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Violência contra a Mulher - PI-3 docx

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FACULDADE SANTA MARCELINA
UNIDADE ITAQUERA
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
BRENDA DOS SANTOS SEVERINO
EMILLY SALES ZANCHETTA
KAUANE CAROLINA CANDIDA DOMINGOS
ROSEMEIRE REGINA PORTO ROSA
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA PERSPECTIVA DA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
São Paulo
2022
BRENDA DOS SANTOS SEVERINO
EMILLY SALES ZANCHETTA
KAUANE CAROLINA CANDIDA DOMINGOS
ROSEMEIRE REGINA PORTO ROSA
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA PERSPECTIVA DA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Projeto integrativo apresentado à disciplina Projeto
Interdisciplinar I, do curso de Graduação em
Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina.
Orientador(a): Profª Drª Maria Claudia Moreira da
Silva
São Paulo
2022
“No dia que for possível à mulher amar em sua
força e não em sua fraqueza, não para fugir de si
mesma, mas para se encontrar, não para se
renunciar, mas para se afirmar, nesse dia o amor
tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte
de vida e não perigo mortal”.
(Simone de Beauvoir, 1980).
COMO CITAR:
SEVERINO, Brenda dos Santos; ZANCHETTA, Emilly Sales; DOMINGOS, Kauane
Carolina Candida; ROSA, Rosemeire Regina Porto. Violência Doméstica Contra a Mulher
na Perspectiva da Promoção da Saúde. 2022. 48p. Projeto Interdisciplinar (Graduação em
Enfermágem) – Faculdade Santa Marcelina – Itaquera: São Paulo, 2022.
RESUMO
Objetivo: Caracterizar as formas de violência contra as mulheres, explorando o
impacto delas na saúde das vítimas, de modo com que possamos identificar as medidas de
enfrentamento contra a violência doméstica. Método: Trata-se de um estudo exploratório da
literatura utilizando artigos entre o período de 2004 a 2012, selecionados e analisandos com
foco na promoção do empoderamento das mulheres vítimas de agressão. Resultado:
Sintetizando os dados observou-se a definição de violência doméstica, os tipos de ocorrências
dessas violências sendo de forma física, psicológica, patrimonial, sexual e moral, além dos
sintomas gerados por esses agravos. Definimos ainda o perfil dos agressores sendo os
principais os parceiros íntimos e o perfil das vítimas que independe de classe social, mas
possui vulnerabilidades específicas e encerramos dispondo medidas de enfrentamento de
cunho governamental e social. Conclusão: o estudo analítico descritivo possibilitou o
reconhecimento de que as condições de violência são consideradas problemas de saúde pública
onde os profissionais da saúde devem ser orientados com desenvoltura sobre o acolhimento
dessas vítimas de forma humanizadas garantindo que se sintam seguras e acolhidas.
Palavras-chave: Violências; Feminicídio; Mulher; Violência Doméstica; Empoderamento
feminino.
ABSTRACT
Objective: To characterize the forms of violence against women, exploring
theirs in the victims' health, so that it was identified as measures to combat domestic
violence. Method: This is an exploratory study of the literature using articles from 2004
to 2012, selected and analyzed with a focus on promoting the empowerment of women
victims of aggression. Result: Summarizing the data, a definition of domestic violence
was observed, the types of violence occurrences being physical, psychological,
patrimonial, sexual, and moral, in addition to the symptoms generated by these injuries.
We also defined the profile of the aggressors being the main intimate partners and the
profile of the victims that is independent of social class, but has specific vulnerabilities
and we end available measures to face the governmental and social nature.
Conclusion: it made it possible to analyze it, it made it possible to analyze or build the
conclusion of public health where professionals were collected descriptive that the study
conditions in a way collected and collected were identified of public health problems in a
safe way and the recognition of victims of survey in a way human.
Keywords: Violence; Femicide; Women; Domestic violence; Female empowerment.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 8
2. OBJETIVOS 12
2.1. Objetivo Geral: 12
2.2. Objetivos Específicos: 12
3. MÉTODO: 13
4. RESULTADOS 14
4.1. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 14
4.1.1. PERFIL DOS AGRESSORES 15
4.1.2. FATORES DE RISCO 15
4.1.3. TIPOS DE VIOLÊNCIA 15
4.1.3.1. Violência Física 16
4.1.3.2. Violência Psicológica 17
4.1.3.3. Violência Patrimonial 18
4.1.3.4. Violência Sexual 19
4.1.3.5. Violência Moral 19
4.1.3.6. Impactos Gerais das Violências 20
4.1.4. MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 24
REFERÊNCIAS: 25
APÊNDICE I: 33
7
1. INTRODUÇÃO
A Lei Orgânica de Saúde (Lei 8080/1990) conceitua saúde como um estado de
completo bem-estar biopsicossocial considerando que os indivíduos estão inseridos num
contexto social, cultural e histórico, onde as práticas em saúde entendem a individualidade e a
coletividade de modo multidisciplinar, ou seja, união de ações intrassetoriais e intersetoriais.
(BRASIL, 2018). A promoção da saúde consiste na elaboração ações de políticas públicas
articulada com base em dados coletados e pesquisas realizadas pelo sistema de vigilância em
saúde alcançando uma melhor qualidade de vida e rompendo as vulnerabilidades alcançando
um equilíbrio no processo saúde-doença através da capacitação da comunidade, da
colaboração intersetorial, do desenvolvimento sustentável e da participação social objetivando
a promoção, a proteção e a recuperação da saúde além de assegurar o acesso universal,
integral e equânime da população aos serviços de saúde sendo de dever do Estado a garantia
desses direitos aos diferentes grupos da população (etnia, sexo, social, cultural, econômico
etc.) de modo direto ou indireto visando solucionar conflitos com alocação de bens e recursos
públicos (LOPES et al, 2010; CZERSNIA, FREITAS, 2009; BRASIL, 2018; SEBRAE, 2018;
MARTINS, CERQUEIRA, MATOS, 2015; BRASIL, 2015; AMANCIO, FRAGA,
RODRIGUES, 2016; SOUZA, 2006). As maiores conquistas garantidas pela Constituição
Federal de 1988 foram: a segurança pública, a igualdade, a garantia de vida digna e a
integridade física, e muitas mulheres vem sofrendo com a violação desses direitos por
compreenderem que a submissão compõe o papel feminino então acabam suportando tudo em
silêncio (SILVA, NOGUEIRA, 2020). O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
(PAISM) do Ministério as Saúde, surgiu em 1984, com a elaboração de princípios norteadores
das políticas de saúde das mulheres através de ações educativas, preventivas, diagnosticas,
curativas e reabilitadoras atendendo a população feminina em todos os seus ciclos de vida, nas
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) no câncer de mama e de colo do útero e nas
situações de violência; promovendo a saúde da mulher, garantindo seus direitos e ampliando
os acessos aos serviços de promoção, prevenção assistência e recuperação da saúde reduzindo
a morbimortalidade feminina por causas evitáveis. (BRASIL, 2004)
As violências contra a mulher surgem como um desafio na implementação das
Políticas Públicas por gerar um impacto mundial na saúde individual e coletiva, portanto,
questão de saúde pública e violação aos direitos humanos que surgem pela desigualdade de
gênero com o histórico patriarcal e androcêntrico diminuindo a mulher com relação ao
homem que tem como resultado, geralmente, o feminicídio (SOUZA et al. 2021). Por mais
8
que seja da obrigatoriedade do estado e do governo previr casos de violência e trabalhar com
possíveis soluções, é difícil alcançar a todos. Fato que nos leva a pensar em outras medidas de
proteção e intervenção para esses casos de violência contra as mulheres, já que o sistema
ainda é falho com a coleta, tradução de dados e ações de intervenção. (MARTINS,
CERQUEIRA, MATOS, 2015)
A existência de casos de violência já constitui motivos suficientes para a criação
de ações que enfrentem a problemática e a Política Nacional de Redução de Morbimortalidade
por Acidentes e Violências (PNRMAV) de 2001 surgiu nesse contexto então, em 2003 o
Ministério da Saúde implementou a Lei Federal nº 10.778 obrigando os serviçosde saúde
(sejam eles públicos ou privados) a notificar casos de violência por meio da Ficha de
Notificação ou Investigação da Violência Doméstica, Sexual e outras, a qual é instrumento do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) (FERREIRA et al, 2020).
Posteriormente surgiu a Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde
(2004) que implementava os Núcleos de Prevenção à Violência e Promoção da Saúde, além
dessas, foram criadas outras ações como a Política de Enfrentamento da violência contra a
mulher, a Lei Maria da Penha1*, a Política Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual
contra as Mulheres; e o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças
e adolescentes que se articulam para aperfeiçoar e integrar tanto os equipamentos, como os
profissionais e os atos destes, ofertando respostas efetivas com olhar ampliado de modo a
respeitar, garantir, proteger e promover os direitos humanos, mas tudo só foi possível por
conta dos movimentos feministas brasileiros onde as mulheres começaram a questionar seus
direitos de assistência integral (EINHARDT, SAMPAIO, 2020; SANTOS et al., 2021;
BRASIL, 2015; NUNES, SOUZA, 2021; BRASIL, 2004). As políticas públicas para as
mulheres vítimas de violência focam na desigualdade, nos preconceitos e na discriminação,
buscando soluções para esses fatores através da criação de ações que visem o enfrentamento
da violência; as políticas do trabalho e da autonomia econômica das mulheres; os programas e
ações nas áreas da saúde; a educação; a cultura; a participação política; e a igualdade de
gênero (MARTINS, CERQUEIRA, MATOS, 2015; PONTES, DAMASCENO, 2017).
1*
A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, foi criada em homenagem a Maria da Penha Maia
Fernandes que sofreu duas tentativas de homicídio praticadas pelo seu ex-marido. A criação da lei foi um grande
marco para o Brasil, onde a própria OEA (Organização dos Estados Americanos) se manifestou após o caso com
orientações e medidas de Políticas públicas para as mulheres (SILVA NOGUEIRA, 2020; MARTINS,
CERQUEIRA, MATOS, 2015; AMANCIO, FRAGA, RODRIGUES, 2016).
9
A violência contra a mulher é algo que se inicia na pré-história onde a mulher era
apenas o objeto disposto a procriação e ao cuidado dos filhos, enquanto o homem era o
trabalhador que sustentava a família e obtinha completa autoridade sobre os membros desse
grupo familiar. No tempo feudal a mulher não tinha autonomia para expor sua opinião, se o
fizesse era castigada e queimada como bruxa. Além disso, em condições de adultério, mesmo
em posição de vítima, cumpriam pena. As violências eram consideradas simbólicas passando
despercebida pelas mulheres e ocorria por vias simbólicas da verbalização e do conhecimento
dos sentimentos destas vítimas e a sociedade capitalista favorece o patriarcado e as
desigualdades históricas e sociais entre as mulheres e homens permitindo relações opressoras,
exploradoras, e dominadoras entre estes. (RODRIGUES, CICOLELLA, MARIOT, 2021;
PONTES, DAMASCENO, 2017).
Violência de gênero, violência contra a mulher e violência doméstica não são
sinônimos, mas todas configuram a violação dos direitos humanos se manifestando da
desigualdade de gênero, do patriarcado, do machismo, da misoginia, do distanciamento social,
da ameaça econômica, do uso abusivo de álcool e drogas e da redução dos atendimentos em
serviços voltados à temática (SOUZA et al. 2020; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021;
SILVA et al, 2015; LATHAM et al, 2021). A violência de gênero trata da violação do direito
considerando a participação social e trabalhista da mulher. A violência contra a mulher trata
do uso da mulher como vítima. E a Violência doméstica não é necessariamente dirigida
apenas às mulheres, mas ocorrem especificamente num ambiente doméstico (LUDEMIR;
SOUZA, 2021; BRASIL, 2004; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021; MADEIRA,
FURTADO, DILL, 2021). (SILVA; NOGUEIRA, 2020). Os homens também sofrem
violência, mas são mais expostos a violências ocorridas em locais públicos e as mulheres são
mais expostas às violências em ambiente doméstico que são geralmente praticadas por seus
parceiros, ex-parceiros e filhos (BRASIL, 2008).
As ocorrências elevadas de violência contra a mulher demonstram a insuficiência
na atenção voltada a essas vítimas, resultante da invisibilidade dos setores de saúde,
dificuldade na detecção do problema e o foco excessivo no dano físico considerando o
modelo biologicista, que muitas vezes acaba negligenciando a situação (ARAGÃO et al.,
2020). Para complementar essa afirmação, o IBGE realizou uma pesquisa em 2016 que relata
a desigualdade de acesso entre os homens e mulheres favorecendo o patriarcado destacando
quesitos como as condições de trabalho, dedicação a afazeres domésticos, escolaridade,
cargos ocupacionais, renda, participação política, inclusão em cargos públicos e exposição a
10
violência, e em todos os pontos o homem se sobressai à mulher, exceto em situações de
violência (IBGE, 2018).
Com isso compreendemos que é importante investir em profissionais capacitados
para trabalhar diretamente com casos de violência, que possam reconhecer casos de violência
nos diferentes modos, que saibam encorajar e enfrentar uma situação como essa da devida
forma, reconhecer casos de violência sexual e saber a quem recorrer para proporcionar a
melhor atenção àquela vítima. Os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental
na questão de violência e precisam aprofundar seus conhecimentos sempre que possível, isso
inclui a sociedade e o governo, que devem sempre buscar formas e meios de efetivar as ações
de prevenção, promoção e acolhimento (REIGADA; SMIDERLE, 2021; SOUSA; SANTOS;
ANTONIETTI, 2021; LOPES et al, 2010; SILVA et al. 2019; SANTOS et al, 2020; BRASIL,
2008; SOUZA; CINTRA, 2018; MAIA et al., 2020; LATHAM et al; 2021; MENEGHEL;
ANDRADE; HESLER, 2021; RODRIGUES; CICOLELLA; MARIOT, 2021).
Tentando compreender por que as mulheres são populações vulneráveis no que
tange problemas de saúde pública e como esta população pode romper com o patriarcado, o
machismo e afins que são frequentes desde a antiguidade até a atualidade, elaboramos este
projeto objetivando apoiar a mulheres vítimas de violência a compreender as diversas formas
de violência, o impacto deste ato e as medidas de enfrentamento favorecendo o
empoderamento.
11
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral:
- Caracterizar as formas de violência domiciliar contra a mulher.
2.2. Objetivos Específicos:
- Explorar o impacto das violências domiciliares na saúde das mulheres.
- Identificar as medidas de enfrentamento contra a violência doméstica.
12
3. MÉTODO:
3.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo exploratório de revisão da literatura buscando dados para
produzir uma educação em saúde com base na promoção do empoderamento das mulheres
vítimas de agressão.
3.2 Procedimentos para coleta de dados
A coleta dos dados foi realizada por meio de consulta informatizada no banco de
dados bibliográficos da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e incluiu os artigos indexados nas
bases de dados: Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS), Base de
Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do Brasil (BDENF) e Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), além de livros e publicações científicas.
Os descritores utilizados nesta pesquisa foram consultados na lista de descritores
em Ciências da Saúde (DECs) buscando artigos com o uso dos descritores “violência contra a
mulher” and “violência doméstica”.
Na etapa subsequente, foram selecionados os artigos de interesse para o projeto,
considerando-se como critérios: artigos da área da saúde, ser um trabalho desenvolvido em
âmbito nacional; ter sido publicado nos últimos dez anos; estar disponível na íntegra em
português online, abordar no resumo e/ou no título características e/ou aspectos sobre: título
do trabalho.
3.3 Método e técnica de coleta dos dados
A partir dessa busca, realizou-seleitura exploratória que se constitui na
verificação dos resumos com a finalidade de selecionar os artigos relacionados ao objeto de
estudo, após foi realizada uma leitura do artigo na íntegra e posterior análise e discussão do
mesmo, de acordo com seus resultados e parâmetros, além de síntese dos resultados
apresentados nas publicações.
3.4 Amostra
A amostra foi composta por artigos científicos, na língua portuguesa, online,
disponíveis na íntegra e que abordassem a temática: “título do trabalho” no período
compreendido entre 2004 e 2022, conforme identificados no Apêndice 1, referente ao
Fichamento.
13
4. RESULTADOS
Visando corresponder aos objetivos propostos seguindo o método traçado
anteriormente conseguimos uma melhor definição do que é a violência doméstica,
quais são os tipos de violências em âmbito doméstico, quais são os agravos
decorrentes desta prática e quais são as principais medidas de enfrento.
4.1. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
As violências são consideradas um problema de saúde pública, de manifestação
crônica, severa e que acomete diferentes vítimas sendo as mulheres a população vulnerável,
sejam elas de qualquer faixa etária (crianças, adultas ou idosas), etnia, classe socioeconômica
e religião, estando geralmente expostas a condições de pobreza, horas intensas de trabalho e
dedicando maior tempo a atividades não remuneradas favorecendo a relação de poder dos
homens sobre as mulheres que promove inúmeros prejuízos a saúde da mulher, portanto a
violência doméstica é considerada um problema de alta complexidade tratado a nível de
atenção primária a saúde (MAIA et al., 2020; RODRIGUES, CICOLELLA, MARIOT, 2021;
ARAGÃO et al., 2020; BRASIL, 2004) demonstrada por uma tríade, onde há um agressor
motivado, um alvo vulnerável e a ausência de alguém que impeça o evento gerando uma
condição de vulnerabilidade e estudos apontam que as populações em situações vulneráveis
vivem menos e adoecem mais acarretando danos físicos e psicológicos (LEITE et al. 2021).
Como ela ocorre no lar acaba sendo ocultada gerando, muitas vezes, sensação de impunidade
e de continuidade das agressões uma vez que os agressores são membros da família
(BRASIL, 2015). É definida pela Lei Maria da Penha em seu artigo 5º como qualquer ato ou
omissão com base no gênero levando à morte, lesões, sofrimento físico, sexual ou
psicológico; e danos morais ou patrimoniais. É principal forma de violação da dignidade
destas, existe desde o início da humanidade (SILVA; NOGUEIRA, 2020; SOUZA; CINTRA,
2018; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; RODRIGUES; CICOLELLA; MARIOT,
2021; BRASIL, 2008).
Quanto ao local as violências podem ser domésticas, nas comunidades ou
institucionais. A doméstica é aquela que é realizada em ambiente domiciliar por agressores
que convivam no mesmo ambiente. A exercida na comunidade é aquela que o agressor pode
ser qualquer pessoa exercendo qualquer tipo de violência em ambientes públicos ou privados.
E a institucional é aquela que ocorre no ambiente de trabalho (BRASIL, 2008). Elas violam
os direitos humanos e a sociedade regida pelo sistema patriarcal, onde há uma dominação
14
masculina, favorece este evento portanto as questões de gênero resultam da construção social
(BRASIL, 2015).
4.1.1. PERFIL DOS AGRESSORES
Os agressores podem ser: borderline que são aqueles que apresentam problemas
psíquicos que alteram constantemente seu humor e comportamentos; os antissociais que em
qualquer situação irritante responde com violência; e os que dirigem seus abusos a situações
familiares (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021). Eles são homens com idade entre 16 e 57
anos, dentre estes a predominância está entre os de 30 e 39 anos, possuem o ensino
fundamental completo ou incompleto, possuem ou um relacionamento amoroso ou íntimo
com a vítima, ou são ex-parceiros, ou são filhos da vítima, fazem uso de álcool e drogas
ilícitas e são caracterizados por serem o detentor do poder físico, econômico, político, social e
intelectual (SILVA et al, 2015).
4.1.2. FATORES DE RISCO
Os fatores de risco para a violência são: os fatores sociodemográficos como a
situação conjugal, escolaridade e renda; os fatores comportamentais como uso de bebida
alcoólica e/ou uso de drogas; e os fatores em torno das experiências de vida ou história
familiar da mulher como a convivência com a mãe vítima de violência por parceiro íntimo,
agressão e/ou abuso quando criança (LEITE et al. 2021).
O que pode levar alguém a um comportamento violento são: pensamento
machista, vivência em conflitos conjugais de modo rotineiro, desigualdade de gênero; crenças
e atitudes; estresse do cotidiano; frustração; abuso infantil, consumo de bebidas alcoólicas ou
drogas, conflitos interpessoais, a exposição à agressão interparentais, ciúme; estado físico e
mental comprometido; personalidade que indique distúrbios; e alguns outros fatores, portanto
a causalidade do comportamento é um leque de inúmeros fatores, ou seja, multicausal
(SILVA; NOGUEIRA, 2020; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021; LEITE et al. 2021;
LEITE et al., 2019; MASCARENHAS et al. 2020; SANTOS et al, 2020)
4.1.3. TIPOS DE VIOLÊNCIA
Lei Maria da Penha diz que há cinco tipos de violência doméstica contra a mulher
e são: a física, a moral, a psicológica, a sexual e a patrimonial (SOUSA; SANTOS;
ANTONIETTI, 2021), podem se manifestar de forma periódica, ocorrendo pelo menos uma
vez por semana, ou são diárias (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021). Envolve questões de
15
saúde pública por ter caráter universal, ou seja, que independe do desenvolvimento do país, da
cultura, do grupo social, da religião e da condição financeira, e consiste num ato ou omissão
capaz de gerar morte, lesão, sofrimentos físicos, sexuais e psicológicos; e danos morais ou
patrimoniais. (SILVA et al, 2015; LATHAM et al; 2021)
Por ordem decrescente as violências são físicas, psicológicas, patrimoniais,
sexuais e morais; e antes da denúncia a mulher já sofreu agressões ou recebeu ameaças. Vale
considerar que a baixa notificação de violência sexual é decorrente do sentimento de vergonha
que as mulheres sentem ao denunciar e outro fator relevante é que as mulheres negras são as
registradas com menos índices de violência pois é a população que menos denuncia, portanto,
menos notifica, isso ocorre por estarem em sua maioria inseridas em contexto periférico
portanto a probabilidade do agressor se vingar pela denúncia é alta gerando um descredito na
punição (SILVA et al, 2015).
4.1.3.1. Violência Física
A violência física se refere a qualquer conduta que coloque em risco a saúde
corporal da mulher ocasionada com o uso de força física por parte do agressor (SOUSA;
SANTOS; ANTONIETTI, 2021; ALVES, 2005; MAIA et al., 2020). Os episódios de
violência física levam ao feminicídio que é contribuído por fatores como o desemprego, o
analfabetismo ou baixa escolaridade, a disponibilidade de armas, uso de drogas e álcool e
ameaças prévias (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021).
4.1.3.1.1. Impactos da violência física: marcadas por fraturas, lacerações,
infecções transmissíveis através de relações sexuais e em casos mais graves, o feminicídio
(MASCARENHAS et al. 2020; BRASIL, 2015; SOUZA; CINTRA, 2018; LATHAM et al;
2021) ou pelo uso de instrumentos cortantes que causam lesões internas como hemorragias,
fraturas, externas: cortes, hematomas, feridas, ou armas de fogo, podendo levar as vítimas a
morte. (SILVA; COELHO; CAPONI, 2007)
O feminicídio é o resultado das violências físicas sendo realizado com maior
prevalência em vias públicas ou no domicílio, e tendo como instrumento, geralmente, armas
de fogo, objetos perfurocortantes, enforcamento ou até mesmo incêndios; antes de ocorrer
este evento, geralmente, a mulher sofre abuso físico, sexual, ameaças e intimidações
(ARAGÃO et al., 2020).
16
4.1.3.1.2. Reconhecendo indícios de futuro feminicídio
Smith (apud MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021) propõe o modelo definindo
em oito sequências até a chegada do homicídio e em todas essas etapasa mulher pode notar o
perfil violento e saber como agir: (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021)
I. Pré-relacionamento: mulher pode notar o perfil agressivo ao pesquisar
registros policiais em nome da pessoa ou se preparar com relatos de ex-parceiros;
II. Início do relacionamento: pode-se notar o perfil por possessividade, excesso de
declarações de amor e ciúme;
III.Relacionamento: é notado com controle coercitivo;
IV.Gatilhos: são situações que geram ameaça ao agressor como uma possível
separação, problemas financeiros, ou até mesmo doenças físicas e mentais;
V. Escalada da violência: é a demonstração de um aumento na frequência e na
severidade do controle;
VI. Mudança de pensamento: mudança do amor pela vingança por se sentir
injustiçado e humilhado despertando o interesse em matar;
VII. Planejamento: surge quando o desejo de matar é despertado então o
agressor se prepara de modo calculista comprando armas e considerando episódios em que a
vítima possivelmente se encontrará sozinha, perseguindo e ameaçando;
VIII. Homicídio: o resultado do planejamento onde pode-se observar a
tentativa com marcas de violência extrema ou a efetivação com uma vítima ou mais de morte
suspeita ou desaparecimento.
4.1.3.2. Violência Psicológica
A violência física é caracterizada pela ação ou omissão que coloque em risco ou
cause danos à integridade física de uma pessoa, podendo causar lesões internas, externas ou
ambas (SANTINON, et. Al; 2012), danos emocionais e/ou diminuição da autoestima da
mulher, afeta a confiança em si mesma, depressão, problemas psicológicos etc., são
geralmente causados por situações de humilhação, desprezo, rebaixamento, insulto,
chantagem, ameaça, isolamento e muitos outros fatores (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS;
ANTONIETTI, 2021).
A violência física é a mais conhecida pelos diferentes grupos sociais, pois é
considerada a mais fácil de se identificar a olho nu. Mas muitas das vezes apenas a
17
identificação não é o suficiente, é necessário que haja o ato de acolher aquela mulher,
conversar, orientar e analisar para que possa identificar os outros tipos de violência, já que
muitas das vezes a violência física pode estar associada com outras violências. (SILVA et. al;
2022)
4.1.3.2.1. Impactos da violência psicológica: Difícil de ser identificada,
silenciosa, expressa através de insultos e constrangimentos causando danos à autoestima,
Inclui: ameaças, ofensas, xingamentos, humilhações, chantagem, cobranças de
comportamento, discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, as vítimas são
proibidas de sair de casa, sendo obrigadas a viver em isolamento sem contatos de amigos e
familiares, são impedidas de usarem seu próprio dinheiro. Mulheres que sofrem violências
psicológicas adoecem com mais facilidade, o qual sente-se desvalorizada, desenvolvem
ansiedade e depressão; diante do agravo tem risco maior de cometer suicídios (SILVA;
COELHO; CAPONI. 2007).
4.1.3.3. Violência Patrimonial
Violência patrimonial é caracterizada pelo controle de uma das partes
proprietárias do patrimônio, onde uma parte controla as finanças de forma errada ou vantajosa
para si mesmo, podendo ameaçar as outras partes, destruindo documentos, bens pessoais,
objetos e outras questões focando no bem próprio; são ações que retenham, subtraiam,
destruam parcialmente ou totalmente seus pertences, sejam eles de qualquer natureza.
(ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021). É marcada historicamente há uma
normalização sociocultural da violência, onde, em sua construção social a mulher é vista
como submissa a agressividade masculina (PAIXÃO et. al, 2018).
4.1.3.3.1. Impactos da violência patrimonial: o agressor, mesmo tendo
recursos financeiros, deixa de pagar pensão alimentícia, afeta o patrimônio através das ações,
omissões e comportamentos incluindo os danos aos bens comuns ou próprios por meio da
transformação, subtração, destruição parcial ou total dos seus objetos, distração, dano, perda,
limitação, documentos pessoais, bens, valores e direitos patrimoniais, instrumentos de
trabalhos, incluindo com que satisfaçam suas necessidades (CARNEIRO; et al 2019).
18
4.1.3.4. Violência Sexual
Violência sexual é o ato de manter ou induzir uma relação sexual sem o
consentimento ou vontade do parceiro com uso de ameaça, chantagem, intimidação,
matrimônio como obrigação, prostituição forçada, suborno, força físicas, psicológicas, uso de
armas, drogas, sedução e outros (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021;
SILVA; COELHO; CAPONI, 2007).
4.1.3.4.1. Impactos da violência sexual: é um problema mundial que causa
danos à saúde física, mental, sexual e reprodutiva; é o tipo de violência que mais acomete as
mulheres no Brasil sendo um estupro a cada 8 minutos, e tem como consequência na mulher
além dos problemas de saúde, repercussões negativas e duradouras sobre a saúde sexual e
reprodutiva como dificuldade em se relacionar com pessoas do sexo oposto, (SANTOS et al.,
2021; LATHAM et al; 2021), bloqueio durante o ato sexual por falta de libido e orgasmo,
ganho de peso, ausência de cuidado evitando chamar atenção, baixa autoestima e problemas
emocionais. Através dos transtornos pós-traumáticos as mulheres desenvolvem quadros
depressivos, ansiedades, alterações do sono, comportamento suicidas etc. Essas violências
excedem o limite de sua liberdade tornando um problema de saúde mental. (SILVA;
VAGOSTELLO 2017)
4.1.3.5. Violência Moral
A violência moral é aquela que afeta a integridade moral da pessoa, atingindo
aquilo que a pessoa acredita e defende; é configurada como uma difamação ou injuria contra a
mulher (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; SOUZA, et. al; 2021). Se
caracteriza como xingamentos, ofensas, vazamento de fotos ou vídeos íntimos, ou qualquer
ato que visa difamar a vítima. Esta violência é reforçada e conhecida principalmente pelo
surgimento da Lei Maria da Penha, que tem como foco uma proteção maior e mais
abrangente, gerando assim uma punição digna para o agressor. (SOUZA et al; 2021;
CARNEIRO; et al 2019)
Para a própria segurança da mulher que sofre de violência doméstica, existe
algumas formas de proteção, como medidas protetivas, assistência da defensoria pública, uma
queixa-crime contra o agressor, entre outros. Essas medidas buscam proporcionar segurança,
justiça e reparação de danos morais para estas mulheres. (SOUZA et al; 2021)
19
4.1.3.5.1. Impactos da violência moral: pode gerar agravos físicos e morais
como depressão ansiedade, nervosismo, sociofobia, pânico, autoestima baixa, melancolia,
apatia, falta de concentração, cansaço, enxaqueca e problemas no aparelho gastrointestinal,
transtorno de estresse pós-traumático, estresse e distúrbios de sono (MESQUITA et al, 2017).
4.1.3.6. Impactos Gerais das Violências
Algumas mulheres relataram mudanças em relação ao corpo e o sexo, como o
afastamento; práticas de automutilação, transtorno alimentar, alcoolismo, dependência em
drogas, depressão, ideações e tentativas de suicídio, fobias, dificuldades de se relacionar
socialmente e problemas de autoestima, sentimento de culpa e vergonha, comportamentos
depreciativos, insatisfação, baixa autoestima, autodesprezo, dores crônicas e até mesmo o
óbito; ou seja afeta as relações de saúde, educação, trabalho, bem-estar econômico, as
relações sexuais, mentais, físicas e sociais (SANTOS et al, 2020; PATROCINO;
BEVILACQUA, 2021; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; SILVA; et al 2021).
Comparada com as violências físicas e sexuais, a violência psicológica em
mulheres de baixa renda e sem estudo estão mais propensas a serem instaladas podendo
desenvolver problemas psiquiátricas. Mulheres portadoras de depressão desenvolve perda de
interesse sexual, se isolam da família, tem dificuldade para relacionar com parentes e amigos
e quando são vítimas de estupro sofrem de insegurança e temem que possa acontecer
novamente o abuso sexual (SILVA; VAGOSTELLO 2017).
A violência psicológica é uma violência velada, tendo em vistaque a maioria das
pessoas só pensam em agressões físicas. Muitos ainda não veem as agressões psicológicas
como formas de violência. Na verdade, esta forma de violência é muito mais frequente, é tão
tóxica e prejudicial quanto à violência física. Ela causa feridas emocionais profundas nas
vítimas, as quais levam muitos anos para cicatrizar. (TEIXEIRA; PAIVA 2021) Um
relacionamento violento, pode ser definido por várias formas de violência, não somente por
socos e empurrões, mas por meio de agressões psicológicas que podem ocorrer em qualquer
tipo de relacionamento, porém é mais comum serem percebidas em relações afetivas
(TEIXEIRA; PAIVA 2021). A violência psicológica e violência moral, são silenciosas e se
expressam por meio de insultos ou constrangimentos, fazendo com que se sintam mal a
respeito de si mesma, além de serem ridicularizadas e humilhadas diante de outras pessoas.
(SILVA; et al 2021)
20
Silenciamento: motivado pelo interesse em manter a união da família, a
dependência financeira e emocional, a falta de apoio da família e da comunidade, o medo, a
insegurança, as ameaças, a sensação de impunidade; a pobreza e a falta de opções de moradia,
vergonha, para não ser culpada por ter afetado o convívio do pai com os filhos, por
desinformação, por despreparo e por sentimento de impotência; então acabam não
denunciando ao Disque 180 ou ao Disque 100 (denuncia de violações dos direitos humanos).
(REIGADA; SMIDERLE, 2021; LUDEMIR; SOUZA, 2021; SILVA; NOGUEIRA, 2020;
PATROCINO; BEVILACQUA, 2021; SILVA et al, 2015; SOUZA et al. 2021).
4.1.4. MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) uma maneira de promover a
saúde das pessoas vítimas de violência é a disponibilização de cartazes indicando os números
de ajuda, evitar a liberação provisória de prisioneiros que praticaram violência contra mulher,
a ampliação de abrigos para mulheres em situação de violência entre outras ações
(REIGADA; SMIDERLE, 2021).
É necessária uma análise ampla dos fatores de risco social, para que haja uma
intervenção e assim possam ser reduzidos ou excluídos, também é de extrema importância
potencializar os fatores de proteção social. Durante a pandemia do COVID-19, alguns fatores
de risco se aprofundaram, como convivência com o agressor em tempo integral,
distanciamento social, medo e insegurança, renda instável, uso de álcool e drogas, conflitos,
entre outros. (Governo de Santa Catarina; 2021)
As vítimas de violência doméstica devem contar com um sistema de apoio, ou
seja, alguém com quem possam contar, uma pessoa ou parente, ou até mesmo sistemas
institucionais (como o SUS). O isolamento social acaba prejudicando esse sistema de apoio,
já que restringe o contato social daquela mulher vítima de violência. Por isto, é imprescindível
que os profissionais que trabalham na proteção e cuidado estejam aptos para o
acompanhamento e suporte da vítima. (Governo de Santa Catarina; 2021)
4.1.4.1. Notificação dos casos de violência doméstica
A Notificação deverá ser feita pelo Registro dos dados na ficha do SINAM, de
forma obrigatória e imediata, regra implementada desde 2006. Após o registro, deverá ser
21
realizado o Encaminhamento à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
(Governo de Santa Catarina; 2021)
4.1.4.2. Legislações:
Existe uma Legislação específica para cada vítima de violência doméstica e no
caso das mulheres utiliza-se como pilar, a Lei Maria da Penha (11.340/2006), que visa a
proteção para as mulheres vítimas de violência doméstica. Possui fatores de proteção tais
como, medidas protetivas, medidas disciplinares ou educativas para o agressor, penalidade
para agressores que são parceiros íntimos da vítima, entre outros específicos. (Governo de
Santa Catarina; 2021)
Mulheres vítimas de violência precisam receber um apoio social e jurídico, por
muitas vezes acabarem arcando com certas injustiças após os episódios de violência, dentre
estas injustiças podemos citar o desemprego, o absenteísmo e a perda de produtividade que
resultam de uma deficiência que foi causada à vítima. Além disso a vítima de violência física
deve contar com o apoio do APS (Atenção Primária à Saúde), que tem como função prevenir,
identificar, denunciar, atender e coordenar o atendimento às vítimas de violência em geral,
incluindo a física. (SILVA et. al; 2022)
4.1.4.3. Unidades de saúde
Os profissionais de saúde devem estar alertas e buscar medidas de contato com os
pacientes, para que em casos de violência doméstica, as vítimas saibam como recorrer ao
profissional seja por meio de mensagem, encontros ou outros. Além disso esses profissionais
são responsáveis pela criação de ações de promoção com eventos realizados especialmente
para vítimas de violência doméstica, com horários e locais definidos, para que a vítima possa
receber conhecimento e ajuda por meio de: (Governo de Santa Catarina; 2021)
• Divulgação dos contatos uteis para as vítimas (UBS, conselho tutelar, 180...);
• Preparo das equipes de Atenção Primária para que cumpram suas funções;
conscientização da comunidade para que haja um apoio e conhecimento maior; os cuidados de
atenção psicossocial podem ser usados tanto para um desabafo da vítima, como pode ser um
fator de proteção, prevenindo surtos de estresse no ambiente doméstico;
22
• Humanização, atendimento reservado e confortável seja numa suspeita numa
confirmação garantindo o sigilo e a privacidade da vítima.;
• Oferta de atendimento clínico, visando o cuidado do estado físico do paciente
em lesões decorridas da violência.
• Realização de perguntas simples e direta, de modo empático evitando
questionamentos repetitivos. Após esse processo é necessário passar tudo para o prontuário
(exames, relatos, história do ocorrido e tudo o que possa ser usado para ajudar no caso da
vítima).
• Atuação multidisciplinar atrelado aos sistemas de redes de apoio, para um
melhor acolhimento da vítima.
4.1.4.4. Redes de Apoio:
• Disque 180 - central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.
• Disque 181 Denúncia - central de Atendimento para denúncia de crimes e
delitos gerido pela Secretaria de Segurança Pública.
• Disque 190 - atendimento Emergencial da Polícia Militar.
• Ministério Público, Defensoria Pública, Atendimentos na DPCAMI,
WhatsApp Denúncia (48) 98844-0011, Centros de Referência de Apoio às Mulheres (CRM),
Aplicativo do Sistema Integrado Nacional de Direitos Humanos (sindh), Aplicativo PenhaS,
ISA.bot, Ouvidoria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Centro de
Valorização da Vida. (Governo de Santa Catarina; 2021)
23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa de revisão bibliográfica desenvolvida com o propósito de demonstrar
pontos relevantes em torno da violência domiciliar definindo seus tipos que são em ordem
decrescente de risco as Violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral, comparando
os sintomas resultantes sendo estes a destruição de objetos pessoais, cárcere de privado,
hematomas pelo corpo, depressão e ansiedade, humilhações, estupro e feminicídio,
possibilitando a caracterização das medidas de enfrentamento.
Em suma, compreendemos que as condições de violência são grande problema de
saúde pública, portanto, é de interesse populacional e dos profissionais de saúde auxiliar nessa
questão que eleva diretamente a curva da mortalidade feminina considerando que agentes
externos são os principais causadores dessa mortalidade, através da criação de ações que
possibilitem o empoderamento feminino.
24
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SILVA, Ariana Sofia Barradas da, et al; Perceptions of primary health care workers regarding
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10 mai. 2022.
SILVA, Camila Daiane; et al. Violência contra a mulher: agressores usuários de drogas
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SILVA, Erick Pereira da; VAGOSTELLO, Lucilene. Intervenção psicológica em vítimas de
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SILVA, Juliana Guimarães et al. Direitos sexuais e reprodutivos de mulheres em situação de
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SILVA, Luciene Lemos; COELHO, Elza Berger Salema; CAPONI, Sandra Noemi Cucurullo.
Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica.
Interface (Botucatu): v.11 n.21, 2007. Disponível em <https://www.scielo
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SOUSA, Ildenir Nascimento; SANTOS, Fernanda Campos, ANTONIETTI Camila Cristine.
Fatores desencadeantes da violência contra a mulher na pandemia COVID-19: Revisão
integrativa. REVISA: v. 10, n. 1: pp. 51-60, 2021. Disponível em: <
30
http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/679> Acesso em: 27 mar.
2022.
SOUZA, Angela Alves Correia de; CINTRA, Raquel Barbosa. Conflitos éticos e limitações
do atendimento médico à mulher vítima de violência de gênero. Revista Bioética [online], v.
26, n. 1, pp. 77-86, 2018. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/bioet/a/mvjqnw36YLNTZDTSLWG35Lj/?lang=pt#> Acesso em: 31
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SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Porto Alegre: Sociologias, v.8,
nº 16, p. 20-45, 2006. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/soc/a/6YsWyBWZSdFgfSqDVQhc4jm/?format=pdf&lang=pt>
Acesso em: 28 mar. 2022
SOUZA, Maciana de Freitas e; et al. A contribuição da Educação permanente para o
enfrentamento da violência de gênero. Saúde em Redes: n. 6 v.2: pp. 235241, 2020.
Disponível em: <http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/rede-unida/article/view/2311>
Acesso em: 27 mar. 2022.
SOUZA, Marli Aparecida Rocha de et al. Percepção das mulheres em situação de violência
sobre o apoio formal: Scoping review. Esc. Anna Nery; v. 25, n. 2, e20200087, 2021.
Disponível em
<http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452021000200208&l
ng=pt&nrm=iso>. acesso em: 27 mar. 2022.
TEIXEIRA Júlia Magna da Silva; PAIVA Sabrina Pereira. Violência contra a mulher e
adoecimento mental: Percepções e práticas de profissionais de saúde em um Centro de
Atenção Psicossocial. TEMA LIVRE, Physis v.31 n.02. 2021. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/physis/a/7CRjQTCrkX7RXrC7XFT3jDs/> Acesso em: 05 maio
2022
31
APÊNDICE I:
ARTIGO 2
TÍTULO A institucionalização das políticas públicas de enfrentamento à
violência contra as mulheres no Brasil.
AUTORES MARTINS, Ana Paula Antunes; CERQUEIRA, Daniel; MATOS,
Mariana Vieira Martins.
PERIÓDICO/ANO Brasília: Ipea, 2015. 37 p.
DESCRITORES Políticas públicas.
OBJETIVOS O artigo consiste na compreensão das políticas públicas para mulheres
que sofrem com a violência, visando uma observação de dados para
conscientização da realidade dessas mulheres e descobrir sobres seus
direitos e políticas de segurança que muitas vezes não são divulgados
para o público-alvo.
MÉTODO Gráficos, relatos e artigos foram utilizados para a comparação de casos
e compreensão, obtendo assim um artigo explicativo e comparativo em
relação a quem sofre violência e quais medidas as protegem.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
- Lei Maria da Penha foi um dos principais resultados das políticas
públicas para as mulheres, o artigo cita este grande marco voltando a
nos lembrar sua devida importância.
- A Secretaria de políticas públicas para as mulheres vem elaborando
desde 2003 uma tentativa de cooperação para garantir a união no país
para defender a temática.
ARTIGO 3
TÍTULO Violência Doméstica
AUTORES ALVES, Cláudia.
PERIÓDICO/ANO Coimbra: SciELO, 2005, 28p.
DESCRITORES Violência doméstica.
OBJETIVOS Compreender os conceitos e tipos de violência, para saber identificar,
prevenir e intervir para a saúde física, mental, moral, sexual,
psicológica e patrimonial da mulher.
MÉTODO Com base em umapesquisa profunda sobre a realidade das mulheres
através de gráficos e notícias, foi possível elaborar o artigo para
conscientizar as pessoas.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Os resultados se baseiam na conscientização pessoal e coletiva, onde
podemos compartilhar o conhecimento adquirido e ter em mente o
quanto as políticas públicas e a sociedade precisam melhorar em vários
ARTIGO 1
TÍTULO Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências.
AUTORES CZERESNIA, Dina; and FREITAS, Carlos Machado de
PERIÓDICO/ANO Rio de Janeiro: rev. and ent. 2009.
DESCRITORES Promoção da saúde.
OBJETIVOS O livro aborda de forma detalhada 8 artigos relacionados à promoção
da saúde, possibilitando uma visão mais ampla e detalhada sobre a
temática, abordando assuntos como saúde, risco, vulnerabilidade,
intersetorialidade e vigilância. O que possibilita ao leitor uma
compreensão mais direta e pessoal da promoção da saúde.
MÉTODO Discussão sobre os conceitos, abordando diferentes visões e análises
específicas para uma compreensão aprofundada.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
- Compreensão da amplitude da promoção da saúde.
- Diferenciação entre os conceitos.
32
aspectos. Precisamos investir e defender as vítimas, de forma legal,
defendendo seus direitos e punindo quem os viola.
ARTIGO 4
TÍTULO Estatísticas de Gênero Indicadores sociais das mulheres no Brasil.
AUTORES IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e
Indicadores Sociais.
PERIÓDICO/ANO IBGE, 2018.
DESCRITORES Estatísticas de gênero.
OBJETIVOS Comparação entre os privilégios e riscos entre mulheres e homens,
associados a emprego, violência, estudo e diversos outros fatores que
afetam diretamente na vida de ambos. Com base nestes fatores
podemos observar a desigualdade social e de gênero.
MÉTODO Gráficos comparativos, dados registrados ao longo dos anos e relatos
foram utilizados neste artigo para a sua elaboração.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Na grande maioria as mulheres obtiveram grande porcentagem em
questões desfavoráveis, como emprego e questões estruturais como os
afazeres domésticos, o que nos proporciona uma visão clara de que
algo ainda precisa ser feito para gerar uma mudança na vida de todas
as mulheres. ARTIGO 5
TÍTULO Associação entre a violência e as características socioeconômicas e
reprodutivas da mulher
AUTORES LEITE, Franciéle Marabotti
PERIÓDICO/ANO Cadernos Saúde Coletiva [online]. v. 29, n. 2. pp. 279-289, 2021.
DESCRITORES Violência doméstica
OBJETIVOS Verificar a associação entre a violência perpetrada por parceiro íntimo
ao longo da vida e as características socioeconômicas e reprodutivas
da mulher.
MÉTODO Estudo transversal, realizado em 2014, em 26 unidades de saúde, no
município de Vitória, Espírito Santo. Amostra com 991 mulheres, de
faixa etária entre 20 e 59 anos, com parceiro íntimo nos 12 meses
anteriores à entrevista. Os dados socioeconômicos, as características
reprodutivas e os três tipos de violência contra a mulher (psicológica,
sexual ou física) foram coletados. Na análise dos dados, foram
empregados o teste qui-quadrado, com nível de significância de 5%, e
a regressão de Poisson, para obter as razões de prevalência bruta e
ajustada para fatores de confusão.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
O modelo final ajustado mostrou que a violência física, psicológica e
sexual se associou à escolaridade, situação conjugal, recusa do
parceiro a usar preservativo nas relações sexuais, número de parceiros
sexuais no último ano e número de filhos. A primeira relação sexual
forçada permaneceu associada à violência sexual, assim como a idade
da coitarca com a violência física e psicológica.
33
ARTIGO 6
TÍTULO Análise das vivências de violência doméstica em mulheres evangélicas
pentecostais e neopentecostais
AUTORES NUNES, Ana Clara de Arruda. SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo.
PERIÓDICO/ANO SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado
de São Paulo. Revista da SPAGESP, v. 22, n. 2, p. 58-72, 2021
DESCRITORES Violência doméstica; Religião
OBJETIVOS teve como objetivo analisar as vivências de violência doméstica em
mulheres evangélicas pentecostais e neopentecostais.
MÉTODO Foi realizada pesquisa qualitativa de caráter analítico fundamentada
nos pressupostos teóricos da Psicologia Sócio-histórica e da literatura
Feminista.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
A violência doméstica vem de diversos fatores como o machismo
impregnado na sociedade, patriarcado e a hierarquização que estão no
dia a dia na sociedade de diferentes formas, sendo as principais: a
física, a sexual, a moral, a patrimonial e a psicológica. E diante disso,
mostra a complexidade da relação entre a violência doméstica e o
contexto religioso, além disso, há valores religiosos que legitimam o
patriarcado e a dominação masculina, além de contribuírem para a
manutenção dos relacionamentos violentos.
ARTIGO 7
TÍTULO Divulgação não autorizada de imagem íntima: danos à saúde das
mulheres e produção de cuidados
AUTORES PATROCINO, Laís Barbosa. BEVILACQUA, Paula Dias
PERIÓDICO/ANO Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. v. 25, 2021
DESCRITORES Violência contra a mulher; Violência sexual; Exposição da intimidade
OBJETIVOS Objetivou-se analisar os danos à saúde das mulheres que tiveram
imagens íntimas divulgadas sem autorização, bem como os cuidados
em saúde necessários nessas situações
MÉTODO A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas em profundidade com
17 mulheres que tiveram imagens íntimas divulgadas sem autorização
e com dez profissionais de saúde e da assistência social que atenderam
mulheres nessa situação.
O recrutamento das participantes foi feito mediante divulgação. As
entrevistas tiveram duração média superior a setenta minutos. Os
registros narrativos das entrevistas foram enviados às participantes
para validação
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Existem vários métodos em que as mulheres são expostas, assim como
há diversas motivações para a ocorrência, podendo envolver afirmação
da masculinidade, controle e condenação da sexualidade das mulheres,
vingança, comercialização e extorsão. As experiencias relatas na
pesquisa, abrangeram essas situações, e um exemplo disso é no âmbito
familiar e das foram relatadas diversas consequências para a Saúde
Mental das mulheres
34
ARTIGO 8
TÍTULO Violência contra a mulher e sua associação com o perfil do parceiro
íntimo: estudo com usuárias da atenção primária
AUTORES LEITE, Franciéle Marabotti, LUIS, Mayara Alves. AMORIM, Maria
Helena Costa
PERIÓDICO/ANO Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. v. 22, 2019.
DESCRITORES Violência contra a mulher
OBJETIVOS Verificar associação entre a história de violência contra a mulher e
características sociodemográficas e comportamentais do parceiro
íntimo.
MÉTODO Estudo transversal realizado com 938 mulheres usuárias da atenção
básica de saúde, com idade entre 20 e 59 anos e que no momento da
entrevista possuíam parceiro íntimo.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
O resultado mostra que a violência psicológica, física e sexual, estão
relacionadas com a escolaridade, a idade, número de parceiros sexuais
no último ano e número de filho, a recusa de preservativo por parte do
parceiro, além disso, a maioria das mulheres em sua primeira relação
sexual estão associadas a violência sexual
ARTIGO 9
TÍTULO Violências contra a mulher e as práticas institucionais.
AUTORES BRASIL, Ministério da Justiça.
PERIÓDICO/ANO Brasília: Ministério da Justiça, 109p; 2015.
DESCRITORES Direito; Direito Penal; Violência contra a mulher; Violência doméstica
e familiar; Medida Protetiva.
OBJETIVOS Produzir conteúdo para utilização no processo de tomada de decisão da
Administração Pública na construção de políticas públicas.
MÉTODO Investigação dirigida à obtenção de dados que nos embasassem nas
propostas de alterações legislativas e administrativas, especificamente
das medidas cabíveis às Defensorias Públicas, no atendimento às
vítimas nos Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Nestas duas leis pode produzir resultados inversos ao pretendido com a
criaçãoda Lei Maria da Penha, reduzindo a importância dos conflitos
levados ao Poder Judiciário e aumentando a violência contra as
mulheres que buscam sua proteção.
ARTIGO 10
TÍTULO Contexto da Violência Conjugal em Tempos de Maria da Penha: Um
Estudo em Grounded Theory.
AUTORES CARNEIRO, Jordana Brock et al.
PERIÓDICO/ANO Curitiba: Cogitare enferm; v. 24, 2019.
DESCRITORES Violência; Violência Contra a Mulher; Enfermagem de Atenção
Primária; Saúde Pública; Políticas Públicas de Saúde
OBJETIVOS Desvelar o contexto da violência conjugal experienciados por
mulheres em processo judicial
MÉTODO Pesquisa qualitativa baseada na Grounded Theory, realizado com 29
mulheres em processo judicial por violência conjugal e os nove
35
profissionais que atuam junto a duas Varas de Justiça pela Paz em
Casa, na Bahia, Brasil. A coleta dos dados foi realizada no período de
janeiro a maio de 2015.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Em que pese a Lei Maria da Penha, o estudo revela que as relações
conjugais das mulheres são permeadas por abusos físicos, sexuais,
psicológicos, morais e patrimoniais, inclusive expulsão do lar.
ARTIGO 12
TÍTULO Políticas Públicas: uma revisão da literatura
AUTORES SOUZA, Celina
PERIÓDICO/ANO Porto Alegre: Sociologias, 2006, p. 20-45.
DESCRITORES Políticas públicas
OBJETIVOS Minimizar a lacuna da ainda escassa tradução para a língua portuguesa
da literatura sobre políticas públicas e, ao rever as principais
formulações teóricas e conceituais mais próximas da literatura
específica sobre políticas públicas e da literatura neo-institucionalista,
contribuir para seu teste empírico nas pesquisas sobre políticas
públicas brasileiras.
MÉTODO A primeira introduz os principais conceitos, modelos analíticos e
tipologias específicos da área de políticas públicas. A segunda discute
as possibilidades de aplicação da literatura neo-institucionalista à
análise de políticas públicas.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
O principal foco analítico da política pública está na identificação do
tipo de problema que a política pública visa corrigir, na chegada desse
problema ao sistema político (politics) e à sociedade política (polity), e
nas instituições/regras que irão modelar a decisão e a implementação
da política pública
ARTIGO 11
TÍTULO Políticas Públicas - Conceitos e Práticas.
AUTORES SEBRAE.
PERIÓDICO/ANO Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2008. p. 48.
DESCRITORES Políticas públicas
OBJETIVOS Apresentar conceitos e práticas de Políticas Públicas, de uma forma
clara e não acadêmica, a pessoas interessadas, independentemente de
serem especialistas ou não no tema.
MÉTODO Sendo fato que as Políticas Públicas afetam a todos, nada mais
razoável do que produzir um Manual de fácil compreensão e acessível
a todos os atores que, direta ou indiretamente, lidam com essa questão
no seu dia a dia, seja por meio da articulação ou por meio da
intervenção, no decorrer de sua prática profissional.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
• Coordenação e consolidação do Fórum Permanente de
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte;
• Atendimento a 2.940 empresas, até o final de 2006, pelo Programa de
Extensão Industrial Exportadora (PEIEx);
• Apresentação de 19 planos de desenvolvimento para APLs;
• Instalação de oito Núcleos Estaduais de Apoio aos Arranjos
Produtivos Locais;
• Implantação de 1.154 telecentros de informação e negócios.
36
ARTIGO 13
TÍTULO Política Nacional de Promoção da Saúde: PNPS: Anexo I da Portaria
de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, que consolida as
normas sobre as políticas nacionais de saúde do SUS
AUTORES BRASIL, Ministério da Saúde
PERIÓDICO/ANO Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 40 p.
DESCRITORES Promoção da saúde
OBJETIVOS Promover a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver,
ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo
vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes
sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.
MÉTODO Esta nova versão da Política Nacional de Promoção da Saúde toma por
fundamento o próprio SUS, que traz em sua base o conceito ampliado
de saúde, o referencial teórico da promoção da saúde e os resultados de
suas práticas desde a sua institucionalização.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
A reelaboração da PNPS é oportuna, posto que estabelece diálogo com
os novos marcos nacionais e internacionais, garante os princípios e as
diretrizes do SUS e reconhece a constante necessidade de qualificar e
atualizar as ações e os serviços prestados pelos gestores e pelos
trabalhadores do SUS, revendo o papel do setor Saúde na articulação e
na indução de outras políticas públicas.
ARTIGO 14
TÍTULO Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e
diretrizes
AUTORES BRASIL, Ministério da saúde
PERIÓDICO/ANO Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 82 p.
DESCRITORES Política pública para mulheres
OBJETIVOS Propor diretrizes para a humanização e a qualidade do atendimento
tendo como base os dados epidemiológicos e as reivindicações de
diversos segmentos sociais para apresentar os princípios e diretrizes da
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher para o
período de 2004 a 2007.
MÉTODO Dentro da perspectiva de buscar compreender essa imbricação de
fatores que condicionam o padrão de saúde da mulher, este documento
analisa, sob o enfoque de gênero, os dados epidemiológicos extraídos
dos sistemas de informação do Ministério da Saúde e de documentos
elaborados por instituições e pessoas que trabalham com esse tema.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação
com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de
trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são
agravados pela discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga
com as responsabilidades com o trabalho doméstico. Outras variáveis
37
como raça, etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as
desigualdades. As mulheres vivem mais do que os homens, porém
adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina frente a
certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação
de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos.
ARTIGO 15
TÍTULO As políticas públicas para mulheres no brasil: avanços, conquistas e
desafios contemporâneos.
AUTORES PONTES, Denyse; DAMASCENO, Patrícia.
PERIÓDICO/ANO Florianópolis: Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th
Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), 2017. 11 p.
DESCRITORES Políticas públicas para as mulheres
OBJETIVOS Apresentar importantes contribuições da luta do movimento feminista
para a construção histórica de políticas para mulheres que incorporem
as demandas para mulheres, os desafios, avanços em torno dessas
políticas e como vêm se redesenhando no atual governo federal
brasileiro.
MÉTODO Pesquisa bibliográfica buscou-se dialogar com pensadores nas áreas de
políticas públicas e gênero, dentre eles, Farah (2005), Saffioti (2007),
Ferreira (2007) e Said (2014), de forma a fortalecer as bases analíticas
para a investigação do objeto de estudo que revelaram que o atual
projeto político do país vem desenvolvendo frentes, organicamente
vinculadas, que bem encarnam elementos do seu projeto conservador:
privatização e cortes dos chamados gastos sociais com a destituição de
direitos e desmonte de políticas sociais para mulheres.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
É possível constatar a importância da atuação dos movimentos de
mulheres para a conquista e efetivação de direitos, mas pode-se inferir
que a luta por políticas públicas, sua implementação e o controle social
dessas políticas podem ser também lócus de crítica, reação e
resistência ao capitalismo, ao patriarcado e ao racismo.
ARTIGO 16
TÍTULO II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres
AUTORES BRASIL, Presidência da República
PERIÓDICO/ANO Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2008. 236
p.
DESCRITORES Políticas públicas para as mulheres
OBJETIVOS Reafirmar o entendimento de que os Planos Nacionais expressam
conjunturas específicas eque a política nacional é a linha mestra das
diferentes ações que integram os planos nacionais.
MÉTODO A metodologia de revisão do PNPM refletiu os avanços já
mencionados, ao transferir para o seu Comitê de Articulação e
Monitoramento a responsabilidade pela condução do processo.
Foram convocados não apenas os órgãos que já integravam o Comitê,
mas também representantes dos novos setores governamentais que
passaram a constituí-lo frente às emendas
surgidas na II CNPM.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Muito ainda se tem por fazer para que a igualdade de gênero e
de raça/etnia se efetive em nosso país. Os princípios e
pressupostos definidos na Política Nacional para as Mulheres,
assumidos pelo Brasil, indicam os caminhos a seguir.
38
ARTIGO 17
TÍTULO Violência contra a mulher: agressores usuários de drogas ilícitas.
AUTORES SILVA, Camila Daiane
PERIÓDICO/ANO Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, vol. 7, núm. 2,
2015, pp. 2494-2504.
DESCRITORES Violência contra a mulher
OBJETIVOS Delinear o perfil dos agressores usuários de drogas ilícitas e das
vítimas, e identificar as formas de violência denunciadas na Delegacia
de Polícia Especializada no Atendimento às Mulheres.
MÉTODO Estudo documental, com 195 inquéritos, constantes nos arquivos da
DEAM entre outubro de 2011 e março de 2012, referentes à violência
contra a mulher, cujos agressores eram usuários de drogas ilícitas.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Na maioria dos casos, os agressores eram homens, brancos, entre 16 e
57 anos, com ensino fundamental incompleto e, além das drogas
ilícitas, estavam sob o efeito de bebida alcoólica no momento da
agressão. As vítimas eram brancas, entre 18 e 84 anos, com ensino
fundamental completo, cinco possuíam curso superior. A principal
forma de violência denunciada foi a física.
ARTIGO 18
TÍTULO Análise da efetividade da Lei Maria da Penha e dos Conselhos
Municipais da Mulher no combate à violência doméstica e familiar no
Brasil
AUTORES AMANCIO, Geisa Rafaela.; FRAGA, Thaís Lima; RODRIGUES,
Cristiana Tristão.
PERIÓDICO/ANO Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 171-183, 2016.
DESCRITORES Lei Maria da Penha
OBJETIVOS Avaliar a efetividade da Lei Maria da Penha na redução do estupro e
tentativa de estupro, entre 2005 e 2013; verificar a influência dos
Conselhos Municipais da Mulher na redução dos casos de violência
contra a mulher, para os anos de 2009, 2011, 2012 e 2013
MÉTODO Exame analítico descritivo
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Mostrou que não houve redução das denúncias de estupro e tentativa
de estupro durante o período, e o modelo econométrico, utilizando
painel com efeitos aleatórios, confirmou a influência dos Conselhos
Municipais.
ARTIGO 19
TÍTULO Conflitos éticos e limitações do atendimento médico à mulher vítima
de violência de gênero.
AUTORES SOUZA, Angela Alves Correia de; CINTRA, Raquel Barbosa
PERIÓDICO/ANO Revista Bioética [online], v. 26, n. 1, pp. 77-86, 2018.
DESCRITORES Atendimento violência contra a mulher
39
OBJETIVOS identificar as principais dificuldades, incluindo conflitos éticos,
encontradas pelos médicos na abordagem de pacientes vítimas desse
tipo de violência.
MÉTODO Revisão da literatura.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Concluiu-se que o maior entrave advém do próprio profissional de
saúde e envolve fatores que variam desde formação inadequada até a
ocorrência de conflitos morais e éticos que culminam na culpabilização
e responsabilização das vítimas pela situação de violência em que se
encontram.
ARTIGO 20
TÍTULO Moradia, patrimônio e sobrevivência: dilemas explícitos e silenciados
em contextos de violência doméstica contra a mulher.
AUTORES LUDEMIR, Raquel. SOUZA, Flavio.
PERIÓDICO/ANO Revista brasileira de estudos urbanos e regionais, v. 23, 2021.
DESCRITORES Moradia, Segurança da Posse, Violência Doméstica, Violência
Patrimonial, Mulher, Gênero, Recife
OBJETIVOS Explorar como disparidades de gênero em relação à moradia e
patrimônio se constroem e se reproduzem em contextos de violência
doméstica contra a mulher, apesar dos recentes avanços legais no
Brasil.
MÉTODO Por meio de uma abordagem feminista qualitativa, o artigo examina as
trajetórias de moradia de mulheres antes, durante e depois de
relacionamentos abusivos e em situações aparentemente não violentas
no Recife.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Revela como desigualdades materiais e socialmente construídas,
somadas às lacunas entre leis, políticas e sua implementação, expõem
mulheres a dilemas cruciais, como sair de casa para sobreviver ou
tolerar violência para ter onde morar. Para além das consequências,
este artigo analisa os processos por meio dos quais a violência
doméstica alimenta o déficit habitacional e a maneira como a violência
patrimonial tem sido invisibilizada a despeito de seu reconhecimento
legal. Expõe ainda contradições nos programas habitacionais e de
regularização fundiária que podem silenciar as mulheres, mesmo
quando alegam empoderá-las.
ARTIGO 21
TÍTULO Práticas profissionais em situações de violência na atenção
domiciliar: revisão integrativa.
AUTORES MAIA, Mariana Almeida et al.
PERIÓDICO/ANO Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 25, n. 9, pp. 3587-3596, 2020.
DESCRITORES Atuação em situações de violência
OBJETIVOS Descrever as práticas de profissionais de saúde em situações
de violência nos cuidados da Atenção domiciliar.
MÉTODO Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada entre
dezembro de 2016 e dezembro de 2017 nas bases de dados LILACS,
BDENF e MEDLINE.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
As situações de violência mais encontradas foram abuso em idosos e
crianças e violência doméstica em mulheres e crianças.
ARTIGO 22
TÍTULO Assistência de enfermagem às mulheres em situação de violência
sexual: revisão integrativa.
AUTORES SANTOS, Davydson Gouveia et al.
PERIÓDICO/ANO Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 29, p. e51107. 2021.TP
DESCRITORES Violência sexual
40
OBJETIVOS Descrever a atuação do enfermeiro no atendimento às mulheres em
situação de violência sexual a partir da literatura.
MÉTODO Pesquisa bibliográfica na modalidade revisão integrativa da
literatura, com busca dos estudos primários publicados entre 2015 a
2019, realizada em abril de 2020, em sete bases de dados, sendo
selecionados e analisados dez artigos.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Da síntese das evidências, emergiram três categorias: assistência
clínica medicamentosa, assistência clínica não-medicamentosa e falta
de qualificação profissional, revelando insatisfação de algumas
mulheres no atendimento.
ARTIGO 23
TÍTULO Conversas invisíveis: assuntos falados, mas não ouvidos em
consultas ginecológicas.
AUTORES MENEGHEL, Stela Nazareth; ANDRADE, Daniela Negraes
Pinheiro; HESLER, Lilian Zielke
PERIÓDICO/ANO Ciência & Saúde Coletiva [online]., v. 26, n. 01], pp. 275-284, 2021.
DESCRITORES Violência contra a Mulher
OBJETIVOS Analisar conversas e identificar relatos que poderiam estar indicando
uma queixa, um sinal ou um pedido de ajuda, incluindo situações de
violência.
MÉTODO Estudo qualitativo baseado nos pressupostos teórico-metodológicos
da Análise da Conversa (AC) que descreve e analisa interações face
a face entre três enfermeiras e sete usuárias de serviços de atenção
primária em saúde, ocorridas durante consultas para coleta do exame
citopatológico.
PRINCIPAIS
RESULTADOS
Permitiu identificar situações interacionais de (des)alinhamento,
(des)filiação, reparos e temas delicados, além da ausência de escuta
de tópicos específicos por parte das enfermeiras ao conduzirem as
consultas. Assim, sinalizações de situações de sofrimento, mal-estar
ou violências não foram exploradas, deixando de potencializar o
cuidado.
ARTIGO 24
TÍTULO Prevalência de violência contra a mulher e suas repercussões na
maternidade.
AUTORES RODRIGUES, Priscila Alberton; CICOLELLA, Dayane de Aguiar;
MARIOT Márcia Dornelles Machado.
PERIÓDICO/ANO J. nurs. health.; v. 11 n. 1: e2111119459, 2021.
DESCRITORES Violência contra a Mulher
OBJETIVOS Verificar a prevalência de violência contra a mulher e as suas
repercussões no processo de maternidade.

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