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Atuação em Pesquisa básica e aplicada Daniele Carvalho O que é pesquisa? • A pesquisa é a atividade nuclear da Ciência. • Ela possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar. • A pesquisa é um processo permanentemente inacabado. • Processa-se por meio de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo-nos subsídios para uma intervenção no real. Métodos de Pesquisa. Denise Tolfo Silveira e Fernanda Peixoto Córdova. 2009 • A pesquisa científica é um processo “investigativo” que leva à resolução de um problema • Esse processo é feito de forma detalhada e organizada para descobrir ou entender fatos de uma realidade Métodos de Pesquisa. Denise Tolfo Silveira e Fernanda Peixoto Córdova. 2009 Pesquisa básica e aplicada • A pesquisa básica costuma investigar novos fenômenos físicos e seus fundamentos. • Objetiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. • A pesquisa aplicada utiliza o conhecimento da pesquisa básica para resolver problemas relacionados a aplicações concretas. • Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Assim, por exemplo, o desenvolvimento da mecânica quântica no início do século XX foi essencialmente pesquisa básica; mais tarde, nos anos 1950, esse mesmo conhecimento foi usado de forma aplicada para desenvolver o início da microeletrônica. https://portal.ifi.unicamp.br/pesquisa?showall=&start=1Métodos de Pesquisa. Denise Tolfo Silveira e Fernanda Peixoto Córdova. 2009 • Existem diversos casos em que os dois modelos estão presentes na mesma pesquisa ou estudo. • Muitos grupos de pesquisa aplicada precisam eles mesmos fazerem algumas investigações mais fundamentais para alcançarem seus objetivos; e vários grupos dedicados à pesquisa básica vez por outra encontram diante de si, como resultado de suas investigações, possibilidades importantes de aplicação e enveredam então por esse caminho. https://portal.ifi.unicamp.br/pesquisa?showall=&start=1 Estrutura da Pesquisa • Tema • Pergunta / problema • Hipótese • Objetivos • Métodos • Resultados • Discussão Coleta de dados • Campo • Dados secundários Quantitativa - considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.) Qualitativa - A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Tipos de Pesquisa https://administradores.com.br/producao-academica/tipos-de-pesquisas-o-que-e-e-para-que-serve •Pesquisa quantitativa Os resultados buscados precisam ser traduzidos em números, uma característica que diferencia o modelo quantitativo de outros tipos de pesquisas científicas. Aqui se faz uso de técnicas de porcentagem e média, afinal sempre é realizado um estudo com uma amostragem que representa o todo. Os melhores métodos quantitativos são desenvolvidos através de perguntas fechadas, pois elas exigem respostas diretas, que podem ser apresentadas em tabelas e gráficos, divididos em aspectos como sexo, idade, classe econômica, profissão e nível de escolaridade. •Pesquisa qualitativa A análise dos dados recolhidos se faz de forma mais indutiva, pois não se usam técnicas de estatísticas. Portanto, as perguntas aos entrevistados podem ser mais subjetivas, visando compreender níveis de satisfação e desempenho, por exemplo. Há a possibilidade de atrelar uma pesquisa qualitativa a uma quantitativa, na chamada quali-quanti. •Pesquisa Teórica Talvez os artigos científicos sejam o tipo mais comum de pesquisa teórica. A regra para este modelo é que o estudo realizado deve sempre estar pautado em uma teoria conhecida. Não é preciso uma nova coleta de dados, por exemplo, mas a interpretação de um resultado já fornecido, para comprová-lo ou mostrar se houve algum erro ou mudança nos fatores e, então, apontar o caminho correto. https://blog.doity.com.br/tipos-de-pesquisas-cientificas/ https://blog.doity.com.br/artigo-cientifico/ •Pesquisa de campo Dentre tantos tipos de pesquisas científicas, este é conhecido ainda na escola e se caracteriza pela análise de fenômenos em determinado ambiente. Os pesquisadores vão até um local específico que será estudado e acompanham como a sociedade se desenvolve. Após uma experiência prática, é preciso fazer uso de fundamentação teórica para resolver a solução proposta. •Pesquisa empírica A ideia aqui é testar diversas vezes um experimento e analisar as relações de causa e efeito. É preciso estar ciente que uma hipótese precisará de várias tentativas e erros até que se chegue ao resultado esperado. Ou talvez não se alcance o objetivo inicial e, sim, algo novo e inesperado, o que também é válido. •Pesquisa laboratorial Ao contrário da empírica, a pesquisa laboratorial busca diminuir as margens de erros e controla o ambiente em que o estudo será realizado. Na maioria das vezes, tal espaço é um laboratório fechado, mas há também a possibilidade de que o projeto seja conduzido em locais abertos ou artificiais. O importante é que os cientistas possam comandar o perímetro em que se é observada a experiência. https://blog.doity.com.br/tipos-de-pesquisas-cientificas/ •Pesquisa básica Conhecida também como pesquisa pura, aqui será produzido conhecimento apenas para fomentar a ciência, sem uma busca por resultados e análises específicos. É o que acontece muitas vezes nas universidades, quando não há possibilidade de bolsas de estudo para projetos, por exemplo, mas professores e alunos desenvolvem ideias mesmo assim. •Pesquisa aplicada Quando há o objetivo de colocar o resultado em prática e resolver problemas específicos, os estudiosos devem realizar uma pesquisa aplicada. Aqui pode-se desenvolver as descobertas de uma pesquisa pura e direcioná- las para situações econômicas e sociais. Os procedimentos de investigação devem ser planejados em curto ou médio prazo e muitas vezes há instituições financiando o projeto. • Pesquisa bibliográfica Aqui é realizada uma investigação de materiais publicados, como livros, artigos, periódicos e também internet. Neste último caso, é preciso ter cuidado com o que é disponibilizado na rede, pois nem tudo é confiável e o pesquisador tem que atentar para situações de plágio. https://blog.doity.com.br/tipos-de-pesquisas-cientificas/ •Pesquisa explicativa Geralmente este projeto dá continuidade a outros tipos de pesquisas científicas, buscando aprofundar conhecimentos e explicar as causas de problemas descobertos anteriormente, unificando teorias e criando uma lei geral. •Pesquisa descritiva Aqui haverá uma análise criteriosa dos dados obtidos, em sua maioria na forma quantitativa, sem interferência do pesquisador. Só após a coleta é que determinado fenômeno será interpretado de acordo com os números coletados no processo. Geralmente, este modelo de trabalho aborda temas já conhecidos e apenas os aprofunda. •Pesquisa exploratória Quem parte para este caminho, pretende conhecer melhor um assunto e formular novas hipóteses. É preciso uma base bibliográfica para começar, mas aqui a intuição ajuda a guiar o processo de descoberta. Um exemplo comum são estudos de caso, com assuntos pouco conhecidos. •Pesquisa documental Assim como a pesquisa bibliográfica, a documental irá utilizar materiais já existentes. A diferença é que no lugar de livros ou artigos, como o que acontece em outros tipos de pesquisas científicas, o estudo aquise dá a partir de documentos, como registros dos alunos de uma escola. Estes materiais geralmente não foram analisados e servem para um objetivo específico, como fazer um histórico em uma instituição https://blog.doity.com.br/tipos-de-pesquisas-cientificas/ Conhecimento técnico na prática Bióloga Juliana Machado Ferreira funda ON G para desenvolver ações contra o tráfico de animais ED. 222 | AGOSTO 2014 © ARQUIVO PESSOAL Aos 34 anos, a bióloga Juliana Machado Ferreira poderia se dar por satisfeita com uma promissora carreira de pesquisadora no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), onde concluiu o doutorado em 2012. No entanto, desde o mestrado, em 2006, ela dava sinais de que o laboratório não era seu hábitat natural. Não por falta de afinidade com a pesquisa básica, mas, como ela mesma diz, pela necessidade de colocar em prática o conhecimento técnico obtido na universidade na luta contra o tráfico ilegal de animais silvestres. Assim, ao longo dos anos em que esteve no Laboratório de Biologia Evolutiva e Conservação de Vertebrados, sob coordenação do professor João Morgante, Juliana dividiu seu tempo entre a pesquisa sobre genética de populações e o ativismo na SOS Fauna, organização não governamental (ONG) que trabalha em parceria com instituições de governo, Polícia Civil e Polícia Federal na luta contra o comércio ilegal de animais. “Comecei a participar de operações de apreensão de animais junto à Polícia Civil de São Paulo e a compreender o alcance político que a pesquisa científica pode ter na sociedade por meio do Terceiro Setor”, diz Juliana, que há dois anos fundou a ONG Freeland Brasil, com o objetivo de desenvolver ações envolvendo pesquisa, educação e investigação contra o tráfico de animais. O interesse pelo assunto surgiu ainda no mestrado, em 2005, quando teve a oportunidade de conhecer o Laboratório de Criminalística dos Estados Unidos, único no mundo usado apenas para crimes contra a fauna e a flora. No doutorado, a bióloga desenvolveu marcadores moleculares para inferir a origem de aves de algumas espécies apreendidas em São Paulo. A dificuldade de saber de onde os animais vieram é um problema frequentemente encarado no momento de devolvê-los à natureza. Isso porque indivíduos de uma mesma espécie podem apresentar diferenciações genéticas causadas pelo processo de adaptação em biomas distintos. “Animais soltos em uma população muito diferenciada podem ter problemas para se adaptar em outro local. A abordagem genética permite, em teoria e dependendo dos dados presentes, verificar essas diferentes populações dentro de uma espécie e evitar situações desse tipo”, explica. A facilidade para falar em público chamou a atenção do TED, uma organização internacional sem fins lucrativos que promove conferências sobre vários temas da atualidade e as divulga na internet. Em 2010, ela discursou em Long Beach, na Califórnia, para uma plateia composta por diversos líderes. “No TED, aprendi que meu trabalho pode ter um alcance mais abrangente”, diz Juliana. “Hoje meu trabalho tem um impacto mais amplo e é voltado também para ajudar na definição de políticas públicas de combate ao tráfico de animais silvestres, mas ainda mantenho relações com o laboratório.” http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/21/conhecimento-tecnico-na-pratica/ mailto:?subject=Conhecimento%20t%C3%A9cnico%20na%20pr%C3%A1tica&body=%20http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/21/conhecimento-tecnico-na-pratica/ http://twitter.com/share?url=http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/21/conhecimento-tecnico-na-pratica/&text=Conhecimento+t%C3%A9cnico+na+pr%C3%A1tica+ https://plus.google.com/share?url=http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/21/conhecimento-tecnico-na-pratica/ http://www.facebook.com/sharer.php?u=http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/21/conhecimento-tecnico-na-pratica/ http://www.linkedin.com/shareArticle?mini=true&url=http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/21/conhecimento-tecnico-na-pratica/
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