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cardiovasculares II


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Profa. Me. Cíntia Garcia
2017
Assistência de enfermagem ao cliente com 
problemas cardiovasculares II
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ENSINO CLÍNICO IV
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
 Incapacidade cardíaca de bombear sangue suficiente do organismo (O2 
+ nutrientes);
 Falência das câmaras cardíacas (Direita e Esquerda);
 Lesão e falência das fibras musculares.
Pré-carga: estiramento 
antes da sístole. Retorno 
venoso X complacência
Pós-carga: Resistência a 
ejeção do sangue. 
Distensibilidade dos vasos e 
competência das Valvulas
Contratilidade: estado das 
células miocárdicas
DC=FCxVS
 Falência Cardíaca;
 Coração incapaz de gerar um DC capaz de satisfazer as demandas 
do corpo;
 ICC: diagnóstico para o resto da vida;
 Tratamento baseado em alterações do estilo de vida e tratamento 
medicamentoso
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
 Mecanismo Compensatório da ICC
 Chamado “ciclo vicioso”;
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
DC insuficiente
Estimulação 
Simpática
Coração incapaz 
de atender a essa 
demanda
Hipertrofia
A condição se agrava
 Causas: 
 Primário: HA sistêmica e/ou pulmonar, aterosclerose coronária, 
IAM, miocardiopatias; 
 Secundário: estenose de vávulas;
 Fatores sistêmicos: febre (aumento do metabolismo), hipóxia e 
anemia (aumento do trabalho cardíaco), distúrbios 
hidroeletrolíticos, acidose respiratória e metabólica.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Manifestações Clínicas
IC esquerda:
Não consegue bombear o sangue 
do ventrículo para o corpo
Pressão no átrio esquerdo aumentam
O volume sanguíneo e a pressão pulmonar, 
forçam o líquido dos capilares pulmonares para 
dentro dos tecidos pulmonares e alvéolos
Dispneia, tosse, estertores 
pulmonares, ´SpO2 baixa.
 Insuficiência Cardíaca Congestiva Esquerda: 
 Congestão pulmonar; 
 Aumento da pressão pulmonar; 
 Dispnéia, fadiga, taquicardia, ansiedade (- O2) e ortopnéia
(deitada); 
 Tosse (seca, improdutiva, úmida e escarro espumoso);
 Dispneia paroxística noturna;
 Nictúria.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
 Quando o ventrículo direito 
falha, predomina a congestão 
das vísceras e dos tecidos 
periféricos
IC direita
Ocorre quando o lado direito do coração não consegue 
ejetar o sangue e não pode acomodar todo o sangue
retorna a partir da circulação venosa
Manifestações Clínicas
 Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita: 
 Congestão visceral e tecidual periféricas (Edema MMIIs
gravitacional); 
 Aumento ponderal; 
 Hepatomegalia; 
 Distensão jugular e Ascite; 
 Anorexia e Náuseas; 
 Sinal de cacifo (depressão tecidual após compressão suave); 
 Compressão diafragmática (devido a ascite) – angústia respiratória.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Histórico e achados diagnósticos
▪ Pode passar despercebida até apresentar edema pulmonar ou 
periférico;
▪ Sinais clínicos;
▪ Afastar insuficiência renal, DPOC, hepatopatia;
▪ Ecocardiograma: determina a fração de ejeção o paciente, o 
que identifica o comprometimento ou não.
 Tratamento Clínico: 
a) Farmacológico: 
 Digitálicos: aumenta DC, reduz a pressão venosa, + da diurese (-
edema) – atentar para toxicidade digitálica; 
 Diuréticos: favorece excreção de H2O e Na+; 
 Vasodilatadores: nitroprussiato de Na+ e nitroglicerina (vasoativas) –
reduz da pré-carga. 
 Oxigenoterapia
b) Orientação Dietética
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Intoxicação Digitálica: fadiga, depressão, 
anorexia, naúseas, vômitos, alteração no 
ritmo cardíaco
Diagnósticos de Enfermagem
 Intolerância a atividade (ou risco de intolerância a atividade) relacionada ao 
desequilíbrio entre o suprimento e a demanda de O2 por causa do DC 
diminuído;
 Excesso de volume de líquido relacionado com a ingesta excessiva de sódio ou 
líquido e retenção de líquido por causa de IC;
 Ansiedade relacionada a falta de ar consequente a oxigenação inadequada;
 Baixa adesão ao regime terapêutico.
 Avaliação de Enfermagem 
 Ausculta respiratória; 
 Ausculta cardíaca anormal (freqüência, ritmo e bulhas); 
 Sensório/nível de consciência; 
 Periferia (edema de MMIIs, abdominal, distensão de veias 
jugulares; 
 Débito urinário.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
 Acúmulo anormal de líquidos nos pulmões (espaço intersticial e 
alvéolos); 
 Líquido extravasa da parede capilar ocupando as vias respiratórias 
(dispnéia); 
 Congestão pulmonar ocorre quando a circulação pulmonar recebe mais 
sangue do VD do que o VE pode acomodar e bombear. 
Hipoxemia Grave
 Causas: 
 Insuficiência Renal, Câncer, hipervolemia (fatores não cardiogênicos); 
 Aterosclerose coronariana, pico hipertensivo, distúrbios valvulares 
(fatores cardiogênicos).
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Sobrecarga do VE (HAS, valvulopatias), IAM, Hipervolemia
Aumento da pressão do VE e elevação da pressão 
venosa pulmonar (aumento da transudação de 
líquido)
Capilares pulmonares 
congestionados pelo excesso de 
sangue que o VE não consegue 
bombear Ocorre extravasamento de líquido seroso 
e sangue em direção aos alvéolos (através 
dos brônquios e bronquíolos 
comunicantes)
Líquido se mistura com o ar e agitado pelos 
movimentos respiratórios
Aumento do líquido pulmonar e diminuição da 
expansibilidade dificultando a hematose Hipóxia
 Manifestações Clínicas: 
 Dispnéia;
 Sensação de asfixia;
 Mãos frias e úmidas;
 Cianose;
 Veias jugulares distendidas;
 Tosse;
 Secreção bolhosa e tinta de sangue expelidos pela boca e nariz;
 Estertores;
 Respiração ruidosa;
 Queda da saturação de O2.
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
 Tratamento: 
 Oxigenação: avaliação da gasometria arterial, sinais de hipóxia e 
dispnéia;
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Gasometria Arterial
Permite medições do pH sanguíneo e das pressões de oxigênio e
dióxido de carbono arteriais através de punção arterial.
PH: 7,35- 7,45
PCO2: 35-45 mmHg
PO2: 80-100 mmHg
 Gasometria Arterial:
 Técnica:
 Punção arterial.
• Seringa heparinizada
• Radial/ Braquial: 30-45°
• Femoral: 90°
• Antissepsia da pele
• Mínimo 1 ml de sangue*
• Após: Compressão local
 Tratamento:
 Oxigenoterapia: medidas não invasivas e invasivas;
 Morfina: Reduz resistência periférica e o retorno venoso, 
redistribuindo o sangue e diminuindo o extravasamento 
pulmonar;
 Diuréticos: Promovem excreção de Na e água pelos rins 
(Furosemida);
 Dobutamina: aumenta a contratilidade cardíaca;
 Digoxina
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
 Cuidados de Enfermagem:
 Posicionamento adequado;
 Acesso venoso calibroso;
 Oxigenoterapia: dispor de materiais adequados;
 Monitorização dos SSVV;
 Administração de medicamentos;
 Viabilizar exames;
 Apoio psicológico.
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Caso Clínico
 ASF, sexo masculino, 75 anos, aposentado, separado.
 Há 2 meses atrás foi internado no Hospital Geral, apresentando dispnéia intensa. Com 15 dias teve 
alta, retornando as atividades diárias; porém, sentindo-se ainda debilitado. Nas últimas 2 semanas 
começou a apresentar novamente dispnéia; desta vez, aos mínimos esforços, à noite e quando ficava 
nervoso. Foi levado ao Pronto Socorro do hospital de Base por parentes, sendo encaminhado pelo 
médico plantonista à enfermaria, onde foi instituída terapêutica com oxigenoterapia, Lasix Ev, 
Captopril VO e Digoxina; a fim de amenizar os sintomas de descompensação cardíaca. 
 Antecedentes Familiares: mãe hipertensa, falecida de câncer de pulmão.
 Antecedentes Patológicos: Aos 24 anos teve o primeiro infarto do miocárdio, descobrindo que tinha 
hipertensão arterial. Aos 57 anos teve o segundo infarto.
 Hábitos de vida: Reside em área urbana com saneamento básico. Tem costume de tomar 3 banhos 
ao dia. Não faz exercício físico. Não tem passado de tabagismo, porém etilista durante anos, tendo 
deixado de beber há 7 anos. Não tem insônia, apenas acorda quando sente falta de ar. Costuma 
comer com frequência, frutas, pão, frangoe beber suco e caldo de feijão. Faz 4 refeições por dia. 
Defeca todos os dias normalmente, porém urina muito à noite e durante o dia em pouca 
quantidade. 
 Exame físico: EG Comprometido, em fowler, consciente, disfásico, respondendo a solicitações 
verbais com dificuldade, face típica de dor, calota craniana simétrica, mucosas hipocrômicas, 
pupilas isocóricas, mucosa bucal hidratada, língua saburrosa, gânglios supra claviculares ausentes à 
palpação, extremidades aquecidas e oxigenadas, pele com turgor e elasticidade diminuída. 
Dispneico, tórax escavado, com estertores bilaterais a ausculta pulmonar, em uso de MV a 50%, 
SpO2 90% . RC em 2T, bulhas normofonéticas. Abdome globoso, indolor à palpação, piparote (-). 
Eliminações vesicais presentes e intestinais ausentes há 3 dias. MMII com movimentação 
diminuída, edemaciados (1+/4+), com presença de lesão e hiperemia no MID. Em uso de 
venóclise por AVP em MSE (pérvio e sem flogose).SSVV: respiração(28 incurs\min); 
normotenso(130x90 mmHg); afebril(36,5ºC), taquicárdico( 108 bat\min).
 Quais dados chamam atenção? Explique.
 A anamnese e o exame físico orientam a hipótese diagnóstica desse paciente? 
Qual seria? Explique.
 Diagnósticos de enfermagem?
 Intervenções de enfermagem?
REFERÊNCIAS

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