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Manejo Alimentar de Suínos e Aves

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA 
MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
ALEX DINIS JÚNIOR – RA: 85927 
 
 
ALIMENTAÇÃO ANIMAL 
SUÍNOS E AVES DE CORTE 
 
 
 
 
 
 
 
SOROCABA 
2020 
 
Em qualquer atividade que envolve a criação de animais, é sabido que os custos com nutrição são os mais 
representativos, chegando a 70% do total de investimentos. Por essa razão, o produtor que deseja uma alta 
rentabilidade tem o desafio de melhorar a eficiência da alimentação dos suínos por fase produtiva. 
Cada categoria tem exigências nutricionais diferentes e a dieta dos suínos e das aves de corte devem ser 
planejada de acordo com essas demandas. O objetivo é favorecer o desenvolvimento desses animais e atender 
as expectativas do produtor de obter um excelente desempenho do plantel. 
 
 
As fases produtivas dos suínos após o desmame são a creche, o crescimento e a terminação. Cada 
uma delas tem exigências nutricionais diferentes, que são influenciadas, principalmente, pelo 
potencial genético dos animais e sua idade. 
É importante lembrar que o comportamento alimentar e o desempenho dos animais também estão 
relacionados ao seu bem-estar, à ambiência, à sanidade das instalações e ao nível de ruído do 
ambiente. Sendo assim, cabe ao produtor realizar o manejo adequado conforme as necessidades. 
De forma geral, as rações para os suínos devem ter boa aceitabilidade, uma granulometria adequada 
para cada fase e, claro, atender as exigências nutricionais dos animais, com níveis ideais de proteína 
bruta, aminoácidos, energia, vitaminas e minerais. 
 
• CRECHE 
 
O desmame e a entrada dos leitões na creche é um momento crítico, pois os animais são separados 
da mãe, há a troca de ambiente, o reagrupamento e a formação de nova hierarquia, a adaptação aos 
comedouros e bebedouros e à nova dieta. Ela acontece geralmente aos 21 dias, podendo avançar 
até os 28 dias de vida dos leitões, tendo como objetivo o melhor peso ao desmame e o melhor 
aproveitamento das instalações. É um momento delicado para a manutenção do status sanitário, 
uma vez que a troca de ambiente acarreta o contato com diferentes patógenos e a mudança de 
temperatura. 
Devido à mudança brusca de ambiente e de alimentação a que os leitões são submetidos, devemos 
levar em conta as limitações e o desenvolvimento do sistema digestório dos suínos. Por isso, alguns 
cuidados com a criação de leitões são necessários — nesse cenário, deve-se utilizar ingredientes de 
boa qualidade e altamente digestíveis. 
O consumo de alimento na creche representa 2,6% do total de ração à época do abate. Porém, o 
desempenho dos animais nessa fase influencia em até 30% o ganho de peso dos suínos até o abate. 
Isso mostra a importância de investir na nutrição dos leitões. 
 
 
Uma boa estratégia nutricional é o uso de rações complexas com ingredientes de alta qualidade e 
digestibilidade, tais como: leite em pó, concentrado proteico de soja, lactose cristalina, soro de leite, 
farinha de peixe, plasma sanguíneo, nucleotídeos, minerais orgânicos, leveduras, palatabilizantes, 
acidificante e aromatizantes. 
 
• CRESCIMENTO 
 
A fase de crescimento acontece aos 63 ou 70 dias de vida dos suínos até os 100 a 110 dias (ou então 
dos 25 aos 29 kg até os 55 aos 65 kg). É o momento em que os animais são separados por peso, e 
sua taxa de crescimento é acelerada. 
Há maior velocidade de deposição de tecido magro, e o consumo de alimento tende a ser menor do 
que a sua exigência nutricional. Dessa forma, as rações precisam ter um bom aporte energético e 
proteico para a mantença e o adequado crescimento muscular. 
Essa fase, também chamada de engorda, é determinante para a qualidade da carne suína produzida. 
Por isso, a necessidade da devida atenção à sua alimentação. Geralmente, os suínos preferem 
alimentos que possam ser consumidos mais rapidamente, como os úmidos ou líquidos, mas podem 
ser disponibilizadas diversas formas físicas de rações, variando de peletizadas, trituradas e até 
fareladas. Geralmente, a forma líquida promove maior ganho de peso e mais eficiência na conversão 
alimentar. 
 
• TERMINAÇÃO OU ACABAMENTO 
A categoria de terminação ou acabamento é a fase em que os suínos serão alimentados para 
alcançarem as características na carne exigidas pelo mercado, com o peso ideal para o abate. Ocorre 
entre 130 a 140 dias (90 a 100 kg). 
O abate de suínos pesados ocorre em torno dos 115 a 130 kg, quando os animais têm de 163 a 170 
dias de idade. Na fase de terminação, eles consomem mais alimentos do que necessitam, e a 
deposição de gordura é maior do que a de proteína. 
Nessa fase, tem-se a maior parte dos custos com a alimentação do animal, que segue dos 60 kg até o 
seu abate. As exigências nutricionais variam de acordo com fatores como idade, sexo, peso, 
potencial genético e fase produtiva. Por essa razão, é preciso considerar tais diferenças a fim de 
conseguir a máxima eficiência produtiva do animal. 
A fase de terminação requer um pouco menos de nutrientes em relação às fases anteriores. Porém, 
ainda assim, é necessário fornecer rações balanceadas para se obter melhor qualidade. Podem ser 
fornecidos ingredientes como milho, soja e cereais alternativos como milheto, triguilho, triticale e 
sorgo, assim como resíduos agroindustriais. 
Sobras, descartes, bagaços, cascas, sementes e tortas são os principais constituintes dos elementos 
residuais — podendo ser utilizados como fontes de proteínas, fibras, óleos e outros nutrientes. Há 
também a possibilidade de utilizá-los para formular rações, a fim de reduzir custos de produção sem 
que o desempenho produtivo dos animais seja afetado. É importante, também, prover todos os 
minerais e vitaminas (A, B e D) essenciais para a manutenção da sua saúde. 
 
 
 
 
A alimentação representa cerca de 70% do custo da produção das aves, principalmente porque as 
matérias-primas são largamente usadas tanto para criação de aves altamente tecnificadas quanto 
para o consumo humano. Portanto, devem-se buscar fontes alternativas de alimentos, 
principalmente energéticos e protéicos, como também de formulações que atendam às 
necessidades qualitativas e econômicas de produção de aves. 
O fornecimento de rações secas é recomendável, tendo em vista a facilidade de ocorrência de 
fermentação nos materiais úmidos, resultando em casos de doenças oportunistas. Para facilitar a 
digestão, os ingredientes após o devido processamento, desidratação e moagem são transformados 
em farelos e farinhas, podendo ser incluídos nas dietas, de acordo com o plano de alimentação 
estabelecido para o plantel. 
O fornecimento de água para as aves deve ser feito em quantidade suficiente e com boa qualidade. 
Estima-se que as aves consomem de água o dobro da ração fornecida. A água de boa qualidade deve 
ser incolor, sem sabor, sem odor e livre de impurezas, devendo ser renovada diariamente. Os 
bebedouros devem estar sempre limpos e em locais e alturas que permitam o livre acesso das aves. 
Os alimentos essencialmente energéticos são aqueles que apresentam, em mais de 90% da matéria 
seca, elementos básicos fornecedores de energia. Podem ser utilizados em pequenas proporções 
(açúcar, gordura de aves, gordura bovina, melaço em pó, óleo de soja degomado ou bruto) ou em 
proporções maiores, como no caso da raiz de mandioca integral seca. 
Os alimentos energéticos (com mais de 3.000 kcal/kg do alimento) também podem ser fornecedores 
de proteína, por exemplo, a quirera de arroz, a cevada em grão, o soro de leite seco, o grão de milho 
moído, o sorgo de baixo tanino, o trigo integral, o trigo mourisco, o triguilho e o triticale etc, mas só 
são considerados protéicos os alimentos com mais de 16 % de proteína bruta. 
A fibra bruta é um elemento limitante na digestão dos alimentos. Portanto, devem ser fornecidos 
com cuidado, alimentos com mais de 6 % de fibra bruta. Alguns ingredientes energéticos, tais como 
o farelo de arroz integral,o farelo de amendoim, a aveia integral moída, o farelo de castanha de 
caju, a cevada em grão com casca, a polpa de citrus, o farelo de coco, a torta de dendê, o grão de 
guandu cozido, a raspa de mandioca, apesar de possuírem energia metabolizável acima de 2.600 
kcal/kg, têm teor de fibra bruta acima de 6 %. 
Alguns alimentos com menor energia (valor máximo de 2400 kcal/kg) e menor proteína (abaixo de 
17 %) e com fibra bruta acima de 6 % são o farelo de algaroba, o farelo de arroz desengordurado, o 
farelo de polpa de caju, a casca de soja e o farelo de trigo. 
Outro grupo de alimentos que tem alta fibra bruta (acima de 10 %), baixa energia (energia 
metabolizável menor que 2.400 kcal/kg) e uma razoável percentagem de proteína bruta (maior que 
17 %), tais como o feno moído de alfafa, o farelo de algodão, o farelo de babaçu, o farelo de canola e 
o farelo de girassol devem ser incluídos criteriosamente na dieta das aves. 
O leite desnatado em pó, a levedura seca, o glúten de milho, as farinhas de origem animal (de penas, 
vísceras e sangue), a soja cozida seca, a soja extrusada, alguns tipos de farelos de soja e a soja 
integral tostada são considerados alimentos mais completos por apresentarem elevado teor 
protéico (mais de 36% de proteína bruta) e energético (acima de 3.200 kcal/kg de alimento). Tais 
alimentos são usados como opções de ajuste nas dietas das aves. 
Outros alimentos, ao mesmo tempo em que são altos fornecedores de proteína, também possuem 
elevada densidade mineral, tais como, as farinhas de carne e ossos e a farinha de peixe. Vale a pena 
ressaltar que esses últimos alimentos são incluídos em pequenas proporções nas dietas e podem ter 
suas composições bastante variadas. 
 
A dieta balanceada tem que possuir ingredientes que supram as necessidades estruturais, 
produtivas e também influenciem na capacidade de absorção de nutrientes das aves. Tal função fica 
a cargo dos minerais como o cálcio, o fósforo e o sódio, que se encontram no calcário calcítico, 
fosfato bicálcico, fosfato monoamônio, farinha de ossos calcinada, farinha de ostras e sal comum. 
 
 
 
 
• REFERÊNCIAS 
https://nutricaoesaudeanimal.com.br/alimentacao-de-suinos/ 
http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/suinos/nutricao.html 
https://inforagro.wordpress.com/2012/09/25/manejo-alimentar-para-aves/ 
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckhdowl02wx5eo0
a2ndxy11jilaf.html 
 
https://nutricaoesaudeanimal.com.br/alimentacao-de-suinos/
http://www.cnpsa.embrapa.br/SP/suinos/nutricao.html
https://inforagro.wordpress.com/2012/09/25/manejo-alimentar-para-aves/
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckhdowl02wx5eo0a2ndxy11jilaf.html
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/territorio_sisal/arvore/CONT000fckhdowl02wx5eo0a2ndxy11jilaf.html

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