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FACULDADE SANTA MARCELINA UNIDADE ITAQUERA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM BRENDA DOS SANTOS SEVERINO EMILLY SALES ZANCHETTA KAUANE CAROLINA CANDIDA DOMINGOS ROSEMEIRE REGINA PORTO ROSA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE São Paulo 2022 BRENDA DOS SANTOS SEVERINO EMILLY SALES ZANCHETTA KAUANE CAROLINA CANDIDA DOMINGOS ROSEMEIRE REGINA PORTO ROSA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE Projeto integrativo apresentado à disciplina Projeto Interdisciplinar I, do curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina. Orientador(a): Profª Drª Maria Claudia Moreira da Silva São Paulo 2022 “No dia que for possível à mulher amar em sua força e não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma, mas para se encontrar, não para se renunciar, mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal”. (Simone de Beauvoir, 1980). COMO CITAR: SEVERINO, Brenda dos Santos; ZANCHETTA, Emilly Sales; DOMINGOS, Kauane Carolina Candida; ROSA, Rosemeire Regina Porto. Violência Doméstica Contra a Mulher na Perspectiva da Promoção da Saúde. 2022. 48p. Projeto Interdisciplinar (Graduação em Enfermágem) – Faculdade Santa Marcelina – Itaquera: São Paulo, 2022. RESUMO Objetivo: Caracterizar as formas de violência contra as mulheres, explorando o impacto delas na saúde das vítimas, de modo com que possamos identificar as medidas de enfrentamento contra a violência doméstica. Método: Trata-se de um estudo exploratório da literatura utilizando artigos entre o período de 2004 a 2012, selecionados e analisandos com foco na promoção do empoderamento das mulheres vítimas de agressão. Resultado: Sintetizando os dados observou-se a definição de violência doméstica, os tipos de ocorrências dessas violências sendo de forma física, psicológica, patrimonial, sexual e moral, além dos sintomas gerados por esses agravos. Definimos ainda o perfil dos agressores sendo os principais os parceiros íntimos e o perfil das vítimas que independe de classe social, mas possui vulnerabilidades específicas e encerramos dispondo medidas de enfrentamento de cunho governamental e social. Conclusão: o estudo analítico descritivo possibilitou o reconhecimento de que as condições de violência são consideradas problemas de saúde pública onde os profissionais da saúde devem ser orientados com desenvoltura sobre o acolhimento dessas vítimas de forma humanizadas garantindo que se sintam seguras e acolhidas. Palavras-chave: Violências; Feminicídio; Mulher; Violência Doméstica; Empoderamento feminino. ABSTRACT Objective: To characterize the forms of violence against women, exploring theirs in the victims' health, so that it was identified as measures to combat domestic violence. Method: This is an exploratory study of the literature using articles from 2004 to 2012, selected and analyzed with a focus on promoting the empowerment of women victims of aggression. Result: Summarizing the data, a definition of domestic violence was observed, the types of violence occurrences being physical, psychological, patrimonial, sexual, and moral, in addition to the symptoms generated by these injuries. We also defined the profile of the aggressors being the main intimate partners and the profile of the victims that is independent of social class, but has specific vulnerabilities and we end available measures to face the governmental and social nature. Conclusion: it made it possible to analyze it, it made it possible to analyze or build the conclusion of public health where professionals were collected descriptive that the study conditions in a way collected and collected were identified of public health problems in a safe way and the recognition of victims of survey in a way human. Keywords: Violence; Femicide; Women; Domestic violence; Female empowerment. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 8 2. OBJETIVOS 12 2.1. Objetivo Geral: 12 2.2. Objetivos Específicos: 12 3. MÉTODO: 13 4. RESULTADOS 14 4.1. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 14 4.1.1. PERFIL DOS AGRESSORES 15 4.1.2. FATORES DE RISCO 15 4.1.3. TIPOS DE VIOLÊNCIA 15 4.1.3.1. Violência Física 16 4.1.3.2. Violência Psicológica 17 4.1.3.3. Violência Patrimonial 18 4.1.3.4. Violência Sexual 19 4.1.3.5. Violência Moral 19 4.1.3.6. Impactos Gerais das Violências 20 4.1.4. MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO 21 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 24 REFERÊNCIAS: 25 APÊNDICE I: 33 7 1. INTRODUÇÃO A Lei Orgânica de Saúde (Lei 8080/1990) conceitua saúde como um estado de completo bem-estar biopsicossocial considerando que os indivíduos estão inseridos num contexto social, cultural e histórico, onde as práticas em saúde entendem a individualidade e a coletividade de modo multidisciplinar, ou seja, união de ações intrassetoriais e intersetoriais. (BRASIL, 2018). A promoção da saúde consiste na elaboração ações de políticas públicas articulada com base em dados coletados e pesquisas realizadas pelo sistema de vigilância em saúde alcançando uma melhor qualidade de vida e rompendo as vulnerabilidades alcançando um equilíbrio no processo saúde-doença através da capacitação da comunidade, da colaboração intersetorial, do desenvolvimento sustentável e da participação social objetivando a promoção, a proteção e a recuperação da saúde além de assegurar o acesso universal, integral e equânime da população aos serviços de saúde sendo de dever do Estado a garantia desses direitos aos diferentes grupos da população (etnia, sexo, social, cultural, econômico etc.) de modo direto ou indireto visando solucionar conflitos com alocação de bens e recursos públicos (LOPES et al, 2010; CZERSNIA, FREITAS, 2009; BRASIL, 2018; SEBRAE, 2018; MARTINS, CERQUEIRA, MATOS, 2015; BRASIL, 2015; AMANCIO, FRAGA, RODRIGUES, 2016; SOUZA, 2006). As maiores conquistas garantidas pela Constituição Federal de 1988 foram: a segurança pública, a igualdade, a garantia de vida digna e a integridade física, e muitas mulheres vem sofrendo com a violação desses direitos por compreenderem que a submissão compõe o papel feminino então acabam suportando tudo em silêncio (SILVA, NOGUEIRA, 2020). O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) do Ministério as Saúde, surgiu em 1984, com a elaboração de princípios norteadores das políticas de saúde das mulheres através de ações educativas, preventivas, diagnosticas, curativas e reabilitadoras atendendo a população feminina em todos os seus ciclos de vida, nas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) no câncer de mama e de colo do útero e nas situações de violência; promovendo a saúde da mulher, garantindo seus direitos e ampliando os acessos aos serviços de promoção, prevenção assistência e recuperação da saúde reduzindo a morbimortalidade feminina por causas evitáveis. (BRASIL, 2004) As violências contra a mulher surgem como um desafio na implementação das Políticas Públicas por gerar um impacto mundial na saúde individual e coletiva, portanto, questão de saúde pública e violação aos direitos humanos que surgem pela desigualdade de gênero com o histórico patriarcal e androcêntrico diminuindo a mulher com relação ao homem que tem como resultado, geralmente, o feminicídio (SOUZA et al. 2021). Por mais 8 que seja da obrigatoriedade do estado e do governo previr casos de violência e trabalhar com possíveis soluções, é difícil alcançar a todos. Fato que nos leva a pensar em outras medidas de proteção e intervenção para esses casos de violência contra as mulheres, já que o sistema ainda é falho com a coleta, tradução de dados e ações de intervenção. (MARTINS, CERQUEIRA, MATOS, 2015) A existência de casos de violência já constitui motivos suficientes para a criação de ações que enfrentem a problemática e a Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violências (PNRMAV) de 2001 surgiu nesse contexto então, em 2003 o Ministério da Saúde implementou a Lei Federal nº 10.778 obrigando os serviçosde saúde (sejam eles públicos ou privados) a notificar casos de violência por meio da Ficha de Notificação ou Investigação da Violência Doméstica, Sexual e outras, a qual é instrumento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) (FERREIRA et al, 2020). Posteriormente surgiu a Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde (2004) que implementava os Núcleos de Prevenção à Violência e Promoção da Saúde, além dessas, foram criadas outras ações como a Política de Enfrentamento da violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha1*, a Política Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra as Mulheres; e o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças e adolescentes que se articulam para aperfeiçoar e integrar tanto os equipamentos, como os profissionais e os atos destes, ofertando respostas efetivas com olhar ampliado de modo a respeitar, garantir, proteger e promover os direitos humanos, mas tudo só foi possível por conta dos movimentos feministas brasileiros onde as mulheres começaram a questionar seus direitos de assistência integral (EINHARDT, SAMPAIO, 2020; SANTOS et al., 2021; BRASIL, 2015; NUNES, SOUZA, 2021; BRASIL, 2004). As políticas públicas para as mulheres vítimas de violência focam na desigualdade, nos preconceitos e na discriminação, buscando soluções para esses fatores através da criação de ações que visem o enfrentamento da violência; as políticas do trabalho e da autonomia econômica das mulheres; os programas e ações nas áreas da saúde; a educação; a cultura; a participação política; e a igualdade de gênero (MARTINS, CERQUEIRA, MATOS, 2015; PONTES, DAMASCENO, 2017). 1* A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, foi criada em homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes que sofreu duas tentativas de homicídio praticadas pelo seu ex-marido. A criação da lei foi um grande marco para o Brasil, onde a própria OEA (Organização dos Estados Americanos) se manifestou após o caso com orientações e medidas de Políticas públicas para as mulheres (SILVA NOGUEIRA, 2020; MARTINS, CERQUEIRA, MATOS, 2015; AMANCIO, FRAGA, RODRIGUES, 2016). 9 A violência contra a mulher é algo que se inicia na pré-história onde a mulher era apenas o objeto disposto a procriação e ao cuidado dos filhos, enquanto o homem era o trabalhador que sustentava a família e obtinha completa autoridade sobre os membros desse grupo familiar. No tempo feudal a mulher não tinha autonomia para expor sua opinião, se o fizesse era castigada e queimada como bruxa. Além disso, em condições de adultério, mesmo em posição de vítima, cumpriam pena. As violências eram consideradas simbólicas passando despercebida pelas mulheres e ocorria por vias simbólicas da verbalização e do conhecimento dos sentimentos destas vítimas e a sociedade capitalista favorece o patriarcado e as desigualdades históricas e sociais entre as mulheres e homens permitindo relações opressoras, exploradoras, e dominadoras entre estes. (RODRIGUES, CICOLELLA, MARIOT, 2021; PONTES, DAMASCENO, 2017). Violência de gênero, violência contra a mulher e violência doméstica não são sinônimos, mas todas configuram a violação dos direitos humanos se manifestando da desigualdade de gênero, do patriarcado, do machismo, da misoginia, do distanciamento social, da ameaça econômica, do uso abusivo de álcool e drogas e da redução dos atendimentos em serviços voltados à temática (SOUZA et al. 2020; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021; SILVA et al, 2015; LATHAM et al, 2021). A violência de gênero trata da violação do direito considerando a participação social e trabalhista da mulher. A violência contra a mulher trata do uso da mulher como vítima. E a Violência doméstica não é necessariamente dirigida apenas às mulheres, mas ocorrem especificamente num ambiente doméstico (LUDEMIR; SOUZA, 2021; BRASIL, 2004; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021). (SILVA; NOGUEIRA, 2020). Os homens também sofrem violência, mas são mais expostos a violências ocorridas em locais públicos e as mulheres são mais expostas às violências em ambiente doméstico que são geralmente praticadas por seus parceiros, ex-parceiros e filhos (BRASIL, 2008). As ocorrências elevadas de violência contra a mulher demonstram a insuficiência na atenção voltada a essas vítimas, resultante da invisibilidade dos setores de saúde, dificuldade na detecção do problema e o foco excessivo no dano físico considerando o modelo biologicista, que muitas vezes acaba negligenciando a situação (ARAGÃO et al., 2020). Para complementar essa afirmação, o IBGE realizou uma pesquisa em 2016 que relata a desigualdade de acesso entre os homens e mulheres favorecendo o patriarcado destacando quesitos como as condições de trabalho, dedicação a afazeres domésticos, escolaridade, cargos ocupacionais, renda, participação política, inclusão em cargos públicos e exposição a 10 violência, e em todos os pontos o homem se sobressai à mulher, exceto em situações de violência (IBGE, 2018). Com isso compreendemos que é importante investir em profissionais capacitados para trabalhar diretamente com casos de violência, que possam reconhecer casos de violência nos diferentes modos, que saibam encorajar e enfrentar uma situação como essa da devida forma, reconhecer casos de violência sexual e saber a quem recorrer para proporcionar a melhor atenção àquela vítima. Os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental na questão de violência e precisam aprofundar seus conhecimentos sempre que possível, isso inclui a sociedade e o governo, que devem sempre buscar formas e meios de efetivar as ações de prevenção, promoção e acolhimento (REIGADA; SMIDERLE, 2021; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; LOPES et al, 2010; SILVA et al. 2019; SANTOS et al, 2020; BRASIL, 2008; SOUZA; CINTRA, 2018; MAIA et al., 2020; LATHAM et al; 2021; MENEGHEL; ANDRADE; HESLER, 2021; RODRIGUES; CICOLELLA; MARIOT, 2021). Tentando compreender por que as mulheres são populações vulneráveis no que tange problemas de saúde pública e como esta população pode romper com o patriarcado, o machismo e afins que são frequentes desde a antiguidade até a atualidade, elaboramos este projeto objetivando apoiar a mulheres vítimas de violência a compreender as diversas formas de violência, o impacto deste ato e as medidas de enfrentamento favorecendo o empoderamento. 11 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral: - Caracterizar as formas de violência domiciliar contra a mulher. 2.2. Objetivos Específicos: - Explorar o impacto das violências domiciliares na saúde das mulheres. - Identificar as medidas de enfrentamento contra a violência doméstica. 12 3. MÉTODO: 3.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo exploratório de revisão da literatura buscando dados para produzir uma educação em saúde com base na promoção do empoderamento das mulheres vítimas de agressão. 3.2 Procedimentos para coleta de dados A coleta dos dados foi realizada por meio de consulta informatizada no banco de dados bibliográficos da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e incluiu os artigos indexados nas bases de dados: Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS), Base de Dados Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do Brasil (BDENF) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), além de livros e publicações científicas. Os descritores utilizados nesta pesquisa foram consultados na lista de descritores em Ciências da Saúde (DECs) buscando artigos com o uso dos descritores “violência contra a mulher” and “violência doméstica”. Na etapa subsequente, foram selecionados os artigos de interesse para o projeto, considerando-se como critérios: artigos da área da saúde, ser um trabalho desenvolvido em âmbito nacional; ter sido publicado nos últimos dez anos; estar disponível na íntegra em português online, abordar no resumo e/ou no título características e/ou aspectos sobre: título do trabalho. 3.3 Método e técnica de coleta dos dados A partir dessa busca, realizou-seleitura exploratória que se constitui na verificação dos resumos com a finalidade de selecionar os artigos relacionados ao objeto de estudo, após foi realizada uma leitura do artigo na íntegra e posterior análise e discussão do mesmo, de acordo com seus resultados e parâmetros, além de síntese dos resultados apresentados nas publicações. 3.4 Amostra A amostra foi composta por artigos científicos, na língua portuguesa, online, disponíveis na íntegra e que abordassem a temática: “título do trabalho” no período compreendido entre 2004 e 2022, conforme identificados no Apêndice 1, referente ao Fichamento. 13 4. RESULTADOS Visando corresponder aos objetivos propostos seguindo o método traçado anteriormente conseguimos uma melhor definição do que é a violência doméstica, quais são os tipos de violências em âmbito doméstico, quais são os agravos decorrentes desta prática e quais são as principais medidas de enfrento. 4.1. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA As violências são consideradas um problema de saúde pública, de manifestação crônica, severa e que acomete diferentes vítimas sendo as mulheres a população vulnerável, sejam elas de qualquer faixa etária (crianças, adultas ou idosas), etnia, classe socioeconômica e religião, estando geralmente expostas a condições de pobreza, horas intensas de trabalho e dedicando maior tempo a atividades não remuneradas favorecendo a relação de poder dos homens sobre as mulheres que promove inúmeros prejuízos a saúde da mulher, portanto a violência doméstica é considerada um problema de alta complexidade tratado a nível de atenção primária a saúde (MAIA et al., 2020; RODRIGUES, CICOLELLA, MARIOT, 2021; ARAGÃO et al., 2020; BRASIL, 2004) demonstrada por uma tríade, onde há um agressor motivado, um alvo vulnerável e a ausência de alguém que impeça o evento gerando uma condição de vulnerabilidade e estudos apontam que as populações em situações vulneráveis vivem menos e adoecem mais acarretando danos físicos e psicológicos (LEITE et al. 2021). Como ela ocorre no lar acaba sendo ocultada gerando, muitas vezes, sensação de impunidade e de continuidade das agressões uma vez que os agressores são membros da família (BRASIL, 2015). É definida pela Lei Maria da Penha em seu artigo 5º como qualquer ato ou omissão com base no gênero levando à morte, lesões, sofrimento físico, sexual ou psicológico; e danos morais ou patrimoniais. É principal forma de violação da dignidade destas, existe desde o início da humanidade (SILVA; NOGUEIRA, 2020; SOUZA; CINTRA, 2018; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; RODRIGUES; CICOLELLA; MARIOT, 2021; BRASIL, 2008). Quanto ao local as violências podem ser domésticas, nas comunidades ou institucionais. A doméstica é aquela que é realizada em ambiente domiciliar por agressores que convivam no mesmo ambiente. A exercida na comunidade é aquela que o agressor pode ser qualquer pessoa exercendo qualquer tipo de violência em ambientes públicos ou privados. E a institucional é aquela que ocorre no ambiente de trabalho (BRASIL, 2008). Elas violam os direitos humanos e a sociedade regida pelo sistema patriarcal, onde há uma dominação 14 masculina, favorece este evento portanto as questões de gênero resultam da construção social (BRASIL, 2015). 4.1.1. PERFIL DOS AGRESSORES Os agressores podem ser: borderline que são aqueles que apresentam problemas psíquicos que alteram constantemente seu humor e comportamentos; os antissociais que em qualquer situação irritante responde com violência; e os que dirigem seus abusos a situações familiares (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021). Eles são homens com idade entre 16 e 57 anos, dentre estes a predominância está entre os de 30 e 39 anos, possuem o ensino fundamental completo ou incompleto, possuem ou um relacionamento amoroso ou íntimo com a vítima, ou são ex-parceiros, ou são filhos da vítima, fazem uso de álcool e drogas ilícitas e são caracterizados por serem o detentor do poder físico, econômico, político, social e intelectual (SILVA et al, 2015). 4.1.2. FATORES DE RISCO Os fatores de risco para a violência são: os fatores sociodemográficos como a situação conjugal, escolaridade e renda; os fatores comportamentais como uso de bebida alcoólica e/ou uso de drogas; e os fatores em torno das experiências de vida ou história familiar da mulher como a convivência com a mãe vítima de violência por parceiro íntimo, agressão e/ou abuso quando criança (LEITE et al. 2021). O que pode levar alguém a um comportamento violento são: pensamento machista, vivência em conflitos conjugais de modo rotineiro, desigualdade de gênero; crenças e atitudes; estresse do cotidiano; frustração; abuso infantil, consumo de bebidas alcoólicas ou drogas, conflitos interpessoais, a exposição à agressão interparentais, ciúme; estado físico e mental comprometido; personalidade que indique distúrbios; e alguns outros fatores, portanto a causalidade do comportamento é um leque de inúmeros fatores, ou seja, multicausal (SILVA; NOGUEIRA, 2020; MADEIRA, FURTADO, DILL, 2021; LEITE et al. 2021; LEITE et al., 2019; MASCARENHAS et al. 2020; SANTOS et al, 2020) 4.1.3. TIPOS DE VIOLÊNCIA Lei Maria da Penha diz que há cinco tipos de violência doméstica contra a mulher e são: a física, a moral, a psicológica, a sexual e a patrimonial (SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021), podem se manifestar de forma periódica, ocorrendo pelo menos uma vez por semana, ou são diárias (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021). Envolve questões de 15 saúde pública por ter caráter universal, ou seja, que independe do desenvolvimento do país, da cultura, do grupo social, da religião e da condição financeira, e consiste num ato ou omissão capaz de gerar morte, lesão, sofrimentos físicos, sexuais e psicológicos; e danos morais ou patrimoniais. (SILVA et al, 2015; LATHAM et al; 2021) Por ordem decrescente as violências são físicas, psicológicas, patrimoniais, sexuais e morais; e antes da denúncia a mulher já sofreu agressões ou recebeu ameaças. Vale considerar que a baixa notificação de violência sexual é decorrente do sentimento de vergonha que as mulheres sentem ao denunciar e outro fator relevante é que as mulheres negras são as registradas com menos índices de violência pois é a população que menos denuncia, portanto, menos notifica, isso ocorre por estarem em sua maioria inseridas em contexto periférico portanto a probabilidade do agressor se vingar pela denúncia é alta gerando um descredito na punição (SILVA et al, 2015). 4.1.3.1. Violência Física A violência física se refere a qualquer conduta que coloque em risco a saúde corporal da mulher ocasionada com o uso de força física por parte do agressor (SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; ALVES, 2005; MAIA et al., 2020). Os episódios de violência física levam ao feminicídio que é contribuído por fatores como o desemprego, o analfabetismo ou baixa escolaridade, a disponibilidade de armas, uso de drogas e álcool e ameaças prévias (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021). 4.1.3.1.1. Impactos da violência física: marcadas por fraturas, lacerações, infecções transmissíveis através de relações sexuais e em casos mais graves, o feminicídio (MASCARENHAS et al. 2020; BRASIL, 2015; SOUZA; CINTRA, 2018; LATHAM et al; 2021) ou pelo uso de instrumentos cortantes que causam lesões internas como hemorragias, fraturas, externas: cortes, hematomas, feridas, ou armas de fogo, podendo levar as vítimas a morte. (SILVA; COELHO; CAPONI, 2007) O feminicídio é o resultado das violências físicas sendo realizado com maior prevalência em vias públicas ou no domicílio, e tendo como instrumento, geralmente, armas de fogo, objetos perfurocortantes, enforcamento ou até mesmo incêndios; antes de ocorrer este evento, geralmente, a mulher sofre abuso físico, sexual, ameaças e intimidações (ARAGÃO et al., 2020). 16 4.1.3.1.2. Reconhecendo indícios de futuro feminicídio Smith (apud MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021) propõe o modelo definindo em oito sequências até a chegada do homicídio e em todas essas etapasa mulher pode notar o perfil violento e saber como agir: (MADEIRA; FURTADO; DILL, 2021) I. Pré-relacionamento: mulher pode notar o perfil agressivo ao pesquisar registros policiais em nome da pessoa ou se preparar com relatos de ex-parceiros; II. Início do relacionamento: pode-se notar o perfil por possessividade, excesso de declarações de amor e ciúme; III.Relacionamento: é notado com controle coercitivo; IV.Gatilhos: são situações que geram ameaça ao agressor como uma possível separação, problemas financeiros, ou até mesmo doenças físicas e mentais; V. Escalada da violência: é a demonstração de um aumento na frequência e na severidade do controle; VI. Mudança de pensamento: mudança do amor pela vingança por se sentir injustiçado e humilhado despertando o interesse em matar; VII. Planejamento: surge quando o desejo de matar é despertado então o agressor se prepara de modo calculista comprando armas e considerando episódios em que a vítima possivelmente se encontrará sozinha, perseguindo e ameaçando; VIII. Homicídio: o resultado do planejamento onde pode-se observar a tentativa com marcas de violência extrema ou a efetivação com uma vítima ou mais de morte suspeita ou desaparecimento. 4.1.3.2. Violência Psicológica A violência física é caracterizada pela ação ou omissão que coloque em risco ou cause danos à integridade física de uma pessoa, podendo causar lesões internas, externas ou ambas (SANTINON, et. Al; 2012), danos emocionais e/ou diminuição da autoestima da mulher, afeta a confiança em si mesma, depressão, problemas psicológicos etc., são geralmente causados por situações de humilhação, desprezo, rebaixamento, insulto, chantagem, ameaça, isolamento e muitos outros fatores (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021). A violência física é a mais conhecida pelos diferentes grupos sociais, pois é considerada a mais fácil de se identificar a olho nu. Mas muitas das vezes apenas a 17 identificação não é o suficiente, é necessário que haja o ato de acolher aquela mulher, conversar, orientar e analisar para que possa identificar os outros tipos de violência, já que muitas das vezes a violência física pode estar associada com outras violências. (SILVA et. al; 2022) 4.1.3.2.1. Impactos da violência psicológica: Difícil de ser identificada, silenciosa, expressa através de insultos e constrangimentos causando danos à autoestima, Inclui: ameaças, ofensas, xingamentos, humilhações, chantagem, cobranças de comportamento, discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, as vítimas são proibidas de sair de casa, sendo obrigadas a viver em isolamento sem contatos de amigos e familiares, são impedidas de usarem seu próprio dinheiro. Mulheres que sofrem violências psicológicas adoecem com mais facilidade, o qual sente-se desvalorizada, desenvolvem ansiedade e depressão; diante do agravo tem risco maior de cometer suicídios (SILVA; COELHO; CAPONI. 2007). 4.1.3.3. Violência Patrimonial Violência patrimonial é caracterizada pelo controle de uma das partes proprietárias do patrimônio, onde uma parte controla as finanças de forma errada ou vantajosa para si mesmo, podendo ameaçar as outras partes, destruindo documentos, bens pessoais, objetos e outras questões focando no bem próprio; são ações que retenham, subtraiam, destruam parcialmente ou totalmente seus pertences, sejam eles de qualquer natureza. (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021). É marcada historicamente há uma normalização sociocultural da violência, onde, em sua construção social a mulher é vista como submissa a agressividade masculina (PAIXÃO et. al, 2018). 4.1.3.3.1. Impactos da violência patrimonial: o agressor, mesmo tendo recursos financeiros, deixa de pagar pensão alimentícia, afeta o patrimônio através das ações, omissões e comportamentos incluindo os danos aos bens comuns ou próprios por meio da transformação, subtração, destruição parcial ou total dos seus objetos, distração, dano, perda, limitação, documentos pessoais, bens, valores e direitos patrimoniais, instrumentos de trabalhos, incluindo com que satisfaçam suas necessidades (CARNEIRO; et al 2019). 18 4.1.3.4. Violência Sexual Violência sexual é o ato de manter ou induzir uma relação sexual sem o consentimento ou vontade do parceiro com uso de ameaça, chantagem, intimidação, matrimônio como obrigação, prostituição forçada, suborno, força físicas, psicológicas, uso de armas, drogas, sedução e outros (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; SILVA; COELHO; CAPONI, 2007). 4.1.3.4.1. Impactos da violência sexual: é um problema mundial que causa danos à saúde física, mental, sexual e reprodutiva; é o tipo de violência que mais acomete as mulheres no Brasil sendo um estupro a cada 8 minutos, e tem como consequência na mulher além dos problemas de saúde, repercussões negativas e duradouras sobre a saúde sexual e reprodutiva como dificuldade em se relacionar com pessoas do sexo oposto, (SANTOS et al., 2021; LATHAM et al; 2021), bloqueio durante o ato sexual por falta de libido e orgasmo, ganho de peso, ausência de cuidado evitando chamar atenção, baixa autoestima e problemas emocionais. Através dos transtornos pós-traumáticos as mulheres desenvolvem quadros depressivos, ansiedades, alterações do sono, comportamento suicidas etc. Essas violências excedem o limite de sua liberdade tornando um problema de saúde mental. (SILVA; VAGOSTELLO 2017) 4.1.3.5. Violência Moral A violência moral é aquela que afeta a integridade moral da pessoa, atingindo aquilo que a pessoa acredita e defende; é configurada como uma difamação ou injuria contra a mulher (ALVES, 2005; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; SOUZA, et. al; 2021). Se caracteriza como xingamentos, ofensas, vazamento de fotos ou vídeos íntimos, ou qualquer ato que visa difamar a vítima. Esta violência é reforçada e conhecida principalmente pelo surgimento da Lei Maria da Penha, que tem como foco uma proteção maior e mais abrangente, gerando assim uma punição digna para o agressor. (SOUZA et al; 2021; CARNEIRO; et al 2019) Para a própria segurança da mulher que sofre de violência doméstica, existe algumas formas de proteção, como medidas protetivas, assistência da defensoria pública, uma queixa-crime contra o agressor, entre outros. Essas medidas buscam proporcionar segurança, justiça e reparação de danos morais para estas mulheres. (SOUZA et al; 2021) 19 4.1.3.5.1. Impactos da violência moral: pode gerar agravos físicos e morais como depressão ansiedade, nervosismo, sociofobia, pânico, autoestima baixa, melancolia, apatia, falta de concentração, cansaço, enxaqueca e problemas no aparelho gastrointestinal, transtorno de estresse pós-traumático, estresse e distúrbios de sono (MESQUITA et al, 2017). 4.1.3.6. Impactos Gerais das Violências Algumas mulheres relataram mudanças em relação ao corpo e o sexo, como o afastamento; práticas de automutilação, transtorno alimentar, alcoolismo, dependência em drogas, depressão, ideações e tentativas de suicídio, fobias, dificuldades de se relacionar socialmente e problemas de autoestima, sentimento de culpa e vergonha, comportamentos depreciativos, insatisfação, baixa autoestima, autodesprezo, dores crônicas e até mesmo o óbito; ou seja afeta as relações de saúde, educação, trabalho, bem-estar econômico, as relações sexuais, mentais, físicas e sociais (SANTOS et al, 2020; PATROCINO; BEVILACQUA, 2021; SOUSA; SANTOS; ANTONIETTI, 2021; SILVA; et al 2021). Comparada com as violências físicas e sexuais, a violência psicológica em mulheres de baixa renda e sem estudo estão mais propensas a serem instaladas podendo desenvolver problemas psiquiátricas. Mulheres portadoras de depressão desenvolve perda de interesse sexual, se isolam da família, tem dificuldade para relacionar com parentes e amigos e quando são vítimas de estupro sofrem de insegurança e temem que possa acontecer novamente o abuso sexual (SILVA; VAGOSTELLO 2017). A violência psicológica é uma violência velada, tendo em vistaque a maioria das pessoas só pensam em agressões físicas. Muitos ainda não veem as agressões psicológicas como formas de violência. Na verdade, esta forma de violência é muito mais frequente, é tão tóxica e prejudicial quanto à violência física. Ela causa feridas emocionais profundas nas vítimas, as quais levam muitos anos para cicatrizar. (TEIXEIRA; PAIVA 2021) Um relacionamento violento, pode ser definido por várias formas de violência, não somente por socos e empurrões, mas por meio de agressões psicológicas que podem ocorrer em qualquer tipo de relacionamento, porém é mais comum serem percebidas em relações afetivas (TEIXEIRA; PAIVA 2021). A violência psicológica e violência moral, são silenciosas e se expressam por meio de insultos ou constrangimentos, fazendo com que se sintam mal a respeito de si mesma, além de serem ridicularizadas e humilhadas diante de outras pessoas. (SILVA; et al 2021) 20 Silenciamento: motivado pelo interesse em manter a união da família, a dependência financeira e emocional, a falta de apoio da família e da comunidade, o medo, a insegurança, as ameaças, a sensação de impunidade; a pobreza e a falta de opções de moradia, vergonha, para não ser culpada por ter afetado o convívio do pai com os filhos, por desinformação, por despreparo e por sentimento de impotência; então acabam não denunciando ao Disque 180 ou ao Disque 100 (denuncia de violações dos direitos humanos). (REIGADA; SMIDERLE, 2021; LUDEMIR; SOUZA, 2021; SILVA; NOGUEIRA, 2020; PATROCINO; BEVILACQUA, 2021; SILVA et al, 2015; SOUZA et al. 2021). 4.1.4. MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) uma maneira de promover a saúde das pessoas vítimas de violência é a disponibilização de cartazes indicando os números de ajuda, evitar a liberação provisória de prisioneiros que praticaram violência contra mulher, a ampliação de abrigos para mulheres em situação de violência entre outras ações (REIGADA; SMIDERLE, 2021). É necessária uma análise ampla dos fatores de risco social, para que haja uma intervenção e assim possam ser reduzidos ou excluídos, também é de extrema importância potencializar os fatores de proteção social. Durante a pandemia do COVID-19, alguns fatores de risco se aprofundaram, como convivência com o agressor em tempo integral, distanciamento social, medo e insegurança, renda instável, uso de álcool e drogas, conflitos, entre outros. (Governo de Santa Catarina; 2021) As vítimas de violência doméstica devem contar com um sistema de apoio, ou seja, alguém com quem possam contar, uma pessoa ou parente, ou até mesmo sistemas institucionais (como o SUS). O isolamento social acaba prejudicando esse sistema de apoio, já que restringe o contato social daquela mulher vítima de violência. Por isto, é imprescindível que os profissionais que trabalham na proteção e cuidado estejam aptos para o acompanhamento e suporte da vítima. (Governo de Santa Catarina; 2021) 4.1.4.1. Notificação dos casos de violência doméstica A Notificação deverá ser feita pelo Registro dos dados na ficha do SINAM, de forma obrigatória e imediata, regra implementada desde 2006. Após o registro, deverá ser 21 realizado o Encaminhamento à Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. (Governo de Santa Catarina; 2021) 4.1.4.2. Legislações: Existe uma Legislação específica para cada vítima de violência doméstica e no caso das mulheres utiliza-se como pilar, a Lei Maria da Penha (11.340/2006), que visa a proteção para as mulheres vítimas de violência doméstica. Possui fatores de proteção tais como, medidas protetivas, medidas disciplinares ou educativas para o agressor, penalidade para agressores que são parceiros íntimos da vítima, entre outros específicos. (Governo de Santa Catarina; 2021) Mulheres vítimas de violência precisam receber um apoio social e jurídico, por muitas vezes acabarem arcando com certas injustiças após os episódios de violência, dentre estas injustiças podemos citar o desemprego, o absenteísmo e a perda de produtividade que resultam de uma deficiência que foi causada à vítima. Além disso a vítima de violência física deve contar com o apoio do APS (Atenção Primária à Saúde), que tem como função prevenir, identificar, denunciar, atender e coordenar o atendimento às vítimas de violência em geral, incluindo a física. (SILVA et. al; 2022) 4.1.4.3. Unidades de saúde Os profissionais de saúde devem estar alertas e buscar medidas de contato com os pacientes, para que em casos de violência doméstica, as vítimas saibam como recorrer ao profissional seja por meio de mensagem, encontros ou outros. Além disso esses profissionais são responsáveis pela criação de ações de promoção com eventos realizados especialmente para vítimas de violência doméstica, com horários e locais definidos, para que a vítima possa receber conhecimento e ajuda por meio de: (Governo de Santa Catarina; 2021) • Divulgação dos contatos uteis para as vítimas (UBS, conselho tutelar, 180...); • Preparo das equipes de Atenção Primária para que cumpram suas funções; conscientização da comunidade para que haja um apoio e conhecimento maior; os cuidados de atenção psicossocial podem ser usados tanto para um desabafo da vítima, como pode ser um fator de proteção, prevenindo surtos de estresse no ambiente doméstico; 22 • Humanização, atendimento reservado e confortável seja numa suspeita numa confirmação garantindo o sigilo e a privacidade da vítima.; • Oferta de atendimento clínico, visando o cuidado do estado físico do paciente em lesões decorridas da violência. • Realização de perguntas simples e direta, de modo empático evitando questionamentos repetitivos. Após esse processo é necessário passar tudo para o prontuário (exames, relatos, história do ocorrido e tudo o que possa ser usado para ajudar no caso da vítima). • Atuação multidisciplinar atrelado aos sistemas de redes de apoio, para um melhor acolhimento da vítima. 4.1.4.4. Redes de Apoio: • Disque 180 - central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. • Disque 181 Denúncia - central de Atendimento para denúncia de crimes e delitos gerido pela Secretaria de Segurança Pública. • Disque 190 - atendimento Emergencial da Polícia Militar. • Ministério Público, Defensoria Pública, Atendimentos na DPCAMI, WhatsApp Denúncia (48) 98844-0011, Centros de Referência de Apoio às Mulheres (CRM), Aplicativo do Sistema Integrado Nacional de Direitos Humanos (sindh), Aplicativo PenhaS, ISA.bot, Ouvidoria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Centro de Valorização da Vida. (Governo de Santa Catarina; 2021) 23 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa de revisão bibliográfica desenvolvida com o propósito de demonstrar pontos relevantes em torno da violência domiciliar definindo seus tipos que são em ordem decrescente de risco as Violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral, comparando os sintomas resultantes sendo estes a destruição de objetos pessoais, cárcere de privado, hematomas pelo corpo, depressão e ansiedade, humilhações, estupro e feminicídio, possibilitando a caracterização das medidas de enfrentamento. Em suma, compreendemos que as condições de violência são grande problema de saúde pública, portanto, é de interesse populacional e dos profissionais de saúde auxiliar nessa questão que eleva diretamente a curva da mortalidade feminina considerando que agentes externos são os principais causadores dessa mortalidade, através da criação de ações que possibilitem o empoderamento feminino. 24 REFERÊNCIAS: ALVES, Cláudia. Org. Violência Doméstica. 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Disponível em: <http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/rede-unida/article/view/2311> Acesso em: 27 mar. 2022. SOUZA, Marli Aparecida Rocha de et al. Percepção das mulheres em situação de violência sobre o apoio formal: Scoping review. Esc. Anna Nery; v. 25, n. 2, e20200087, 2021. Disponível em <http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452021000200208&l ng=pt&nrm=iso>. acesso em: 27 mar. 2022. TEIXEIRA Júlia Magna da Silva; PAIVA Sabrina Pereira. Violência contra a mulher e adoecimento mental: Percepções e práticas de profissionais de saúde em um Centro de Atenção Psicossocial. TEMA LIVRE, Physis v.31 n.02. 2021. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/physis/a/7CRjQTCrkX7RXrC7XFT3jDs/> Acesso em: 05 maio 2022 31 APÊNDICE I: ARTIGO 2 TÍTULO A institucionalização das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres no Brasil. AUTORES MARTINS, Ana Paula Antunes; CERQUEIRA, Daniel; MATOS, Mariana Vieira Martins. PERIÓDICO/ANO Brasília: Ipea, 2015. 37 p. DESCRITORES Políticas públicas. OBJETIVOS O artigo consiste na compreensão das políticas públicas para mulheres que sofrem com a violência, visando uma observação de dados para conscientização da realidade dessas mulheres e descobrir sobres seus direitos e políticas de segurança que muitas vezes não são divulgados para o público-alvo. MÉTODO Gráficos, relatos e artigos foram utilizados para a comparação de casos e compreensão, obtendo assim um artigo explicativo e comparativo em relação a quem sofre violência e quais medidas as protegem. PRINCIPAIS RESULTADOS - Lei Maria da Penha foi um dos principais resultados das políticas públicas para as mulheres, o artigo cita este grande marco voltando a nos lembrar sua devida importância. - A Secretaria de políticas públicas para as mulheres vem elaborando desde 2003 uma tentativa de cooperação para garantir a união no país para defender a temática. ARTIGO 3 TÍTULO Violência Doméstica AUTORES ALVES, Cláudia. PERIÓDICO/ANO Coimbra: SciELO, 2005, 28p. DESCRITORES Violência doméstica. OBJETIVOS Compreender os conceitos e tipos de violência, para saber identificar, prevenir e intervir para a saúde física, mental, moral, sexual, psicológica e patrimonial da mulher. MÉTODO Com base em umapesquisa profunda sobre a realidade das mulheres através de gráficos e notícias, foi possível elaborar o artigo para conscientizar as pessoas. PRINCIPAIS RESULTADOS Os resultados se baseiam na conscientização pessoal e coletiva, onde podemos compartilhar o conhecimento adquirido e ter em mente o quanto as políticas públicas e a sociedade precisam melhorar em vários ARTIGO 1 TÍTULO Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. AUTORES CZERESNIA, Dina; and FREITAS, Carlos Machado de PERIÓDICO/ANO Rio de Janeiro: rev. and ent. 2009. DESCRITORES Promoção da saúde. OBJETIVOS O livro aborda de forma detalhada 8 artigos relacionados à promoção da saúde, possibilitando uma visão mais ampla e detalhada sobre a temática, abordando assuntos como saúde, risco, vulnerabilidade, intersetorialidade e vigilância. O que possibilita ao leitor uma compreensão mais direta e pessoal da promoção da saúde. MÉTODO Discussão sobre os conceitos, abordando diferentes visões e análises específicas para uma compreensão aprofundada. PRINCIPAIS RESULTADOS - Compreensão da amplitude da promoção da saúde. - Diferenciação entre os conceitos. 32 aspectos. Precisamos investir e defender as vítimas, de forma legal, defendendo seus direitos e punindo quem os viola. ARTIGO 4 TÍTULO Estatísticas de Gênero Indicadores sociais das mulheres no Brasil. AUTORES IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. PERIÓDICO/ANO IBGE, 2018. DESCRITORES Estatísticas de gênero. OBJETIVOS Comparação entre os privilégios e riscos entre mulheres e homens, associados a emprego, violência, estudo e diversos outros fatores que afetam diretamente na vida de ambos. Com base nestes fatores podemos observar a desigualdade social e de gênero. MÉTODO Gráficos comparativos, dados registrados ao longo dos anos e relatos foram utilizados neste artigo para a sua elaboração. PRINCIPAIS RESULTADOS Na grande maioria as mulheres obtiveram grande porcentagem em questões desfavoráveis, como emprego e questões estruturais como os afazeres domésticos, o que nos proporciona uma visão clara de que algo ainda precisa ser feito para gerar uma mudança na vida de todas as mulheres. ARTIGO 5 TÍTULO Associação entre a violência e as características socioeconômicas e reprodutivas da mulher AUTORES LEITE, Franciéle Marabotti PERIÓDICO/ANO Cadernos Saúde Coletiva [online]. v. 29, n. 2. pp. 279-289, 2021. DESCRITORES Violência doméstica OBJETIVOS Verificar a associação entre a violência perpetrada por parceiro íntimo ao longo da vida e as características socioeconômicas e reprodutivas da mulher. MÉTODO Estudo transversal, realizado em 2014, em 26 unidades de saúde, no município de Vitória, Espírito Santo. Amostra com 991 mulheres, de faixa etária entre 20 e 59 anos, com parceiro íntimo nos 12 meses anteriores à entrevista. Os dados socioeconômicos, as características reprodutivas e os três tipos de violência contra a mulher (psicológica, sexual ou física) foram coletados. Na análise dos dados, foram empregados o teste qui-quadrado, com nível de significância de 5%, e a regressão de Poisson, para obter as razões de prevalência bruta e ajustada para fatores de confusão. PRINCIPAIS RESULTADOS O modelo final ajustado mostrou que a violência física, psicológica e sexual se associou à escolaridade, situação conjugal, recusa do parceiro a usar preservativo nas relações sexuais, número de parceiros sexuais no último ano e número de filhos. A primeira relação sexual forçada permaneceu associada à violência sexual, assim como a idade da coitarca com a violência física e psicológica. 33 ARTIGO 6 TÍTULO Análise das vivências de violência doméstica em mulheres evangélicas pentecostais e neopentecostais AUTORES NUNES, Ana Clara de Arruda. SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo. PERIÓDICO/ANO SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo. Revista da SPAGESP, v. 22, n. 2, p. 58-72, 2021 DESCRITORES Violência doméstica; Religião OBJETIVOS teve como objetivo analisar as vivências de violência doméstica em mulheres evangélicas pentecostais e neopentecostais. MÉTODO Foi realizada pesquisa qualitativa de caráter analítico fundamentada nos pressupostos teóricos da Psicologia Sócio-histórica e da literatura Feminista. PRINCIPAIS RESULTADOS A violência doméstica vem de diversos fatores como o machismo impregnado na sociedade, patriarcado e a hierarquização que estão no dia a dia na sociedade de diferentes formas, sendo as principais: a física, a sexual, a moral, a patrimonial e a psicológica. E diante disso, mostra a complexidade da relação entre a violência doméstica e o contexto religioso, além disso, há valores religiosos que legitimam o patriarcado e a dominação masculina, além de contribuírem para a manutenção dos relacionamentos violentos. ARTIGO 7 TÍTULO Divulgação não autorizada de imagem íntima: danos à saúde das mulheres e produção de cuidados AUTORES PATROCINO, Laís Barbosa. BEVILACQUA, Paula Dias PERIÓDICO/ANO Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. v. 25, 2021 DESCRITORES Violência contra a mulher; Violência sexual; Exposição da intimidade OBJETIVOS Objetivou-se analisar os danos à saúde das mulheres que tiveram imagens íntimas divulgadas sem autorização, bem como os cuidados em saúde necessários nessas situações MÉTODO A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas em profundidade com 17 mulheres que tiveram imagens íntimas divulgadas sem autorização e com dez profissionais de saúde e da assistência social que atenderam mulheres nessa situação. O recrutamento das participantes foi feito mediante divulgação. As entrevistas tiveram duração média superior a setenta minutos. Os registros narrativos das entrevistas foram enviados às participantes para validação PRINCIPAIS RESULTADOS Existem vários métodos em que as mulheres são expostas, assim como há diversas motivações para a ocorrência, podendo envolver afirmação da masculinidade, controle e condenação da sexualidade das mulheres, vingança, comercialização e extorsão. As experiencias relatas na pesquisa, abrangeram essas situações, e um exemplo disso é no âmbito familiar e das foram relatadas diversas consequências para a Saúde Mental das mulheres 34 ARTIGO 8 TÍTULO Violência contra a mulher e sua associação com o perfil do parceiro íntimo: estudo com usuárias da atenção primária AUTORES LEITE, Franciéle Marabotti, LUIS, Mayara Alves. AMORIM, Maria Helena Costa PERIÓDICO/ANO Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. v. 22, 2019. DESCRITORES Violência contra a mulher OBJETIVOS Verificar associação entre a história de violência contra a mulher e características sociodemográficas e comportamentais do parceiro íntimo. MÉTODO Estudo transversal realizado com 938 mulheres usuárias da atenção básica de saúde, com idade entre 20 e 59 anos e que no momento da entrevista possuíam parceiro íntimo. PRINCIPAIS RESULTADOS O resultado mostra que a violência psicológica, física e sexual, estão relacionadas com a escolaridade, a idade, número de parceiros sexuais no último ano e número de filho, a recusa de preservativo por parte do parceiro, além disso, a maioria das mulheres em sua primeira relação sexual estão associadas a violência sexual ARTIGO 9 TÍTULO Violências contra a mulher e as práticas institucionais. AUTORES BRASIL, Ministério da Justiça. PERIÓDICO/ANO Brasília: Ministério da Justiça, 109p; 2015. DESCRITORES Direito; Direito Penal; Violência contra a mulher; Violência doméstica e familiar; Medida Protetiva. OBJETIVOS Produzir conteúdo para utilização no processo de tomada de decisão da Administração Pública na construção de políticas públicas. MÉTODO Investigação dirigida à obtenção de dados que nos embasassem nas propostas de alterações legislativas e administrativas, especificamente das medidas cabíveis às Defensorias Públicas, no atendimento às vítimas nos Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. PRINCIPAIS RESULTADOS Nestas duas leis pode produzir resultados inversos ao pretendido com a criaçãoda Lei Maria da Penha, reduzindo a importância dos conflitos levados ao Poder Judiciário e aumentando a violência contra as mulheres que buscam sua proteção. ARTIGO 10 TÍTULO Contexto da Violência Conjugal em Tempos de Maria da Penha: Um Estudo em Grounded Theory. AUTORES CARNEIRO, Jordana Brock et al. PERIÓDICO/ANO Curitiba: Cogitare enferm; v. 24, 2019. DESCRITORES Violência; Violência Contra a Mulher; Enfermagem de Atenção Primária; Saúde Pública; Políticas Públicas de Saúde OBJETIVOS Desvelar o contexto da violência conjugal experienciados por mulheres em processo judicial MÉTODO Pesquisa qualitativa baseada na Grounded Theory, realizado com 29 mulheres em processo judicial por violência conjugal e os nove 35 profissionais que atuam junto a duas Varas de Justiça pela Paz em Casa, na Bahia, Brasil. A coleta dos dados foi realizada no período de janeiro a maio de 2015. PRINCIPAIS RESULTADOS Em que pese a Lei Maria da Penha, o estudo revela que as relações conjugais das mulheres são permeadas por abusos físicos, sexuais, psicológicos, morais e patrimoniais, inclusive expulsão do lar. ARTIGO 12 TÍTULO Políticas Públicas: uma revisão da literatura AUTORES SOUZA, Celina PERIÓDICO/ANO Porto Alegre: Sociologias, 2006, p. 20-45. DESCRITORES Políticas públicas OBJETIVOS Minimizar a lacuna da ainda escassa tradução para a língua portuguesa da literatura sobre políticas públicas e, ao rever as principais formulações teóricas e conceituais mais próximas da literatura específica sobre políticas públicas e da literatura neo-institucionalista, contribuir para seu teste empírico nas pesquisas sobre políticas públicas brasileiras. MÉTODO A primeira introduz os principais conceitos, modelos analíticos e tipologias específicos da área de políticas públicas. A segunda discute as possibilidades de aplicação da literatura neo-institucionalista à análise de políticas públicas. PRINCIPAIS RESULTADOS O principal foco analítico da política pública está na identificação do tipo de problema que a política pública visa corrigir, na chegada desse problema ao sistema político (politics) e à sociedade política (polity), e nas instituições/regras que irão modelar a decisão e a implementação da política pública ARTIGO 11 TÍTULO Políticas Públicas - Conceitos e Práticas. AUTORES SEBRAE. PERIÓDICO/ANO Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2008. p. 48. DESCRITORES Políticas públicas OBJETIVOS Apresentar conceitos e práticas de Políticas Públicas, de uma forma clara e não acadêmica, a pessoas interessadas, independentemente de serem especialistas ou não no tema. MÉTODO Sendo fato que as Políticas Públicas afetam a todos, nada mais razoável do que produzir um Manual de fácil compreensão e acessível a todos os atores que, direta ou indiretamente, lidam com essa questão no seu dia a dia, seja por meio da articulação ou por meio da intervenção, no decorrer de sua prática profissional. PRINCIPAIS RESULTADOS • Coordenação e consolidação do Fórum Permanente de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; • Atendimento a 2.940 empresas, até o final de 2006, pelo Programa de Extensão Industrial Exportadora (PEIEx); • Apresentação de 19 planos de desenvolvimento para APLs; • Instalação de oito Núcleos Estaduais de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais; • Implantação de 1.154 telecentros de informação e negócios. 36 ARTIGO 13 TÍTULO Política Nacional de Promoção da Saúde: PNPS: Anexo I da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do SUS AUTORES BRASIL, Ministério da Saúde PERIÓDICO/ANO Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 40 p. DESCRITORES Promoção da saúde OBJETIVOS Promover a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais. MÉTODO Esta nova versão da Política Nacional de Promoção da Saúde toma por fundamento o próprio SUS, que traz em sua base o conceito ampliado de saúde, o referencial teórico da promoção da saúde e os resultados de suas práticas desde a sua institucionalização. PRINCIPAIS RESULTADOS A reelaboração da PNPS é oportuna, posto que estabelece diálogo com os novos marcos nacionais e internacionais, garante os princípios e as diretrizes do SUS e reconhece a constante necessidade de qualificar e atualizar as ações e os serviços prestados pelos gestores e pelos trabalhadores do SUS, revendo o papel do setor Saúde na articulação e na indução de outras políticas públicas. ARTIGO 14 TÍTULO Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes AUTORES BRASIL, Ministério da saúde PERIÓDICO/ANO Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 82 p. DESCRITORES Política pública para mulheres OBJETIVOS Propor diretrizes para a humanização e a qualidade do atendimento tendo como base os dados epidemiológicos e as reivindicações de diversos segmentos sociais para apresentar os princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher para o período de 2004 a 2007. MÉTODO Dentro da perspectiva de buscar compreender essa imbricação de fatores que condicionam o padrão de saúde da mulher, este documento analisa, sob o enfoque de gênero, os dados epidemiológicos extraídos dos sistemas de informação do Ministério da Saúde e de documentos elaborados por instituições e pessoas que trabalham com esse tema. PRINCIPAIS RESULTADOS A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico. Outras variáveis 37 como raça, etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos. ARTIGO 15 TÍTULO As políticas públicas para mulheres no brasil: avanços, conquistas e desafios contemporâneos. AUTORES PONTES, Denyse; DAMASCENO, Patrícia. PERIÓDICO/ANO Florianópolis: Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress (Anais Eletrônicos), 2017. 11 p. DESCRITORES Políticas públicas para as mulheres OBJETIVOS Apresentar importantes contribuições da luta do movimento feminista para a construção histórica de políticas para mulheres que incorporem as demandas para mulheres, os desafios, avanços em torno dessas políticas e como vêm se redesenhando no atual governo federal brasileiro. MÉTODO Pesquisa bibliográfica buscou-se dialogar com pensadores nas áreas de políticas públicas e gênero, dentre eles, Farah (2005), Saffioti (2007), Ferreira (2007) e Said (2014), de forma a fortalecer as bases analíticas para a investigação do objeto de estudo que revelaram que o atual projeto político do país vem desenvolvendo frentes, organicamente vinculadas, que bem encarnam elementos do seu projeto conservador: privatização e cortes dos chamados gastos sociais com a destituição de direitos e desmonte de políticas sociais para mulheres. PRINCIPAIS RESULTADOS É possível constatar a importância da atuação dos movimentos de mulheres para a conquista e efetivação de direitos, mas pode-se inferir que a luta por políticas públicas, sua implementação e o controle social dessas políticas podem ser também lócus de crítica, reação e resistência ao capitalismo, ao patriarcado e ao racismo. ARTIGO 16 TÍTULO II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres AUTORES BRASIL, Presidência da República PERIÓDICO/ANO Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2008. 236 p. DESCRITORES Políticas públicas para as mulheres OBJETIVOS Reafirmar o entendimento de que os Planos Nacionais expressam conjunturas específicas eque a política nacional é a linha mestra das diferentes ações que integram os planos nacionais. MÉTODO A metodologia de revisão do PNPM refletiu os avanços já mencionados, ao transferir para o seu Comitê de Articulação e Monitoramento a responsabilidade pela condução do processo. Foram convocados não apenas os órgãos que já integravam o Comitê, mas também representantes dos novos setores governamentais que passaram a constituí-lo frente às emendas surgidas na II CNPM. PRINCIPAIS RESULTADOS Muito ainda se tem por fazer para que a igualdade de gênero e de raça/etnia se efetive em nosso país. Os princípios e pressupostos definidos na Política Nacional para as Mulheres, assumidos pelo Brasil, indicam os caminhos a seguir. 38 ARTIGO 17 TÍTULO Violência contra a mulher: agressores usuários de drogas ilícitas. AUTORES SILVA, Camila Daiane PERIÓDICO/ANO Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, vol. 7, núm. 2, 2015, pp. 2494-2504. DESCRITORES Violência contra a mulher OBJETIVOS Delinear o perfil dos agressores usuários de drogas ilícitas e das vítimas, e identificar as formas de violência denunciadas na Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento às Mulheres. MÉTODO Estudo documental, com 195 inquéritos, constantes nos arquivos da DEAM entre outubro de 2011 e março de 2012, referentes à violência contra a mulher, cujos agressores eram usuários de drogas ilícitas. PRINCIPAIS RESULTADOS Na maioria dos casos, os agressores eram homens, brancos, entre 16 e 57 anos, com ensino fundamental incompleto e, além das drogas ilícitas, estavam sob o efeito de bebida alcoólica no momento da agressão. As vítimas eram brancas, entre 18 e 84 anos, com ensino fundamental completo, cinco possuíam curso superior. A principal forma de violência denunciada foi a física. ARTIGO 18 TÍTULO Análise da efetividade da Lei Maria da Penha e dos Conselhos Municipais da Mulher no combate à violência doméstica e familiar no Brasil AUTORES AMANCIO, Geisa Rafaela.; FRAGA, Thaís Lima; RODRIGUES, Cristiana Tristão. PERIÓDICO/ANO Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 171-183, 2016. DESCRITORES Lei Maria da Penha OBJETIVOS Avaliar a efetividade da Lei Maria da Penha na redução do estupro e tentativa de estupro, entre 2005 e 2013; verificar a influência dos Conselhos Municipais da Mulher na redução dos casos de violência contra a mulher, para os anos de 2009, 2011, 2012 e 2013 MÉTODO Exame analítico descritivo PRINCIPAIS RESULTADOS Mostrou que não houve redução das denúncias de estupro e tentativa de estupro durante o período, e o modelo econométrico, utilizando painel com efeitos aleatórios, confirmou a influência dos Conselhos Municipais. ARTIGO 19 TÍTULO Conflitos éticos e limitações do atendimento médico à mulher vítima de violência de gênero. AUTORES SOUZA, Angela Alves Correia de; CINTRA, Raquel Barbosa PERIÓDICO/ANO Revista Bioética [online], v. 26, n. 1, pp. 77-86, 2018. DESCRITORES Atendimento violência contra a mulher 39 OBJETIVOS identificar as principais dificuldades, incluindo conflitos éticos, encontradas pelos médicos na abordagem de pacientes vítimas desse tipo de violência. MÉTODO Revisão da literatura. PRINCIPAIS RESULTADOS Concluiu-se que o maior entrave advém do próprio profissional de saúde e envolve fatores que variam desde formação inadequada até a ocorrência de conflitos morais e éticos que culminam na culpabilização e responsabilização das vítimas pela situação de violência em que se encontram. ARTIGO 20 TÍTULO Moradia, patrimônio e sobrevivência: dilemas explícitos e silenciados em contextos de violência doméstica contra a mulher. AUTORES LUDEMIR, Raquel. SOUZA, Flavio. PERIÓDICO/ANO Revista brasileira de estudos urbanos e regionais, v. 23, 2021. DESCRITORES Moradia, Segurança da Posse, Violência Doméstica, Violência Patrimonial, Mulher, Gênero, Recife OBJETIVOS Explorar como disparidades de gênero em relação à moradia e patrimônio se constroem e se reproduzem em contextos de violência doméstica contra a mulher, apesar dos recentes avanços legais no Brasil. MÉTODO Por meio de uma abordagem feminista qualitativa, o artigo examina as trajetórias de moradia de mulheres antes, durante e depois de relacionamentos abusivos e em situações aparentemente não violentas no Recife. PRINCIPAIS RESULTADOS Revela como desigualdades materiais e socialmente construídas, somadas às lacunas entre leis, políticas e sua implementação, expõem mulheres a dilemas cruciais, como sair de casa para sobreviver ou tolerar violência para ter onde morar. Para além das consequências, este artigo analisa os processos por meio dos quais a violência doméstica alimenta o déficit habitacional e a maneira como a violência patrimonial tem sido invisibilizada a despeito de seu reconhecimento legal. Expõe ainda contradições nos programas habitacionais e de regularização fundiária que podem silenciar as mulheres, mesmo quando alegam empoderá-las. ARTIGO 21 TÍTULO Práticas profissionais em situações de violência na atenção domiciliar: revisão integrativa. AUTORES MAIA, Mariana Almeida et al. PERIÓDICO/ANO Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 25, n. 9, pp. 3587-3596, 2020. DESCRITORES Atuação em situações de violência OBJETIVOS Descrever as práticas de profissionais de saúde em situações de violência nos cuidados da Atenção domiciliar. MÉTODO Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017 nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE. PRINCIPAIS RESULTADOS As situações de violência mais encontradas foram abuso em idosos e crianças e violência doméstica em mulheres e crianças. ARTIGO 22 TÍTULO Assistência de enfermagem às mulheres em situação de violência sexual: revisão integrativa. AUTORES SANTOS, Davydson Gouveia et al. PERIÓDICO/ANO Revista Enfermagem UERJ, [S.l.], v. 29, p. e51107. 2021.TP DESCRITORES Violência sexual 40 OBJETIVOS Descrever a atuação do enfermeiro no atendimento às mulheres em situação de violência sexual a partir da literatura. MÉTODO Pesquisa bibliográfica na modalidade revisão integrativa da literatura, com busca dos estudos primários publicados entre 2015 a 2019, realizada em abril de 2020, em sete bases de dados, sendo selecionados e analisados dez artigos. PRINCIPAIS RESULTADOS Da síntese das evidências, emergiram três categorias: assistência clínica medicamentosa, assistência clínica não-medicamentosa e falta de qualificação profissional, revelando insatisfação de algumas mulheres no atendimento. ARTIGO 23 TÍTULO Conversas invisíveis: assuntos falados, mas não ouvidos em consultas ginecológicas. AUTORES MENEGHEL, Stela Nazareth; ANDRADE, Daniela Negraes Pinheiro; HESLER, Lilian Zielke PERIÓDICO/ANO Ciência & Saúde Coletiva [online]., v. 26, n. 01], pp. 275-284, 2021. DESCRITORES Violência contra a Mulher OBJETIVOS Analisar conversas e identificar relatos que poderiam estar indicando uma queixa, um sinal ou um pedido de ajuda, incluindo situações de violência. MÉTODO Estudo qualitativo baseado nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise da Conversa (AC) que descreve e analisa interações face a face entre três enfermeiras e sete usuárias de serviços de atenção primária em saúde, ocorridas durante consultas para coleta do exame citopatológico. PRINCIPAIS RESULTADOS Permitiu identificar situações interacionais de (des)alinhamento, (des)filiação, reparos e temas delicados, além da ausência de escuta de tópicos específicos por parte das enfermeiras ao conduzirem as consultas. Assim, sinalizações de situações de sofrimento, mal-estar ou violências não foram exploradas, deixando de potencializar o cuidado. ARTIGO 24 TÍTULO Prevalência de violência contra a mulher e suas repercussões na maternidade. AUTORES RODRIGUES, Priscila Alberton; CICOLELLA, Dayane de Aguiar; MARIOT Márcia Dornelles Machado. PERIÓDICO/ANO J. nurs. health.; v. 11 n. 1: e2111119459, 2021. DESCRITORES Violência contra a Mulher OBJETIVOS Verificar a prevalência de violência contra a mulher e as suas repercussões no processo de maternidade.
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