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FISIOPATOLOGIA DA SENSIBILIZAÇÃO TIPOS DE FIBRAS • Tipo A(alfa) - rápidas, de grande diâmetro: são mielínicas e responsáveis pela transmissão da dor do tipo rápida. Estão localizadas superficialmente na pele, músculos e tendões. São conduzidas com organização somatotrópica precisa e detalhada, por este motivo a dor pode ser precisa e quantificável. • Tipo Ab (beta) - rápidas, de grande diâmetro • Tipo Ad (delta) - lentas, de pequeno diâmetro • Tipo C - lentas, de pequeno diâmetro: são amielínicas e responsáveis pela transmissão da dor do tipo lenta. Estão localizadas em estruturas mais profundas de músculos e tendões e nas vísceras. São conduzidas sem organização somatotrópica precisa e por este motivo a dor transmitida pelas fibras lentas C é difícil de ser localizada e quantificada. A atividade dos receptores nociceptivos das fibras C é modulada pela ação de substâncias químicas, denominadas algogênicas (acetilcolina, prostaglandina, histamina, serotonina, bradicinina, leucotrieno, substância P, tromboxana, fator de ativação plaquetária, radicais ácidos e os íons potássio), liberadas em elevada concentração no ambiente tecidual em decorrência de processos inflamatórios, traumáticos e/ou isquêmicos. DOR RÁPIDA Þ Em pontada e bem localizada Fibras Aδ Þ Condução rápida (12-30 m/s) mecanrreceptores de alto limiar Nociceptor unimodais DOR LENTA • Em queimação, mal localizada e difusa • Fibras C • Condução lenta (0.5 - 2 m/s) • Receptores mecânicos, térmicos e químicos Nociceptores polimodais NEURONIOS AFERENTES OU PRIMARIOS • Estes receptores traduzem a informação produzida pelos diferentes tipos de estímulo - de natureza mecânica, química ou térmica, a qual será transmitida até o sistema nervoso central (SNC) por meio das fibras. • A hiperalgesia primária existe quando a sensibilidade à dor ocorre diretamente nos tecidos lesados, enquanto a forma secundária é uma sensibilidade dolorosa que ocorrerá nos nervos periféricos que não foram danificados durante a lesão. • Vários estudos demonstraram que a hiperalgesia secundária depende fundamentalmente de mecanismos de sensibilização que ocorrem no corno dorsal da medula espinhal. SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL A sensibilização central corresponde a uma modificação no estado funcional dos neurônios e das em vias nociceptivas por todo o neuroeixo, causada pelo aumento na excitabilidade da membrana, da eficácia sináptica ou pela redução da inibição sobre este sistema. PROCESSO DE SENSIBILIZAÇÃO E CAPACIDADE NOS NEUROCEPTORES EM CAPTAR O ESTIMULO E COMUNICAR SISTEMA NERVOSO PARA MANDAR RESPOSTA. A SENSIBILIZAÇÃO PARECE SER MEDIDA POR BRADICININA, PROSTAGLANDINA E LEUCOTRIENOS DURANTE A RESPOSTA INFLAMATORIA. EIXO--- ESTIMULO – FIBRAS AFERENTES --- GANGLIOS SENSORIAIS - TALAMO. NEURÓNIOS WDR Neurónio do corno dorsal da medula espinhal. A ativação repetida das fibras tipo C, seja por lesão tecidular, inflamação, estimulação química ou eléctrica, conduz a um estado de hiperexcitabilidade dos neurónios WDR, que se caracteriza pelo aumento da resposta aos estímulos, aumento dos campos receptivos, redução do limiar de ativação e aumento da sua atividade espontânea. Quando uma fibra C é ativada por um estímulo nóxico, liberta- se glutamato na sinapse entre o seu terminal central e o neurónio espinhal. O glutamato liga-se aos receptores AMPA e NMDA presentes no neurónio espinhal, mas enquanto a ligação aos receptores NMDA não provoca qualquer efeito, devido ao bloqueio pelo Mg+, a ligação aos receptores AMPA provoca a rápida entrada de Na+ e consequente despolarização da membrana do neurónio espinhal, com o eventual aparecimento de um potencial de ação. Esta transmissão sináptica rápida (na ordem dos milissegundos), termina com a inativação dos receptores AMPA e a abertura de canais de potássio sensíveis à voltagem (VGKC), com a consequente repolarização da membrana, e ocorre em virtualmente todas as sinapses glutamatérgicas. DOR MEMBRO FANTASMA CONCEITO O termo dor fantasma foi utilizado pela primeira vez em soldados que tinham sido feridos nos campos de batalha da Guerra Civil Norte Americana. A DOR FANTASMA envolve a sensação de dor de uma parte do corpo que tenha sido removida, sendo esta de um membro ou órgão de uma forma traumática ou congênita. DOR FANTASMA X SENSAÇÃO DO MEMBRO FANTASMA. A SENSAÇÃO DE MEBRO FANTASMA é uma sensação desejável e indolor que pode melhorar o sentido que indica a posição do membro. Essa sensação do membro fantasma é um fenômeno que acomete pacientes, podendo ser acompanhado de dor ou não. O membro fantasma possui, na maioria dos casos o mesmo tamanho, forma, e postura que o membro amputado apresentava no pré-operatório. As percepções são registradas com maior frequência após a amputação de um braço ou uma perna, mas também podem ocorrer após a retirada de um seio ou um órgão interno. A dor fantasma geralmente começa dentro de dias após a amputação, mas pode levar meses ou anos para aparecer. A dor fantasma pode ser em formigamento, aguda, pungente, latejante, em queimação, intensa, em beliscão ou em aperto. A dor fantasma é frequentemente mais grave logo após a amputação, diminuindo com o tempo. Para muitas pessoas, a dor fantasma é mais comum quando a prótese não está sendo usada; por exemplo, durante a noite. O risco de ter essa dor é reduzido se uma raquianestesia e uma anestesia geral for aplicada durante a cirurgia. SINAIS E SINTOMAS A dor fantasma envolve a sensação de dor de uma parte do corpo que tenha sido removida, sendo esta de um membro ou órgão de uma forma traumática ou congênita. A sensação mais mencionada por pacientes é a de “formigamento difuso”, que “reconstrói” toda a extensão do membro amputado. Entretanto, há uma diferenciação entre sensação fantasma e dor fantasma. Enquanto a primeira relaciona-se com formigamento, quente ou frio, ou dormência. Já a segunda, tem relação com facada, tiro, ardor ou dores, sendo que no caso da dor há uma maior prevalência entre os pacientes. A dor fantasma está localizada principalmente na parte distal do membro fantasma FISIOPATOLOGIA DA SENSAÇÃO DOLOROSA DO MEMBRO FANTASMA • Não é totalmente compreendida • Inicialmente foi atribuída à imaginação • Há descrições na literatura como um processo motor e sensorial de plasticidade, caracterizado pela reorganização do mapeamento das estruturas representadas no córtex. Mecanismos periféricos e centrais constam das hipóteses que ganharam aceitação ao longo dos últimos anos. As teorias podem ser categorizadas em periféricas, centrais e psicológicas. Contudo, nenhuma destas construções teóricas parece ser capaz de explicar cabalmente o fenómeno da DMF, fazendo supor que podem coexistir múltiplos mecanismo. TRATAMENTO OPÇÕES: • CICLOBENZAPRINA • AMITRIPTILINA • GABAPENTINA • PREGABALINA
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