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42 - Vigilância Sanitária

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Vigilância Sanitária
COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DENTRO DO
CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO.
AUTOR(A): PROF. JUSSARA TOLARDO MESSAS MARCHI
AUTOR(A): PROF. SILVIA REGINA DOS SANTOS PEREIRA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
É um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde
e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da
produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde. Resolve problemas de convivência social, aglomerados urbanos, etc.
ABRANGÊNCIA
Controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a
saúde, compreendidas todas as etapas de processo, da produção ao consumo; O
controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente
com a saúde.
RISCOS
Riscos ambientais
Água (consumo e mananciais hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial e
hospitalar), vetores e transmissores de doenças (mosquitos, barbeiros, animais),
poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos,
etc.
Riscos Ocupacionais
Processo de produção, substâncias, intensidades, ritmo e ambiente de trabalho;
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Riscos Sociais
Transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis,
necessidades básicas insatisfeitas;
Risco Iatrogênico
Decorrente de tratamento médico e uso de serviços de saúde: medicamentos,
infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações, tecnologias médico-
sanitárias, procedimentos e serviços de saúde.
Riscos institucionais
Creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações
ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc;
HISTÓRIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA (VISA)
Desde o nascimento das cidades surgiu a preocupação com a Vigilância
Sanitária, preocupados em conter os surtos de propagação de doenças
contagiosas. As primeiras preocupações eram com a água, os alimentos
consumidos e remoção do lixo.
A VISA foi institucionalizada há 25 anos no Brasil e em 2001, pela primeira vez,
foi realizada uma conferência nacional de VISA, cujo maior desafio foi efetivar
um sistema nacional que colabore definitivamente para proteger e promover a
saúde, construindo cidadania.
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Legenda: VIGILâNCIA SANITáRIA COM PODER DE PUNIR.
PODER DE POLíCIA?
Ação que restringe e que condiciona as atividades dos particulares em
nome da proteção do interesse coletivo – supremacia geral que o Estado
exerce sobre todas as pessoas, bens e atividades.
PRINCIPAL AÇÃO DA VISA
Atualmente, a ação mais recomendada pela VISA é a ação educativa: regular,
vigiar e educar, através de diversas atividades, para transmissão de novas
técnicas legais e as possibilidades de melhorias dos produtos e dos serviços. É
função da VISA difundir as informações sobre as normas para organização dos
estabelecimentos, para melhorar o nível de educação sanitária de produtores e
de consumidores.
INSPEÇÃO SANITÁRIA
Avaliação de estabelecimentos, serviços de saúde, produtos, condições
ambientais e de trabalho na área de abrangência da VS, exigindo julgamento de
valor sobre a situação verificada.
COMPETÊNCIAS DOS NÍVEIS FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL EM RELAÇÃO A
VISA
A Constituição Federal de 1988 afirma que a saúde é um direito social e que o
Sistema Único de Saúde (SUS) é o meio de concretização desse direito. A Lei
Orgânica da Saúde, por sua vez, afirma que a vigilância sanitária – de caráter
altamente preventivo – é uma das competências do SUS. Isso significa que o
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), definido pela Lei nº 9.782, de
26 de janeiro de 1999, é um instrumento privilegiado de que o SUS dispõe para
realizar seu objetivo de prevenção e promoção da saúde.
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O Sistema engloba unidades nos três níveis de governo – federal, estadual e
municipal – com responsabilidades compartilhadas.
No nível federal, estão a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).
No nível estadual, estão o órgão de vigilância sanitária e o Laboratório Central
(Lacen) de cada uma das 27 Unidades da Federação.
No nível municipal, estão os serviços de VISA dos 5561 municípios brasileiros,
muitos dos quais ainda em fase de organização.
Participam indiretamente do Sistema: Conselhos de Saúde e Conselhos de
Secretários de Saúde. Interagem e cooperam com o Sistema: órgãos e
instituições, governamentais ou não, de diversas áreas.
 
DESCENTRALIZAÇÃO DA VISA - MUNICIPALIZAÇÃO
Pelo SUS, a descentralização da VISA também deve ser feita, com investimento
das prefeituras municipais com: equipamentos, contratação de pessoal,
treinamento de pessoal e estabelecimento de normas de funcionamento, de
acordo com as normas da ANVISA.
DESCENTRALIZAÇÃO DA VISA - MUNICIPALIZAÇÃO
Pelo SUS, a descentralização da VISA também deve ser feita, com investimento
das prefeituras municipais com: equipamentos, contratação de pessoal,
treinamento de pessoal e estabelecimento de normas de funcionamento, de
acordo com as normas da ANVISA.
FARMACOVIGILÂNCIA
Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos
adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos (OMS, 2002).
Reação Adversa ao Medicamento - RAM - É considerado qualquer efeito nocivo,
não intencional e indesejado de uma droga observado com doses terapêuticas
habituais em seres humanos para fins de tratamento, profilaxia ou diagnósticos.
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Notificação Voluntária em Farmacovigilância: através do site do NOTIVISA, que
é um sistema informatizado na plataforma web, previsto pela Portaria n° 1.660,
de 22 de Julho de 2009, Portaria n° 529, de 1 de Abril de 2013, do Ministério da
Saúde, e RDC n° 36, de 25 de Julho de 2013, da Anvisa, e desenvolvido para
receber as notificações de incidentes, eventos adversos (EA) e queixas técnicas
(QT) relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária.
A Área de Medicamentos e Produtos inclui: medicamentos, produtos médicos e
hospitalares, cosméticos, perfumes e, saneantes e domissanitários (inseticidas,
raticidas, detergentes, desinfetantes, etc).
Objetivos da Farmacovigilância
O principal objetivo é garantir a qualidade destes produtos e prevenir eventos
adversos graves. Executamos ações educativas, inspeções em estabelecimentos e
monitoramento das notificações dos eventos adversos.
ESTABELECIMENTOS SUJEITOS À INSPEÇÃO
Comércio varejista dos produtos relacionados anteriormente, como por exemplo:
drogarias, farmácias, estabelecimentos que vendem materiais médico-cirúrgicos
dentre outros; distribuidoras, importadoras, exportadoras e transportadoras dos
produtos relacionados acima.
 
Finalizando, é importante também você entender que, conforme a PORTARIA Nº
1.565, DE 26 DE AGOSTO DE 1994, art 6, dos campos de exercício da vigilância
sanitária:
Art. 6º São os seguintes os campos onde se exercerá, nas três esferas de governo
do Sistema Único de Saúde e segundo a respectiva competência legal, a ação da
vigilância sanitária:
I - Proteção do ambiente e defesa do desenvolvimento sustentado;
II - Saneamento básico;
III - Alimentos, água e bebidas para consumo humano;
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IV - Medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de
interesse para a saúde;
V - Ambiente e processos de trabalho, e saúde do trabalhador;
VI - Serviços de assistência à saúde;
VII - Produção,transporte, guarda e utilização de outros bens, substâncias e
produtos psicoativos, tóxicos e radiativos;
VIII - Sangue e hemoderivados;
IX - Radiações de qualquer natureza; e
X - Portos, aeroportos e fronteiras.
Com isso, você pode concluir que o campo de atuação da vigilância sanitária é
amplo e quase inesgotável, intervindo em todos os aspectos que possam dizer
respeito à saúde.
 
ATIVIDADE FINAL
Sendo a Fiscalização Sanitária um atributo privativo do Fiscal
Sanitário, afirma-se:
A. Que o poder de Polícia, delegado ao Fiscal pelo Estado deva ser usado a
todo momento; 
B. Que pode ser usado de maneira que o Fiscal achar melhor;
C. Que o poder de Polícia, seja utilizado única e exclusivamente como
ferramenta de proteção à saúde coletiva; 
D. Sempre que lhe der vontade;
REFERÊNCIA
MINISTÉRIO DA SAÚDE.  Cartilha de Vigilância Sanitária: cidadania e controle
social. ANVISA. Brasília, 2001.
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Conferência Nacional de Vigilância Sanitária (2001 : Brasília, DF) I Conferência
Nacional de Vigilância Sanitária : Relatório Final. -- Brasília : Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, 2001. 159p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância Sanitária - Guia Didático . ANVISA. INDEC.
 Brasilia, 2007.

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