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QUESTÕES COMENTSDAS - Módulo TJSE - FGV - MAIO 2023

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QUESTÕES FGV TJSE 
1 - Luiza é servidora pública federal e presta seus serviços no 
Consulado Geral Brasileiro localizado em determinado país 
estrangeiro. Neste país, uma investigação concluiu que Luiza 
e outros trabalhadores, de diversos consulados, em conjunto, 
formaram organização criminosa que fraudava contratos de 
empresas locais com consulados, gerando prejuízo aos cofres 
públicos dos respectivos países. 
Por tais fatos, Luiza foi condenada a uma pena de prisão, 
cumpriu a sentença no respectivo País, e, posteriormente, 
retornou ao Brasil. Os fatos relatados constituem crime 
perante a lei brasileira, sujeitando os infratores às penas de 
reclusão. Sobre a hipótese narrada, e de acordo com o Código 
Penal, assinale a afirmativa correta. 
A Luiza não poderá ser punida no Brasil pelos fatos praticados 
no estrangeiro, pois a lei penal brasileira tem uma limitação 
territorial, sendo inaplicável aos fatos ocorridos no exterior. 
B Luiza não poderá ser punida no Brasil pelos mesmos fatos, 
desde que Luiza postule a homologação da sentença penal 
estrangeira no Brasil. 
A homologação de sentença estrangeira (art. 9º, CP) não 
serve para esse efeito de eximir Luiza de punição. 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei 
brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode 
ser homologada no Brasil para: 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e 
a outros efeitos civis; 
II - sujeitá-lo a medida de segurança. 
C Luiza poderá ser punida no Brasil em razão dos mesmos 
fatos praticados no exterior, desconsiderando-se as penas 
aplicadas pelo estado estrangeiro. 
D Luiza poderá ser punida no Brasil em razão dos mesmos 
fatos praticados no exterior, computando-se, contudo, as 
penas cumpridas no estrangeiro. 
E Luiza somente poderia ser punida no Brasil caso houvesse 
sido absolvida no Estado Estrangeiro, em razão dos mesmos 
fatos. 
2 - Rebeca trabalha há muitos anos como instrumentadora 
cirúrgica e tem bastante experiência na sua atuação. Sabe 
que, via de regra, os centros cirúrgicos exigem tipos especiais 
de calçados para acesso. Tendo em vista sua larga experiência 
com a atividade de instrumentação, Rebeca passa a utilizar 
sapatos de salto alto, por ser muito vaidosa, e por ter certeza 
de que este fato não irá comprometer sua atividade. 
Rebeca, certo dia, escorrega durante a atividade de 
instrumentação e derruba a mesa auxiliar de instrumentação, 
caindo alguns objetos na área cirúrgica. O acidente ocasionou 
danos graves no paciente, com sequela cicatricial não 
esperada ao tipo de procedimento a que se submetia. 
Neste caso, é possível dizer que a conduta de Rebeca, que 
implicou no resultado lesivo ao paciente, foi praticada com 
A dolo eventual. 
B culpa inconsciente, na modalidade imperícia. 
C culpa inconsciente, na modalidade imprudência. 
D culpa consciente, na modalidade imprudência. 
E culpa consciente, na modalidade imperícia. 
3 - Acerca do Princípio da Legalidade Penal, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. O princípio da anterioridade penal impede a aplicação da lei 
nova que agrave a pena quando a sua vigência é posterior ao 
início da execução do delito, nos crimes permanentes, ainda 
que atinja etapa da permanência. 
II. A lei nova que, de qualquer forma, beneficie o acusado 
deve ser imediatamente aplicável; se o benefício for parcial, 
despreza-se a parte que prejudica o réu, aplicando-se apenas 
a parte benéfica. 
III. O princípio da legalidade da lei penal autoriza a 
ultratividade da lei penal em prejuízo do acusado, quando se 
tratar de norma legal de natureza temporária ou excepcional. 
Está correto o que se afirma em 
A I, apenas. 
B II, apenas. 
C III, apenas. 
D II e III, apenas. 
E I, II e III. 
4 - Quando dois agentes, numa mesma dinâmica fática, 
direcionando suas condutas um contra o outro, atuam em 
legítima defesa real frente a uma atitude de legítima defesa 
putativa ou os dois agentes, numa mesma dinâmica fática, 
direcionando suas condutas um contra o outro, atuam em 
legítimas defesas putativas, concomitantemente, estará 
caracterizada hipótese de legítima defesa: 
A recíproca; 
B própria; 
C imprópria; 
D putativa; 
E sucessiva. 
5 - O conceito analítico de crime exige a realização de um 
comportamento humano. 
Um comportamento humano que pode ensejar interesse 
jurídicopenal e responsabilização do agente que o 
desempenha é: 
A ação por coação física irresistível; 
 
 
 
 
B atos reflexos; 
C condutas culposas; 
D perda brusca de consciência; 
E atos automatizados. 
os automatismos são produtos de prévio condicionamento que 
o ser humano realiza, sem que a atuação tenha que ser 
trazida ao plano da consciência “ as ações voluntárias mais 
rápidas (Spigel)[45]. O gesto de caminhar é o exemplo 
clássico: fruto de um antigo treinamento, torna o homem 
condicionado à sua realização sem que para tanto lhe seja 
obrigatório ter consciência de que esta caminhando. 
6 - Mário, com inveja de Helena, sua colega de trabalho, 
resolveu sequestrá-la com a finalidade de impedi-la de 
participar de um processo seletivo profissional. Para tanto, 
Mário privou Helena de sua liberdade por uma semana, 
período em que foram realizados os testes do processo 
seletivo, fazendo com que Helena perdesse a oportunidade. 
Ocorre que, no meio da semana em que Helena restou privada 
de sua liberdade, entrou em vigor nova lei recrudescendo a 
sanção penal para o delito de crime de sequestro e cárcere 
privado. 
Nessa situação hipotética, podemos afirmar que 
A a nova lei não poderá ser aplicada, por ser lei penal nova 
mais gravosa. 
B a nova lei não poderá ser aplicada, porque o crime iniciou-
se sob a égide de lei mais benéfica e, em se tratando de crime 
continuado, a lei menos gravosa deve ser aplicada. 
C a nova lei não poderá ser aplicada, porque o crime iniciou-
se sob a égide de lei mais benéfica e, em se tratando de crime 
permanente, a lei menos gravosa deve ser aplicada. 
D a lei nova mais gravosa deverá ser aplicada, uma vez que 
o crime de sequestro é crime permanente. 
E a lei nova mais gravosa deverá ser aplicada, uma vez que o 
crime de sequestro é crime continuado. 
7 - Nina faz aula de balé à noite, há mais de 5 anos e costuma 
ir de bicicleta para as aulas. Em abril de 2022, após a aula, 
Nina pegou uma bicicleta, idêntica a sua, estacionada no 
mesmo local escuro, e, pensando que era a sua, foi embora 
pedalando para casa. Somente no dia seguinte, Nina percebeu 
que, na realidade, a bicicleta era de outra aluna, Maria. 
Nesse caso, podemos afirmar que Nina incidiu em 
A erro de proibição, tendo em vista que errou quanto à 
elementar “coisa alheia” do crime de furto. 
B erro de tipo, visto que errou quanto à elementar “coisa 
alheia” do crime de furto. 
má compreensão da realidade. O agente ignora ou tem 
conhecimento equivocado da realidade. Ele não sabe o que 
faz. É o erro sobre a situação fática. O erro recai sobre as 
elementares, circunstâncias ou quaisquer dados que se 
agregam ao tipo penal. 
C erro de tipo, porque errou quanto à ilicitude do fato. 
D estado de necessidade. 
E estado de necessidade putativo. 
8 - Em 03 de abril de 2022, Victor foi a um festival de música 
na cidade onde mora. Durante a madrugada, Victor percebeu 
que uma moradora de sua rua, Juliana, estava dançando 
distraída; Victor aproveitou o momento e subtraiu, sem 
violência ou grave ameaça, o smartphone de Juliana. Juliana 
somente percebeu que estava sem o aparelho celular quando 
chegou em casa e, no dia seguinte, realizou o registro de 
ocorrência. Em 05 de abril de 2022, Victor arrependeu-se, foi 
até a casa de Juliana, pediu desculpas e devolveu, intacto, o 
aparelho celular. Apesar disso, em 15 de abril de 2022, o 
Ministério Público denunciou Victor com incurso nas penas do 
Art. 155, caput, do CP. 
Na hipótese, é correto afirmar que 
A houve arrependimentoeficaz, previsto no Art. 15, segunda 
parte, do CP, tendo em vista que Victor impediu a produção 
do resultado. 
B houve desistência voluntária, prevista no Art. 15, primeira 
parte, do CP, visto que Victor desistiu voluntariamente de 
seguir com a execução. 
C não houve crime, porque Victor se arrependeu e devolveu o 
bem intacto. 
D houve arrependimento posterior, previsto no Art. 16, do CP. 
E houve crime impossível, previsto no Art. 17, do CP. 
9 - Teodora conheceu Daniel em um site de relacionamentos. 
Após 2 anos de relacionamento à distância, Teodora resolveu 
deixar o estado onde mora, São Paulo, para viver na Bahia, 
onde reside Daniel, seu grande amor. 
Assim, Teodora embarcou em um avião rumo à Salvador. 
Após atraso do voo de 4 horas, Teodora desembarcou exausta 
em Salvador – BA, recolheu sua bagagem, retirou a 
identificação da mesma e foi tomar um café para aguardar a 
chegada de Daniel no aeroporto. Nesse momento, Maria 
estava na mesma lanchonete tomando café e aguardando o 
horário do início do check in para pegar seu voo com destino 
ao Rio de Janeiro. Ocorre que Maria se confundiu e pegou a 
mala de Teodora pensando ser a sua, pois as malas eram 
idênticas e ambas estavam sem identificação. Maria 
despachou a mala e embarcou para o Rio de Janeiro. 
Nesse caso, pode-se afirmar que Maria agiu em 
A erro de tipo, uma vez que as malas eram idênticas e sem 
identificação. Maria pensou sinceramente que estava levando 
sua própria mala. 
B erro de proibição, uma vez que as malas eram idênticas e 
sem identificação. Maria pensou sinceramente que estava 
levando sua própria mala. 
 
 
 
 
C descriminante putativa, já que, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, supôs situação de fato que, 
se existisse, tornaria a ação legítima. 
D erro de tipo, já que, por erro plenamente justificado pelas 
circunstâncias, supôs situação de fato que, se existisse, 
tornaria a ação legítima. 
E erro de proibição, já que, por erro plenamente justificado 
pelas circunstâncias, supôs situação de fato que, se existisse, 
tornaria a ação legítima. 
10 - Mário estava em uma festa e ficou completamente 
embriagado após ingerir um refrigerante sem saber que o 
barman tinha incluído uma substância entorpecente em sua 
bebida. Nessa situação, Mário subtraiu o celular de Alice e foi 
embora do local. Posteriormente, foi constatado, na perícia, 
que Mário estava completamente embriagado e sem 
capacidade de determinar o caráter ilícito do fato. 
Nesse caso, é correto afirmar que Mário 
A não responderá por crime, tendo em vista que houve 
exclusão da ilicitude, em razão do exercício regular de direito. 
B não responderá por crime, tendo em vista que houve 
exclusão da culpabilidade, em razão do exercício regular de 
direito. 
C não responderá por crime, tendo em vista que, em razão da 
imputabilidade do agente, existe uma excludente de 
culpabilidade. 
D não responderá por crime, tendo em vista que, em razão da 
inimputabilidade, houve exclusão da culpabilidade. 
E praticou o crime de furto, previsto no art. 155, caput do CP. 
11 - Juliano e Bruno são amigos desde a infância e resolveram 
fazer um passeio de barco organizado pela empresa “Escuna 
Viver Bem” em uma região de praia do litoral brasileiro. 
Durante o passeio, o clima mudou e começou a chover 
intensamente. A embarcação não suportou o mar agitado e 
virou. Na água, Juliano e Bruno disputaram o único colete que 
sobrou, momento em que Juliano afogou Bruno e pegou o 
colete para salvar sua vida. 
Nesse caso, podemos afirmar que Juliano agiu em 
A legítima defesa. 
B legítima defesa putativa. 
C estado de necessidade. 
Art. 24, CP - Considera-se em estado de necessidade quem 
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou 
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito 
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era 
razoável exigir-se. 
D estado de necessidade putativo. 
E exercício regular de direito putativo. 
12 - Alice, 16 anos, foi sequestrada por Túlio, três dias antes 
de Túlio completar 18 anos. Após passar 9 dias em cativeiro, 
as investigações para encontrar Alice foram bem sucedidas e 
Alice foi então libertada. 
Nessa situação hipotética, podemos afirmar que Túlio 
A deve responder por ato infracional análogo ao crime de 
sequestro e cárcere privado. 
B será considerado inimputável e não será penalmente 
responsabilizado. 
C será considerado inimputável e será penalmente 
responsabilizado. 
D será considerado imputável para todos os fins penais, 
porque trata-se de crime continuado, em que a consumação 
se prolonga no tempo. 
E será considerado imputável para todos os fins penais, 
porque trata-se de crime permanente, em que a consumação 
se prolonga no tempo. 
Para que o crime seja caracterizado como continuado é 
preciso que estejam presentes os seguintes requisitos: 
Os crimes devem pertencer à mesma espécie: crimes 
enquadrados na mesma tipificação penal. 
Os crimes praticados na sequência devem ser uma 
continuação do primeiro crime praticado. 
Os crimes devem ter em comum: condições de tempo e lugar 
e a forma de execução. 
13 - Jaqueline, namorada de Fábio, descobriu que ele a traiu 
com sua melhor amiga. Movida por sentimentos de raiva e 
vingança, Jaqueline decidiu matar o namorado. Para isso, 
Jaqueline preparou para Fábio o drink que sempre fazia nas 
noites de sábado, mas, sem que ele soubesse, misturou 
veneno na bebida, em quantidade suficiente para matá-lo. 
Após Fábio beber o drink, Jaqueline lembrou dos bons 
momentos que passaram juntos ao longo de 5 anos e 
percebeu que ele sempre foi seu grande amor. Vendo seu 
amado perdendo as forças, Jaqueline arrependeu-se e deu a 
Fábio o antídoto, salvando-lhe a vida. Fábio não sofreu 
qualquer dano, pediu desculpas e o casal reconciliou-se. 
Nesse caso, podemos afirmar que houve 
A arrependimento posterior. 
B arrependimento eficaz. 
C desistência voluntária. 
D crime tentado. 
E crime impossível. 
14 - A respeito das normas e princípios que regem a aplicação 
da lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar que: 
 
 
 
 
A admite-se sejam as normas penais incriminadoras criadas 
por lei, medida provisória ou decreto legislativo; 
B considera-se praticado o crime no momento de seu 
resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou 
omissão; 
C aplica-se a lei penal incriminadora mais gravosa a fatos 
anteriores já decididos por sentença condenatória transitada 
em julgado; 
D aplicam-se as regras gerais do Código Penal aos crimes 
previstos em lei especial, se esta dispuser de maneira diversa; 
E aplica-se a lei penal temporária, embora decorrido o período 
de sua duração, aos fatos praticados durante a sua vigência. 
15 - Enfurecido com a infidelidade de Lia, sua noiva, Rui 
decide ir, à noite, ao apartamento dela para confrontá-la. Ao 
avistar, na rua, um carro quase idêntico ao de Lia, Rui toma 
uma pedra e inscreve insultos contra ela na lataria do veículo. 
Enquanto riscava a pintura, Rui constata que a placa do 
veículo não corresponde à do carro de Lia. 
Com base nesse caso, assinale a afirmativa correta. 
A Rui cometeu um crime culposo, pois agiu em erro quanto ao 
objeto do delito de dano. 
B A pena de Rui deve ser diminuída em razão do erro na 
execução do crime. 
C O erro sobre a identidade do automóvel não torna o fato 
atípico por ausência de dolo. 
Rui cometeu o crime de dano na modalidade dolosa, uma vez 
que cometeu um erro acidental quanto ao objeto. De acordo 
com a doutrina, neste caso o agente responde pelo dano 
causado contra o objeto efetivamente atingido. Desta forma, 
o erro sobre a identidade do automóvel não torna o fato 
atípico por ausência de dolo, cabendo salientar que nosso 
ordenamento jurídico não admite o crime de dano na 
modalidade culposa. 
D Rui é inimputável, uma vez que cometeu o erro impelido 
por violentaemoção. 
E O desconhecimento da real identidade do bem danificado 
exclui a culpabilidade de Rui. 
16 - A lei penal mais grave pode ser aplicada ao réu de um 
crime cuja execução iniciou-se antes da sua vigência se 
A for um crime considerado hediondo. 
B se a nova lei tornar mais severa apenas a regra para a 
progressão de regime de cumprimento da pena. 
C o réu for reincidente específico. 
D a nova lei for uma lei penal temporária. 
E a realização da ação típica estender-se para além da entrada 
em vigor da nova lei. 
17 - Age com dolo eventual ou indireto a pessoa que 
A prevê que o resultado típico pode ser uma consequência de 
seu comportamento, porém lhe é indiferente se ela se 
realizará ou não. 
Dolo eventual = Dane-se, to nem ai 
Culpa consciente = Caramba, né possível 
B comete um crime consciente de que haverá resultados 
indesejáveis, mas que são decorrência natural da forma de 
execução escolhida para alcançar o seu objetivo. 
C instigado por terceiro a um comportamento reprovável, 
comete um crime por imprudência. 
D reconhece a possibilidade de causar o resultado típico e 
decide prosseguir na execução porque confia sinceramente 
que isso não acontecerá. 
E se vale intencionalmente de terceiro inocente, que executa 
o crime sem saber o que faz. 
18 - Assinale a opção que se relaciona ao princípio da 
fragmentariedade do Direito Penal. 
A Considera-se praticado crime no lugar em que ocorreu a 
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
B A norma penal destina-se a proteger os bens jurídicos de 
maior expressão para a vida em sociedade, só se fazendo 
necessária quando os demais ramos do Direito sejam 
incapazes de combater com eficiência a conduta antijurídica. 
C Nos crimes em que se procedem mediante queixa, se um 
dos ofendidos concede o perdão ao ofensor, o exercício dessa 
faculdade não prejudica o direito dos demais quanto ao 
prosseguimento da ação penal. 
D Quando o agente, mediante um só ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais 
grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, 
mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 
E O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na 
execução do crime ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados. 
19 - No tocante aos institutos da tentativa e consumação, 
desistência voluntária, arrependimento eficaz, 
arrependimento posterior e crime impossível, é correto 
afirmar que o agente: 
A que, após iniciar os atos de execução, voluntariamente, 
impede que o resultado se produza, responderá pelo resultado 
pretendido inicialmente; 
B que, por ato voluntário, repara o dano causado, em crime 
praticado com violência à pessoa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3; 
C que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução, 
só responde pelos atos até então praticados; 
D responde pela tentativa, nos crimes culposos, ao não 
observar o dever de cuidado a que estava obrigado; 
 
 
 
 
E não responde pela tentativa, quando, por ineficácia relativa 
do meio, é impossível consumar-se o crime. 
20 - O princípio da intranscendência da pena veda que 
A o tempo total de cumprimento das penas privativas de 
liberdade ultrapasse 40 anos. 
B uma pessoa seja novamente punida no Brasil, se já houver 
cumprido pena pelo mesmo crime no exterior. 
C em caso de concurso de crimes, a pena final aplicável, 
obtida pelo critério da exasperação da pena de um dos delitos, 
supere o resultado da soma das penas de cada um deles. 
D o sucessor do condenado pelo crime seja obrigado a reparar 
o dano causado pelo infrator em valor superior ao que este 
deixou de herança. 
5º, XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
E se cumpra, no Brasil, pena aplicada por órgão jurisdicional 
estrangeiro sem o exequatur do STJ. 
21 - Marcos e João são vizinhos com histórico de discussões 
em razão dos ruídos noturnos provocados pelas festas 
produzidas por João. Certa noite, Marcos, em um acesso de 
raiva, efetua disparo de arma de fogo contra João, com 
intenção de matar seu alvo. O disparo atinge a perna da 
vítima, que é prontamente levada ao hospital, onde fica 
internada. No segundo dia de internação, em razão de um 
vazamento de gás não percebido, João morre por asfixia. 
Diante do caso narrado, Marcos deverá responder pelo crime 
de: 
A homicídio, uma vez que João só se encontrava no hospital 
em razão das lesões decorrentes da conduta criminosa de 
Marcos (conditio sine qua non); 
B lesão corporal seguida de morte, uma vez que a morte por 
asfixia no hospital não era previsível; 
C lesão corporal, já que eliminando-se em abstrato o 
vazamento de gás, não haveria a morte como resultado 
naturalístico de sua conduta; 
D tentativa de homicídio, com fundamento na teoria da 
causalidade adequada, também adotada pelo ordenamento 
jurídico; 
E tentativa de homicídio, em razão da existência de concausa 
concomitante para o resultado morte: o disparo de arma de 
fogo e o vazamento de gás. 
22 - Sobre a aplicação da lei penal, de acordo com a doutrina 
e a jurisprudência dominantes, é correto afirmar que: 
A considera-se praticado o crime no lugar em que se produziu 
o resultado, quando se tratar de crime de mera conduta; 
B admite-se, por força do princípio da legalidade em matéria 
penal, a criação de tipo penal por medida provisória com força 
de lei; 
C ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro, os crimes cometidos contra a honra do presidente 
da República; 
D implica abolitio criminis o decurso do período de duração da 
lei temporária ou, no caso da lei excepcional, a cessação das 
circunstâncias que a determinaram; 
E não se admite a analogia in malam partem para o 
estabelecimento de norma penal incriminadora. 
Analogia: finalidade de SUPRIR LACUNAS (INTEGRAÇÃO), 
aplicando a um caso não previsto pelo legislador a norma que 
rege caso semelhante. 
23 - Sobre o tema consumação e tentativa e seus 
componentes, quanto ao arrependimento posterior, é correto 
afirmar que: 
A no arrependimento posterior, o ato de reparação precisa ser 
espontâneo; 
B o arrependimento posterior é incompatível com o delito de 
roubo; 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de 
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência: 
Violência própria: Não 
Violência imprópria: SIM 
Violência imprópria é a denominação que se dá a quem usa 
qualquer outro meio para impossibilitar a defesa da vítima do 
roubo. Ex.: uso de sonífero, boa noite cinderela ou hipnose. 
C o arrependimento posterior incide se o agente restitui a 
coisa antes da prolação da sentença; 
D o arrependimento posterior incide se o agente repara o dano 
antes da prolação da sentença; 
E não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao 
crime de moeda falsa. 
INFORMATIVO 554 STJ: No crime de moeda falsa - cuja 
consumação se dá com a falsificação da moeda, sendo 
irrelevante eventual dano patrimonial imposto a terceiros - a 
vítima é a coletividade como um todo e o bem jurídico tutelado 
é a fé pública, que não é passível de reparação. 
24 - Constituem elementos da culpabilidade: 
A inimputabilidade, potencial consciência da lei e 
inexigibilidade de uma conduta diversa; 
B maioridade, potencial consciência da lei e inexigibilidade de 
uma conduta diversa; 
 
 
 
 
C imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e 
exigibilidade de uma conduta diversa; 
D maioridade, potencial conhecimento da ilicitude e 
exigibilidade de umaconduta diversa; 
E imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e 
inexigibilidade de uma conduta diversa. 
25 - Segundo o conceito analítico de crime, o instituto é 
composto por três elementos, quais sejam, o fato típico, a 
ilicitude ou antijuridicidade e a culpabilidade. O fato típico, por 
sua vez, é composto por conduta, resultado, nexo de 
causalidade e tipicidade. 
Analise as proposições a seguir e assinale aquela que contém 
somente causas de exclusão da tipicidade. 
A Coação moral irresistível, estados de inconsciência e 
obediência hierárquica. 
B Coação física irresistível, estados de inconsciência e atos 
reflexos. 
C Coação física irresistível, estrito cumprimento do dever legal 
e estados de inconsciência. 
D Coação moral irresistível, estados de inconsciência e 
exercício regular de direito. 
E Coação física irresistível, obediência hierárquica e atos 
reflexos. 
26 - Sérgio, andando na rua perto de sua residência, se 
depara com um cachorro de rua que parte em sua direção 
para ataca-lo. Muito assustado, Sérgio pega um canivete em 
seu bolso e mata o animal. 
Com relação à situação jurídico-penal de Sérgio, a tese 
defensiva que poderá ser alegada é 
A legítima defesa. 
B estado de necessidade. 
C exercício regular de direito. 
D estrito cumprimento do dever legal. 
E coação física irresistível. 
27 - O conceito analítico de crime o divide em Fato Típico; 
Ilícito ou Antijurídico e Culpável. A culpabilidade, por sua vez, 
é composta pela imputabilidade, pela potencial consciência da 
ilicitude e pela inexigibilidade de conduta diversa. 
Dentre as causas que excluem a imputabilidade penal 
encontram-se 
A coação física irresistível, menoridade e embriaguez 
acidental completa. 
B embriaguez acidental incompleta, menoridade e obediência 
hierárquica. 
C embriaguez acidental completa, menoridade e doença 
mental. 
D embriaguez preordenada, coação moral irresistível e erro 
de proibição. 
E coação moral irresistível, exercício regular de direito e 
menoridade. 
28 - Quanto ao “tempo do crime”, o Código Penal brasileiro 
adota a teoria: 
A da atividade; 
B do resultado; 
C da ubiquidade; 
D da consumação; 
E do efeito. 
29 - No que diz respeito a consumação e tentativa, 
corresponde a uma das etapas da fase interna ou mental: 
A manifestação; 
B preparação; 
C resolução; 
D execução; 
E consumação. 
30 - Assinale a única alternativa que NÃO configura uma causa 
excludente da ilicitude: 
A Coação moral irresistível. 
B Exercício regular do direito. 
C Estrito cumprimento do dever legal. 
D Legítima defesa. 
E Estado de necessidade. 
31 - Aquele que oferece ou promete vantagem indevida a um 
funcionário público, para que ele pratique, omita ou retarde 
ato de ofício comete o crime de 
A descaminho. 
B corrupção ativa. 
C tráfico de influência. 
D usurpação de função pública. 
E exercício funcional ilegal. 
32 - O funcionário público que, embora não tendo a posse do 
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja 
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de 
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, 
pratica 
 
 
 
 
A peculato. 
B corrupção passiva. 
C prevaricação. 
D condescendência criminosa. 
E descaminho. 
33 - O homicídio é considerado qualificado se é cometido nas 
seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a. 
A Mediante paga ou promessa de recompensa. 
B Por motivo grave. 
C Com emprego de veneno asfixia ou tortura. 
D À traição ou de emboscada. 
E Para assegurar a ocultação ou outro crime. 
34 - Após sacar dinheiro no Banco, retornando a pé para casa, 
Maria foi surpreendida por Túlio que, ostentado arma de fogo, 
exigiu que ela entregasse sua bolsa com seu aparelho celular. 
Amedrontada, Maria entregou seus pertences. De posse dos 
objetos, Túlio correu pela rua, mas logo foi abordado por 
policiais que iniciavam o patrulhamento no local, para azar do 
meliante. Túlio foi detido com os bens subtraídos e levado 
para a Delegacia, tendo a arma de fogo sido periciada e 
comprovada a sua potencialidade lesiva. 
Acerca da hipótese, é correto afirmar que Túlio praticou 
A tentativa de roubo, com aumento de pena pelo emprego de 
arma de fogo. 
B furto por arrebatamento. 
C roubo simples. 
D conduta atípica. 
E roubo consumado, com aumento de pena pelo emprego de 
arma de fogo. 
35 - Rafael, delegado de polícia, deixou de dar andamento a 
inquérito no qual sua vizinha, Bianca, estava sendo 
investigada pela prática de crime, porque sempre achou 
Bianca uma mulher linda e sedutora. 
Nesse caso, pode-se afirmar que Rafael 
A praticou peculato. 
B não cometeu crime. 
C praticou corrupção passiva. 
D agiu sob o amparo de excludente de ilicitude. 
E praticou prevaricação. 
36 - Adriano, Policial Rodoviário, em razão da função, exige 
de Victor certa quantia em dinheiro para não lavrar uma 
multa. Victor aceita a proposta, mas diz que precisa retirar 
dinheiro no caixa eletrônico. Quando Victor retorna do Banco, 
descobre que Adriano foi preso em flagrante por policiais à 
paisana que estavam no local. 
Nesse caso, Adriano 
A não cometeu crime, porque não recebeu a quantia em 
dinheiro. 
B praticou crime de concussão, na forma tentada, uma vez 
que não recebeu o dinheiro de Victor. 
C praticou crime de extorsão, na forma tentada, uma vez que 
não recebeu o dinheiro de Victor. 
D praticou crime de concussão. 
E praticou crime de extorsão. 
37 - Durante um churrasco entre amigos, Julia, jovem de 19 
anos, acaba consumindo em excesso bebidas alcoólicas e 
passa a reclamar de tontura e sono. Preocupada, sua amiga 
Paula resolve levá-la para sua residência, onde a coloca 
deitada em um sofá. De volta à confraternização, Paula 
informa aos amigos que deixou a porta da casa de Julia 
destrancada, para que pudesse prestar auxílio em caso de 
necessidade, pois tinha certeza de que ela estava 
desacordada. Flavio, que se achava no evento, ouviu a 
informação e decidiu ir à casa de Julia. Ao ingressar no imóvel, 
verificando que ela estava realmente desacordada e não 
reagia aos seus chamados, subtraiu dinheiro, joias e produtos 
de valor que lá se encontravam, evadindo-se em seguida. A 
vítima só descobriu o acontecido no dia seguinte, quando foi 
acordada, ainda no sofá, com a chegada dos seus pais, que 
estranharam a casa revirada e deram falta de diversos 
objetos. 
Diante desse cenário, é correto afirmar que Flavio praticou o 
delito de: 
A roubo próprio; 
B roubo impróprio; 
C furto simples; 
D furto qualificado pela destreza; 
E furto qualificado mediante fraude. 
38 - Constitui categoria fora do âmbito de proteção da 
qualificadora do “homicídio funcional”: 
A guardas municipais; 
B integrantes do Conselho Penitenciário; 
C policiais aposentados; 
D integrantes da Comissão Técnica de Classificação; 
E juízes de direito. 
39 - Cássio, com a intenção de matar Patrício, efetua disparo 
de arma de fogo em sua direção, que atinge seu braço e o faz 
 
 
 
 
cair no chão. Enquanto caminha na direção de Patrício para 
efetuar novo disparo, Cássio percebe a aproximação de 
policiais e se evade do local, deixando Patrício apenas com o 
ferimento no braço. 
Considerando os fatos narrados, Cássio deverá responder pelo 
crime de: 
A tentativa de homicídio; 
B tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela 
desistência voluntária; 
C lesão corporal, pois houve desistência voluntária; 
D tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo 
arrependimento eficaz; 
E lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz. 
40 - Enquanto Larissa estudava para prova de concurso 
público, Tatiana, sua vizinha, realizava uma festa em sua 
residência, com música em alto volume. 
Incomodada com o barulho que vinha da casa da vizinha, 
Larissa se dirigiu ao local para reclamar, iniciando-se uma 
intensa discussão. Durante a discussão, Tatiana se alterou e 
jogoua garrafa de cerveja que segurava em sua mão na 
direção dos braços de Larissa, com a intenção de causar-lhe 
lesão. 
Larissa se abaixou e a garrafa acabou atingindo sua cabeça, 
causando-lhe grave ferimento, que, embora não gerasse risco 
à sua vida, fez com que ficasse internada no hospital por dois 
meses. 
Descobertos os fatos, Tatiana deverá ser indiciada pela prática 
do(s) crime(s) de 
A tentativa de homicídio culposo, apenas. 
B lesão corporal de natureza gravíssima e tentativa de 
homicídio doloso, em razão do dolo eventual. 
C tentativa de homicídio doloso, apenas, absorvendo o crime 
de lesão corporal, em razão do dolo direto de segundo grau, 
porque, embora não desejasse o resultado, assumiu seu risco 
com sua conduta. 
D lesão corporal de natureza leve, apenas, pois a vida de 
Larissa não foi colocada em risco. 
E lesão corporal de natureza grave, apenas, em razão da 
incapacidade de Larissa para exercer suas ocupações 
habituais durante o período de internação. 
 
GABARITO 
1 D 21 D 
2 D 22 E 
3 C 23 B 
4 A 24 C 
5 C 25 B 
6 D 26 B 
7 B 27 C 
8 D 28 A 
9 A 29 C 
10 D 30 A 
11 C 31 B 
12 E 32 A 
13 B 33 B 
14 E 34 E 
15 C 35 E 
16 E 36 D 
17 A 37 C 
18 B 38 E 
19 C 39 A 
20 D 40 E

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