Buscar

Metodologia e Conteúdos Básicos de Língua Portuguesa e Matemática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 284 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 284 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 284 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2018
Metodologia e 
Conteúdos BásiCos de 
língua Portuguesa e 
MateMátiCa
Prof.ª Joseni Terezinha Frainer Pasqualini
Prof.ª Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Joseni Terezinha Frainer Pasqualini
Prof.ª Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
P284m
 
 Pasqualini, Joseni Terezinha Frainer
 Metodologia e conteúdos básicos de língua portuguesa e matemática. 
/ Joseni Terezinha Frainer Pasqualini, Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer – 
Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 
 274 p.; il.
 
 ISBN 978-85-515-0180-1
 1.Leitura – Estudo e ensino – Brasil. I. Pianezzer, Lúcia Cristiane 
Moratelli. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 372.4 
Impresso por:
III
aPresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Metodologia e 
Conteúdos Básicos de Língua Portuguesa e Matemática!
 
O livro de estudo, que aborda os principais conceitos acerca dos 
temas, está organizado em dois conjuntos de conteúdos. O primeiro conjunto, 
contendo três unidades, relaciona-se à Metodologia e Conteúdos Básicos de 
Língua Portuguesa; e o segundo conjunto, também contendo três unidades, 
relaciona-se à Metodologia e Conteúdos Básicos de Matemática.
 
Entendemos que o desafio do professor que trabalha com a disciplina 
de Língua Portuguesa é completar o conhecimento prévio que o aluno já 
tem sobre a leitura e a escrita, uma vez que o mesmo chega à escola com 
conhecimentos diversos. O professor, a partir desse conhecimento prévio, 
planejará intervenções necessárias no intuito de propiciar a ampliação das 
habilidades linguísticas. 
Por sua vez, para ensinar Matemática com excelência é preciso 
aprender, entender, internalizar os conceitos, para depois ensiná-la, 
verdadeiramente e naturalmente, às nossas crianças. Partindo desse 
pressuposto, este livro de estudos lhe trará suporte e embasamento teórico, 
bem como dicas que poderão contribuir no seu jeito de ensinar e aprender 
matemática, enquanto educador consciente de seu papel.
Diante disso, na primeira unidade de Metodologia e Conteúdos 
Básicos de Língua Portuguesa, levaremos até você os principais conceitos 
envolvendo o homem e a sua capacidade de comunicação, através dos 
gêneros textuais. 
E na primeira unidade de Metodologia e Conteúdos Básicos de 
Matemática, apresentaremos um pouco da história da matemática, desde 
sua forma tradicional à atual; abordaremos os documentos norteadores 
do ensino dessa disciplina na Educação Infantil e nas Séries Iniciais; 
e teceremos importantes reflexões acerca de aspectos relacionados às 
formas de aprendizagem e “ensinagem”, com seus fundamentos, teorias e 
metodologias.
 Na segunda unidade de Metodologia e Conteúdos Básicos de Língua 
Portuguesa, você será capaz de compreender a oralidade como uma questão 
linguística, pois os conteúdos foram organizados de maneira a refletir sobre 
o processo de fala, escuta, escrita e leitura, desenvolvendo as habilidades 
necessárias à inserção da criança na condição de igualdade nas relações que 
estabelece com o seu entorno.
IV
Na segunda unidade de Metodologia e Conteúdos Básicos de 
Matemática, abordaremos as questões que envolvem o conhecimento lógico-
matemático, a construção do conceito de número e os sistemas de numeração, 
além de compreendermos como se dá o ensinar e o aprender por meio da 
resolução de problemas.
 
Na terceira unidade de Metodologia e Conteúdos Básicos de Língua 
Portuguesa, consolidaremos algumas questões teóricas e práticas sobre 
o ensino da Língua Portuguesa, que contribuirão para que você se torne 
um professor sempre em busca de conhecimento e aperfeiçoamento. Além 
disso, reforçaremos a ideia de que a escola é um espaço privilegiado para a 
formação de leitores. 
 
Na terceira unidade de Metodologia e Conteúdos Básicos de 
Matemática, falaremos sobre os conteúdos fundamentais a serem trabalhados 
na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I. Traremos 
dicas de como ensinar a linguagem matemática na Educação Infantil e os 
demais conteúdos pertinentes às crianças até o 5º ano, além de abordar 
questões essenciais, como planejamento e avaliação.
 
 Desejamos a você, acadêmico, um ótimo aproveitamento desses 
conteúdos, que você encontre neste material um estímulo para buscar cada 
vez mais o conhecimento e que possa utilizar os conceitos aqui aprendidos 
em sua vida profissional.
 
 Bons estudos!
V
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
VI
VII
UNIDADE 1 – O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS 
 GÊNEROS TEXTUAIS ................................................................................................ 1
TÓPICO 1 – ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ........................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 EMISSOR, RECEPTOR E CANAL DE COMUNICAÇÃO ........................................................... 3
3 MENSAGEM, CÓDIGO E REFERENTE .......................................................................................... 5
4 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL ....................................................................................... 6
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 9
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 10
TÓPICO 2 – CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO .................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 13
2 CONCEPÇÃO DE TEXTO E DISCURSO ........................................................................................ 13
3 GÊNEROE TIPOLOGIA TEXTUAL ................................................................................................. 15
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TEXTOS QUANTO À TIPOLOGIA ................................................... 17
3.2 O TEXTO NARRATIVO .................................................................................................................. 17
3.3 O TEXTO DESCRITIVO .................................................................................................................. 20
3.4 O TEXTO ARGUMENTATIVO ...................................................................................................... 21
3.5 O TEXTO INJUNTIVO .................................................................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 27
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 29
TÓPICO 3 – SUPORTE E GÊNERO TEXTUAL ................................................................................. 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 31
2 UMA MULTIPLICIDADE DE SUPORTES PARA UMA INFINIDADE DE GÊNEROS ....... 31
3 ALGUNS GÊNEROS E SUA CARACTERIZAÇÃO ...................................................................... 32
3.1 JORNALÍSTICOS ............................................................................................................................. 33
3.2 CIENTÍFICOS ................................................................................................................................... 34
3.3 HUMORÍSTICOS ............................................................................................................................. 34
3.4 PUBLICITÁRIOS .............................................................................................................................. 35
3.5 LITERÁRIOS ..................................................................................................................................... 36
3.6 A CRÔNICA ..................................................................................................................................... 38
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 40
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 41
UNIDADE 2 – A ORALIDADE: UMA INTERAÇÃO LINGUÍSTICA ......................................... 43
TÓPICO 1 – COMUNICAÇÃO ORAL ................................................................................................ 45
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 45
2 CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA .................................................................. 45
3 HABILIDADES DE ESCUTA ............................................................................................................. 50
4 POSSIBILIDADES QUE ENVOLVEM A ORALIDADE E A ESCUTA NA SALA
 DE AULA ................................................................................................................................................ 54
suMário
VIII
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................58
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................60
TÓPICO 2 – A LÍNGUA ESCRITA ....................................................................................................61
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................61
2 INTERAÇÃO AUTOR, TEXTO E LEITOR ....................................................................................61
3 A ESCRITA COMO PRÁTICA SOCIAL ........................................................................................65
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................70
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................71
TÓPICO 3 – PROPOSTAS ENVOLVENDO TEXTOS....................................................................73
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................73
2 O ENSINO NA PERSPECTIVA DO TEXTO: ESTRATÉGIAS DE ESCRITA .........................73
2.1 PRODUÇÃO ESCRITA NA ESCOLA: O QUE CONSIDERAR ..............................................79
3 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O LIVRO DE ESTUDOS ...................................81
4 O PROFESSOR E A FORMAÇÃO CONTINUADA: PROGRAMA GESTAR .......................86
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................90
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................94
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................96
UNIDADE 3 – A ESCOLA COMO ESPAÇO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES ..............97
TÓPICO 1 – A LEITURA E O LEITOR ..............................................................................................99
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................99
2 LEITOR: UM PRODUTOR DE SENTIDOS ..................................................................................99
3 A INTERTEXTUALIDADE ...............................................................................................................101
4 A LEITURA DE IMAGEM ................................................................................................................104
5 LER E ESCREVER PRÁTICAS QUE SE ARTICULAM ...............................................................105
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................109
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................110
TÓPICO 2 – ESTRATÉGIAS DE LEITURA ......................................................................................111
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................111
2 O ATO DE LER COM CRITICIDADE ............................................................................................111
2.1 ETAPAS INERENTES À LEITURA CRÍTICA ...........................................................................112
3 PRÁTICAS DE LEITURA ..................................................................................................................113
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................120
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................121
TÓPICO 3 – ATIVIDADES COM GÊNEROS TEXTUAIS A PARTIR DE SUPORTES 
 MIDIÁTICOS ...................................................................................................................1231 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................123
2 O COMPUTADOR, A INTERNET E A SALA DE AULA ...........................................................123
3 O HIPERTEXTO .................................................................................................................................125
3.1 A WEB E OS GÊNEROS TEXTUAIS ...........................................................................................127
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................132
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................133
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................135
IX
UNIDADE 1 – REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DA MATEMÁTICA .......................................141
TÓPICO 1 – DA MATEMÁTICA TRADICIONAL À MATEMÁTICA ATUAL .......................143
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................143
2 O ENSINO DA MATEMÁTICA NO BRASIL ..............................................................................143
3 METODOLOGIAS MAIS COMUNS .............................................................................................145
4 A MATEMÁTICA TRADICIONAL ................................................................................................146
5 A MATEMÁTICA MODERNA E A MATEMÁTICA ATUAL ...................................................147
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................150
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................151
TÓPICO 2 – DOCUMENTOS NORTEADORES DO ENSINO DA MATEMÁTICA ..............153
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................153
2 A LINGUAGEM MATEMÁTICA SUGERIDA NO REFERENCIAL CURRICULAR 
 NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ...........................................................................154
3 A MATEMÁTICA SEGUNDO OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS .........156
4 A MATEMÁTICA E OS TEMAS TRANSVERSAIS ....................................................................157
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................160
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................161
TÓPICO 3 – O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA .............163
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 163
2 PROFESSORES E ALUNOS ENSINAM E APRENDEM JUNTOS ......................................... 163
3 COOPERAÇÃO INVESTIGATIVA: COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM ..................... 166
4 EM SÍNTESE, O QUE É APRENDER E O QUE É ENSINAR? .................................................. 168
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 171
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 173
UNIDADE 2 – FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA ................................................................ 175
TÓPICO 1 – A ESTIMULAÇÃO DO CONHECIMENTO LÓGICO MATEMÁTICO 
 DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................................... 177
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 177
2 DESENVOLVENDO HABILIDADES OPERATÓRIAS ............................................................ 177
3 A INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA............................................................................. 187
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 190
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 191
TÓPICO 2 – A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE NÚMERO................................................ 193
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 193
2 CRIANÇAS ADORAM NÚMEROS .............................................................................................. 193
3 SENTIDO NUMÉRICO .................................................................................................................... 196
4 SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL .................................................................................... 197
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 199
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 200
TÓPICO 3 – ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA POR MEIO DA RESOLUÇÃO 
 DE PROBLEMAS ........................................................................................................... 201
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 201
2 A SITUÇÃO-PROBLEMA COMO PONTO DE PARTIDA ....................................................... 201
3 DIFERENÇAS ENTRE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS .............................................................. 206
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 213
X
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................218
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................220
UNIDADE 3 – CONTEÚDOS FUNDAMENTAIS ..........................................................................221
TÓPICO 1 – A LINGUAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ..........................223
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................223
2 O QUE NOS DIZ O REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A 
 EDUCAÇÃO INFANTIL (RCNEI) ...................................................................................................223
2.1 OBJETIVOS .....................................................................................................................................224
2.2 CONTEÚDOS .................................................................................................................................225
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................242
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................243
TÓPICO 2 – CONTEÚDOS FUNDAMENTAIS A SEREM TRABALHADOS NOS 
 ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................245
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................245
2 O ENSINO DA MATEMÁTICA NO PRIMEIRO CICLO ..........................................................246
3 O ENSINO DA MATEMÁTICA NO SEGUNDO CICLO ..........................................................248
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................251
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................252
TÓPICO 3 – PLANEJAMENTO, RECURSOS E AVALIAÇÃO NO ENSINO DA 
 MATEMÁTICA ...............................................................................................................253
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................253
2 PLANEJAMENTO ..............................................................................................................................253
3 RECURSOS DIDÁTICOS PARA A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA ...............................255
3.1 JOGOS ..............................................................................................................................................255
3.2 TECNOLOGIAS .............................................................................................................................259
4 AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................262
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................270
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................272
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 273
1
UNIDADE 1
O HOMEM E A CAPACIDADE DE 
COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS 
GÊNEROS TEXTUAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Nesta unidade, você será capaz de:
• refletir sobre os elementos envolvidos no processo da comunicação; 
• discutir as noções de texto, discurso, tipologia textual e gênero textual, 
bem como possíveis diferenças que envolvem tais conceitos;
• reconhecer as principais características das tipologias textuais e de alguns 
gêneros, que fazem parte do cotidiano e devem ser explorados no espaço 
escolar; 
• favorecer a criticidade e o desenvolvimento linguístico do educando;
• compreender a noção de suporte como base de fixação do gênero.
Esta unidade está organizada em três tópicos. Em cada um você encontrará 
atividades para maior compreensão das informações apresentadas.
TÓPICO 1 – ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
TÓPICO 2 – CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
TÓPICO 3 – SUPORTE E GÊNERO TEXTUAL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A comunicação pode ser concebida como um espaço de interlocução 
realizada enquanto processo social. O pressuposto dessa concepção prioriza a 
relação do sujeito com a língua e suas condições de uso, considerando-a não só 
como instrumento de informação, mas constitutiva do homem, como resultado 
das interações sociais. De acordo com Bordenave (1986, p. 17), a comunicação 
se confunde com a vida, comunicamos tanto quanto respiramos ou andamos, 
“somente percebemos a sua importância quando, por acidente ou uma doença, 
perdemos a capacidade de nos comunicar”.
Devemos considerar que, em todo ato de comunicação, existe uma intenção 
e um objetivo por parte de quem expressa uma mensagem. O processo se faz e refaz 
o tempo todo. Veremos a seguir os elementos que fazem parte dessa dinâmica.
2 EMISSOR, RECEPTOR E CANAL DE COMUNICAÇÃO
As pessoas se comunicam o tempo todo de diversas maneiras, por meio 
de desenho, pintura, escrita, por gestos, telefone, internet, dentre outros. Antes de 
refletirmos sobre os elementos envolvidos no processo da comunicação, é essencial 
que recordemos que o linguista russo Roman Jakobson (1974) caracterizou seis 
funções de linguagem, ligadas a todo o processo comunicativo, quais sejam: a 
função referencial, cuja ação resulta na objetividade da informação; a emotiva ou 
expressiva, na qual são encontradas as opiniões ou emoções daquele que profere 
a mensagem; a função conativa ou apelativa, que possui como principal objetivo 
influir no comportamento dos participantes; a fática, que, por sua vez, possui 
como escopo manter acessível o diálogo entre os interlocutores; a denominada 
função poética, que ocorre quando a construção e a elaboração da mensagem 
é pensada a partir do literário; e, por último, a função metalingüística, que 
acontece quando o código explica um elemento do próprio código. Além disso, 
é importante observar que a linguagem sempre varia de acordo com a situação e 
as funções de linguagem nunca estão isoladas, mas se mesclam e se combinam.
UNIDADE 1O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
4
Quando nos comunicamos, desejamos confirmar algo ou demonstrar 
sentimentos, persuadir alguém, dentre outros intentos, mas para que a 
comunicação aconteça são necessários que alguns elementos se relacionem. 
Observe o esquema a seguir:
FONTE: Disponível em: <www.coladaweb.com/img/gallery/linguagem_2.JPG>. 
Acesso em: 22 set. 2010.
FIGURA 1 – ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
Referente
Código
Mensagem
Canal de ComunicaçãoEmissor Receptor
Chamamos de emissor quem fala ou escreve a alguém, aquele que emite 
uma mensagem, considerado como fonte da informação.
É denominado de receptor ou destinatário quem ouve ou lê o que foi 
transmitido pelo emissor. A comunicação efetiva-se quando a mensagem incide 
de alguma maneira sobre o receptor. Entendida não necessariamente como 
compreensão, mas recepção. Para tanto, o homem utiliza sinais devidamente 
organizados de acordo com o espaço físico, o assunto tratado e os meios utilizados 
para a comunicação.
Outro elemento que faz parte desse esquema é o canal ou contato, ou seja, 
a via de circulação de mensagens. No conjunto da comunicação, deverá ser um 
elemento comum ao codificador e ao decodificador da informação veiculada. Os 
órgãos dos sentidos são considerados canais de comunicação. Podemos receber 
mensagens auditivas por meio de palavras, músicas e sons variados. Também 
são transmitidas mensagens por meio do tato, como: pressões, trepidações, 
toque, dentre outros. Os vários aromas, como, por exemplo, um perfume, são 
mensagens olfativas e as gustativas envolvem temperos e sensações de quente, 
frio ou morno. Como vimos, os sentidos são os canais físicos pelos quais uma 
mensagem é transmitida, mas para que se estabeleça a comunicação é necessário 
alguém para lhe dar sentido.
TÓPICO 1 | ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
5
3 MENSAGEM, CÓDIGO E REFERENTE
Para que a comunicação se efetive é imprescindível o emissor, o receptor 
e o canal. Ligada a esse processo está a mensagem, que se constitui a partir 
do conteúdo das informações propagadas, ou seja, da combintação de signos 
destinados a transmitir uma informação específica. A mensagem pode ser 
entendida como um conjunto de palavras ou frases dispostas numa unidade de 
sentido coerente para um determinado contexto.
O referente ou contexto é também parte integrante do ato de comunicação, 
entendido como o objeto ou a situação à qual a mensagem se refere. A produção 
e a recepção de mensagens estão sempre relacionadas às circunstâncias que 
ocorrem, pois o contexto delimita e precisa os signos, não há texto sem contexto.
Há dois tipos de referentes: o situacionale o textual. O primeiro é 
constituído pelos elementos da situação do emissor e do receptor e pelas 
circunstâncias de transmissão da mensagem. Ocorre em situações nas quais 
emissor e receptor estão em contato direto com os referentes. Perceba, caro 
acadêmico, que, por exemplo, em uma sala de aula, quando a professora se dirige 
ao aluno e diz “feche o caderno, guarde o material”, a mensagem remete a uma 
situação espacial, temporal e a objetos reais. O segundo referente, denominado 
textual, é constituído pelos elementos do contexto linguístico que estabelecem 
a conectividade e a retomada de ideias, construindo uma cadeia significativa e 
garantindo a unidade do texto. 
Analise a frase extraída de Koch (2006, p. 101): “Os caminhoneiros fizeram 
uma paralisação, bloqueando totalmente as principias rodovias do território 
nacional. Considere-se que esse meio de transporte é vital para a economia do 
país”. O pronome demonstrativo esse se refere a caminhões e, nesse caso, é 
considerado um exemplo de referente textual.
Além disso, o contexto desempenha um papel primordial e a ideia de 
comunicação sem o mesmo se torna insustentável. Van Dijk (apud KOCH, 2006, p. 
33) define contexto como o “conjunto de propriedades da situação social que são 
sistematicamente relevantes para a produção, compreensão ou funcionamento 
do discurso e de suas estruturas”. 
Isso significa que, para que um texto seja compreendido e cumpra 
seu objetivo, deve apresentar os seguintes fatores de textualidade: coerência, 
coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e 
intertextualidade. As pessoas aplicam “os fatores ou princípios de textualidade a 
todo conjunto de palavras com que se defrontam, buscando fazer com que essas 
palavras possam ser entendidas como um texto – compreensível, normal e com 
sentido” (BEAUGRANDE; DRESSLER, 1981 apud VAL, 2004, p. 3). 
UNIDADE 1O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
6
Outro elemento presente no ato da comunicação é o código, um conjunto 
de signos com regras convencionais, que permite, a um grupo social, a elaboração 
de uma mensagem. O emissor lança mão do código para elaborar sua mensagem 
e o receptor, por sua vez, identificará esse sistema de signos. É importante 
ressaltar que a comunicação se efetivará por meio da linguagem verbal e não 
verbal. Refletiremos sobre isso no próximo item.
IMPORTANT
E
Caro acadêmico, uma proposta voltada ao ensino da Língua Portuguesa é a de 
o professor levar o aluno a atentar para esses fatores presentes em textos, pois o sentido 
não reside tão somente na sua materialidade, está atrelado às condições de produção, 
ou seja, às condições cognitivas, sociais e interacionais que estão imbricadas nos eventos 
comunicativos.
4 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL
“... é na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito”.
(Benveniste)
O homem dispõe de recursos verbais e não verbais para se comunicar. 
A linguagem ou código verbal é aquela que comporta a fala ou escrita, que se 
concretiza numa determinada língua e se manifesta por palavras. Contudo, além 
dessa, há outras formas de linguagem, como a pintura, a mímica, a dança, a 
música, sinais luminosos, dentre outros, que são denominadas de linguagem não 
verbal. Por meio dessas linguagens, o homem representa o mundo, exprime seu 
pensamento, comunica-se e influencia os outros. Nos dois tipos de linguagem são 
combinados os signos, de acordo com certas regras, obedecendo a mecanismos 
de disposição. Há que se considerar que um mesmo fato poderá ser transmitido 
por meio de um código verbal ou não verbal.
A linguagem verbal é linear, ou seja, signos e sons que a constituem 
ocorrem um após o outro no tempo da fala ou no espaço da linha escrita. Em 
outras palavras, cada fonema é empregado num momento distinto do outro.
O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um belo 
exemplo de linguagem verbal, através de palavras.
Soneto de Fidelidade
“De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento.
TÓPICO 1 | ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
7
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
(Até um dia meu anjo)”
FONTE: Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/de_tudo_ao_meu_amor_serei_atento/>. 
Acesso em: 20 abr. 2012.
Já na linguagem não verbal, vários signos podem ocorrer simultaneamente. 
Quando contemplamos um quadro, captamos de maneira imediata o conjunto de 
seus elementos e, depois, por um processo analítico, decompomos essa totalidade. 
A linguagem não verbal pode estar presentes na literatura, nas histórias 
em quadrinhos, charges, placas de sinalização, etc ...
FIGURA 2 – HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
FONTE: Disponível em: <http://painsalgodaodoce.blogspot.com/2012/01/linguagem-nao-verbal.
html>. Acesso em: 20 abr. 2012.
A pintura de Leonardo da Vinci é um exemplo de linguagem não verbal 
dentro da pintura. Para cada pessoa será uma mensagem.
UNIDADE 1O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
8
FIGURA 3 - LINGUAGEM NÃO VERBAL
FONTE: Disponível em: <poeticia.blogspot.com>. Acesso em: 20 abr. 2012.
Os textos verbais e não verbais reproduzem a realidade e/ou exploram 
temas abstratos. Assim, podemos concluir que há inúmeras formas de linguagem 
verbal e não verbal. Na história em quadrinhos de Maurício de Sousa observamos 
que pode ocorrer ao mesmo tempo a linguagem verbal e não verbal, chamada de 
linguagem mista. Em que encontramos palavras e figuras.
Parece impossível pensar a humanidade sem essas formas de linguagem, 
suporte para o compartilhamento de experiências, saberes, sentimentos, cultura 
e conhecimento. Além disso, a linguagem se materializa em diferentes textos. 
Sendo assim, no próximo tópico refletiremos sobre as principais diferenças entre 
tipologia e gêneros textuais.
NOTA
Para aprimorar seus estudos, leia a síntese sobre as funções da linguagem 
realizada por Richard Romancini, tendo por base os estudos de Ramon Jakobson.
9
Neste tópico, você aprendeu que:
• Chamamos de emissor quem fala ou escreve a alguém.
• É denominado de receptor ou destinatário quem ouve ou lê o que foi 
transmitido pelo emissor. 
• O canal ou contato é a via de circulação de mensagens. No conjunto da 
comunicação, deverá ser um elemento comum ao codificador e ao decodificador 
da informação veiculada. 
• Os sentidos são os canais físicos pelos quais uma mensagem é transmitida.
• O homem utiliza recursos verbais e não verbais para se comunicar. O código 
verbal é aquele que comporta a fala ou a escrita. A linguagem verbal é linear, 
ou seja, signos e sons que a constituem ocorrem um após o outro no tempo da 
fala ou no espaço da linha escrita.
• A linguagem não verbal se utiliza de símbolos, pintura, a mímica, sinais 
luminosos, dentre outros.
• Na linguagem verbal e não verbal são combinados os signos, de acordo com 
certas regras, obedecendo a mecanismos de disposição. Há que se considerar 
que um mesmo fato poderá ser transmitido por meio de um código verbal ou 
não verbal.
• As formas de linguagem são suporte para o compartilhamento de experiências, 
saberes, sentimentos, cultura e conhecimento.
RESUMO DO TÓPICO 1
10
1 Para que a comunicação aconteça são necessários alguns elementos. Sobre os 
mesmos, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
( ) O emissor é aquele que fala ou escreve a alguém; é consideradofonte da 
informação.
( ) É denominado de receptor quem ouve ou lê o que foi transmitido pelo 
emissor. 
( ) Para a elaboração da mensagem, o homem se utiliza de sinais devidamente 
organizados de acordo com o espaço físico, o assunto tratado e os meios 
utilizados para a comunicação.
( ) O canal ou contato é também um dos elementos que fazem parte da 
comunicação; pode ser entendido como a via de circulação de mensagens. 
No conjunto da comunicação, deverá ser um elemento comum ao 
codificador e ao decodificador da informação veiculada.
( ) O referente ou contexto é também parte integrante do ato de comunicação, 
entendido como o objeto ou a situação à qual a mensagem se refere. 
A produção e a recepção de mensagens estão sempre relacionadas às 
circunstâncias que ocorrem, pois o contexto delimita e precisa os signos; 
não há texto sem contexto.
( ) Outro elemento presente no ato da comunicação é o código, um conjunto 
de signos com regras convencionais que permite a um grupo social 
a elaboração de uma mensagem. O emissor lança mão do código para 
elaborar sua mensagem, e o receptor, por sua vez, identificará esse sistema 
de signos.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - V - V - V - V.
b) ( ) F - V - F - V - V - V.
c) ( ) V - F - F - F - V - V.
d) ( ) F - F - V - V - F - V.
2 Estudamos que o homem dispõe de recursos verbais e não verbais para se 
comunicar. Escreva algumas das características que representam cada uma 
dessas linguagens.
3 Leia, novamente, a Leitura Complementar que se encontra ao final do Tópico 
1 e, em seguida, elabore um resumo contemplando as funções da linguagem.
AUTOATIVIDADE
11
4 Ramon Jakobson (1974) postulou seis diferentes funções da linguagem. Ainda 
segundo o mesmo autor, dificilmente uma mensagem possuiria apenas uma 
função, mas é possível notar uma função predominante em cada mensagem. 
No que se refere às funções da linguagem, preencha as lacunas e em seguida 
assinale a alternativa que apresenta as palavras que completam as lacunas 
corretamente: 
A _______________ é também denominada de função denotativa ou cognitiva, 
é aquela cujo foco é a definição, explicitação, caracterização de aspectos do 
contexto da comunicação.
A _______________ visa expressar a atitude de quem transmite a mensagem.
A _______________ geralmente possui o vocativo e o modo imperativo como 
uma de suas características. 
Uma das características da _______________ é a utilização de diferentes 
recursos de linguagem tais como a rima, a sinestesia, a aliteração, a metáfora, a 
metonímia, dentre outras.
a) ( ) função referencial - função emotiva - função poética - função 
metalinguística.
b) ( ) função conativa - função poética - função referencial - função fática.
c) ( ) função metalinguística - função fática - função referencial - função 
poética.
d) ( ) função referencial - função emotiva - função conativa - função poética.
12
13
TÓPICO 2
CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Para nos expressar oralmente, fazemos uso de palavras ou frases, dispostas 
numa unidade de sentido que denominamos texto. O processamento textual, quer 
em termos de produção, quer em termos de compreensão, é constituído a partir 
de estratégias inscritas no enunciado. Assim, em diferentes situações de uso, os 
enunciados vão sendo organizados em termos de extensão, conteúdo e estrutura, 
conservando características comuns, daí a serem considerados tipos relativamente 
estáveis. Bakhtin (1997) denomina gêneros de discurso esses tipos estáveis de 
enunciado. A seguir, apresentaremos algumas noções de texto, tipologia textual, 
gênero textual e possíveis diferenças que envolvem tais conceitos.
2 CONCEPÇÃO DE TEXTO E DISCURSO
De acordo com Koch (2006), o conceito de texto depende do conceito de 
língua e sujeito e, por esse motivo, sempre teremos à disposição mais de uma 
definição de texto. A autora parte da concepção interacional, dialógica, na qual 
os sujeitos são percebidos atores e construtores, sendo que o texto é lugar de 
interação ativa. Desse modo, o conceitua como:
[...] uma manifestação verbal constituída de elementos linguísticos 
selecionados e ordenados pelos falantes durante a atividade verbal, de 
modo a permitir aos parceiros, na interação, não apenas a depreensão 
de conteúdos semânticos, em decorrência da ativação, de processos e 
estratégias de ordem cognitiva, como também a interação (ou atuação) 
de acordo com as práticas socioculturais (KOCH, 2006, p. 22). 
Nessa interação, os sujeitos envolvidos constroem uma representação 
do que querem informar, ativando, para tanto, saberes e conhecimentos prévios 
e, além disso, aplicam os “fatores ou princípios de textualidade, ou seja, a 
coerência, a coesão, a intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade, a 
informatividade e a intertextualidade, os quais corroboram para que as palavras 
possam ser entendidas como um texto inteligível” (BEAUGRANDE; DRESSLER, 
1981 apud VAL, 2004, p. 4). 
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
14
Quanto à coerência, essa depende significativamente dos conhecimentos 
do leitor. Os sujeitos envolvidos necessitam partilhar o vocabulário, as 
características da língua, os tipos e gêneros textuais, a visão de mundo, as 
crenças, as expectativas e os valores. Outro princípio é a coesão, responsável pela 
unidade formal do texto. Essa é construída através de mecanismos gramaticais 
e lexicais. A coerência e a coesão têm em comum a característica de promover a 
inter-relação semântica entre os elementos do discurso. A primeira faz referência 
à lógica entre os conceitos, e a segunda, por sua vez, à expressão desse vínculo no 
plano linguístico. Beaugrande e Dressler (1981 apud VAL, 2004) falam ainda de 
outro componente de textualidade: a intertextualidade, que concerne aos fatores 
que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outro(s) 
texto(s). O fator denominado situacionalidade, diz respeito aos elementos 
responsáveis pela pertinência e relevância do texto quanto ao contexto em que 
ocorre a situação comunicativa. Além disso, há que se considerar que o interesse 
do leitor vai depender do grau de informatividade de que o texto é portador. Já a 
intencionalidade faz menção ao propósito do produtor em construir um discurso 
coerente, coeso e capaz de satisfazer os objetivos que tem em mente numa 
determinada situação comunicativa. A aceitabilidade, por sua vez, diz respeito à 
expectativa do receptor e constitui a contraparte da intencionalidade. 
Sendo assim, para elaborar um texto, faz-se uso de estruturas e formas 
mais ou menos estáveis, conteúdos específicos e utiliza-se fatores de textualidade 
que, de certo modo, são diretamente influenciados pela história discursiva 
individual do escritor. 
Nessa reflexão sobre os fatores de textualidade, a pretensão é mostrar 
a você, acadêmico, que, na prática da escrita, existem muitos aspectos a serem 
considerados, pois uma sequência textual se refere à maneira de organizar 
o texto linearmente, formando uma unidade coesa e coerente, expressando 
linguisticamente o efeito de sentido. Já as modalidades discursivas são formas 
de organização dos gêneros textuais com a finalidade de produzir um efeito 
discursivo específico nas relações entre os usuários de uma língua.
A linguística, durante muito tempo, limitou seus estudos às dimensões da 
frase, como unidade por excelência, com significação autônoma. Com o alargamento 
dos estudos, ocorre uma mudança de posicionamento, passando a conceber o texto, 
e não mais a frase, como unidade de sentido. Segundo Fiorin (2006, p. 13), as frases 
não podem ser consideradas de forma isolada, mas sim dentro do encadeamento 
que se articula internamente para instituir uma rede de sentidos, pois “Todotexto 
contém um pronunciamento dentro de um debate de escala mais amplo".
O ser humano está inserido em um contexto, vive em uma rede de relações 
sociais, que têm em comum proibições, regras, permissões, que exercem influência 
direta sobre cada componente do grupo. Segundo Meurer (1997, p. 15), “vivemos 
em ambientes institucionalmente organizados, [...] as instituições são caracterizadas 
por práticas e valores específicos e que tais valores são expressos através da 
linguagem”. O autor em questão define texto e discurso como:
TÓPICO 2 | CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
15
O discurso é o conjunto de afirmações que, articuladas através 
da linguagem, expressam os valores e significados das diferentes 
instituições; o texto é realização linguística na qual se manifesta 
o discurso. Enquanto o texto é uma entidade física, a produção 
linguística de um ou mais indivíduos, o discurso é o conjunto de 
princípios, valores e significados por trás do texto. Todo discurso é 
investido de ideologias, isto é, maneiras específicas de conceber a 
realidade. Além disso, todo discurso é também reflexo de uma certa 
hegemonia, isto é, exercício de poder e domínio de uns sobre outros. A 
partir dessas características, o discurso organiza o texto e até mesmo 
estabelece como o texto poderá ser, quais tópicos, objetos ou processos 
serão abordados e de que maneira o texto deverá ser organizado 
(MEURER, 1987, p. 45).
Sendo assim, os textos são diferentes em função das diferentes instituições 
que os criam. Por exemplo, um texto criado dentro do discurso da Igreja será 
diferente de um criado dentro do discurso de partidos políticos, cada qual, em 
seu discurso, expressará determinadas ideologias, determinadas maneiras de ver 
e ler o mundo.
Os eventos discursivos são as atividades de linguagem efetuadas em 
determinados ambientes discursivos, através de gêneros textuais, que, por sua 
vez, são instituídos de modalidades discursivas e de sequências textuais, com 
objetivos específicos de interação. O uso de gêneros do discurso como o judiciário, 
o midiático, o escolar, o religioso, o familiar, o político se refere aos ambientes 
discursivos. No tópico a seguir, abordaremos as principais características, bem 
como as possíveis diferenças inerentes ao gênero e à tipologia textual.
3 GÊNERO E TIPOLOGIA TEXTUAL
A palavra gênero tem sido usada desde Platão, para diferenciar o modo pelo 
qual os textos se caracterizam como gênero lírico, dramático e épico. Faraco (2003, 
p. 108), acerca da etimologia da palavra gênero, afirma que “a base indo-europeia - 
gen- significa ‘gerar’, ‘produzir’. Em latim, ligada a esta base aparece o substantivo 
genus, generis, genitum, gignere que significa ‘gerar’, ‘criar’, ‘produzir’, ‘provir’”. 
Ainda segundo Faraco (2003), o termo gênero é usado para designar tipos 
de textos; é uma extensão da noção de descendência. Dizendo de outro modo, 
o ser humano é agrupado por descendência de um mesmo ancestral, os escritos 
possuem certas características ou propriedades comuns e podem, também, a 
partir das mesmas, serem agrupados.
Para Bakhtin (1997), todo o enunciado oral ou escrito corresponde a um 
gênero, que por sua vez possuem uma estabilidade relativa e são aprendidos na 
sociedade da qual o sujeito faz parte. O autor classifica os gêneros em primário e 
secundário. O primário corresponde à linguagem familiar, informal. Os gêneros 
secundários são mais complexos, sistematizados, tais como o teatro, o romance, 
os textos científicos, dentre outros.
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
16
UNI
Mikhail Mikhailovitch Bakhtin nasceu em 1895. Formou-se em História e Filologia 
na Universidade de São Petersburgo, mesma época em que iniciou encontros para discutir 
linguagem, arte e literatura com intelectuais de formações variadas, no que se tornaria o 
Círculo de Bakhtin.
Marcuschi (2002) distingue tipo de gênero textual. De acordo com esse 
autor, os tipos textuais abrangem a narração, a descrição, a argumentação, 
a exposição e a injunção. Os gêneros textuais, por sua vez, são inúmeros, tais 
como: telefonema, carta, romance, dentre outros. Além disso, estabelece outras 
diferenças, com as quais os tipos textuais constituem os enunciados encontrados 
no interior de um gênero. Veja o quadro a seguir: 
TIPOS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS
1 constructos teóricos definidos por 
propriedades linguísticas intrínsecas; 
2 constituem sequências linguísticas ou 
sequências de enunciados e não são textos 
empíricos; 
3 sua nomeação abrange um conjunto limitado 
de categorias teóricas determinadas por 
aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, 
tempo verbal; 
4 designações teóricas dos tipos: narração, 
argumentação, descrição, injunção e 
exposição. 
1 realizações linguísticas concretas definidas 
por propriedades sociocomunicativas; 
2 constituem textos empiricamente 
realizados cumprindo funções em situações 
comunicativas; 
3 sua nomeação abrange um conjunto aberto 
e praticamente ilimitado de designações 
concretas determinadas pelo canal, estilo, 
conteúdo, composição e função; 
4 exemplos de gêneros: telefonema, sermão, 
carta comercial, carta pessoal, romance, 
bilhete, aula expositiva, reunião de 
condomínio, horóscopo, receita culinária, 
bula de remédio, lista de compras, 
cardápio, instruções de uso, outdoor, 
inquérito policial, resenha, edital de 
concurso, piada, conversação espontânea, 
conferência, carta eletrônica, bate-papo 
virtual, aulas virtuais etc. 
FONTE: Disponível em: <http://www.idadecerta.seduc.ce.gov.br/download/eixo_alfabetizacao_
10_110809_porto_aldeia/generos_textuais_marcusck.doc.>. Acesso em: 20 jul. 2010.
QUADRO 1 – GÊNEROS TEXTUAIS: DEFINIÇÃO E FUNCIONALIDADE
Segundo Marcuschi (2002), os gêneros contribuem para as atividades 
que envolvem a comunicação, são flexíveis e dinâmicos, ou seja, nas sociedades 
anteriores à comunicação escrita, o conjunto de gêneros desenvolvido pelas 
mesmas era limitado. Há que se considerar que com o advento da cultura impressa, 
da industrialização e, mais recentemente, da tecnologia, ocorreu uma expansão 
TÓPICO 2 | CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
17
de novos gêneros e formas de comunicação. As novas tecnologias favorecem o 
surgimento de novos gêneros, ao mesmo tempo em que esses possuem marcas 
de seus antecessores, é o caso do correio eletrônico, que tem nas cartas pessoais 
ou comerciais e no bilhete os seus antecessores.
De acordo com o exposto, a expressão tipo de texto, usada no cotidiano 
e nos livros didáticos, é empregada de forma equivocada. Uma carta pessoal é 
um gênero textual e contém em seu interior várias sequências tipológicas. Ao 
falarmos ou escrevermos, estaremos sempre “arranjados” no interior de algum 
gênero que são permeados por tipos textuais.
DICAS
Caro acadêmico, para aprofundar suas reflexões, sugerimos a leitura do livro 
“Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão”, de Luiz Antonio Marcuschi.
O trabalho com gêneros converge para o que preconizam os Parâmetros 
Curriculares Nacionais, no que se refere ao fazer pedagógico, ou seja, exploração 
dos mais variados gêneros. Todavia, antes de refletirmos sobre questões que 
envolvem o texto em sala de aula, aprofundaremos nossos estudos acerca das 
tipologias textuais e suas principais características.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TEXTOS QUANTO À TIPOLOGIA
Como vimos anteriormente, os gêneros textuais são inúmeros e os tipos 
textuais podem ser classificados em textos narrativos, argumentativos, descritivos 
e injuntivos. A seguir, faremos uma explanação das principais características de 
cada uma dessas tipologias textuais, por entender que as mesmas fazem parte do 
cotidiano e devem ser exploradas no espaço escolar, com o intuito de favorecer a 
criticidade e o desenvolvimento linguístico doeducando.
3.2 O TEXTO NARRATIVO
A narração é um tipo de texto real ou ficcional, em que se conta uma 
história, um acontecimento ou um ato. Na linguagem profissional, seu uso é 
frequente em relatórios, termos de audiências e atas, dentre outros. É também 
muito explorada na literatura.
Os elementos que fazem parte da narrativa literária são recursos dos quais 
o escritor lança mão para a dinamização das personagens e do enredo, com o 
intuito de atrair a atenção do leitor. Nesse sentido, é importante que, na escola, o 
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
18
professor atente para esses aspectos, a fim de que esse possa refletir juntamente 
com os alunos o que engendra uma narração.
A narrativa estrutura-se a partir da apresentação, também conhecida 
como início, na qual o autor apresenta parte do ambiente, algumas circunstâncias 
e personagens presentes na história. Outro aspecto é o conflito ou a complicação, 
período em que o aparente equilíbrio dá lugar a transformações expressas em 
um ou mais episódios que se sucedem. Já no clímax a narrativa atinge seu ponto 
máximo, que converge para o desfecho e, geralmente, acontecendo a solução do 
conflito. Observe a narração que segue de Carlos Drummond de Andrade.
O furto da flor
Carlos Drummond de Andrade
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu 
furtei a flor. 
Trouxe-a para casa e a coloquei num copo. Logo senti que ela não 
estava feliz. O copo destinava-se a beber, e uma flor não é para ser bebida.
Passei-a para um vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua 
delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.
Sendo o autor do furto, eu assumia a obrigação de conservá-la. Renovei a 
água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-
la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu furtara, eu via morrer.
Já murcha e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui 
depositá-la no jardim onde nascera. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
- Que ideia a sua de vir jogar lixo neste jardim!
FONTE: ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos Plausíveis. Rio de Janeiro: José Olímpio. (s.d).
Nessa narrativa, percebe-se a presença bem distinta da introdução, 
na qual são expressas as informações necessárias ao entendimento do texto; a 
complicação, em que as personagens iniciam o desencadeamento do processo e 
o aparente equilíbrio dá lugar a transformações; o clímax, no qual se verifica o 
ponto de maior tensão; e, por fim, a conclusão, em que a questão é organizada e 
o equilíbrio é retomado. 
Outro elemento da narrativa faz menção à fala das personagens. Essa pode 
ser marcada pelo discurso direto (reprodução direta das falas das personagens) 
ou discurso indireto livre, em que a narrativa é permeada pela intervenção do 
TÓPICO 2 | CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
19
narrador e pela fala das personagens. Outro tipo de discurso encontrado é o 
indireto. Nesse caso, cabe ao narrador a tarefa de contar os fatos que se sucedem 
com as personagens. 
Além disso, uma narrativa pode ser conduzida por um narrador não 
participante, que se situa fora dos acontecimentos, ou por uma personagem que 
convive com os outros na história narrada e toma parte da mesma. A narrativa, 
portanto, poderá ser escrita na primeira ou na terceira pessoa do discurso. Veja 
um exemplo de narrador não participante, ou seja, a ele cabe somente o papel de 
contar a história:
A filha mais amada que qualquer outra
 
Era uma vez um rei que tinha uma filha. Não tinha duas, tinha uma e 
como só tinha essa gostava dela mais do que qualquer outra.
A princesa também gostava muito do pai, mais do que de qualquer 
outro, até o dia em que chegou o príncipe. Aí ela gostou do príncipe mais do 
que de qualquer outro.
O pai, que não tinha outra para gostar, achou logo que o príncipe 
não servia. Mandou investigar e descobriu que o rapaz não tinha acabado os 
estudos, não tinha posição, e o reino dele era pobre. Era bonzinho, disseram, 
mas enfim, não era nenhum marido ideal para uma filha de quem o pai gosta 
mais do que de qualquer outra.
O rei então chamou a fada madrinha da princesa. Pensaram, pensaram, 
e chegaram à conclusão de que o jeito melhor era botar a moça para dormir. 
Quem sabe, no sono sonhava com outro e se esquecia dele.
Dito e feito, deram uma batida mágica para a jovem, que adormeceu na 
hora, sem nem dizer boa-noite.
FONTE: COLOSANTI, Marina. Uma ideia toda azul. Rio de Janeiro: Nórdica, 1979, p. 53-54.
Outro aspecto faz alusão ao espaço, ambiente, ou cenário, por onde se 
desenvolve a trama e circulam as personagens. Seu meio familiar, social, tipo 
de habitação, clima, vestuário são elementos do espaço que corroboram para a 
significação e a verossimilhança da narrativa. 
O tempo também é fator a ser considerado, sendo assim, o narrador 
pode se posicionar de diferentes maneiras em relação aos acontecimentos. Ele 
pode narrar os fatos no tempo em que eles estão acontecendo, narrar um fato já 
concluído ou entremear presente e passado.
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
20
3.3 O TEXTO DESCRITIVO
Fazer uso da linguagem para representar a imagem de alguma cena, seres 
ou objetos é adotar o ato de descrever. Os textos que possuem como estratégia 
predominante a descrição oferecem a possibilidade de visualizar o cenário, as 
personagens, os objetos no qual uma determinada ação se desenvolve. Podemos 
encontrar a descrição em romances, novelas, contos, nos textos de jornais e 
revistas, nos dicionários, em textos científicos, dentre outros.
A reprodução fiel do objeto é uma das características do texto descritivo, 
para tanto o escritor emprega a linguagem denotativa. Já na linguagem subjetiva, 
o objeto é idealizado a partir de como ele é visto e sentido, e essa linguagem é 
comumente encontrada em textos literários e faz uso da linguagem conotativa, 
das comparações, das metáforas. Além disso, na organização desse tipo de texto, 
quem escreve capta a realidade a partir de um ponto de vista, organizando 
as ideias no intuito de informar o leitor, convencê-lo, transmitir impressões, 
sentimentos e emoções. A descrição também aparece nos textos argumentativos, 
nesse caso, fornece dados para o desenvolvimento da arguição. Observe o texto 
que segue do escritor Graciliano Ramos:
Entreabriu a porta, mergulhou na faixa de luz que passou pela 
fresta, correu o trinco devagarinho. Avançou, temendo esbarrar nos móveis. 
Acostumando a vista, começou a distinguir manchas: cadeiras baixas e 
enormes, que atravancavam a saleta. Escorregou para uma delas, o coração 
aos baques, o fôlego curto. Afundou no assento gasto. As rótulas estalaram, 
as molas do traste rangeram levemente. Ergueu-se precipitado, encostou-se 
à parede, com receio de vergar os joelhos. Se as juntas fizessem barulho, os 
moradores iriam acordar, prendê-lo. Achou-se fraco, sem coragem para fugir 
ou defender-se. Acendeu a lâmpada e logo se arrependeu. O círculo de luz 
passeou no assoalho, subiu numa cadeira e sumiu-se. A escuridão voltou. 
Temeridade acender a lâmpada.
FONTE: RAMOS, Graciliano. Um Ladrão. In: ______. Insônia. São Paulo: Record, 1947. 
O texto apresentado é classificado como narração, uma vez que o escritor 
fez uso de uma das características básicas dessa tipologia textual, qual seja, a 
sequência cronológica, marcada pela sucessão de ações que são expressas através 
dos verbos entreabriu, mergulhou, correu, avançou... Note, porém, que a 
narrativa é interrompida para dar espaço à descrição: cadeiras baixas e enormes, 
que atravancam a saleta. É como se a cronologia da narrativa parasse para, em 
seguida, a descrição ser retomada. Pode-se dizer, então, que a descrição apresenta 
uma suspensão do curso do tempo parasublinhar as características de um objeto, 
ser ou processo. Além disso, a que se considerar que existem textos descritivos 
ditos puros, como é o caso das listas, por exemplo.
TÓPICO 2 | CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
21
3.4 O TEXTO ARGUMENTATIVO
Ao consultar o dicionário (HOUAISS; VILLAR, 2009), constatamos que 
a palavra argumento pode ser entendida como apresentar ideias em objeção 
a outras ideias; entrar em controvérsia; discutir, disputar. Caracteriza-se por 
ampliar a discussão de um assunto ou tema, com o objetivo de influenciar, 
persuadir, conquistar. Um argumento, geralmente, vem acompanhado de provas 
e técnicas de convencimento, com o intuito de provocar adesão ou mudança de 
um ponto de vista. 
Um texto argumentativo pode ser analisado a partir de uma intenção. 
Segundo Koch (1984), a intenção institui a seleção e a elaboração da estratégia 
argumentativa, desde a seleção do tema, a estruturação, bem como os recursos 
linguísticos e estilísticos a serem utilizados para melhor persuadir o leitor. Observe 
a estrutura de um texto argumentativo. O primeiro exemplo é de argumentação 
formal, o segundo é de argumentação informal. 
A nomenclatura é de Garcia. Vejamos, primeiramente, como o autor 
caracteriza a argumentação formal:
1 Proposição (tese): afirmativa suficientemente definida e limitada; 
não deve conter em si mesma nenhum argumento. 
2 Análise da proposição ou tese: definição do sentido da proposição 
ou de alguns de seus termos, a fim de evitar mal-entendidos. 
3 Formulação de argumentos: fatos, exemplos, dados estatísticos, 
testemunhos etc. 
4 Conclusão. 
O texto a seguir contém os elementos da argumentação formal.
Gramática e desempenho linguístico
Gilberto Scarton 
1 Pretende-se demonstrar no presente artigo que o estudo intencional da 
gramática não traz benefícios significativos para o desempenho linguístico 
dos utentes de uma língua.
2 Por “estudo intencional da gramática” entende-se o estudo de definições, 
classificações e nomenclatura; a realização de análises (fonológica, 
morfológica, sintática); a memorização de regras (de concordância, regência 
e colocação) - para citar algumas áreas. O “desempenho linguístico”, 
por outro lado, é expressão técnica definida como sendo o processo de 
atualização da competência na produção e interpretação de enunciados; dito 
de maneira mais simples, é o que se fala, é o que se escreve em condições 
reais de comunicação.
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
22
3 A polêmica pró-gramática x contra gramática é bem antiga; na verdade, 
surgiu com os gregos, quando surgiram as primeiras gramáticas. Definida 
como “arte”, “arte de escrever”, percebe-se que subjaz à definição a ideia 
da sua importância para a prática da língua. São da mesma época também 
as primeiras críticas, como se pode ler em Apolônio de Rodes, poeta 
Alexandrino do séc. II a.C.:
Raça de gramáticos, roedores que ratais na musa de outrem, 
estúpidas lagartas que sujais as grandes obras, ó flagelo dos poetas 
que mergulhais o espírito das crianças na escuridão, ide para o 
diabo, percevejos que devorais os versos belos. 
4 Na atualidade, é grande o número de educadores, filólogos e linguistas 
de reconhecido saber que negam a relação entre o estudo intencional da 
gramática e a melhora do desempenho linguístico do usuário. Entre esses 
especialistas, deve-se mencionar o nome do Prof. Celso Pedro Luft com 
sua obra “Língua e liberdade: por uma nova concepção de língua materna 
e seu ensino” (L&PM, 1995). Com efeito, o velho pesquisar apaixonado 
pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação 
linguística, reúne, numa mesma obra convincente, fundamentação para 
seu combate veemente contra o ensino da gramática em sala de aula. Por 
oportuno, uma citação apenas:
Quem sabe, lendo este livro muitos professores talvez abandonem a 
superstição da teoria gramatical, desistindo de querer ensinar a língua 
por definições, classificações, análises inconsistentes e precárias 
hauridas em gramáticas. Já seria um grande benefício. (p. 99) 
5 Deixando-se de lado a perspectiva teórica do Mestre acima referida, suponha-
se que se deva recuperar linguisticamente um jovem estudante universitário 
cujo texto apresente preocupantes problemas de concordância, regência, 
colocação, ortografia, pontuação, adequação vocabular, coesão, coerência, 
informatividade, entre outros. E, estimando-lhe melhoras, lhe fosse dada uma 
gramática que ele passaria a estudar: que é fonética? Que é fonologia? Que é 
fonemas? Morfema? Qual é coletivo de borboleta? O feminino de cupim? Como 
se chama quem nasce na Província de Entre-Douro-e-Minho? Que é oração 
subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio? E decorasse regras 
de ortografia, fizesse lista de homônimos, parônimos, de verbos irregulares..., 
e estudasse o plural de compostos, todas regras de concordância, regências..., 
os casos de próclise, mesóclise e ênclise. E que, ao cabo de todo esse processo, 
se voltasse a examinar o desempenho do jovem estudante na produção de 
um texto. A melhora seria, indubitavelmente, pouco significativa; uma 
pequena melhora, talvez, na gramática da frase, mas o problema de coesão, 
de coerência, de informatividade - quem sabe os mais graves - haveriam de 
continuar. Quanto mais não seja porque a gramática tradicional não dá conta 
dos mecanismos que presidem à construção do texto.
TÓPICO 2 | CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
23
6 Poder-se-á objetar que o ilustração de há pouco é apenas hipotética e que, 
por isso, um argumento de pouco valor. Contra-argumentar-se-ia dizendo 
que situação como essa ocorre de fato na prática. Na verdade, todo o ensino 
de 1° e 2° graus é gramaticalista, descritivista, definitório, classificatório, 
nomenclaturista, prescritivista, teórico. O resultado? Aí estão as estatísticas 
dos vestibulares. Valendo 40 pontos a prova de redação, os escores foram 
estes no vestibular 1996/1, na PUC-RS: nota zero: 10% dos candidatos, nota 
01: 30%; nota 02: 40%; nota 03: 15%; nota 04: 5%, ou seja, apenas 20% dos 
candidatos escreveram um texto que pode ser considerado bom.
7 Finalmente, pode-se invocar mais um argumento, lembrando que são 
os gramáticos, os linguistas - como especialistas das línguas - as pessoas 
que conhecem mais a fundo a estrutura e o funcionamento dos códigos 
linguísticos. Que se esperaria, de fato, se houvesse significativa influência 
do conhecimento teórico da língua sobre o desempenho? A resposta é óbvia: 
os gramáticos e os linguistas seriam sempre os melhores escritores. Como na 
prática isso realmente não acontece, fica provada uma vez mais a tese que se 
vem defendendo.
8 Vale também o raciocínio inverso: se a relação fosse significativa, deveriam 
os melhores escritores conhecer - teoricamente - a língua em profundidade. 
Isso, no entanto, não se confirma na realidade: Monteiro Lobato, quando 
estudante, foi reprovado em língua portuguesa (muito provavelmente por 
desconhecer teoria gramatical); Machado de Assis, ao folhar uma gramática, 
declarou que nada havia entendido; dificilmente um Luis Fernando Veríssimo 
saberia o que é um morfema; nem é de se crer que todos os nossos bons 
escritores seriam aprovados num teste de português à maneira tradicional 
(e, no entanto, eles são os senhores da língua!).
9 Portanto, não há como salvar o ensino da língua, como recuperar 
linguisticamente os alunos, como promover um melhor desempenho 
linguístico mediante o ensino-estudo da teoria gramatical. O caminho é 
seguramente outro. 
O esquema do texto em seus quatro estágios é:
• Primeiro estágio: primeiro parágrafo, em que se enuncia claramente a tese a 
ser defendida.
• Segundo estágio: segundo parágrafo, em que se definem as expressões “estudo 
intencional da gramática” e “desempenho linguístico”, citadas na tese.• Terceiro estágio: terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo parágrafos, 
em que se apresentam os argumentos.
• Quarto estágio: último parágrafo, em que se apresenta a conclusão. 
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
24
Observe, agora, a caracterização da argumentação informal. A 
argumentação informal apresenta os seguintes estágios:
1 Citação da tese adversária. 
2 Argumentos da tese adversária. 
3 Introdução da tese a ser defendida. 
4 Argumentos da tese a ser defendida. 
5 Conclusão. 
Leia o texto de Luís Alberto Thompson Flores Lenz, Promotor de Justiça.
Considerações sobre justiça e equidade
Luís Alberto Thompson Flores Lenz
1 Hoje, floresce cada vez mais, no mundo jurídico e acadêmico nacional, a 
ideia de que o julgador, ao apreciar os caos concretos que são apresentados 
perante os tribunais, deve nortear o seu proceder mais por critérios de justiça 
e equidade e menos por razões de estrita legalidade, no intuito de alcançar, 
sempre, o escopo da real pacificação dos conflitos submetidos à sua apreciação.
2 Semelhante entendimento tem sido sistematicamente reiterado, na 
atualidade, ao ponto de inúmeros magistrados simplesmente desprezarem 
ou desconsiderarem determinados preceitos de lei, fulminando ditos dilemas 
legais sob a pecha de injustiça ou inadequação à realidade nacional.
3 Abstraída qualquer pretensão de crítica ou censura pessoal aos insignes 
juízes que se filiam a esta corrente, alguns dos quais reconhecidos como 
dos mais brilhantes do país, não nos furtamos, todavia, de tecer breves 
considerações sobre os perigos da generalização desse entendimento.
4 Primeiro, porque o mesmo, além de violar os preceitos dos Arts. 126 e 127 
do CPC, atenta de forma direta e frontal contra os princípios da legalidade e 
da separação de poderes, esteio no qual se assenta toda e qualquer ideia de 
democracia ou limitação de atribuições dos órgãos do Estado.
5 Isso é o que salientou, e com a costumeira maestria, o insuperável José Alberto 
dos Reis, o maior processualista português, ao afirmar que: “O magistrado 
não pode sobrepor os seus próprios juízos de valor aos que estão encarnados 
na lei. Não o pode fazer quando o caso se acha previsto legalmente, não o 
pode fazer mesmo quando o caso é omisso”.
6 Aceitar tal aberração seria o mesmo que ferir de morte qualquer espécie de 
legalidade ou garantia de soberania popular proveniente dos parlamentos, até 
porque, na lúcida visão desse mesmo processualista, o juiz estaria, nessa situação, 
se arvorando, de forma absolutamente espúria, na condição de legislador.
TÓPICO 2 | CONCEPÇÃO E TIPOLOGIA DE TEXTO
25
7 A esta altura, adotando tal entendimento, estaria institucionalizada a 
insegurança social, sendo que não haveria mais qualquer garantia, na medida 
em que tudo estaria ao sabor dos humores e amores do juiz de plantão.
8 De nada adiantariam as eleições, eis que os representantes indicados pelo 
povo não poderiam se valer de sua maior atribuição, ou seja, a prerrogativa 
de editar as leis.
9 Desapareceriam também os juízes de conveniência e oportunidade política 
típicos dessas casas legislativas, na medida em que sempre poderiam ser 
afastados por uma esfera revisora excepcional.
10 A própria independência do parlamento sucumbiria integralmente frente à 
possibilidade de inobservância e desconsideração de suas deliberações.
11 Ou seja, nada restaria, de cunho democrático, em nossa civilização.
12 Já o Poder Judiciário, a quem legitimamente compete fiscalizar a 
constitucionalidade e legalidade dos atos dos demais poderes do Estado, 
praticamente aniquilaria as atribuições destes, ditando a eles, a todo 
momento, como proceder.
13 Nada mais é preciso dizer para demonstrar o desacerto dessa concepção.
14 Entretanto, a defesa desse entendimento demonstra, sem sombra de 
dúvidas, o desconhecimento do próprio conceito de justiça, incorrendo 
inclusive numa contradictio in adjecto.
15 Isto porque, e como magistralmente o salientou o insuperável Calamandrei, 
“a justiça que o juiz administra é, no sistema da legalidade, a justiça em 
sentido jurídico, isto é, no sentido mais apertado, mas menos incerto, 
da conformidade com o direito constituído, independentemente da 
correspondente com a justiça social”.
16 Para encerrar, basta salientar que a eleição dos meios concretos de efetivação 
da Justiça social compete, fundamentalmente, ao Legislativo e ao Executivo, 
eis que seus membros são indicados diretamente pelo povo.
17 Ao Judiciário cabe administrar a justiça da legalidade, adequando o proceder 
daqueles aos ditames da Constituição e da Legislação. 
 
 Esquema do texto em seus cinco estágios:
● Primeiro estágio: primeiro parágrafo, em que se cita a tese adversária.
● Segundo estágio: segundo parágrafo, em que se cita um argumento da tese 
adversária “... fulminando ditos dilemas legais sob a pecha de injustiça ou 
inadequação à realidade nacional”.
UNIDADE 1 | O HOMEM E A CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS
26
● Terceiro estágio: terceiro parágrafo, em que se introduz a tese a ser defendida.
● Quarto estágio: do quarto ao décimo quinto, em que se apresentam os 
argumentos.
● Quinto estágio: os últimos dois parágrafos, em que se conclui o texto 
mediante afirmação que salienta o que ficou dito ao longo da argumentação. 
FONTE: Adaptado de: <http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php>. Acesso em: 20 set. 2010.
Os aspectos sobre os textos argumentativos são assunto amplo e objeto 
de estudo de áreas diversificadas, tais como Análise do Discurso, Linguística 
do Texto, Pragmática, dentre outras, o que contribui para melhores resultados 
pedagógicos, na orientação da leitura e da aprendizagem da escrita.
3.5 O TEXTO INJUNTIVO
É um tipo de texto que, geralmente, requer uma resposta direta ou indireta 
do receptor. É organizado de modo a incidir diretamente sobre os sentidos. 
Verbos no imperativo, “Investigue e descubra se o rapaz estudou e qual sua 
posição social”. No presente do indicativo, com sujeito indeterminado: “Chegou-
se à conclusão de que o jeito melhor era botar a moça para dormir”, são algumas 
das marcas dessa tipologia textual.
Outro exemplo de tipologia injuntiva pode ser retirado de uma receita. 
Veja a receita de Massinha de modelar: 
Material
2 xícaras (cerca de 250 ml) de farinha de trigo;
1 xícara (cerca de 125 ml) de sal;
água suficiente para dar consistência de pão à massa (pouco mais do que 1 xícara);
2 colheres de sopa de óleo comestível.
Se preferir, o óleo de amêndoa deixa um cheiro agradável nas mãos;
Corante comestível de várias cores.
Se optar por anilina, verifique se está escrito “comestível” na embalagem. É o 
mesmo tipo usado para enfeitar bolos.
Outra opção é o coloral de origem vegetal ou pó de suco instantâneo.
Preparo:
Junte a farinha ao sal, obtendo uma mistura homogênea. Adicione corante à água 
que será usada para dar consistência à massa. Aos poucos, misture a água corada 
à mistura de farinha e sal, e vá misturando até obter um ponto de massa de pão.
Se você quiser obter uma cor mais forte, adicione mais corante à massa. Por 
fim, adicione aos poucos o óleo e misture bem.
FONTE: GREGG, Elizabeth M. Dê uma atividade a seu filho quando ele não tiver o que fazer. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. p. 123
Vimos, com relação ao exposto até aqui, que não podemos considerar gênero 
como sinônimo de tipo textual, uma vez que cada qual possui especificidades e 
características que os distinguem. 
27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O texto é um espaço que promove a interação, no qual os sujeitos envolvidos 
constroem uma representação do que querem informar, ativando, para tanto, 
saberes e conhecimentos prévios.
• Os princípios de textualidade, quais sejam: a coerência, a coesão, a 
intencionalidade,

Outros materiais