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dermatologia de cães & gatos
As principais funções da pele são: secreção glandular, produção de anexos (unhas
e pelo), barreira (água e eletrólitos), proteção contra agentes externos, regulação
térmica, percepção sensorial, movimento e forma, ação antimicrobiana, produção
de vitamina D e pigmentação.
➔ quem tem uma barreira cutânea defeituosa não tem toda a proteção contra
os agentes externos – faz proteção contra agentes externos e impede saída
de água – a pele dos animais que tem essas barreiras defeituosas é mais
seca – caso de pele ressecada.
O cão e o gato não têm glândulas sudoríparas por todo o corpo, então eles não
suam tanto, perdendo calor pela respiração, apesar de possuírem glândulas
sebáceas. A pele do cão apresenta 5 camadas e as glândulas sudoríparas exócrinas
estão concentradas apenas nos planos nasal, coxins palmares e plantares. As
principais bactérias que acometem os animais domésticos são Staphylococcus e
Streptococcus (gato).
Os principais problemas apresentados por animais com
dermatopatias são crostas, prurido, úlceras, entre outros.
O diagnóstico clínico irá levar em conta fatores como
idade, raça, sexo (cio; estressa), anamnese e histórico
(ambiente, tratamentos anteriores, doenças
concomitantes, curso da doença, aspecto inicial e atual
das lesões e presença de prurido ou ectoparasitas). No
geral, as doenças de pele não apresentam evolução
aguda, com excessão da hot spots.
➔ o reflexo otopodal deve ser feito no exame físico (sarna sarcóptica).
O diagnóstico, em dermatopatias, utiliza-se dos métodos
laboratoriais (como raspado de pele/fita adesiva para detectar
ácaros e fungos, com lâmpada de Wood para suspeita de
dermatofitose com Microsporum canis, cultura para bactérias ou
fungos, citologia feita com PAAF, swab, fita e imprint, biopsia
(feita por bisturi ou punch para realizar exame de histopatologia),
arrancamento de pelos (ectoparasitas, dermatófitos e estrutura do
pelo), esfregaço (citologia), teste intradérmico (atopia) e escovação com pente fino
(observar pulgas). Outros testes complementares, para doenças sistêmicas, são:
hemograma, bioquímico (perfil hepático e renal), urinálise, radiografia, dosagem
hormonal, entre outros.
● em gatos, geralmente realiza-se fita adesiva.
● testes alérgicos não são utilizados para diagnóstico (uso de vacinas e
manutenção).
● o propoxur é um inseticida e acaricida da classe dos carbamatos; o
● amitraz é da classe das amidinas, atuando contra ácaros, sarnas e
carrapatos: o reversor é a ioimbina. Apresenta efeito residual baixo e efeito
knock downmuito rápido.
● os piretroides apresentam efeito residual baixo, devendo ser utilizados
como pour on.
● o fipronil é um fenilpirazol e apresenta alto efeito knock down e atua contra
carrapatos, pulgas, moscas, sarnas e piolhos. Apresenta efeito residual longo,
devido à sua alta lipossolubilidade. Não pode ser utilizado em coelhos!
Apresenta alta segurança clínica e pode ser utilizado em filhotes.
● as nitroguanidinas, como dinotefuran e imidacloprida apresentam efeito
residual de 4 semanas e atuam contra insetos (pulgas)
● a moxidectina apresenta efeito residual longo e não apresenta efeito knock
down. É de efeito sistêmico
● o nitenpiram é da classe das nitroenaminas, não apresenta efeito residual e
atua contra pulgas e moscas
● as principais isoxazolinas apresentam alta segurança clínica, efeito residual
de 12 semanas e efeito knock down. Atua contra ácaros, pulgas, carrapatos,
insetos, sarnas, moscas e piolhos. Os principais princípios ativos são:
afoxalaner (Nexgard), furalaner (Bravecto), sarolaner (Simparic) e lotilaner
(Credeli).
● o piripoxifen, metoprene e fenoxicarb é um agonista do hormônio infantil,
atuando em fases imaturas. Fleegard.
dermatoses fúngicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ╰──╮
Os dermatófitos afetam pele, pelos e unhas, afetando cães e gatos de qualquer
idade, mas afetando principalmente gatos filhotes ou animais filhotes. São fatores
predisponentes idade, estado nutricional e hormonal, maturidade sexual e doença
concomitante. Ao contrário, são fatores de resistência a pele e as mucosas e ação
antifúngica do suor e secreção sebácea.
Esses fungos são queratinofílicos (se alimentam de queratina, causando
hipotricose ou alopecia). Os mais comuns sãoMicrosporum e Trichophyton.
Podem ser classificados como antropofílicos, zoofílicos (M. canis, sendo mais
comum em gatos e T. mentagrophytes) e geofílicos (M. gypseum). Além disso,
podem ser denominados como ectothrix (zoofílicos; esporos fora do pelo) ou
endothrix (alguns são antropofílicos).
● Em gatos, o Microsporum canis pode ser assintomático/com cronicidade
(sem lesões, rarefação pilosa e pequenas descamações). As lesões podem
ser levemente elevadas, extensas, irregulares ou circunscritas com certa
hiperpigmentação e podem persistir por semanas, meses ou anos.
● Em cães, os portadores “assintomáticos” de Microsporum canis
apresentam áreas circulares descamativas e parcialmente alopécicas.
● O Trichophyton é mais comum em ratos. Ocasionalmente pode causar
onicomicose (afetar as unhas), reação inflamatória intensa, edema, alopecia,
supuração e crostas (piodermite profunda).
Os principais sinais clínicos são “tinha” ou área circular de rápido crescimento,
alopecia parcial a total, pelos quebradiços, pele seca e descamação, seborreia,
infecção bacteriana secundária (incomum), “kerion” ou um nódulo doloroso,
pruriginoso ou lesão inflamatória grave, com edema e secreção purulenta. Os
sinais dependem da raça, da susceptibilidade individual e do agente causal. Os
fungos apresentam crescimento centrífugo (afastando-se do centro), causando
lesão anular ou circular.
OBSERVAÇÃO .
Esporos viáveis são transmitidos pelo contato com animal infectado, ambiente
contaminado ou ainda por via aerógena (invadem a queratina). Os fungos não
prosperam em pele inflamada ou com secreção purulenta. Alguns portadores
podem ser assintomáticos.
O diagnóstico com lâmpada de Wood serve
para M. canis e deve ser feita em uma sala
escura (a lesão irá fluorescer), pode ser feito
raspado de pele, unhas, pelos afetados
(periferia da lesão!) com exame de KOH 10% e
lâmina corada. Além disso, pode ser feito
exame direto no pelo, cultura (técnica escova
de dentes ou carpete), biopsia ou cultura e
biopsia.
➔ na foto: macroconídios deM. canis
Nem todas as espécies de Microsporum são
identificados pela lâmpada de Wood: lembrar
que a clínica é soberana.
Os principais diagnósticos diferenciais para dermatofitose são demodicose,
dermatite de contato, piodermite, seborreia, doenças imunomediadas ou
endócrinas e histiocitoma.
TRATAMENTO .
Geralmente, casos de M. canis são auto limitantes e a tosa pode
promover uma piora parcial. Deve-se evitar pomadas, cremes e loções
(tiabendazol, miconazol e cetoconazol), exceto em animais de pelo curto
ou em cães. O tratamento (tópico) deve ser feito com cetoconazol 2%
spray (vet), Micolytic aerossol (miconazol), Vodol loção (miconazol,
humano), Lamisil creme (terbinafina, humano). Podem ser feitos
banhos 1 a 2x/semana (até cultura negativa) com clorexidina 3%
(manipulação Hexadene Spherulites), miconazol 2%, cetoconazol 2%
(shampoo ou spray), clorexidina 2% + miconazol 2,5% (ou Cloresten shampoo) e
tiuran.
● banhos com clorexidina 3% ressecam muito a pele, devendo ser feitos 1
banho por semana, ao invés de 2 banhos por semana.
Os antifúngicos são extremamente hepatotóxicos, devendo ser evitados (uso
sistêmico) em animais filhotes.
● pseudomicetoma tratamento cirúrgico + itraconazol ou terbinafina
● lufenuron não funciona!
● vacina biocan M eficácia não compprovada – induz imunidade celular
Além disso, como TRATAMENTO SISTÊMICO, pode-se utilizar imidazóis (ação
antibacteriana, antiprotozoária e fungicida) mantendo por 3 a 4 semanas após
cultura negativa; cetoconazol 10mg/kg/24h/VO COM ALIMENTO; realizar
PULSOTERAPIA semanal ou 2 dias na semana; terbinafina 20-30mg/kg VO por
14 dias (>5 semanas na pele; Lamisil); griseofulvina (micro 50 a 60mg/kg com
alimento gorduroso) é fungistática,hepatotóxica e teratogênica, estando em
desuso.
➔ cetoconazol não é licenciado para cães e gatos: HEPATOTÓXICO.
➔ a terbinafina permanece na pele por até 5 semanas: realizar por apenas 14
dias.
➔ a pulsoterapia pode ser indicada em animais que já fizeram o tratamento
individual.
No ambiente, a cada 2 semanas aplicar formol ou hipoclorito de sódio.
Deve-se tratar todos os animais infectados e portadores assintomáticos
malassezíase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .╰──╮
É causada pela Malassezia pachydermatis, uma levedura que está presente em
pequenas quantidades no conduto auditivo e em regiões
de pele úmida, como dobras e perilabial.
➔ pode haver hipersensibilidade com o
supercrescimento da levedura.
Em cães, pode ser secundária a endocrinopatias,
demodicose, atopia, entre outras. As raças mais acometidas
são West Highland, White Terrier, Cocker, Teckel, Pastor
Alemão e Labrador. Em gatos, é RARO
de acontecer (suspeitar de FIV e FeLV).
O diagnóstico é clínico (pele com aspecto ressecado, porém
gordurosa e com cheiro rançoso) ou laboratorial, por coleta de
swab (coloração cotton blue).
TRATAMENTO .
O tratamento pode ser sistêmico e/ou banhos.
➔ prioridade: banhos
Para banhos, utilizar clorexidina 3%, miconazol 2% (Micolytic aerossol), Cloresten
shampoo, cetoconazol 2% shampoo e clorexidine + cetoconazol (ou Micodine
shampoo).
O tratamento sistêmico pode ser feito com cetoconazol 10mg/kg/24h VO,
itraconazol 10mg/kg/24h VO, pulsoterapia semanal ou 2 dias na semana e
terbinafina 20 a 30mg/kg VO por 2 a 4 semanas.
dermatoses parasitárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . .╰──╮
As principais dermatoses parasitárias são causadas por pulgas, piolhos, sarnas
(sarna sarcóptica acomete cães e humanos; a sarna notoédrica acomete gatos e
humanos; a sarna demodécica acomete cães e gatos; a sarna otodécica acomete
cães e gatos) e carrapatos.
O principal sinal clínico de dermatoses parasitárias é o prurido.
PULGAS .
As principais são Ctenocephalides felis e Ctenocephalides canis; são parasitas
facultativos e, em 90% dos casos, o prurido ocorre devido à irritação mecânica. As
pulgas sobrevivem sem alimento por até 04 meses e transmitem Dypilidium
caninum, Mycoplasma hemocanis eM. hemofelis. Podem causar DASP/DAPP.
Deve-se limpar o ambiente. O tratamento pode ser feito com Bravecto, Cerenia,
Revolution ou Nexgard. Deve-se, além disso, tratar infestações por D. caninum
(praziquantel) ouMycoplasma sp.
● o D. caninum sai ativamente pelo ânus e pelas fezes; andar de “trenó”. O
melhor diagnóstico é clínico e não pela coprocultura (os ovos não estão nas
fezes: estão na próglote).
● fezes de pulgas são “sangue”: teste com água oxigenada.
● as larvas escondem-se em níveis mais “profundos”: tapetes, camas de
animais e frestas. Além disso, os ovos são depositados no animal, mas
escorregam pelo pêlo e caem no ambiente: CONTROLE AMBIENTAL. Ao
contrário das larvas, as pulgas adultas apresentam fototaxia.
O diagnóstico é clínico por visualização da pulga adulta (papel ou pente fino),
ovos ou larvas. O tratamento é feito com inseticidas (banhos) como piretroides
(melhores para filhotes): Deltacid shampoo/sabonete (H), Escabin shampoo (H:
deltametrina), Astor (V: permetrina; cães) e Butox (deltametrina; usar em cães e no
ambiente), formamidina: Triatox (V), Amipur (V; amitraz – usar em cães);
organofosforados: Neguvon, Asuntol (toxicidade) e outros, como Benzoato de
benzila (não é licenciado para uso em gatos).
Outros inseticidas tópicos são: talcos Pulgoff (cães) e Bolfo propoxur, coleiras
Preventic (amitraz), Pulgoff, Defender (diazinon), Frontmax (fipronil, piriproxifen e
permetrina), Leevre (deltametrina e propoxur), Seresto para gatos (flumetrina e
imidacloprida).
● GATOS NÃO PODEM UTILIZAR COLEIRAS À BASE DE PERMETRINA, POIS
PODEM INTOXICAR: ao prescrever coleiras para um cão, deve-se levar em
conta a proximidade com gato.
● produtos com piretróides (permetrina, por exemplo) têm efeitos repelentes
contra flebótomos.
Produtos pour on/top spot: Pulvex/Pulgoff (deltametrina), Banni3 (gatos), Canis
fullspot, Vectra 3D cães (dinotefuran, piriproxifen e permetrina), Vectra 3D
gatos (dinotefuran e piriproxifen), Advocate (imidacloprida e moxidectina),
Advantage cães e gatos (imidacloprida), Revolution cães e gatos (selamectina),
NeoPet, Frontline cães e gatos (fipronil).
Produtos em spray são Frontline e Effipro (cães e gatos filhotes), Defendog e
Pulgoff (permetrina: cães).
Para dedetização do ambiente, utiliza-se Fleegard spray e Mypet aerossol. Para o
tratamento profilático, pode-se utilizar Advantage (imidacloprid), Frontline,
Defendog, Capstar (nitempiram). Medicamentos via oral são: Comfortis, Nexgard
(isoxazolinas), Simparic, Credeli cães e gatos e Bravecto.
CARRAPATOS . . .
São vetores de doenças parasitárias, como Hepatozoon, Ehrlichia canis e Babesia
canis. O principal carrapato é o Rhipicephalus sanguineus, o qual pode se
reproduzir no ambiente. O tratamento é feito com a remoção manual, uso de
coleiras (Kiltix, Preventef, Leevre, Seresto e Frontmax), banhos e pulverização do
ambiente: Deltacid, Butox 1mL/L e Triatox 4mL/L, produtos pour on como Vectra
3D, Revolution. Advocate e Advantage Max 3. Tratamentos via oral são: Mectimax
(ivermectina), Nexgard/Spectra, Bravecto, Simparic e Credeli.
PIOLHOS . . .
Os principais são Felicola subrostratus (mastigador), Trichodectes canis
(mastigador) e Linognathus setosus (sugador). Têm maior prevalência em cães do
que em gatos.
O diagnóstico é clínico, pela presença de crostas e descamação e pela
visualização do parasita e/ou lêndeas. O diagnóstico laboratorial pode ser feito pela
fita adesiva.
Os principais inseticidas utilizados são Acarsan, Deltacid, Escabin, piretroides em
geral, Revolution, Advocate, Bravecto plus, Banni 3 (gatos) e ivermectina off label
(sistêmico).
ÁCAROS . .
São as sarnas; a escabiose é causada pela Sarcoptes scabiei
canis, tendo maior prevalência em cães. É uma zoonose.
Extremamente contagiosa, causando prurido intenso, hiperemia,
pápulas crostosas avermelhadas, linfadenomegalia (infecção
bacteriana secundária), hiperpigmentação e acomete
principalmente orelhas, cotovelos (articulação) e abdômen.
O diagnóstico é feito a partir de raspado de pele (deve ser
profundo, de múltiplos locais e de áreas não escoriadas, devido à
dificuldade de detectar a presença do ácaro), visualização de fezes e/ou ovos do
ácaro no raspado.
O tratamento é feito com tosa, antisseborreicos (enxofre/Sastid), acaricidas tópicos
(Deltacid – filhotes, Tetmosol, Sarnasol e Butox off label). Pode-se usar ivermectina
1% 0,1mL/5kg SC e, para cães, Mectimax 3mg para 10 kg, Simparic (dose única) e
pode-se utilizar (bula!!) Credeli, Nexgard e Bravecto.
Em gatos, é mais comum a sarna notoédrica, causada pela Notoedres cati, que é
extremamente contagiosa. Causa prurido intenso (variável),
espessamento da pele e presença de crostas na cabeça, pescoço,
borda de orelha e dos olhos. O diagnóstico é clínico ou pela
visualização do ácaro através do raspado de pele/fita adesiva. O
tratamento é feito amolecendo as crostas (vaselina líquida), com
piretróides (Deltacid – banhos semanais), Selamectina
(Revolution) e Moxidectina (Advocate e Banni 3).
A Otodectes cynotis causa a otocaríase; é um parasita
obrigatório do meato auditivo externo de cães e gatos. Causa
prurido intenso e otite externa ceruminosa e dermatite
periauricular. Secreção escura seca sem cheiro. Deve-se limpar as
orelhas com ceruminolítico (Tiabendazol ou Foldan durante 3
semanas e Otodem plus no conduto auditivo).
● cuidado com Natalene em gatos (diazinon).
Tratar com Advocate/Revolution pour on, Bravecto plus
transdermal e Banni 3 (gatos), Fipronil nas orelhas (off label) e
pour on no dorso. Tratamento via oral: ivermectina (Mectimax em
cães), Sarolaner (Simparic em cães) e milbemicina (Nexgard
Spectra em cães).
A demodicose é causada pela Demodex canis ou D.
cati. É uma doença de caráter imunológico: o ácaro vive
no folículo piloso. Pode ter um período de incubaçãolongo e transmissão pode ocorrer durante a lactação ou
contato íntimo com amãe.
Pode haver predisposição genética (depressão de
células T). Existem duas formas: a localizada (poucas
lesões e mais frequente em animais adultos) e
generalizadas (animais jovens).
Pode haver pododermatite.
Demodex cati causa imunossupressão e Demodex gatoi é contagioso e
manifesta prurido. Exame de fezes nesses casos pode ser muito efetivo, haja vista
que os gatos podem ingerir os parasitas quando se lambem.
dermatoses bacterianas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ╰──╮
Costumam ser secundárias a outros processos.
PIODERMITES . . .
As raças com mais dobras de pele são mais predispostas. O mesmo é verdadeiro
para animais obesos.
Cão: Staphylococcus pseudintermedius | Gatos: Streptococcus spp.
Ambas são gram +, sendo mais facilmente tratadas. Podem ser avaliadas por
citologia corada por gram. Os principais fatores predisponentes são: manejo
(dieta e ambiente), predisposição genética (conformação do animal), alergias,
doenças endócrinas, hipotireoidismo e imunodeficiências. É mais comum em
cães.
● parasitos e fungos e sarna demodécica
Pode ser superficial (folículo piloso intacto – tratamentos superficiais são mais
eficazes) ou profunda (formação de abscessos – DEVEM ser tratados por ATB
sistêmico).
Não é indicado utilizar sabonetes e produtos de humanos (que não sejam
neutros) em pele de cães, haja vista que a pele do cão tem menos camadas e é
mais frágil. Além disso, tem pele mais ácida e sem gandulas sudoríparas. O
TRATAMENTO COMUMENTE É TÓPICO. Logo, na maioria dos casos o antibiograma
é dispensável.
PIODERMITE DE DOBRAS . .
Prevalência maior em cães do que em gatos; dobras em excesso
diminuem a ventilação provocando um acúmulo de debris e
secreções com consequente crescimento bacteriano e
exsudação. Acomete principalmente animais de raça sharpei,
persa, entre outros.
Os principais sinais clínicos são aumento de volume na região,
inflamação, erosão, exsudação e odor necrótico. Os cuidados
(retirada de sujeira entre dobras) devem ser feitos todos os dias,
evitando que a bactéria se prolifere. O tratamento pode ser
tópico com peróxido de benzoila 2,5% Shampoo (Sanadog ou Peroxydex),
clorexidina spray e antibióticos em spray ou creme. Também pode ser feito
tratamento cirúrgico.
DERMATITE PUSTULAR OU IMPETIGO .
O agente etiológico é a bactéria Staphylococcus sp. e o diagnóstico é clínico
(aspectos das lesões) associado com o laboratorial (esfregaço de pústulas,
devendo diferenciar de dermatose pustular superficial farmacodérmica) e deve-se
diferenciar de parasitismo e cinomose. Para realizar o tratamento, deve-se
eliminar a causa + tratamento tópico com permanganato de potássio, clorexidina
e peróxido de benzoila e Protex.
PIODERMITE DE CALOS . .
Acomete principalmente cães de raças gigantes, localizando-se principalmente
em cotovelos, dedos e região do esterno. Ocorre perda de pêlos por lambedura e
consequente exsudação primária (serosanguinolenta). O diagnóstico é clínico e o
tratamento é feito reduzindo o atrito a partir de cremes com ureia (Revipel),
soluções adstringentes mornas e antibioticoterapia (mínimo 15 dias), sendo elas:
amoxicilina com clavulanato 22mg/kg BID, enrofloxacina 5mg/kg SID,
marbofloxacina 2,75mg/kg SID (Marbopet), cefovecina (Convenia injetável) 8mg/kg
dose única (age por 14 dias) ou cefalexina (Celesporin, Rilexine, Petsporin) 30mg/kg
BID.
PODODERMATITES .
Acomete principalmente cães; alguns
fatores são predisponentes, como agentes
irritantes e químicos, presença de CE,
parasitas (demodicose, dermatofitose e
tungíase) e anormalidades pilosos. Os
principais sinais clínicos são eritema, dor e
claudicação, cistos que rompem
(exsudação), abscessos e linfadenomegalia regional. Geralmente está associada a
outros processos. O diagnóstico é clínico e deve ser feito o diagnóstico diferencial
para demodicose, CE e doenças autoimunes (linfoplasmocítica em gatos).
O tratamento é tópico ou com antibioticoterapia sistêmica prolongada e em altas
doses (doxiciclina é imunomoduladora + AIE).
PIODERMITE GENERALIZADA .
O tratamento é tópico com shampoo clorexidina 2% ou
peróxido de benzoila 2,5% e antibioticoterapia sistêmica
prolongada e em altas doses.
Existe um artigo que aborda o uso de azitromicina.
PIODERMITE DO PASTOR ALEMÃO .
É um processo generalizado que se inicia na região sacral e posteriormente se
espalha para as laterais e membros; tem como sinais clínicos abscessos, fístulas e
celulite. O diagnóstico é clínico. O tratamento é feito com tosa, limpeza de lesões,
Neotopic spray (neomicina + bacitracina de Zn + hidrocortisona), shampoo de
clorexidina ou peróxido de benzoíla 2,5% e antibioticoterapia sistêmica por 3 a 6
semanas.
otite externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ╰──╮
É a inflamação do conduto auditivo externo e apresenta fatores predisponentes
(aumentam o risco do desenvolvimento de otite e atuam em conjunto com a
causa primária), primário (podem causar a otite externa com ou sem a presença
de fatores predisponentes ou perpetuantes) e perpetuantes (que não permitem a
resolução da otite externa).
➔ fatores predisponentes são pêlos em excesso na orelha externa, orelhas
pendulares, umidade e efeitos de tratamento anteriores.
➔ são fatores primários parasitas como Otodectes cynotis, Demodex canis, D.
cati e Sarcoptes scabiei, queratinização (otite ceruminosa crônica, em raças
predispostas ou animais com endocrinopatias), corpos estranhos, alterações
em glândulas (alteração em secreção sebácea pode levar à otite externa: as
glândulas apócrinas podem se apresentar hipertrofiadas e inflamadas),
lúpus, pênfigo e cinomose.
➔ os fatores perpetuantes podem ser bactérias, leveduras (M. pachydermatis),
inflamação crônica por pólipos (tratamento cirúrgico) e dobras.
A atopia irá promover o auto trauma, eritema no pavilhão auditivo e na parte vertical do
conduto auditivo: a inflamação crônica pode levar a infecções secundárias por bactérias ou
leveduras; alergias alimentares ou de contato por produtos no tratamento de otite externa
podem causar desequilíbrios de MOs do pavilhão auditivo do animal.
O diagnóstico é clínico, levando-se em consideração a raça, os pêlos, o tipo de
orelha, anamnese, exame físico e exames complementares.
➔ anamnese deve incluir pesquisa completa dos fatores predisponentes,
como: se o paciente nada frequentemente, evidências de doenças
endócrinas ou metabólicas, exposição a outros cães e gatos, entre outros,
➔ analisar no exame físico se existe eritema, edema, descamação, crostas,
alopecia, alterações no posicionamento da
cabeça e dor quando a cartilagem é
apalpada; exame com otoscópio, presença
de CE (determinar a integridade da
membrana timpânica; a orelha MENOS
atingida deve ser examinada ANTES,
diminuindo a possibilidade de o animal
resistir ao exame do outro lado) e realizar
citologia com coloração para bactérias e
leveduras Realizar uma lâmina sem corar:
observação de PARASITAS.
◆ a cultura não precisa ser feita
em casos de otite: só existe indicação de antibioticoterapia sistêmica.
TRATAMENTO .
Deve-se iniciar com a limpeza: utiliza-se antisépticos tópicos. CUIDADO com
propilenoglicol em gatos, é exemplo: K-Treat oto micelar (sem propilenoglicol).
A terapia tópica pode ser feita com associações de glicocorticóides (levam à
atrofia das glândulas sebáceas, promovendo a diminuição da secreção, diminuem
a formação de tecido cicatricial e auxiliam a drenagem e a ventilação. Deve-se
evitar acetato de triamcinolona e dexametasona em terapia de longo prazo, pois
são absorvidos para a via sistêmica e podem causar hiperadrenocorticismo),
antibióticos (aminoglicosídeos são agentes antibióticos potentes e com boa
atividade contra a maioria dos patógenos, porém podem ser ototóxicos e
nefrotóxicos quando utilizados em animais com tímpano rompido ou por muito
tempo + pode-se utilizar quinolonas; gentamicina (A), neomicina (A), enrofloxacina
(Q) e ciprofloxacina (Q)), antifúngicos (quando a erradicação da Malassezia éo
principal objetivo, o miconazol 1% pode ser utilizado: Easotic) e antiparasitários
(ivermectina, diazinon e tiabendazol). São exemplos de produtos: Aurigen,
Otoguard, Otomax, Natalene (diazinon), Otodem Plus (tiabendazol, neomicina,
dexametasona e lidocaína), Aurivet (clotrimazol, benzocaína, gentamicina e
betametasona).
A terapia sistêmica é baseada em antibiograma. Antibióticos e antifúngicos
apropriados devem ser utilizados até uma semana após todos os sintomas clínicos
e otoscópicos tenham desaparecido. Os antibióticos devem ser utilizados na mais
alta dosagem permitida em casos de otite média e interna.
● sulfa/trimetoprim 30mg/kg BID
● clindamicina 10mg/kg BID
● cefalexina 30mg/kg BID
● enrofloxacina 2,5mg/kg BID ou SID
● cetoconazol ou itraconazol 5 a 10mg/kg BID ou SID
dermatoses alérgicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ╰──╮
São causadas por hipersensibilidade devido ao aumento da reação imunológica
às substâncias estranhas ao organismo (proteínas ou outras).
Hipersensibilidade alimentar (tardia): ligação de haptenos (AG) + proteínas geram o
alérgeno. Este complexo ativa os macrófagos e estes sensibilizam os linfócitos T.
Após um e estes sensibilizam os linfócitos T; após um segundo contato, os LT irão
produzir linfocinas, que irão causar lesão tecidual.
Irritação não é alergia: dermatite de contato.
Os principais sinais clínicos são prurido muito intenso, eritema, autoescoriação (o
prurido antecede as lesões). As principais dermatoses alérgicas são: dermatite
atópica, DAPP (DASP/DAPE) e hipersensibilidade alimentar.
Os sinais são inespecíficos e podem começar em qualquer idade, sendo mais
comum 6meses a 6 anos sinais de atopia, de 3 anos a 5 anos, sinais da DAPE e de 6
meses a 15 anos (vida toda) sinais de dermatite trofoalérgica.

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