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Profa. Isabelle Paes Leme Aula 2 e 3. Proteínas Estrutura química de proteínas • Formadas por peptídeos que são formados por aminoácidos • O que são aminoácidos? • Unidades formadoras das proteínas ou unidades monoméricas: • Aminoácidos - unem-se por meio de ligações peptídicas • Funções e propriedades da proteína – dependem inteiramente da sequência inicial de aminoácidos que formam a sua estrutura • Se mesmo um aminoácido estiver incorreto na sequência: perda da atividade biológica • Propriedades funcionais das proteínas no alimento - características estruturais e outras físico- químicas Estrutura química das proteínas • São as unidades básicas estruturais das proteínas • Sua estrutura química constitui-se em um carbono, ligado covalentemente a quatro radicais: um hidrogênio, um grupamento carboxílico, um grupamento amino e um grupamento R de cadeia lateral • Ao todo - 20 aminoácidos que formam as proteínas presentes na natureza • Classificação dos aminoácidos - de acordo com as características químicas do grupamento R: apolar, polar, ácido e básico Aminoácidos Aminoácidos Essenciais • São aqueles que o nosso corpo não sintetiza e, portanto, sendo necessários à ingestão por meio da alimentação Não essenciais • Podem ser sintetizados pelo organismo Proteínas classificadas pelos seus aminoácidos Alto valor biológico • Apresentam todos aminoácidos essenciais Baixo valor biológico •Apresentam algum aminoácidos limitante Arginina – Semi essencial Aminoácidos essenciais Aminoácidos não essenciais • Quatro níveis de estrutura: primário, secundário, terciário e quaternário • Estrutura - Diversidade de tipos e funções de proteínas (mesmo com somente 20 aminoácidos) Estrutura das proteínas Primária • Sequência básica de aminoácidos (ligação peptídica) Secundária •Dobramento regular de regiões da cadeia polipeptídica. Os dois tipos mais comuns de estrutura secundária são: alfa-hélice e folha beta-pregueada (Pontes de H em alguns segmentos da cadeia aminoacídica) Terciária •A cadeia linear da proteína com segmentos da estrutura secundária se dobra ainda mais, de forma compacta e tridimensional (Processo complexo quimicamente - várias interações) Quaternária •Rearranjo espacial de uma proteína quando ela contém mais de uma cadeia polipeptídica - agregação de várias subunidades de estruturas terciárias. Exemplos: hemoglobina, glicinina • Água associada a proteínas - diferentes formas • Solubilidade em meio aquoso depende de vários parâmetros: • pH • Força ionica • Efeito de solventes - para ser solúvel a proteína deve interagir bem com o solvente • Temperatura Solubilidade das proteínas • Exemplos: • Albuminas - Solúveis em água e coagulam pelo calor (Ex. ovoalbumina e lactoalbumina) • Globulinas - Pouco solúveis ou insolúveis em água, coagulam pelo calor e são solúveis em solução salina diluídas em pH 7 (Ex.: miosina, ovoglobulina, lactoglobulina) • Prolaminas - Insolúveis em água e em soluções salinas e solúveis em etanol (Ex.: gliadina (trigo e centeio), zeína (milho)) • Glutelinas - Insolúveis em água, soluções salinas e de etanol. Solúveis em soluções ácidas e alcalinas diluídas (Ex.: glutenina (trigo)) • Escleroproteinas - Ptns de estrutura fibrosa, insolúveis nos solventes citados (Ex.: colágeno e queratina) Classificação das proteínas em função da solubilidade Será que é possível alterar a conformação de uma proteína? Desnaturação proteica • Qualquer modificação na conformação (alteração estrutural -secundária, terciária e quaternária) sem o rompimento de ligações peptídicas da estrutura primária • Efeitos da desnaturação: • Redução da solubilidade devido ao aumento de resíduos hidrofóbicos • Mudança na capacidade de ligar água • Perda de atividade biológica (Ex.: enzimática ou imunológica) • Aumento da suscetibilidade ao ataque por proteases - exp. das ligações peptídicas • Aumento da viscosidade intrínseca • Dificuldade de cristalização • Aumento da reatividade química • Pode ser reversível ou não • Sensibilidade da proteína - depende das ligações que estabilizam a conformação, da intensidade e do tipo de agente desnaturante • Agentes de desnaturação: físicos (calor, frio, irradiação, ultravioleta, ultrassom, agitação, etc) e químicos (alterações de pH, solventes, ureia, etc) Desnaturação proteica Agentes físicos - Calor • Mais comum • Alteração conformacional da proteína • Velocidade de desnaturação depende da temperatura (podendo aumentar 600x quando a temperatura aumenta 10°C acima da temperatura de desnaturação) • Baixo nível de energia envolvido nas interações que estabilizam as estruturas secundaria, terciaria e quaternária • Susceptibilidade da proteína na desnaturação pelo calor: Natureza e concentração proteica, atividade água, pH, força iônica, tipo de íons presentes • Temperaturas entre 50°C e 100°C - Vibrações e perturbações rompem as pontes de H e interações de Van der Waals e ligações polares • Maior massa molar - mais fácil de desnaturar Desnaturação proteica Agentes físicos - Frio e tratamento mecânico • Temperaturas negativas (-10°C a -40°C): Desnaturação irreversível de algumas proteínas • Algumas enzimas - conservam sua atividade mesmo a temperatura de a -40°C • Congelamento mais rápido - Processo menos desnaturante • Tratamento mecânico: quando muito severo pode desnaturar as ptns em função da intensidade da força de cisalhamento aplicada • Altas pressões (maior ou igual a 50kPa) - efeito desnaturante • Radiação eletromagnética - pode afetar dependendo do comprimento de onda aplicado • Radiação ultravioleta e ionizante - mudanças na conformação, rupturas de ligações covalentes, ionização, formação de radicais proteicos livres Desnaturação proteica Agentes químicos • Ocorre pelo rompimento ou formação de ligações covalentes - geralmente irreversível • Reações de oxidação ou redução pH do meio - Forte influência na desnaturação • Proteínas - se expostas a pH extremo (>10 ou <3) ocorre desnaturação (se a mudança não for brusca e o pH retornar ao original - Renaturação da ptn) • Solventes orgânicos • Mudança de solvente, força iônica e adição de substancias - rompimento das pontes de H, Van der Waals (desnaturação reversível ou irreversível) dependendo do tipo de ptn e da severidade do tratamento • Alguns compostos - Ureia, sais de guanidina (concentrados em sol. aquosa - 4 a 8 mol/L): Contribuem para romper as pontes de H e provocar desnaturação • Agentes tensoativos Aspectos funcionais das enzimas e Importância tecnológica e transformações nos alimentos Instrumentos para avaliação do consumo alimentar • Devem levar em conta a variabilidade da ingestão dietética • A dieta pode variar de dia para dia, de semana para semana • Pode ser modificar ao longo dos anos • Fatores fisiológicos, culturais, econômicos e ambientais contribuem para essa variação • Ex.: Ingestão de alimentos entre os dias de trabalho (dias da semana) e os dias de descanso (fins de semana) • Pessoas com baixo poder aquisitivo -> o consumo alimentar pode variar entre períodos imediatamente subsequentes (distanciamento da data de recebimento do salário) Métodos indiretos Propriedades funcionais/tecnológicas Propriedades funcionais/tecnológicas Fontes de proteína
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