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ALGIAS-POSTURAIS-DA-COLUNA-VERTEBRAL-DO-ADULTO-NOVA

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1 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
2 COLUNA VERTEBRAL ............................................................................... 6 
 Vértebras .............................................................................................. 6 
 Curvaturas da Coluna Vertebral ........................................................... 6 
 Funções da Coluna Vertebral ............................................................... 7 
 Canal Vertebral .................................................................................... 7 
 Disco Intervertebral .............................................................................. 8 
3 ALGIAS DA COLUNA ................................................................................. 8 
 Testes de diagnóstico para a dor ......................................................... 9 
 Anamnese .......................................................................................... 10 
4 CERVICALGIA .......................................................................................... 12 
 Sintomas e sinais da cervicalgia ........................................................ 12 
 Diagnóstico e exames ........................................................................ 13 
 Tratamento para cervicalgia ............................................................... 13 
 Estabilização vertebral e exercícios de musculação .......................... 13 
5 CERVICOBRAQUIALGIA ......................................................................... 14 
6 CEFALÉIA CERVICOGÊNICA .................................................................. 15 
 Sinais e sintomas ............................................................................... 16 
 Tratamento ......................................................................................... 16 
7 DORSALGIA ............................................................................................. 17 
 Sintomas ............................................................................................ 18 
 Tratamento ......................................................................................... 19 
 Prevenção .......................................................................................... 19 
8 LOMBALGIA ............................................................................................. 20 
 Sintomas da lombalgia ....................................................................... 20 
 
3 
 Causas da lombalgia .......................................................................... 21 
 Diagnóstico e exames ........................................................................ 21 
 Tratamento para lombalgia ................................................................. 21 
9 PATOLOGIA DISCAL ............................................................................... 22 
 Disco intacto ....................................................................................... 22 
 Abaulamento discal ............................................................................ 23 
 Protrusão discal .................................................................................. 23 
 Sequestro ou fragmento ..................................................................... 23 
 Diagnóstico ......................................................................................... 23 
10 ESTENOSE DE CANAL (ECL) .............................................................. 24 
 Diagnóstico ..................................................................................... 26 
 Tratamento ...................................................................................... 27 
11 ARTROSE ............................................................................................. 28 
 Sinais e sintomas ............................................................................ 30 
 Tratamento ...................................................................................... 30 
12 TUMORES ............................................................................................. 30 
 Sinais e sintomas ............................................................................ 31 
 Tratamento ...................................................................................... 32 
13 DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SNC ............................................... 32 
 Demência ........................................................................................ 32 
 Fasciculações ................................................................................. 33 
 Bradicinesia e ataxia ....................................................................... 33 
14 ESPONDILOLISTESE ........................................................................... 35 
 Classificação da espondilolistese .................................................... 36 
 Classificação conforme a intensidade de deslizamento .................. 36 
 Sinais Sintomas .............................................................................. 36 
 Causas da espondilolistese ............................................................. 37 
 
4 
 Tratamento ...................................................................................... 37 
15 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS .......................................................... 38 
 Espondilite anquilosante ................................................................. 38 
 Tratamento ...................................................................................... 39 
16 INFECÇÕES .......................................................................................... 40 
 Sinais e Sintomas ........................................................................... 40 
17 TUBERCULOSE VERTEBRAL.............................................................. 41 
 Sinais e Sintomas ........................................................................... 41 
 Tratamento ...................................................................................... 42 
18 HÉRNIA DISCAL ................................................................................... 42 
 Sintomas ......................................................................................... 43 
 Tratamento ...................................................................................... 44 
 Prevenção ....................................................................................... 44 
19 CONCLUSÃO ........................................................................................ 44 
20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 46 
21 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 55 
 
 
 
 
5 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno, 
 
A Rede Futura de Ensino, esclarece que o material virtual é semelhante ao da 
sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, 
para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse 
aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No 
espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser 
direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
6 
2 COLUNA VERTEBRAL 
A colunavertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio 
até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta 
por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão 
sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna também 
é formada por tecidos moles como músculos, ligamentos, cápsulas, tendões e discos, 
sendo estas estruturas responsáveis pela flexibilidade da coluna vertebral. 
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: 
Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea. Sendo sete vértebras cervicais, 
doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e cerca de quatro coccígeas. 
Uma determinada região da coluna é considerada biomecanicamente normal 
ou estável quando a mobilidade intervertebral, que ocorre durante os 
movimentos globais do tronco, se realiza em uma amplitude média, longe da 
amplitude final extrema. (PANJABI, 2003, apud SIQUEIRA, 2011). 
 Vértebras 
As vértebras ficam empilhadas umas sobre as outras, formando assim a coluna 
vertebral. As menores são as cervicais, seguidas pelas torácicas que têm tamanho 
mediano. Enquanto que as vértebras lombares, localizadas na parte inferior da coluna, 
são as maiores. 
A coluna vertebral estende-se desde a base do crânio à extremidade caudal do 
tronco. As vértebras sacrais estão fundidas e formam o osso sacro, assim como as 
coccígeas formam o cóccix. A pelve é a base da coluna, onde os membros inferiores 
se articulam. Superiormente, a coluna articula-se com o osso occipital do crânio e, 
inferiormente, com o ilíaco. Com exceção da 1ª e 2ª vértebras cervicais, atlas (C1) e 
áxis (C2), respectivamente, todas as vértebras possuem 7 elementos básicos: 
Corpo; Processo Espinhoso; Processo Transverso; Processos Articulares; 
Lâminas; Pedículos; Forame Vertebral. 
 Curvaturas da Coluna Vertebral 
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas 
fisiológicas. 
 
7 
Cervical (convexa ventralmente – Lordose), 
Torácica (côncava ventralmente – Cifose), 
Lombar (convexa ventralmente – Lordose) 
Pélvica (côncava ventralmente – Cifose). 
Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos 
de Hipercifose (Região dorsal e pélvica) ou Hiperlordose (Região cervical e lombar). 
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma 
curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de escoliose. 
 Funções da Coluna Vertebral 
Proteger a medula espinhal e os nervos espinhais; suportar o peso do corpo; 
fornecer um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; 
Exerce um papel importante na postura e locomoção; serve de ponto de fixação 
para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; proporciona flexibilidade 
para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar 
sobre seu eixo maior. 
A distribuição da gordura corporal, central ou periférica, interfere diretamente 
no alinhamento corporal do paciente obeso, promovendo uma sobrecarga e 
predispondo ao aparecimento de desvios posturais. (PONDOFE, 2006, apud 
SIQUEIRA, 2011). 
 Canal Vertebral 
O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e 
triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é 
pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica). 
Na imagem ao lado (vista superior da coluna vertebral), podemos observar o canal 
vertebral. Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula 
espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é protegida pelas meninges, pelo 
líquor e pela barreira hemato-encefálica. 
As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais, 
regionais e individuais. 
 
8 
 Disco Intervertebral 
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra 
cervical até o sacro, existem discos intervertebrais. 
Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido 
fibrocartilaginoso, chamado anel fibroso e uma substância interna, elástica e macia, 
denominado núcleo pulposo. Os discos formam fortes articulações, permitem vários 
movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos. 
3 ALGIAS DA COLUNA 
 
Fonte: ocp.news.com 
A prevalência de algias na coluna vertebral constitui um problema bastante 
grave, pois atinge uma grande parte da população mundial no início dos anos 
2000, resultando em um percentual total de 60 a 80% de indivíduos que têm 
ou terão algum tipo de dor na coluna vertebral. (GARCIA, 2006, apud 
SILVEIRA, 2014). 
A ocorrência de algias na coluna vertebral constitui-se um problema grave, pois 
atinge grande parte da população mundial. Sensação desagradável persistente com 
fraqueza e desequilíbrio muscular associada a uma lesão orgânica, influenciada por 
fatores físicos e psicológicos. 
Entre os principais sintomas podemos citar: dor abdominal, dor nas costas, dor 
nos olhos, cefaleia, dor nas pernas, quadro álgico na região mandibular, dor lateral ou 
outros tipos. Existem muitos tipos de dor e muitos locais para obter a dor. O corpo usa 
 
9 
a dor para dizer ao cérebro que algo está errado. Nunca ignore a dor. Qualquer tipo 
de sintoma dor precisa de aconselhamento médico profissional pronta para o 
diagnóstico da causa subjacente da dor. 
A dor é um tipo em um espectro de sensações, envolvendo os nervos e do 
cérebro, desde a agonia de dormência. Sensações incomuns, como formigamento, 
queimação, ou " alfinetes e agulhas " tipo de dor são chamados parestesias. A dor 
varia de intensidade e nível. Dor súbita grave é chamada de dor aguda; dor persistente 
em curso é a dor crônica. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem vários fatores de risco 
associados com a dor nas costas e estes podem ser divididos em fatores de 
risco individual e profissional. Assim, pode-se relatar que são considerados 
como os mais prováveis fatores de risco individual: idade, sexo, índice de 
massa corporal (IMC), desequilíbrio muscular, capacidade de força muscular, 
condições socioeconômicas e a presença de outras doenças. (MOTA, 2008, 
apud SOBRAL, 2013). 
 Testes de diagnóstico para a dor 
 
Fonte: amato.com.br 
Vários testes são utilizados para o diagnóstico da dor. Alguns deles estão 
listados abaixo: 
Inspeção-geral: Postura, mobilidade, pesa, cor da pele, a aparência facial, 
construção geral do corpo. 
Exame físico: Examine a área que é afetada pela dor. 
 
10 
Questionários são amplamente utilizados para avaliar a dor nas costas em 
crianças e adolescentes. No Brasil, estudos que visavam avaliar a dor nas 
costas em crianças e adolescentes não relataram o processo de tradução, 
adaptação transcultural e dados de reprodutibilidade de questionários para 
jovens. (DORNELES, et al 2016, apud ARRUDA, 2019). 
 Anamnese 
ASPECTOS SÓCIOS DEMOGRÁFICOS 
Nome: ____________________________Idade: _______DN: ___________ 
Sexo: 
() feminino () masculino 
Estado Civil: 
() solteiro; () casado ou mora com o companheiro (a); 
() viúvo; () separado 
Grau de Instrução: 
() primário incompleto/completo () primeiro grau incompleto/completo 
() segundo grau incompleto/completo () terceiro grau completo/incompleto 
Profissão Atual.............................. Pregressa................................ 
COMPORTAMENTOS 
Fumante ou fumava a um ano atrás? 
() sim () não 
Pratica alguma atividade física regularmente? 
() sim () não 
Com que frequência semanal a (s) atividades (s) física (s) é (são) feita (s)? 
() uma vez () duas vezes () três a cinco vezes () todos os dias 
Qual a duração da atividade física a cada vez que ela é feita? 
() menos de quinze minutos () 15 a 30 minutos () mais de 30 minutos 
Quanto tempo faz que pratica a atividade física 
() dias () semanas () meses() há mais de 1 ano 
CARACTERIZAÇÃO DA DOR LOMBAR 
Com que frequência você sente dores na coluna vertebral 
() uma vez por semana ()três vezes por semana ()cinco vezes por semana 
() todos os dias 
Faz uso de medicamentos para alívio da dor? 
() sim () não 
 
11 
Há quanto tempo apresenta dor na lombar? 
() 3 a 6 meses () 6 a 12 meses () 12 a 24 meses () mais que 24 meses 
Quais as posturas ou movimentos aumentam a dor? 
() caminhada () postura ortostática () postura sentada () postura deitada 
() inclinação lateral a direita () inclinação lateral a esquerda () flexão do tronco 
() extensão do tronco 
Período do dia em que a dor exacerba? 
() matutino () vespertino () noturno () durante todo o dia 
ATIVIDADES COTIDIANAS E ERGONÔMICAS 
Qual/quais a (as) postura (as) adotada para a execução das atividades em seu 
trabalho? 
 () trabalho em pé () trabalho sentado () trabalho deitado 
 () trabalho ajoelhado () trabalho agachado 
 Caracterize o seu trabalho 
() trabalho com vibração/trepidação () trabalho realizando movimentos repetitivos 
() trabalho carregando pesos 
Postura durante o sono 
() decúbito lateral () decúbito dorsal () decúbito ventral 
Faz uso de travesseiro 
() sim () não 
AVALIAÇAO NUTRICIONAL 
I.M.C ........................................................ 
A dor musculoesquelética crônica é um problema de saúde prevalente que 
acarreta sérios prejuízos pessoais e socioeconômicos à sociedade.2 Além 
disso, é uma queixa complexa, que, muitas vezes, não apresenta origem 
definida, envolve sofrimento desnecessário, incapacidade funcional 
progressiva e diminuição da qualidade de vida. (CAILLIETI, 1999, apud 
VIEIRA, 2015). 
 
12 
4 CERVICALGIA 
 
Fonte: leforte.com.br 
A dor cervical é uma dor que se localiza na região das vértebras cervicais e 
resultam de anomalias nos tecidos moles, como os músculos, nervos e ligamentos. 
Existem dois tipos, a dor aguda que se manifesta apenas durante alguns dias, e dor 
crónica que se prolonga por mais tempo, mais de 6 semanas, nesta fase passa a 
designar-se cervicalgia. 
Sabe-se que movimentos e posturas não provocam doenças se realizados 
dentro dos limites fisiológicos e o trabalhador utiliza pausas irregulares 
habituais, altamente eficazes para combater o estresse musculoesquelético. 
Assim, inconscientemente, está prevenindo e/ou evitando DORT e Lesão por 
Trauma Cumulativo (LTC). (OLIVEIRA JUNIOR, 2004, apud SOBRAL, 2013). 
 Sintomas e sinais da cervicalgia 
Existem dois tipos, a dor aguda que se manifesta apenas durante alguns dias, 
e dor crónica que se prolonga por mais tempo, mais de 6 semanas, nesta fase passa 
a designar-se cervicalgia. 
Caracteriza-se por limitação da amplitude articular da região cervical e também 
pela presença de quadro álgico, sendo mais frequente no sexo feminino. Outros 
sintomas que se podem manifestar são cefaleias, tontura, rigidez na região da nuca, 
parestesias e desconforto. Estes sintomas poderão ser agravados por posturas 
incorretas da cervical, como estar sentado muito tempo à frente de um computador, 
 
13 
posições incorretas no estudo e ainda por sobrecargas, como é o caso dos 
estudantes. 
Entre as regiões do corpo humano afetadas pela dor musculoesquelética, a 
coluna lombar tem sido amplamente investigada. Uma revisão sistemática 
revelou que a prevalência de lombalgia varia de 9 a 65% em jovens de 
diferentes regiões do mundo. (CALVO- MUNOZ, 2013, apud ARRUDA, 
2019). 
 Diagnóstico e exames 
O diagnóstico pode ser realizado clinicamente, levando em conta as 
características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames de 
radiografia, tomografia (TC) e Ressonância Nuclear Magnética (RNM), ajudam a 
determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada. 
 Tratamento para cervicalgia 
O tratamento deve ser adaptado de acordo com a causa da cervicalgia. Em um 
primeiro momento, é necessário aliviar a dor e, para isso, o médico pode 
prescrever analgésicos ou anti-inflamatórios e sessões de fisioterapia. É 
aconselhável aplicar calor na área dolorosa. O uso de um colar cervical também pode 
ser proposto, principalmente em casos de torcicolo. Ele só deve, contudo, ser usado 
por alguns dias, pois o movimento do pescoço favorece a cura. 
Sessões de reabilitação e de musculação da nuca com um fisioterapeuta são 
recomendadas para reforçar as vértebras cervicais e reduzir os riscos de recorrência. 
 Estabilização vertebral e exercícios de musculação 
Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a 
compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e 
gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de 
exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna 
lombar, cervical, quadril e ombro. 
 
 
 
14 
Um dos sintomas que é avaliado pelos profissionais da área da saúde, 
incluindo os fisioterapeutas, é a dor, que é definida como um fenômeno 
perceptivo complexo, subjetivo e multidimensional e, na medida em que 
constitui uma experiência única de cada indivíduo, o prestador de cuidados 
de saúde, ou seja, os profissionais que trabalham na saúde, só a poderá 
avaliar de forma indireta. Portanto, deve-se confiar plenamente no que o 
paciente diz em relação ao que se sente para se fazer uma avaliação 
fidedigna do mesmo. (TEIXEIRA, 2003, apud SILVEIRA, 2013). 
5 CERVICOBRAQUIALGIA 
 
Fonte: institutodador.com.br 
A cervicobraquialgia é uma dor na coluna cervical (pescoço) com irradiação 
para o membro superior devido a compressão de raízes nervosas que emergem desta 
região. Também pode ser causada por uma lesão como de hérnias discais cervicais, 
trauma, doenças reumáticas, problemas ligamentares, articulares ou até mesmo 
tumores na região cervical. 
A dor pode ser em todo o braço ou de uma parte dele, depende da localização 
da compressão. O quadro piora quando o paciente movimenta o pescoço. 
 Os sintomas são: rigidez cervical e fraqueza dos músculos do pescoço, dor, 
irradiação para um dos braços ou para os dois. A dor, num primeiro momento pode 
ser moderada, tornando-se pior para fazer certos movimentos dos braços. 
A cervicobraquialgia é tratada com fisioterapia utilizando recursos analgésicos 
e anti-inflamatórios, terapia manual, Reeducação Postural Global (RPG) 
ou Osteopatia e, se necessário, a Terapia de Descompressão da Coluna. 
http://www.clinicafisio.com.br/rpg-souchard-fortaleza
http://www.clinicafisio.com.br/osteopatia-em-fortaleza
http://www.clinicafisio.com.br/terapia-descompressao-coluna
 
15 
6 CEFALÉIA CERVICOGÊNICA 
 
Fonte: fisioricardosena.com.br 
Cefaleia, é um mal que acomete milhares de pessoas. Um incômodo que 
muitas vezes pode interromper atividades habituais, comuns no dia a dia como 
estudar, trabalhar e praticar esportes. 
 A cefaleia cervicogênica é descrita como uma dor de cabeça com um 
componente cervical predominante. Tem como principal causa alguma alteração 
cervical do pescoço e nuca. Esta alteração pode ser de origem cervical como uma 
hérnia de disco, osteoartrose cervical, estenose de canal cervical, pinçamento de 
raízes cervicais, assim como contraturas, torcicolos, problemas posturais que podem 
acarretar em algia cervical e na cabeça. 
Muitas são as causas da cefaleia cervicogênica, mas tensão, preocupação, 
ansiedade e estresse são os grandes vilões, pois, em decorrência desses fatores, 
ocorre um excesso de contratura muscular na região dos ombros, pescoço, músculo 
trapézio e músculos pericranianos como o temporal, masseter e occipital, causando a 
patologia. A dor pode ser apenas de um lado sou pode ser dos dois. 
Maus hábitos no dia a dia podem agravar o quadro. Prestar atenção na postura 
e, principalmente, tomar cuidado com os movimentos do pescoço, áreamais próxima 
das três primeiras vértebras cervicais, (região onde se origina a cefaleia 
cervicogênica), são fundamentais no processo de prevenção da doença. 
 
16 
 Sinais e sintomas 
A dor da Cefaleia Cervicogênica é unilateral, sem alternância de lados. Os 
ataques são relativamente raros, mas pode haver com o tempo certa tendência a 
cronificação. A dor permanece tipicamente de um a três dias, podendo durar de horas 
a mais de uma semana. O intervalo sem dor dura uma a quatro semanas, podendo 
ser de dois dias a dois meses. Seu caráter é não-pulsátil, eventualmente latejante, de 
intensidade moderada, exigindo por vezes repouso no leito. A dor se inicia na região 
occipital, irradiando-se para a região orbito-fronto-temporal ou facial. 
Além do quadro álgico, outros sintomas como rigidez nucal, alterações do sono, 
intolerância à luz e, em algumas situações, até náuseas e vômitos, são comuns. 
Pode ser acompanhada ou não de fenômenos neurovegetativos craniofaciais 
como lacrimejamento, eritema ocular, edema palpebral, rinorréia e tontura. 
(BONO,2000, apud DE ALMEIDA,2014). 
 Tratamento 
Ocorrendo algum dos sintomas citados, o médico irá indicar uma terapia de 
acordo com as condições do paciente. O tratamento é divido em medidas físicas e 
medicamentosas. Para tratar o problema desde a origem, exercícios específicos para 
correção da postura e fortalecimento das musculaturas mais profundas que envolvem 
a coluna cervical, são indicados. 
Medicamentos também são grandes aliados e podem ser recomendados. O 
médico também irá orientar o paciente sobre fatores agravantes do problema, como o 
mau posicionamento de um computador na mesa do trabalho ou hábitos posturais 
inadequados. 
No Brasil, nos anos 90, de 10% a 50% dos indivíduos procuram as clínicas 
gerais devido à presença da dor. Cerca de 50% dos doentes brasileiros 
procuram consultórios devido à dor aguda e 50% para tratamento da dor 
crônica. As dores consideradas mais incapacitantes são de grande 
acometimento, tais como lombalgia, cefaleia, epigastralgias e dores 
musculoesqueléticas. (TEIXEIRA, 2003, apud SILVEIRA, 2014). 
Terapias como a acupuntura, são extremamente eficientes no tratamento 
da cefaleia cervicogênica. A acupuntura é uma técnica milenar e faz parte da Medicina 
Tradicional Chinesa, baseada em um antigo pensamento filosófico chinês e na 
observação dos fenômenos naturais, vem sendo amplamente utilizada, com relativa 
http://www.hong.com.br/a-acupuntura-no-tratamento-de-dor/
 
17 
frequência nos últimos anos e está cada vez mais em evidência sendo uma 
especialidade em ascensão, tanto na área médica, como na área da fisioterapia. 
Sua eficácia é cientificamente comprovada, existindo evidências dos benefícios 
da utilização da técnica, como terapia no tratamento dos pacientes portadores 
de cefaleia. A acupuntura pode utilizar métodos de estímulos ao Sistema Nervoso 
Central, onde ocorre a liberação de endorfina, dimorfia e opióides, levando a 
diminuição da intensidade da dor, números de crises e consumo medicamentoso, não 
apresentando efeitos colaterais. 
Outra forma de tratamento é o bloqueio de nervo occipital (localizado na nuca). 
O bloqueio pode ser feito no nervo occipital maior, menor, raízes de C2 ou outras 
raízes e tem muito resultado clínico. Um bloqueio é feito pelo médico 
fisiatra (especialista em reabilitação e dor), com um anestésico local, infiltrando-se o 
local com xilocaína ou outro anestésico local, acrescentando-se ou não um corticoide. 
Pode-se usar também a toxina botulínica no tratamento (botox) com sucesso. 
7 DORSALGIA 
 
Fonte: guiteca.com 
Conhecida popularmente como dor nas costas, considera-se dorsalgia toda dor 
localizada na região torácica, que está entre as regiões cervical e lombar, 
compreendendo 12 vértebras entre as 32 existentes no corpo humano. 
http://www.hong.com.br/o-que-e-fisiatria-ou-medicina-fisica-e-reabilitacao/
http://www.hong.com.br/o-que-e-fisiatria-ou-medicina-fisica-e-reabilitacao/
 
18 
Essa dor pode ser proveniente dos músculos, ossos, nervos, articulações ou 
outras estruturas da coluna vertebral, também pode ser tanto constante como 
intermitente, bem como permanecer em um lugar ou deslocar-se e até mesmo 
espalhar-se para outras regiões. 
No ambiente ocupacional, as disfunções musculoesqueléticas são 
frequentemente associadas com fatores de riscos biomecânicos, que 
geralmente levam a desconforto e posteriormente a dor (COURY, et al, 2009, 
apud DOS SANTOS, 2010). 
 Sintomas 
Além da dor na região torácica, a Dorsalgia pode vir acompanhada de outros 
sintomas como: Dificuldade para respirar; Sensação de queimação nas costas; 
Sensação de “pontadas” no tórax. 
Geralmente a dor provém dos músculos, articulações, nervos, ossos ou outras 
estruturas próximas da coluna torácicas. As causas podem ser: 
Traumática: É o caso das distensões musculares, fraturas ou contusões na 
região dorsal, atividades em posições inadequadas, esforço físico exagerado (a causa 
mais comum) ou quedas, causam dores nas costas. A dor provocada por lesões, 
normalmente, a dor retrocede em 2 ou 6 semanas. 
Normalmente o primeiro passo, nesses casos, é a manutenção de 
medicamentos de 5 a 7 dias, se não houver melhora, o médico deve pedir uma TC ou 
RNM. 
Degenerativas e posturais: Ocorre quando há degeneração dos corpos 
vertebrais, discos intervertebrais e facetas-articulares (espondilose) em virtude do 
envelhecimento natural; a escoliose e a hipercifose são lesões que ocorrem na 
coluna, devido à má postura. 
Tumores e metabolismo: Tumores benignos ou malignos podem causar 
dorsalgia. A osteoporose é a principal causa metabólica para dores nas costas, pois 
diminui a massa óssea e aumenta a probabilidade de fraturas. 
A incidência de dores musculoesqueléticas em mulheres é maior do que em 
homens, o que pode justificar a maior procura do projeto por mulheres. 
(GRIMBY, 1999, apud VIEIRA, 2015). 
https://consultaremedios.com.br/crsaude/tudo-sobre-escoliose-lombar-cura-cirurgia-tratamento-e-exercicios/problemas-de-saude/sua-saude
https://consultaremedios.com.br/crsaude/o-que-e-osteoporose-sintomas-tratamento-causas-tem-cura/problemas-de-saude/sua-saude
 
19 
 Tratamento 
Método mais indicado para quem sofre da dorsalgia é a RPG (Reeducação 
postural global), que consiste em um método inovador da fisioterapia. 
A RPG realiza a reorganização dos segmentos do corpo humano, permitindo a 
o reequilíbrio e ajuste das vértebras. Identifica e alonga os músculos considerados 
responsáveis pela alteração postural. As sessões são realizadas com movimentos 
progressivos, de acordo com as respostas do paciente ao tratamento e sem 
ultrapassar determinadas limitações que apresente. O objetivo não é só afastar os 
sintomas da doença, mas tratar o próprio indivíduo (ampliando sua consciência 
corporal) para evitar o surgimento de novas dores. 
O tratamento medicamentoso inclui analgésicos e anti-inflamatórios, indicados 
pelo médico. Além do tratamento fisioterápico supracitado, pode ser recomendado: 
Acupuntura; Aplicações de bolsas térmicas geladas ou de água quente nas regiões 
doloridas; Somente uma minoria (estimados entre 1% e 10% dos casos) necessita de 
cirurgia; Tratamento osteopático. 
 Prevenção 
Muitos dos problemas de dorsalgia podem ser resolvidos por atitudes simples, 
como dormir em colchão ortopédico, postura ao deambular, diminuição de peso nos 
membros superiores, entre outros. 
Pesos só devem ser erguidos a partir de uma postura agachada, mantendo as 
costas retas. Da mesma forma, pessoas que passam longo tempo sentadas, no 
trabalho principalmente, devem mudar de posição ou levantar-se de vez em quando 
para descontrair e exercitar os músculos, com alongamentos. 
Deambular com a coluna reta, mantendo o dorso ligeiramente elevado também 
contribui para uma melhoria da postura física e da própria aparência pessoal. 
https://consultaremedios.com.br/crsaude/acupuntura-uma-alternativa-aos-tratamentos-medicos-convencionais/vida-saudavel/beleza-e-equilibriohttps://consultaremedios.com.br/beleza-e-saude/bolsas-e-mascaras-termicas/ortopedicas/c
 
20 
8 LOMBALGIA 
 
Fonte: quirovida.com 
Denomina-se de Lombalgia, o conjunto de manifestações dolorosas que 
ocorrem na região lombar, decorrente de alguma anormalidade nessa região. 
Conhecida popularmente como dor nas costas, a lombalgia é uma das grandes 
causas de morbidade e incapacidade funcional, tendo incidência apenas menor que a 
cefaleia entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem. 
A dor na região lombar é uma das mais comuns queixas musculoesqueléticas 
e, na perspectiva da saúde pública, a que mais requer gastos. Na maioria dos 
casos, inicia e desaparece dentro de seis semanas, caracterizando- se como 
crônica, mas aproximadamente 20% dos indivíduos com dor lombar não 
mostram qualquer melhora na sua condição nesse período, evoluindo, 
portanto, para dor lombar crônica. (RUHE, 2011, apud DA SILVA, 2016). 
 Sintomas da lombalgia 
Os sintomas mais comuns da lombalgia são citados como uma dor lombar, que 
corresponde à região inferior da coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura 
da cintura. Apresenta-se geralmente de começo discreto, com intensidade 
aumentando progressivamente e agravando com a mobilidade da região. Acompanha 
comumente a estas situações, algum grau de contratura muscular. 
As crises dolorosas geralmente apresentam-se em um ciclo de dor que duram 
alguns dias, podendo em alguns casos tornar-se constante ou desaparecer, 
retornando depois de algum tempo. 
 
21 
Durante a crise dolorosa, a permanência em alguma forma de postura, seja 
sentado ou em pé, provoca o aparecimento da dor. A persistência dos sintomas 
ocasionalmente passa a ser um fator extremamente limitante sob o ponto de vista 
social, afetivo ou profissional, gerando grandes distúrbios secundários, como os de 
ordem emocional. 
Em termos etiológicos, a lombalgia é um processo eminentemente clínico, onde 
os exames complementares devem ser solicitados apenas para confirmação da 
hipótese diagnóstica. 
 Causas da lombalgia 
Inúmeras circunstâncias (fatores de risco) contribuem para o 
desencadeamento e cronificação das síndromes lombares, tais como: fatores 
genéticos e antropológicos, psicossociais, obesidade, fumo, atividades profissionais, 
sedentarismo, maus hábitos posturais, síndromes depressivas, trauma, gravidez, 
trabalho repetitivo, entre outras. 
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as dores da coluna (cervical, 
torácica, lombar e pélvica) são a segunda condição de saúde mais prevalente 
do Brasil (13,5%), entre as patologias crônicas identificadas por algum 
médico ou profissional de saúde, superadas apenas pelos casos de 
hipertensão arterial (14%). (IBGE, 2010, apud NASCIMENTO, 2015). 
 Diagnóstico e exames 
O exame clínico é suficiente para o diagnóstico. O diagnóstico pode ser feito 
clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do 
exame neurológico. Exames de radiografia, TC e RNM, ajudam a determinar o a 
extensão da lesão e em que exata região da coluna lombar está localizada. 
 Tratamento para lombalgia 
O tratamento pode ser realizado com a Reconstrução Músculo-articular da 
Coluna vertebral. (Cirúrgico), correção dos fatores de risco, posicionamento vertebral 
e alongamento e fortalecimento da musculatura. 
 
22 
9 PATOLOGIA DISCAL 
 
Fonte: curiosoando.com 
Embora a ciatalgia por hérnia discal seja uma condição benigna, por possuir 
uma história natural favorável e autolimitada, ela pode ser bastante 
sintomática, causando dor com limitação funcional devido ao processo 
inflamatório na raiz nervosa. Por isso o controle da dor é parte importante do 
manejo conservador da HDL até a resolução espontânea. (VIALLE, 2015, 
apud VIALLE, 2016). 
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca 
de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco. A doença se divide em quatro 
fases, de acordo com o seu grau de degeneração e comprometimento das raízes 
nervosas. Pode ocorrer em todos os discos vertebrais, acometendo mais a região 
lombar, seguida da região cervical. Atenta-se ao fato de que ela pode estar ou não 
associada a outras patologias da coluna. As fases de seu desenvolvimento são: Disco 
intacto, abaulamento discal, protrusão discal e sequestro ou fragmento. 
 Disco intacto 
O disco intervertebral tem como função principal a absorção de impacto, bem 
como permitir movimentos em diferentes eixos de rotação. Ele é formado por um 
núcleo pulposo (centro gelatinoso) e pelo ânulo fibroso (periferia rígida) que circundam 
o núcleo. Essas características anatômicas dão ao disco intervertebral a capacidade 
de absorção de carga e movimentação em diferentes eixos de rotação. 
 
23 
 Abaulamento discal 
Etapa inicial da patologia. O disco intervertebral começa a apresentar sintomas 
de envelhecimento e suas fibras (anel fibroso) apresentam fissuras que levam a uma 
forma de arco o disco intervertebral. Podemos utilizar uma câmara de pneu velha 
como exemplo, que perde a capacidade de manter sua forma natural e formam-se 
bolhas. 
 Protrusão discal 
Nessa etapa, o abaulamento do disco encontra-se mais proeminente, podendo 
atingir nervos, medula e saco dural. A doença está em uma fase mais avançada, 
normalmente acompanhada de início de degeneração discal, podendo gerar dor 
discogênica. 
A doença do disco intervertebral é caracterizada pelo resultado da 
degeneração do disco intervertebral seguido por alterações neurológicas 
devido a compressão ou lesão da medula espinhal. A hérnia de disco pode 
ocorrer por extrusão ou protrusão, sendo um processo agudo ou crônico com 
sinais clínicos distintos (BRISSON, 2010, apud NASCENTE, 2017). 
A hérnia de disco consiste em uma extrusão do disco vertebral, normalmente 
contendo o núcleo pulposo do disco intervertebral envolvido pelo anel fibroso já em 
estágio avançado de degeneração. As estruturas nervosas estão comprometidas pelo 
estreitamento dos canais por onde passam os nervos (estenose), medula ou saco 
dural (canal medular). 
 Sequestro ou fragmento 
Essa é a etapa mais rara da patologia, e consiste na ruptura total da parte 
herniada do disco intervertebral. O fragmento pode comprometer as estruturas 
nervosas, dependendo de sua localização. 
 Diagnóstico 
Para o diagnóstico correto, é necessária uma avaliação clínica e radiológica do 
paciente, definindo sintomas e patologia. A dor ciática, ou irradiada para os membros, 
 
24 
é o principal sintoma clínico, podendo ou não haver lombalgia (dor nas costas) e 
claudicação (dificuldade para caminhar). Caso apresente algum desses sintomas, 
procure um especialista. 
10 ESTENOSE DE CANAL (ECL) 
 
Fonte: vidasaudavel.one 
A estenose do canal lombar refere-se a um estreitamento de fora para dentro 
do canal que mantém todo o tecido neural da coluna. O termo estenose é 
derivado do grego antigo, e é mais bem traduzido como “estreito”. Referindo-
se ao canal vertebral, como sendo um “estreitamento anormal de uma 
cavidade, sendo capaz de produzir doença em seus constituintes internos. 
(HICKS, 2008, apud OPPERMANN, 2016). 
ECL podem ser classificadas de acordo com a etiologia (origem primária ou 
estenoses secundárias) ou de acordo com a anatomia (central, lateral, ou estenose 
foraminal). 
A ECL primária é causada pelo estreitamento congênito do canal medular, em 
que os pedículos são mais curtos. Já a ECL secundária pode resultar de uma ampla 
gama de condições, mas na maioria das vezes relaciona-se à degeneração crônica, 
resultando em instabilidade e compressão das raízes nervosas. Outras causas de 
estenose secundária incluem doenças reumatológicas, osteomielite, traumatismo, 
tumores, e, em casos raros, doença de Cushing. 
Ao contrário, a estenose foraminal relaciona-se com uma radiculopatia. A artrite 
facetária é acausa mais comum de estenose nesta região, em conjunto com a 
 
25 
patologia discal. A estenose de canal incide com maior frequência no nível L4- L5, 
seguido de L5- S1 e L3- L4. 
Como consequência, perde-se também altura do disco, diminuindo o espaço 
do recesso lateral e do forame intervertebral (estenose foraminal), exercendo pressão 
sobre as articulações facetarias e comprimindo as raízes nervosas. Esse aumento de 
carga também pode levar à artrose das facetas, espessamento dos ligamentos 
amarelo e longitudinal posterior, além de hipertrofia das cápsulas articulares e o 
desenvolvimento de cistos facetários (estenose lateral), ocorrendo instabilidade no 
nível afetado. 
A redução da altura do segmento faz o ligamento flavum (ligamento amarelo) 
se dobrar e se espessar, comprimindo a dura-máter espinal em sua porção posterior 
(estenose central), provocando claudicação neurogênica. 
A instabilidade concomitante devido à frouxidão ligamentar e degeneração dos 
discos e facetas intensificam as alterações preexistentes, acelerando o processo 
degenerativo. 
Cada um desses vários processos degenerativos que participam no 
desenvolvimento de ECL pode causar sintomas clínicos independentes e tornam o 
diagnóstico e o tratamento mais difíceis. O sintoma mais comum associado à ECL é 
a claudicação neurogênica intermitente. 
A compressão da raiz provoca inflamação localizada, que afeta estado 
excitatório do nervo, gerando dor. O grau de compressão é aumentado por 
hiperextensão ou hiperlordose da coluna lombar (dobrando o tronco para trás), pois 
estas posturas causam o estreitamento adicional do canal espinhal. Por outro lado, a 
hiperflexão (dobrando o tronco para frente) anula lordose, resultando em um 
alargamento do canal espinhal e alívio dos sintomas. 
A degeneração do disco é frequentemente associada ao DLS, geralmente 
ocorrendo nos níveis lombares mais baixos e causando perda da altura do 
disco por desidratação. Consequentemente, há uma sobrecarga nas 
articulações facetárias, com artrite e hipertrofia articular, causando perda de 
lordose lombar (LL). Há também um componente dinâmico, uma vez que o 
espaço do canal diminui com extensão e aumenta com a flexão-distração do 
tronco. A flexão do tronco aumenta a área dos forames lombares em 12% e, 
em extensão, há uma redução de 15% da área seccional. (ZYLBERSZTEJN, 
2012, apud PAIVA, 2019). 
 
26 
 Diagnóstico 
Ocorre frequentemente queixa de ciatalgia, em alguns casos claudicação 
neurogênica, alterações sensitivas em membros inferiores, perdas motoras, sintomas 
bilaterais, lombociatalgia crônica, alterações em membros inferiores como fadiga, 
sensação de peso nas pernas, parestesias, e ainda bexiga neurogênica e câimbras. 
Os sintomas podem ser unilaterais, mas em geral são bilaterais e simétricos. 
O paciente deverá ser avaliado de forma a excluir seus diagnósticos 
diferenciais, sendo os mais frequentes as alterações vasculares, que se diferenciam 
da estenose de natureza aguda e crônica. Entre as condições agudas que podem 
simular síndrome de cauda equina estão a ruptura de aorta abdominal ou aneurismas 
no ilíaco, dissecção de aorta, isquemia aguda em membros inferiores e trombose 
venosa profunda. 
No caso de doenças crônicas, encontra-se a insuficiência arterial que causa 
isquemia intermitente que mais se assemelha a problemas neurológicos. A 
apresentação de desconforto e dor em membros inferiores durante as caminhadas 
pode ser bem diferenciada entre as duas patologias. Na claudicação neurogênica, o 
paciente apresenta melhora dos sintomas com a flexão do tronco, apresenta melhor 
desempenho ao subir escadas e andar de bicicleta, os pulsos periféricos estão sempre 
presentes, a pele apresenta- se normal, queixa também de lombalgia, diferente da 
claudicação vascular. 
A depender da região da coluna vertebral em que a estenose se desenvolve, 
o indivíduo possuirá sintomas e incapacidades diferentes. (LEE, 2015, apud 
NEPOMUCENO, 2016). 
O exame neurológico na maioria dos casos, apresenta sem anormalidades, 
mas pode alterar se o paciente for solicitado para caminhar ao limite do desconforto. 
Em alguns casos pode-se encontrar um indício de fraqueza motora ou alteração 
sensitiva. 
Podem ser realizados exames radiográficos, mielografia, RNM, 
Eletroneuromiografia, entre outros. 
As radiografias não confirmam o diagnóstico de estenose, mas podem mostrar 
indicações, tais como pedículos curtos em vista de perfil, estreitamento dos pedículos 
na vista em anteroposterior (sinal do prendedor), calcificação dos ligamentos, 
estreitamento foraminal, hipertrofia das facetas articulares. 
 
27 
Alterações de imagens na RNM nem sempre se correlacionam com os 
sintomas, podendo estar presentes em pacientes assintomáticos. No caso de 
pacientes em que exista contraindicação para a realização da RNM ou para aqueles 
em que os achados forem inconclusivos ou ainda para pacientes em que exista uma 
pobre correlação entre os sintomas, a Mielotomografia torna-se o exame de escolha. 
A Eletroneuromiografia (ENMG) é recomendada quando o diagnóstico da 
neuropatia é controverso, em especial em pacientes com diabetes mellitus. 
Com a evolução dos estudos de imagem, o diagnóstico de ECL tornou-se 
mais frequente e preciso7. À suspeita de ECL, exames de imagem são 
indicados, sendo a ressonância magnética (RNM) o exame de escolha, com 
alta sensibilidade. (MOON, 2005, apud PASQUALINI, 2012). 
 Tratamento 
O tratamento conservador deve ser realizado por meio de modificações das 
atividades diárias, envolvendo postura e movimentações corretas, inclusive para 
dormir (colchão firme, decúbito lateral, semifletida, colocação de travesseiro entre os 
joelhos), analgésicos e anti-inflamatórios, em caso de quadro álgico. 
Após a fase aguda, o paciente deve realizada exercícios não vigorosos, como 
caminhadas e hidroginástica. Um colar cervical pode ser útil quando a estenose se 
localizar nessa região. Quando não há melhoras com o tratamento conservador, a 
cirurgia para alargamento do canal é a indicada. 
Tratamento conservador: Em alguns casos, as dores na coluna e nas pernas 
causadas devido à estenose espinhal podem ser tratadas com medicação, injeções 
de corticosteroides, descanso e fisioterapia. Se os sintomas piorarem, medidas 
conservadoras podem não proporcionar alívio, levando pacientes a considerarem 
alternativas mais intensas. 
Cirurgia de descompressão: O procedimento cirúrgico mais frequentemente 
utilizado em casos de estenose cervical é a foraminotomia cervical. O objetivo deste 
procedimento é ampliar o espaço do canal espinhal para aliviar a compressão na 
medula espinhal e os sintomas, tais como formigamento e fraqueza, decorrentes da 
estenose espinhal. 
O procedimento cirúrgico mais frequentemente utilizado em casos de estenose 
espinhal lombar é a laminectomia descompressiva, às vezes acompanhada de fusão 
 
28 
espinhal. Este procedimento envolve a remoção de porções das vértebras, ligamentos 
e/ou abaulamento do (s) disco (s), que comprimem os nervos e/ou a medula espinhal. 
Cirurgia de fusão espinhal: Tradicionalmente, utiliza-se um processo 
cirúrgico chamado fusão espinhal para tratar doenças degenerativas da coluna 
vertebral. Usando enxertos ósseos e instrumentação, como placas metálicas e 
parafusos, este procedimento funde duas ou mais vértebras adjacentes. O seu 
objetivo é estabilizar a coluna vertebral e proporcionar o alívio da dor. 
Espaçador de processo interespinhoso: Um espaçador interespinhoso pode 
ser uma opção para aliviar os sintomas da estenose espinhal. A implantação dos 
espaçadores é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo. Essas peças são 
projetadas para permanecerem entre os processos espinhosos de forma permanente, 
para evitar que os nervos sejam comprimidos. No entanto, elas podem ser removidas. 
Na doença degenerativa, ocorre comprometimento do disco intervertebral, 
formaçãode osteófitos, hipertrofia facetária e ligamentar, levando este 
conjunto de alterações a uma diminuição do diâmetro anteroposterior e 
transverso do canal lombar. (ZOUBOULIS, 2006, apud PASQUALINI, 2012). 
11 ARTROSE 
 
Fonte: itcvertebral.com.br 
O envelhecimento natural somado a outros fatores, como a execução incorreta 
de determinadas atividades físicas ou esforços repetitivos realizados no dia a dia 
podem ser a causa do surgimento de dores intensas nas costas, acompanhadas de 
 
29 
rigidez e dificuldades de movimentação, por exemplo. Estes sintomas podem indicar, 
frequentemente, a presença da chamada artrose da coluna. 
Há mais de cem causas de artrite ou inflamação articular. A mais comum é 
a artrite reumatoide, doença de origem autoimune que provoca grave acometimento 
das articulações, com grande destruição das mesmas. Outra causa é a artrite 
psoriática, associada a formas graves de psoríase cutânea, a artrite gotosa (conhecida 
popularmente como gota), causada pelo depósito de cristais de ácido úrico, a artrite 
reativa, provocada por infecções, a artrite que acompanha doenças sistêmicas como 
o lúpus eritematoso, entre muitas outras. 
O desgaste da cartilagem articular acontece porque os condrócitos, células 
formadoras do tecido cartilaginoso, não se regeneram. Assim, uma vez destruídos, 
não há peças sobressalentes para reparar a cartilagem. Além disso, a cartilagem 
articular não é vascularizada. Ou seja, não recebe seus nutrientes por meio de vasos 
sanguíneos, mas se nutre apenas por embebição (como uma esponja) a partir do osso 
situado logo abaixo da cartilagem, o chamado osso subcondral. 
A partir do nosso pico de desenvolvimento osteoarticular, começa um lento, 
insidioso e, inicialmente, assintomático processo de desgaste, desidratação e 
afilamento da cartilagem, a chamada artrose. A artrose também pode se comportar 
mais agressivamente, com um componente inflamatório local, gerando a artrose 
erosiva, confundida, muitas vezes, com a artrite reumatoide. 
A osteoartrose (OA), uma das perturbações musculoesqueléticas mais 
incidentes no mundo na população idosa, é uma doença que provoca 
degeneração da cartilagem articular, hipertrofia nas margens dos ossos e 
alterações na membrana sinovial que pode afetar toda e qualquer articulação. 
A mobilidade, dificuldade 8 de realizar tarefas cotidianas, dor, incapacidade, 
redução da qualidade de vida e aumento do risco de morbidade e mortalidade 
são comumente encontradas com a presença da OA. (TORRES, 2015, apud 
BEZERRA, 2017). 
Trata-se de uma doença degenerativa, atingindo as articulações que formam a 
coluna. Qualquer um pode ser acometido pela artrose da coluna, mas existe um 
público alvo mais suscetível à patologia: idosos, atletas que forçam as articulações de 
modo excessivo, alguns profissionais como os motoristas de táxi e coletivos, por 
exemplo. 
A artrose da coluna pode ser classificada em dois tipos: Artrose primária (com 
causas desconhecidas); Artrose secundária (tem como causa outras doenças, é o 
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/reumatologia/Paginas/artrite-reumatoide.aspx
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/reumatologia/Paginas/artrite-psoriasica.aspx
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/reumatologia/Paginas/artrite-psoriasica.aspx
 
30 
caso da doença de Paget, por exemplo, ou inflamações, uso das articulações de forma 
intensa, deformidades, entre outras). 
 Sinais e sintomas 
Dor na coluna, no quadril ou no pescoço; Sensação de formigamento ou 
dormência nos braços, no pescoço ou nas pernas, dependendo do local afetado da 
coluna; Mobilidade comprometida pela dor. 
As dores consideradas mais incapacitantes são de grande acometimento, tais 
como lombalgia, cefaleia, epigastralgias e dores musculoesqueléticas. 
(TEIXEIRA, 2003, apud SILVEIRA, 2014). 
 Tratamento 
O tratamento para artrose vertebral pode ser realizado de forma oral (com 
medicamentos anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos). Também 
pode ser indicado sessões de fisioterapia para alívio dos sintomas, evitando assim a 
piora do quadro clínico, e como último recurso, a realização de cirurgia para retirar as 
partes afetadas pela artrose. 
Em casos graves, a cirurgia é a melhor indicação. 
12 TUMORES 
 
Fonte: scielo.br 
 
31 
Os tumores surgem da reprodução e crescimento desordenado das células, 
quando as mesmas se agrupam e formam uma massa sólida. Eles podem ser 
benignos, quando são provenientes de crescimento expansivo das células, ou 
malignos, quando este crescimento tem caráter infiltrativo com destruição dos tecidos 
(câncer). 
A maior parte dos tumores benignos na coluna vertebral são meningiomas, 
sendo estes denominados tumores primários da medula espinhal, originários de 
células próximas à medula espinhal, tais como as das meninges. Os meningiomas e 
neurofibromas, são os tumores primários mais comuns da coluna vertebral. 
O sarcoma de Ewing (ES) é um tumor ósseo primário que acomete 
principalmente crianças e adolescentes. Ele faz parte de um grupo de 
neoplasias malignas conhecido como Tumores da Família do Sarcoma de 
Ewing (ESFT) que contempla os tumores de Ewing extra esqueléticos (em 
partes moles) e os tumores primitivos neuroectodérmicos (PNET). O ES é 
considerado o segundo câncer ósseo mais comum em crianças, no entanto 
representa apenas 3 por cento de todas as malignidades da faixa etária. 
Quando diagnosticado precocemente, a sobrevida dos pacientes com ES 
pode chegar até 75 por cento em 5 anos. (GASPAR, 2015, apud BECKER, 
2016). 
Os tumores malignos são gliomas, que surgem a partir de outras células da 
medula espinhal, e os sarcomas, que originam dos tecidos conjuntivos da coluna 
vertebral. Tumores secundários da medula espinhal, que são mais frequentes, são 
metástases de um câncer originado em outra parte do corpo e, por isso, são sempre 
cancerosos. As metástases propagam-se com mais frequência para as vértebras 
quando os cânceres têm origem em outras partes do corpo. Esses cânceres incluem 
Câncer do pulmão, Câncer de mama, Câncer de próstata, Câncer do rim, 
Câncer da tireoide, Linfomas, Melanoma, Metástases geralmente pressionam 
(comprimem) a medula espinhal ou as raízes nervosas do lado de fora. Muitos desses 
tumores invadem e destroem o osso antes de comprimirem a medula espinhal. 
 Sinais e sintomas 
Os mais comuns são: dor nas costas progressiva e implacável, não relacionada 
à atividade física, bem localizada para o segmento da coluna envolvido e mais grave 
durante a noite; problemas intestinais ou na bexiga; disfunção sexual; alterações na 
sensibilidade ou fraqueza muscular dos braços e pernas. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/tumores-pulmonares/c%C3%A2ncer-do-pulm%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/dist%C3%BArbios-de-mama/c%C3%A2ncer-de-mama
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/c%C3%A2nceres-do-rim-e-do-trato-geniturin%C3%A1rio/c%C3%A2ncer-de-pr%C3%B3stata
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/c%C3%A2nceres-do-rim-e-do-trato-geniturin%C3%A1rio/c%C3%A2ncer-renal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/c%C3%A2ncer-da-tireoide
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/linfomas/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-linfoma
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/c%C3%A2nceres-de-pele/melanoma
 
32 
 Tratamento 
O tratamento também varia de acordo com o tipo de tumor, podendo incluir 
cirurgia e radioterapia, por exemplo. 
Os tumores da medula espinhal localizados nas células próximas à medula 
espinhal (e não dentro dela) são, em sua maioria, metastáticos. 
13 DOENÇAS DEGENERATIVAS DO SNC 
 
Fonte:vertebrata.com.br 
É indispensável para o profissional da saúde o conhecimento da patologia 
para que aplique e elabore uma melhor conduta, com o intuito de proporcionar 
à pessoa acometida uma melhoria, principalmente no que se refere ao quadro 
sintomatológico e, consequentemente, proporcionar melhorias na sua 
qualidade de vida. (ROUZI, 2012, apud BEZERRA, 2017). 
As doenças degenerativas do SNC podem ser didaticamente divididas em 
quatro grupos clínicos: Demência, Fasciculações, Bradicinesia e ataxia. 
 Demência 
O cuidado ao idoso com demência ocasiona inúmeras e distintas 
repercussões na vida dos cuidadores, destacando- -se a exaustão, o 
desgaste físico e emocional. (OLIVEIRA, 2012, apud LEITE, 2017). 
 
33 
A DA caracteriza-se por alargamento global dos sulcos corticais, 
particularmente das estruturas mesiais dos lobos temporais. Este comprometimento 
preferencial dos hipocampos é bem caracterizado nos estudos de RM, desde que os 
mesmos sejam orientados conforme a angulação dos lobos temporais. 
A avaliação da atrofia dos hipocampos pode ser subjetiva ou visual, como 
habitualmente se faz na prática clínica, ou pode-se fazer a análise quantitativa através 
da volumetria dos hipocampos, geralmente utilizada para pesquisas e para análise 
comparativa fidedigna. Na maioria dos casos existe um alargamento ventricular 
proporcional à redução corticosubcortical. 
Entre 30 e 70 anos ocorre uma redução de 20% a 30% da flexibilidade, 
provocando uma diminuição de mobilidade que acarretará na perda 
progressiva da amplitude e movimento e o aumento do enrijecimento. 
(DANTAS, 2002, apud BERTOLDI, 2016). 
 Fasciculações 
As doenças do neurônio motor (DNM) são alterações degenerativas incomuns 
do SNC, e o subgrupo mais frequente é a esclerose lateral amiotrófica (ELA). A ELA 
se apresenta com fasciculações, hiperreflexia e amiotrofia. Um dos papéis dos 
métodos de imagem na ELA ainda é a exclusão de alterações tratáveis da coluna 
cervical que possam mimetizar os sintomas da ELA (hérnias de disco, espondilose 
severa, tumores da medula espinhal e malformações da transição crânio-cervical). 
A medula espinhal pode ter aspecto normal de imagem até as fases tardias da 
doença onde se observa atrofia e alterações de sinal na topografia dos tratos 
corticoespinhais. 
Estimativas demográficas apontam que, em 2020, haverá cerca de 29,8 
milhões de pessoas com 60 anos ou mais e aproximadamente 4,7 milhões 
de indivíduos com mais de 80 anos. (BURLÁ, 2013, apud LEITE, 2017). 
 Bradicinesia e ataxia 
Um dos grandes desafios que os portadores de Parkinson enfrentam é a 
diversidade de sintomas e como estes se manifestam. A presença de quadro álgico é 
um desses sintomas. Em cada parkinsoniano, ela surge (ou não) em um lugar e em 
uma intensidade. 
 
34 
Dor muscular: Esta é definitivamente a queixa mais comum, quando o assunto 
é dor na doença de Parkinson. Muitas vezes, a causa é a rigidez dos músculos e a 
lentidão dos movimentos, principalmente na região dos membros inferiores e coluna 
lombar. Com a progressão da doença a dor pode se intensificar. Exercícios leves, 
como caminhadas e alongamento, assim como fisioterapia auxiliam no controle da 
dor. 
Câimbra e distonia: Embora sejam confundidos com frequência e provoquem 
uma dor semelhante, câimbra e distonia são problemas distintos. Câimbra: Contração 
muscular, espasmódica e dolorosa; Distonia: Movimento involuntário dos músculos 
(espasmos), provocando movimentos e posições anormais de uma parte ou da 
totalidade do corpo. Ela afeta tanto pernas, pés e mãos, como pescoço, pálpebra e 
face e pode fazer com que um braço puxe para trás ou a cabeça para frente, por 
exemplo. A distonia, no entanto, é normalmente relatada pela manhã, quando o efeito 
da medicação está passando. 
Discinesia: Esta dificuldade em controlar movimentos voluntários pode causar 
dor em qualquer parte do corpo. Normalmente, ela ocorre com os parkinsonianos que 
usam a medicação levodopa por muito tempo. 
Dor radicular: Essa dor ocorre quando um nervo próximo ao pescoço ou à 
região lombar sofre uma compressão. Ela irradia para os membros superiores e 
inferiores. Muitas vezes, ocorre parestesia nos dedos. Os grandes causadores são a 
mudança na postura e a falta de mobilidade típicas dos parkinsonianos. Massagem, 
compressas quentes e analgésicos podem aliviar. 
Profissionais da área da saúde usualmente aplicam escalas padronizadas de 
avaliação para quantificar a condição clínica e funcional do paciente, assim 
como os sintomas motores e não motores da doença de Parkinson (DP), 
baseando a pontuação na observação qualitativa e/ou autopercepção do 
indivíduo. (RABELO, 2017, apud WERNER, 2019). 
https://www.erichfonoff.com.br/estagios-do-parkinson/
 
35 
14 ESPONDILOLISTESE 
 
Fonte: ceatico.com.br 
 Espondilolistese, do grego spondilos, vértebra, e olisthesis, luxação, é o 
escorregamento ou a luxação de um corpo vertebral sobre o outro. Representa uma 
forma relativamente frequente de instabilidade da coluna vertebral, atingindo cerca de 
5% da população geral. Na maioria das vezes são bem toleradas com o tratamento 
clínico ou apenas o seguimento, mas alguns casos podem precisar de cirurgia. 
O termo espondilolistese é definido como uma translação de uma vértebra 
sobre a outra em sentido anterior ou posterior. No adulto isso ocorre na coluna lombar, 
como resultado de um defeito na arquitetura óssea, trauma ou processo degenerativo. 
Em termos biomecânicos, a espondilolistese degenerativa é uma das 
patologias da coluna vertebral menos conhecida (JOSZKO, 2017, apud 
FOURNIER, 2018). 
A se considerar que a espondilolistese é "um deslizamento de uma porção da 
coluna sobre outra adjacente", devemos lembrar que a coluna que deslizou levou todo 
o tronco com ela e isso pode trazer consequência clínica. 
A etiologia dessa patologia é multifatorial e não está perfeitamente clara. A 
história natural não está bem estabelecida a partir do ponto de vista do conhecimento 
de suas reais causas, de sua patogênese e de seu desenvolvimento. 
O tipo mais frequente de espondilolistese é a ístmica, em que há lesão na 
porção interarticular, que pode estar fraturada (espondilólise) ou alongada. Acredita-
 
36 
se que seja decorrente de múltiplos processos de microfraturas e consolidações, que 
alteram a morfologia das vértebras, tornando-a mais alongada. 
 A gravidade da situação é medida através do grau da listese. Um 
escorregamento de até 25% representa o grau I, de 25 a 50% grau II e assim por 
diante. O diagnóstico pode ser realizado através de exame radiológico simples, porém 
a TC e a RNM fornecem informações relevantes para instituir o tratamento. 
Uma das patologias que podem acometer a coluna vertebral é a 
espondilolistese, que se caracteriza pelo deslizamento anterior de um corpo 
vertebral sobre a vértebra subjacente. (LIM, 2009, apud OLIVEIRA, 2013). 
 Classificação da espondilolistese 
Classificação de Wiltse, Newman e Macnab: As listeses são divididas em cinco 
grupos: 
Displásica: Anomalia da porção superior do sacro ou do arco de L5; 
Ístima: Lesão do istmo vertebral por fratura de fadiga; 
Degenerativa: Secundária a processo degenerativo do disco ou articulação 
intervertebral posterior; 
Traumática: Fratura aguda do arco posterior da vértebra; 
Patológica: Enfermidade óssea que acomete o arco posterior (exemplo: tumor 
ósseo). 
 Classificação conforme a intensidade de deslizamento 
Grau I: 0 a 25% 
Grau II: 25% a 50% 
Grau III: 50% a 75% 
Grau IV: 75% a 100% 
O Grau V é denominado Pitose Vertebral. 
 Sinais Sintomas 
Dor Lombar; Dor irradiada (dor Ciática); Quadro álgico nos membros inferiores 
ao deambular; Formigamento; Encurtamento dos músculos posteriores dos membros 
 
37 
inferiores; Perda de força e coordenação dos movimentos; Incapacidade de 
deambular. 
 Causas da espondilolistese 
A espondilolistese degenerativa ocorre em adultose idosos, pois é provocada 
pelo desgaste das articulações facetarias, como parte do quadro de degeneração da 
coluna. 
A espondilolistese ístmica ocorre por um defeito das articulações facetarias, 
que pode ser de natureza congênita ou devido a lesões ocorridas na infância. Como 
pode ser por uma má-formação congênita, a espondilolistese ístmica é comum na 
infância e adolescência. 
O desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco 
é um forte indício para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. 
(KOLYNIAK, 2004, apud BERTOLDI, 2016). 
 Tratamento 
 O tratamento convencional pode ser realizado através da fisioterapia. O 
tratamento cirúrgico está indicado quando há falha no tratamento clínico conservador, 
instabilidade radiológica com presença de sintomas neurológicos, piora progressiva 
da listese, listese maior de 50% ou lombalgias incapacitantes. 
Conservadores: Medicações (Anti-inflamatórios, relaxantes musculares, 
analgésicos); Fisioterapia; Acupuntura; Reabilitação Muscular. 
Cirúrgico: Indicado quando o tratamento conservador não surge efeito. Fusão 
(Artrodese); Fixação Dinâmica. 
 
38 
15 PROCESSOS INFLAMATÓRIOS 
 
Fonte: fisioterapiamanual.com.br 
 Espondilite anquilosante 
A espondilite anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica que 
acomete, preferencialmente, as articulações sacroilíacas e o esqueleto axial, 
levando ao comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. 
Atualmente, os agentes imunobiológicos têm se mostrado como drogas 
eficazes no tratamento desta doença. (WARD, 20156, apud CONCEIÇÃO, 
2017). 
Entre as doenças inflamatórias da coluna vertebral o grupo das 
espondiloartropatias são importantes. Fazem parte dessas doenças: espondilite 
anquilosante, artrite reativa, artrite psoriásica, artrite das doenças inflamatórias 
intestinais (retocolite ulcerativa, doença de Crohn) e as formas indiferenciadas, visto 
que todas em alguma fase de sua evolução poderão ter estruturas da coluna vertebral 
acometidas. 
É uma doença crônica inflamatória que acomete preferencialmente a coluna 
vertebral, podendo evoluir com limitação funcional progressiva e rigidez da mesma. 
Ela também pode comprometer articulações periféricas (ombros, joelhos, tornozelos, 
coxofemorais, entre outros.). 
O processo inflamatório atinge todas as estruturas da coluna particularmente, 
a inserção dos tendões e ligamentos no periósteo (estrutura que envolve os ossos) e 
na sua evolução ossificação abaixo dos ligamentos em qualquer região, dando origem 
as pontes ósseas entre os corpos vertebrais (sindesmófitos). 
 
39 
Esse processo promove o enrijecimento de qualquer região da coluna 
(anquilose fibrosa e óssea). 
Entre os sintomas podemos citar: Quadro álgico na região lombar (L4-L5 
geralmente). A dor é de intensidade variável, geralmente com piora noturna e, pela 
manhã ou após períodos de inatividade. Melhora com exercícios e banhos quentes. A 
dor pode estender-se à coluna dorsal ou cervical, bem como em outras articulações 
periféricas como joelhos, ombros, tornozelos. 
 Tratamento 
O paciente deverá ser informado e conscientizado de todos os aspectos da 
afecção, enfatizando que a doença não é curável. O diagnóstico precoce e tratamento 
correto permitirá uma evolução favorável, com qualidade de vida satisfatória. 
O tratamento farmacológico permite intervir de maneira precoce na inflamação 
e, tem como objetivo reduzir a dor e minimizar as sequelas. São utilizados anti-
inflamatórios não hormonais, analgésicos não narcóticos, anti-inflamatórios 
hormonais (infiltrações), e terapias que procuram modificar a evolução da doença. Nos 
casos em que a terapia convencional não exerce mais efeito (refratária à terapêutica 
l), utilizam-se as terapias biológicas. 
A reabilitação física é fundamental, sendo a motora e respiratória 
(cinesioterapia), a natação e a hidroginástica as opções com melhores resultados. O 
tabagismo obrigatoriamente tem que ser abolido, visto que em vários casos a 
expansão do tórax está prejudicada, o que aumenta o risco de infecções. As 
articulações periféricas deverão ser protegidas por órteses. 
O apoio psicológico e vocacional é necessário, sendo que os familiares devem 
ser alertados quanto à agregação familiar dessa doença, o que obviamente não os 
impedirá de ter filhos. 
As deformidades são observadas após um período de 10 anos ou mais de 
evolução, quando o diagnóstico não for realizado precocemente e o tratamento não 
for eficaz. 
O uso de terapia biológica modificou profundamente o tratamento da artrite 
reumatoide (AR) e da espondilite anquilosante (EA), ambas doenças 
inflamatórias reumáticas que provocam incapacidade e afetam a 
funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes. (BRAUNS, 2010, apud 
MACHADO, 2016). 
 
40 
16 INFECÇÕES 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
As infecções da coluna podem ser agudas ou crônicas. As infecções agudas 
são mais frequentemente piogênicas enquanto as infecções crônicas podem ser 
secundárias a doença piogênicas, fúngica ou granulomatosa. 
A causa mais frequente é a infecção do trato urinário, mas qualquer fonte de 
infecção (por exemplo: abcesso dentário, pneumonia) pode infectar a coluna. Doentes 
diabéticos e imunossuprimidos estão em maior risco 
 Sinais e Sintomas 
O quadro álgico se agrava com as atividades do dia a dia e carregar pesos. Os 
doentes frequentemente referem uma dor intensa que se alivia apenas quando se 
deitam. A febre, calafrios, cefaleias e doença sistêmica estão presentes em graus 
variáveis. A infecção crônica associa-se muitas vezes com perda de peso e fadiga e 
são frequentes a febre e suores noturnos. 
O não tratamento ou insucesso no tratamento da osteomielite aguda, 
associado a fatores como lesões importantes dos tecidos moles envolventes, 
pobre vascularização óssea, compromisso sistémico e microrganismos 
múltiplos e resistentes, conduz a um estado de infeção óssea crônica e 
refratária, cuja atividade inflamatória constante tem como consequências a 
destruição óssea e pode favorecer o desenvolvimento de neoplasias. 
(PANTELI, 2014, apud MOURA, 2017). 
 
41 
17 TUBERCULOSE VERTEBRAL 
 
Fonte: medicinanet.com.br 
A tuberculose óssea na coluna, também chamada de Mal de Pott, é o tipo de 
tuberculose extrapulmonar mais comum e pode atingir várias vértebras ao mesmo 
tempo, gerando sintomas graves e incapacitantes. 
A doença acontece quando o Bacilo de Koch, passa para o sangue e aloja-se 
na coluna, preferencialmente nas últimas vértebras torácicas ou lombares. Ao 
escolher o local, o bacilo instala-se e inicia o processo de destruição óssea, levando 
ao comprometimento de todas as articulações da coluna. 
 Sinais e Sintomas 
Fraqueza em membros inferiores; Dor progressiva; Massa palpável no final da 
coluna; Comprometimento do movimento; Rigidez da coluna; pode ocorrer perda de 
peso e febre. 
Com o passar do tempo caso não haja boa resposta ao tratamento, pode evoluir 
para compressão medular e consequente paraplegia. 
O diagnóstico da tuberculose óssea depende da realização de exames de 
radiografia, TC e cintilografia, mas a melhor forma de diagnosticar é através da biópsia 
do osso, chamada biópsia óssea e PPD. 
 
42 
 Tratamento 
O tratamento inclui a imobilização da coluna com uso de um colete, repouso, 
antibióticos e fisioterapia. Em alguns casos pode ser preciso realizar uma cirurgia para 
drenar os abcessos ou estabilizar a coluna. 
18 HÉRNIA DISCAL 
 
Fonte: neurocirurgiabh.com 
A Hérnia discal é uma doença do aparelho locomotor que atinge com maior 
prevalência as regiões lombar e cervical da coluna, esta associa-se à ruptura 
do anel fibroso e ao subsequente deslocamento do núcleo pulposo, gerando 
dor local podendo irradiar para membro inferior ou superior, dependendo da 
origem da lesão. Apesar de ter origem multifatorial as causas mais frequentes 
são as mecânico-posturais e degenerativas, secundáriasao desgaste 
gradativo do disco intervertebral resultante da adoção de má postura, 
excesso de peso sustentado e desequilíbrio muscular como a fraqueza da 
musculatura estabilizadora da coluna (SIQUEIRA et al., 2014, apud 
OLIVEIRA, 2016). 
A parte óssea da coluna vertebral é composta pelas vértebras. No interior das 
vértebras existe um canal, por onde passa a medula espinhal e as raízes nervosas. 
Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, que 
são estruturas cilíndricas, formadas por um anel (ânulo) fibroso na parte mais externa 
e uma porção mais gelatinosa (núcleo pulposo) no interior. A função destes discos é 
amortecer o impacto, absorver os choques, e evitar o atrito entre uma vértebra e outra. 
 
43 
Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo, com o uso repetitivo ou 
inadequado. Nessas situações podem ocorrer as hérnias de disco, ou seja, parte dos 
discos sai da posição normal e comprime a medula ou raízes nervosas. 
A hérnia discal é comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais 
expostas ao movimento e que suportam mais carga. Além disso a região torácica é 
menos móvel e mais firme pela presença da caixa torácica. 
Predisposição genética é a causa de maior importância para a formação de 
hérnias discais, seguida do envelhecimento, do sedentarismo e do tabagismo. O 
esforço físico inadequado, também compromete a integridade do sistema 
osteomuscular que dá sustentação à coluna vertebral e favorecer o aparecimento de 
hérnias discais. 
 Sintomas 
A hérnia de disco pode ser assintomática. Esse é um dado muito importante, 
pois atualmente realiza-se muitos exames de imagem como RNM e TC, e é muito 
comum a presença de hérnias de disco que não são diretamente responsáveis pelos 
sintomas do paciente, no entanto, este fica preocupado com o laudo e pode passar a 
tomar medidas que acabem prejudicando mais ainda a saúde da coluna, como por 
exemplo, a suspensão de atividades físicas. Após os 50 anos, 30% das pessoas 
apresentam alguma forma assintomática desse tipo de problema na coluna. 
A hérnia de disco aguda pode provocar dor intensa nas costas, ou quando há 
compressão nervosa, a dor pode irradiar para a região correspondente ao nervo que 
foi atingido, a perna na região lombar e o braço na região cervical. 
Outros sintomas que podem estar associados à dor são parestesias 
(formigamento, dormência, anestesia) e paresias (fraqueza muscular), principalmente 
ao movimentar os pés nos casos das hérnias lombares, os braços ou mãos nas 
hérnias cervicais. 
A suspeita diagnóstica parte da avaliação clínica, levando em conta as 
características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como a 
radiografia, TC e RNM ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região 
da coluna está localizada. 
 
44 
 Tratamento 
Em algumas situações o tratamento cirúrgico deve ser considerado de maneira 
urgente: perda de força progressiva, dor incapacitante e refratária aos medicamentos, 
síndrome de cauda equina (perda de sensibilidade na região genital e membros 
inferiores associada a perda de força) e síndrome de compressão medular. 
No entanto, na maioria das vezes, as hérnias de disco lombares melhoram com 
o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, repouso e sessões de fisioterapia e 
acupuntura. O repouso absoluto não deve ser superior a dois dias, a não ser que o 
médico tenha assim orientado, pois pode causar enfraquecimento da musculatura 
sustentadora da coluna. 
As hérnias de disco na coluna cervical também podem ser tratadas 
conservadoramente ou cirurgicamente, considerando a gravidade dos sintomas e o 
déficit motor. A cirurgia é indicada quando o paciente apresenta alguma disfunção 
neurológica grave como perda de força progressiva ou quando não melhora com o 
tratamento clínico. 
O método Pilates é citado na literatura como sendo capaz de estimular a 
circulação, melhorar o condicionamento físico, aumentar a flexibilidade e a 
amplitude muscular e melhorar o alinhamento postural. Apresenta também 
aumento nos níveis de consciência corporal e na coordenação motora. Tais 
benefícios ajudam a prevenir lesões e proporcionar um alívio de dores 
crônicas. (BRYAN, 2003, apud LIMA, 2009). 
 Prevenção 
O principal é adquirir hábitos saudáveis de vida como prática regular de 
atividade física, exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura 
abdominal e paravertebral, assim como postura. 
19 CONCLUSÃO 
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio 
até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total. Composta por 
tecido conjuntivo, tecido ósseos (vértebras), tecidos moles como músculos, 
ligamentos, cápsulas, tendões e discos, sendo estas estruturas responsáveis pela 
flexibilidade da coluna vertebral. 
 
45 
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: 
Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea. Sendo sete vértebras cervicais, 
doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e cerca de quatro coccígeas. 
A dor lombar constitui uma causa frequente de morbidade e incapacidade, 
sendo sobrepujada apenas pela cefaleia na escala dos distúrbios dolorosos que 
afetam o homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
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