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EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 – 7ª FASE TUT 9 – Dermatite atópica, de contato, dermofitose, dermomicose – Medcurso Dermatite atópica (Eczema atópico) - Processo inflamatório cutâneo crônico, pruriginoso e recorrente. - Metade dos pctes até 1 ano de idade, história de atopia (rinite, asma), pele inflamada e liquida vai ficando cada vez mais seca: + colonizada por S aureus com perda da barreira de proteção tendo mais infecções. LESÃO: Lesão papulovesicular pruriginosa, com tempo vai tendo xerose e liquenificação. - LACTENTE: exsudativo, em face, couro cabeludo e área extensora, poupa área da fralda, <2-3 meses pensa + em seborreica. - CRIANÇA/ADULTO: xerose, mãos, pescoço, pálpebra, regiões flexoras. DIAGNÓSTICO: HANIFIN E RAJA: CLASSICO: 3 critérios maiores + 3 critérios menores: - MAIORES: prurido, típica distribuição e morfologia das lesões, evolução crônica ou recorrente, HP ou HF de atopia. - MENORES: xerose, ictiose/hiperlinearidade palmar, reatividade do prick test, IgE serica elevada, início em idade precoce, suscetibilidade a infecções cutâneas, tendencia p/ dermatite inespecífica de mãos e pes, eczema mamilar, quelites, conjuntivites recorrentes, ceratocone, catarata subcapsular anterior, escurecimento orbital, eritema facial, pitiriase alba, pregas anteriores em pescoço, prurido em áreas de suor, intolerância a la, acentuação perifolicular, alergia alimentar, influencia de fatores emocionais e ambientais, dermografismo branco. UNITED KINGDOM WORK GROUP: prurido cutâneo associado a 3 ou + critérios: • História de prurido envolvendo áreas flexurais, cervical, palpebral, tornozelos. • História de pele seca generalizada no último ano. • Início das lesões de pele antes dos dois anos de idade. • Dermatite atual envolvendo áreas flexurais (ou região malar/fronte/face externa dos membros em pacientes <4anos). TRATAMENTO: controle ambiental (banho rápido e morno, vestuário + algodão, retirada de cortinas e almofadas), emolientes (hidratante com pouco odor), corticoide tópico, antihistaminicos oral, imunomodulador. Dermatite de contato (Eczema de contato) - Pode ser por irritante primário: lesão direta, como detergente, fralda (amoniacal, em W, poupa dobra), teste de contato negativo, lesão no local do contato. Sem relação do mecanismo de memoria imunológica. Alérgica: sensibilização prévia (reação de hipersensibilidade tipo IV): níquel, couro, cimento, esmalte, borracha, teste de contato +, lesão no local ou distante. TRATAMENTO: controle ambiental (retira causador) e emoliente (hidratante), corticoide tópico. - Se lesões disseminadas trata com corticoide sistêmico em baixa dose. - Lesão localizada: • Fase exsudativa aguda ou subaguda: compressas e banhos e permanganato, água boricada, corticoide em creme, atb concomitante se infecção secundaria. • Fase crônica: liquenificada, que predomina xerodermia e espessamento da pele: emolientes, corticoides, ceratolíticos. Dermomicose PITIRÍIASE VERSICOLOR - Lesão superficial, relação com malassezia furfur, regiões mais acometidas são áreas sebáceas (couro cabeludo, face, tronco superior), por necessitarem de ácidos graxos p/nutrição. - Predomina em locais de clima quente e úmido. Lesões: maculas confluentes (vão se juntando para formar lesão maior), hipo/hipercrômica/eritema (em geral hipocrômicas, mas varia cor conforme paciente, por isso versicolor), descamação furfurácea (precipitada por sinal de Zireli esticando a pele ou Bernier com unha). Diagnóstico: via de regra clínico, se quer isolar fungo: luz de wood (verde fluorescente) ou exame micológico direto. Tratamento tópico: sulfeto de selênio, imidazólico (tio, isso, cetoconazol). CANDIDÍASE CUTÂNEA - Causada pela cândida, sendo a principal cândida albicans (70- 80% dos casos), sendo outros tropicalis, parapsilosis, guillermondii... FATORES PREDISPONENTES: extremos de idade, endocrinopatias, gravidez, imunossupressão, neutropenia, uso de dentaduras, atb, antineoplásicos, corticoide, procedimentos cirúrgicos, anticoncepcionais, umidade, traumatismo, sudorese... FORMAS CLÍNICAS: - CANDIDIASE ORAL: forma + comum da doença cutâneo mucosa, comum no neonatal, que pode contrair da mãe no parto vaginal, também comum em imunossuprimidos, corticoide tópico na asma, má higiene bucal... Placas branco- cremosas podendo ter aspecto eritematoso ou enegrecido. Trata com nistatina suspensão oral por 2 semanas. - QUEILITE ANGULAR: ângulos da boca com fissuras, eritema e descamação. + visto no ocidente em pctes desdentados ou dentaduras não perfeitamente adaptadas, desnutridos e anemia ferropriva. - CANDIDÍASE GENITAL: vulvovaginite (leucorreia, placas eritematosas e/ou esbranquiçadas cremosas na vulva e mucosa vaginal, pruriginosas) e balanopostite (lesões eritematoerosivas na glande recobertas ou não de induto esbranquiçado, eritema, edema, ardor e prurido). Trata com nistatina creme vaginal ou dose única de fluconazol. - CANDIDÍASE INTERTRIGINOSA: em dobras axilares, inguinais, interglutea, submamárias, principalmente em obesos e diabéticos. Lesões eritematosas, úmidas, exsudativas, podendo formar erosões ou fissuras, que são envoltas por um colarete córneo, e com frequência há lesões satélites - CANDIDÍASE DA REGIAO DAS FRALDAS: pela retenção de urina e fezes, que leva a umidade e maceração do local, tem pápulas satélites, não poupa dobras. - CANDIDIASE UNGUEAL: infecção comum em diabéticos, em quem retira cutícula ou tem contato direto com água. Tem eritema e edema doloroso em torno da matriz ungueal. - CANDIDIASE MUCOCUTANEA CRONICA: infecção crônica e recorrente da pele, unhas e orofaringe. + em crianças até 3a. Lesões ceratósicas com tendência a formação de cornos cutâneos ou de granulomas, localizados principalmente no couro cabeludo, face e extremidades, podem ser encontrados. TRATAMENTO: candidíase intertriginosa, candidíase das fraldas e na queilite angular usa antifúngicos imidazólicos (cetoconazol, isoconazol, tioconazol), em casos extensos, recidivantes, refratários ou na candidíase ungueal (paroníquia) prefere terapia sistêmica (intertriginosa: 4 semanas, ungueal da mão: 12 semanas, ungueal do pé: 24 semanas: fluconazol 150 mg/semana é a droga de escolha, opções: itraconazol 100-200 mg/dia ou em “pulsoterapia”). TINEA - DERMATOFITOSE - Causadas por fungos que entram mais profundamente na pele: microsporum, tricophyton, epidermophyton. CAPITIS: acontece na cabeça, alopecia focal e descamativa (tonsura), pelo quebradiço, mais comum em imunossupressas, podendo ter querion que é a forma aguda da doença. Tratamento sistêmico com griseofulvina VO. + 4-14 anos, geralmente involução espontânea da adolescência, por mais acidos graxos que dificultam proliferação do fungo. CORPORAIS E CRURIS (região inguinal): eritema circinado e descamativo, tratamento tópico inicialmente com imidazólico, se não resolva tem como opção é terbinafina e ciclopirox. PEDIS (intertrigo): pé de atleta, tratamento costuma ser tópico, sistêmico se acomete região ungueal (unha). UNHA (oniomicose): tratamento difícil e longo, no início pode tratar tópico com amorolfina (esmalte, caro), quando matriz da unha sofre degeneração (distrofia) tem que usar agente sistêmico como itraconazol.
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