Buscar

PETIÇÃO DE AÇÃO DE ALIMENTOS (EStágio 1)


Continue navegando


Prévia do material em texto

AO JUÍZO DE DIREITO DE 28 VARA CÍVEL DE ARACAJU, ESTADO DE SERGIPE
ALEXYA KAROLLAYNE SILVA SANTOS , menor impúbere, inscrito no CPF nº 118.688275-18 e MARLYSSON ALEX SILVA SANTOS, neste ato representado por sua genitora MÁRCIA SANTOS SILVA, brasileira, solteira, desempregada, inscrita no CPF/MF nº 055.206.235-97, portadora do RG nº 3147575779 SSP-SE, residente e domiciliada na Rua B 23, nº 43, Conjunto Valadares, bairro Santa Maria, na cidade de Aracaju/SE, CEP: 49.,44-328, telefone/ WhatsApp (79)99856-3229 vem a respeitável presença de V. Exa., por meio dos seus Procuradores constituídos FLÁVIO MATHEUS SIQUEIRA MENDES SANTOS, OAB/SE 5.940; LUIZ FERNANDO ALMEIDA RIBERA, OAB/SE 3.860, PRISCILA DE CASTRO LEITE E ANDRADE AZEVEDO, OAB/SE 10.366. todos com endereço da Rua Teixeira de Freitas, 10 – Salgado Filho, Aracaju/SE – CEP: 49.020-490, sem endereço eletrônico, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com fundamento na Lei n° 5.478/68 e no artigos 1.583 e 1694 do Código Civil (CC), promover a presente
AÇÃO DE ALIMENTOS, GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS INAUDITA ALTERA PARTE
Em face de ALEX SOUZA dos Santos, brasileiro, Solteiro, Empreiteiro, inscrito no CPF 84184620515, residente e domiciliado na Rua 26, número 79, Conjunto Santa Maria, Bairro Invasão, CEP 49043-766, telefone e WhatsApp: (79) 996873528, pelos motivos aduzidos a seguir:
I-DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
A requerente declara-se “pobre” nos termos da lei não podendo arcar com as custas processuais da ação conforme Declaração de Hipossuficiência anexa.
II-DOS FATOS:
As partes requerentes são menores impúberes, fruto de uma longa relação de união estável (não formalizada) entre os genitores acima qualificados, que findou em comum acordo entre as partes, tendo desta relação nascido 3 (três) filhos, os dois menores, atualmente com 10 e 14 anos, titulares da presente ação, e o mais velho que completou 18 (dezoito) anos conforme documentos em anexo.
Assim, vemos que a paternidade do réu em relação aos filhos da parte Autora é fato incontroverso, tendo em vista a união estável de fato e os documentos (em anexo)
No ato da separação de fato dos genitores, pactuaram um acordo verbal com os seguintes termos:
· Os filhos residiriam com a genitora, sendo que seria livre a visita por parte do genitor, podendo ser combinado diretamente com os menores, desde que fosse informado a genitora com detalhes, o dia da visita, com o horário de saída e de retorno.
· Em relação a prestação alimentícia, ficou estipulado o valor de R$ 500,00 (Quinhentos Reais) mensais
O requerido vinha cumprindo com o acordado na separação, porém, sem explicações e motivos que justifiquem, uma vez que não houve alteração profissional, deixou de arcar com o combinado, deixando a genitora arcar sozinha com o sustento dos menores
Ressalte-se que, a parte requerida trabalha como pedreiro por empreitada, logo, presente a possibilidade de prestar os alimentos aos filhos, sem prejuízo do seu próprio sustento.
A representante legal dos Requerentes no momento encontra-se desempregada, tendo como única renda o auxílio família do governo federal, o que não lhe permite suprir todas as necessidades da Alimentada.
Alega que o genitor é pessoa saudável e que trabalha como pedreiro por empreitada requerendo que seja fixado a título de alimentos provisórios o percentual de 45% do salário-mínimo vigente, devendo para tanto, ser depositado em conta de titularidade da genitora com sede no Banco NUBANK, com chave PIX Celular: 79998563229 pedindo que ao final da demanda sejam convertidos em alimentos definitivos.
Na situação do requerido estar laborando com vínculo empregatício os 45% sejam fixados sob os vencimentos do genitor percebidos a qualquer título, excluídos os descontos obrigatórios e incluído o salário família, devendo para tanto ser oficiada a fonte pagadora que em momento oportuno deverá ser informada.
Requer que seja determinado que os gastos extraordinários (fardamento e material escolar, medicamento e consultas médicas...) sejam pagos de forma integral pelo genitor, devendo para tanto serem comprovadas mediante recibo e nota fiscal.
Pleiteando também a fixação do regime de compartilhamento de guarda, onde a requerente e o requerido decidam em conjunto tudo que for de interesse das crianças sem prejuízo do que já vinha sendo adotado, que as crianças residiram na casa da requerente, devendo o pai exercer o direito de visitas quinzenalmente, pegando a criança na residência da genitora as sextas às 18h e devolvendo no mesmo local, nas segundas às 8h. 
No que concerne aos feriados esses deverão ser alternados respeitando as datas festivas, Dia das Mães, dos pais, aniversários dos genitores, deseja que o período de férias seja dividido na proporção de 50% cada.
III- DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS:
3.1- DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS E DA TUTELA DE URGÊNCIA:
Com fulcro no Artigo 300 do CPC com o Art. 4 da Lei 5.478/68 (Lei de Alimentos) a requerente faz jus a fixação de alimentos provisórios que estabelecem a faculdade de pleiteá-las desde o início do processo conforme é possível verificar.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Art. 4. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que delas não necessita.
Logo, a requerente tem direito a fixação de alimentos provisórios em decorrência de restar evidenciado a probabilidade do direito e o perigo do dano visto que a autora arca com todas as despesas da prole comum do ex-casal.
3.2- DOS GASTOS EXTRAORDINÁRIOS:
O dever de prestar alimentos compreende um entendimento diverso do senso comum em geral corresponde a um auxílio direto prestado pelo genitor aos filhos que necessitam de apoio financeiro para arcar com despesas diversas são exemplos: alimentação, vestuário, entre outros. 
Conforme preceitua o Art. 1694 do Código Civil os cônjuges podem pedir uns aos outros alimentos desde que compatíveis com sua condição social, assim também o Art. 1696 do mesmo diploma legal assevera que o dever de prestar alimentos é recíproco entre pais e filhos logo o pedido da requerente encontra-se respaldado no ordenamento jurídico.
3.3- DO REGIME DE COMPARTILHAMENTO DE GUARDA E DECISÃO CONJUNTA DOS INTERESSES DA CRIANÇA:
Conforme se depreende do Artigo 1583 em seu §1 do Código Civil o regime de compartilhamento de guarda trata da responsabilidade conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto referentes ao poder familiar dos filhos comuns, devendo-se para tanto ocorrer o equilíbrio do tempo de convívio com os filhos sempre levando em consideração as condições fáticas e os interesses dos filhos na forma do §2 do Art. 1583 do mesmo diploma legal.
Logo a requerente faz jus ao pedido de compartilhamento de guarda bem como a responsabilidade conjunta acerca do que for de interesse das crianças tendo em vista que as disposições legais asseguram a tutela efetiva jurisdicional no caso concreto.
3.4- DA GUARDA, DO DIREITO DE VISITAS NA SEMANA E FERIADOS:
O §3º do Art. 1583 do Código Civil elucida que a moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses deles, logo em razão de não haver nenhuma oposição por parte dos representados acerca da residência em que estão presume-se haver observado a regra aludida no dispositivo devendo-se a guarda ser exercida pela mãe.
Acerca do direito de visitas e feriados o Art. 1589 do Código Civil elucida que o pai ou a mãe, em que não estejam com os filhos, poderá visita-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, fiscalizando sua manutenção e educação, nesse contexto o requerido tem direito a visitas conforme pedido da requerida.
IV- DOS PEDIDOS
Requer, desde já:
1) Requer a justiça gratuita, uma vez que se declara “pobre” no sentidojurídico do termo, conforme declaração anexa;
2) Requer que seja fixado a título de alimentos provisórios o percentual de 45% do salário mínimo vigente, devendo para tanto, ser depositado em conta de titularidade da genitora com sede no Banco NUBANK, com chave PIX Celular: 79998563229, na situação do requerido estar laborando com vínculo empregatício os 45% sejam fixados sob os vencimentos do genitor percebidos a qualquer título, excluídos os descontos obrigatórios e incluído o salário família, devendo para tanto ser oficiada a fonte pagadora que em momento oportuno deverá ser informada;
3) Seja confirmado ao final da demanda a conversão em alimentos definitivos no importe dos 45%;
4) Requer que os gastos extraordinários (fardamento e material escolar, medicamento e consultas médicas...) sejam pagos de forma integral pelo genitor, devendo para tanto serem comprovadas mediante recibo e nota fiscal;
5) Requer também a fixação do regime de compartilhamento de guarda, onde a requerente e o requerido decidam em conjunto tudo que for de interesse das crianças sem prejuízo do que já vinha sendo adotado;
6) Requer que as crianças residam na casa da requerente, devendo o pai exercer o direito de visitas quinzenalmente, pegando a criança na residência da genitora as sextas às 18h e devolvendo no mesmo local, nas segundas às 8h;
7) Requer que nos feriados os filhos passem de forma alternada na residência de ambos os cônjuges respeitando as datas festivas, Dia das Mães, dos pais, aniversários dos genitores, pleiteando que o período de férias seja dividido na proporção de 50% cada;
8) Protesta provar o alegado por todas as formas admitidas em direito, prova documental, testemunhal, entre outras;
9) Demonstra interesse na audiência de Mediação, com fulcro no Art. 319, VII do CPC.
Dar-se o valor da causa em R$ 7.128,00 (Sete mil, cento e vinte e oito reais)
Aracaju/SE, 24 de abril de 2023.
___________________________________________________________
FLÁVIO MATHEUS SIQUEIRA MENDES SANTOS
OAB/SE 5.940