Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laísa Dinelli Schiaveto Materiais Cirúrgicos e Novas Tecnologias FIOS E AGULHAS AGULHAS 1. TIPO DE PONTA: - Atraumática; - Traumática. 2. TIPO DE CURVATURA: - 1/4 de círculo: pele, olhos e tendões. - 1/2 de círculo: músculos e fáscias. - 3/8 de círculo: pele, fáscias e suturas gastrointestinais. - 5/8 de círculo: músculos e suturas urogenitais. FIOS DE SUTURA 1. ABSORVÍVEL E NÃO ABSORVÍVEL: ABSORVÍVEL: - Perdem gradualmente sua resistência à tração até serem fagocitados ou hidrolisados. - Resistência: PDS > vicryl > categute cromado > monocryl > categute simples. - EX.: categute simples, categute cromado, poliglecaprone (monocryl e caprofyl), polidioxanona (PDS) e poliglactina (vicryl). INABSORVÍVEL: - Permanecem por um tempo maior nos tecidos, sendo envolvidos por uma cápsula fibrosa com o decorrer do tempo. - EX.: algodão, linho, poliamida/nylon (mononylon), polipropileno (prolene), poliéster (ethibond), seda e aço inoxidável. 2. NATURAL E SINTÉTICO. 3. MONOFILAMENTAR E MULTIFILAMENTAR: MONOFILAMENTAR: - Apenas um filamento. - Mais memória e menos maleáveis: maior dificuldade de confecção de nó. - Menor trauma tecidual e menor potencial de infecção. - EX.: polidioxanona, polipropileno, aço inoxidável, poliglecaprona e nylon. MULTIFILAMENTARES: - Vários filamentos. - Menos memória e mais maleável: mais fácil manuseio. - Maior trauma tecidual e maior potencial de infecção: carreiam mais microrganismos. - EX.: categute simples, categute cromado, algodão, linho, seda, poliéster e poliglactina. 4. MEMÓRIA E MALEABILIDADE: - Maior em monofilamentares. Laísa Dinelli Schiaveto - Menor em multifilamentares. 5. RESISTÊNCIA TÊNSIL. 6. CALIBRE: - Quanto maior o nº de zeros, menor o fio. - É raro, mas pode aparecer: 00 = 1-0; 000 = 2-0; 0000 = 3-0. 7. REAÇÃO TECIDUAL: - Biológico > sintético. - Absorvível > inabsorvível. - Multifilamentar > monofilamentar. POLIPROPILENO (PROLENE) • Inabsorvível, sintético e monofilamentar. • INDICAÇÕES: cirurgia geral, cirurgia vascular, cirurgia cardíaca e estruturas delicadas, como nos casos de anastomoses e fixação de telas na hernioplastia. • Não costumam ser utilizados em via urinária devido à formação de cálculos. POLIGLACTINA (VICRYL) • Absorvível, sintético e multifilamentar. • Suturas sem tensão, fechamentos em geral (subcutâneo) e mucosas. • INDICAÇÕES: cirurgia geral, urologia, ginecologia, oftalmologia. • É muito utilizado em via urinária devido a sua característica absorvível e pouco reação inflamatória. POLIDIAXANONA (PDS) • Absorvível, sintético e monofilamentar. • Mais delicado e resistente. • Bom pra tudo – especialmente na urologia. • INDICAÇÕES: anastomose vascular, anastomose gastrointestinal, anastomose biliodigestiva e, principalmente, vias urinárias. POLIAMIDA (MONOMYLON) • Inabsorvível, sintético e monofilamentar. • “Fio da pele”. • INDICAÇÕES: síntese de pele, fixação de drenos, sutura da esclera, córnea e microcirurgias. POLIGLECAPRONE (MONOCRYL E CAPROFYL) • Absorvível, sintético e monofilamentar. • Monocryl: transparente, pele, mais estético e não precisa tirar. • Caprofyl: violeta, mucosas, útero e peritônio. POLIÉSTER (ETHIBOND E MERSILENE) • Inabsorvível, sintético e multifilamentar. • Perdeu espaço para o vicryl e o prolene. • INDICAÇÕES: fechamento de parede e pele de doadores cadavéricos. CATEGUTE OU CATGUT • Absorvível, natural (origem animal) e multifilamentar. Laísa Dinelli Schiaveto • Perdeu espaço para os outros, sobretudo para o vicryl, mas ainda é o mais barato. • INDICAÇÕES: síntese de subcutâneo, mucosas e em locais onde não há vicryl e onde há necessidade de economizar recursos. ALGODÃO (POLYCOT E SUTUPAK) • Inabsorvível, natural (origem vegetal) e multifilamentar. • Disponível com e sem agulha. • INDICAÇÕES: ligadura vascular, marcações, fixação dos campos cirúrgicos na pele e fixação de drenos. AÇO INOXIDÁVEL • Inabsorvível, natural, mono ou multifilamentar. • Mais resistente de todos, o que causa mais reação tecidual. • INDICAÇÕES: cirurgia cardíaca, cirurgia torácica, cirurgia bucomaxilofacial, ortopedia, fechamento de esternotomia e síntese óssea. VIDEOCIRÚRGIA LAPAROSCOPIA • Óptica rígida ligada a uma fonte de luz. VIDEOLAPAROSCOPIA COMPONENTES CARRINHO DE VLP: monitor, insuflador, fonte de luz e vídeo. VANTAGENS: - ¯ do estresse cirúrgico/REMIT; - ¯ da dor pós-operatória; - ¯ do tempo de íleo paralítico; - ¯ do risco de infecção do sítio cirúrgico; - ¯ do risco de hérnias incisionais; - ¯ das aderências pós-operatórias; - ¯ do tempo de internação; - ¯ do tempo de recuperação com retorno mais precoce às atividades; - ¯ dos fenômenos tromboembólicos; - estética. DESVANTAGENS: - Visão 2D; - Campo cirúrgico limitado; - Risco de perfuração com a introdução dos instrumentais; - Visualização do campo depende do auxiliar; - Impossibilidade de usar o tato; - Custo mais elevado; - Necessidade de treinamento específico: “curva de aprendizado”. CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS: - Instabilidade hemodinâmica; - Impossibilidade técnica; - Doença cardiopulmonar grave. Laísa Dinelli Schiaveto CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS: - Cirurgia abdominal prévia; - Obstrução intestinal; - Massa abdominal volumosa; - Hérnias diafragmáticas volumosas. MITOS x VERDADES: • “Cirurgia a laser”. • “Não tem cicatriz”. • “É mais fácil”. • “Não tem dor”. • “Não tem complicações”. PREPARAÇÃO E REALIZAÇÃO DA VLP: 1. Preparo pré-operatório igual o de cirurgia aberta; - Informar a possibilidade de conversão para cirurgia aberta. 2. Anestesia geral. 3. Colocação de sondas nasogástrica e vesical de demora. 4. Técnica cirúrgica minimamente invasiva através da Introdução de uma endocâmera e pinças adaptadas. 5. Criar o espaço = confeccionar o pneumoperitôneo. 6. Finalizar a cirurgia. CONFECÇÃO DO PNEUMOPERITÔNEO: 1. GÁS INSUFLADO CO2: não inflamável, custo relativamente baixo, disponível e alta solubilidade no sangue, sendo facilmente tamponado e eliminado pela respiração. 2. CONFECÇÃO FECHADA OU ABERTA: - FECHADA: agulha de Veress introduzida às cegas, porém apresenta mecanismos de segurança, e, ao penetrar na cavidade peritoneal, o CO2 é insuflado. Laísa Dinelli Schiaveto - ABERTA: minilaparotomia na região umbilical + dissecção até a abertura do peritônio, com introdução do trocarte sob visualização direta. 3. COMPLICAÇÕES: - Lesões de órgãos e vasos sanguíneos; - Enfisema subcutâneo; - Hérnias incisionais (sobretudo nas incisões de 10 mm); - PVC = ̄ DC = choque (5 minutos de ouro). 4. REPERCUSSÕES SISTÊMICAS: - Diminuição do retorno venoso; - Elevação/dificuldade de mobilização do diafragma; - Difusão do CO2. OBS.: Arritmia cardíaca mais comum = bradicardia à interrupção imediata do pneumoperitôneo e administração de soro e atropina venosa. INSTRUMENTAIS à CONFECÇÃO DO ESPAÇO E ACESSO À CAVIDADE PERITONEAL: AGULHA DE VERESS: criação do pneumoperitôneo por técnica fechada que possui esquema de segurança com bainha cortante e ponta romba retrátil. TROCARTES: criação e manutenção do pneumoperitôneos, compreende o instrumento de entrada e saída dos instrumentos laparoscópicos. Laísa Dinelli Schiaveto REDUTOR: possibilita o uso de pinças mais estreitas que o diâmetro do trocarte, sem vazamento de gás. à VISUALIZAÇÃO: ÓPTICA: CÂMERA: CABOS: CAPA: à MANIPULAÇÃO DE TECIDOS: PINÇA LAPAROSCÓPICA: diferenciam-se por suas extremidades. Laísa Dinelli Schiaveto EMPUNHADURA AXIAL E RADIAL (PADRÃO): PINÇAS DE DISSECÇÃO: possuem nomenclatura semelhante à cirurgiaconvencional, sendo que a pinça de Maryland é a mais utilizada. PINÇAS DE PREENSÃO: possuem nomenclatura semelhante a cirurgião convencional; podem ser atraumáticas ou traumática; “grasper”. TESOURAS: AFASTADORES: INSTRUMENTOS DE IRRIGAÇÃO/SUCÇÃO: Laísa Dinelli Schiaveto PORTA-AGULHAS: CLIPADORES: GRAMPEADORES: HEMOSTASIA: ENDOBAG: retirada da peça. à DISPOSIÇÃO NA MESA CIRÚRGICA: SINGLE PORT = PORTAL ÚNICO Vantagem estética compensa o aumento da dificuldade operatória. CIRURGIA ROBÓTICA • Cirurgião senta em um console, em um posição ergonômica e confortável, e usa as mãos e pés para controlar o movimento da câmera e instrumentos. • Utiliza-se dois sistemas ópticos que proporcionam uma visão 3D. • Maior grau de liberdade do instrumento, mas ainda sem tato. • Dentro da sala de cirurgia ou remotamente. VANTAGENS EM RELAÇÃO A VLP: - Visualização superior e melhor manipulação dos instrumentos cirúrgicos (3D); - Melhor mecânica; - Estabilização dos instrumentos no campo operatório. DESVANTAGENS EM RELAÇÃO A VLP: - Treinamento adicional; - Aumento de custo e tempo; - Risco de falha mecânica.
Compartilhar