipnótico, são indicados para dores moderadas a fortes.
1. EFEITOS TERAPEUTICOS X ADVERSOS
· Analgesia, euforia, leve sedação, supressão do reflexo de tosse.
· Depressão respiratória, miose, constipação, náusea e vomito. 
2. Contraindicações: pacientes com insuficiência ou depressão respiratória, depressão do SNC, insuficiência cardíaca secundaria, arritimia e lesões cerebrais.
Na odontologia os opioides fracos são empregados no controle da dor pós-operatória, em cirurgias bastantes invasivas com expectativa de dores moderadas e severas.
1. Opioides fracos:
· Tramadol: 
· Se apresenta como CLORIDRATO DE TRAMADOL ou pode estar associado ao PARACETAMOL
· Efeitos adversos: Sonolência, náusea, constipação e purido.
· PRESCRIÇÃO: 50mg/8h
· Codeína: 
· Comercializado em associação com o PARACETAMOL ou DICLOFENACO
· Possui efeito analgésico e antitussígeno (suprime a tosse)
· Possui menor tendencia a abuso e dependência
· PRESCRIÇÃO: PARACETAMOL+CODEINA: 500g paracetamol + 30mg codeína/ 6h
2. Opioides fortes: morfina, hidromorfina, fentanil, sufetanil, metadona e oxicodona.

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