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Digestão e absorção do trato gastrointestinal


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Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
 
Digestão e Absorção do Trato Gastrointestinal 
 
Digestão 
• Moléculas ingeridas são clivadas 
• Moléculas menores por catalizadores no lúmen do trato gastrointestinal 
 
Absorção 
• Moléculas são transportadas através do epitélio do trato gastrointestinal 
• Chegada ao sangue ou à linfa 
 
Processo de quebra dos alimentos 
Carboidratos 
• Sacarose (cana de açúcar), lactose (leite), maltose (amidos) 
Gorduras 
• Triglicérides, fosfolípides e ésteres de colesterol 
Proteínas 
• Cadeias de aminoácidos 
Processo de hidrólise 
• Carboidratos, proteínas (desidratados) e gorduras (hidratadas) 
 
CARBOIDRATOS 
• Amido vegetal (amilopectina): fonte de carboidratos (cereais) 
• Celulose: fibras (não hidrolisada) 
• Glicogênio: amido animal ramificado 
• Sacarose e lactose: principais dissacarídeos 
• Glicose e frutose: principais monossacarídeos 
 
Digestão dos carboidratos 
a-amilase ou pitialina 
• Digestão começa na boca (5%), continua no estômago (30 a 40%) e termina no duodeno 
(enzimas pancreáticas – 50 a 80%) 
 
Secreção pancreática 
• a-amilase mais potente que a salivar - aproximadamente 15 a 30 minutos para digestão total 
• Os carboidratos são quase totalmente convertidos em maltose, lactose e sacarose antes de 
irem além do duodeno ou do jejuno superior. 
 
Pâncreas e enterócitos 
Os enterócitos que revestem as vilosidades do intestino delgado secretam quatro enzimas: lactase, 
sacarase, maltase e a-dextrinase, que são capazes de separar os dissacarídeos lactose, 
sacarose e maltose, nos seus monossacarídeos constituintes. 
• Lactose = galactose + glicose 
• Sacarose = frutose + glicose 
• Maltose = glicose + glicose 
Os produtos finais são todos monossacarídeos hidrossolúveis que são absorvidos imediatamente 
pelo sangue portal. 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
 
Hidrólise final dos carboidratos 
Enterócitos 
• Secretam maltase, lactase e sacarase (dissacarídeos ® monossacarídeos) 
 
Monossacarídeos 
• Hidrossolúveis (facilmente absorvíveis) 
 
Produto final principal 
• Glicose (80%), galactose e frutose (20%) 
 
Estoque de Glicogênio 
Glicogênio 
• Polissacarídeo que armazena carboidratos no corpo 
• 300-400g armazenados no fígado e músculo 
• Importante na atividade muscular e na manutenção da glicemia no jejum 
 
PROTEÍNAS 
Digestão de proteínas 
• Proteínas são longas cadeias de aminoácidos unidas por ligações peptídicas 
• Processo inicial começa no estômago através da pepsina (ativada em pH 2-3 e inativada 
com pH acima de 5) 
• Pepsinogênio + HCl 
• Quebra de colágeno (10-20% digestão total). O colágeno é um importante constituinte do 
tecido conjuntivo celular das carnes, portanto, para que outras enzimas do trato digestivo 
digiram outras proteínas das carnes, é preciso primeiramente que as fibras de colágeno 
sejam digeridas. 
 
Grande parte da digestão das proteínas ocorre no intestino delgado superior, duodeno e jujuno, 
sob a influência de enzimas proteolíticas da secreção pancreática. Ao entrar no intestino delgado 
proveniente do estômago, os produtos da degradação parcial das proteínas são atacados pelas 
principais enzimas proteolíticas pancreáticas: tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase e 
pró-elastase 
• 80% digestão das proteínas (porção superior do delgado) 
 
 
Tripsina e quimiotripsina: clivam moléculas de proteínas em polipeptídeos 
 
Carboxilopeptidase: clivam aminoácidos individuais das extremidades carboxílicas dos peptídeos 
 
Elastase: digere as fibras de elastina (abundantes em carnes) 
 
Digestão final das proteínas: digestão dos peptídeos pelas peptidases dos enterócitos. Essas 
peptidases são liberadas no lúmen por células que possuem borda em escova. Dois tipos de 
peptidases são importantes: aminopeptidases e dipeptidases, elas clivam polipeptidases maiores 
Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
em tripeptídeos, dipeptídeos e aminoácidos constituintes, que são facilmente transportados da 
membrana para o interior do enterócito. 
No citosol do enterócito, acontece a ação de outras peptidases específicas intracelulares para clivar 
os aminoácidos que ainda não foram hidrolisados. 
 
GORDURAS 
Gorduras da dieta 
• Triglicérides, fosfolipídeos, colesterol e ésteres de colesterol 
 
Digestão de gorduras 
Digestão de gorduras no estômago 
• Insignificante (lipase lingual) 
• Secretada glândulas sublinguais 
• Deglutida com a saliva < 10% 
 
Emulsificação da gordura - Ácidos biliares e Lecitina 
Emulsificação de gorduras: 
• A primeira etapa na digestão de gorduras é a quebra física de glóbulos de gordura em 
partículas pequenas, de maneira que as enzimas digestivas hidrossolúveis possam agir nas 
superfícies das partículas. 
• Ocorre no estômago + duodeno + ação sais biliares e lecitina (bile) 
 
Fragmentação dos glóbulos de gordura: 
• Redução tensão superficial 
• Aumento da área de contato 
• Ação enzimática (lipases) 
 
Digestão dos Triglicérides – Lipase Pancreática 
Lipase pancreática 
• Principal enzima para fazer a digestão dos triglicerídeos 
• Grande poder de digestão de triglicerídeos (extremamente rápida) 
 
Lipase entérica 
• Enterócitos do intestino delgado contêm pequena quantidade de lipase (essa lipase nem 
sempre é necessária) 
 
 
Formação de Micelas 
Os sais biliares quando em concentração elevada o suficiente na água, tendem a formar micelas, 
que são pequenos glóbulos cilíndricos, compostos de 20 a 40 moléculas de sais biliares. Elas 
englobam moléculas de gorduras no núcleo esterol. As micelas de sais biliares também são um 
meio de transporte, carregando monoglicerídeos e ácidos graxos, ambos os quais seriam insolúveis 
para a borda em escova das células epiteliais intestinais. 
 
Digestão dos ésteres de colesterol e fosfolipídios 
Enzimas pancreáticas 
• A enzima hidrolase de éster de colesterol hidrolisa o éster de colesterol e a fosfolipase A2, 
que hidrolisa fosfolipídeos 
• Também absorvidos por meio de micelas 
 
Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
 
INTESTINO DELGADO E INTESTINO GROSSO 
Absorção intestinal 
Total de líquido absorvido/dia 
• Líquido ingerido (cerca de 1,5L) 
• Secreções digestivas (7L) 
 
Intestino Delgado 
• Absorve maior parte do total 
• As vilosidades encontram-se tão próximas umas das outras 
no intestino delgado superior que fazem contato entre si. 
• Cada célula epitelial intestinal nas vilosidades é 
caracterizada por uma borda em escova, consistindo em até 
1.000 microvilosidades. 
 
Papel das vilosidades 
Válvulas coniventes ou pregas de Kerckring 
• Associadas as vilosidades e microvilosidades 
• Aumentam a área absortiva da mucosa cerca de três vezes 
• Bem desenvolvidas no duodeno e no jejuno 
 
Vesículas pinocíticas 
• Pequena quantidade de substância absorvida por pinocitose 
• MALT: principal tecido associado a produção linfática do nosso corpo 
 
A combinação das pregas de Kerckring, vilosidades e microvilosidades aumental a área absortiva 
total da mucosa em 1.000 vezes. 
 
 
Mecanismos básicos da absorção 
Difusão: diferença de concentração 
Transporte ativo: gasto energético 
Tração pelo solvente: arrasto de substâncias dissolvidas no líquido 
 
 
Absorção no intestino delgado 
Valores (podem ser amplificados) 
• Centenas de gramas de carboidratos 
• 100g de gordura, 50-100g de aminoácidos, 50-100g 
de íons 
• 07-08 litros de H2O 
 
 
Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
 
Absorção de água 
• Isosmótica por difusão. Quando o quimo está suficientemente diluído, a água é absorvida 
através da mucosa intestinal pelo sangue das vilosidades inteiramente por osmose. 
• A água também pode ser transportada na direção oposta, do plasma para o quimo. 
• Poderá haver transporte nas duas direções 
 
Absorção de íons 
Transporte ativo de sódio 
• Secretado (20 a 30g) + ingerido (5 a 8g) 
• Absorvidos 25 a 30g/dia 
•Baixa concentração de sódio na célula epitelial facilita a osmose 
• Absorção de H₂O pelo gradiente osmótico 
 
 
Aldosterona 
Quando uma pessoa está em desidratação, grandes quantidades de aldosterona são secretadas 
pelos córtex das suprarrenais. Essa aldosterona causa ativação dos mecanismos de transporte e 
de enzimas associadas à absorção de sódio pelo epitélio intestinal. A maior absorção de sódio, 
consequentemente aumenta a absorção de íons cloreto, água e outras substâncias. Esse efeito da 
aldosterona é importante no cólon, já que na vigência dele não há quase nenhuma perda de cloreto 
de sódio nas fezes e também pouca perda hídrica. Assim, a função da aldosterona no trato intestinal 
é a mesma que ela exerce nos túbulos renais, que também serve para a conservação de cloreto 
de sódio e água no corpo nos casos de desidratação. 
 
Absorção de bicarbonato 
Reação do bicarbonato com íons H+ forma H2CO3 
• Absorção importante no intestino delgado: quando os íons sódio são absorvidos, 
quantidades moderadas de íons hidrogênio são secretadas no lúmen intestinal, em troca de 
parte do sódio. Os íons hidrogênio combinam-se com os íons bicarbonato formando ácido 
carbônico, que então se dissocia formando água e dióxido de carbono. A água permanece 
como parte do quimo nos intestinos e o dióxido de carbono é absorvido no sangue e depois 
expirado pelos pulmões. 
 
Secreção de bicarbonato no íleo e no intestino grosso: serve para neutralizar ácidos formados 
pelas bactérias no intestino grosso. 
 
Absorção de outros íons 
Cálcio 
• Hormônio paratireóideo associado à vitamina D. O hormônio ativa a vitamina e esta, 
intensifica a absorção de cálcio 
• Aumenta absorção de cálcio no duodeno 
 
Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
 
Ferro 
• Absorção ativa no intestino delgado 
 
Potássio, magnésio, fosfato 
• Transporte ativo 
 
Absorção de carboidratos 
Absorção na forma de monossacarídeos 
• Glicose 80% (metabolismo do amido) 
• 20% são frutose e galactose 
 
Glicose e galactose 
• Transportadas por mecanismo co-transporte de sódio: existem dois estágios no transporte 
de sódio através da membrana intestinal. O primeiro é o transporte ativo de íons sódio 
através das membranas basolaterais das células epiteliais para o sangue, que reduz a 
concentração de sódio nas células epiteliais. Em segundo, a diferença de concentração 
promove o fluxo de sódio do lúmen intestinal, através da borda em escova das células 
epiteliais, para o interior da célula por um processo de difusão facilitada. Isto é, o íon sódio 
combina-se com uma proteína transportadora, mas esta proteína transportadora não 
transportará o sódio para o interior da célula sem que outras substâncias também se liguem 
ao transportador. Com a ligação do sódio e da glicose, o transportador transporta ambos, 
simultaneamente, para o interior da célula. Uma vez na célula epitelial, outras proteínas 
transportadoras facilitam a difusão da glicose através da membrana basolateral para o 
espaço extracelular e daí para o sangue. 
 
Frutose 
• Transporte facilitado não acoplado ao sódio. A frutose, ao entrar na célula, é fosforilada e 
então convertida a glicose. 
 
Absorção de proteínas 
Dipeptídeos, tripeptídeos e aminoácidos livres 
• Ligam-se à proteínas especificas de transporte 
• Proteínas acopladas à molécula de sódio 
• Diversidade de proteínas transportadoras - seletividade 
 
Absorção de gorduras 
Difusão simples 
• Micelas liberam monoglicerídeos e ácidos graxos 
• Superfície da borda em escova 
 
Linfa x Circulação porta 
Pequenas quantidades de ácidos graxos de cadeias curta e média são absorvidas diretamente pelo 
sangue portal em vez de serem convertidas em triglicerídeos e transferidas para a linfa. Na célula 
epitelial, o retículo endoplasmático liso forma novos triglicérides, transportados na forma de 
quilomícrons da linfa. 
 
Absorção no intestino grosso 
Cólon proximal 
• Absortivo (grande absorção de sódio e água) 
• Capacidade absortiva de 5 a 8L de líquido 
• Ação bacteriana: formação local de vitamina K, entre outras 
 
 
Fisiologia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII 
 
Distúrbios gastrointestinais 
Distúrbios de deglutição 
• Lesões nos V, VII, IX, XI, XII pares cranianos 
 
Aclasia e megaesôfago 
• Esfíncter esofágico não se relaxa (lesões sistema nervoso entérico) 
 
Gastrite e anemia perniciosa 
• Atrofia mucosa gástrica e acloridria 
• Reduz produção do fator intrínseco 
 
Úlcera péptica 
• Excesso de formação de HCl e pouca formação de muco 
• Infecção bacteriana – helicobacter pylori 
• Associação de fatores locais e estimulação neural excessiva