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SISTEMA DE ENSINO
GEOGRAFIA
Regiões e Critérios de Delimitações
Livro Eletrônico
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Regiões e Critérios de Delimitações
GEOGRAFIA
Júlio Santos
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Regiões e Critérios de Delimitações .....................................................................................................................5
Formação da População Brasileira – Contextualização ...........................................................................5
Transição Demográfica Brasileira .......................................................................................................................14
A Estrutura Etária da População ..........................................................................................................................17
Fases do Crescimento Populacional ...................................................................................................................19
1ª Fase: Pré-Industrial .................................................................................................................................................19
2ª Fase: Transição .........................................................................................................................................................20
3ª Fase: Industrial .........................................................................................................................................................20
4ª Fase: Pós-Industrial ..............................................................................................................................................20
Regionalização do Brasil .......................................................................................................................................... 29
Regionalização do Brasil: IBGE – 1941 ............................................................................................................. 29
Regionalização do Brasil: IBGE – 1945 ............................................................................................................30
Regionalização do Brasil: IBGE – 1969 .............................................................................................................31
Regionalização do Brasil: IBGE – 1988 ............................................................................................................32
Regionalização do Brasil: Pedro Pinchas Geiger .......................................................................................33
Regionalização do Brasil: Milton Santos ........................................................................................................34
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................37
Gabarito ..............................................................................................................................................................................52
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................53
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Regiões e Critérios de Delimitações
GEOGRAFIA
Júlio Santos
ApresentAção
Olá, querido(a) amigo(a) do Gran Cursos Online, tudo bem?
É com enorme satisfação e alegria que damos continuidade ao nosso curso de Geografia 
com bastante foco nos principais tópicos do edital e na resolução de diversos exercícios e de 
provas anteriores para a fixação de informações, conceitos e fatos que se encontram atrelados 
ao estudo da Geografia.
O mundo dos concursos exige dedicação, perseverança, persistência, e se você escolheu 
estar aqui, é fruto da maturidade e consciência na busca de uma vida melhor para você e aqueles 
que apostam em seu sucesso, que acreditam em seu potencial.
Com muito trabalho e dedicação, você colherá os frutos da vitória e verá ao olhar para trás 
que tudo valeu a pena, as horas de intenso estudo, a abdicação do contato com aqueles que 
amamos em prol de uma vida com estabilidade e segurança financeira, que acredito ser um 
dos objetivos almejados.
Caro concurseiro(a), sempre que esmorecer, lembre-se:
“Se você quer ser bem-sucedido, precisa de dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor 
de si mesmo” – Ayrton Senna
Finalmente chegou a hora de tomar uma decisão que mudará sua vida e você tem uma 
oportunidade única em prol de uma estabilidade financeira e uma enorme possibilidade de 
ascensão profissional a partir das vantagens oferecidas pela carreira. É fundamental que você 
entenda que estamos juntos nessa caminhada e devemos a todo custo buscar condições ide-
ais para que assimile o que realmente importa para a sua prova.
Tenho vivenciado o estudo da geografia praticamente nos últimos 20 anos e tenho fé n a 
nossa parceria, e por isso faço um compromisso com você de empenho, persistência, no senti-
do de compartilhar um conteúdo de qualidade e que coloque seu conhecimento em Geografia 
para concurso público em elevado nível.
Enfim, você que resolve entrar nessa nova empreitada, aqui vão algumas dicas, sendo que 
a primeira, e de fundamental importância, consiste em uma minuciosa leitura do edital do con-
curso anterior com atenção e sem pressa.
“Não crie limites para si mesmo. Você deve ir tão longe quanto sua mente permitir. O que você mais 
quer pode ser conquistado” – Mary Kay Ash
Enfim, devemos ter em mente a necessidade de uma rotina de estudo que envolva a resolu-
ção de exercícios o máximo possível, pois é nesse momento que fica claro se tais conceitos e 
percepções foram plenamente arraigados. Sempre que possível, serão disponibilizados esque-
mas, figuras e outros recursos que ajudem no aprendizado, além de comentários de questões 
de provas anteriores. Agora, sim, finalizando este assunto, deixo claro que o curso de geografia 
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GEOGRAFIA
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será ministrado de forma clara, objetiva e coerente, de modo a otimizar a compreensão de con-
ceitos, a fixação de informações, o desenvolvimento da interpretação e de um senso crítico, 
que são de suma importância na realização das provas do concurso.
Após tamanhas considerações iniciais, vamos colocar a mão na massa e iniciar nossa aula 
sobre Geografia.
Preparados?
Forte abraço, foco e vamos em frente.
Júlio Santos
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Regiões e Critérios de Delimitações
GEOGRAFIA
Júlio Santos
REGIÕES E CRITÉRIOS DE DELIMITAÇÕES
FormAção dA populAção BrAsileirA – ContextuAlizAção
A origem da população brasileira remete ao encontro entre os grupos indígenas com os co-
lonizadores europeus a partir do século XV, graças ao movimento de expansionismoeuropeu 
onde Espanha e Portugal são pioneiros, pois:
• Possuem posição geográfica favorável;
• Burguesia rica e atuante;
• São as primeiras nações a se constituírem como estados nacionais;
• Possuem um intenso espírito aventureiro.
Tais aspectos levam portugueses e os espanhóis a saírem para o alto-mar, em busca de um 
caminho alternativo para as Índias ou de novas terras, respectivamente.
O ano de 1492 é marcante quando é “descoberta a América” (visão eurocêntrica - já que 
existiam povos que habitavam o continente) e realizado um acordo para determinar a divisão 
das terras entre Portugal e Espanha - a Bula Papal Intercoetera - que consistia no prolonga-
mento de uma linha a 100 léguas da ilha de Cabo Verde ( 660 km), ficando as terras a leste a 
Portugal e tudo que estivesse a oeste pertenceria à Espanha.
Entretanto, o rei de Portugal não considera o acordo favorável e propõe que seja feito um 
novo tratado logo em seguida (após 2 anos), chamado Tratado de Tordesilhas, prolongando a 
linha não a 100 léguas, mas a 370 léguas (2442 km) da ilha de Cabo Verde. E da mesma forma 
as terras a leste seriam de domínio português e a oeste espanhol.
É verdade que o governo de Portugal não respeitou o Tratado de Tordesilhas, e não hou-
ve retaliação espanhola devido a inúmeros saques e pilhagens que os últimos promoviam 
na América Central, atual estado do México, e com isso não tinham qualquer interesse pelas 
terras brasileiras. A “descoberta” do Brasil somente se efetivaria no ano de 1500 por meio da 
expedição liderada por Cabral.
É bom salientar que apesar da “descoberta do Brasil” (o termo descoberta remonta mais 
uma vez a uma visão eurocêntrica) ainda no ano de 1500, nosso país somente será de fato 
colonizado em 1530 devido ao comércio oriental ser bastante lucrativo ao governo português, 
que havia encontrado um caminho alternativo as Índias em 1498, e usufruía de suas vantagens 
econômicas não existindo quaisquer interesses pelo território brasileiro.
A decadência do comércio oriental se estabelece a partir do aumento ostensivo das espe-
ciarias em prol da intensificação da demanda de outras nações que buscavam tais produtos, 
aliada a um conjunto de invasões estrangeiras no Brasil que afirmavam que: “somente seriam 
proprietárias das terras recém-descobertas as nações que a mesma ocupasse”.
Os episódios destacados acima fazem que os olhos lusitanos se voltem a “terra brasilis”.
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Regiões e Critérios de Delimitações
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O período retratado está compreendido entre 1500 e 1530, denominado de Brasil pré-colo-
nial, permitindo após esse momento uma efetiva colonização que se dá após por meio de um sis-
tema denominado de capitanias hereditárias com a distribuição de lotes de terras a portugueses 
enriquecidos denominados de capitães-donatários que teriam como obrigações:
• POVOAR;
• PROTEGER;
• EXPLORAR.
Em 1534 foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes. Os beneficiários 
eram elementos da pequena nobreza de Portugal denominados de capitães-donatários e ti-
nham suas ações reguladas por dois documentos:
• Carta de doação;
• Foral.
O primeiro, a carta de doação, consistia em ser uma permissão ratificada pela Coroa Por-
tuguesa concedendo o usufruto das terras ao capitão-donatário. Já o foral fixava os deveres 
e direitos dos capitães-donatários e entre essas obrigações, volto a dizer, estava à ideia de 
POVOAR, PROTEGER e EXPLORAR.
Contudo o sistema de capitanias hereditárias não obteve o sucesso almejado devido, entre 
outros fatores, as suas dimensões que dificultavam a plena exploração das terras provocando 
uma intensa fragmentação (formando sesmarias) relembrando a relação de suserania e vas-
salagem que ocorria no período medieval, dificultando o pleno controle sobre essas terras.
O fracasso do sistema de capitanias hereditárias leva à adoção do sistema de governo 
geral, em 1548, em que representou uma medida político-administrativa adotada pela Coroa 
Portuguesa (Rei Dom João III) a fim de centralizar, administrar, restabelecer o poder e reforçar 
a colonização no período do Brasil Colônia, após o fracasso das capitanias.
Segue as capitanias hereditárias instituídas no Brasil e a divisão do tratado da Bula Papal 
Intercoetera e o tratado de Tordesilhas.
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https://escola.britannica.com.br/artigo/capitania/483156
https://brasildelonge.com/tag/bula-inter-caetera/
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O fracasso das Capitanias Hereditárias cria o sistema de governo geral a partir de 1548, 
assumindo Tomé de Sousa.
Observe as principais ações dos governadores gerais entre 1548 e 1572.
Tomé de Sousa (1548 – 1553)
• Criação do ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (impostos) e capitão-mor (defesa).
• Construção de Salvador.
• Vinda dos jesuítas.
Duarte da Costa (1553 – 1558)
• Consolidação da invasão francesa no litoral.
Mem de Sá (1558 – 1572)
• Expulsão dos franceses.
Luís de Vasconcelos (1572)
• Foi morto durante o translado ao Brasil.
Luís de Brito (1572 – 1578) e Antônio Salema (1574 – 1577)
• Período de divisão do Brasil em colônias do sul e do norte
Lourenço da Veiga (1578 – 1581)
• Em substituição a Luís de Brito, mas sem grande expressão nas transformações da 
infraestrutura brasileira.
O sistema de Capitanias hereditárias e o governo geral não teve a eficiência esperada e 
durante todo esse período o Brasil se caracterizou por diversos ciclos econômicos capazes de 
promover uma intensa miscigenação no país.
O primeiro ciclo econômico no Brasil foi o Pau-Brasil, seguido pelo açúcar, ouro, drogas 
do sertão, borracha, café, soja, algodão.
É considerado como exploratório, mais não colonizador, pois tinha como principal objetivo ex-
trair o Pau-Brasil buscando acalmar os investidores portugueses (nobreza e burguesia), uma vez 
que diferente do ocorrido na América espanhola, o nativo brasileiro não adornava metais preciosos.
É bom lembrar que a extração do pau-brasil ocasionou a devastação da Mata Atlântica que 
atualmente encontra-se entre 5 e 12% da original.
Os portugueses iniciam de fato o processo de colonização a partir da ocupação do litoral 
nordestino (zona da mata) em 1530 com o cultivo de cana-de-açúcar favorecido pelo clima, 
localização, solo de massapê e pelo alto valor do açúcar no mercado europeu.
A decadência do açúcar no Brasil tem relação como o período da União Ibérica entre os anos 
de 1580 a 1640 quando ocorre a morte de D. Sebastião (rei de Portugal), em 1578, assumindo 
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seu tio D. Henrique (idoso e enfermo) que também vai a óbito subindo ao comando de Portugal 
e Espanha o Rei Filipe II que persegue os holandeses (eram inimigos históricos) que migram ini-
cialmente para o extremo norte do Brasil, e posteriormente, para a América Central onde iniciam 
o comércio triangular, levando o açúcar brasileiro à decadência.
A decadência do açúcar faz com que a coroa portuguesa busque uma nova fonte eco-
nômica que ocorrerá por meio da descoberta do ouro pelos bandeirantes na região de 
Caeté (MG) em 1695.
É bom lembrar que o ciclo do açúcar teve uma íntima ligação com o meio rural e ocorreu no 
litoral do Nordeste, enquanto o do ouro foi mais tecnológico e se desenvolveu na macrorregião 
do Sudeste. Por isso, o Sudeste do país é marcado por ser o “coração industrial” do Brasil e o 
Nordeste é mais ruralizado principalmente no interior. O estudo de geografia e história permite 
conhecer o passado, analisar o presente e vislumbrar o futuro. É isso que torna esses campos 
do saber tão interessantes, instigantes, estimulantes.
O ciclo do Ouro rapidamente entrará em decadência, uma vez que é um ouro de aluvião 
(mais superficial) não havendo tecnologia para exploração do ouro em maiores profundidades. 
É durante esse ciclo econômico que ocorre a independência do país e o início do processo tar-
dio de industrialização brasileira.
Os EUA já se encontravam em outro patamar, ocorrendo o pleno desenvolvimento da indústria 
automotiva se baseando no modelo Fordista de produção, o que irá impactar no extremo norte do 
Brasil por ser rico em seringueiras que é a matéria prima responsável para a produção de borracha.
O período do ciclo da borracha ocorrido no Brasil tem seu auge, clímax, entre os anos de 
1870-1910 e transforma a região norte em um grande polo econômico brasileiro com enormes 
transformações estruturais, tais como:
• Criação do Teatro municipal de Manaus com arquitetura europeia.
Veja:
https://www.acritica.com/channels/entretenimento/news/teatro-amazonas-tera-serie-guarana-e-shows-de-adria-
na-calcanhotto-em-setembro
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É o momento de expansão territorial brasileira com a anexação do Acre, no ano de 1903, 
por meio do tratado de Petrópolis. Simultaneamente ao ciclo da borracha ocorre o do café, 
entre os anos de 1800-1930, em um momento que o cultivo de café na região da terra roxa (sul 
de São Paulo e norte do Paraná) ganha espaço na economia nacional e se torna o principal 
produto brasileiro (70% exportações no início do século XX).
A crise do café na primeira metade do século XX (devido à grande depressão) faz com que 
os “barões do café” sejam os grandes financiadores da industrialização brasileira com forte 
intervencionismo durante o governo de Vargas.
O ciclo do café será substituído aos poucos pelo ciclo da soja que é introduzido no Brasil a 
partir da década de 60, por meio da Revolução Verde, que se estabelece nos EUA, mais preci-
samente no ano de 1967, de acordo com as ideias de Norman Borlaung.
Segue o pai da revolução verde:
http://geneticaagronomica.blogspot.com/2012/01/norman-borlaug-exemplo-eterno-de.html
Os ciclos econômicos - Pau-Brasil, açúcar, ouro, borracha, café e soja - são caracterizados 
por intensas transformações políticas, econômicas, sociais e culturais e proporcionou a for-
mação de uma população bastante miscigenada que se deu principalmente a partir de três 
grandes grupos:
• Indígenas
• Brancos
• Negros
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Regiões e Critérios de Delimitações
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https://conhecimentocientifico.r7.com/miscigenacao/
A história do Brasil é caracterizada por um momento de acentuada miscigenação originan-
do numerosos mestiços ou pardos, assim denominados:
• Mulatos: formados pela união entre brancos e negros, são os mais numerosos entre os 
grupos.
• Caboclos ou mamelucos: formados pela união entre brancos e índios.
• Cafuzos: formados pela união entre negros e índios sendo o grupo com menor número 
de integrantes.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6692374
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Regiões e Critérios de Delimitações
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A essa miscigenação integram-se portugueses que desde a colonização continuaram en-
trando livre e regularmente no Brasil, principalmente italianos durante o ciclo do café, além de es-
panhóis, germanos, eslavos, orientais, durante as Grandes Guerras, contribuindo para potencia-
lizar a miscigenação e diversificação no fenômeno de formação étnica da população brasileira.
A elevada miscigenação ocorrida no período colonial originando os mulatos demonstra o 
rápido crescimento do contingente populacional brasileiro conforme demonstrado a seguir:
Período Negros Mulatos Brancos
1800 47% 30% 23%
1880 20% 42% 38%
1991 4,8% 39,2% 55%
Dados: IBGE
A Lei Eusébio de Queiroz que proíbe o tráfico intercontinental de escravos (1850), aliada 
à elevada mortalidade da população negra e ao forte estímulo à imigração europeia (expan-
são cafeeira), além da intensa miscigenação entre brancos e negros, alterou profundamente a 
composição étnica da população brasileira.
O Brasil a partir da entrada dos europeus fortaleceu uma ideologia voltada ao “branquea-
mento”, ao “eurocentrismo” levando a erros no recenseamento, em que inúmeros indivíduos de 
ascendência negra se passam por brancos nos recenseamentos acarretando um esvaziamen-
to da consciência étnica, política e social dos negros perpetuado por décadas.
A década de 1980 leva à existência de mais de 137 definições étnicas indicando resquícios 
desse branqueamento. Os portugueses estão em maior número e entre os séculos XIX e XX 
encontram-se em torno de 31% se destacando no Rio de Janeiro desde a chegada da família 
real e a abertura dos portos às nações amigas em 1808.
O desejo de autonomia leva a enormes rusgas entre os brasileiros e portugueses, já que 
os últimos são alvo de ressentimentos devido ao monopólio da venda de gêneros alimentícios 
sendo muitas vezes responsabilizados pelo aumento de custos dessas mercadorias.
O final do século XIX é caracterizado por uma intensa imigração de italianos durante o pe-
ríodo oligárquico brasileiro com o intuito de trabalhar nas lavouras cafeeiras, no solo de terra 
roxa nas divisas entre São Paulo e o estado do Paraná, impulsionados pelas transformações 
socioeconômicas em curso na Europa.
É importante destacar que a migração italiana começa de fato logo após a unificação da Itá-
lia (1871), dando origemuma cultura ítalo-brasileira. O final do século XIX demonstra uma migra-
ção de quase 70% dos italianos para o estado de São Paulo, contudo em diferentes condições.
Os europeus, entre eles os italianos que migram para o extremo sul do país, não têm qual-
quer apoio estatal como ocorrido durante o ciclo do café por meio de subsídios e doações de 
terras influindo na arquitetura, gastronomia, crença, hábitos, valores.
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Regiões e Critérios de Delimitações
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Segue imagem que remete a presença italiana no Brasil.
https://liberal.com.br/cultura/imigracao-italiana-frutos-da-miscigenacao-1020512/
A migração espanhola é fruto das precárias oportunidades laborais e via-se no Brasil a pos-
sibilidade de suprir essa demanda. Entretanto é importante salientar que tais indivíduos eram 
compostos principalmente por agricultores, pequenos proprietários rurais que vieram de todas 
as partes do país e posteriormente serão inseridos nas fazendas de café paulista em meados 
dos anos 80 do século XIX.
Os eslavos, germanos, anglo-saxões e demais grupos europeus são responsáveis pela ter-
ceira maior etnia que imigrou para o Brasil, após os portugueses e italianos no final do século 
XIX e início do século XX, respondendo por 14% do total de imigrantes nesse período.
O ano de 1908 marca a chegada dos japoneses em terras brasileiras através de subsídios 
do Estado, havendo inicialmente uma forte oposição que era vista como opção a vinda de ita-
lianos em virtude da enorme burocracia imposta pelo governo do último.
Os Japoneses estão localizados principalmente na cidade de São Paulo, mesmo após a in-
trodução no ano de 1934 da Lei de Cotas que restringia a entrada de imigrantes no Brasil, com 
exceção de portugueses, obrigando que os estrangeiros trabalhassem no meio rural.
Entre 1932 e 1935, cerca de 30% dos imigrantes que ingressaram no Brasil eram de nacio-
nalidade japonesa e foram destinados inicialmente às fazendas de café, mas gradativamente 
tornaram-se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os grupos imigrantes foram 
os que se concentraram por período mais longo nas atividades rurais, em que se destacaram 
pela diversificação da produção dos hortifrutigranjeiros.
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Regiões e Critérios de Delimitações
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Segue imagem que remete a presença japonesa e oriental no Brasil.
https://www.fmhostel.com.br/bairro-liberdade/
Os indígenas são uma importante parcela da população e defendem a demarcação de 
suas terras objetivando a manutenção da cultura, tradições, crenças, hábitos, valores diante de 
um etnocentrismo que se tornou paradigma da sociedade brasileira, alegando a aculturação e 
justificando dessa maneira a não demarcação de terras.
Além disso, intensos conflitos entre madeireiros, garimpeiros, seringueiros, grileiros, gran-
des proprietários, são barreiras contra a legalização das terras indígenas.
Caro(a) concurseiro(a), fica fácil perceber agora os motivos de tamanha diversidade cultu-
ral brasileira, a miscigenação é um dos aspectos que tornam tão ricas e vastas nossa cultura, 
nossa brasilidade, nosso orgulho de ser brasileiro, de fazer parte de tudo isso.
trAnsição demográFiCA BrAsileirA
Após a consolidação dessa mistura étnica e a melhoria, paulatina é claro, das condi-
ções estruturantes da sociedade brasileira é importante destacar que as próximas décadas 
são momentos de profundas transformações na sociedade do ponto de vista demográfico 
a partir de um aumento acentuado da população absoluta brasileira até os anos 70, quando 
nessa data ocorre a disseminação dos métodos contraceptivos, a melhoria das condições 
médicas-sanitárias e a entrada maciça da mulher no mercado de trabalho que freiam defi-
nitivamente esse acelerado crescimento.
Veja o quadro a seguir destacando o aumento demográfico brasileiro entre os séculos XIX e XX.
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Regiões e Critérios de Delimitações
GEOGRAFIA
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Período População absoluta do Brasil
1872 9,9 milhões
1890 14,3 milhões
1900 17,4 milhões
1920 30,6 milhões
1940 41,2 milhões
2010 190,7 milhões
2017 207,7 milhões
2021 211,7 milhões (estimativa)
Dados: IBGE
Caro(a) concurseiro(a), é importante identificar no quadro acima que os anos 40 são ca-
racterizados por precários indicadores sociais destacando elevadas taxas de natalidade, de 
mortalidade, de crescimento natural e de crescimento total, além de apresentar um “boom” 
demográfico até os anos 70 estimulados pela política de industrialização promovida pelo in-
tervencionismo de Vargas.
Os anos 50 ainda indicam uma elevada taxa de natalidade, contudo ocorre o declínio da 
mortalidade, além da melhoria da expectativa de vida.
Os anos 60 remetem a uma desaceleração da fecundidade que resulta em minimizar o 
crescimento demográfico natural da população de um ritmo elevado de 2,99% ao ano, entre 
1950-1960, para o nível de 1,93% médios anuais, entre 1980-1991.
A fecundidade continuou reduzindo e se aproximando do nível de reposição de dois filhos 
por mulher em idade fértil (15 a 49 anos). Vale destacar que a redução é fruto da entrada acen-
tuada da mulher no mercado de trabalho, da disseminação dos métodos contraceptivos, do 
planejamento familiar que implica numa redução de números de filhos por família, bem como 
pela mudança da postura feminina na sociedade. Estima-se que por volta de 2020 o cresci-
mento vegetativo será abaixo de 1,0% estacionando-se em 2100.
A relação entre o número de nascidos vivos e a população continuou declinando entre 
1985 e 1995 com um ritmo ainda maior do que o observado na década anterior.
Podemos afirmar, inclusive, que entre os principais fatores para redução da população estão:
• Aceleração da urbanização;
• Industrialização e a expansão dos meios de comunicações e de transportes.
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O Envelhecimento da população brasileira é um fato marcante em que nosso país apresen-
tou até 1970 uma estrutura etária jovem (predomínio de indivíduos de 0 a 19 anos). A partir de 
então, fruto da queda da fecundidade iniciada em meados dos anos 1960, o grupo de jovens 
passou a representar cada vez menos no cômputo geral da população, abrindo assim espaço 
para o aumento da importância relativa dos idosos.
Acredita-se que em 2040 os idosos superarão os jovens tendo seu volume aumentado em 
25 vezes, correspondendo a 8,8 milhões de habitantes em 1996, ou seja, uma em cada vinte 
pessoas tinha 60 anos ou mais. Enquanto para a população total a média de anos de estudo 
é igual a 5,6 os idososnão ultrapassam 1,5 e 42% deles são analfabetos. Vivem em estruturas 
familiares com rendimento mensal per capita de no máximo um salário-mínimo.
Os países subdesenvolvidos em sua maioria registraram um aumento das taxas demográficas en-
tre 1950 e 1960 desencadeando o que o mundo convencionou chamar de “explosão demográfica”.
No Brasil, as taxas de crescimento populacional batiam recordes históricos quase que anuais, 
indicando a duplicação da população a cada 25 anos. Estudiosos profetizavam um “boom de-
mográfico” quanto à mortalidade e expectativa de vida. As áreas conurbadas das grandes me-
trópoles são alvo da macrocefalia urbana e forte investimento em seu saneamento básico com 
a construção de sistemas de abastecimento de água, a expansão da rede pública e a melhoria 
da rede hospitalar que contribui ostensivamente na queda das taxas de mortalidade no Brasil.
Meu(minha) caro(a) concurseiro(a), só a título de exemplificação em 1940 ocorria cerca de 
20 óbitos anuais para cada mil habitantes, já em 2002 a taxa estava 6,3%, menor do que na 
maioria dos países desenvolvidos. Fica claro, que as condições de saúde da população brasileira 
melhoraram bastante, contudo não quer dizer que as taxas de mortalidade não voltem a subir.
O Brasil tem se caracterizado por uma redução da taxa de mortalidade infantil nas últimas 
décadas: 1970 (115%), 1980 (82%), 1990 (41%), 2002 (27,8%). Entretanto é bom destacar que 
continua bastante elevada em relação aos padrões mundiais onde a cada mil crianças que 
nascem, apenas nove morrem antes de completar um ano.
Entre 1940 e 1970, enquanto as taxas de mortalidade declinavam, as taxas de natalidade 
permaneciam em patamares bastante elevados em parte devido à maior parte da população 
brasileira viver no meio rural, em pequenas propriedades familiares com um nicho familiar 
composto por muitas pessoas no qual as crianças participavam desde cedo das atividades do 
campo, buscando a ampliação da renda familiar.
O resultado da discrepância crescente entre a mortalidade e a natalidade foi o aumento 
das taxas de crescimento vegetativo da população brasileira. Em 1940, a população total do 
país era de 41,2 milhões; em 1970 de 93,1 milhões – um crescimento de cerca de 130% em 
apenas trinta anos.
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Caro(a) concurseiro(a), é bastante recorrente em provas questões que relacionam a estrutura 
etária da população com o comportamento demográfico brasileiro.
Mas o que é uma estrutura etária de uma população? Quais as caraterísticas associadas 
ao território brasileiro?
A estruturA etáriA dA populAção
A pirâmide etária ou estrutura etária da população é representada através de gráficos em 
forma de pirâmides onde são colocadas na vertical, as faixas etárias divididas em jovens (0 a 
19 anos), adultos (20 a 59 anos) e idosos (acima dos 60 anos) e na horizontal ocorre a distri-
buição dos indivíduos de acordo com seu gênero. A silhueta de uma pirâmide representa muito 
sobre o país estando associada ao seu grau de desenvolvimento.
As pirâmides de base larga e ápice estreito normalmente relacionam-se a países em pro-
cesso de desenvolvimento social com elevadas taxas de natalidade e mortalidade e reduzida 
expectativa de vida. Em 1970, a pirâmide etária brasileira exibia forma típica de um país em 
desenvolvimento em que os jovens correspondiam a 41,9% da população, ocorrendo paulati-
namente, seu estreitamento ao migrar para condição de pirâmide adulta.
https://descomplica.com.br/artigo/o-que-sao-piramides-etarias/4zf/
As transformações da estrutura da pirâmide etária estão associadas as mudanças no com-
portamento reprodutivo da população brasileira e corresponde a uma tendência demográfica 
para os próximos anos, décadas em que o Brasil terá deixado definitivamente de ser um país 
jovem em 2025. Em breve, quando a transição demográfica dos países subdesenvolvidos tiver 
terminado, as pirâmides etárias de base estreita deixarão de ser privilégio dos países ricos.
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https://www.goconqr.com/es/p/7825693?dont_count=true&frame=true&fs=true
Por fim, a transição demográfica completa-se em ritmos desiguais entre as populações urbanas 
e rurais. A diminuição da natalidade é menor no campo que na cidade. Assim, a pirâmide etária 
da população rural brasileira revela uma significativa preponderância de crianças e jovens, en-
quanto a pirâmide etária da população urbana já mostra os resultados da queda da fecundidade.
Por fim, a pirâmide etária idosa está associada aos países industrializados do “velho continen-
te” tais como a Alemanha, Reino Unido, França que se caracterizam por uma altíssima expectativa 
de vida e reduzidos índices de natalidade e mortalidade associados a uma completa infraestrutura, 
saneamento básico em condições adequadas e uma excelente oferta da rede hospitalar.
https://www.ecodebate.com.br/2015/12/18/o-envelhecimento-brasileiro-ate-2085-na-hipotese-de-fecundidade-
-muito-baixa-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
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https://www.ecodebate.com.br/2015/12/18/o-envelhecimento-brasileiro-ate-2085-na-hipotese-de-fecundidade-muito-baixa-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
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FAses do CresCimento populACionAl
A transição demográfica é um conceito que descreve a dinâmica do crescimento po-
pulacional, decorrente dos avanços da medicina, urbanização, desenvolvimento de novas 
tecnologias, taxas de natalidade e outros fatores. Podemos dividir o crescimento demográ-
fico em quatro momentos:
1ª FAse: pré-industriAl
As taxas de natalidade e de mortalidade são equivalentes e altas. A produção de alimentos 
é alta para manter as elevadas taxas de natalidade e uma população numerosa. Os problemas 
ambientais, de saúde e de saneamento básico e ambiental se intensificam, aumentando as 
taxas de mortalidade. É uma fase típica de países subdesenvolvidos com uma economia ba-
seada na atividade rural com uma agricultura de subsistência também denominada de familiar. 
São características dessa fase:
• Agricultura e pecuária como base econômica.
• Baixo acesso à tecnologia e utilização de técnicas rudimentares de produção.
• Altas taxas de natalidade e mortalidade.
• Precárias condições de vida com IDH intermediário e elevado índice GINI.
• GINI – matemático que criou um indicador para medir o nível de concentração de renda 
das classes sociais variando entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo a 1 maior será 
a desigualdade, logo maior a concentração de renda.
• IDH – é um número que indica a qualidade de vida em um país, estando compreendido 
entre 0 e 1 em quequanto mais próximo de 1 maior a qualidade vida em um país. O IDH 
pode assim ser escalonado:
IDH FAIXA
Muito Elevado 0,900 – 1,0
Elevado 0,800 – 0,899
Médio 0,500 -0,799
Baixo 0 – 0,499
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2ª FAse: trAnsição
Quando os cuidados com o saneamento básico e ambiental e a saúde melhoram, a po-
pulação entra nessa fase. A taxa de mortalidade reduz drasticamente, mas a de nascimento 
continua elevada, provocando aumento acelerado da população.
É um período de intensas transformações industriais a partir da ocorrência do êxodo rural. 
O Brasil passou por essa fase promovendo:
• O surgimento dos polos industriais no país e a intensificação da migração pelo acesso 
ao trabalho, educação, condições sanitárias gerando a diminuição da mortalidade (boom 
demográfico).
• A queda na natalidade devido à legislação trabalhista, a entrada da mulher no mercado 
de trabalho e a diminuição da mortalidade.
3ª FAse: industriAl
Quando o consumo médio de recursos por indivíduo aumenta, a população entra na tercei-
ra fase. É o período que apresenta uma menor taxa de natalidade devido à vida urbano-indus-
trial. Entre os aspectos associados a essa etapa, temos:
• A queda da população no país na década de 40 devido à migração para as cidades promoveu:
− Maior população nas indústrias onde o Brasil se encontra nessa fase.
− Busca pela democratização da terra no meio rural, gerando o êxodo rural e a faveli-
zação urbana, macrocefalia, exclusão social, desemprego, queda na renda, pobreza.
4ª FAse: pós-industriAl
A população passa para a quarta fase quando as taxas de natalidade e mortalidade são 
baixas e equivalentes, mas o consumo de recursos continua exponencial. É um período de 
intensa transformação industrial com forte investimento em tecnologias. Nessa fase temos 
como principais características:
• Indústrias de alta tecnologia, poucos poluidores, controle dos recursos, formando entre 
outros os Tigres Asiáticos.
• A natalidade se torna menor que a mortalidade devido à vida urbana e o governo deve 
incentivar o crescimento populacional.
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Veja:
Fonte: https://www.geografiaopinativa.com.br/2016/12/fases-crescimento-demografico.html
Caro(a) concurseiro(a), estamos indo muito bem na busca de compreender o processo de for-
mação do Brasil e para isso foi fundamental a compreensão dos aspectos demográficos de nos-
so país, o “boom demográfico”, a melhoria das condições médico-sanitárias, a disseminação dos 
métodos contraceptivos, contudo ainda não é tudo, devemos pormenorizar os aspectos políticos 
e econômicos do estado brasileiro, uma vez que tais aspectos andam atrelados com o comporta-
mento demográfico. Logo é necessário analisar as transformações ocorridas entre 1899 e 2022.
Vamos lá!
O período da república que se estabeleceu no dia 15 de novembro de 1889 é um período de 
enormes transformações da estrutura socioeconômica brasileira. É um momento do estabele-
cimento da República do Brasil onde ocorre o movimento caracterizado pela permanência das 
oligarquias no comando do país. É quando há o estabelecimento da política do café-com-leite, 
marcada ora pelo comando do país nas mãos dos indicados por Minas Gerais, ora as indica-
ções caberiam a São Paulo.
O fim dessa política que privilegia os paulistas e mineiros se dá através das insatisfações, 
personificadas em Vargas, que propõe uma ruptura imediata dessa política marcada por uma 
intensa parcialidade que favorecia, em todos os aspectos, o estado de Minas Gerais e de São 
Paulo. O movimento de ruptura recebe a denominação de Revolução de 1930.
Contudo, apesar desse nome, esse movimento não foi uma revolução, mas uma rebelião. 
A revolução supõe a alternância da classe social no poder, e mesmo com a ação de Vargas, a 
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elite se mantém no controle do país. É verdade que há o fim da política em vigor, mas a gestão 
elitista se mantém em um momento extremamente delicado da economia nacional e global.
Nesse momento, o mundo tinha passado pela Primeira Guerra Mundial e estava no período 
entre guerras em plena reconstrução. Os Estados Unidos forneceram, durante dez anos, de 1918 
a 1928, os insumos necessários à reconstrução da Europa, em um modelo de desenvolvimento 
produtivo denominado de fordismo. Após 10 anos a Europa agradece, não necessitando mais 
dos produtos norte-americanos, mas os estoques norte-americanos estavam abarrotados e isso 
ocasiona um processo de desequilíbrio econômico, no qual a oferta e a procura estão em desar-
monia. Há uma grande oferta e uma pequena procura, o que ocasiona a crise de 1929.
O Brasil também sofre com essa crise, demonstrando que os mercados já estavam bastan-
te integrados. Vargas é obrigado a queimar sacas de café e não consegue trazer os insumos 
necessários à manutenção do Estado brasileiro.
Diante disso, Vargas promove uma política intervencionista, caracterizada por uma intensa 
ingerência do estado com a criação de várias instituições públicas.
Entre elas, podem-se citar:
• Conselho Nacional do Petróleo, em 1938;
• Vale do Rio Doce, em 1945;
• Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941.
Há nesse momento uma política voltada a promover uma intensa industrialização, por mais 
que seja tardia, com elevado intervencionismo estatal.
Portanto, a política do café-com-leite é uma política pautada na presença dos coronéis, 
nos privilégios e no fortalecimento de uma estrutura fundiária extremamente desigual. Com 
Vargas, há a ruptura dessa política e o estabelecimento de um forte intervencionismo estatal 
que vai promover um processo de industrialização.
Vargas comanda o país em dois momentos, de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, levado a 
óbito no dia 24 de agosto de 1954, devido ao episódio da rua Tonelero.
A morte de Vargas leva a um momento extremamente delicado, de governos provisórios 
com Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos. Os anos de 1954 e 1955 são marcados pela en-
fermidade de Café Filho, sendo substituído por Carlos Luz, em 1955. Carlos Luz não tinha a 
intenção de passar a faixa presidencial e fica apenas três dias no comando do país, subindo, 
entre os anos de 1955 até 1956, Nereu Ramos. É um momento de enorme instabilidade política 
e econômica tendo seu término somente em 1956 com a subida ao poder de JK, que fará uma 
política caracterizada pela grande liberdade comercial, governando até 1961.
Diferentemente de Vargas, que é responsável por um forte intervencionismo estatal, JK tra-
balha com a ideia do liberalismo caracterizado pela vinda das multinacionais, principalmente 
do setor automotivo:
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• Fiat;
• Ford;
• Volkswagen;
• Chevrolet.
A política liberal de JK acaba impactando no processo de infraestrutura, porque aquelas 
grandes corporações somente aceitariam vir para o Brasil – mesmo com subsídios promovidos 
pelo governo – se houvesse uma infraestrutura capaz de recepcioná-las. É por isso que JK é o 
grande responsável pela política do rodoviarismo, visto que até então, não havia conexão entre 
as várias capitais brasileiras por meio de rodovias – não sendo o transporte de massa mais 
adequado para a extensão territorial do Brasil de 8.514.476 km² (quinto maior país do mundo).
O interesse da vinda dessas multinacionais reside no fato que promoveriam, entre outras 
coisas, o aumento dos postos de trabalho movimentando a economia, uma vez que os indiví-
duos que seriam inseridos nesse mercado de trabalho se tornariam assalariados, aumentando 
a capacidade de consumo do mercado brasileiro. Além disso, há também a transferência de 
tecnologia e, no futuro, a capitação de tributos. O lema de JK era “50 anos em 5”, cujo intuito 
era que o Brasil crescesse nos próximos cinco anos o que não havia ocorrido em cinquenta.
No plano econômico do Governo JK tem-se trinta metas, contudo, surge a trigésima primei-
ra que remete ao discurso de JK, no qual ele afirma ser o “guardião da Constituição” e a figura 
de Antônio Soares Neto, “Seu Toniquinho” (matuto do interior de Goiás), indaga a JK, que se o 
candidato da presidência estava se comprometendo com o texto maior, estava se comprome-
tendo em construir uma nova capital, uma vez que estava no art. 3º da Constituição de 1891 
em que afirmava que existia uma área de 14.400 Km² destinadas à construção da nova capital.
JK se autoproclamava o guardião da Constituição e “compra” a ideia da construção da 
nova capital tornando sua a trigésima primeira meta de seu Plano que, inicialmente, estava as-
sociado a 30 metas: a indústria de base, a energia, a alimentação, a educação e o transporte. 
E agora, a construção da nova capital.
O Governo de JK dura apenas cinco anos, mas é um governo extremamente marcante e em 
1961, assume o comando do país Jânio Quadros que somente governa por sete meses, pois 
não fez conchavos políticos e acabou perdendo a sustentação do Congresso brasileiro, o que 
culminou em sua renúncia.
Nesse momento todos acreditavam que haveria o golpe militar, e João Goulart (Jango), 
vice de Jânio Quadros, estava na China no momento da renúncia e retorna imediatamente, 
em 1961, e graças a Leonel Brizola e Mário Borges, que vão a rádio nacional e realizam o 
“movimento da legalidade”, isto é, afirmam que, na ausência do Presidente, quem deveria 
assumir é o Vice.
Jango fica no poder entre 1961 e 1964 e logo após esse período ocorre o golpe militar. O 
governo de Castello Branco (1964-1967) assume sem ser eleito democraticamente, nem de 
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maneira direta ou indireta. É uma ruptura com o governo que havia sido eleito, configurando um 
golpe já que houve a subida ao comando sem a participação direta ou indireta do povo.
De 1967 a 1969, assume o governo de Costa e Silva sendo um dos grandes responsáveis 
pelo milagre econômico, pelo fortalecimento da indústria de base, que já havia ganhado o im-
pulso durante o Governo de JK.
O milagre econômico, portanto, é um momento de fortalecimento da indústria de base e 
da indústria de bens de consumo, também chamada de bens não duráveis. Logo em seguida 
de 1969 a 1974, assume o governo de Médici, que, como Costa e Silva, é responsável pelo 
estabelecimento do modelo do milagre econômico. O ano de 1973 de seu governo foi muito 
marcante, porque é quando ocorre a crise do petróleo e a Guerra de Yom Kippur.
O governo Médici entre 1969 e 1974 é o auge da grande crise energética do mundo, a crise 
do petróleo e essa crise tem relação com a formação do Estado de Israel, no ano de 1948.
Vamos lembrar que posteriormente a formação do estado de Israel em 1948, ocorre a guer-
ra de independência e no ano posterior o conflito contra os árabes. A vitória é dos judeus, que 
tem sua independência, de fato, nesse ano.
O mundo árabe almeja vingança e se organiza, entre outros, através da figura de Nasser 
(ditador do Egito) que acaba promovendo um golpe no Egito derrubando o Rei Farouk e intro-
duzindo o pan-arabismo, além de convocar todo o mundo árabe para expulsar o grande inimigo 
e jogá-lo ao mar. O grande inimigo seria o Estado de Israel.
Em 1967 tem início a Guerra dos Seis Dias e ocorre a derrota do mundo árabe, na qual Israel 
obtém vários territórios como o Monte Sinai, as Colinas de Golã, a Faixa de Gaza, Jerusalém 
oriental e a Cisjordânia. O mundo árabe fica bastante insatisfeito com essa situação e atribui a 
sua derrota ao apoio dos Estados Unidos ao Estado de Israel.
O mundo árabe, então, tenta afetar, entre outros países, os Estados Unidos por meio da 
redução da produção de petróleo. O barril do petróleo aumenta muito de preço, e, assim, o 
governo estadunidense se ocupa na busca de novos parceiros comerciais, enquanto o mun-
do árabe se articula para invadir Israel em um dos seus principais feriados, o feriado do dia 
do perdão - Yom Kippur.
Portanto, quando se retrata a figura de Médici, este está em um momento bastante emble-
mático da economia do Brasil, uma vez que o país era substancialmente dependente do petróleo 
internacional. O Brasil importava de 70 a 80% do petróleo e essa crise sem precedentes cairá no 
colo de Médici. As soluções somente serão estabelecidas no governo de Geisel (1974-1979).
O governo de Geisel, é marcado por um dos programas que acaba transformando a eco-
nomia brasileira. É o programa Pró-ácool, que vai subsidiar o cultivo de cana-de-açúcar, mas 
não com o objetivo de produzir o açúcar, mas sim o álcool combustível, que seria uma forma 
de tentar suprir a primeira grande crise do petróleo. O auge deste programa se estabelece no 
governo de Geisel por volta de 1974, e, logo em seguida se inicia uma transição política - o 
movimento das Diretas Já.
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De 1979 a 1985, sobe ao governo João Batista Figueiredo, que já está em um momento 
de transição e redemocratização do Estado Brasileiro. O início da segunda metade dos anos 
80 é marcado pelas eleições indiretas que levaram ao comando do país, de 1985 a 1990, 
José Sarney. É verdade que as eleições são vencidas por Tancredo Neves, que morreu antes 
de assumir, vagando o cargo e levando José Sarney a comando do país, que logo em seguida, 
implementa o Plano Cruzado sem austeridade fiscal, havendo um processo de hiperinflação, 
tendo que ser controlada posteriormente durante o governo de Itamar Franco e em seguida 
por Fernando Henrique Cardoso.
O plano de FHC, quando que era ministro de Itamar Franco, dá todas as condições para que 
este tenha uma expansão da sua imagem frente à população brasileira, levando FHC a vitória 
em duas eleições consecutivas (1994-1998, 1998-2002).
Assim, de 1990 a 1992 ocorrem as eleições diretas em um momento degrande entusias-
mo e esperança com a subida de Fernando Collor de Melo como presidente do país. Entretanto, 
este sofrerá impeachment e será deposto, subindo seu lugar o Vice, Itamar Franco. É o que se 
chama de mandato tampão.
Itamar tinha como ministro Fernando Henrique Cardoso, que, como já foi mencionado, 
ganhou duas eleições.
A era PT começa em 2002 e vai até 2010, com Luiz Inácio Lula da Silva. O PT continua no 
poder de 2010 até o ano de 2016, com Dilma Rousseff, que sofre um impeachment devido as 
“pedaladas fiscais”. Assim, entre 2016 e 2018, o chefe do executivo é personificado em Michel 
Temer e, atualmente, o mandatário do país é Jair Bolsonaro.
Tendo em vista este panorama geral da política brasileira, é importante perceber que, 
desde o processo de colonização do país até os dias atuais, o território do Brasil foi se trans-
formando por meio de diversos tratados sendo o último, e talvez mais cobrado em certames, 
o de Petrópolis.
Vejamos esses tratados de forma cronológica.
O primeiro grande tratado foi a Bula Papal Inter Coetera (1492), seguido pelos Tratado de 
Tordesilhas (1494), Tratado de Lisboa (1681), Tratado de Utrecht I (1713), Tratado de Utrecht II 
(1715), Tratado de Madri (1750), Tratado de El Pardo (1761), Tratado de Santo Idelfonso (1777), 
Tratado de Badajoz (1801) e o último grande tratado que vai anexar a atual região do Acre, o 
Tratado de Petrópolis (1903).
Bula Papal Inter Coetera (1492)
Foi um documento ratificado pelo Papa e se relaciona as terras recém-descobertas. É um 
momento de grande transformação da história mundial, onde esse tratado consiste em dividir 
as novas terras entre Portugal e Espanha, prolongando uma linha a 100 léguas de Cabo Verde. 
As terras a leste seriam de Portugal e a oeste da Espanha.
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O rei de Portugal assinou esse tratado, mas ficou extremamente desconfortável, porque 
acreditava que existiam muito mais terras do que apenas aquelas divulgadas por Colombo. 
Assim, dois anos depois, convoca o rei da Espanha e resolve articular um novo tratado, o Tra-
tado de Tordesilhas de 1494.
Tratado de Tordesilhas (1494)
O Tratado de Tordesilhas (1494) prolonga uma linha a 370 léguas de Cabo Verde. As terras 
a leste atribuídas a Portugal e a oeste para a Espanha. É um tratado nos mesmos moldes da 
Bula Papal Inter Coetera (1492), mudando apenas o número de léguas. A intenção de Portugal 
é tentar obter uma maior fatia dessas novas terras.
Tratado de Lisboa (1681)
Quase 200 anos depois do Tratado de Tordesilhas, tem-se o Tratado de Lisboa. É um trata-
do que tem uma íntima relação com o de Tordesilhas e para entender essa relação, é necessá-
rio saber um pouco sobre a região de Sacramento, que fica no Rio Grande do Sul.
Apesar da região de Sacramento estar do lado espanhol de Tordesilhas, esta era uma área 
de controle dos portugueses. Dessa forma, o tratado afirma que, apesar de Sacramento ficar 
do lado espanhol de Tordesilhas, esta seria uma área de controle português, tamanha era a 
população portuguesa que se encontrava nessa região. Esse tratado era baseado na ideia do 
“uti possidetis”, isto é, só seria dono de uma terra recém-descoberta a nação que ela povoar.
O uti possidetis foi um argumento utilizado, principalmente, mas não apenas, pelos france-
ses. Estes afirmavam que só seria dono de uma terra recém-descoberta a nação que ela povoar.
Tratado de Utrecht I (1713) – Portugal e Espanha
É um tratado que estabelece os limites ao norte do país, sendo assinado entre Portugal e a 
Guiana Francesa. Esses limites seriam na região do Monte Caburai ou do Rio Oiapoque.
Tratado de Utrecht II (1715) – Portugal e Espanha
O Tratado de Utrecht II ratifica aquilo que já havia sido decidido no Tratado de Lisboa, que 
afirma que a região de Sacramento, mesmo estando do lado espanhol de Tordesilhas, seria 
uma área de controle do Império português. É fruto da ideia do uti possidetis, isto é, só seria 
dono de uma terra recém-descoberta a nação que dela povoar. Porém, grande parte dos es-
panhóis não respeitavam o acordo de 1713, havendo a necessidade de um novo tratado, o 
Tratado de Utrecht II.
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Esse tratado tem o objetivo de ratificar que essa região, de Sacramento, mesmo estando do 
lado espanhol de Tordesilhas, seria uma área de controle do Império português.
Tratado de Madri (1750) – Portugal e Espanha
O Tratado de Madri ratifica uma ideia que já existia no imaginário europeu, que afirmava 
que seria dono de uma terra recém-descoberta a nação que ela povoar. Dessa forma, caso se 
ocupe uma área e esta não é reivindicada pelos seus verdadeiros proprietários, acaba sendo o 
proprietário dessa área aquele que provar ter um grande período de ocupação.
Perceba que essa ideia dará o subsídio necessário para o movimento dos bandeirantes. O 
Brasil é um país formado por ciclos econômicos. O primeiro ciclo é do pau-brasil, o segundo ci-
clo é do açúcar, o terceiro ciclo é do ouro, sendo seguido pelo da borracha, café, soja e algodão.
O ciclo do açúcar foi colonizador, já o ciclo do pau-brasil foi exploratório, isto é, havia o 
desejo de retirada das riquezas, mas sem qualquer cunho voltado a ocupação. O ciclo do 
Pau-Brasil foi uma tentativa de acalmar os ânimos dos investidores portugueses, do Estado 
Português e de sua burguesia.
Diferentemente do que ocorreu com a América espanhola, no Brasil, só foi encontrado ouro 
no século XVII, por volta de 1695, na pequena cidade de Caeté (MG).
Já o ciclo do açúcar, que remete aos séculos XVI e XVII, entrou em decadência devido à ex-
pulsão dos holandeses. Acontece a União Ibérica (1580-1640), e morre D. Sebastião, Rei de Por-
tugal, assumindo seu tio D. Henrique, muito idoso e adoentado, que também acaba morrendo. O 
trono passa para Felipe II, que começa a perseguir os holandeses. Estes, holandeses, em primei-
ro momento, vão para o extremo norte do país e, depois, acabam indo para a região das Antilhas.
Nessa região, as Antilhas, os holandeses encontram as mesmas condições que no Brasil 
com solos e clima favoráveis, mão de obra abundante e barata e posição estratégica para o es-
coamento dessas mercadorias para o pulsante mercado europeu. Assim, ocorre a decadência 
do açúcar no Brasil, uma vez que o açúcar holandês era de melhor qualidade, já que era refinado.
Diante disso, o Império Português resolve desenvolver uma nova atividade do Brasil, sempre 
com o objetivo de promover lucro, uma vez que a colônia só tem um papel, ser uma economia 
complementar a sua metrópole. O ciclo do ouro é responsável por intensificar o movimento das 
bandeiras e das entradas. Ambos buscavam capturar escravos e encontrar metais preciosos.
Contudo, a diferença entre os movimentos era que as entradas faziam parte de movimen-
tos públicos, já as bandeiras de movimentos privados. As entradas respeitavam Tordesilhas e 
as bandeiras não, pois se baseiam no Tratado de Madri, no uti possidetis. É claro que o movi-
mento da bandeira é anterior ao Tratado de Madri, de forma que já existia no imaginário popu-
lar a ideia de que só seria dono de uma terra recém-descoberta a nação que ela a povoasse. 
Essa é a justificativa do movimento das bandeiras para não respeitaro Tratado de Tordesilhas. 
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Posteriormente, essa ideia será ratificada através do Tratado de Madri, que afirma que somen-
te seria proprietário de uma terra recém-descoberta a nação que a povoasse.
Então, perceba que esse movimento das bandeiras, que é um movimento anterior ao Trata-
do de Madri, acreditava nessa ideia que será ratificada em 1750, por meio do Tratado de Madri.
Tratado de El Pardo (1761) – Portugal e Espanha
Esse tratado revoga os efeitos do Tratado de Madri após 11 anos.
Tratado de Santo Idelfonso (1777) – Portugal e Espanha
Esse tratado afirma que a região dos Sete Povos das Missões seria uma área de controle 
espanhol, mesmo estando do lado português de Tordesilhas. A região dos Sete Povos das 
Missões está localizada próxima ao Rio Grande de São Pedro.
As missões jesuíticas, que faziam o movimento das descidas, era um movimento de cate-
quese e se encontravam no Rio Grande do Sul.
O Tratado de Santo Idelfonso reativa o Tratado de Madri e a região de Sete Povos das Mis-
sões será de controle espanhol.
Tratado de Badajoz (1801) – Portugal e Espanha
O Tratado de Badajoz, de 1801, estabelece que a região dos Sete Povos das Missões, que 
anteriormente tinha sido uma área de controle espanhol, irá para o controle de Portugal.
Tratado de Petrópolis (1903) – Brasil e Bolívia
Em 1903, o Brasil já era independente sendo realizado um tratado entre o Brasil e a Bolívia. 
O Tratado em questão é o de Petrópolis que se estabelece devido ao ciclo da borracha, que tem 
seu auge em 1870.
O ciclo da borracha ganha forma em função da Segunda Revolução Industrial, que foi uma 
revolução relacionada ao petróleo e à eletricidade.
É nessa Segunda Revolução Industrial que há o desenvolvimento das indústrias automobilís-
ticas. O fordismo vê na região norte do Brasil um local de bastante importância, porque é onde 
existe látex, ou seja, a matéria-prima para a borracha, uma vez que tem grande volume de serin-
gueiras na região.O tratado de Petrópolis consiste na compra da atual região do Acre pelo valor 
de 2 milhões de libras esterlinas e o compromisso da construção da ferrovia madeira Mamoré.
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Caro(a) concurseiro(a), estamos chegando ao final, faltando apenas indicarmos o proces-
so de regionalização brasileira. Peço mais uma vez sua atenção para esse tópico tão impor-
tante em nosso estudo.
regionAlizAção do BrAsil
Regionalização é um método que implica a distinção de áreas a partir de características e/
ou semelhanças em comum. O ato de regionalizar sempre estará vinculado a estabelecer um 
critério. Em nosso estudo vamos destacar as seguintes divisões:
• IBGE (OFICIAL):
− 1941;
− 1945;
− 1969;
− 1988.
• Pedro Pinchas
− 1967 (atualizado posteriormente);
• Milton Santos
−	 1979 (atualizado posteriormente);
regionAlizAção do BrAsil: iBge – 1941
• Divisão físico-natural (1941):
− Primeira proposta de divisão regional brasileira seguiu critérios apenas ligados à natureza.
− Os dados quantitativos e análises qualitativas da população e economia ainda 
estavam em estudo.
− Divisão durou pouco mais de três anos e logo foi substituída por outra mais adequada 
em 1945.
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regionAlizAção do BrAsil: iBge – 1945
• Divisão em macrorregiões (1945):
−	 O IBGE lança a segunda divisão regional que vigorou por 24 anos até ser substituída 
no ano de 1969.
−	 Nesta divisão os critérios físico-natural, humano e econômicos foram considerados.
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regionAlizAção do BrAsil: iBge – 1969
• Divisão em macrorregiões (1969):
− É a divisão atual sofrendo algumas alterações devido à Constituição de 1988.
− Divide o Brasil em grandes áreas do espaço brasileiro com características similares 
quanto aos aspectos naturais, humanos e econômicos.
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regionAlizAção do BrAsil: iBge – 1988
• Divisão em macrorregiões (1988):
− O critério volta a ser físico-natural.
− Ocorreu a divisão do estado de Goiás, o novo estado surgido, o Tocantins, passou a 
pertencer à região Norte, por ter características mais semelhantes com esta região 
do que com a região Centro-Oeste.
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regionAlizAção do BrAsil: pedro pinChAs geiger
• Divisão geoeconômica (1967):
− Leva em conta não apenas os aspectos naturais, mas também os humanos e o pro-
cesso histórico de formação do território do país, em especial a industrialização.
− Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas 
do país, pois associa os espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, 
históricas e culturais.
− A divisão de Geiger não respeita as divisas entre os Estados.
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regionAlizAção do BrAsil: milton sAntos
• Divisão do meio técnico-científico-informacional (1979):
− A informação e as finanças estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo 
território brasileiro, determinando “quatro brasis”.
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• Quadro comparativo – IBGE:
IBGE X PEDRO PINCHAS X MILTON SANTOS
• Atualmente existem 18 propostas vigentes de desmembramentos estaduais no Congresso.
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EXEMPLO
Maranhão e Maranhão do Sul, Pará (Pará, Tapajós, Carajás), Triângulo Mineiro, Pantanal.
− O desmembramento do Pará foi levado a plebiscito (consulta popular); seriam cria-
dos três estados: Tapajós, a oeste, e Carajás, a sudeste.
− Ocorreu desmembramento no Brasil em 1977 com o estado do Mato Grosso (MT e MS) 
e, em 1988, com o desmembramento do norte de Goiás (TO).
• Pontos favoráveis:
− melhorar a administração em locais esquecidos.
− desenvolver a economia local.
• Pontos desfavoráveis:
−	 motivos políticos (divergências partidárias, busca de cargos públicos).
−	 não necessariamente gerar melhorias.
Caro(a) concurseiro(a), como já é de costume, logo após o estudo da parte teórica, iniciali-
zaremos a resolução de questões, lembrando que a grande maioria está comentada. É funda-
mental enfatizar que é um momento muito importante em sua preparação, então, se organize 
em um ambiente silencioso, iluminado e faça com afinco as questões propostas a seguir.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/2017) O texto a seguir deve ser relativo às questões 1 e 2.
Tendo o tema desse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) os itens subse-
quentes, considerando aspectos geográficos diversos relacionados aos movimentos migrató-
rios internacionais e intranacionais.
Devido ao envelhecimento da população, à diminuição drástica das taxas de natalidade e à ne-
cessidade de mão de obra jovem para manter sua economia, diversos países da União Europeia 
têm adotado políticas de legitimação de migrações ilegais e de concessão de asilo político.
002. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/2017) O crescimento demográfico mundial apresen-
ta uma face perversa: se, por um lado, há crescimento vegetativo motivado pelas melhores 
condições de vida em países pobres, por outro, a expectativa de vida ainda continua relativa-
mente baixa em países como o Brasil, a China e a Índia, descompasso justificado por aspectos 
como a violência e as doenças crônicas.
003. (CONSUPLAN/PREFEITURA DE JUATUBA-MG/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSI-
CA/2015) As principais teorias demográficas que abordam o ritmo de crescimento populacio-
nal são a malthusiana, a neomalthusiana, a reformista e a de transição demográfica. Analise a 
afirmativa a seguir.
“Esta teoria considera que a explosão demográfica é um fenômeno transitório, geralmente cau-
sado pelo desenvolvimento econômico e social das nações, resultando na queda das taxas de 
mortalidade, o que eleva o número de habitantes. Por outro lado, natalidade também diminui, 
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porém em um ritmo mais lento, o que faz com que a explosão demográfica inicial seja substi-
tuída gradativamente por uma diminuição no ritmo de crescimento do número de habitantes.”
A afirmativa anterior trata‐se das características da teoria
a) Reformista
b) Mathusiana
c) Neomalthusiana
d) Transição demográfica
004. (VUNESP/MPE/AUXILIAR DE PROMOTORIA I/2019) Segundo dados do Instituto Bra-
sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, a população brasileira era de 208.494.900 
habitantes. O Instituto apresentou como característica importante dessa população
a) o declínio da proporção de pessoas com mais de 60 anos no conjunto da população.
b) a forte concentração, principalmente no litoral e na região Sudeste.
c) a elevada participação de imigrantes no crescimento demográfico.
d) o baixo percentual de pessoas vivendo em grandes cidades.
e) o grande predomínio de população na faixa entre 0 e 14 anos de idade.
005. (COPEVE/UFAL/PREFEITURA DE MACÉIO/PROFESSORII/2015) Observe a imagem a seguir:
Segundo a imagem, entre 1960 e 2012, houve uma diminuição das taxas de
a) Natalidade.
b) Mortalidade
c) Fecundidade
d) Crescimento vegetativo
e) Densidade demográfica
006. (UFPR/VESTIBULAR/2011) Os gráficos abaixo representam as pirâmides etárias da po-
pulação brasileira das décadas de 1980 e 2000 e projeções para 2020 e 2040. Brasil: pirâmides 
etárias, 1980-2040.
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Com base nessas pirâmides etárias, considerem as seguintes afirmativas:
1) Nas ordenadas estão o contingente populacional e nas abscissas os grupos de idade.
2) A base larga da pirâmide em todo o período analisado revela que o Brasil continuará a ser 
um país de jovens e reforça a necessidade do incremento de políticas públicas de atenção a 
tais camadas da população brasileira.
3) A estrutura etária da população representada nos gráficos tem relação com a economia e 
mostra a transformação da população economicamente ativa, definida como aquela que com-
preende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população 
ocupada e a população desocupada.
4) As transformações nas pirâmides no Brasil ao longo do tempo revelam a transição demo-
gráfica, explicada pela combinação de fatores como baixa taxas de natalidade, redução das 
taxas de mortalidade, elevação na expectativa de vida, redução na taxa de fecundidade e maior 
acesso e assistência à saúde.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
007. (VUNESP/PMSP/SOLDADO/2019)
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Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que o Brasil se caracteriza 
como um país
a) continental e hierarquizado.
b) populoso e pouco povoado.
c) populoso e intermitente.
d) pouco populoso e povoado.
e) ocupado e descontínuo.
008. (ENEM/2003) O quadro abaixo nos mostra a taxa

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