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Aula HEMATOLOGIA CLINICA II

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Profa. Dra. Maristela Tsujita
UNIDADE II
Hematologia Clínica
 Alterações quantitativas benignas da série leucocitária.
Objetivos
↑ ↓
Leucócitos Leucocitose Leucopenia
Neutrófilos Neutrofilia Neutropenia
Linfócitos Linfocitose Linfopenia
Monócitos Monocitose Monopenia
Eosinófilos Eosinofilia Eosinopenia
Basófilos Basofilia Basopenia
Nomenclatura das alterações quantitativas em leucócitos
Quadro – Nomenclatura das alterações leucocitárias. Fonte: autoria própria.
 Neutrofilia relativa.
 Linfopenia relativa.
Alterações em neutrófilos
Mieloblasto Promielócito Mielócito Metamielócito Bastonete Segmentado
Leucócitos: 9.240/mm3 Valor de referência
4.500 – 11.000/mm3
Neutrófilos: 75,5% 6.976/mm3 40 - 70% 1.800 - 7.700/mm3
Segmentados: 75,5% 6.976/mm3 40 - 65% 1.800 - 7.150/mm3
Linfócitos: 12,6% 1.164/mm3 22 - 44% 1.000 - 4.800/mm3
Monócitos: 11,4% 1.053/mm3 2 - 11% 80 - 1.200/mm3
Eosinófilos: 0,2% 18/mm3 1 - 5% 45 - 600/mm3
Basófilos: 0,3% 28/mm3 0 - 2% 0 - 200/mm3
Figura – Exemplo de valores da série leucocitária. Fonte: autoria própria.
 Leucocitose.
 Neutrofilia relativa e 
absoluta.
 Desvio à esquerda 
apenas.
 Linfopenia relativa e 
absoluta.
Alterações em neutrófilos
Leucócitos: 23.200/mm3 Valor de referência
4.500 – 11.000/mm3
Neutrófilos 96,0% 22.272/mm3 40 - 70% 1.800 - 7.700/mm3
Bastonetes: 19% 4.408/mm3 0 - 5% 0 - 550/mm3
Segmentados: 77,0% 17.864/mm3 40 - 65% 1.800 - 7.150/mm3
Linfócitos: 1% 232/mm3 22 - 44% 1.000 - 4.800/mm3
Monócitos: 3% 696/mm3 2 - 11% 80 - 1.200/mm3
Eosinófilos: 0% 0/mm3 1 - 5% 45 - 600/mm3
Basófilos: 0% 0/mm3 0 - 2% 0 - 200/mm3
Figura – Exemplo de valores da série leucocitária. Fonte: autoria própria.
Mieloblasto Promielócito Mielócito Metamielócito Bastonete Segmentado
 Neutrofilia absoluta.
 Desvio à esquerda.
 Linfopenia relativa.
Alterações em neutrófilos
Figura – Exemplo de valores da série leucocitária. Fonte: autoria própria.
Leucócitos: 8.170/mm3 Valor de referência
4.500 – 11.000/mm3
Neutrófilos 66,0% 5.392/mm3 40 - 70% 1.800 - 7.700/mm3
Promielócitos: 2% 163/mm3 0 0
Mielócitos: 11% 899/mm3 0 0
Metamielócitos: 6% 490/mm3 0 0
Bastonetes: 12% 980/mm3 0 - 5% 0 - 550/mm3
Segmentados: 35,0% 2.860/mm3 40 - 65% 1.800 - 7.150/mm3
Linfócitos: 19% 1.552/mm3 22 - 44% 1.000 - 4.800/mm3
Monócitos: 10% 817/mm3 2 - 11% 80 - 1.200/mm3
Eosinófilos: 5% 409/mm3 1 - 5% 45 - 600/mm3
Basófilos: 0% 0/mm3 0 - 2% 0 - 200/mm3
Mieloblasto Promielócito Mielócito Metamielócito Bastonete Segmentado
 Congênitas.
 Adquiridas.
 Leucemia mieloide crônica (LMC).
 Infecções por bactérias: estafilococos, pneumococos, meningococos.
 Estresse súbito: aumento da desmarginalização.
 Uso de corticoides: aumento da liberação medular, aumento da desmarginalização e 
diminuição de migração para o tecido.
 Neutrofilias agudas: discretas ou extensas.
Causas de neutrofilia
 São células, predominantemente, teciduais: trato gastrintestinal, pulmões e pele. Uma vez 
adentrados os tecidos os eosinófilos não mais retornam à circulação.
 Eosinofilia: eosinófilos no sangue periférico > 500/mm3.
 Reação alérgica: rinite, asma, dermatites alérgicas, alergia aos medicamentos.
 Infecção parasitária. 
 Leucemia mieloide crônica.
 Leucemia eosinofílica crônica.
 O diagnóstico envolve testes seletivos direcionados à suspeita clínica de causas de base. 
O tratamento é direcionado para a causa.
Eosinofilia
 Condição comum nas infecções virais.
 Pode indicar o desenvolvimento de uma das doenças linfoproliferativas.
 Diante de uma infecção, o número de linfócitos aumenta para que um número maior de 
células possa combater o agente invasor. Esse aumento de linfócitos, geralmente, ocorre em 
estruturas conhecidas como linfonodos.
 Exemplo: linfocitose e sintomas de febre, faringite, cansaço e aumento do volume do baço: 
suspeita de mononucleose infecciosa. Já a condição presente em um paciente idoso que, 
também, apresenta anemia e trombocitopenia causaria a suspeita de leucemia 
linfocítica crônica.
Linfocitose
 Número de linfócitos < 1.500/mm3, sendo grave quando está abaixo de 700/mm3.
 A maior parte dos casos de linfopenia é do tipo transitória e quando são de longa duração 
sugerem alterações na imunidade celular. 
 Principais causas: uso de medicamentos e imunodeficiência.
 Alguns exemplos de infecções virais são: o vírus da imunodeficiência humana (HIV), 
influenza, Sars-CoV-2, vírus da hepatite e do sarampo. Outras causas incluem a desnutrição 
proteica-energética, que contribui para a alta prevalência de infecções. E em outras 
situações, como, por exemplo, um paciente hospitalizado com linfopenia; outras causas de 
neutropenia são as cirurgias, as infecções e o uso de corticoides. 
Linfopenia
RA, 6 anos, apresentou dor de garganta, otite, tosse e dificuldade para respirar. O hemograma 
apresentou o seguinte resultado: leucócitos: 15.200/mm3; mielócito: 1%; metamielócito: 2%; 
bastonetes: 14%; segmentados: 78%; eosinófilos: 0%; linfócitos: 4%; e monócitos: 1%. Quais 
são as alterações presentes?
a) Leucocitose, neutrofilia e desvio à esquerda.
b) Leucopenia, neutropenia e linfocitose.
c) Leucocitose e eosinofilia.
d) Leucopenia e linfopenia.
e) Leucocitose e linfocitose.
Interatividade
RA, 6 anos, apresentou dor de garganta, otite, tosse e dificuldade para respirar. O hemograma 
apresentou o seguinte resultado: leucócitos: 15.200/mm3; mielócito: 1%; metamielócito: 2%; 
bastonetes: 14%; segmentados: 78%; eosinófilos: 0%; linfócitos: 4%; e monócitos: 1%. Quais 
são as alterações presentes?
a) Leucocitose, neutrofilia e desvio à esquerda.
b) Leucopenia, neutropenia e linfocitose.
c) Leucocitose e eosinofilia.
d) Leucopenia e linfopenia.
e) Leucocitose e linfocitose.
Resposta
 Alterações qualitativas da série leucocitária.
Objetivos
 É importante que o analista laboratorial reporte as alterações qualitativas, ou seja, 
morfológicas, evidenciadas na análise do esfregaço sanguíneo.
 Pode ocorrer, inclusive, da necessidade de contato imediato com o clínico, devido à 
gravidade da patologia associada à alteração morfológica.
Alterações qualitativas em leucócitos
 Presença de blastos: células jovens, cromatina fina, rendilhada, presença de um ou mais 
nucléolos que são característicos das leucemias agudas. 
Blastos
Figura – Blastos. Fonte: autoria própria.
 Uma das inclusões observadas é o bastonete de Auer: inclusão citoplasmática em forma de 
bastão fino, de coloração avermelhada (às vezes, estão dispostos formando feixes).
 Pode estar presente em blastos da linhagem mieloide e em promielócitos.
Bastonete de Auer
Figura – bastonetes de Auer em promielócitos (seta). 
Fonte: BENNETT, J.; CATOVSKY, D.; DANIEL, M. T. Hypergranular promyelocytic leukemia: 
correlation between morphology and chromosomal translocations including t(15;17) and 
t(11;17). Leukemia 14, 1197–1200 (2000). 
 Há, também, os corpos de Döhle, que são inclusões de cor azul-acinzentada únicas ou 
múltiplas presentes na periferia de neutrófilos. 
 Indicam a presença de anomalia de May-Hegglin quando associados à trombocitopenia e às 
plaquetas gigantes.
 É uma forma rara de trombocitopenia hereditária autossômica dominante.
 Assintomáticos: diagnóstico incidental.
 Alguns pacientes apresentam sangramentos.
Corpos de Döhle
Figura – Corpo de Döhle. Fonte: https://img.tfd.com/MosbyMD/dohle-bodies.jpg
 Na forma heterozigótica: os neutrófilos são hiposegmentados, sem a alteração da coloração 
do citoplasma e das granulações. O aspecto do núcleo lembra óculos (pince-nez) e pode 
estar presente em cerca de 40 a 70% dos neutrófilos. 
 Na forma homozigótica: núcleo único, ovalado ou arredondado. 
 Eosinófilos e basófilos também exibem menorlobulação. 
Anomalia de Pelger-Hüet
Figura: Anomalia de Pelger-Hüet. 
Fonte: 
https://atlas.gechem.org/media/k2/items/c
ache/519cb84dfa56f4e64bd73c0393e498
90_M.jpg
Figura: Anomalia de Pelger-Hüet. 
Fonte: 
https://media.sciencephoto.com/image
/c0093483/800wm/C0093483-Pelger-
Huet_Anomaly_LM_.jpg
 Não há prejuízo da função, ou seja, os neutrófilos realizam, normalmente, a fagocitose e 
destroem os microrganismos. 
 Essas alterações também podem ser vistas em casos de leucemia mieloide crônica e na 
síndrome mielodisplásica, sendo denominados neutrófilos pelgeroides ou 
pseudo Pelger-Hüet.
Neutrófilos pelgeroides
Figura – Neutrófilo pelgeroide. Fonte: autoria própria.
 Existem muitas variações morfológicas benignas (reacionais aos vírus) ou malignas 
relacionadas à leucemia linfocítica crônica e linfomas não Hodgkin. 
 Possíveis alterações morfológicas: intensa basofilia citoplasmática, menor relação 
núcleo/citoplasma, fenda na cromatina, projeções citoplasmáticas, cromatina mais frouxa ou 
muito densa (lembrando o aspecto de terra rachada). 
 Na suspeita de alterações associadas às neoplasias, há necessidade de exames 
complementares, como a imunofenotipagem.
Atipia linfocitária
Figura – Linfócito atípico. Presença 
de projeções citoplasmáticas (leucemia de 
células cabeludas – Hairy Cell Leukemia). 
Fonte: autoria própria.
Figura – Linfócito normal. Fonte: autoria própria.
Atipia linfocitária
Figura – Linfócitos atípicos. 
Fonte: 
https://medschool.co/images/detail/blood-
film/lymphocytes-small-mature.jpg
Figura – Linfócitos atípicos. 
Fonte: https://minio.scielo.br/documentstore/1678-
9849/MN5bTFdJqXSnfxJyhYDMrpH/506fe64f9daa6
5e05c8a47b0b468dda0231f77f9.jpg
Figura – Linfócitos atípicos. 
Fonte: 
https://onlinelibrary.wiley.com/cms/asset/e9c1152c-8828-
4a66-9f2a-8355d5263632/bjh16730-fig-0001-m.png
Figura – Linfócito normal. Fonte: autoria própria.
 Granulações tóxicas, vacúolos e hipersegmentação.
 As granulações tóxicas são grânulos grosseiros de cor roxa que ocorrem em resposta às 
infecções e inflamações. 
 A presença de vacúolos citoplasmáticos também pode ocorrer, nesses casos, e é a 
consequência da fusão entre o grânulo e o vacúolo fagocítico. 
 Já a hipersegmentação (presença de mais de 5 lóbulos) pode ser encontrada em pacientes 
com anemia megaloblástica. 
Alterações em neutrófilos
Figura – Granulações tóxicas em 
neutrófilo segmentado. 
Fonte: autoria própria.
Figura – Neutrófilo hipersegmentado. 
Fonte: encurtador.com.br/yzVY6
Um analista, ao realizar o hemograma de um paciente, observou a imagem a seguir. Assinale a 
alternativa correta sobre a morfologia celular:
a) São blastos evidenciados pela presença de nucléolos e cromatina frouxa.
b) São neutrófilos com vacúolos típicos de uma infecção bacteriana.
c) São neutrófilos pelgeroides sem a divisão da cromatina nuclear.
d) São linfócitos atípicos de uma infecção bacteriana.
e) São corpos de Döhle presentes no citoplasma celular.
Interatividade
Fonte: autoria própria.
Um analista, ao realizar o hemograma de um paciente, observou a imagem a seguir. Assinale a 
alternativa correta sobre a morfologia celular:
a) São blastos evidenciados pela presença de nucléolos e cromatina frouxa.
b) São neutrófilos com vacúolos típicos de uma infecção bacteriana.
c) São neutrófilos pelgeroides sem a divisão da cromatina nuclear.
d) São linfócitos atípicos de uma infecção bacteriana.
e) São corpos de Döhle presentes no citoplasma celular.
Resposta
 Neoplasias hematológicas: classificação e leucemias agudas.
Objetivos
Sistemas classificatórios
1868
Neumann
Identificou a medula óssea como o 
local de produção das 
células do sangue
1985
EGIL
(European Group for 
Immunophenotyping 
Leukemias) 
1997
2001
2008
2016 
OMS 
(Organização Mundial da Saúde)
1827
Velpeau
Paciente 
hepatoesplenomegalia
e sangue purulento
1839
Donné
Extensão sanguínea de paciente
com leucemia
1847
Virchow
Usou o termo
leucemia 
1976
FAB
(French American British)
Fonte: autoria própria.
 São um grupo heterogêneo de doenças que acometem a medula óssea.
 Agudas: se instalam, rapidamente, no paciente.
 Proliferação descontrolada, e um bloqueio na maturação e na diferenciação das 
células-tronco hematopoiéticas.
 Acúmulo de progenitores anormais (blastos) na medula óssea, sangue periférico e 
outros tecidos. 
 Crônicas: se instalam mais lentamente, até vários meses e, muitas vezes, o paciente não 
tem os sintomas que caracterizam a doença. 
Leucemias
 É o câncer mais comum na população com, até, 20 anos de idade. O subtipo LLA é o 
mais frequente.
 Na população entre 20 e 49 anos, o subtipo mais frequente é a LMA e, acima dos 50 anos, 
a LLC (leucemia linfocítica crônica) e LMC (leucemia mieloide crônica) são as mais 
diagnosticadas (INCA, 2021).
Incidência
Neoplasias hematológicas
Classificação das desordens hematológicas.
Fonte: autoria própria.
 Benzeno: aumenta o risco de LLA e LMA. 
 Radiação ionizante: raios X e gama provenientes de procedimentos médicos (radioterapia). 
 Quimioterápicos: algumas classes de medicamentos usados no tratamento de neoplasias e 
doenças autoimunes, aumentam o risco de LLA e LMA.
 Vírus: vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) e o vírus Epstein-Barr. A 
leucemia-linfoma de células T do adulto (LLTA) é uma neoplasia de linfócitos T maduros, 
associada à infecção pelo HTLV-1.
 Anomalias cromossômicas: síndrome de Down. O fator mais 
comum para o desenvolvimento da LMA é a trissomia do 21, 
sendo a incidência de leucemia, nesses pacientes, 10 a 20 
vezes maior do que na população em geral.
Fatores de risco
 Os sintomas ocorrem devido à proliferação excessiva de blastos na medula óssea;
consequentemente, há palidez, febre, infecções, esplenomegalia, epistaxe, hemorragias 
conjuntivais, sangramentos gengivais e petéquias. 
Sintomas
 Hemograma, mielograma, biópsia de medula óssea, citoquímica, imunofenotipagem, 
citogenética e biologia molecular. 
 Coagulograma, exames bioquímicos para a avaliação renal e hepática, dosagem de lactato 
desidrogenase (LDH), ácido úrico, sorologias para as hepatites A, B e C, sorologia para o 
HIV, HTLV, CMV, Chagas, varicela e toxicoplasmose, mielograma.
 Pode ocorrer o comprometimento do sistema nervoso central pelas células neoplásicas e, 
então, o exame de análise do liquor deve ser solicitado. 
Diagnóstico
Nas leucemias agudas, o paciente, geralmente, apresenta:
 Anemia do tipo normocítica e normocrômica; 
 Leucometria nas leucemias agudas está normal ou aumentada, raramente se apresenta 
acima de 100.000/mm3;
 Segundo os critérios da OMS para o diagnóstico da leucemia aguda deve-se contar, no 
mínimo, 20% de blastos no sangue periférico ou na medula óssea; 
 Há casos de LMA em que os blastos não estão presentes; por exemplo, quando há 
t(8;21)(q22;q22), inv(16)(p13.1q22), t(16;16)(p13.1;q22) ou t(15;17)(q22;q12). Nesses casos, 
há promielócitos anormais. 
 Na avaliação do mielograma são 
avaliados a celularidade, a 
quantidade e a morfologia das 
células, o escalonamento maturativo 
e a relação de granulócitos em 
relação à série eritroide.
Mielograma
Fonte: https://ameo.org.br/wp-content/uploads/2016/11/esterno1216749119.jpg
Fonte: https://ameo.org.br/wp-content/uploads/2016/11/bio1216750036.jpg
Agulha de aspiração
 É realizada pela citometria de fluxo e possibilita a classificação imunofenotípica das 
leucemias, ou seja, se a linhagem neoplásica é B, T ou mieloide, e, ainda, o estágio de 
maturação celular. 
 O citômetro de fluxo é um equipamento que permite a avaliação de múltiplos parâmetros 
celulares simultaneamente, de forma rápida, quando comparado a outras técnicas. 
Imunofenotipagem
Figura – FACSCanto®Becton Dickinson. 
Fonte: https://www.bdbiosciences.com/pt-
br/instruments/clinical-instruments/clinical-cell-
analyzers/facscanto
 A pesquisade anormalidades em leucemias é realizada na medula óssea, que é o material 
ideal.
 As células são colocadas em cultura, a divisão celular é interrompida, as células são lisadas 
e as lâminas são preparadas para a obtenção de um bom espalhamento cromossômico.
 As lâminas podem ser coradas com um corante convencional (Giemsa ou Leishman) ou por 
bandas. A coloração convencional permite, apenas, a contagem dos cromossomos, 
fornecendo uma ideia geral da presença de aberrações grosseiras.
 Existem vários tipos de bandas que, em dadas situações, podem ser necessárias, mas a 
banda G é a mais frequentemente usada e auxilia na definição da imensa maioria dos casos. 
Citogenética
Exemplos de translocações cromossômicas (e os genes rearranjados) observadas nas 
leucemias agudas: t(15;17); inv(16), t(8;21), t(9;22), t(1;19), t(9;11) e t(6;9). 
Fonte: Tratado de Hematologia, p. 339.
15 17 16
t(15;17)(q22;q12);
PML-RARA
Inv(16)(p13.1q22);
MYH11-CBFbeta
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B, não especificada
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com anormalidades genéticas 
recorrentes:
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com t(9;22)(q34.1;q11.2); BCR-
ABL1
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com t(v;11q23.3); rearranjo 
KTM24
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com t(12;21)(p13.2;q22.1), ETV6-
RUNX1
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com hiperdiploidia
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com hipodiploidia
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com t(5;14)(q31.1;q32.3) IL3-IGH
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com t(1;19)(q23;p13.3);TCF3-
PBX1
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B BCR-ABL1-like
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica B com iAMP21
Leucemia\ Linfoma Linfoblástica 
Leucemia Linfoblástica precursor célula-T primitiva
Leucemia Linfoblástica célula natural killer (NK)
Leucemias Linfoblásticas Agudas (LLA)
Classificação OMS (2016) para as Leucemias Linfocíticas
Agudas
Fonte: Adaptado de: ARBER, D. A. et al. The 2016 revision to 
the World Health Organization classification of myeloid 
neoplasms and acute leukemia. Blood, v. 127, n. 20, p. 2391-
2405, 19 maio 2016.
LMA com anormalidades genéticas recorrentes:
LMA com t(8;21)(q22;q22); RUNX1-RUNX1T1;
LMA com inv(16)(p13;1q22) ou t(16;16)(p13;1q22); CBFB-MYH11;
Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) com PML-RARA;
LMA com t(9;11)(p21.3;q23.3); MLLT3-KMT2A;
LMA com t(6;9)(p23;q34.1); DEK-NUP214;
LMA com inv(3)(q21.3q26.2) ou t(3;3)(q21.3;q26.2) GATA2,MECOM;
LMA (megacarioblástica) com t(1;22)(p13.3;q13.3); RBM15-MKL1;
LMA com BCR-ABL1;
LMA com NPM1 mutado;
LMA com mutação bialélica CEBPA;
LMA com RUNX1 mutado;
LMA com alterações relacionadas à síndrome mielodisplásica;
Neoplasias mieloides relacionados ao tratamento
LMA não categorizada nos itens anteriores:
LMA minimamente diferenciada;
LMA sem maturação;
LMA com maturação;
Leucemia mielomonocítica aguda;
Leucemia monoblástica e monocítica aguda;
Leucemias eritroides pura;
Leucemia megacariocítica aguda;
Leucemia basofílica aguda;
Panmielose com mielofibrose aguda;
Sarcoma Mieloide;
Proliferações mieloides relacionadas à síndrome de Down;
Mielopoiese anormal transitória (TAM);
Leucemia mieloide associada à síndrome de Down.
Leucemias Mieloblásticas Agudas (LMA)
Classificação da OMS (2016) para as Leucemias 
Mieloides Agudas e neoplasias correlatas. 
Fonte: Adaptado de: ARBER, D. A. et al. The 2016 
revision to the World Health Organization classification of 
myeloid neoplasms and acute leukemia. Blood, v. 127, n. 
20, p. 2391–2405, 19 maio 2016.
Sobre as leucemias agudas, assinale a alternativa correta:
a) Geralmente, o hemograma apresenta a leucopenia.
b) Os blastos linfoides e mieloides podem ser distinguidos na análise morfológica.
c) Não há a necessidade de realização do mielograma quando os blastos estão presentes no 
sangue periférico.
d) Mielograma, imunofenotipagem e citogenética são exames importantes para o diagnóstico 
das leucemias agudas.
e) A imunofenotipagem para as leucemias agudas não é necessária quando os blastos são 
evidenciados no sangue periférico.
Interatividade
Sobre as leucemias agudas, assinale a alternativa correta:
a) Geralmente, o hemograma apresenta a leucopenia.
b) Os blastos linfoides e mieloides podem ser distinguidos na análise morfológica.
c) Não há a necessidade de realização do mielograma quando os blastos estão presentes no 
sangue periférico.
d) Mielograma, imunofenotipagem e citogenética são exames importantes para o diagnóstico 
das leucemias agudas.
e) A imunofenotipagem para as leucemias agudas não é necessária quando os blastos são 
evidenciados no sangue periférico.
Resposta
 Neoplasias hematológicas: leucemias crônicas e linfomas.
Objetivos
Classificação das neoplasias hematológicas
Classificação das desordens hematológicas. 
Fonte: autoria própria.
 A LMC é uma doença que acomete os adultos.
 A frequência em adultos é de 1 em 100.000 indivíduos e, raramente, acomete as crianças. 
 Os sintomas se desenvolvem lentamente.
 Cansaço, palidez, sudorese, perda de peso e desconforto do lado esquerdo do abdome, o 
que evidencia o aumento do baço. 
 Muitas vezes, a doença é diagnosticada ao acaso e o paciente não apresenta sintomas. 
Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
 A doença apresenta 3 fases: 
crônica, acelerada e aguda.
Fases da LMC
Fases da Leucemia Mieloide Crônica. Fonte: autoria própria.
Duração média sem tratamento 5 a 6 anos 6 a 9 meses 3 a 6 meses
Crise blásticaFase aceleradaFase crônica
Blastos Ausência 1% a 19% >20%
BCR-ABL
Leucocitose
Neutrofilia
Desvio à esquerda
Basofilia
Trombocitose
Aparecimento de 
blastos 
plaquetopenia
Transformação para 
a leucemia aguda
Sintomas Assintomático Cansaço
Aumento do tamanho do baço
Hemorragias
Infecções
Perda de peso
 Presença do cromossomo Philadelphia.
Translocação na LMC
Figura – Esquema representando a translocação entre os cromossomos 9 e 22. 
Fonte: http://www.gqr-lmc-nmp.ca/system/wp-content/uploads/2013/07/Chromosome-
philadelphie.jpg
DNA
RNA
bcr/abl
bcr/abl
Philadelphia
9
22
9
bcr
abl
Condições
normais
LMC
Leucocitose
Proteína com a atividade 
tirosina quinase aumentada
Transformação leucêmica
 Leucocitose com neutrofilia e desvio 
à esquerda não escalonado até 
promielócito, basofilia e trombocitose. 
Como é o hemograma do paciente na fase crônica da LMC?
Figura – Exemplo de hemograma de um paciente diagnosticado na 
fase crônica da Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
Fonte: autoria própria.
Hemácias: 5,42 milhões/mm3 (4,30 a 5,7 milhões/mm3)
Hemoglobina: 13,7 g/dL (13,5 a 15,5 g/dL)
Hematócrito: 42,5% (39,0 a 50,0%)
Leucócitos: 75.000/mm3 (3.500 a 10.500/mm3)
Promielócitos: 6%
Mielócitos: 2%
Metamielócitos: 10%
Bastonetes: 8% (2 a 4%)
Segmentados: 53% (36 a 66%)
Linfócitos: 5% (25 a 45%)
Monócitos: 5% (2 a 10%)
Eosinófilos: 2% (2 a 4%)
Basófilos: 9% (0 a 1)
Plaquetas – 500.000/mm3 (150.000 a 450.000/mm3)
 Número de blastos superior a 20% na 
medula óssea ou no sangue periférico.
 Nesse estágio é preciso a realização da 
imunofenotipagem para a caracterização 
dos blastos. 
Como é o hemograma do paciente na fase aguda da LMC?
Figura – Exemplo de hemograma de um paciente com Leucemia 
Mieloide Crônica (LMC) que evoluiu para a fase aguda (crise blástica).
Fonte: autoria própria.
Hemácias: 3,0 milhões/mm3 (4,30 a 5,7 milhões/mm3)
Hemoglobina: 9 g/dL (13,5 a 15,5g/dL)
Hematócrito: 26% (39,0 a 50,0%)
Leucócitos: 25.000/mm3 (3.500 a 10.500/mm3)
Mielócitos: 9%
Metamielócitos: 9%
Bastonetes: 8% (2 a 4%)
Segmentados: 3% (36 a 66%)
Linfócitos: 4% (25 a 45%)
Monócitos: 6% (2 a 10%)
Basófilos: 10% (0 a 1)
51% de células blásticas
Plaquetas – 40.000/mm3 (150.000 a 450.000/mm3)
 A LLC acomete os indivíduos em torno dos 70 anos de idade.
 Sintomas inespecíficos como: fraqueza, zumbido; pode 
ocorrer febre, adenomegalia, esplenomegalia e 
infecções recorrentes. 
 O hemograma cursa com linfocitose,geralmente, acima de 
10.000/mm3 e pode ocorrer a anemia e/ou plaquetopenia. 
 Os linfócitos da LLC são pequenos, apresentam alta relação 
núcleo/citoplasma, cromatina, extremamente, condensada e 
manchas de Gumprecht. 
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC)
Figura – Manchas de Gumprecht (setas). 
Fonte: LESESVE, J. F.; FEUGIER, P. Correspondances en Onco-Hématologie, vol. 
X – n. 3 - mai-juin 2015. Disponível em: 
https://www.edimark.fr/Front/frontpost/getfiles/22989.pdf. Acesso em: 27 nov. 2020.
 Neoplasias que se caracterizam pela proliferação de 
linfócitos maduros (B, T ou NK) que ocorrem nos linfonodos. 
 Fatores de risco: HTLV-1, Helicobacter pylori, exposição 
ocupacional aos agrotóxicos, benzeno, solventes orgânicos 
e radiação ionizante. 
 Linfonodos aumentados em qualquer parte do corpo, axilas, 
virilhas, pescoço etc. 
 Sintomas: febre, sudorese noturna, perda de peso sem 
causa aparente e coceira pelo corpo. 
Linfomas: Hodgkin e não Hodgkin
Figura – Órgãos linfoides. 
Fonte: 
https://www.cancer.org/cancer/cancer-
basics/lymph-nodes-and-
cancer/_jcr_content/par/textimage/image.
img.gif/1498770196927.gif
Medula óssea
Baço
Vasos linfáticos
Nódulos linfáticos
Timo
Intestino delgado
Cólon
Estômago
 Linfoma de Hodgkin (LH): células de Reed-Sternberg que derivam de linfócitos B maduros 
que sofreram a transformação maligna. 
 Linfoma não Hodgkin (LNH): vários subtipos de acordo com as características das células, 
que consideram os aspectos morfológicos, imunofenotípicos, citogenéticos e resposta à 
terapia. A maior parte dos LNH é de células B; apenas 10% se originam de células T ou NK. 
Existem mais de 20 subtipos de LNH. 
 Indolentes: como o linfoma folicular.
 Mais agressivos: linfoma difuso de grandes células B e o linfoma de Burkitt. 
Linfomas: Hodgkin e não Hodgkin
 Biópsia do linfonodo.
 Citometria de fluxo.
 Citogenética.
 Biologia molecular.
 Exames bioquímicos.
Diagnóstico
Sobre as características e o diagnóstico da leucemia mieloide crônica, assinale a alternativa 
correta:
a) Na fase crônica da doença é essencial o exame de citogenética.
b) O diagnóstico é realizado a partir da análise do hemograma com a identificação do 
cromossomo Philadelphia.
c) Na fase aguda da doença, não há a presença de blastos no sangue periférico.
d) Na fase crônica da doença, verificam-se mais de 20% de blastos no sangue periférico.
e) A t(8;21)(q22;q22) origina o cromossomo Philadelphia. 
Interatividade
Sobre as características e o diagnóstico da leucemia mieloide crônica, assinale a alternativa 
correta:
a) Na fase crônica da doença é essencial o exame de citogenética.
b) O diagnóstico é realizado a partir da análise do hemograma com a identificação do 
cromossomo Philadelphia.
c) Na fase aguda da doença, não há a presença de blastos no sangue periférico.
d) Na fase crônica da doença, verificam-se mais de 20% de blastos no sangue periférico.
e) A t(8;21)(q22;q22) origina o cromossomo Philadelphia. 
Resposta
 INCA. Estatísticas de câncer. Brasília, 10 jun. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3xkznKI. 
Acesso em: 05 jul. 2021.
 OLIVEIRA, R. A. Mielograma e imunofenotipagem por citometria de fluxo em hematologia. 
São Paulo: Roca, 2015. 
 OLIVEIRA, R. A. G.; POLI NETO, A. Anemias e leucemias: conceitos básicos e diagnóstico 
por técnicas laboratoriais. São Paulo: Editora Roca, 2004. 
 ZAGO, M. A. Tratado de Hematologia. São Paulo: Ed. Atheneu, 2015.
Referências 
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