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Serviços de terceiros e processos hospitalares Livro Texto - Unidade II

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SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES
Unidade II
3 ARQUITETURA HOSPITALAR E SANEAMENTO AMBIENTEAL
3.1 Introdução
Um importante objetivo da arquitetura dentro de uma instituição hospitalar é adequar suas 
instalações físicas para que pacientes e funcionários sintam‑se em segurança, assim existe uma tendência 
de sempre melhorar os espaços, uma vez que hospital, acima de tudo, é um lugar para a promoção da 
saúde e prevenção de riscos ocupacionais, sobretudo de infecção hospitalar.
Portanto, a arquitetura hospitalar busca, dentro de uma legislação especifica, manter ambientes internos 
mais agradáveis e também mais eficientes, no sentido de promover fluxos adequados que facilitem os 
processos de trabalho. Desse modo, sempre se busca um melhor aproveitamento do espaço e racionalização 
para agilizar o trabalho dos funcionários, em especial, o atendimento aos pacientes.
No Brasil, a arquitetura hospitalar passa por modelos de hospitais religiosos (pavilhonar), e o que 
temos até hoje são modelos modernos, ou seja, monoblocos. As edificaçãoes nacionais seguiram as 
construções europeias e americanas na transformação da arquitetura hospitalar.
Um fator muito relevante e presente foi a noção de higiene e bacteriologia. No início do século XX, 
os projetos hospitalares estiveram sob a influência dessas ciências. Assim, o que podemos perceber 
até hoje ainda são construções em monobloco, e hospitais mais antigos como as Santas Casas ainda 
apresentam uma arquitetura original pavilhonar, contudo com reformas e adequações físicas de seus 
ambientes.
Assim, quando se propõe uma construção hospitalar, deve‑se considerar aspectos legais, ambientais, 
físicos, de conforto, de humanização e, acima de tudo, de aspecto técnico para a construção dos 
ambientes e organização dos fluxos de trabalho e de atendimento aos usuários.
 Lembrete
Considerando aspectos legais de arquitetura hospitalar, existe uma 
importante Resolução, a RDC nº 50, que dispõe sobre o regulamento 
técnico de planejamento e estabelece normas para projetos físicos de 
Estabelecimentos Assistências de Saúde (EAS). Todo EAS construído ou 
reformado deve estar de acordo com as definições e informações contidas 
neste documento, independentemente de ser um estabelecimento 
público ou privado. 
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Vale enfatizar que, tanto para novas construções como reformas e adequações de espaços físicos em 
ambientes hospitalares, devemos lembrar que se faz necessário a avaliação de serviços de engenharia 
e arquitetura especializados em área da saúde. Para aprovação junto aos órgãos competentes, é 
obrigatório apresentar um planejamento e projeto básico com as especificações e detalhamento do 
projeto arquitetônico devidamente assinado.
Um projeto básico em arquitetura hospitalar deve estar de acordo com a Resolução RDC nº 50 e, 
portanto, deve conter prioritariamente:
• plantas baixas com cortes e fachadas e com as escalas definidas pelo autor do projeto;
• todos os ambientes devem ser identificados e com nomenclatura conforme pede a resolução;
• descrição de medidas das áreas internas, inclusive de espessura das paredes;
• localização exata de bancadas, posição dos leitos, equipamentos fixos, mobiliários e sentido de 
abertura das portas;
• locação da edificação com identificação de acesso para pedestres e veículos;
• identificação, na planta, do entorno do terreno onde está a edificação;
• legenda com identificação completa do prédio, como endereço completo do estabelecimento, 
número sequencial das pranchas, área total de todo o pavimento e assinatura do responsável 
técnico pelo projeto básico.
Um projeto básico arquitetônico de um ambiente hospitalar deve ainda receber avaliação, 
apreciação e orientação de órgãos fiscalizadores, por exemplo, a Vigilância Sanitária, pois, no 
caso de construção de nova edificação, existe a preocupação do uso solo e o impacto ao meio 
ambiente. O objetivo é avaliar os seguintes quesitos: funcionalidade do edifício, dimensionamento 
de ambientes, porte do hospital, verificação de todas as áreas e dimensões lineares, instalações 
especiais, sistema de fornecimento de energia geral, transformadores e gerador, sistema de gases 
medicinais adotado, sistema de tratamento de esgoto e sistema de tratamento de resíduos de 
serviços de saúde (RSS).
A proposta de construção de uma nova estrutura hospitalar deve trazer segurança, sustentabilidade 
e resolutividade para a região, uma vez que o hospital integra uma rede de atenção à saúde e tem como 
função principal o tratamento e recuperação da saúde dos usuários que dele se utilizam.
Quando citamos a sustentabilidade em um projeto arquitetônico, isso significa não somente a 
preservação do meio ambiente, mas sobretudo adequações do local para atender as exigências legais e 
às necessidades do homem, ou seja, o hospital deve ser útil para as carências da comunidade local.
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 Observação
Considerando a importância do termo “sustentabilidade”, devemos 
lembrar ser ele uma referência que nos traz a consciência de desenvolvimento 
econômico e, ao mesmo tempo, preservação do ecossistema e ainda 
situações e medidas que sejam realistas para as atividades humanas. 
Devemos ressaltar que a arquitetura hospitalar moderna sempre procurou relacionar o adequado 
aproveitamento dos recursos naturais de acordo com os estilos arquitetônicos. Assim, com o passar 
dos anos, o modelo de arquitetura foi o modelo de arquitetura foi aprimorado para oferecer segurança, 
conforto, sustentabilidade do meio ambiente e, mais recentemente, a humanização hospitalar.
Ainda nesse contexto, vale lembrar sobre o significado de saneamento ambiental, que é representado 
pelo conjunto de ações e serviços e por políticas públicas para o controle da saúde ambiental, cujo 
objetivo é resolver problemas de infraestrutura nas cidades que podem afetar a saúde e qualidade de 
vida da população.
Portanto, para a Organização Mundial de Saúde, para que ocorra o saneamento ambiental, é 
necessário o controle de fatores que possam exercer efeitos nocivos sobre o bem‑estar, físico, mental 
e social dos indivíduos. Assim podemos exemplificar os principais fatores ambientais que merecem 
monitoramento, vigilância e controle:
• poluição do ar, que está representada pela emissão de gases nocivos à saúde do homem;
• manutenção do solo, que está representada pelo controle do lixo urbano e das águas;
• poluição sonora e visual de grandes centros urbanos;
• ocupação desordenada do solo, como irregularidades na construção;
• controle de esgoto a céu aberto, o que provoca enchentes.
Com isso, cabe enfatizar que é essencial o cuidado com o saneamento básico, que engloba medidas 
de controle do abastecimento de água, de rede de esgotos, de limpeza pública e ainda a coleta de lixo, 
que são realizados por serviços municipais e que revelam as condições ambientais dos centros urbanos.
O saneamento ambiental tem um papel fundamental na conservação do meio ambiente e na 
qualidade de vida da população. Deve ser realizado por parte dos gestores, em virtude das atividades 
econômicas e sociais das empresas, uma gestão ambiental adequada que visa um desenvolvimento 
sustentável e o uso racional de recursos naturais.
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Desse modo, o projeto arquitetônico de uma unidade hospitalardeve, acima de tudo, ser considerado 
sustentável, pois deve investir em recursos de menor impacto ambiental, sendo necessário e muito 
importante um planejamento de melhor aproveitamento de energia elétrica e água, por exemplo, 
evitando desperdícios e economizando os recursos naturais.
Uma preocupação quando o assunto é hospital e sustentabilidade é sobre o descarte de resíduos 
hospitalares. 
 Lembrete
Podemos considerar os resíduos de serviços de saúde (RSS) os 
despojos provenientes de hospitais, consultórios médicos e odontológicos, 
laboratórios de análises clínicas, entre outros semelhantes, e os profissionais 
que manipulam os RSS ficam expostos a riscos, e a manipulação inadequada 
desses resíduos pode causar situações de acidentes de trabalho. 
3.2 Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
Cabe ressaltar que RSS são dejetos de todas as atividades executadas dentro das instituições de 
saúde e que necessitam de um tratamento diferenciado e adequado, desde de o momento de geração 
desses resíduos até o descarte final. Segundo as Resoluções Anvisa nº 306/2004 e Conama nº 358/2005, 
os RSS são classificados em cinco grupos, de acordo com a característica principal do resíduo e potencial 
de risco. São eles:
• Grupo A – contém agentes biológicos, podem apresentar maior risco de infecção e devem ser 
descartados em recipientes com saco branco identificado como produto infectante;
• Grupo B – com produtos químicos, devem ser descartados em galões contentores próprios;
• Grupo C – presença de agentes radioativos, devem ser descartados em caixas blindadas;
• Grupo D – são considerados resíduos comuns e alguns são recicláveis, como descartáveis e devem 
ser descartados em recipientes próprios identificados com saco de cor preta;
• Grupo E – são materiais perfurantes e cortantes como agulhas, lâminas de bisturi, e devem ser 
descartados em recipientes rígidos e resistentes.
Assim, os serviços de saúde devem exercer suas atividades através de um gerenciamento de resíduos, 
ou seja, organizar atividades técnicas e administrativas que envolvam todo o processo de controle, 
como o momento de manuseio inicial desses resíduos, a segregação e origem dos resíduos, a coleta, o 
acondicionamento, a identificação e o transporte final.
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O ambiente hospitalar é considerado um local que gera um grande volume de resíduos perigosos à 
saúde e ao meio ambiente. Com isso, é muito importante que existam ações internas que minimizem 
seus efeitos nocivos. Assim, a Anvisa tem controlado e normatizado as atividades que envolvem o 
gerenciamento de resíduos em serviços de saúde.
Os resíduos do serviço de saúde ocupam um lugar de destaque, pois 
merecem atenção especial em todas as suas fases de manejo, segregação, 
condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e 
disposição final em decorrência dos imediatos e graves riscos que podem 
oferecer, por apresentarem componentes químicos, biológicos e radioativos 
(BRASIL, 2006, p. 30).
 Observação
Importante ressaltar que todos os funcionários que manuseiam os 
resíduos hospitalares devem utilizar os equipamentos de proteção individual 
(EPI) mais adequados para lidar com os tipos de resíduos de serviços de 
saúde no dia a dia de trabalho. 
Segundo as diretrizes governamentais, cabe aos estabelecimentos de saúde o controle do resíduo, 
desde a geração até a disposição final. Tem o dever do elaborar das instuições um plano de gerenciamento, 
registro que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas 
características e riscos, no âmbito das instituições, contemplando os aspectos referentes a geração, 
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem 
como a proteção à saúde pública. Os principais objetivos desse plano são minimizar a produção de 
resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, visando à proteção dos 
trabalhadores, à preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Nesse sentido, para Brasil (2006, p. 65), o Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de 
Saúde (PGRSS) deve obedecer a alguns critérios técnicos, de legislações sanitárias, ambientais e ainda 
normas locais de coleta e transporte dos serviços de limpeza urbana, principalmente os resíduos gerados 
nos serviços de saúde. O estabelecimento de saúde deve manter uma cópia do Plano disponível para 
consulta, quando em situações de fiscalização de autoridade sanitária, para uso dos funcionários.
Para elaboração do PGRSS, o gestor de uma unidade de saúde deve seguir alguns passos 
importantes como:
• 1º passo – identificação de problemas e definição de objetivos: para o início do processo de 
elaboração do Plano, o gestor deve indicar um responsável para analisar em que contexto o 
PGRSS será inserido. Deve‑se avaliar aspectos econômicos, sociais, políticos/legais e ainda realizar 
uma avaliação prévia dos resíduos de serviços de saúde gerados pelo estabelecimento, mapeando 
todas as áreas do local envolvidas com RSS. Os objetivos dessa etapa são realizar um conhecimento 
preliminar do problema e elaborar um plano de trabalho para a aprovação da diretoria.
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• 2º passo – construir uma equipe de trabalho e estabelecer atribuições: essa etapa compreende 
a definição do grupo, quem será o responsável pelo PGRSS e principalmente o que cada 
membro da equipe deverá realizar. Lembrando que a equipe deve ser treinada e capacitada 
para a realização das tarefas e o responsável pelo PGRSS deve monitorar e supervisionar 
todas as etapas do plano. O objetivo dessa etapa é definir um líder pelo PGRSS e treinar a 
equipe de trabalho.
• 3º passo – mobilização da Instituição de Saúde: nessa etapa deverá ocorrer reuniões com todos 
os setores da Instituição para apresentação do Plano, através de filmes, oficinas de sensibilização 
etc. O objetivo é que todos os funcionários conheçam o PGRSS e sua importância, pois, para 
elaboração, implantação e manutenção, será necessário o envolvimento e colaboração de todos 
os funcionários.
• 4º passo – realizar um diagnóstico da Instituição quanto aos RSS: para essa etapa é necessário um 
diagnóstico detalhado de todas as áreas da Instituição de Saúde que geram resíduos. Para tal, é 
preciso efetuar um relatório específico da área, que resíduos são gerados, que fluxos de transporte 
e armazenamento existem, forma de coleta, quantidade de resíduo gerado, se as equipes estão 
treinadas. O objetivo dessa etapa é fazer um registro da situação atual da Instituição de saúde 
quanto ao modelo de gestão para os RSS.
• 5º passo – estabelecer um cronograma com os objetivos para a implantação do PGRSS: é essencial 
elaborar um cronograma com quais metas deverão ser atingidas, estabelecendo o momento mais 
adequado para se dar início à execução do Plano. Deverão ser elaborados os objetivos que levarão 
ao atingimento das metas. O objetivo desse passo é estabelecer metas, objetivos e período de 
realização do PGRSS.
• 6º passo – elaboração do PGRSS: essa etapa é a realização do PGRSS, com a identificação da 
Instituição de Saúde, suas áreas de trabalho, como os RSS são gerados, que fluxos deverão ser 
estabelecidos, que tratamento serão efetivados e a disposição final para os RSS, bem como o 
papel dos colaboradores da Instituição. O objetivo é realizar o PGRSS e ter a aprovação do gestor 
responsável pela Instituição de Saúde.
• 7º passo – implantação do PGRSS: essa fase pretende efetivar o Plano, executar o que foi planejado, 
realizando também um monitoramentoestratégico e operacional de todo o processo. O objetivo 
dessa etapa é fixar o PGRSS.
• 8º passo – avaliação do PGRSS: deve‑se verificar se as metas foram atingidas, identificar problemas, 
realizar intervenções necessárias e implantar indicadores de monitoramento e avaliação do Plano. 
O objetivo dessa etapa é ter PGRSS avaliado e, se necessário, realizar as devidas modificações.
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SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES
 Lembrete
Para a fase de avaliação e monitoramento PGRSS, a equipe responsável 
deve considerar custos, financiamento e ainda elaborar impressos próprios 
para registar todas as informações necessárias e possíveis alterações e 
modificações no Plano. 
4 SUSTENTABILIDADE E GESTÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES
Devemos lembrar nesse contexto sobre o conceito de sustentabilidade, que muitas vezes está 
relacionado com ações, atitudes e estratégias que são ecologicamente corretas, economicamente aceitas 
e socialmente justas.
Sustentabilidade é um tema muito utilizado e de reflexão para várias áreas, principalmente para a área e 
serviços de saúde, uma vez que existe uma importante relação entre saúde e meio ambiente. De uma forma 
resumida, devemos considerar que sustentabilidade é fazer hoje pensando em não prejudicar o amanhã.
Considerando instituições hospitalares e seu plano de gerenciamento para resíduos em saúde, cabe 
ressaltar que existe uma grande responsabilidade desses geradores de resíduos frente aos cuidados 
com o meio ambiente, uma vez que é uma situação que pode comprometer não só os envolvidos nesse 
processo de manejo como também a população e o meio ambiente.
Assim, instituições hospitalares devem conhecer e respeitar as legislações que protegem o meio 
ambiente, pois, infelizmente, ainda existem estabelecimentos de saúde que não tratam de modo 
adequado seus RSS, expondo a saúde pública e o meio ambiente ao risco de contaminação.
Cabe enfatizar que muitos municípios brasileiros realizam uma coleta de resíduos de serviços de 
saúde em separado dos resíduos urbanos, o que melhora e promove uma sustentabilidade e saúde 
ambiental. A separação correta de resíduos em hospitais pode reduzir e diminuir os custos do tratamento 
e ainda o prejuízo ao meio ambiente.
As instituições hospitalares devem respeitar a classificação de RSS, pois cada material deve ser 
coletado de acordo com a sua classificação e legislação, em que o objetivo é reduzir os riscos para quem 
o manuseia e, consequentemente, danos ao meio ambiente. Devemos ainda lembrar que os hospitais 
devem, em respeito a legislações, construir espaços físicos específicos para o armazenamento dos 
resíduos antes da coleta final pelos serviços municipais.
Assim, estando os resíduos hospitalares separados adequadamente e classificados conforme lei da 
Anvisa, o descarte final é realizado por empresas especializadas, lembrando que nem todos os materiais 
são incinerados, pois trata‑se de um processo de alto custo e nocivo ao meio ambiente. Alguns resíduos 
são destinados a aterros sanitários e outros até podem ser reciclados e separados em lixeiras semelhantes 
às de coleta seletiva.
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 Observação
O processo de coleta seletiva existe em muitas Instituições 
Hospitalares. Em algumas áreas da Instituição, é possível observar 
coletores de resíduos com separação por cores e tipos de resíduos. 
Contudo, o serviço interno de Higiene e Limpeza deve estar atento ao 
acondicionamento final desses sedimentos. 
Para os gestores de instituições hospitalares, a coleta de resíduo hospitalar ainda é um grande 
desafio e preocupação, como também para pessoas que moram perto dessas instituições. Devemos 
lembrar que o descarte desses dejetos exige uma coleta rigorosa e que normalmente é feita por empresas 
especializadas, transportando‑os para seu destino final. Vale enfatizar que os resíduos hospitalares, após 
sua classificação adequada, devem ser acondicionados e armazenados em local próprio ainda dentro das 
instituições hospitalares para em seguida ser devidamente coletado.
Existem muitos municípios brasileiros que investem no gerenciamento de RSS. Nesse processo, após 
a coleta dos resíduos em instituições de saúde, eles são transportados para um local de armazenamento 
temporário, a fim de preparar adequadamente os RSS antes do descarte final, promovendo um cuidado 
importante para a saúde e para o meio ambiente.
Essas unidades de tratamento de resíduos hospitalares, que em alguns municípios são 
denominadas usinas de tratamento de serviços de saúde, realizam uma série de procedimentos 
com o objetivo de eliminar os riscos de contaminação. Uma usina de tratamento de resíduos 
dos serviços da saúde pode, por exemplo, usar tecnologia através de autoclaves, preparando os 
resíduos para seu destino final.
Ainda nesse sentido, destacamos que muitos municípios utilizam como destino final tanto para 
dejetos comuns, domésticos, como para RSS, conforme apresentamos a seguir:
• Lixão – é uma opção inadequada de disposição final de resíduos a céu aberto, pois não existem 
medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Cabe enfatizar que, no Brasil, desde 
2010, existe Política Nacional de resíduos sólidos, que proíbe a existência de lixões, contudo 
sabemos que em alguns lugares ainda existem.
• Aterro sanitário – é uma técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, que visa prevenir danos 
à saúde pública e ao meio ambiente, utilizando princípios de engenharia para confinar os dejetos 
sólidos à menor área possível e reduzi‑los ao menor volume. Para tal, prepara‑se o terreno, que 
deve estar adequado a exigências ambientais para funcionar como impermeabilização do solo, 
recobrimento diário dos resíduos, coleta e tratamento de gases.
• Compostagem – considerada uma alternativa ambientalmente segura e sustentável, pois atende 
à legislação ambiental atual, é um processo biológico de reaproveitamento que transforma 
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resíduos orgânicos em matéria orgânica de qualidade, podendo ser utilizada na agricultura como 
fertilizante orgânico composto ou condicionador de solos.
Assim, todos os gestores que estão envolvidos no processo de gerenciamento de resíduos de serviços 
de saúde devem conhecer a legislação pertinente e investir em processos adequados e que promovam 
a saúde do meio ambiente e dos trabalhadores. Contudo o meio ambiente ainda sofre os efeitos do 
consumo exagerado da população, poluição da terra, água e ar e, principalmente, o descumprimento da 
legislação por parte dos governantes.
Nesse sentido, as instituições hospitalares e seus gestores precisam estar atentos às mudanças 
socioeconômicas e culturais que impactam a sociedade nos dias atuais, pois o tema sustentabilidade 
ambiental, social e econômica são pertinentes e necessários para o processo de gestão hospitalar. Um 
grande desafio para uma instituição hospitalar é a busca por uma atuação sustentável.
O cuidado com resíduo hospitalar é um item que merece atenção, É preciso investir na coleta seletiva 
e segura dos resíduos gerados, pois esse é considerado um processo importante, contínuo e dinâmico 
para reduzir os impactos nocivos ao meio ambiente. Portanto, o conceito de sustentabilidade dever ser 
utilizado dentro das instituições de saúde, não apenas como modismo, mas simcom intuito de obeter 
destaque e conquistar selos de certificação. As empresas devem almejar ser sustentáveis e aptas para 
cumprir uma missão como organização de saúde.Assim, as instituições de saúde, as hospitalares, devem investir e preparar seus gestores para os 
processos de gestão não somente de recursos humanos, mas principalmente para a gestão de recursos 
materiais, pois também devem consumir adequadamente.
 Saiba mais
Para saber mais, leia a cartilha a seguir:
BRASIL. O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo 
sustentável. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação 
Institucional e Cidadania Ambiental, 2012a. Disponível em: <http://www.
mma.gov.br/publicacoes/responsabilidade‑socioambiental/category/90 
‑producao‑e‑consumo‑sustentaveis?download=989:o‑que‑o‑brasileiro 
‑pensa‑do‑meio‑ambiente‑e‑do‑consumo‑sustentavel>. Acesso em: 22 
jun. 2016.
4.1 Planejamento orçamentário e financeiro
A assistência à saúde é permeada de custos elevados e imprevisíveis. Frente a isso, torna‑se 
fundamental a monitoração dos gastos e ponto de equilíbrio entre o preço e o custo. Segundo Beulke 
e Bertó (2008, p. 3):
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[...] a identificação dos custos, receitas e resultados em relação às atividades, 
centros de custos e unidades de negócios, constitui, assim, um primeiro passo 
importante para uma gestão de sucesso direcionada a efetivos objetivos de 
saúde econômica‑financeira.
O planejamento orçamentário possibilita identificar todos os pontos que necessitam ser melhorados 
e permite antecipar os resultados esperados.
O sistema orçamentário representa a operacionalização das ações elaboradas no planejamento 
financeiro. Ele mostra em quantidades físicas e valores monetários o desenvolvimento e o resultado 
dos planos de todas as unidades administrativas e operacionais da organização, incluindo previsão 
de receitas, custos, despesas e investimentos necessários para o alcance dos objetivos e metas 
pré‑estabelecidos.
A utilização dessas informações favorece o processo de tomada de decisão em relação a situações 
econômicas futuras da instituição.
O planejamento financeiro estabelece diretrizes para o crescimento da empresa, declara o que ela 
realizará no futuro com base no conhecimento a respeito de investimentos e financiamentos. Tem como 
responsabilidade analisar e avaliar os projetos e as fontes de financiamento para garantir seu equilíbrio 
econômico e o alcance dos objetivos.
Para isso, o planejamento financeiro deve ser desenvolvido em duas etapas, em curto prazo e em 
longo prazo, de acordo com a execução do planejamento global e com as variações do orçamento.
Os planos financeiros em longo prazo representam as ações para um futuro mais distante e seus 
respectivos impactos financeiros. Tendem a contemplar um período de dois a dez anos, geralmente 
sendo reavaliados quando completam cinco anos ou frente a informações significativas.
Os planos financeiros em curto prazo constituem medidas para um período curto, no máximo dois 
anos, também acompanhados da previsão da repercussão financeira.
Nesse contexto financeiro, nas organizações hospitalares, tem relevância o desempenho do setor de 
suprimentos. É necessário que haja uma preocupação do administrador no gerenciamento de materiais 
e medicamentos, processos de compra e seleção de fornecedores, visando à otimização dos serviços, à 
redução de custos e ao aumento do padrão de qualidade.
4.2 Modalidades de compras
Atualmente, os hospitais enfrentam sérios problemas no que diz respeito à economia do País. Sofrem 
com as exaustivas demandas para redução de custos, melhoria da qualidade de serviços e expansão dos 
serviços ao maior número possível de usuários.
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SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES
Para que essas demandas sejam atendidas, faz‑se necessário o conhecimento e domínio de práticas 
de gestão que enriqueçam a atuação dos gestores, por meio de métodos de planejamento e avaliação 
dos serviços executados.
Em relação ao processo de compras em instituições de saúde, os desafios geralmente são grandes, 
pois a função do setor de compras abarca várias divisões e procedimentos. O gestor deve levar em 
consideração vários aspectos, como: disponibilidade dos produtos no mercado, variação de preços, 
quantidade de suprimentos para serem geridos, prazos de validade dos produtos, tempo de reposição, 
entre outros. Além disso, o setor de compras deve voltar a atenção para as consequências graves que 
podem ocorrer por falta de materiais e medicamentos.
Para minimizar essas consequências, faz‑se necessária a padronização de medicamentos e materiais, 
evitando o aumento do número de itens de estoque ocasionado pelas variedades lançadas no mercado e 
pela rotatividade dos recursos humanos envolvidos nesse processo – equipes médica e de enfermagem.
A padronização objetiva a racionalização do uso de medicamentos e materiais, a diminuição do 
estoque e, consequentemente, o aumento do controle, a redução dos espaços de armazenamento e a 
agilidade na dispensação.
Nesse sentido, uma das estratégias é o controle do estoque. Estoques baixos podem afetar a qualidade 
do serviço; caso sejam excessivos, podem impactar diretamente no orçamento financeiro do hospital.
O controle de estoques em hospitais tem relação direta com a decisão do momento ideal para rever 
as quantidades armazenadas. A definição do momento ideal da compra depende do modelo para a 
reposição dos utensílios, portanto pode‑se comprar quando o estoque chegar ao ponto considerado 
mínimo ou aguardar o período estabelecido previamente para a avaliação/reposição dos sortimentos.
Segundo a Lei nº 88.666, de 21 de junho de 1993, que dispõe sobre licitações e contratos, compra é 
“toda a aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente”.
Baily et al. (2000, p. 25) definem compras como:
[...] um processo no qual as organizações estabelecem os itens a serem 
comprados, identificam e comparam os fornecedores disponíveis, negociam 
com as fontes de suprimentos, firmam contratos, elaboram ordens de 
compras e, finalmente, recebem e pagam os bens e serviços adquiridos.
Nesse contexto, podemos dizer que as atividades de compras têm como objetivo suprir as necessidades 
da organização mediante a aquisição de materiais, medicamentos e/ou serviços provenientes das 
solicitações dos usuários internos, visando buscar as melhores condições comerciais e técnicas no mercado.
Vale a pena ressaltar que, independentemente da sua estrutura pública ou privada, deve 
contar com compradores com perfil adequado às estratégias internas e políticas de compra que 
atendam aos interesses da instituição. As organizações privadas têm autonomia para a compra 
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direta, analisando fatores de interesse como preço, prazo de entrega, condições de pagamento e, as 
públicas, além de atenderem às formalidades exigidas, devem seguir os procedimentos estabelecidos 
pela legislação em vigor.
Para que o resultado do processo de compras seja mensurável, é importante estabelecer alguns 
objetivos, como:
• atender à necessidade da organização com um fluxo seguro de materiais e serviços;
• garantir a continuidade de suprimento com fornecedores existentes e desenvolver outras fontes 
de suprimentos para atender situações específicas ou de urgência;
• comprar de maneira eficiente, obtendo as melhores condições sem relevar a segundo plano os 
aspectos éticos;
• administrar adequadamente os estoques para proporcionar qualidade no serviço e melhor relação 
custo‑benefício;
• Manter relacionamentos com os demais setores da organização, fornecendo informaçõese 
aconselhamentos necessários para assegurar a operação eficaz de toda a empresa.
 Observação
Comprar e prover materiais e medicamentos são fatores essenciais na 
organização hospitalar, portanto, as pessoas envolvidas nesse processo, 
direta e indiretamente, têm papel fundamental na prestação dos serviços, 
garantindo a qualidade aos usuários e atendendo aos interesses da 
instituição. 
Devemos ainda considerar as atribuições do setor de compras:
• manter cadastro de fornecedores atualizados;
• realizar as licitações de acordo com as necessidades da instituição, buscando no mercado as 
melhores condições comerciais;
• assegurar o cumprimento das cláusulas contratuais;
• acompanhar e fiscalizar os pedidos pendentes quanto ao prazo de entrega acordado e 
documentando todos os passos;
• manter atualizados os registros necessários à atividade.
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Nas organizações, é essencial providenciar os materiais na qualidade especificada e no prazo 
necessário, para o funcionamento da empresa.
Segundo Viana (2002, p. 48), as principais etapas do fluxo básico da compra são:
a) preparação do processo – recebimento dos documentos e montagem do 
processo de compra com os itens solicitados pelas unidades usuárias;
b) planejamento da compra – indicação de fornecedores e a elaboração de 
condições gerais e específicas;
c) seleção de fornecedores – seleção para a respectiva concorrência em 
virtude da sua avaliação de desempenho;
d) concorrência – expedição de consulta, abertura, análise e avaliação de 
propostas e negociação;
e) contratação – julgamento da concorrência, negociação com o fornecedor 
vencedor e fechamento do pedido;
f) controle de entrega – recebimento do material com controle da qualidade 
e quantidade e o encerramento do processo.
Segundo Baily et al. (2000), existem variáveis que devem ser consideradas no processo de compras, 
como quantidade, qualidade, tempo para a entrega, negociação, preço, entre outros. O processo de 
negociação compreende três fases distintas:
• fase preparatória – determinada pelo tempo utilizado na definição de objetivos e estratégias;
• fase de discussão – engloba discussão, reuniões, coleta e análise de outras informações e o acordo 
entre as partes;
• fase de implementação – nessa fase, o acordo é colocado em prática.
4.2.1 Compra direta
A compra direta, prática utilizada em hospitais privados, pode ser feita por meio de pesquisa de preço 
ou contrato de fornecimento com fornecedores previamente selecionados e cadastrados na instituição.
As necessidades de materiais e medicamentos devem ter foco em fatores como tempo, qualidade, 
custo e rapidez nos procedimentos envolvidos para a execução dessa atividade.
A compra direta normal consiste na emissão das solicitações mensais referentes às necessidades de 
materiais e medicamentos feitas pelo setor do almoxarifado ou farmácia central ao setor de compras. 
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O setor de compras, por sua vez, inicia o processo de cotações com quantos fornecedores for possível. 
A área técnica participa da seleção dos produtos a serem adquiridos, levando em consideração critérios 
mínimos de qualidade pré‑estabelecidos.
Ao fim do processo, são geradas confirmações de pedidos que serão enviadas aos fornecedores para 
a efetivação da compra.
A compra direta de emergência consiste na compra mediante a necessidade imediata, geralmente 
em fornecedor cadastrado para o produto, dispensando a cotação em vários fornecedores.
4.2.2 Licitação
Licitação é o processo formal de aquisição, executado por órgãos públicos, com o objetivo de atender 
às necessidades da organização quanto à compra de produtos, bens ou serviços. É desenvolvido conforme 
os preceitos estabelecidos para esse fim e de acordo com as regulamentações na Lei nº 8.666, de 21 de 
junho de 1993, atualizada pelas leis nº 8.883, de 8 de junho de 1994, e nº 9.648, de 27 de maio de 1998.
Cada modalidade de licitação tem exigências específicas de procedimentos, formalização dos 
processos e prazos. As modalidades de compra são apresentadas a seguir.
• Concorrência – é a modalidade de ampla publicidade, feita com antecedência de 30 dias, que 
oportuniza a participação de quaisquer interessados que atendam aos pré‑requisitos exigidos 
e publicados no edital de convocação em jornal de vasta circulação e no Diário Oficial, sem 
necessidade de registro ou cadastro prévio. É indicada para contratos de grande proporção ou de 
maior valor.
• Tomada de preços – realizada somente entre interessados previamente cadastrados ou que atendam 
aos requisitos para cadastramento até três dias antes do recebimento das propostas, desde que 
qualificados para tal. As tomadas de preços devem ser publicadas em órgãos da imprensa oficial e 
as propostas podem ser entregues no prazo de 15 dias após a data da publicação. É utilizada para 
contratos de valores estimados inferiores aos da modalidade concorrência.
• Convite – ocorre entre, no mínimo, três fornecedores interessados do ramo da sua atuação, 
cadastrados ou não, escolhidos ou convidados pelo setor administrativo. Podem ser incluídos, 
também, aqueles que não foram convidados, mas que tiverem cadastro naquela especialidade 
e manifestarem interesse com antecedência de 24 horas da apresentação das propostas. É 
indicada para compra de produtos sem muita complexidade ou de pequeno valor, e os prazos de 
recebimento de proposta são menores (cinco dias).
• Leilão – licitação entre quaisquer interessados em adquirir bens móveis que não servem mais à 
administração ou de produtos lealmente penhorados ou apreendidos, ou bens imóveis decorrentes 
de ações judiciais. Seu prazo de publicação é de 15 dias anteriores à data estabelecida para o 
evento.
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• Concurso – licitação entre quaisquer interessados para a escolha de trabalho, mediante a instituição 
de prêmios aos vencedores que atendam aos critérios apontados no edital, que deve ser publicado 
com antecedência de 45 dias. É comumente utilizado na busca de projetos com melhor técnica e 
qualidade, e não de preço.
• Pregão – instituído por lei em 2002, destina‑se à aquisição de bens e serviços comuns de qualquer 
valor estimado, em que a disputa é realizada por interessados cadastrados ou não, através de 
propostas e lances, por meio eletrônico ou sessões públicas, que podem ser renovados até alcançar 
uma proposta mais vantajosa.
Vale ressaltar que existem circunstâncias especiais que prescindindo do processo de licitação, 
como na dispensa de licitação – situações em que o valor não ultrapasse os limites estabelecidos na 
legislação, casos emergenciais ou em casos de licitações não concluídas com sucesso; na inexigibilidade 
de licitação – quando o material ou medicamento só pode ser adquirido de fornecedor exclusivo – 
devendo a exclusividade ser comprovada.
 Lembrete
Nas compras de materiais e medicamentos, além do aspecto financeiro, 
deve‑se manter a preocupação com a qualidade, uma vez que os serviços 
de saúde têm a responsabilidade de oferecer um serviço com qualidade, 
livre de riscos aos pacientes. 
Dentre os requisitos básicos para determinar uma compra vantajosa para a organização, podemos 
citar o cadastro de fornecedores, a definição de um número mínimo de cotações, prazos de pagamento 
e entrega e o conhecimento dos preços aplicados no mercado.
4.3 Cadastro de fornecedores
O cadastro de fornecedores possibilitaao comprador a análise dos fornecedores com melhores 
condições de atender às necessidades do serviço.
Para isso, é fundamental que o cadastro seja revisado e atualizado de tempo em tempo devido à 
variedade de materiais, medicamentos e fornecedores disponíveis no mercado.
As informações das empresas fornecedoras, como nome, CNPJ, endereço, instituições financeiras, 
catálogo de produtos, endereço eletrônico, entre outras, devem estar disponíveis de forma sistematizada, 
facilitando o acesso no momento em que se fizer necessário.
Frente à variedade de fornecedores no mercado de produtos hospitalares, é essencial que se faça 
uma busca das melhores condições para a provisão de materiais e medicamentos que atendam às 
exigências impostas para a obtenção da qualidade com preços competitivos.
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Deve‑se atentar para alguns aspectos como a estrutura do fornecedor para atender às solicitações, 
a habilidade técnica para produzir ou representar os produtos, além do atendimento pós‑venda e 
localização geográfica do fornecedor – deve‑se optar preferencialmente por aqueles próximos a 
instituição –, pois otimiza o tempo de entrega e minimiza riscos de atrasos e falta de medicamentos e 
materiais de consumo elevado.
Uma maneira de selecionar os fornecedores é a pesquisa por meio de catálogos, eventos, sites 
específicos, como também a opinião de compradores de outras instituições (benchmarking), obtenção 
de informações com representantes das indústrias e distribuidoras e avaliação da reputação do produtor 
no mercado.
A avaliação de fornecedores possibilita verificar a capacidade de entrega dos materiais e 
medicamentos dentro dos requisitos de qualidade pré‑definidos e sua conduta durante o processo de 
compra, recebimento, utilização e resolução de problemas pós‑venda, se houver.
Considera‑se que a seleção e qualificação dos fornecedores são aspectos relevantes para a 
manutenção de uma parceria ideal, promovendo uma relação de confiança.
 Saiba mais
Para conhecer a modalidade de pregão eletrônico para as compras do 
Estado, as portarias e as orientações aos fornecedores, acesse o site a seguir:
<www.pregao.sp.gov.br>.
 Resumo
Aprendemos nesta unidade a importância da arquitetura hospitalar, 
sua história e hoje como os hospitais estão organizados. O projeto básico 
arquitetônico de um ambiente hospitalar deve receber avaliação, apreciação 
e orientação de órgãos fiscalizadores, por exemplo, a Vigilância Sanitária. 
No caso de construção de nova edificação, existe a preocupação do uso 
solo e o impacto ao meio ambiente.
O objetivo de um projeto básico é avaliar a funcionalidade do edifício, o 
dimensionamento de ambientes e porte do hospital, verificação de todas as 
áreas e dimensões lineares, instalações especiais, sistema de fornecimento 
de energia geral, transformadores e gerador, sistema de gases medicinais 
adotado, e ainda o sistema de tratamento de esgoto e sistema de tratamento 
de resíduos de serviços de saúde (RSS).
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Vimos também que a arquitetura hospitalar moderna sempre procurou 
relacionar o adequado aproveitamento dos recursos naturais de acordo 
com os estilos arquitetônicos. Assim com o passar dos anos, o modelo de 
arquitetura foi sofrendo aprimoramento em virtude de segurança, conforto, 
sustentabilidade do meio ambiente e humanização hospitalar.
Foi possível observar a importância do tema resíduos de serviços de 
saúde (RSS), que resultam de todas as atividades executadas dentro de 
estabelecimentos de saúde e que necessitam de um tratamento diferenciado 
e adequado, desde de o momento de sua geração até o descarte final.
Aprendemos que o ambiente hospitalar cria um grande volume de 
resíduos e ainda considerados perigosos à saúde e ao meio ambiente. Com 
isso, é essencial que existam ações internas que minimizem os efeitos 
nocivos de resíduos hospitalares.
Nesse contexto, destavamos que a Agencia Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) tem controlado e normatizado as atividades 
que envolvem o gerenciamento de resíduos em serviços de saúde. 
Deve‑se investir na coleta seletiva e segura dos resíduos gerados, pois 
esse é vital para um processo, contínuo e dinâmico, reduzir os impactos 
nocivos ao meio ambiente. Desse modo, o conceito de sustentabilidade 
deve ser utilizado dentro das instituições de saúde, com intuito de obter 
destaque e conquistar selos de certificação, as empresas devem almejar ser 
sustentáveis e aptas para cumprir uma missão enquanto organização de 
saúde.
Tratamos da gestão orçamentaria e financeira, ressaltando que os 
hospitais enfrentam sérios problemas no que diz respeito a economia 
do País. Sofrem com as exaustivas demandas para redução de custos, 
melhoria da qualidade de serviços e expansão dos serviços ao maior 
número possível de usuários. É necessário o conhecimento e domínio de 
práticas de gestão que enriqueçam a atuação dos gestores, por meio de 
métodos de planejamento e avaliação dos serviços executados.
Vimos que, em relação ao processo de compras em instituições de 
saúde, os desafios geralmente são grandes, pois a função do setor de 
compras abarca várias divisões e procedimentos, conjuntura em que o 
gestor deve considerar alguns aspectos, como: a disponibilidade dos 
produtos no mercado, variação de preços, quantidade de suprimentos 
para serem geridos, prazos de validade dos produtos, tempo de reposição, 
entre outros.
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Além disso, o setor de compras deve voltar a atenção para as consequências 
graves que podem ocorrer por falta de materiais e medicamentos.
Percebemos que, nas instituições hospitalares, independentemente da 
sua estrutura pública ou privada, deve contar com compradores com perfil 
adequado às estratégias internas e políticas de compra que atendam aos 
interesses da organização.
Vimos ainda que as empresas privadas têm autonomia para a 
compra direta, analisando fatores de interesse como preço, prazo de 
entrega, condições de pagamento e, as públicas, além de atenderem às 
formalidades exigidas, devem seguir os procedimentos estabelecidos pela 
legislação em vigor.
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2005) Acidentes industriais ocorrem, muitas vezes, devido às interações 
inadequadas entre o trabalhador e sua tarefa, máquina e ambiente. Sob o enfoque ergonômico, a ação 
realmente eficaz para reduzir o número de acidentes consiste em
A) Selecionar cuidadosamente os trabalhadores, para cada tipo de tarefa, de acordo com suas 
habilidades individuais.
B) Manter o ambiente sempre limpo e bem arejado, removendo todos os obstáculos existentes 
no piso.
C) Programar pausas para a redução da fadiga, sendo obrigatórios pelo menos 5 minutos de descanso 
a cada 30 minutos de trabalho contínuo.
D) Dimensionar as tarefas, colocando‑as dentro dos limites e capacidades da maioria dos trabalhadores.
E) Colocar música no ambiente de trabalho, a fim de reduzir a fadiga e a monotonia e, 
consequentemente, aumentar a vigilância dos trabalhadores.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: uma seleção cuidadosa dos trabalhadores para cada tipo de tarefa, de acordo com 
suas habilidades individuais, não garante que acidentes industriais não possam acontecer devido às 
interações inadequadas entre o trabalhador e tarefa, máquina e ambiente. Sob o enfoque ergonômico, 
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a ação realmente eficaz para reduzir acidentes consiste em dimensionar as tarefas, colocando‑as dentro 
dos limites, capacidades e conhecimentos dos trabalhadores.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: apesar de haver um ambiente sempre limpo, bem arejado e sem obstáculos no piso, 
não existe garantia de que um acidente não ocorra, pois as tarefas podem não estar convenientemente 
dimensionadas de acordo com outros aspectos relativos à saúde dos trabalhadores e limites de suas 
capacidades e conhecimentos.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: embora as pausas para compensação da fadiga durante a jornada de trabalho sejam 
importantes, não há garantia de que um acidente não venha a ocorrer, pois as tarefas podem não estar 
convenientemente dimensionadas de acordo com outros aspectos relativos à saúde dos trabalhadores e 
limites de suas capacidades e conhecimentos.
D) Alternativa correta.
Justificativa: “Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma 
abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora” 
(MTPS, 1990, item 17.1.2.). A análise ergonômica procura evidenciar os fatores que podem levar a uma 
sub ou sobrecarga de trabalho (física ou cognitiva) e suas influências sobre a saúde. Segundo Wisner 
(1994), citado por Alves (2005), a ergonomia visa ao aprimoramento e à conservação da saúde dos 
trabalhadores e à concepção e à execução satisfatórias do sistema técnico do ponto de vista da produção 
e da segurança. Portanto, as tarefas devem ser dimensionadas, colocando‑as dentro dos limites e das 
capacidades da maioria dos trabalhadores.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: apesar da influência positiva da música no ambiente de trabalho, não existe garantia que 
um acidente não venha a ocorrer, pois as tarefas poderão não estar convenientemente dimensionadas 
levando em consideração outros aspectos relativos à saúde dos trabalhadores, bem como os limites das 
suas capacidades e conhecimentos, o que poderá aumentar o risco de acidentes.
Questão 2. (Enade 2006) A Cia. Alterosa, seguindo seu planejamento estratégico, terceiriza os 
serviços de limpeza e segurança de suas unidades administrativas e comerciais. Em 1º.07.2005, após 
minuciosa cotação de preços, contrata a empresa Serviços Limpinha & Segura Ltda., por 3 anos, pagando, 
na ocasião da assinatura do contrato, o valor de R$1.200.000,00 correspondente ao montante total dos 
serviços contratados.
Na empresa prestadora de serviços, no momento da assinatura e recebimento total do contrato, qual 
o procedimento contábil para o registro dessa operação?
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A) Reconhecer como Receita Operacional do período o valor total recebido.
B) Registrar como conta de Passivo o valor contratado.
C) Lançar o valor do contrato em conta do Ativo Diferido.
D) Registrar o total contratado como Resultado de Exercícios Futuros.
E) Contabilizar o valor total contratado como Receita Não Operacional.
Resposta desta questão na plataforma.

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