Relatório final estágio profissional III em andamento segunda (fabiana vargas) (fabiana vargas)

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RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO PROFISSIONAL III: CLÍNICA DE SAÚDE MENTAL CESUCA E CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES CABERLON
Estagiária: Fabiana de Souza Vargas
Cachoeirinha, 22 de Abril de 2017.
Recredenciamento
Portaria MEC 347, de 05.04.2012 - D.O.U. 10.04.2012.
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	DADOS DE IDENTIFICAÇÃO	
Relatório de Estágio Supervisionado em Psicologia Clínica
· Instituição formadora: Cesuca Faculdade Inedi
· Relatório Final de estágio Supervisionado em Psicologia
· Área de atuação: Clínico, Social Comunitário, Jurídico e Escolar.
· Nome do Aluno: Fabiana de Souza Vargas
· Local de Estágio: Clínica de Saúde Mental do Cesuca. Rua: Silvério Manoel da Silva nº160 – Bairro: Colinas. Telefone: 3396.1000. CEP: 94940-243.
· Nome do supervisor e No. do registro no CRP-07: Gislaine Durante 07/10244
· Cachoeirinha, Fevereiro de 2017.
· Período de Estágio: Início: Dezembro/2015 Término: Fevereiro/2017 Carga horária semanal: 14horas
· Turno - Dias - Horário de Estágio: Segunda-feira das 15h30min às 18h30min, Sexta-feira das 13h30min às 19h30min e Sábado das 09h00min às 12h00min.
· Local de Estágio: Centro de Formação de Condutores Caberlon. Av. João Correa nº 1350 – Bairro: Centro. Telefone: 35925739. CEP: 93020-588.
· Nome do supervisor e No. do registro no CRP-07: Priscila Reis da Costa 07/17415
· São Leopoldo, Abril de 2017.
· Período de Estágio: Fevereiro/2017 Término: Agosto/2017
· Turno - Dias - Horário de Estágio: Segunda-feira das 08h00min às 12h00mim, Quarta-feira 08h00mim às 12h00mim, Sexta-feira 10h00mim às 12h00mim e Sábado 08h00mim às 12h00mim
· Carga Horária Total do Estágio Profissional: 756h. Realizadas nos locais de estágio e 108h. de supervisão acadêmica no Cesuca.
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO PROFISSIONAL III: CLÍNICA DE SAÚDE MENTAL CESUCA
Fabiana Vargas¹
Gislaine Durante²
Priscila Costa³
Márcia Franco
Resumo: Este relatório propõe-se apresentar as atividades realizadas durante o período de Estágio Profissional do curso de Psicologia. Este foi realizado na Clínica de Saúde Mental do Cesuca, com duração de um ano e atualmente está sendo realizado no Centro de Formação de Condutores (CFC) Caberlon com propósito de período de 6 meses. A proposta do presente relatório é descrever as atividades e relatar o aprendizado e experiências adquiridas durante a realização do estágio profissional. Neste trabalho, apresentam-se intervenções realizadas bem como os conceitos teóricos que fundamentaram as atividades desempenhadas.
A Clínica de Saúde Mental do Cesuca e o atendimento Psicológico do Centro de Formação de Condutores Caberlon são destinados à realização das práticas e estágios dos alunos do curso de Psicologia da Faculdade, Juntamente oferecendo serviços gratuitos à comunidade e necessitados de atendimento psicológico. Com objetivo de sanar a grande procura por atendimento são elaborados grupos que possibilitam dar conta da demanda existente. O objetivo através das atividades realizadas foi propor saúde mental e promoção de saúde para comunidade, bem como os condutores de direção veicular. Cada atividade foi planejada, organizada e executada de acordo com a demanda existente, portanto as técnicas utilizadas variaram no decorrer do estágio e será possível descreve-las no decorrer deste relatório. 
Palavras-chave: Relatório, atividades, estágio profissional.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO	05
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	05
2 DESCRIÇÕES DOS LOCAIS DE ESTÁGIOS	06
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	07
3.1 Núcleo Clínico	07
3.2 Núcleo Jurídico	12
3.3 Núcleo Escolar	13
3.4 Núcleo Comunitário	13
4 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO	14
5 AUTO-AVALIAÇÃO	14
REFERÊNCIAS	16
ASSINATURA SUPERVISOR LOCAL	18
ANEXOS	19
INTRODUÇÃO
O estágio profissional foi realizado na Clínica de Saúde Mental do Cesuca, localizada no município de Cachoeirinha/RS e no Centro de formação de Condutores Caberlon, localizada no município de São Leopoldo/RS, ambas com objetivo de prestar atendimento psicológico para sujeitos necessitados do serviço. Foi desenvolvido sob as orientações das professoras da Instituição Cesuca Letícia Franco (Profissional I), Daniela Pereira (Profissional II) e Márcia Franco(Profissional III) e as Supervisoras Locais Gislaine Durante e Priscila Costa.
Através da realização do estágio foi possível trabalhar com diversos grupos e também com atendimentos individuais, além da participação da elaboração e execução de projetos para atender os núcleos escolar, comunitário e jurídico. As diversas atividades desempenhadas na clínica e no Centro de Formação de Condutores possibilitam um conhecimento amplo das atividades desempenhadas pelo psicólogo profissional
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Embora cada estagiário pudesse seguir o referencial teórico ao qual mais se identificassem, por termos tido contato com diversas abordagens teóricas, minhas práticas foram baseadas na Terapia Cognitiva Comportamental.
Segundo Beck (1997) as técnicas cognitivas comportamentais visam influenciar e identificar os pensamentos, sentimentos, comportamentos, e humor do paciente. Portanto foram escolhidas técnicas de acordo com a demanda de cada paciente, sendo utilizadas técnicas tais como: registro de pensamentos disfuncionais, questionamento socrático, identificação da crença central, balança decisória, role-play, cartões de enfrentamento, baralhos das emoções e pensamentos, gráfico de pizza, exposição gradual, técnicas de relaxamento e respiração diafragmática, entre outras.
No primeiro encontro tanto no grupo quanto no individual é explicado para os pacientes sobre a forma de trabalho de acordo com a abordagem teórica, sobre a importância do empenho ativo no tratamento e a execução da tarefa de casa. A tarefa de casa é uma forma de ampliar para a semana do paciente o que foi trabalhado durante a terapia, facilitando a mudança cognitiva e comportamental. A tarefa de casa facilita o aprendizado, pois permite exercitar o que foi aprendido em sessão e aumenta o sentimento de auto eficácia do paciente (Beck 1997).
No transcorrer deste relatório serão relatadas as atividades desempenhadas durante o estágio, bem como a caracterização e avaliação do local do estágio profissional.
2 DESCRIÇÕES DOS LOCAIS DE ESTÁGIO
A Clínica de Saúde Mental CESUCA, encontra-se localizada dentro do Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha – Faculdade Inedi, no 4º andar do prédio dois. A Direção da área da saúde e Coordenação da Psicologia ficava até então, pela Dr. Evanisa Helena Maio de Brum e a Coordenação de Estágio era de responsabilidade da Psicóloga Profª. Márcia Elisabete Wilke Franco e atualmente de Profª Aline Piason. A Clínica foi inaugurada em 2009, com o objetivo de se tornar um espaço para realização do estágio de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e do estágio profissional do curso de Psicologia, sendo a partir de 2013 utilizada somente pelos estagiários de Psicologia. O trabalho da Clínica é composto por quatro núcleos, sendo eles: Núcleo Clínico, Núcleo Social – Comunitário Núcleo Jurídico, e Núcleo Escolar.
O Núcleo Clínico é responsável por realizar os atendimentos iniciais de pessoas que procuram a Clínica para buscar algum tipo de atendimento terapêutico. Para este público é realizado o atendimento através dos Grupos de Acolhimento, que visa identificar a demanda de cada um através de atividades realizadas em quatro encontros. Depois de identificada a demanda, poderá ser indicada para terapia individual ou terapia de grupo. O público alvo que permanecerá em atendimento na Clínica são crianças, adolescentes e adultos da comunidade que se configurem em baixa renda familiar. O Núcleo Clínico é responsável pela realização de grupos terapêuticos, acolhimento e psicoterapia individual.
O Núcleo Social-Comunitário tem como objetivo aproximar a Clínica da Comunidade, promovendo melhoria na qualidade de vida dos sujeitos, além da promoção e prevenção de saúde mental. 
O Núcleo Jurídico, através de uma parceria da Clínica com a Vara da Violência da cidade de Cachoeirinha/RS, busca trabalharas relações familiares e conjugais, em situações que existam violência intrafamiliar, fazendo uma inter-relação da Psicologia com o Direito. O objetivo deste trabalho é reconhecer e atender a necessidade de assistir famílias que estejam em sofrimento psíquico em decorrência destas situações.
O Núcleo Escolar visa atender demandas das escolas da região metropolitana de Cachoeirinha. São realizadas visitas nas escolas que possuem convênio com a Clínica, buscando fazer um diagnóstico breve do local, podendo assim propor a realização de intervenções psicológicas e psicopedagógicos que possam contribuir para o desenvolvimento da comunidade escolar. Através deste núcleo o estagiário vivencia a realidade escolar e educacional, e poderá identificar como se estabelecem os processos de aprendizagem.
A equipe da Clínica de Saúde Mental do Cesuca era composta por uma Psicóloga supervisora local e responsável por doze estagiários, sendo do Estágio Profissional I, II e III.
Os atendimentos Psicológicos no centro de Formação de Condutores CABERLON, é realizado dentro da Instituição, com atendimentos individuais na sala 02 no primeiro andar e os atendimentos em Grupo na sala 307 no terceiro andar do prédio. A Direção da Instituição de ensino é composta por Viviane Moraes, Diretora Geral e os Diretores de Ensino Daniel Rosseto e Cloiber Bianchin e uma equipe composta de quarto de Psicólogas, sendo uma responsável pelo supervisionamento do estágio.
Os atendimentos têm como objetivo ajudar condutores de direção veicular que estão com dificuldades de aprendizagem ou a aprovação no exame prático de direção e que buscam na instituição algum tipo de atendimento terapêutico relacionado aos serviços oferecidos. Para este grupo é realizado um atendimento único individual de acolhimento, que visa identificar a demanda de cada um e depois de identificada, poderá ser indicada para terapia individual ou terapia de grupo. O publico alvo deverá estar realizando algum serviço na instituição. Os atendimentos são responsáveis pela realização de grupos terapêuticos, acolhimento e psicoterapia individual.
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1 Núcleo Clínico
Atendimento Individual
Durante o primeiro e segundo semestre foi realizado atendimentos fixos com três pacientes sendo substituídos por outro quando houvesse desistência ou o mesmo tido alta, no atual e ultimo semestre não foi estipulado numero de atendimentos individuais, tendo o limite de oito pacientes . Na clínica Cesuca os atendimentos ocorreram com adultos de idades variadas, adolescentes e crianças com demandas distintas. No Centro de Formação de Condutores, o atendimento é destinado os adultos com demandas de dificuldade de aprendizado e a aprovação no exame prático de direção. Ambos possibilitaram um amplo conhecimento e estudo de casos. Os planos de intervenção de cada paciente foram elaborados com base na teoria cognitiva comportamental e de acordo com os critérios do DSM-V.
Acolhimento individual
	Neste último semestre, no Centro de Formação de condutores, os acolhimentos foram realizados individualmente, que consisti em uma entrevista com intenção de saber o motivo da busca por atendimento, a identificação da demanda e o encaminhamento para terapia individual ou em grupo. Conforme, Gomes (2009) o acolhimento caracteriza-se como um modo de atender com maior agilidade, aproximando as necessidades daqueles que procuram o serviço. 
Acolhimento em grupo
	Na Clínica de Saúde Mental Cesuca, o grupo de acolhimento atuava como porta de entrada a quem procurava atendimento psicológico, acolhe pessoas com sofrimento decorrentes de situações e patologias diversas, que procuram espontaneamente o serviço ou por meio do encaminhamento de escolas e serviços público que conhecem o serviço oferecido pela clínica, era realizado em quatro encontros semanais com duração de uma hora, totalizando um mês de acolhimento. Conforme (Greco, 2009) a observação da demanda em múltiplos encontros  e por diferentes membros de estagiários possibilita uma maior gama de ideias para debates sobre o caso, também possibilitando ao paciente um maior conhecimento sobre o local de onde recebera o atendimento, optando ou não pelo tratamento a ser oferecido. 
O grupo era separados por fases de idade e conduzidos por dois estagiários de Psicologia, sendo um atuando como terapeuta e outro na função de co-terapeuta. Não havia limites de número de participantes no Grupo de Acolhimento, entretanto o participante não poderia obter mais de uma falta e teria que se fazer presente no encontro de devolução e encaminhamento e tinha como objetivo identificar a demanda individual de cada paciente para ao término do grupo fazer os encaminhamentos dos pacientes para psicoterapia individual ou em grupo específico. A ideia de o acolhimento ser em grupo tem como objetivo atender a ampla demanda na busca por atendimentos pela comunidade. 
 	Possibilitava neste serviço o primeiro contato do indivíduo com o atendimento, a equipe e com processo terapêutico, diante isto se constituía o inicio do vínculo, motivo este importante para adesão ao tratamento terapêutico. Consiste em uma escuta da queixa do paciente, permitindo a avaliação e definição de uma estratégia terapêutica individual conforme a singularidade do paciente. Para o sujeito, possibilita conhecer o espaço de tratamento, profissionais e ofertas e, implica uma escolha de realização do tratamento neste serviço ou não (Greco, 2009).
O serviço acolhimento permite a construção de uma relação de confiabilidade e comprometimento dos sujeitos com os terapeutas. “Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir. O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão” (Greco, 2009, pág.14).
O terapeuta acolhe as demandas com responsabilidade, para que tenha a possibilidade de encaminhar de maneira satisfatória conforme a necessidade trazida pelo sujeito. O acolhimento permite o compartilhamento de angustias, saberes e dúvidas. Proporcionando um atendimento com eficácia, o terapeuta deve orientar o paciente ou a família quanto à necessidade de outros serviços relacionados (Greco, 2009). 
O primeiro Encontro era realizado sempre na primeira segunda-feira do mês à tarde ou quinta-feira à noite, sendo o primeiro encontro a apresentação da clínica e do serviços oferecidos pela mesma, informado aos pacientes quanto às questões de sigilo e assiduidade, ressaltando as responsabilidades de cada um, conscientizando que os atendimentos são no contexto de clínica escola e os encaminhamento serão individual ou em grupo, realizados por estagiários supervisionado pela psicóloga responsável da clínica e que o atendimento ao qual estão inseridos, tem como propósito analisar as necessidades para posteriormente recebam o atendimento.   No primeiro encontro também é questionado aos pacientes o motivo da busca pela atendimento psicológico. Segundo (Greco, 2009), a definição do termo acolhimento resulta do conceito de  "portas Abertas" dando oportunidade de todo e qualquer paciente tenha acesso a tratamento psicológico.   
O segundo e terceiro eram realizadas dinâmicas em grupo para que os participantes tenham oportunidade de expressar questões ao qual levara-o a buscar atendimento, proporcionando reflexão sobre o assunto, podendo usar o espaço para compartilhar situações e reciprocidade de apoio e também possibilitando aos estagiários e supervisão analise sobre o que está sendo trazido, favorecendo o encaminhamento e planejamento mais assertivo do tratamento. 
O último encontro do Acolhimento é reservado para a devolução da demanda observada, este encontro é feito individualmente para que o atendimento seja de forma mais diretiva e que sejam trazidos questões que interessa somente aos envolvidos. Neste o participante ficará sabendo para que atendimento será encaminhado tendo por  opção aderir ao encaminhamento ou não. 
Grupode pais
Para os pais de pré - adolescentes durante o estágio profissional I, foi realizado o grupo onde atuei como terapeuta. O grupo teve como objetivo trabalhar as habilidades sociais educativas dos pais e modificar relacionamento e interação com os filhos, evitando problemas psicológicos futuros para os pré adolescentes e melhorando o desempenho social dos pais. 
Os treinamentos de pais auxiliam os mesmos a lidar com problemas de comportamentos dos filhos, tais como, birras, desobediência, agressividade, dificuldade de cumprir ordens, etc (Pinheiro et al., 2006). O treinamento de pais em um primeiro momento ensina quais os fatores que reforçam e mantém os comportamentos das crianças (Caminha & Caminha, 2011). 
Este treinamento de pais teve a intenção orientar a forma como eles deveriam observar e reforçar o comportamento dos filhos. Para isso foram trabalhadas as habilidades sociais dos pais, tais como, comunicação, empatia, expressão de sentimentos positivos, entre outros. Os pais foram ensinados a motivarem os bons comportamentos dos pré-adolescentes, estarem atentos ao seu desempenho, bem como, a retirarem a atenção quando a criança não se comportava de forma adequada. Os treinamentos beneficiam os pais, filhos, e os irmãos em longo prazo, pois os estilos parentais acabam sendo modificados, e o ambiente familiar acaba se tornando mais harmonioso e saudável. 
Fundamental explicar para os pais que suas expectativas sobre os comportamentos do filho, devem estar de acordo com a fase de seu desenvolvimento, pois a tarefa é desempenhada individuo de acordo com a fase a qual se encontra. É proposto para os pais modificarem o seu próprio comportamento, para depois conseguir com que este reflita no comportamento dos filhos. (Pinheiro et al., 2006). 
A interação entre pais e filhos interfere no repertório social dos filhos, e as habilidades sociais educativas dos pais são importantes para desenvolvimento das habilidades sociais dos filhos. Se os pais possuem habilidades sociais satisfatórias, os filhos tendem a apresentar comportamento adequado, mas se os pais apresentam déficit nas habilidades sociais, os filhos tendem a apresentar comportamentos inadequados. (Bolsoni-Silva, Del Prette & Oishi, 2003).
Também é indispensável para a promoção de habilidades sociais um relacionamento positivo entre pais e filhos, com demonstração de carinho, afeto e comunicação assertiva. As habilidades sociais educativas modificam e aproximam pais e filhos, prevenindo o surgimento de comportamentos inadequados (Bolsoni-Silva, Del Prette & Del Prette, 2000). 
Foram realizados dez encontros com duração de uma hora cada, com momentos de escuta, dinâmicas e tarefas para casa. O grupo era fechado com a participação de oito adultos.
Grupo de conversa Clínica Cesuca
Durante o estágio profissional II foi realizado o grupo de conversa, na Clínica de Saúde Mental Cesuca, onde atuei como terapeuta. O grupo teve como finalidade trabalhar contextos que eram causadores de sofrimento psicológico que estavam no cotidiano dos participantes. A escolha dos assuntos foi aberta e executada pelos integrantes do grupo. Com a intenção de discorrer em questões que estavam gerando conflitos nos integrantes foi conversado livremente e os assuntos trazidos foram inúmeros, fazendo-se assim uma terapia comunitária.
A Terapia Comunitária define-se por ser um espaço de palavra, escuta respeitosa e construção de vínculos com a intenção de proporcionar suporte a indivíduos e famílias que vivem situações de estresse e sofrimento psíquico. A terapia comunitária não tem a finalidade de resolver problemas, mas de incitar uma dinâmica que Sua função não é resolver os problemas das pessoas, e sim, suscitar uma dinâmica que permita a formação de uma rede de apoio aos que são portadores de sofrimento psiquico (BARRETO, 2008)
O Grupo era aberto com limite de no máximo dez pessoas sem numero de atendimentos e tinha duração de uma hora semanalmente. Pelo fato da mudança de local de estágio participei de nove encontros com o grupo, sendo substituída por outra estagiária em minha saída. 
Grupo de Conversa CFC Caberlon
No estágio Profissional III está sendo realizado um grupo de conversa, no CFC Caberlon, que estou atuando como terapeuta. O grupo foi criado para trabalhar com condutores com dificuldades de aprendizagem e no exame prático de direção e tem a intenção proporcionar a possibilidade de compartilhar informações e experiências com outras pessoas que apresentam os mesmos problemas, diminuindo assim a percepção de isolamento e a vergonha que, em geral, acompanha condutores que estão passando por esta situação. Do mesmo modo, observando outras pessoas diminuir ou livrar-se dos sintomas aumenta a esperança de os mesmos conseguirem chegar aos seus objetivos que seria obter a Carteira Nacional de Habilitação. Geralmente, os participantes do grupo encorajam-se reciprocamente para assumir os “riscos” e fazerem coisas evitadas por serem consideradas perigosas.
	Está previsto doze encontros, atualmente está no sexto, o grupo é fechado contendo 8 participantes, tem a duração de uma hora semanalmente, com momentos de escuta, técnica de relaxamento e dinâmicas.
Supervisão
Durante o primeiro e segundo semestre que foi realizado na Clínica de Saúde Mental Cesuca, tive a participação em supervisão individual e coletiva com encontros semanais. As supervisões tinham o objetivo de revisar constantemente o funcionamento dos serviços oferecidos em contexto institucional, refletindo e atualizando nossas práticas na área de saúde mental na tentativa de os serviços estarem compreendendo as necessidades dos atendidos. Durante as supervisões coletivas houve apresentações de seminários por parte dos estagiários e meu tema escolhido foi “a importância do trabalho da psicologia no contexto do trânsito”.
Neste semestre as supervisões estão sendo realizadas semanalmente e individualmente pela supervisora local, com a intenção de promover meu conhecimento pessoal e técnico, além de acompanhar o trabalho realizado por mim na instituição.
3.2 Núcleo Jurídico 	
	Foi realizado no grupo Psijur referente ao núcleo jurídico no 1º semestre como co-terapeuta e no 2º semestre como terapeuta. Ao longo dos semestres recebemos para atendimentos e avaliações psicológicas, famílias e casais encaminhados por via judicial, com conflitos conjugais e situações de violência intrafamiliar com medidas protetivas baseadas na Lei 11.340/06, batizada de Lei Maria da Penha (Brasil, 2006). Para que fossem feitos levantamentos do perfil psicológico dos encaminhados e elaboração de documentos que pudessem ajudar no processo judicial que estão envolvidos. O estágio na área Juridica ocorreu uma vez na semana durante os três semestres de maneira obrigatória. Nesse período também são ministrados cursos de extensão, acompanhamentos teóricos e supervisões em grupo pelos estagiários, estudantes dos estágios básicos e voluntários na própria faculdade, onde ainda, os estagiários relatam seus atendimentos, trocam as experiências e abordam as suas dificuldades e questões relacionadas às suas vivências individuais. Muitas dessas trocas aconteceram na Sala de Espelho, que vem a ser, um consultório dotado de equipamentos de áudio e vídeo conjugado através de um espelho a um auditório com capacidade para em torno de 70 pessoas. 
	 
3.3 Núcleo Escolar 
	No segundo semestre foi solicitado pela direção da escola Roberto Silveira a Clinica Cesuca, a elaboração e execução de um projeto para realização de grupo com adolescentes e adultos que estavam cursando Educação para Jovens e Adultos (EJA), com o objetivo de promover o conhecimento dos participantes sobre os riscos da droga, apontando melhorias possíveis e desejáveis quanto aos danos causados pela mesma, tanto no organismo, assim como na esfera psicológica e social.
	O mesmo foi elaborado por mim e mais dois estagiários da Clínica e não pôde ser executado pelo motivo de a escola não ter conseguido se organizar nas datas dando prioridade a acontecimentos pessoais da escola.Neste semestre está sendo elaborado um projeto de Educação para o Trânsito, onde objetiva conscientizar sobre a importância de cada indivíduo, indiferente de sua idade em seus comportamentos e atitudes preventivas neste espaço, priorizando a preservação da vida de todos os envolvidos neste contexto. A idéia é a realização de atividades em uma escola do município de São Leopoldo, com crianças de séries iniciais e que levem aos participantes a construção de conhecimentos sobre o trânsito de maneira lúdica, fazendo com que os mesmos promovam a mudança no comportamento e tenham mais segurança no trânsito. 
	Este projeto está programado para ser executado em uma escola da rede municipal da cidade de São Leopoldo, com data a combinar com a direção da escola.
3.3 Núcleo Comunitário
	 Devido a grande procura por parte de motoristas da cidade de São Leopoldo por aulas para condutores já habilitados no CFC Caberlon, declarando não conseguirem dirigir por sentirem medo, foi criado um projeto para trabalhar com estes, objetivando auxiliar as pessoas superarem seus traumas e receios, Começando ou voltando a dirigir com segurança e tranquilidade em qualquer trânsito e em qualquer carro.
	Este Projeto está previsto para o mês de junho e terá quatro encontros, será realizado no CFC, com participação de no máximo 15 pessoas. Para elaboração das atividades foi utilizado como referencial à teoria cognitiva comportamental de Aaron Beck.
4 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
No decorrer do período de estágio profissional que totalizará um ano e seis meses, foi possível alcançar todas as atividades propostas no plano de estágio, ficando pendentes até o momento duas atividades, mas que as mesmas já têm datas previstas para a realização. Foram realizadas atividades como atendimento individual de no mínimo três pacientes por semestre, um grupo diferente em cada semestre na clínica e no CFC, avaliação psicológica, participação do acolhimento com adultos, adolescentes e crianças, participação de supervisão individual e coletiva, elaboração de seminário e artigo, elaboração e execução de atividades nos núcleos social-comunitário, jurídico e escolar.
Fui bem acolhida na Clínica de Saúde Mental Cesuca pela supervisora Gislaine e os demais colegas, bem como pela supervisora local do Centro de Formação de Condutores. Neste segundo, tive um grande apoio por parte da direção e colaboradores da empresa pelo fato de todos estarem muito interessados pelo trabalho que está sendo realizado. Durante a permanência na Clínica Cesuca e atualmente no CFC tenho conseguido suprir todas minhas duvidas nas supervisões, acredito que estes sejam momentos muito rico, de muito aprendizado. Nos atendimentos individuais e em grupo estão colaborando muito para minha formação profissional. É de grande importância a troca de experiências com colegas da clínica e até mesmo do Psicoação desde quando fazia parte da Clínica Cesuca e atualmente, pois não perdi o contado com os mesmos. Recentemente meu publico alvo é adultos, mas o contato com todas as faixas etárias me propuseram ótimas experiências. 
O que compreendo que poderia ser diferente é a carga horária, pois hoje percebo que 14 horas pra o número de atividades é pouco, fazendo com que tenhamos que estar disponíveis por mais tempo ou as atividades não são executadas com grande qualidade. Como sugestão, acredito que a carga horária deveria ser aumentada.
De maneira geral considerei o estágio profissional obrigatório muito valioso, me trazendo experiências que somente nele poderei adquirir. 
5 AUTO-AVALIAÇÃO
Quando cheguei à etapa do Estágio profissional, tinha a ideia de fazê-lo dentro de alguma instituição que fosse relacionada ao trânsito, em conversa com a coordenadora do curso de Psicologia, que na época era a Márcia Franco, a mesma sugeriu que eu fizesse na clínica Cesuca, pois já tinha contato com a área de trânsito, foi um momento de muita dúvida, mas decidi que iria fazer como ela havia sugerido e hoje vejo que foi uma ótima opção pois tive uma gama muito maior de aprendizado.
Durante a transação do estágio profissional II para o III tive alguns problemas particulares que me fizeram trocar de local de estágio e atualmente estou estagiando no Centro de Formação de Condutores, uma área que sempre me fascinou e agora com mais conhecimento, estou colocando em prática tudo que aprendi na Clínica Cesuca e em toda vida acadêmica. 
Busquei ser sempre responsável com o proposto, realizando as atividades exigidas, sendo assídua e pontual, mantendo a postura e respeitando nosso Código de ética. A melhorar acredito que a organização de meu tempo. Nunca deixei de cumprir a carga horária, mas acredito que se estivesse organizado melhor, algumas atividades teriam melhor qualidade. 
Hoje me percebo mais preparada para a vida profissional, com uma evolução expressiva, mas com a consciência de que estamos em um eterno aprendizado, pretendendo nunca deixar de me aperfeiçoar e buscar novos conhecimentos.
REFERÊNCIAS
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Barlow, D. H., Beck, A. T. (2009). Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. Porto Alegre: Artmed.
Barreto, A. P. Terapia comunitária passo a passo. Fortaleza: Gráfica LCR, 2008.
Bolsoni-Silva, A. T., Del Prette, A., e Del Prette, Z. A. P. (2000) Relacionamento pais-filhos: um programa de desenvolvimento interpessoal em grupo. Psicologia Escolar e Educacional, 3(3), pp.203-215.
Bolsoni-Silva, A. T., Del Prette, A., & Oishi, J., (2003). Habilidades sociais de pais e problemas de comportamento dos filhos. Psicologia: Argumento, 9, 11-29.
Bottega A., Canestrini T., Rodrigues M. A., Rampelotto R. F., Santos S. O., Silva D. C. & Hörner R. (2016). Abordagem das doenças sexualmente Transmissíveis na adolescência: Revisão de literatura. Saúde (Santa Maria) Suplemento – UFSM – p. 91-104.
Caminha, M. G., & Caminha, R. M. (2011). Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys.
Cunha, J. A, ...[etal] (2000). Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artmed.
Danna, M. F., & Matos, M. A. (2011). Aprendendo a observar. São Paulo: Edicon.
Farrell, N. R., Milosevic, I., McCabe,R. E. (2015). Terapia Cognitivo-Comportamental Em Grupo Para Adolescentes Com Transtornos De Ansiedade. Porto Alegre: Artmed.
Gadelha, Y. & Menezes, I. (2004). Estratégias lúdicas na relação terapêutica com crianças na terapia comportamental. Univ. Ci. Saúde, Brasília, v.2, n.1, p. 1-151.
Greco, C.P. (2009) O Grupo de Acolhimento: Um dispositivo para Facilitar a Adesão ao Tratamento. Trabalho de Conclusão do Programa de Aprimoramento Profissional em Saúde Mental. Universidade Estadual de Campinas.
Oliveira, M. S. & Andretta, I. (Eds). (2012) Manual prático de terapia cognitivo-comportamental. São Paulo: Casa do psicólogo.
Petersen, C. S., & Wainer, R. (2011). Terapias cognitivas-comportamentais para crianças e adolescentes: ciência e arte. Porto Alegre: Artmed.
Pinheiro, M. I. S., Haase, V. G., Del Prette, A., Amarante, C. L. D., & Del Prette, Z. A. P. (2006). Treinamento de habilidades sociais educativas para pais de crianças com problemas de comportamento. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(3), 407-414.
	
__________________________ 
Fabiana Vargas
Estagiária de psicologia do Centro de Formação de Condutores 
Matrícula 9487 
 
 
 
__________________________ 
Priscila Reis da Costa  
Supervisora Local  
CRP 07/17415
 
 
 
 
__________________________ 
 Márcia Elisabete Wilke Franco
Supervisora Acadêmica 
07/03681
ANEXOS
Cronograma das atividades realizadas durante o Estágio Profissional.
	Semestre
	Atividades
	Carga Horária
	1º
	Atendimento de três pacientes individuais
	3horas
	1º
	Grupo de acolhimento
	2 horas
	1º
	Grupo de adolescentes
	1 hora
	1º
	Supervisão Individual
	1 hora
	 1º
	Estudo e elaboração de tarefas
	 1 hora
	1º
	Supervisão Coletiva
	3 horas1º
	Núcleo Jurídico
	3 horas
	Total
	
	14 horas
	Semestre
	Atividades
	Carga Horária
	2º
	Atendimento de três pacientes individuais
	3 horas
	2º
	Grupo de acolhimento
	2 horas
	2º
	Grupo de conversa
	1 hora
	2º
	Supervisão Individual
	1 hora
	2º
	Supervisão Coletiva / seminário
	3 horas
	2º
	Núcleo Jurídico 
	3 horas
	 2º
	Estudo e elaboração de tarefas
	 1 hora
	Total
	
	14 horas
	Semestre
	Atividades
	Carga Horária
	3º
	Atendimento de pacientes individuais
	6horas
	3º
	Grupo de conversa
	2 horas
	3º
	Supervisão Individual
	1 hora
	3º
	Elaboração e execução de projetos 
	4 horas
	 3º
	Estudo e elaboração de tarefas
	 1 hora
	Total
	
	14 horas