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7 - Organização da profissão

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NUTRIÇÃO
Lina Sant Anna
Órgãos de organização da 
categoria profissional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Diferenciar os órgãos de organização da categoria profissional.
 � Identificar direitos e deveres relativos ao profissional nutricionista.
 � Reconhecer as atribuições e as competências de cada órgão.
Introdução
Em 2019, a nutrição completou 80 anos de história no Brasil. Ao longo 
da sua trajetória, pode-se observar o intenso aumento do número de 
cursos de graduação e de profissionais, com expansão e diversificação 
concomitantes dos locais de atuação do nutricionista e dos campos de 
atividade. Segundo a pesquisa do Conselho Federal de Nutricionistas 
sobre a inserção do profissional brasileiro em 2020, há 145.819 nutricio-
nistas em todo o País. 
Para assegurar os direitos e deveres do nutricionista, promover a cate-
goria e proteger a sociedade de más práticas profissionais, foram criadas 
entidades que organizam a categoria profissional: os conselhos federal 
e regional, as associações e os sindicatos. Cada uma dessas entidades 
possui atribuições distintas que devem ser levadas em consideração pelo 
profissional nutricionista na sua atuação.
Neste capítulo, você conhecerá os órgãos de organização da categoria 
profissional nutricionista. Além disso, verá quais são os direitos e deveres 
relativos ao profissional nutricionista. Por fim, verá quais são as atribuições 
e as competências de cada órgão de organização.
1 Características de cada órgão
Os conselhos, sindicatos e associações são entidades de classe profissional, 
ainda que voltadas ao mesmo público, e apresentam diferenças em seus ob-
jetivos e áreas de atuação. A seguir, será apresentada a diferença entre cada 
um deles. 
Conselhos
Os conselhos profissionais são instituições do Estado, criadas por ele e mantidas 
pelas contribuições compulsórias, que todos os profissionais vinculados aos 
respectivos conselhos estão legalmente obrigados a pagar. Na sua condição de 
órgãos do Estado, os conselhos profissionais existem para controlar e fiscalizar 
o exercício das diferentes profissões, visando ao benefício e à proteção dos 
interesses da sociedade. No caso do nutricionista, há o conselho federal e os 
conselhos regionais. 
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), criado pela Lei nº. 6.583, 
de 20 de outubro de 1978, e regulamentado pelo Decreto nº. 84.444, de 30 
de janeiro de 1980, é uma autarquia federal sem fins lucrativos, de interesse 
público, com poder delegado pela União. É um órgão central do Sistema CFN/
CR, criado a partir da mobilização de profissionais, estudantes e entidades 
de nutrição que defendiam a necessidade de a categoria ter um órgão regu-
lamentador próprio, visto que, até a sua criação, os profissionais de nutrição 
eram fiscalizados por órgãos regionais de medicina. 
A organização do CFN está estruturada do seguinte modo (BRASIL,1980):
 � plenário (órgão deliberativo);
 � diretoria (órgão executivo);
 � presidência (órgão de coordenação e gestão);
 � comissões permanentes: tomada de contas, ética, fiscalização, formação 
profissional, comunicação e licitação (órgãos de orientação, disciplina, 
apoio e assessoramento);
 � comissões especiais, transitórias e grupos de trabalhos; 
 � câmaras técnicas.
Os Conselhos Regionais de Nutricionistas (CRNs) são instituições do 
Estado, autarquias federais, criadas e mantidas pela anuidade de seus inscri-
tos, que obrigatoriamente devem se inscrever a fim de obter o registro para 
o exercício da profissão. 
Órgãos de organização da categoria profissional2
O CFN tem sede em Brasília (DF) e jurisdição em todo o País. Os dez 
CRNs atuam nos seguintes estados: 
 � CRN-1: DF, GO, MT, TO – sede: Brasília (DF).
 � CRN-2: RS – sede: Porto Alegre (RS).
 � CRN-3: SP e MS – sede: São Paulo (SP).
 � CRN-4: ES e RJ – sede: Rio de Janeiro (RJ).
 � CRN-5: BA e SE – sede: Salvador (BA).
 � CRN-6: AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN – sede: Recife (PE).
 � CRN-7: AC, AM, AP, PA, RO e RR – sede: Belém (PA).
 � CRN-8: PR – sede: Curitiba (PR).
 � CRN-9: MG – sede: Belo Horizonte (MG).
 � CRN-10: SC – sede: Florianópolis (SC).
Associações 
As associações que representam a categoria profissional devem ser fundadas 
e mantidas por iniciativa e responsabilidade exclusiva dos profissionais par-
ticipantes. Elas possuem caráter político e cultural e são dedicadas ao debate 
das importantes questões que envolvem as profissões, visando ao aprimora-
mento e/ou à representação destas. As associações profissionais não devem 
ser dependentes do Estado, assim como a captação de recursos não deve ser 
proveniente do governo. Ou seja, a entidade não deve possuir fins lucrativos, 
sendo mantida apenas para pagamento das despesas com infraestrutura e 
com os funcionários.
A legitimidade de uma associação profissional se constrói na defesa de 
princípios e valores considerados fundamentais e justos, tanto pelos profis-
sionais que a constituem quanto pela sociedade em seu todo; é, portanto, 
uma legitimidade de natureza política e, principalmente, ética. Sem ela, uma 
entidade não sobrevive, pois lhe faltam autoridade moral e, em consequência 
desta carência primordial, capacidade de obter, de seus afiliados e da sociedade, 
os recursos de que necessita para manter a sua estrutura administrativa em 
funcionamento.
3Órgãos de organização da categoria profissional
Algumas das atividades realizadas pelas associações são a organização de congres-
sos, simpósios e colóquios para a disseminação de pesquisas científicas e a troca de 
experiências e aprimoramento profissional. 
A Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) foi fundada em 31 de agosto 
de 1949, data em que se comemora o dia do profissional nutricionista. A Asbran 
é uma sociedade de âmbito nacional, caráter técnico-científico, cultural e 
social, sem fins lucrativos, que congrega profissionais da área, cujo objetivo é 
promover a educação permanente, a pesquisa, o desenvolvimento, a promoção 
e a divulgação da nutrição. A sua missão é promover o fortalecimento da for-
mação e da especialização do nutricionista, incentivando a pesquisa no Brasil. 
Atualmente, a Asbran está presente em todas as regiões do País, sendo 
integrada por associações estaduais filiadas, distribuídas nas regiões Sul, 
Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. São elas:
 � Acan: Associação Catarinense de Nutrição;
 � Agan: Associação Gaúcha de Nutrição;
 � Alan: Associação Alagoana de Nutrição;
 � ANDF: Associação de Nutrição do Distrito Federal;
 � Anees: Associação de Nutrição do Estado do Espírito Santo;
 � Anepa: Associação de Nutrição do Estado do Pará;
 � Apan: Associação Paulista de Nutrição;
 � Apen: Associação Pernambucana de Nutrição;
 � Asman: Associação Sul Mato-Grossense de Nutrição.
Sindicatos 
Um sindicato é uma associação de trabalhadores cuja função é defender os 
interesses e direitos profissionais, ou seja, ele luta pela melhoria das condições 
de trabalho, pela melhoria da remuneração dos profissionais, pela promoção 
das relações entre proprietários de empresas privadas, públicas e colaboradores 
e pela defesa da classe. 
Os profissionais são livres para fazerem parte de um sindicato e dele se 
tornarem sócios; ou seja, a filiação não é uma obrigação, mas uma questão de 
opção, que depende da consciência individual do nutricionista e da vontade dele 
Órgãos de organização da categoria profissional4
de fortalecer a sua categoria profissional. O regulamento do funcionamento e 
a definição das normas de um sindicato são de ação coletiva, isto é, realizada 
por todos os seus filiados. O sindicato possui o direito de contratação coletiva, 
bem como a capacidade de intervir como parte legítima em ações judiciais e 
na elaboração de leis trabalhistas. 
A Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN), criada no Recife, em 
1989, pelos Sindicatos dos Nutricionistas dos estados de Pernambuco, Distrito 
Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Alagoas,é considerada 
uma entidade sindical de 2º grau, constituída de acordo com a Consolidação 
das Leis do Trabalho e a Constituição Federal, com âmbito de representação 
nacional para fins de estudo, coordenação e representação legal dos integrantes 
da categoria profissional. 
A FNN é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos que capta 
recursos financeiros a partir da contribuição dos afiliados para o custeio das 
atividades sindicais, sendo os valores destinados à “Conta Especial Emprego 
e Salário”, que integra os recursos do fundo de amparo ao trabalhador. A 
contribuição não tem vinculação com o CRN, e sim com as entidades citadas 
a seguir.
Os valores arrecadados pela contribuição sindical se destinam:
 � aos sindicatos – 60%;
 � à Federação Nacional dos Nutricionistas –15%;
 � à Confederação dos Nutricionistas – 5%;
 � ao Ministério do Trabalho e Emprego – 10%;
 � às Centrais Sindicais do Brasil – 10%.
2 Direitos e deveres relativos ao profissional 
nutricionista
Segundo o CFN, o nutricionista é o profissional que, por força da Lei nº. 
8.234/91, possui direitos e deveres para o desenvolvimento de práticas inerentes 
à sua habilitação técnica, que se manifesta como uma ação social em favor da 
saúde e da segurança alimentar e nutricional (CONSELHO FEDERAL DE 
NUTRICIONISTAS, 2018).
Para tanto, foi criado o Código de Ética do Profissional Nutricionista, 
publicado pela primeira vez em 2004 e revisitado em 2018, de acordo com a 
5Órgãos de organização da categoria profissional
Resolução CFN nº. 599, de 25 de fevereiro de 2018, devido à necessidade de 
atualização diante das mudanças tecnológicas que modificaram o modo de 
comunicação entre as pessoas e o profissional.
O Código de Ética é um instrumento que norteia a conduta do profissional 
em todas as áreas de atuação, ou seja, é um conjunto de normas que o pro-
fissional deve seguir para que não infrinja o direito do outro e tenha ciência 
de seus direitos e deveres perante a lei. O Código de Ética e de Conduta do 
Nutricionista inclui (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2018):
 � responsabilidades profissionais;
 � relações interpessoais;
 � condutas e práticas profissionais;
 � meios de comunicação e informação; 
 � associação a produtos, marcas de produtos, serviços, empresas ou 
indústrias;
 � formação profissional e pesquisa;
 � relação com as entidades de categoria.
Segundo o Código de Ética e de Conduta do Nutricionista, é dever do 
profissional atuar sob os princípios universais dos direitos humanos e da 
bioética, presentes na Constituição Federal e nos preceitos éticos (CONSE-
LHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2018). Para isso, ressalta-se que o 
nutricionista deve atuar pela defesa do direito à saúde, do direito humano à 
alimentação adequada e da segurança alimentar e nutricional de indivíduos 
e coletividades. Assim, ele deve promover e proteger a saúde e realizar diag-
nóstico e tratamento nutricionais, utilizando todos os recursos disponíveis ao 
seu alcance, tendo o alimento e a comensalidade como referência. 
É dever do nutricionista respeitar a vida, a singularidade e a pluralidade, as dimensões 
culturais e religiosas, de gênero, de classe social, raça e etnia, a liberdade e a diversidade 
das práticas alimentares, de forma dialógica, sem discriminação de qualquer natureza 
em suas relações profissionais (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2006).
Órgãos de organização da categoria profissional6
O nutricionista deve se comprometer com o aprimoramento profissional 
para a qualificação técnico-científica dos processos de trabalho e das relações 
interpessoais, visando à promoção da saúde e à alimentação adequada e saudá-
vel de indivíduos e coletividades. Para tanto, é fundamental que ele participe 
de espaços de diálogo e decisão, seja em entidades da categoria, instâncias 
de controle social ou qualquer outro fórum que possibilite o exercício da 
cidadania, o compromisso com o desenvolvimento sustentável, a preservação 
da biodiversidade, a proteção à saúde e a valorização profissional. 
Por fim, é dever do nutricionista exercer a profissão de forma crítica e 
proativa, com autonomia, liberdade, justiça, honestidade, imparcialidade 
e responsabilidade, ciente de seus direitos e deveres, não contrariando os 
preceitos técnicos e éticos. É importante ressaltar que constitui infração 
ético-disciplinar a ação ou omissão, ainda que sob a forma de participação 
ou conivência, que implique em desobediência ou inobservância de qualquer 
modo às disposições do Código de Ética e de Conduta do Nutricionista.
Juramento do nutricionista: prometo que, ao exercer a profissão de nutricionista, o 
farei com dignidade e eficiência, valendo-me da ciência da nutrição, em benefício da 
saúde da pessoa, sem discriminação de qualquer natureza. Prometo, ainda, que serei 
fiel aos princípios da moral e da ética. Ao cumprir este juramento com dedicação, 
desejo ser merecedor dos louros que a profissão proporciona (CONSELHO FEDERAL 
DE NUTRICIONISTAS, 2006).
Em relação às responsabilidades profissionais, são direitos dos nutricio-
nistas: a garantia e a defesa de suas atribuições e prerrogativas, a recusa de 
exercer a sua profissão em qualquer instituição onde as condições de trabalho 
não sejam adequadas, dignas e justas ou possam prejudicar indivíduos, coleti-
vidades ou a si próprio, assim como a exigência de remuneração adequada às 
suas atividades, com base no valor mínimo definido por legislações vigentes 
ou pela sua respectiva e competente entidade sindical. Também são direitos 
a recusa de propostas e situações incompatíveis com as suas atribuições ou 
que se configurem como desvio de função em seu contrato profissional e a 
prestação de serviços profissionais gratuitos com fins sociais e humanos.
7Órgãos de organização da categoria profissional
Em relação às relações interpessoais é direito do nutricionista: denunciar 
atos que caracterizem agressão, assédio, humilhação, discriminação, intimida-
ção, perseguição ou exclusão por qualquer motivo, contra si ou qualquer pessoa. 
Sobre as condutas e práticas profissionais, são direitos dos nutricionistas: 
realizar as suas atribuições profissionais sem interferências de pessoas não 
habilitadas para tais práticas, ter acesso a informações referentes a indivíduos 
e coletividades sob sua responsabilidade que sejam essenciais para subsidiar a 
sua conduta técnica e assistir indivíduos e coletividades sob sua responsabili-
dade profissional em instituição da qual não faça parte do quadro funcional, 
desde que respeite as normas técnico-administrativas da instituição e informe 
ao profissional responsável. Outro direito é alterar a conduta determinada 
por outro nutricionista caso tal medida seja necessária para o benefício de 
indivíduos, coletividades ou serviços, registrando as alterações e justificativas 
de acordo com as normas da instituição e, sempre que possível, informando 
ao responsável pela conduta.
Em relação aos meios de comunicação e divulgação, o nutricionista tem 
o direito de utilizar esses meios desde que pautado nos princípios fundamen-
tais, assumindo integral responsabilidade pelas informações emitidas. Ele 
pode divulgar a sua qualificação profissional, técnicas, métodos, protocolos, 
diretrizes, benefícios de uma alimentação para indivíduos ou coletividades 
saudáveis ou em situações de agravos à saúde, bem como dados de pesquisa 
fruto do seu trabalho, desde que autorizado por escrito pelos pesquisados, 
respeitando o pudor, a privacidade e a intimidade própria e de terceiros.
Sobre a associação do nutricionista com produtos, marcas, serviços, 
empresas ou indústrias é direito do nutricionista fazer uso de embalagens 
para fins de atividades de orientação, educação alimentar e nutricional e em 
atividades de formação profissional, desde que utilize mais de uma marca, 
empresa ou indústria do mesmo tipo de alimento, produto alimentício, suple-
mento nutricional e fitoterápico e que não configure conflito de interesses.
O nutricionistapode exercer atividade de consulta nutricional e prescrição dietética em 
locais cuja atividade-fim seja a comercialização de alimentos ou produtos alimentícios 
de fabricação e marca próprias, desde que sempre apresente ao paciente mais de 
uma opção de escolha.
Órgãos de organização da categoria profissional8
Em relação à formação profissional, o nutricionista tem o direito de 
exercer a função de supervisor/preceptor de estágios em seu local de trabalho, 
além de delegar atribuições privativas a estagiário de nutrição, desde que sob 
supervisão direta e responsabilidade do profissional, de acordo com o termo 
de compromisso do estágio.
Quando se trata de pesquisas, o nutricionista tem o direito de realizá-las, 
dentro ou fora do seu local de trabalho, visando ao benefício à saúde de indi-
víduos ou coletividades, à qualificação de processos de trabalho e à produção 
de novos conhecimentos para o campo de alimentação e nutrição. 
Por fim, sobre a participação em entidades de classe, é direito do profis-
sional nutricionista associar-se, exercer cargos e participar das atividades de 
entidades da categoria que tenham por finalidade o aprimoramento técnico-
-científico, a melhoria das condições de trabalho, a fiscalização do exercício 
profissional e a garantia dos direitos profissionais e trabalhistas. Também é 
direito do nutricionista requerer desagravo público ao CRN quando ofendido 
no exercício da profissão ou em razão dela, além de poder formalizar junto 
ao CRN de sua jurisdição a ocorrência de afastamento, exoneração, demissão 
de cargo, função ou emprego em decorrência da prática de atos executados 
em respeito aos princípios éticos previstos no Código. 
3 Atribuições e competências de cada órgão
A seguir, serão apresentadas as atribuições e competências de cada órgão de 
organização da categoria profissional de nutrição.
Conselhos
O CFN deve visar ao benefício e à proteção dos interesses da sociedade 
como um todo. Para isso, as suas ações são normatizar, fiscalizar, orientar 
e disciplinar o exercício e as atividades desempenhadas pelo nutricionista e 
pelo técnico de nutrição em dietética em todo o território nacional. Compete 
ao CFN (BRASIL, 1978):
I. eleger, dentre os seus membros, o seu Presidente, o Vice-Presidente, 
o Secretário e o Tesoureiro;
II. exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação 
e à execução do disposto nesta Lei e à fiscalização do exercício 
9Órgãos de organização da categoria profissional
profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos 
objetivos institucionais;
III. supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o 
território nacional;
IV. organizar, instalar, orientar e inspecionar os CRNs e examinar as 
suas prestações de contas, neles intervindo desde que indispensável 
ao restabelecimento da normalidade administrativa ou financeira ou 
à garantia da efetividade do princípio da hierarquia institucional;
V. elaborar o seu regimento e submetê-lo à aprovação da Secretaria 
de Trabalho;
VI. examinar os regimentos dos CRNs, modificando o que se fizer ne-
cessário para assegurar unidade de orientação e uniformidade de 
ação, submetendo-os à aprovação da Secretaria do Trabalho;
VII. conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos CRNs e prestar-lhes 
assistência técnica permanente;
VIII. apreciar e julgar os recursos de penalidades impostas pelos CRNs;
IX. fixar valores das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidas 
pelos profissionais e empresas aos CRNs a que estejam jurisdicio-
nados, nos termos em que dispuser o regulamento desta Lei;
X. aprovar a sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais, bem como operações referentes a mutações patrimoniais;
XI. dispor sobre o Código de Ética Profissional, funcionando como o 
Tribunal de Ética Profissional;
XII. estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio 
e bom nome dos que a exercem;
XIII. instituir o modelo da Carteira de Identidade Profissional e do Cartão 
de Identificação;
XIV. autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;
XV. emitir parecer conclusivo sobre a prestação de contas a que esteja 
obrigado;
XVI. publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais 
ou balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades.
Acesse a biblioteca do site do Conselho Federal de Nutricionistas para conhecer as 
várias publicações desenvolvidas pelo órgão.
Órgãos de organização da categoria profissional10
Aos CRNs, cabe cumprir e fazer cumprir as normas que regem a profissão 
e realizar as atividades de fiscalização e orientação ético-profissional em suas 
respectivas jurisdições. Compete aos CRNs (BRASIL, 1978):
I. eleger, dentre os seus membros, o seu Presidente, o Vice-Presidente, 
o Secretário e o Tesoureiro;
II. expedir Carteira de Identidade Profissional e Cartão de Identificação 
aos profissionais registrados;
III. fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, represen-
tando às autoridades competentes os fatos que apurar cuja solução 
ou repressão não seja de sua alçada;
IV. cumprir e fazer cumprir as disposições desta Lei, do regulamento, 
do regimento, das resoluções e demais normas baixadas pelo CFN;
V. funcionar como Tribunal Regional de Ética, conhecendo, processando 
e decidindo os casos que lhe forem submetidos;
VI. elaborar a proposta de seu regimento, bem como as alterações, 
submetendo-as ao CFN, para aprovação pela Secretaria do Trabalho;
VII. propor ao CFN as medidas necessárias para o aprimoramento dos 
serviços e do sistema de fiscalização do exercício profissional;
VIII. aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos 
adicionais e as operações referentes a mutações patrimoniais;
IX. autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis;
X. arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e adotar todas 
as medidas destinadas à efetivação de sua receita, destacando e 
entregando ao CFN as importâncias correspondentes à sua parti-
cipação legal;
XI. promover, perante o juízo competente, a cobrança das importâncias 
correspondentes a anuidades, taxas, emolumentos e multas, esgotados 
os meios de cobrança amigável;
XII. estimular a exação no exercício da profissão, zelando pelo prestígio 
e o bom conceito dos que exercem;
XIII. julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas nesta Lei e em 
normas complementares do CFN;
XIV. emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja 
obrigado;
XV. publicar, anualmente, o seu orçamento e respectivos créditos adi-
cionais, os balanços, a execução orçamentária, o relatório de suas 
atividades e a relação dos profissionais registrados.
11Órgãos de organização da categoria profissional
As denúncias referentes às infrações ao Código de Ética e de Conduta do Nutricionista 
devem ser feitas aos respectivos CRNs, que representam diversos estados brasileiros. 
Cada CRN tem a sua própria forma de orientar os denunciantes, bem como meios 
específicos para a denúncia. As denúncias podem ser feitas por telefone, e-mail, carta 
ou pelo próprio site do CRN, devendo o denunciante olhar atentamente as instruções. 
Associação Brasileira de Nutrição
De caráter técnico, científico, cultural e social, a Asbran nasceu como Asso-
ciação Brasileira de Nutricionistas (ABN), no Rio de Janeiro, e passou a se 
chamar Federação Brasileira das Associações de Nutricionistas (Febran). A 
sua base de atuação envolve nutricionistas, técnicos e estudantes de nutrição, 
contando atualmente com uma rede de nove entidades estaduais filiadas.
Embora a Asbran tenha iniciado a luta pelo reconhecimento da categoria 
em meados dos anos 1950, a Lei nº. 5.276, que regulamenta a profissão, só foi 
sancionada em 1967. A partir da mobilização da Asbran, foram criados o CFN 
e os CRNs, em 1976, e, em 1980, o diploma de nutricionista foi regulamentado.
A Asbran colabora com o poder público e universidades para aprimorar a 
qualidadedo ensino de nutrição. Desse modo, ela desenvolve projetos e pes-
quisas, bem como funciona como canal de denúncia de fatos que se traduzam 
em prejuízo ao processo de alimentação e nutrição da população brasileira.
Algumas das atribuições da Asbran são (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NUTRIÇÃO, 2014):
 � congregar as Associações de Nutrição Federativas Filiadas existen-
tes no Brasil e incentivar a criação em estados onde não houver tais 
associações;
 � representar as associações afiliadas perante as entidades oficiais e 
privadas, nacionais e internacionais;
 � colaborar junto aos Ministérios, universidades e órgãos de fomento no 
aprimoramento da educação em saúde, alimentação e nutrição;
 � apoiar, realizar e divulgar pesquisa, projetos e programas na área de 
saúde, alimentação e nutrição;
Órgãos de organização da categoria profissional12
 � colaborar com os poderes públicos e com entidades oficiais e privadas 
em estudos sobre nutrição e alimentação, bem como na Política Nacional 
de Alimentação e Nutrição e de Segurança Alimentar e Nutricional;
 � participar e reivindicar junto à sociedade civil organizada e aos órgãos 
governamentais o direito humano à alimentação adequada e saudável 
com soberania alimentar como um dever prioritário do Estado;
 � planejar, realizar e organizar o Congresso Brasileiro de Nutrição;
 � publicar e divulgar livros, revistas, materiais técnico-científicos, bo-
letins, circulares e outros comunicados da área da saúde, alimentação 
e nutrição de interesse da população e dos estudantes, técnicos em 
nutrição e nutricionistas;
 � funcionar como canal de denúncias de fatos, ações e mecanismos que 
se traduzam em prejuízos para a alimentação e a nutrição;
 � contribuir com outras entidades da área de saúde para garantir o Sistema 
Único de Saúde (SUS);
 � promover, organizar, realizar e coordenar atividades e eventos nacio-
nais e internacionais dirigidos aos profissionais das áreas de nutrição 
e alimentação.
A cada dois anos, realiza-se o Congresso Brasileiro de Nutrição (Conbran), 
que garante uma experiência única para profissionais, técnicos, acadêmicos 
e pesquisadores da área de saúde. A primeira edição do Conbran ocorreu 
em 1958, e, desde então, ele vem cumprindo a missão de gerar e promover o 
intercâmbio de conhecimento. Em 2020, o Conbran foi realizado em Belém 
do Pará e abordou o tema central “Comensalidade e sociedade: o encontro 
com a cultura, a ciência e a comida”.
A Asbran também possui uma revista técnico-científica, a Rasbran, que 
é um veículo de divulgação e incentivo ao desenvolvimento da ciência e da 
pesquisa da nutrição nas áreas de esportes, clínica, alimentação coletiva, 
marketing, tecnologia dos alimentos, saúde coletiva, ensino, entre outras, cujo 
objetivo é oferecer a divulgação das pesquisas científicas de forma gratuita 
a toda a comunidade, proporcionando a rápida circulação do conhecimento 
científico para atingir um amplo universo de leitores.
A Asbran concede anualmente o Título de Especialista em Nutrição àqueles 
que cumprem os pré-requisitos exigidos em edital. Esse título é o reconhe-
cimento da capacitação técnica e científica do nutricionista no desempenho 
das especialidades profissionais. 
13Órgãos de organização da categoria profissional
Sindicatos
As atribuições fundamentais dos sindicatos são (FEDERAÇÃO NACIONAL 
DOS NUTRICIONISTAS, 2019):
 � promover os interesses econômicos, sociais, profissionais e culturais 
dos integrantes da categoria, assegurando por todos os meios ao seu 
alcance o efetivo cumprimento dos direitos dos profissionais, com 
relevância às leis referentes à proteção do trabalho;
 � lutar por condições adequadas de trabalho, remuneração justa, redis-
tribuição de renda e valorização da profissão;
 � substituir, representar e defender perante as autoridades administrati-
vas e judiciárias, judicial e extrajudicialmente, os direitos e interesses 
individuais ou coletivos dos nutricionistas e dos sindicatos filiados 
(CFN e CLT);
 � estabelecer, por meio das assembleias, a tabela de honorários do pro-
fissional nutricionista por tipo de serviço e carga horária;
 � realizar a representação junto aos conselhos de saúde, conselhos de 
segurança alimentar e nutricional e fóruns de relevância e Confederação 
Nacional de Profissionais Liberais (CNPL), entre outras;
 � prestar assessoria jurídica para orientações de elaboração de contratos, 
rescisões trabalhistas e ações judiciais.
Umas das maiores funções do sindicato é observar se a jornada de trabalho do profis-
sional, o piso salarial e os acordos anuais estão sendo cumpridos pelos empregadores 
e, portanto, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em instituições públicas, 
o sindicato solicita a reconsideração dos valores de remuneração apresentados em 
editais de concursos quando estes estão abaixo do piso salarial.
Quem trabalha sob o regime de CLT é obrigado a contribuir com um sin-
dicato anualmente, com a importância correspondente à remuneração de um 
dia de trabalho para empregados de carteira assinada (desconto em folha de 
pagamento). No caso de agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais 
liberais, a contribuição corresponde a 30% (trinta por cento) do salário mínimo. 
Essa contribuição obrigatória é descontada compulsoriamente do salário dos 
Órgãos de organização da categoria profissional14
nutricionistas que trabalham com carteira assinada, sempre no mês de março 
de cada ano. Os profissionais que deram baixa temporária no CRN não são 
obrigados a contribuir para o sindicato, pois o tributo é devido por aqueles 
que exercem atividade econômica ou profissional. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Estatuto social. São Paulo; Brasília, 2014. 22 p. 
Disponível em: https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/Estatuto.pdf. Acesso em: 
26 ago. 2020.
BRASIL. Decreto nº 84.444, de 30 de janeiro de 1980. Regulamenta a Lei nº 6.583, de 20 de 
outubro de 1978, que cria os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas, regula o 
seu funcionamento e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1980. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Atos/decretos/1980/D84444.
html. Acesso em: 26 ago. 2020.
BRASIL. Lei nº 6.583, de 20 de outubro de 1978. Cria os Conselhos Federal e Regionais 
de Nutricionistas, regula o seu funcionamento, e dá outras providências. Brasília: 
Presidência da República, 1978. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/1970-1979/L6583.htm. Acesso em: 26 ago. 2020.. Cria os Conselhos Federal e Regio-
nais de Nutricionistas, regula o seu funcionamento, e dá outras providências. Brasília: 
Presidência da República, 1978. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/1970-1979/L6583.htm. Acesso em: 26 ago. 2020.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 382, de 27 de abril de 2006. 
Altera a Resolução CFN nº 126, de 1992, e dá outras providências. Brasília: CFN, 2006. 
Disponível em: https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_382_2006.
htm. Acesso em: 26 ago. 2020.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 599, de 25 de fevereiro de 
2018. Aprova o Código de ética e de Conduta do nutricionista e dá outras providên-
cias. Brasília: CFN, 2018. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/
resolucoes/Res_599_2018.html. Acesso em: 26 ago. 2020.
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS NUTRICIONISTAS. Esclarecimentos de dúvidas sobre a 
contribuição sindical. Florianópolis: FNN, 2019. 3 p. Disponível em: https://www.fnn.
org.br/arquivos/esclarecimento2019.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.
Leituras recomendadas
BIBLIOTECA – CFN. Conselho Federal de Nutricionistas, Brasília, 2020. Disponível em: 
https://www.cfn.org.br/index.php/biblioteca/. Acesso em: 26 ago. 2020.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Código de ética e de conduta do nutricio-
nista. Brasília: CFN, 2018. 32 p. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wp-content/
uploads/2018/04/codigo-de-etica.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.
15Órgãos de organização dacategoria profissional
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.583-1978?OpenDocument
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Órgãos de organização da categoria profissional16

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