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LEI DE DROGAS

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LEI DE DROGAS
Tópicos Importantes sobre a lei de Drogas: Lei 11.343/2006.
Capítulo III
Dos crimes e das penas
Art. 28 Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
Obs: Tipo penal misto alternativo de conteúdo multo ou variado, se agente incorrer em mais de um verbo, adquirir ou guardar por exemplo ele só cometerá um crime: CRIME ÚNICO.
OBS:  O art. 28 é uma norma penal em branco, pois precisa de outra norma como a portaria da anvisa para que o tipo penal seja aplicado.
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Não ocorreu a descriminalização (abolitio criminis) da
conduta de posse de substância entorpecente para
consumo pessoal, mas, tão somente, a mera
despenalização, pelo fato de o art. 28 da Lei n.º
11.343/2006 não impor pena privativa de liberdade ao
usuário de drogas.
OBS: Juizado especial criminal.
• Crime de perigo abstrato ou presumido, visto que
prescinde da comprovação da existência de situação
que tenha colocado em risco o bem jurídico tutelado.
Ao adquirir droga para seu consumo, o usuário
realimenta o comércio ilícito, contribuindo para difusão
das drogas e expondo a saúde pública.
•Outros exemplos de crimes de perigo abstrato:
embriaguez ao volante (art. 306 do CTB) e porte ilegal
de arma de fogo (art. 14 e 16 Lei 10.826/03) Art. 28 da Lei de Drogas.
Para o STF, a criação de crimes de perigo abstrato não é
inconstitucional, não se cogitando de ofensa ao princípio
da lesividade, diante da necessidade de proteção a bens
jurídicos supraindividuais ou de caráter coletivo, como a
saúde pública.
•Não se aplica o princípio da insignificância.
•STJ: em razão da política criminal adotada pela Lei
11.343/2006, há de se reconhecer a tipicidade
material do porte de substância entorpecente para
consumo próprio, ainda que ínfima a quantidade de
droga apreendida.
• Prova da materialidade: exame toxicológico. Natureza e qauntidade, é imprecindível. 
STJ: atribuição de falta grave ao apenado pela posse de drogas para consumo próprio, conforme
previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, demanda
a elaboração do laudo toxicológico definitivo da
natureza e da quantidade do entorpecente, sem o
qual não há falar em materialidade delitiva.
Precedentes.
OBS: Falta grave se pegar droga dentro da prisão. Precisa fazer o exame toxicológico para que se tenha a comprovação material do entorpecente.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu
consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física
ou psíquica.
Distinção do porte de drogas para consumo pessoal e
o tráfico de drogas:
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a
consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à
quantidade da substância apreendida, ao local e às
condições em que se desenvolveu a ação, às
circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta
e aos antecedentes do agente.
OBS: 
• A pequena quantidade de entorpecente é da essência
do tipo penal
• Regras de experiência
• Embalagens/acondicionamento
• Quantidade de dinheiro
• Local da prisão.
Art. 28, § 4º, Lei 11.343/06:
Em caso de reincidência no crime de porte de drogas, a pena de prestação de serviços à comunidade poderá ser aplicada pelo prazo máximo de dez meses. Trata-se da reincidência específica.
Art. 30 Lei 11.343/06:
“Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
OBS: Se o réu for menor de 21 anos o prazo cai pela metade, nesse caso, a pena aplicada poderá prescrever em 1 ano.
Mesmo sendo crime, o STJ entende que a condenação anterior pelo art. 28 da Lei nº 11.343/2006 (porte de droga para uso próprio) NÃO configura reincidência.
OBS: Nesse caso a condenação por infração penal que não tem carater penalizador não configura reincidência
Argumento principal: se a contravenção penal, que é punível com pena
de prisão simples, não configura reincidência, mostra-se desproporcional
utilizar o art. 28 para fins de reincidência considerando que este delito é
punido apenas com “advertência”, “prestação de serviços à comunidade”
e “medida educativa”, ou, seja, sanções despenalizantes e nas quais
não há qualquer possibilidade de conversão em pena privativa de
liberdade pelo descumprimento.
Leitura conjunta do art. 63 do CP e art. 7º LCP
Contravenção (no Brasil) + crime = não há
reincidência (só maus antecedentes)
Contravenção (no exterior) + crime ou contravenção
= não há reincidência
Contravenção + contravenção = reincidência
A constitucionalidade do art. 28 está sendo fortemente questionada.
STF: RE 635.659
Alguns Ministros do STF já se manifestaram no sentido de que o tipo
penal seria inconstitucional por violar a intimidade e a vida privada.
Ministro Gilmar Mendes: “a criminalização da posse de drogas para uso
pessoal é inconstitucional, por atingir, em grau máximo e
desnecessariamente, o direito ao livre desenvolvimento da personalidade,
em suas várias manifestações, de forma, portanto, claramente
desproporcional.”
Tráfico ilícito de drogas:
Segundo o art. 33, constitui crime de tráfico de drogas a conduta de
importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar.
OBS: Se ouver mais de um verbo não constitui mais de um crime, o agente responderá por apenas um crime, no entanto, o juiz na rimeira fase da fixação da pena poderá ser considerado como algo negativo.
 
OBS: Lei de droga é uma norma penal em branco. Pois não tem uma vítima em específico e sim a coletividade
A pena será de reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500
dias-multa.
O sujeito ativo é qualquer pessoa, sendo crime comum. O sujeito
passivo é a coletividade (crime vago).
Delito plurinuclear, de ação múltipla, tipo misto alternativo: a prática de mais de um núcleo do tipo penal, no mesmo contexto fático, ensejará crime único. Ex.:
importou maconha, armazenou para depois fornecer. Atenção para as causas de aumento previstas no art. 40: pena será aumentada de 1/6 a 2/3 se o agente pratica o
crime: Na terceira fase da aplicação da pena:
Prevalecendo-se da função pública ou no desempenho da função de educação, função de poder familiar, função de guarda ou função de vigilância (inc. II).
Objeto material: drogas, estando dispostas na Portaria 344 da Anvisa, sendo, portanto, uma norma penal em branco em sentido estrito.
Segundo o art. 1º, parágrafo único, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou
relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. Essa tarefa é realizada pelo
Ministério da Saúde, normalmente por meio de Portaria da Anvisa.
Prova da materialidade delitiva no tráfico:
Laudos periciais (laudo de constatação da natureza e quantidade de droga)
Laudo toxicológico preliminar ou provisório (logo após a prisão ou apreensão da droga). Pode ser feito por perito
oficial ou pessoa idônea. Observações sensoriais e comparação. Testes químicos pré-fabricados.
Laudo toxicológico definitivo. Art. 159 CPP. Perito oficial ou 2 pessoas idôneas com diploma de curso superior, com
habilitação técnica relacionada. OBS: Rigor ciêntifico maior!
STJ: para a lavratura do flagrante e oferecimento da denúncia,
basta o laudo toxicológico provisório.
STJ: para a sentença condenatória, em regra, é imprescindível o laudo toxicológico definitivo como prova da materialidade (não se trata de nulidade). OBS: Ausência de laudo definitivo  implicaem ausência de prova da materialidade e sem a materialidade não há que se falar em crime. Absolvição por atipicidade da conduta, ausência de materialidade.
PORÉM, em situações excepcionais, a comprovação da materialidade pode se dar pelo laudo provisório, desde que permita
grau de certeza idêntico ao laudo definitivo, isto é, elaborado por perito oficial, em procedimento equivalente. Ex: drogas
identificadas facilmente (maconha, cocaína).
STJ: irregularidades no laudo preliminar (peça informativa) restam superadas com a juntada do laudo definitivo.
Falta de assinatura do perito no laudo, por si só, não conduz à nulidade do exame pericial, constituindo mera irregularidade.
"A jurisprudência desta Corte é reiterada de que a simples falta de assinatura do perito criminal no laudo definitivo constitui mera
irregularidade e não tem o condão de anular o exame toxicológico, sobretudo, na espécie, em que o perito oficial está devidamente
identificado com seu nome e número de registro no documento e houve o resultado positivo para as substâncias ilícitas analisadas." (AgRg no REsp n. 1.629.838/MG, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma,
julgado em 08/08/2017, DJe 18/08/2017).
É atípica a conduta de importar pequena quantidade de sementes de maconha. Informativo 683 STJ.
O conceito de droga, para fins penais, é aquele estabelecido no art. 1º, parágrafo único, c.c. o art. 66, ambos da Lei n.º 11.343/2006, norma penal em branco complementada pela Portaria
SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998. Compulsando a lista do referido ato administrativo, do que se pode denominar droga, vê-se que dela não consta referência a sementes da planta Cannabis sativum.
Segundo o entendimento dos Tribunais Superiores, O Tetrahidrocanabinol – THC é a substância psicoativa encontrada na planta Cannabis sativum, mas ausente na semente, razão pela qual esta não pode ser considerada droga, para fins penais, o que afasta a subsunção do caso a qualquer uma das hipóteses do art. 33, caput, da Lei n.º 11.343/2006.
Nesse sentido: não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de maconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915).
Embora a desclassificação para o contrabando seja tese defensiva plausível, a pequena quantidade de sementes autoriza o reconhecimento da atipicidade material da conduta, pela incidência do princípio da insignificância ou bagatela e na linha da jurisprudência das Cortes Superiores.
O crime de tráfico de drogas se consuma no momento em que o indivíduo realiza
um dos núcleos do tipo.
Algumas modalidades constituem-se em crime instantâneo, como adquirir.
Algumas são típicas de crimes permanentes, como “trazer consigo” e “ter em
depósito”.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda,
oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à
preparação de drogas;
Aquele que semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas, incorre nas mesmas penas do crime
de tráfico (art. 33, § 1º, inc. II).             
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. JUSTIÇA FEDERAL X
JUIZADO ESPECIAL DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. TRANSPORTE DE FOLHAS DE COCA ADQUIRIDAS NA BOLÍVIA. CLASSIFICAÇÃO PELA PORTARIA/SVS 344, DE 12/5/1988, COMO PLANTA PROSCRITA QUE PODE ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU
PSICOTRÓPICAS, E NÃO COMO DROGA. ENQUADRAMENTO NO TIPO DESCRITO NO § 1º, I, DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
1. Situação em que o investigado foi flagrado transportando, em seu veículo, 4,4 Kg de folhas de coca (erytroxylum coca) adquiridas na Bolívia, que afirmou seriam destinadas ao consumo em rituais religiosos indígenas de mascar, fazer infusão de chá e até mesmo bolo para comer, em instituto espiritualista e xamânico por ele frequentado.
2. Inviável o enquadramento do transporte de folhas de coca no tipo previsto no art. 28 da
Lei 11.343/2006, que descreve o transporte de droga para consumo pessoal. Isso porque, a
folha de coca ("erythroxylum coca lam") é classificada no Anexo I - Lista E - da
Portaria/SVS n. 344, de 12/5/1988 - que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial - como uma das plantas proscritas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas. Seja dizer, ela não é, em si, considerada droga.
3. A conduta de transportar folhas de coca melhor se amolda, em tese e para o fim
de definir a competência, ao tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei 11.343/2006,
que criminaliza o transporte de matéria-prima destinada à preparação de drogas.
No caso concreto, caberá ao juízo de 1º grau, que tem a visão completa de todo o
conjunto de evidências colhido no autos, averiguar se, efetivamente, o intuito final do
investigado era o de preparar drogas com as folhas de coca, tendo em conta, entre
outros aspectos, o laudo pericial produzido pela Polícia Federal que assevera que a
quantidade de folhas com ele apreendida teria o potencial de produzir,
aproximadamente, de 4,4 g (quatro gramas e quatro decigramas) a 23,53 g (vinte e três
gramas e cinquenta e três centigramas) de cocaína, a depender da técnica de refino
utilizada.
4. Conflito conhecido, para declarar competente o Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá - SJ/MS, o suscitado, para conduzir o inquérito policial. (CC 172.464/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2020, DJe 16/06/2020)
Pacote Anticrime: acrescentou a seguinte figura ao art.
33, § 1º.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quandopresentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
•Nova figura do agente disfarçado, diversa do
agente infiltrado ou da ação controlada.
•Também introduzida na Lei nº 10.826/03
(Estatuto do Desarmamento). Terceira
modalidade de ação encoberta.
•Técnica especial de investigação/atuação
policial.
OBS: Terceira modalidade de agente incoberto.
•Propósito: assegurar a criminalização autônoma da conduta daquele que realiza atos de tráfico de armas, drogas ou de matéria prima com um agente policial
disfarçado e afastar o entendimento de que a
solicitação pelo agente policial do produto proibido resulta na caracterização de flagrante preparado e crime impossível (Súmula 145 do STF – crime impossível).
OBS: Policial disfaçado é para pegar traficante que para não ser pego porta poucas drogras no sentido de que se for pego não ficará em mãos com uma quantidade enorme de drogas. Tem que ter uma conduta criminal preexistente para que se faça a prisão. O policial disfaçado não pode induzir o agente a cometer o crime, e só atuarar quando tiver uma investigação prévia, caso contrário o ato de induzir o agente a cometer o crime gera nulidade processual.
• O agente disfarçado, tal qual o agente infiltrado, não é considerado agente provocador, vez que sua atuação não implica
em instigação ao delito. Sua atuação é predominantemente passiva.
• O agente provocador deslegitima a atuação policial, enseja nulidade e pode incorrer em abuso de autoridade (art. 9º, caput, Lei 13.869/19).
• O agente disfarçado não provoca a conduta típica, não cativa a confiança do grupo criminoso ou indivíduo, nem tem prévio contato.Oculta sua real identidade e se posiciona como cidadão comum.
• A atuação do agente disfarçado não requer prévia autorização judicial e está condicionada à presença de elementos probatórios razoáveis de conduta criminosa preexistente.
OBS: Não precisa de autorização judicial carecendo só de umainvestigação policial.
•Nova estratégia investigativa que busca combater o chamado
“tráfico formiguinha”, praticado por intermediadores do comércio ilícito (de armas e drogas).
•Pessoas que levam consigo pequena quantidade de entorpecentes, estritamente encomendada pelo consumidor.
•Exemplo: comercialização de drogas em festas
Art. 33, § 3º. Oferecimento de droga para consumo compartilhado
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem
prejuízo das penas previstas no art. 28.
Não se trata de figura equiparada a hedionda.
Especial fim de agir ou dolo específico: para consumo conjunto.
O agente que faz a oferta deve ter a intenção específica de consumir conjuntamente a droga com a pessoa a quem ele oferece. Caso contrário, estará configurado o
crime do art. 33, caput.
(CESPE) Com o intuito de vender maconha em bairro nobre da cidade onde
mora, Mário utilizou o transporte público para transportar 3 kg dessa droga.
Antes de chegar ao destino, Mário foi abordado por policiais militares, que o
prenderam em flagrante. Assertiva: Nessa situação, Mário responderá por
tentativa de tráfico, já que não chegou a comercializar a droga. ERRADO
(crime permanente, ter consigo e transportar)
Vai incidir ao caso acima a majorante do art. 40, inc. III (infração cometida
nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transporte público)?
A majorante do art. 40, III, da Lei 11.343/2006 somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga no interior do transporte público. É a posição majoritária no STF e STJ.
(CESPE) Segundo o entendimento do STJ, em eventual condenação, o juiz sentenciante não poderá aplicar ao réu a causa de aumento de pena relativa ao tráfico de entorpecentes em transporte público, se o acusado tiver
feito uso desse transporte apenas para conduzir, de forma oculta, droga para comercialização em outro ambiente,
diverso do transporte público.
A majorante do art. 40, III, da Lei 11.343/2006 somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a comercialização efetiva da droga no interior do transporte público. É a posição majoritária no STF e STJ.
(CESPE) Segundo o entendimento do STJ, em eventual condenação, o juiz sentenciante não poderá aplicar ao réu a causa de aumento de pena relativa ao tráfico de entorpecentes em transporte público, se o acusado tiver
feito uso desse transporte apenas para conduzir, de forma oculta, droga para comercialização em outro ambiente,
diverso do transporte público. CORRETO
E se Mário tivesse sido pego dentro de ônibus interestadual e a polícia encontrar provas de que o destino da droga era um cliente
no outro Estado da Federação? Precisa ter cruzado a fronteira?
NÃO. Para que incida a causa de aumento de pena prevista no inciso V
do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira interestadual pelo agente, sendo suficiente a comprovação de que a substância tinha como destino localidade em outro Estado da Federação. STF. 1ª Turma. HC 122791/MS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
17/11/2015 (Info 808). STJ. 6ª Turma. REsp 1370391/MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz,
julgado em 03/11/2015.
Súmula 587 STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da
federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual.
Súmula 607-STJ: A majorante do tráfico
transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei
11.343/06) se configura com a prova da
destinação internacional das drogas, ainda
que não consumada a transposição de
fronteiras.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37
desta Lei são aumentadas de um sexto a
dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância
ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a
transnacionalidade do delito;
Tráfico de drogas nas imediações de igreja. Majorante. Art. 40, inc.
III, da Lei 11.343/06. Analogia in malam partem. Vedação.
Uma vez que, no Direito Penal incriminador, não se admite a analogia in
malam partem e porque a hipótese dos autos (tráfico de drogas cometido
em local próximo a igrejas) não foi contemplada pelo legislador no rol das
majorantes previstas no inciso III do art. 40 da Lei n. 11.343/2006, deve ser afastada a causa especial de aumento de pena em questão.
(HC 528.851/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 05/05/2020, DJe 12/05/2020)
STJ: utilização de criança ou adolescente no tráfico.
Não haverá concurso com corrupção de menores, pois há causa de aumento específica no art. 40, VI, da Lei de
Drogas, sob pena de bis in idem, diferentemente do que ocorre em demais crimes, em que não há causa específica de aumento para o concurso com adolescente ou criança (ex: roubo, homicídio, etc).
 OBS: O individuo que pratica o crime de trafico na compania de um menor não incide no art. 244- B do ECA, pois a caso de aumento de pena no art. 40, VI sobe pena de bis in idem.
Tráfico privilegiado, traficância menor ou eventual:
Art. 33 (...)
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços,  desde que o agente seja primário, de
bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem
integre organização criminosa.
A aplicação da causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da
Lei de Drogas exige o preenchimento de quatro requisitos cumulativos, quais sejam, primariedade, bons antecedentes, não se
dedicar a atividades criminosas ou integrar organização criminosa. STJ.
5ª Turma. HC 355.593/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe
de 25/8/2016.
OBS: É aplicada na 3º fase para a aplicação da pena e os requisitos devem ser cumulativamente: primariedade, bons antecedentes, não se
dedicar a atividades criminosas ou integrar organização criminosa.
OBS: É possível a aplicação de pena restritiva de direito. Ex: mulheres visitantes buscam adentrar dentro de um estabelecimento prisional com drogas para defender seus parentes para não morrerem. Não pode ter ações penais em curso ou inquéritos policiais em curso, em regra os juizes não podem aplicar esse  benefício, nem  fato de ter um trabalho. A mula pode se beneficiar se tiver os requisitos do privilégio.
NOVO ENTENDIMENTO SOBRE AÇÕES PENAIS EM CURSO: Outras decisões importantes sobre esse tema:
Tráfico privilegiado não pode ser descaracterizado por inquéritos ou processos em curso
A Quinta Turma unificou a posição dos colegiados de direito penal do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao decidir que a aplicação da causa de diminuição de pena pelo tráfico privilegiado, prevista na Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), não pode ser afastada com fundamento em investigações ou processos criminais em andamento.
HC 664.284.
Não é crime equiparado a hediondo. Art. 112, § 5º, da LEP, com redação dada pela Lei nº 13.964/19
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste
artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
É cabível, em tese, a concessão de indulto natalino no caso do tráfico privilegiado.
Para o STF, havia evidente constrangimento ilegal ao se enquadrar o tráfico de entorpecentes privilegiado às normas da Lei 8.072/90, especialmente porque os delitos desse tipo apresentam contornos
menos gravosos e levam em conta elementos como o envolvimento ocasional e a não reincidência.
STF: “...a atuação da agente no transportede droga, em atividade denominada ‘mula’, por si só, não constitui pressuposto de sua dedicação à prática delitiva ou de seu
envolvimento com organização criminosa. Assim, padece de ilegalidade a decisão do Superior Tribunal de Justiça fundada em premissa de causa e efeito automático,
sobretudo se consideradas as premissas fáticas lançadas pela instância ordinária, competente para realizar cognição ampla dos fatos da causa, que revelaram não ser a
paciente integrante de organização criminosa ou se dedicar à prática delitiva”.
É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da convicção de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o benefício legal previsto no art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/2006.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.431.091-SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 14/12/2016 (Info 596).
Tráfico de maquinário para fabricação de drogas:
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou
fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação,
preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
OBS: Por certo que se a polícia entrar em uma fabrica de drogas e estiver além do maquinario as drogras aplicaremos o art. 33 e não o 34.  Caso só os maquinários alica o 34.
•Criminalização de atos preparatórios, os quais, em regra, não são puníveis
• Crime obstáculo: 
•Relevância do bem jurídico tutelado justifica a antecipação da punição
•Crime subsidiário em relação ao art. 33, caput.
Associação para o tráfico:
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa.
O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento no sentido de que o delito de associação para o tráfico de drogas não possui natureza hedionda, por não estar
expressamente previsto nos arts. 1º e 2º, da Lei n. 8.072/90.
O crime de associação para o tráfico é formal, que tutela a paz pública. Logo, torna-se desnecessário apreender a droga ou examiná-la. A materialidade (prova de existência da infração penal) pode dar-se por qualquer outro meio lícito.
É delito autônomo, não havendo falar em relação de interdependência com o tráfico, sendo indispensável, tão somente, a demonstração dos requisitos da associação
estável e permanente, de duas ou mais pessoas, para a prática da narcotraficância, na linha de reiterados julgados do STJ.
STJ: Para a caracterização do crime de associação para o tráfico, dispensável
tanto a apreensão da droga como o respectivo laudo. É exigível, porém, o
concurso necessário de, ao menos, dois agentes e um elemento subjetivo do
tipo específico, consistente no ânimo de associação, de caráter duradouro e
estável.
STJ: Não obstante a materialidade do crime de tráfico pressuponha apreensão da
droga, o mesmo não ocorre em relação ao delito de associação para o tráfico,
que, por ser de natureza formal, sua materialidade pode advir de outros elementos de provas, como por exemplo, interceptações telefônicas.
STJ: Para a configuração do delito de associação para o tráfico de drogas é
necessário o dolo de se associar com estabilidade e permanência, sendo que a
reunião de duas ou mais pessoas sem o animus associativo não se subsume ao
tipo do art. 35 da Lei n. 11.343/2006. Trata-se, portanto, de delito de concurso
necessário.
OBS: no CP Associação criminosa 3 ou mais; Lei de drogas: Associação para o tráfico 2 ou mais pessoas;  Organização Criminosa: 4 ou mais pessoas.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
OBS: Nesse caso o ato de prescrever ou ministrar deve seer culposamente, se for dolosomente é doloso e inside o 33.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria profissional a que pertença o agente.
Previsão de crime culposo. Infração de menor potencial ofensivo.
Figuras equiparadas a hediondas:
•Art. 33 caput e § 1º
•Art. 34 (maquinários)
•Art. 36 (financiamento)
•Art. 37 (colaboração)
Figuras NÃO equiparadas a hediondas
•Art. 33, § 4º (tráfico privilegiado, LEP)
•Art. 35 (associação para o tráfico)
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação
dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá
pena reduzida de um terço a dois terços.
Previsão de colaboração premiada.
OBS: Na terceira fase, recuperação do produto, demais co-autores e voluntariamente. Se for objetiva o réu merece objetivamente a redução.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
Grau pureza da droga não se presta a incrementar a pena, segundo a jurisprudência. É irrelevante para fins de dosimetria.
SÚMULAS E ENTEDIMENTOS:
 STF, conforme Súmula 711: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”.

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