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Módulo Incidência e Crédito Tributário
SEMINÁRIO I - ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Aluno: Gustavo de Sousa Lopes
Questões
1.	Que é isenção (vide anexo I)?
Tal instituto possui inúmeros conceitos, dentre eles o de que a isenção seria a dispensa legal do cumprimento da obrigação principal.
Ao analisar o disposto no art.175, caput, a isenção exclui o crédito tributário, veja:
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
Ou seja, surge a obrigação tributária, mas o respectivo credito não será exigivel; logo, o cumprimento da obrigação resta dispensado. 
Na sistemática adotada pelo CTN, a isenção não se confunde com a não incidência, mas pressupõe a incidência. É por isso que a isenção é incluida, no art.175, como hipótese de exclusão do crédito tributário.
Assim, para boa parte dos doutrinadores, cuida-se de benefício fiscal concedido por liberalidade do legislador, que dispensaria o pagamento do crédito tributário.
Para Rubens Gomes de Souza, a isenção seria favor legal consubstanciado na dispensa do pagamento do tributo. Para Alfredo Augusto Becker e José Souto Borges, hipótese de não incidência da norma tributária. Para Paulo de Barros Carvalho, isenção seria a “mutilação de um dos critérios da regra-matriz de incidência tributária” , ou seja, o preceito de isenção subtrai parcela do campo de abrangencia do critério antecedente ou do consequente da norma tributária, paralisando a atuação da regra-matriz de incidência para certos e determinados casos. Assim, se o fato é isento sobre ele não se opera a incidência e, portanto, não há que falar em fato jurídico tributário, tampouco em obrigação tributária.
Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal considera isenção como dispensa legal de tributo devido, acompanhando o disposto no CTN, ou seja, a norma tributante incide sobre o fato gerador, fazendo nascer a obrigação tributária, que é posteriormente extinta pela atuação secundária da norma isencional.
2.	Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
	Isenção 
	Norma jurídica que subtrai parcela do campo de abrangência do critério antecedente ou do consequente da norma tributária, paralisando a atuação da regra-matriz de incidência para certos e determinados casos
	Imunidade
	Limitação da competência atribuida pela constituição aos entes federativos.
	Não incidência
	Ausência de previsão legal para que ocorra a subsunção do fato à norma.
	Anistia 
	Extinção da punibilidade
	Remissão
	Perdão legal do crédito tributário 
3.	A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação para a isenção e para a anistia? Justificar.
Contém o art. 175, fenômenos normativos diametralmente distintos, muito embora estejam contidos em um único contexto gramatical.
Verifica-se que “exclusão do crédito tributário” está englobando tanto o caso da isenção, quanto o da anistia, cujo pressuposto, segundo o prescrito no art. 180 daquele mesmo Diploma, é o cometimento da infração, ou seja, a realização de um ilícito.
Tal situação poderia causar espécie se já de antemão não estivéssemos avisados de que o contexto sintático-semântico-normativo não coincide com o gramatical, sendo esse apenas o índice temático para devida inquirição daquele.
Examinando-se, então, o previsto no inciso I, do art. 175 do CTN, somos surpreendidos por concepções de crédito tributário bastante distintas.
Temos aqui duas concepções, quais sejam, uma que se vincula à norma tributária geral e abstrata, e outra que se liga à relação jurídica isencional, derivada de norma de isenção geral e abstrata, cuja pertinência ao ordenamento jurídico sustentamos haver.
4.	Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, responda: 
(i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, respectivamente? Quais critérios são utilizados nessas classificações? 
No caso apresentado acima não equivalem, necessáriamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, vez que o critério do prazo não é o único necessário para classificação das isenções.
Os preceitos isentivos formam enorme conjunto, numeroso a ponto de dificultar seu manejo e compreensão sistemática. Portanto, impõe-se ao seu manejo o emprego de uma classificação que permita melhor isolar grupos e conhecer dos regimes jurídicos correspondentes.
Segundo observa o jurista Lucas Galvão de Britto, deve ser considerado dois critérios para a classificação das isenções, quais sejam: i) se há, ou ii) não, condições que o sujeito deve cumprir para que seja beneficiado pela isenção e; a)se há, ou b) não, um liminte demarcado no tempo para que o benefício da isenção tenha seu término.
Assim, será considerada isenção condicionada, sempre que o contribuinte precisa cumprir certas condições e incondicionada sempre que o contribuinte não precisar cumprir condições específicas para utiliza-la.
(ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no ordenamento? Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)?
Sendo norma, a isenção também está sujeita a ter demarcado seu lapso final de vigência pela produção de norma revogadora. Sendo a isenção um dos vários enunciados que compõem a norma que institui o tributo, sua revogação – tal como sua instituição - deve seguir a todas as regras que disciplinem a competência tributária para instituição do tributo em questão. Dito de outro modo: revogar isenção é uma forma de alcançar situação antes não atingida, tanto quanto o é a produção de enunciado que institua tributo novo.
Conforme observa o jurista Lucas Galvão de Britto, a revogação da isenção, assim como sua instituição, é derivada da competência tributária e, portanto, está submetida às regras de instituição, modificação e revogação de tributos postas pela Constituição da República e também pelo Código Tributário Nacional, ou seja, deverá ser respeitado, dentre outros, o princípio da anterioridade, devendo observar as exceções atribuidas ao tributo. 
5.	Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e tributados à alíquota 0%, adquiridos no processo de industrialização, conferem direito ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX)
Sob a ótica do Supremo Tribunal Federal, a isenção é a dispensa legal de tributo devido. É dizer: a norma tributante incide sobre o fato gerador, fazendo nascer a obrigação tributária, que é posteriormente extinta pela atuação secundária da norma isencional. Assim, segundo o STF, a isenção se compara ao prórpio pagamento devido.
Na alíquota zero tem-se a incidência da norma, estando presentes todos os elementos do antecedente da regra-matriz de incidência. Entretanto, o dever tributário é inexistente, pois no consequente da norma o valor atribuido à alíquota é nenhum. Assim, por mais que a operação seja gravada pelo imposto, não há tributo há pagar em decorrência da alíquota zero adotada.
Em relação aos créditos tributários, o STF vem decidindo que “nas hipóteses de aquisição de insumos desonerados, não há como vislumbrar eventual apropriação de crédito derivado de imposto não pago na operação anterior.
6.	Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se:
a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de isenção parcial?
A análise desta questão depende da natureza que se reconhece à isenção. Entendendo, forte no texto do art. 175 do CTN, que a isenção exclui o crédito tributário, temos que pode haver isenção parcial, desde que assim disponha o legislador.
Segundo Pontes de Miranda,as isenções podem ser totais ou parciais. Dizem-se parciais as isenções que deduzem do percentual do imposto ou do imposto fixo. As isenções totais são preexcludentes da imposição: o imposto recai no objeto ou no negócio jurídico a que se refere a regra jurídica de isenção.
Para o professor Souto Maior, as isenções totais excluem o nascimento da obrigação tributária enquanto, nas isenções parciais, surge o fato gerador da tributação, constituindo-se, portanto, a obrigação tributária, embora o quantum do débito seja inferior ao que normalmente seria devido se não tivesse sido estabelecido preceito isentivo.
Assim, com base nos dois posicionamentos abordados acima, é fácil entender como isenção parcial a redução da base de cálculo. Mesmo entendimento tem apresentado o STF, a partir do julgamento do RE 174.475 -SP, no qual decidiu que a redução da base de cálculo de tributo equivale à isenção fiscal parcial.
b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com fundamento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11).
7.	A concessão de benefício fiscal relativo à isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII).
Sim, a concessão demanda a aprovação por Convênio, uma vez que a Lei Complementar 24/75, em seu artigo 1º, versa sobre a obrigatoriedade da concessão ou revogação por meio de Convênio.
8.	Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. Qual o efeito prático desta isenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? Poderia o estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária?
Como efeito prático é a incorporação do respectivo Convênio à legislação dos Estados-membros e Distrito Federal por meio de Decreto, mas, destaca-se, que o Convênio possui natureza infralegal e não pode se sobrepor à legislação estadual. A isenção é constitucional, considerando que foi concedida nos termos da Lei Complementar 24/75. Caso no Convênio constasse cláusula informando sobre a adesão ao benefício, poderia o atacadista renunciar/não aderir à isenção.

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