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Digestão e absorção no trato gastrointestinal

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Digestão e absorção no trato 
gastrointestinal 
Digestão de alimentos por hidrólise: 
Hidrólise de carboidratos: 
• Dois monossacarídeos se unem através do 
processo de condensação, onde sai o 
grupo H+ de um e OH- do outro, formando 
água; dissacarídeos e polissacarídeos são 
formados a partir da união de 
monossacarídeos 
• Quando os carboidratos são digeridos 
ocorre o inverso; H+ e OH- são 
reintroduzidos por enzimas, do suco 
digestivo do trato gastrointestinal, nos 
polissacarídeos, separando os 
monossacarídeos = hidrólise 
Hidrólise de gorduras: 
• Triglicerídeos (gorduras neutras), formados 
por 3 moléculas de ácido graxo 
condensadas com 1 de glicerol esterificado; 
perdem 3 moléculas de água na 
condensação 
• Na hidrólise, 3 moléculas de água são 
reinseridas, por enzimas digestivas, no 
trilicerídeo, separando-o em ácidos graxos e 
glicerol 
Hidrólise de proteínas: 
• As proteínas são formadas por AAS, que 
se ligam por ligações peptídicas, através do 
processo de condensação 
• Na hidrólise, H+ e OH- são reinseridos na 
proteína por enzimas proteolíticas 
digestivas, clivando-a 
Digestão de carboidratos: 
• 3 fontes principais de carboidratos na dieta 
humana normal: sacarose (dissacarídeo); 
lactose (dissacarídeo); amido 
(polissacarídeos) 
• Quando o alimento é mastigado, ele se 
mistura com a saliva, que contém ptialina 
(alfa-amilase) (enzima digestiva secretada 
pelas glândulas parótidas), que hidrolisa o 
amido ao dissacarídeo maltose 
• A digestão do amido continua no corpo e 
fundo do estomago, até que se junte as 
secreções gástricas, pois a ptialina se torna 
inativa em meio com pH menor que 4 
 
• A secreção pancreática contém amilase, 
que termina a digestão dos carboidratos ao 
se misturar com o quimo no duodeno 
• Os carboidratos são convertidos em 
maltose antes de passar além do duodeno/ 
jejuno superior 
• Os enterócitos que revestem as vilosidades 
do intestino delgado contém: sacarase, 
lactase, maltase e alfa-dextrinase, que clivam 
os dissacarídeos sacarose, lactose e maltose 
• Lactose = galactose + glicose; sacarose = 
frutose + glicose; maltose = glicose + 
glicose; os produtos finais são 
monossacarídeos hidrossolúveis absorvidos 
imediatamente para o sangue porta 
Digestão de proteínas: 
• As características de cada proteína são 
determinadas pelos tipos de AAS que a 
compõe, e a sequência de AAS 
• Pepsina: enzima péptica do estomago; mais 
ativa em pH de 2 – 3, inativa em pH acima 
de 5; capaz de digerir colágeno, constituinte 
significativo do t.c. celular das carnes; logo, é 
preciso que as fibras de colágeno sejam 
digeridas primeiro para que outras enzimas 
possam atuar na digestão de outras 
proteínas da carne; promove 10 – 20% da 
digestão total das proteínas 
 
 
• Grande parte da digestão de proteínas 
ocorre no duodeno e jejuno, sob ação de 
enzimas proteolíticas da secreção 
pancreática 
• Enzimas proteolíticas pancreáticas: tripsina, 
quimiotripsina (clivam moléculas de proteína 
em pequenos polipeptídeos); 
carboxipolipeptidase – libera AAS dos 
terminais carboxila dos polipeptídeos; 
elastase – digere fibras de elastina, 
abundantes em carnes 
• Pequena quantidade de ptns são digeridas 
até seus AAS, pelo suco pancreático; a 
maioria é digerida até dipeptídeos/ 
tripeptídeos 
• Nos microvilos dos enterócitos das 
vilosidades do intestino delgado, há 
peptidases que se projetam da membrana 
para o exterior, fazendo contato com os 
líquidos intestinais; 
• Peptidases – aminopolipeptidases e 
dipeptidases – continuam hidrolise de 
polipeptídeos remanescentes em 
tripeptídeos e dipeptídeos e de uns AAS 
• AAS, dipeptídeos e tripeptídeos são 
facilmente transportados da membrana 
microvilar para o interior do enterócito 
• No citosol do enterócito, há peptidases 
específicas que digerem os últimos 
tripeptídeos e dipeptídeos em AAS 
• 99% dos produtos finais da digestão das 
ptns absorvidas são AAS 
Digestão de gorduras: 
• As gorduras mais abundantes na dieta são 
os triglicerídeos 
• Fosfolipídios e ésteres de colesterol 
possuem ácidos graxos, logo, são 
considerados gordura; colesterol não possui 
ácido graxo, é um esterol, que é derivado e 
metabolizado pelas/ como as gorduras, por 
isso também é considerado como gordura 
 
• Pequena quantidade de triglicerídeos é 
digerida no estomago, pela lipase lingual, 
secretada pelas glândulas linguais da boca, 
deglutidas com a saliva; digestão menor que 
10%; a digestão ocorre essencialmente no 
intestino delgado 
• Emulsificação: quebra de partículas maiores 
de gordura em partículas menores, de 
modo que enzimas hidrossolúveis digestivas 
possam agir em suas superfícies 
• A emulsificação da gordura tem inicio com 
a movimentação do estomago, que a 
mistura com secreções gástricas 
• A maior parte da emulsificação ocorre no 
duodeno, sob a influencia da bile, que não 
possui enzimas digestivas, mas possui sais 
biliares (assim como o fosfolipídio lecitina) 
• As porções polares dos sais biliares e 
lecitinas são solúveis nos líquidos aquosos 
circundantes, diminuindo a tensão interfacial 
da gordura, tornando-a solúvel 
• As porções remanescentes são solúveis em 
gordura, que se dissolvem na camada 
superficial dos glóbulos gordurosos 
• Logo, a principal função dos sais biliares e 
lecitina é tornar os glóbulos gordurosos 
fragmentáveis, sob agitação com H2O no 
intestino delgado; assim, a área superficial 
total do glóbulo aumenta muito 
• A enzima mais importante para a digestão 
dos lipídios é a lipase pancreática; 
 
• Os sais biliares em concentração elevada 
formam as micelas; cada sal biliar possui um 
esterol (lipossolúvel) e grupo polar 
(hidrossolúvel); núcleo esterol – envolve 
produtos da digestão das gorduras, com 
glóbulos de gordura no meio da micela, e 
grupos polares dos sais se projetando para 
fora, cobrindo a superfície da micela 
• Esses grupos polares tem carga negativa, 
logo, permitem que a micela se dissolva nos 
líquidos digestivos e permaneça em solução 
estável até que a digestão das gorduras 
ocorra 
• Grande parte do colesterol na dieta está 
sob a forma de ésteres de colesterol 
(colesterol livre + ácido graxo); os 
fosfolipídios também contém ácidos graxos 
na sua composição; e quando são digerido 
pelas lipases, as micelas carreiam seus 
monoglicerídeos e ácidos graxos livres 
Princípios básicos da absorção gastrointestinal 
• A mucosa do intestino delgado possui 
pregas denominadas válvulas coniventes 
(pregas de Kerckring), bem desenvolvidas 
no duodeno e jejuno, que aumentam a 
área da superfície absortiva; tal área 
também é aumentada com a presença de 
vilosidades, presentes em toda extensão do 
intestino delgado, até a válvula ileocecal 
• Cada célula epitelial intestinal nas vilosidades 
possui microvilosidades (borda em escova) 
• Esses componentes aumentam a área 
absortiva da mucosa em até 1000 vezes = 
área total de 250 metros quadrados = 
quadra de tênis 
• As vilosidades absorvem o líquido e o 
material dissolvido para o sangue porta, e há 
a absorção de linfa através dos quilíferos 
 
 
Absorção no intestino delgado: 
• Quando o quimo está suficientemente 
diluído, a água é absorvida através da 
mucosa intestinal pelo sangue das 
vilosidades, por osmose 
• A água também é transportada do plasma 
para o quimo, quando soluções 
hiperosmóticas são jogadas do estomago 
para o duodeno 
• A osmose da água torna o quimo 
isosmótico ao plasma 
• Quando quantidades significativas de 
secreções intestinais forem perdidas para o 
meio exterior, como no caso de diarreia 
intensa, os níveis de sódio podem diminuir a 
níveis letais 
• O sódio é absorvido rapidamente através da 
mucosa intestinal 
• A absorção de sódio é estimulada por 
transporte ativo; o potencial gerado estimula 
o transporte em conjunto dos íons Cl- 
• O transporte ativo de sódio através da 
membrana basolateral reduz sua 
concentraçãodentro da célula; tal 
concentração é mais alta no quimo, logo, o 
sódio é transportado para o citoplasma da 
célula epitelial através da borda em escova 
• O sódio também é cotransportado, através 
da borda em escova, por proteínas 
transportadoras: cotransportador de sódio-
glicose, cotransportadores de sódio-
aminoácidos, trocador de sódio-hidrogênio 
• Esses transportadores fornecem mais sódio 
para o líquido intersticial, e possibilitam a 
absorção secundária de glicose e AAS, 
energizada pela bomba de Na+ K+ ATPase 
na membrana basolateral 
 
• O próximo passo é o a osmose de água 
pelas vias transcelular (através da própria 
célula) e paracelular (entre bordos apicais 
das células epiteliais), por conta do gradiente 
osmótico criado; por fim, a água vai para o 
sangue circulante na vilosidade 
• A aldosterona intensifica muito a aborção 
de sódio: Quando a pessoa desidrata, 
grandes quantidades de aldosterona são 
liberadas pelos córtices das glândulas 
adrenais; ela ativa os mecanismos de 
transporte e enzimas associadas a absorção 
do sódio pelo epitélio intestinal 
• Consequentemente, ocorre a absorção de 
Cl-, água, e outras substancias; ou seja, ela 
conserva cloreto de sódio e água no corpo 
• Absorção de íons cloreto no intestino 
delgado: na parte superior do I.D., a 
absorção de cloreto é por difusão 
(absorção do sódio gera eletronegatividade 
do quimo e eletropositividade nos espaços 
paracelulares); também é absorvido pela 
borda em escova em partes do íeo e 
intestino grosso, por trocador de cloreto-
bicarbonato; o cloreto sai da célula pela 
membrana basolateral (canais de cloreto) 
• Absorção de íons bicarbonato no duodeno e 
jejuno: grande quantidade de HCO3- precisa 
ser reabsorvida, já que grande quantidade 
foi secretada no intestino (secreção 
pancreática/ biliar); 
• O sódio é absorvido, e em troca H+ é 
jogado no lúmen intestinal; os íons H+ se 
associam com HCO3-, formando ácido 
carbônico, que se dissocia em água (que vai 
se juntar ao quimo), e CO2 (que é 
absorvido para o sangue, e é expirado pelos 
pulmões) 
• Células epiteliais nas vilosidades do íleo, e 
no intestino grosso secretam HCO3- em troca 
de cloreto, que é reabsorvido: neutraliza 
produtos ácidos formados pelas bactérias 
do intestino grosso 
• Toxinas da cólera e outras bactérias 
causadoras da diarreia podem estimular 
secreções nas dobras epiteliais do intestino 
grosso, de modo que ela possa exceder a 
capacidade absortiva, causando perda 
significativa de água e cloreto de sódio; o 
excesso de liquido elimina grande parte das 
bactérias nas fezes, porém, pela 
desidratação que causa pode ser fatal 
• Absorção ativa de cálcio, potássio, ferro, 
magnésio e fosfato: íons Ca++ são 
absorvidos ativamente para o sangue em 
grande parte no duodeno; o hormônio 
paratireóideo, secretado pelas glândulas 
paratireoides, ativa a vitamina D, 
intensificando a absorção de cálcio 
• Íons monovalentes são absorvidos com 
facilidade e em grande quantidade, e os 
bivalentes em pequena quantidade 
Absorção de nutrientes: 
• Praticamente todos os carboidratos são 
absorvidos na forma de monossacarídeos 
(maioria glicose), por transporte ativo 
secundário 
• A absorção da glicose ocorre por 
cotransporte com o sódio; uma vez na 
célula, proteínas transportadoras facilitam a 
difusão da glicose pela membrana 
basolateral para o espaço extracelular, e daí 
para o sangue 
• A galactose é transportada pelo mesmo 
mecanismo da glicose; a frutose é 
transportada por difusão facilitada, não 
acoplada ao sódio 
• Maioria dos peptídeos/ AAS se ligam a 
membrana das microvilosidades da célula 
com proteína transportadora específica, que 
requer ligação com o sódio para que o 
cotransporte ocorra 
Absorção de gorduras: 
• Monoglicerídeos e ácidos graxos se 
difundem das micelas para as membranas 
das células epitelias 
• Depois de entrarem na célula epitelial, o REL 
forma novos triglicerídeos, que serão 
transferidos sob a forma de quilomícrons 
para os lactíferos das vilosidades; pelo ducto 
linfático torácico são transferidos para o 
sangue 
• Ácidos graxos de cadeia curta são mais 
hidrossolúveis, e são absorvidos diretamente 
pelo sangue porta, sem serem convertidos 
em triglicerídeos e transferidos para a linfa 
• As micelas dos sais biliares continuam no 
quimo, sendo reutilizadas para a 
incorporação dos produtos da digestão de 
gorduras 
Absorção no intestino grosso: formação de fezes: 
• Grande parte da água e eletrólitos do quimo 
são absorvidos no cólon 
• Grande parte da absorção ocorre no cólon 
proximal (cólon absortivo); cólon distal 
armazena fezes até o momento da 
excreção (cólon de armazenamento) 
• Os complexos juncionais entre as células 
epiteliais são menos permeáveis que do 
intestino delgado; isso evita a retrodifusão 
de íons, permitindo que a mucosa absorva 
Na+ de forma ativa, contra grande 
gradiente de concentração (o que também 
promove a absorção do cloreto); isso é 
intensificado pela aldosterona 
• Sua mucosa secreta HCO3- enquanto 
absorve cloreto 
• A absorção de Na+ e Cl- induz a absorção 
de água por osmose 
• O intestino grosso consegue absorver o 
máximo de 5 a 8 litros de liquido e 
eletrólitos por dia; o excesso aparece nas 
fezes sob a forma de diarreia 
• Bacilos colônicos costumam estar no cólon 
absortivo, digerindo pequenas quantidades 
de celulose 
• Outras substancias formadas a partir da 
atividade bacteriana: vitamina K (importante 
pois a quantidade ingerida através dos 
alimentos é insuficiente para manter a 
coagulação adequada), vitamina B12, 
riboflavina, tiamina, gases que contribuem 
para a flatulência (CO2, gás hidrogênio e 
metano) 
• Composição das fezes: ¾ de água, e ¼ de 
matéria sólida, onde: 30% são bactérias 
mortas, 10 a 20% gordura, 10 a 20% matéria 
inorgânica, 2 a 3% proteínas e 30% restos 
indigeridos dos alimentos e constituintes 
secos dos sucos digestivos, como 
pigmentos da bile e células epiteliais 
degradadas 
• Cor marrom das fezes – causada pela 
estercobilina e urobilina (derivadas da 
bilirrubina); odor é causado pelos produtos 
da ação bacteriana (esses produtos variam 
entre as pessoas, ele depende da flora 
bacteriana colônica de cada um e do tipo de 
alimento ingerido

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