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Doenças Þ Parasitarias Þ Bacterianas Þ Fúngicas Þ Por protozoários Þ Disqueratoses Þ Endócrinas Parasitárias • Demodicose canina Þ Sarna demodécia – sarna negra Þ Ácaro = demodex canis (principal representante) Comum na pele de cães O ácaro por si só não causa prurido – folículos pilosos e glândulas sebáceas Queda de imunidade = patologia Pré requisitos para o desenvolvimento Þ Presença do acaro Þ Adquirido por contato direto da mãe entres ou filhotes ou entre filhotes da ninhada Þ Adquirido até 72h pós-parto Linfócitos T Þ Deficiência genética relacionada aos linfócitos T Þ Imunossupressão por qualquer doença ou fármacos (corticoides) Þ Induzida pelos próprios ácaros Pré-disposição Þ Beagle, boxer, bulldog, chihuahua, dálmata, daschund, doberman, pinscher, dogue alemão, pitbull Þ Jovens menores que 12 meses – 70% Þ Idosos e animais imunossuprimidos Þ Adultos – procurar causa base (realizar exames complementares) Localização Até 5 áreas Þ Qualquer região Þ Blefarite Þ Pododermatite Þ Queilite Þ Otite Mais comum = mais generalizada (mais que 5 áreas) Sinais clínicos Þ Alopecia, eritema, pápulas, nódulos, comedões, disqueratinizacao (escamas) Þ Melanose, hiperqueratose, liqueniificação (parece pele de elefante; observa ranhuras na pele) - cronicidade Þ Pústulas, colaretes, epidérmicos, fistulas, crostas – piodermite secundaria Þ Prurido – piodermite, seborreia Þ Pode ocorrer linfadenomegalia regional, febre, anorexia e prostração (área extensa acometida, piodermite secundaria muito extensa – causam acometimento crônico) O prurido so aparece quando tem a presença de piodermite ou seborreia Cachorro com hipotricose / cachorro após tratamento Diagnóstico Þ Parasitológico cutâneo (raspado profundo) – escolher área mais recente de lesão, beliscar a pele para que o ácaro saia do folículo e raspar com lâmina de bisturi até ter sangramento capilar Þ Raspado de cerúmen Þ Tricograma – iniciar de forma semelhante ao raspado, arrancar o pelo no sentido do crescimento e colocar na lâmina com óleo mineral Þ Fita de acetato – aderir a fita a pele, beliscar, fixar e puxar Þ Biopsia cutânea (crônico / diferencial) – quando nenhum dos métodos anteriores dão respostas conclusivas Microscopia – positivo quando se tem ácaro Tratamento Þ Tosa se necessário Dermatopatias Þ Banhos (sempre que tiver infecção secundaria; exame de citologia positivo) Antisseborreicos / removedor de crostas Þ Peroxido de benzoíla 2,5% (com hidratantes) - remove o excesso de oleosidade no folículo, enxofre, acido salicílico Acaricida – amitraz (alto risco de intoxicação) Þ Contraindicado para diabéticos, cardiopatas Obs.: castrar os adultos acometidos Þ Ivermectina Þ 0,4 – 0,6 mg/kg, VO, SID Þ Até a cura parasitológica (4 – 5 meses) Contraindicações: filhotes menores que 6 meses, idosos acima de 8 anos, cães com mutação do gene ABCB1 (MDR1) de resistência a múltiplos fármacos e não associar com cetoconazol e spinosad ABCB1 – principalmente boder collie Þ Milbemicina oxima (Milbemax) Þ 1 – 2 mg/kg VO, SID Þ Moxidectina Þ Advocate (moxidectina + imadocloprida) Þ 2,5 mg/kg, tópico a cada 28 dias, 3 doses Þ Fluralaner (bravecto) Þ 25 mg/kg, VO ou transdermal, dose única (a cada 90 dias) Þ Sorolaner (simparic) Þ 2 mg/kg, VO, a cada 35 dias Þ Afoxolaner (nexgard, nexgard spectra) Þ 2,5 mg/kg, VO, a cada 14 dias, 3-4 doses Todas as medicações até a cura parasitológica Þ Doramectina – só é regulamentada para grandes animais Þ Para tutores sem condições financeiras Þ SC a cada 7 dias (600 ug/kg) Þ VO a cada 3 dias (300 ug/kg) Þ Imunomoduladores (cães) Þ Levamisole – 2mg/kg (72/72h) Þ Domperidona – 10mg/kg, SID por 30 dias Þ Timomodulina – dose empírica Alta clínica apenas após a cura parasitológica Obs.: sempre fotografar o animal para que as próximas coletas sejam realizadas da mesma are onde estava afetado pelo acaro • Escabiose canina Þ Sarna sarcóptica ou sarna vermelha Þ Sarcoptes scarbiei var canis Þ Contagiosa – gatos e humanos Acomete principalmente animais até um ano de idade Canis, hotelzinho, parcão, petshop, aglomerações Sinais = 2 – 6 semanas após contato direto ou indireto • Prurido intenso Þ Irritação mecânica, substâncias pruridogênicas, hipersensibilidade ao acaro e inflamação local Locais de ocorrência Cronicidade – pode causar generalização, hiperqueratose e liquenificação Casos graves – hipertermia tegumentar, linfadenopatia, anorexia, perda de peso e prostração Reação ou reflexo otopodal nas bordas das orelhas – friccionar a orelha, se o animal mover a pata para coçar é reflexo otopodal positivo Diagnóstico • Raspado cutâneo extenso – insucesso de 35 a 80% Þ Lâmina sobre lâmina com esparadrapo nas bordas para o ácaro não fugir Þ Se houver insucesso na coleta, tratar mesmo assim • Diferenciar de alergias, malassezia, demodicose, piodermite, dermatofitose, seborreia • Doentes, contactantes – tratar animais contactantes pois é uma doença altamente contagiosa • Fômites e ambiente (organofosforados) – se tiver caminha, descartar • Tosa se necessário (quando não tiver mais transmitindo) e banhos antisseborreicos • Amitraz: banhos semanais (3 a 4 banhos) • Ou deltametrina Tratamento • Ivermectina (2 a 6 semanas) • Selamectina (revolution) • Moxidectina (advocate cao) • Fluralaner • Sarlaner • Afoxolaner • Prednisolona (se prurido muito intenso) • Nutracêuticos – pacientes imunossuprimidos Se após 3 dias de tratamento o prurido permanecer, utilizar a prednisolona. Não utilizar inicialmente • Escabiose felina Þ Sarna notoédrica, “sarna de cabeça e pescoço” Þ Notoedres cati Þ Contagiosa – gatos, cães, roedores, homem Þ Machos inteiros extra/semidomiciliados e menores que 1 ano Þ Pavilhões auriculares – região cefalocervical – períneo, extremidades de membros (quando mais crônica) Þ Crônico e grave: linfadenopatia, anorexia, perda de peso e prostração intensa Sinais clínicos • Prurido intenso • Alopecia • Crostas amarelo – acinzentadas • Eritema • Escoriações Diagnóstico • Raspado cutâneo (cervical, bordas dos pavilhões) • Diagnostico terapêutico • Tratamento dos contactantes • Fômites e ambientes (organofosforados) • Diferenciar de malassezia, alergias, demodicose, piodermite, dermatofitose, seborreia • Se atentar se humanos contactantes estão com sinais clínicos Tratamento • Selamectina (revolution) • Moxidectina (advocate gato) – quinzenal, 2 aplicações Fúngicas • Malasseziose Þ Micose superficial causada pela proliferação de leveduras, cuja espécie principal é Malassezia pachydermatis Mais comum em cães • Lâmina + coloração População de malassezia: Malassezia sp. habitam naturalmente regiões de interdígitos, axilas, dobras cutâneas, sacos anais e condutos auditivos Causas predisponentes: • Doenças alérgicas de pele • Doenças do extrato córneo – seborreias • Doenças crônicas ou recorrentes inflamatórias também Causas predisponentes em gatos: • Doenças dermatológicas alérgicas • Doenças sistemas – imunossupressoras • Doenças dermatológicas crônicas e recorrentes Sinais clínicos e sintomas • Eritema, hiperpigmentação, alopecia, liquenificação, escamação e./ou untuosidade • Dermatite exsudativa (úmida) e odor seborreico rançoso (odor bastante característico) • Prurido de moderado a intenso (coceira) achado mais comum ao aspecto clínico As lesões podem ser focais, multifocais ou generalizadas A olho nu = processo de cronicidade Diagnóstico • Citológico (padrão outro) Þ Raspado, swab (umedecido) e imprinting para identificação de levedura • Exame a luz ultravioleta de Wood (M. canis) – direciona para onde tem mais malessezia • Áreas mais sensíveisou quando necessita de muito material (animais que tomaram banho recentemente) – fita de acetato + beliscamento. Corar a fita no corante roxo e colar na lâmina que vai ao microscópio (o material vem mais poluído) Tratamento • Tratar causa primária Tratamento tópico • Xampus: cetoconazol 2%, miconazol 2% ou clorexidine 3 a 4% com intervalo de 2 a 4 dias • Xampus contendo sulfeto de selênio 2,5% demonstram-se eficazes nos casos em que há seborreia oleosa associada e são indicados apenas para os cães – o animal fica com coloração alaranjada Tratamento oral (recidivas ou pacientes sensíveis) • Itraconazol: 5 a 16mg/kg, BID, a cada 24h até exame citológico negativo (pode desmamar) – menos hepatotóxico • Fluconazol: 50mg/animal ou 2,5 a 5mg/kg a cada 24h ou uso semanal em duas doses maiores (50 – 150mg/animal) – populações de malassezia menores Dermatopatias alérgicas • Caráter genético e inflamatório • Pruriginosa • Recidivantes • Alta incidência em cães Processo inflamatório de hipersensibilidade Doença sem cura!! • Tem controle e tratamento Þ DAPE – dermatite alérgica a picada de ectoparasitas (cães e gatos) Þ DAA – dermatite alérgica alimentar (trofoalérgeno) (cães e gatos) Þ Atopia – dermatire alérgica a inalantes (aeroalérgenos) – pode estar em contato direto e não apenas inalação Þ Em gatos = dermatite alérgica não induzidas por pulgas DAPE • Epidemiologia auxilia no diagnóstico • Mais comum (na literatura) • Sazonalidade • Comum entre 3 e 5 anos de idade o início dos sinais (necessário o contato frequente com alérgeno) • Contactantes • Saliva do ectoparasita Sinais presentes principalmente em: • Patas • Dorso lombar (76%) • Abdominal ventral DAA • Menos comum das dermatites alérgicas • Não são sazonais • Pode ocorrer em filhotes • Animais que possuem DAA são pouco responsivos a corticoides • Alergia a proteínas ou carboidratos (+ comum) • Alergia a corantes também • A maioria dos casos podem começar muito cedo – causam processos inflamatórios agudos em filhotes Etiologia • Carne bovina • Suína – menos comum • Frango • Leite • Ovos • Soja • Aveia • Trigo • Milho (menos comum) Sinais • Patas • Peitoral • Ouvido • Perilabial de mucosa – eritematoso • Queixo Atopia • Causa mais comum de dermatites alérgicas • Sazonal (ex.: alérgicos a pólen) ou não sazonal • Comum entre 1 e 3 anos • Estilo de vida – passeio, viagem, creche • Alérgenos in door • Piora gradativa Fatores intrínsecos • Perda da função da barreira cutânea – importante o uso de hidratantes • Hiperatividade cutânea • Diminuição da barreira antimicrobiana Fatores extrínsecos • Aeroalergenos • Bactérias e Malassezia sp. Þ A quitina dos ácaros são o problema Þ Deve cuidar bem da alimentação e fazer uso de ectoparasitas Sinais clínicos Eritema, escoriações etc. • Periocular, perilabial, patas, abdômen, perianal • Escoriação de cabeça e pescoço • Arrancamento dos pelos simétricos bilaterais (ocorre mais em felinos) • Dermatite miliar – pontos vermelhos com crostas (ocorre mais em felinos) • Complexo granulma eosinofílico – indica que o animal é alérgico Þ Placa eosinofílica – barriga ou parte de trás de membros pélvicos Þ Úlcera indolente Þ Aumento de volume no queixo Diagnósticos das dermatites alérgicas • Exame parasitológico de raspado cutâneo negativo • Tricograma = negativo e/ou com hastes pilosas fraturadas – auto trauma • Citologia – bactérias, malazessia (geralmente as dermatites alérgicas possuem lesões secundárias) • Lesão primaria = pápula ou pústula • Lesão secundária = erosão, úlcera, liquenificação Rotina clínica Cachorros com • Otite • Pata marrom (hiperpigmentação) – eritema, presença de inflamação • hipotricose Paciente livre de infecção: • melhorou o prurido, mas ainda existe eritema = dermatite alérgica Qual alergia? DAPE? DAA? Atopia? • Retirada de possíveis parasitas – bravecto, simparic, nexgard ou fipronyl spray Þ Bravecto não impede picada, impede infestação Þ Realizar controle ambiental • Controle da forma adulta Prurido ausente = DAPE Prurido presente após 30 dias = testar dieta alimentar (pode ser DAA) • Dieta hipoalergênica hidrolisada comercial Þ Tradicional Þ Calorias moderadas Þ Analergénica Para ser considerada hipoalergênica tem que passar pelo processo de hidrolise Obs.: cuidados com as rações que não são de fato hipoalergênicas (hipoalergênicas não hidrolisadas) • Mudança e restrição alimentar de 8 a 12 semanas – 8 semanas = tempo mínimo para observar melhora • Alimentação natural Þ Coelho Þ Rã Þ Bode Þ Cordeiro Þ Suínos Obs.: fonte de proteína única e inédita Prurido ausente = DAA Prurido presente = Atopia Tratamento para atopia • Glicocorticoide sistêmico Þ Prednisona: 0,5mg/kg SID – cão Þ Prednisolona: 0,5mg/kg SID – cão e 1mg/kg SID – gatos Þ Realizar desmame. Uso rápido • Glicocorticoides tópicos Þ Aceponato de hidrocortisona Þ Dexametasona • Anti-histamínico (pouco responsiva) Þ Dexclorferinamida – 0,4mg/kg em cães e 2mg/kg em felinos (eficaz em gatos) Þ Hidroxizine 2,2mg/kg TIF Imunomoduladores • Ciclosporina: sandimmum 5mg/kg SID (não pode em pacientes com neoplasias) • Iniciar junto com os glicocorticoides Suplementos • Ômega 3 • Ceramidas • Dietas (dermaconfot, skin care royal) Imunoterapia • Baseada em testes alérgicos Alergeno – específica – vacina (alto custo) Pode ser associada aos tratamentos convencionais 60% eficaz a partir de 10 meses de tratamento
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