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Marketing e sistema de informação Profª. Amanda Lobo Pires Descrição Importância da busca, análise, interpretação e do armazenamento da informação: seu papel no apoio ao processo decisório junto ao marketing em nutrição, para que as iniciativas sejam cada vez mais centradas no cliente. Propósito Implantar um sistema de informações de marketing (alimentado por pesquisas de mercado e por outras informações) é essencial para melhor compreensão do cenário externo e do cliente/consumidor, em que tais informações, devidamente organizadas e analisadas, servirão para a construção de um relacionamento com clientes atuais e potenciais. Objetivos Módulo 1 Sistema de informações de marketing Reconhecer a importância do sistema de informações de marketing para o processo decisório junto aos gestores de marketing. Módulo 2 Tipos de pesquisa em marketing Identificar a importância e os diferentes tipos de pesquisa em marketing. Módulo 3 Registro das informações e relacionamento com o cliente Distinguir as diferentes formas de registro das informações como ferramentas primordiais no relacionamento com o cliente. Módulo 4 Legislação e marketing em nutrição Identificar as diferentes legislações aplicadas direta e indiretamente ao marketing em nutrição. Em tempos atuais, as empresas necessitam ter algum tipo de vantagem competitiva no mercado para se destacar frente à concorrência. É essencial que os gerentes sempre chequem os fatos que ocorrem nos ambientes externo e interno das companhias. O sistema de informação de marketing (SIM) é essencial para melhorias no processo decisório da estratégia de marketing, fornecendo informações relevantes, contribuindo para promover de forma mais acertada a tomada de decisões dentro de marketing e, assim, minimizar as probabilidades de erros nas escolhas estratégicas. Um SIM bem organizado, priorizado e usado pela empresa pode ser o principal artefato competitivo para atrair, cativar e reter a clientela. Dentro de um conceito mais amplo, surgem outros processos fundamentais para o Sistema de Informação de Marketing, como é o caso da pesquisa de marketing, que ajuda na compreensão de informações externas. A pesquisa abrange planejamento, coleta, avaliação e apresentação dos dados para resolver problemas referentes à empresa, como a satisfação do cliente junto ao produto e aos serviços ofertados. Sem uma pesquisa direcionada, o que resta são dados indiretos e suposições para a tomada de decisão. No cenário centrado no cliente, o Customer Relationship Management (CRM) toma uma proporção importante como uma das vantagens competitivas de uma companhia: o CRM é uma filosofia de aproximação da empresa com a clientela. Como ferramenta, o CRM posiciona-se como um norteador para Introdução 1 - Sistema de informações de marketing Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a importância do sistema de informações de marketing para o processo decisório junto aos gestores de marketing. Conceito de sistema de informação de marketing Dentro do ambiente de marketing a informação é primordial, visto que trata de uma série de elementos relevantes, de interesse característico para a performance, a sobrevivência e o desenvolvimento de um negócio. A informação, para uma empresa, será todo e qualquer dado com notícias relevantes para auxiliar a tomada de decisões adequadas, o que é diferente do conceito de dados. Os dados são elementos representativos de fatos isolados; são afirmações, notícias, relatos que, mesmo depois de adquiridos, não servem de alicerce ou mesmo de contribuição para o processo de tomada de decisões de marketing. estratégias, metodologias e softwares voltados para empresas que buscam o cliente como foco principal. É essencial que as empresas façam usufruto das mais diferentes tecnologias disponíveis para que haja a adequada coleta e interpretação das informações para que ocorra a melhor tomada de decisões, com resultados de acordo com o esperado. A responsabilidade por identificar mudanças significativas no mercado cabe aos profissionais de marketing. Para a realização dessa tarefa, eles possuem duas vantagens, que são: Metodologias Metodologias claras para a coleta dos elementos necessários. Tempo Tempo para interagir com os clientes, observando os concorrentes e os grupos externos. Toda e qualquer empresa precisa organizar e distribuir um fluxo sucessivo e constante de informações para os gestores de marketing. Um sistema de informações de marketing (SIM) trata de funcionários, aparatos e procedimentos voltados para coleta, seleção, análise, avaliação e distribuição das informações indispensáveis, cabíveis e apropriadas aos tomadores de decisões de marketing. Tal sistema é desenvolvido a partir de dados derivados das pesquisas de marketing, registros internos da companhia em questão e da inteligência de marketing. O SIM é indispensável para uma captação eficiente e manipulação das informações, e não pode ser confundido com um banco de dados, como um armazém de elementos isolados, muitas vezes sem serventia, mantido por diversas organizações. O SIM fornece, registra e analisa dados sobre: Ambiente econômico-demográfico: população, PIB, renda, energia, compras no varejo etc.; Aspectos socioculturais: tendências, moda, hábitos e atitudes; Legislação; Avanços tecnológicos; Mercado: consumidores, canais, fornecedores, concorrentes. A sua função fica clara quando o foco é a disseminação das informações para um alerta ou para mudanças iminentes que podem alterar todo um planejamento estratégico. Atenção A simples acumulação de uma grande quantidade de relatórios e dados diversos (tanto em papel como em arquivos informatizados) não é condição suficiente para fundamentar as decisões corretas de marketing. Um SIM deve ser estruturado tendo em vista três objetivos: Operação rotineira O SIM deve ser capaz de disponibilizar informações para agilizar ou aperfeiçoar as atividades diárias normais de uma organização. Solução de problemas O SIM deve estar sempre em condições de mobilizar rapidamente informações para apoiar o enfrentamento de imprevistos. Alimentar o planejamento O SIM precisa reunir e oferecer o máximo de informações necessárias à elaboração de planos para a atuação da organização, não somente para uma ação isolada, como também para a formulação de uma nova estratégia. Um bom exemplo que temos no mercado de nutrição e alimentação é a mudança de legislação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recentemente aprovou uma nova regulamentação da rotulagem nutricional: em outubro de 2020, o Diário Oficial da União publicou a Resolução da Diretoria Colegiada 429 (RDC nº 429/2020) e a Instrução Normativa 75, que tratam sobre os novos regulamentos referentes à rotulagem nutricional de alimentos embalados. Tal informação repercute diretamente em toda a cadeia produtiva de novos rótulos/embalagens, impactando algumas áreas e processos dentro da empresa. Será necessária a utilização de todas as embalagens com os rótulos antigos antes do prazo final dado pela ANVISA. As embalagens que não forem usadas até o prazo preestabelecido na legislação, deverão ser destruídas. Isso impacta também o contrato com a empresa fornecedora da embalagem/rotulagem e a empresa idealizadora do rótulo (agência de marketing), com a necessidade de adequação para os novos padrões estabelecidos, e até mesmo o processo de análise dos produtos, para validar as quantidades de nutrientes que estão sendo relatadas no rótulo. Essa questão de rotulagem será abordada com mais detalhes mais à frente. Rótulo com informação nutricional. Uma companhia pode implementar algumas ações para aperfeiçoar sua inteligência de marketing: Força de vendas: treinamento e motivação para identificação e relato de novos acontecimentos. Revendedores, distribuidores e outros intermediários: motivação para repasse de informações relevantes (eles detêm muita informaçãodo que ocorre no mercado em geral e da movimentações da concorrência). Especialistas: contratação para coleta de informações de marketing. Públicos interno e externo: interação por meio de pesquisas mercadológicas, por exemplo. Criação de um painel consultivo de clientes (via digital ou pelas mídias sociais). Uso de fontes de dados do governo. Compra de informações advindas de institutos de pesquisa externos e fornecedores. Buscar a inteligência de marketing na internet. Sistema de informação para decisões rotineiras Pelo fato de o SIM ter como objetivo propiciar informações necessárias para a tomada de decisões do dia a dia, o sistema trata da organização dos fluxos de informações entre a empresa e seus principais stakeholders. Entende-se como stakeholder todas as entidades que com a empresa interage, afetando-a positiva ou negativamente: fornecedores, distribuidores, instituições financeiras, governo (municipal, estadual e federal), ONGs (organizações não governamentais), concorrentes, funcionários, acionistas, imprensa/mídia etc. O sistema deve proporcionar à empresa o acesso às informações relevantes sobre as variáveis econômicas, sociais, ambientais, culturais, tecnológicas, políticas etc., que impactam positiva ou negativamente os negócios da empresa. Para a organização de um sistema de informação para decisões rotineiras, é fundamental percorrer as etapas a seguir: De�nir as entidades e as variáveis que devem compor o sistema Essas definições são facilitadas pela análise do ambiente mercadológico, quando todas as variáveis de relevância para a organização são sinalizadas e classificadas por priorização. De�nir quais informações devem fazer parte do �uxo Todos os fatos e relatos que afetam ou podem afetar a empresa devem ser incluídos no fluxo. Determinar as melhores fontes de informações Fontes oficiais não necessariamente fornecem as informações mais relevantes ou diferenciadas. É preciso encontrar para cada entidade e variável as fontes confiáveis e independentes, além daquelas comumente acionadas pela imprensa e pela maioria dos concorrentes. Obter as informações Definir, de comum acordo com as fontes, as melhores formas de captação das informações. Selecionar e organizar as informações A organização deve seguir uma lógica realista de acordo com o dia a dia: produto, preço, distribuição e comunicação, nesta ordem. Armazenar adequadamente A organização deve ter possibilidade de armazenar adequadamente as informações recebidas. Organizar um conjunto de dispersão das informações Um sistema capaz de encaminhar rapidamente aos interessados a informação e que, ao mesmo tempo, garanta a segurança e o sigilo necessários (neste caso, softwares e empresas especializadas podem apoiar na organização deste sistema). Coordenar o uso das informações para apoio na tomada de decisão A empresa precisa exigir da alta gerência a apresentação das informações usadas para fundamentar as decisões complexas e polêmicas por eles tomadas – assim, cria-se postura mais responsável e efetiva em relação à construção de conhecimento, por meio do uso adequado de informações. Propiciar um feedback constante sobre o uso das informações Avaliação da qualidade do sistema empregado, bem como verificação da pertinência das informações usadas e monitorar as formas de utilização e postura dos colaboradores. Conceito de inteligência competitiva Até o momento, observamos diversos aspectos que não deixam dúvidas sobre a relevância do monitoramento do ambiente em que a empresa atua para ser bem-sucedida e lucrativa dentro do seu segmento. Esse monitoramento não pode deixar de existir em nenhuma ocasião, ainda que a instituição seja líder de mercado, por exemplo, pois sabe-se que a liderança de hoje não é garantia para o sucesso do amanhã. Comentário Nesse caso, se essa observação detalhada do ambiente constituir uma ação sucessiva dentro das empresas, o sistema de inteligência competitiva (SIC) deverá, portanto, ganhar o status de uma área estratégica e receber a devida atenção e o patrocínio da diretoria da organização. Diversas vezes, eventos considerados não relevantes, se devidamente identificados, podem se tornar oportunidades apropriadas. Continuamente, a concorrência, os clientes e as demais entidades ligadas à empresa emitem “sinais fracos” que só são captados se ocorrer monitoramento constante do ambiente. Por esse fato, o SIC é indispensável. A inteligência competitiva pode ser definida como um processo de informações que tem como objetivo a descoberta das oportunidades e das incertezas do mercado com antecedência, além da atuação da concorrência e das tendências de negócios futuros. Ou seja: é uma estratégia para lidar com os ambientes organizacional, competitivo e concorrencial, por meio do acompanhamento de todas as entidades conectadas à companhia, de forma indireta ou direta. Trata-se, portanto, da coleta, do processamento e da análise das informações externas, com fins estratégicos. De modo geral, a implementação do SIC dentro das instituições visa alcançar os seguintes objetivos: 1. Atualização mercadológica; Elaborar um sistema para atualizar as informações Tudo conforme o prazo de mudanças e o grau de perecibilidade das diversas informações. 2. Descoberta de concorrentes novos e potenciais; 3. Aprendizagem sobre as novas tecnologias; 4. Previsão de mudanças no cenário competitivo; 5. Eliminação ou redução de surpresas; 6. Redução do tempo de reação; 7. Manutenção das vantagens competitivas já conquistadas; 8. Apoio na tomada de decisão estratégica. Os principais passos para que uma organização de fato implemente um SIC eficaz são: Definir os temas de interesse, necessidades e orientação do sistema; Mapear o ambiente; Identificar fontes importantes e coletar dados; Tratar e analisar dos dados, para que se tornem informações relevantes; Comunicar as conclusões da análise; Implementar ações estratégicas. As coleta e análise de dados precisam de um suporte do departamento da tecnologia da informação (TI) para que o SIC opere como esperado. Cada entidade saberá, de acordo com a sua realidade, identificar as melhores fontes a serem consultadas a fim de alimentar o SIC. Mesmo empresas de menor porte podem implementar esse tipo de metodologia de monitoramento, com a coleta de dados de fontes públicas, como revistas especializadas, publicações empresariais, jornais, dados do governo, associações, institutos de pesquisa, internet e quaisquer outras fontes de informações sobre políticas ambientais, impactos sociais, tendências tecnológicas, economia nacional e internacional etc. Leia a seguir sobre o clipping, um método de monitoramento e filtro de informações: Clipping Em algumas empresas, a equipe pode vasculhar a internet e as publicações mais relevantes, abreviar as notícias principais e publicar um boletim (clipping), dirigido aos gestores de marketing. Monitoramento, análise e arquivamento O clipping é o procedimento sucessivo que monitora, analisa e arquiva as citações realizadas na mídia a uma alguma marca, verbetes (tais como expressões e nomes usados em uma campanha de comunicação). Geralmente, a verificação é feita em mídias que contêm informações por assinatura ou públicas, como jornais impressos, rádio, televisão e revistas impressas e eletrônico, como os blogs, sites de notícias, plataformas de compartilhamentos de vídeos e outras plataformas de streaming, podcasts e mídias sociais. Os estudos também são bastante procurados por empresas de maior porte, como é o caso dos estudos da Nielsen, Kantar, IMS, IPSOS, Euromonitor, MindMiners, BuzzMonitor (para gerenciamento de mídias sociais), Stilingue etc. Abordaremos mais sobre os estudos posteriormente. Veremos agora algumas análises do mercado de empresas de fast food com alimentos direcionados para o público vegetariano. Determinados pontos podem facilmente ser encontrados nainternet, como é o caso destes highlights publicados pela Stilingue em julho de 2021, confira: A pandemia do coronavírus afetou fortemente as operações de fast food, pois houve restrições impostas pelos governos. A previsão é que exista uma recuperação parcial do faturamento, mas os efeitos destas medidas ainda terão impacto em 2021; Espera-se que o mercado de fast/casual food recupere-se em cerca de 19,4%. Este crescimento ocorrerá especialmente em redes de fast food mundiais bastante conhecidas; A Stilingue analisou desde 1º de Janeiro de 2020 até 31 de Março de 2021, reunindo 1.096.314 publicações a respeito dos principais participantes do mercado de food service, com 645.286 usuários falando sobre esse universo; O Twitter foi o canal mais explorado sobre o tema: 86,9% do total, em que geralmente os clientes traziam experiências ruins com as marcas/alimentos e muitas vezes relatavam sobre campanhas de marketing vigentes; Stilingue: o cenário do fast food em meio a pandemia da covid-19 Separando por sexo, as mulheres lideram com 60% de frequência junto a essas publicações, sendo a participação masculina de 38,7%; Uma das reclamações mais corriqueiras nesse período foram as campanhas de marketing das marcas apontadas pelos clientes como propaganda enganosa, por meio das fotos dos alimentos, que induziam ao erro pelas características ou a não veracidade referente à qualidade e quantidade dos produtos alimentícios versus a realidade encontrada; O cliente encontra-se em uma nova jornada de consumo, já que atualmente está mais em casa devido às restrições impostas pelo isolamento: isso fez com que as empresas expandissem seu portfólio de produtos; A montagem e finalização dos pratos e drinks em casa chegou no país com bastante força. São as oportunidades com os congelados e os chamados “DIY” (Do It Yourself, faça você mesmo). Essa tendência deve permanecer com consistência ao menos durante a quarentena, época em que os consumidores possuem intenção de experimentar novas coisas com objetivo de sair da rotina e ao mesmo tempo inovar dentro de casa, através dos pedidos pelo delivery. Estratégias da inteligência competitiva para se diferenciar no mercado de trabalho como pro�ssional de nutrição Neste vídeo, o especialista Danilo Prazeres Cunha abordará as estratégias da inteligência competitiva para se diferenciar no mercado de trabalho como profissional de nutrição. Esses elementos se tornam bastante relevantes ao se levar em consideração os próximos passos dessa empresa, como é o caso da expansão do seu portifólio de produtos, da criação de uma campanha digital voltada ao público feminino (considerando elaboração de novos sanduíches/produtos saudáveis para o cardápio) ou até mesmo o início de um trabalho para venda de hambúrgueres veganos congelados ou pré-prontos para finalização em casa, já que esse cliente atualmente está mais dentro de casa pelas restrições impostas pelo isolamento. Apesar da essencialidade do SIC, as empresas podem encontrar alguns percalços nesse processo, como é o caso da não clareza dos objetivos a serem alcançados com a inteligência competitiva. O excesso de informações a serem analisadas em um curto espaço de tempo, a dificuldade de compartilhamento de informações entre os departamentos, os recursos financeiros limitados e a compreensão equivocada do termo inteligência podem ser dificultadores do processo de implementação. Para reduzir e lidar de forma mais eficaz com tais dificuldades, as organizações podem empregar os sistemas integrados de informação. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Muito do êxito de um planejamento de marketing ocorre devido à observação adequada do ambiente mercadológico. Por isso, a gestão da informação é essencial para a tomada de decisão. O SIM municia, registra e/ou analisa dados sobre Parabéns! A alternativa A está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20% paragraph'%3EO%20sistema%20de%20informa%C3%A7%C3%B5es%20de%20marketing%20(SIM)%20%C3%A9 A ambiente econômico-demográfico, legislação, avanços tecnológicos e mercado. B dados de venda interna, ética e responsabilidade social. C dados de logística interna, pesquisa e desenvolvimento e matérias-primas. D mercado consumidor, filantropia, patrocínios internos e rotatividade de funcionários. E apoio financeiro para ONGs, habilidade interna de comunicação, cultura da empresa e pesquisa de clima. Questão 2 O sistema de inteligência competitiva (SIC) é um processo sistemático e ético de planejamento a partir de necessidades da Informação. Qual a finalidade do SIC? Parabéns! A alternativa B está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EOs%20sistemas%20de%20intelig%C3%AAncia%20competitiva%20(SICs)%20visam%20%C3%A0 A O SIC tem como objetivo a coleta e distribuição das informações mercadológicas encontradas de acordo com o segmento de atuação da empresa. B O SIC tem por objetivo a produção de informação para a tomada de decisões, buscando constatar tendências de mercado, explicar investigações estratégicas, identificar riscos e encontrar oportunidades através de métodos científicos. C As informações advindas da análise SWOT são retrabalhadas pelo SIC para uma análise profunda dos pontos fracos e das ameaças que a empresa pode vir a sofrer. D O SIC realiza uma organização dos dados internos de forma histórica para informar os departamentos sobre o status atual da empresa. E O SIC trabalha ativamente com o departamento de recursos humanos, departamento administrativo e departamento financeiro com objetivo de compreender padrões da companhia e estabelecer novos KPIs e critérios de desenvolvimento interno. 2 - Tipos de pesquisa em marketing Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a importância e os diferentes tipos de pesquisa em marketing. Pesquisa em marketing Os gestores de marketing frequentemente encomendam estudos de marketing formais referentes aos problemas e às oportunidades que precisam ser mais bem compreendidos, como testes de preferência de produto, pesquisas de mercado, previsão de vendas por áreas específicas e análise de propaganda. Informações de marketing oferecem diagnósticos sobre como e por que observamos determinados efeitos no mercado, além de apontarem o que esses efeitos significam para as empresas. Leia a seguir sobre a definição e os processos de uma pesquisa de marketing: De�nição A pesquisa de marketing é a abordagem sistemática e objetiva para o desenvolvimento e o provisionamento de informações para o processo de tomada de decisões no gerenciamento de marketing. Processos A pesquisa de ma a análise e a divu dados e descobe situação de mark empresa está lida Empresas maiores têm seu setor próprio de pesquisa de marketing para pesquisar grandes preocupações que transcendem todas as linhas de negócios. Em planos maiores e que demandam mais investimentos, é sempre aconselhável que se busque uma agência especializada para essa atividade. Isso trará a garantia para a empresa de um estudo de mercado mais confiável e abrangente. A pesquisa de mercado é o melhor formato para compreender com antecipação o mercado que se ambiciona explorar. Quanto mais informações a empresa conseguir desse mercado, mais bem preparada ela estará para seguir com o desenvolvimento do plano de marketing. Diversas empresas usam vários recursos de pesquisa de marketing para estudar seus setores, concorrentes, públicos e as estratégias de canal, reservando um orçamento de 1 a 2% das vendas da empresa. Como comentado acima, muito do orçamento é gasto com serviços de empresas externas, que são classificadas em três categorias: Institutos de pesquisa sindicalizados É o caso da Nielsen, que coletam informações não somente dos consumidores, mas também informações comerciais, as quais vendemmediante determinado valor. Institutos de pesquisa customizada de marketing Elaboram e realizam estudos e relatam as descobertas, como é o caso da IPSOS. Institutos de pesquisa especializada de marketing Oferecem serviços específicos, como entrevistas de campo, a exemplo da Kaiser Associates, que opera em diversos segmentos, como a área da saúde. A pesquisa de marketing efetiva segue as seis etapas mostradas a seguir (adaptado de KOTLER; KELLER, 2013, p. 49): A pesquisa de marketing pode endereçar diversos aspectos do consumidor, pois busca-se saber diversas vertentes, passando por crenças e valores, atitudes, comportamentos e aspectos sensoriais. Do ponto de vista de marketing em nutrição, o aspecto sensorial é fundamental, pois um alimento ou suplemento de qualidade superior muitas vezes traz atributos sensoriais positivos, como consistência, cor, sabor e aroma pertinentes. Quando tais características não atendem ao anseios do consumidor, outros produtos com bom tempo de prateleira (shelf life) e sabor serão selecionados. Propriedades como textura, sabor, cor, aparência e odor e sabor devem ser cuidadosamente De�nição do problema e dos objetivos da pesquisa Desenvolvimento do plano de pesquisa Coleta das informações Análise das informações Apresentação dos resultados Tomada de decisão analisados para entender quais sensações e percepções o produto trará ao cliente e como eles podem ser fortalecidos para trazer uma experiência de consumo agradável, gerando futuras recompras e a fidelização do cliente. Etapa 1: De�nição do problema, das alternativas de decisão e dos objetivos de pesquisa As pesquisas podem ter um caráter exploratório – elas lançam luz sobre a natureza do problema e sugerem possíveis soluções ou novas ideias. Outras pesquisas podem ser descritivas: elas quantificam a demanda (por exemplo: quantos clientes de uma empresa que vende produtos orgânicos pagariam 25 reais a mais para receber hortifruti orgânico em casa em uma cesta reutilizável e assinada por uma ONG que apoia o trabalho feminino). A última opção é a chamada pesquisa causal, que investiga as relações de causa e efeito. Etapa 2: Desenvolvimento do plano de pesquisa Na segunda fase da pesquisa de marketing, os gestores desenvolvem um plano para obter as informações necessárias, que envolve decisões sobre os tipos de abordagens de pesquisa, as fontes de dados, o plano de amostragem, os instrumentos de pesquisa e métodos de contato. O pesquisador pode reunir dados primários, secundários ou ambos. Saiba mais a seguir: Dados primários Os dados primários são novos dados coletados para uma finalidade específica ou determinada do projeto de pesquisa. Dados secundários Os dados secundários são aqueles que foram coletados para outro propósito específico ou determinado projeto de pesquisa. Em geral, os pesquisadores começam analisando os dados secundários. Se os dados necessários não existirem ou estiverem desatualizados, imprecisos, incompletos ou não confiáveis, o pesquisador precisará coletar dados primários. Exemplo Uma empresa multinacional do segmento de nutrição enteral e suplementação oral lançará em 2022 uma dieta enteral em sistema aberto, focada para o mercado de homecare. Ao analisar dados os existentes (encomendados para uma empresa de pesquisa em 2020 e 2021), notou-se que as informações tratavam somente do mercado de nutrição enteral intra-hospitalar e informações gerais sobre a alta hospitalar com nutrição enteral, não tratando especificamente do mercado de homecare. Nesse caso, os dados secundários são do mercado intra-hospitalar e da alta hospitalar e os dados que serão coletados especificamente para o mercado de homecare serão dados primários. Coleta de dados Existem cinco formas para a coleta dos dados primários: Os pesquisadores podem acumular dados observando pessoas e cenários relevantes. Neste item, devemos lembrar as opções digitais de observação, como é o caso do número de visitas de uma página, análise de cookies da internet etc. Exemplo: pesquisadores de uma rede de lojas de produtos naturais poderiam se infiltrar nas lojas como clientes fictícios e ouvir o que os reais clientes falam a respeito da loja, dos preços, dos produtos a fim de observar a experiência de compra e atendimento dentro das lojas. Um focus group é uma reunião de pessoas selecionadas (seis a dez pessoas), baseada em algumas ponderações psicográficas e demográficas, entre outras. Nessa reunião, as pessoas discutem a fundo diversos tópicos de interesse, auxiliadas por um moderador de pesquisa profissional, que muitas vezes usa um roteiro qualitativo; isso é feito para que se consiga extrair todas as informações plausíveis em relação aos produtos ou serviços de interesse. Nesse caso, a sala pode ser a chamada “sala-espelho”, em que, atrás do espelho, pode existir uma sala de observação, para que as pessoas da empresa contratada assistam, sem interferir, às Pesquisa por observação Pesquisa por focus group discussões do grupo selecionado. Esse modelo é muito utilizado pelas empresas de alimentação, cujos grupos de discussão podem ser por exemplo de donas de casa (caso a pesquisa seja sobre temperos caseiros) ou com nutricionistas (por exemplo, uma multinacional fabricante de maionese que deseja entender o posicionamento de profissionais nutricionistas sobre o uso culinário e frequente de maionese no dia a dia do consumidor). Outra opção é a reunião das pessoas em uma sala com câmeras. Avaliam o conhecimento, as crenças, preferências e o nível de satisfação das pessoas para aferir essas métricas na população em geral. Todos os consumidores acabam por deixar rastros do seu comportamento de compra nos dados coletados pelos leitores de código de barras, nas compras pela internet ou por meio do cadastro realizado (banco de dados dos clientes). As compras atuais refletem as preferências dos consumidores e normalmente são mais garantidas do que as informações fornecidas em pesquisas de mercado. A pesquisa mais apropriada do ponto de vista científico é o experimento, elaborado para capturar as relações de causa e efeito pela eliminação de explicações conflitantes dos achados encontrados. Por exemplo: uma empresa de suplementos nutricionais para praticantes de atividade física poderia lançar para parte de sua base de clientes um kit promocional com determinado preço e uma condição de pagamento e para outra base de clientes, o mesmo kit (com o mesmo preço), mas com outra condição de pagamento. Os pesquisadores poderiam relacionar qualquer alteração significativa no número de clientes comprando um ou outro kit à mudança da condição de pagamento. Surveys Dados comportamentais Experimentos Ao buscar os dados secundários, existe uma grande gama de locais para a coleta dessas informações, como: Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) e Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia (ASBPM). IPSOS/Marplan; Kantar Worldpanel; Euromonitor; POF – IBRE/FGV; POF – FIPE/USP; MindMiners. Serasa, Sebrae, Equifax, Valor Econômico. Associação Brasileira das Agências de Propaganda (ABAP), Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), Instituto Verificador de Circulação (IVC – métricas de desempenho de veículos impressos e digitais), Ibope Mídia, Ibope Nielsen (gastos com propaganda, internet e índices de audiência), Meio e mensagem: anuário de mídia. Nielsen (alimentos, bebidas, higiene e limpeza, pets etc.) Volume de vendas dos consumidores em unidade e em valor; Market share; Venda mensal média por loja; Índices de preços médios; Níveis de coberturas em lojas; Estoques etc. Dados de institutos Dados do consumidor e mercado Dados empresariais Dados sobre comunicação Dados do varejo Dados de consumo em relatórios periódicos (store audit) Instrumentos de pesquisa Para coletar dados primários, é possível lançar mão de três instrumentosde pesquisa: Questionários Pesquisas qualitativas Instrumentos mecânicos Os questionários são os mais usados por conta da sua flexibilidade. Pelo fato de serem uma apanhado de questões que serão respondidas pelos entrevistados, os pesquisadores precisam diesenvolver, testar e aperfeiçoar com cuidado os questionários antes de aplicá-los em larga escala. As técnicas referentes à pesquisa qualitativa são abordagens de mensuração relativamente desestruturadas, que permitem uma ampla gama de possíveis respostas. Elas podem ser um primeiro passo na exploração da percepção dos consumidores em relação a uma marca ou um produto. Além disso, sua natureza indireta faz com que os clientes possam revelar mais sobre si mesmos durante o processo. Esse tipo de pesquisa pode trazer dados com mais profundidade, com elementos de maior compreensão do consumidor, pois pode abordar questões emocionais e atitudinais. Os instrumentos mecânicos têm chamado muito a atenção ultimamente; os galvanômetros ou pupilômetros podem avaliar o interesse e as emoções suscitadas pela exposição a uma mensagem de marketing. Sensores cutâneos, com varreduras nas ondas cerebrais e corporais podem ajudar a avaliar a reação real dos consumidores. Planos de amostragem Dentro do plano de amostragem, é necessário definir quem será pesquisado (unidade de amostragem). No caso citado das lojas de produtos naturais: caso a opção escolhida seja a pesquisa por meio de um questionário, por exemplo, é necessário entender quem será pesquisado: serão mulheres, homens ou ambos? Depois de definida a unidade de amostragem, é necessário entender o tamanho da amostragem: quantas pessoas serão entrevistadas? Grandes amostras oferecem resultados mais confiáveis do que pequenas amostras, por exemplo. Vale lembrar que é fundamental que seja adotado um procedimento confiável de amostragem. Para finalizar o plano de amostragem, é necessário desenhar o procedimento de amostragem: como devem ser selecionados os entrevistados? A amostragem probabilística permite o cálculo dos limites de confiabilidade para erros de amostragem e torna a amostra mais representativa. Métodos de contato O pesquisador de marketing precisa definir como contatar os entrevistados: por telefone, correios, pessoalmente ou on-line: Método de contato Vantagens Desvantagens Telefone • Coleta rápida de informações • Esclarecimento das perguntas • Entrevistas dev ser breves e não muito pessoais • Antipatia dos consumidores p contatos por telefone Pessoalmente • Mais versátil: possibilidade de fazer mais perguntas e coletar informações adicionais sobre os entrevistados • Método mais c e mais sujeito às influências do entrevistador • Mais supervisã planejamento On-line • Barato, rápido, versátil: questionário em sites, focus group virtual, patrocinar uma sala de bate papo • Amostras pode ser distorcidas e pequenas • Problemas técnicos/proble de conheciment de tecnologia Método de contato Vantagens Desvantagens Correios • Alcance de pessoas que não dariam entrevistas pessoais / pessoas que poderiam ser influenciadas pelo entrevistador • Índice de respo baixo/lento Adaptado de: KOTLER; KELLER, 2013, p. 53, por Amanda Lobo Pires. Etapa 3: Coleta das informações A etapa da coleta dos dados, em geral, é a etapa mais custosa e a mais sujeita a erros, já que alguns entrevistados não se encontrarão em suas residências, faltarão ou estarão ocupados e precisarão ser substituídos; outros entrevistados podem não cooperar ou dar respostas tendenciosas, desonestas ou não verdadeiras. Etapa 4: Análise das informações Nesta etapa, ocorre a extração dos resultados, com a devida tabulação dos dados e o desenvolvimento de distribuições de frequência. Os pesquisadores precisam calcular as médias e as medidas de dispersão para as principais variáveis e aplicam técnicas estatísticas e modelos de decisão com o objetivo de encontrar resultados adicionais. Eles podem testar diferentes hipóteses e teorias, aplicando análises de sensibilidade para avaliar suposições e a força das conclusões. Etapa 5: Apresentação dos resultados O pesquisador apresenta os resultados pertinentes para as decisões de marketing. Atualmente, tem sido requisitado que os pesquisadores desempenhem cada vez mais um papel de proatividade, de consultoria, traduzindo os dados e as informações em insights e recomendações. A busca também gira em torno de formas mais compreensíveis de apresentação dos resultados da pesquisa. Etapa 6: Tomada de decisão Os gestores de marketing que encomendam uma pesquisa precisam pesar as evidências, entenda: Não atuar no problema estudado Se não estiverem muito convictos sobre os resultados mostrados na pesquisa, existe a possibilidade de não atuar em relação ao problema/situação estudado. Atuar no problema estudado Se estiverem dispostos a seguir adiante para atuar frente ao problema estudado, os resultados da pesquisa precisam ter dados que apoiem a decisão. Existe também a opção de realização de mais pesquisas para confirmação dos resultados/cenário estudados. As estratégias da pesquisa de marketing no setor alimentício Neste vídeo, o especialista Danilo Prazeres Cunha abordará as estratégias da pesquisa de marketing no setor alimentício. Vamos lá! Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 A pesquisa de marketing tem por objetivo a busca de dados e informações a respeito de um mercado em específico, que apoiem as tomadas de decisão. A metodologia de pesquisa de marketing possui algumas fases, como o desenvolvimento do plano de pesquisa. Aponte a alternativa certa sobre o plano de pesquisa: Parabéns! A alternativa E está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3EO%20desenvolvimento%20do%20plano%20de%20pesquisa%20se%20refere%20ao%20desdobra Questão 2 Existe uma diferenciação entre os dados primários e os secundários usados para diversos fins de pesquisa. Tal diferença se encontra especialmente referente ao objetivo da coleta de dados. A respeito dessa temática, aponte a alternativa certa: A É no desenvolvimento do plano de pesquisa que se define o problema, que não pode ser muito genérico ou muito limitado, o que dificulta o processo da pesquisa. B O desenvolvimento do plano de pesquisa é a etapa mais cara e a mais sujeita a erros, pois os entrevistados na etapa do desenvolvimento podem não comparecer, por exemplo, ou fornecer respostas tendenciosas sobre o assunto. C Nessa etapa, o pesquisador acaba por apresentar os dados mais relevantes encontrados com o objetivo de tomada de decisão. D É nessa etapa que são definidos quais dados serão distribuídos aos fornecedores, varejistas e outros intermediários para a definição do plano de pesquisa. E Nessa etapa existe o desenvolvimento de um plano para a aquisição de informações necessárias, que englobam decisões a respeito da fonte de dados, instrumentos de pesquisa, abordagens de pesquisa, plano de amostragem e métodos de contato com o público a ser pesquisado. Parabéns! A alternativa B está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3ESe%20os%20dados%20foram%20pela%20primeira%20vez%20coletados%20pelo%20pesquisad line.%20Os%20dados%20secund%C3%A1rios%20j%C3%A1%20foram%20coletados%2C%20organizados%20e A Os dados primários são um conglomerado de elementos que já foram coletadas para outro processo de investigação. Possuem um custo menor e são mais rápidos para se obter, porém, em diversos casos, não estão atualizados, o que pode afetar o resultado da pesquisa. B Um dos pontos de vista mais relevantes dos dados primários e secundários é a sua autenticidade. Os dados primários são coletados em tempo real, o que os torna muito mais garantidos. Já os dados secundários diversas vezes se tornam antiquados ao longo do tempo ea temática pode fazer com que o desfecho da investigação não seja consistente. C Os dados secundários são coletados por várias metodologias, como pesquisas, questionários, entrevistas e inclusive estudos de caso. D Os dados primários são coletados por meio de websites, artigos, publicações de empresas privadas ou de organizações governamentais, livros e registros, por exemplo. E Os dados secundários geralmente são mais complicados e demorados para serem usados se comparados aos primários. 3 - Registro das informações e relacionamento com o cliente Ao �nal deste módulo, você será capaz de distinguir as diferentes formas de registro das informações como ferramentas primordiais no relacionamento com o cliente. Ferramentas para registro de informações Para identificar importantes oportunidades e potenciais problemas, os gerentes de marketing precisam de todo tipo de relatório interno e banco de dados. Os registros internos são informações relevantes para o profissional de marketing e estão acessíveis dentro da companhia. São informações como cadastro dos clientes, informações da força de vendas, dos funcionários da empresa em geral, relatórios de finanças etc. Ao avaliar esses dados, os gestores de marketing podem detectar oportunidades ou problemas relevantes. Os registros internos são muito empregados, pois aprovisionam de informações de maneira rápida e simples. Em vários casos, os provedores dessas informações é departamento de BI (business intelligence ou inteligência de negócios). Exemplo A contabilidade da empresa Nutroped organiza relatórios de finanças e conserva registros em detalhes sobre vendas das papinhas orgânicas infantis, pedidos de compra dos distribuidores, custos da matéria-prima e produção e fluxo de caixa. A área de produção reporta balanços sobre os prazos de produção das papinhas, tempo de entrega e inventário do estoque. Os vendedores apresentam relatórios a respeito as atividades e atitudes dos distribuidores e as atividades dos concorrentes. Dados a respeito do nível de satisfação dos clientes ou contratempos são fornecidos pelo departamento de atendimento ao consumidor da Nutroped. Todos os dados são fornecidos para todas as áreas da empresa. Os gerentes fazem uso dessas informações para analisar a performance e identificar oportunidades e contratempos. Ciclo pedido-pagamento O ciclo pedido-pagamento é o centro do sistema de registros internos. Força de vendas, clientes e distribuidores mandam os pedidos de compra para a organização. O departamento responsável por vendas gera as faturas, divulga as faturas para várias áreas internas e realiza a compra dos itens faltantes no estoque. Os itens expedidos geram documentos de remessa e cobrança, que também são enviados a diversos departamentos. Como os clientes preferem as empresas que conseguem prometer entregas eficientes, as entidades precisam desempenhar as etapas de forma ágil e precisa. Sistemas de informações de vendas Para a tomada de decisões, os gestores de marketing precisam de relatórios atualizados sobre as vendas. Por exemplo, uma das maiores redes mundiais de supermercados consegue obter mais de 2,5 petabytes de dados a cada hora por meio da captura de informações de transações. Petabyte Medida de memória ou capacidade de armazenamento de dados. O esperado é que as empresas, de uma maneira geral, interpretem os dados com parcimônia, para que não cheguem a conclusões errôneas ou precipitadas. No caso da rede mundial de supermercados citada, o controle de estoque é mais rigoroso – desse modo, a empresa consegue tomar decisões melhores e mais lucrativas, podendo criar promoções específicas ou aumentar o estoque dos produtos mais procurados. Sistema de ERP Muitas vezes, as empresas podem contar com diversos sistemas: folha de pagamento, contas a pagar, controle de vendas, análise de metas/desempenho, gerenciamento de impostos etc. Em vez de usar vários softwares isoladamente, é mais eficiente trabalhar com uma integração entre os sistemas, de maneira que todos possam fazer parte de um sistema unificado. Essa é a base para uma solução de Enterprise Resource Planning (ERP), que significa sistemas de gestão empresarial. Com apenas um sistema unificando todos os setores (ou ao menos os mais relevantes), a comunicação interna fica mais fácil e menos dispendiosa. Veja a seguir um exemplo do processo: Financeiro O setor financeiro, por exemplo, consegue rapidamente saber quanto dinheiro separar para pagamento dos empregados (pois possui visibilidade das informações vindas do RH) e quitação de impostos. Avaliação de desempenho Da mesma maneira, o gestor do setor X pode avaliar o desempenho de um empregado e argumentar junto à gerência de RH a melhor forma de recompensar o funcionário. Marketing Marketing, com a consulta referente às vendas, pode visualizar qual produto não possui uma boa performance de vendas e desenvolver algumas iniciativas para reversão do quadro, e ao mesmo tempo consegue verificar se a verba do departamento é suficiente para implantação das iniciativas. Logo, nota-se que existem diversas situações em que a integração dos sistemas é altamente vantajosa, visto que, com sistemas diferentes, cada departamento teria mais morosidade e dificuldade para se comunicar com os demais, resultando em mais gastos, retrabalho, perda de produtividade e até mesmo redução de competitividade no mercado. Adicionalmente, sem um sistema ERP, a companhia precisa lidar com diversos fornecedores de software, que traz aumento nos custos com licenças, treinamento, servidores, suporte técnico, entre outros. Apesar dos benefícios, ERP infelizmente nem sempre é um software que dá para ser adquirido em lojas e estar pronto para a utilização. Cada companhia tem necessidades diferentes e, desse modo, sistemas ERP só serão verdadeiramente funcionais se os atributos mais importantes da empresa forem levados em consideração no momento da escolha dessa solução. Por exemplo, uma empresa multinacional que importa chocolates tem necessidades bem distintas de outra empresa local que trabalha com bebidas naturais engarrafadas e congeladas. Compare: Chocolates A primeira empresa, a multinacional que importa chocolates, precisa se preocupar com importação, incluindo logística, taxa de câmbio, tributação entre os estados. Bebidas naturais engarrafadas A empresa de bebidas naturais se preocupa com a obtenção de qualidade das matérias- primas, higienização, estocagem e logística com refrigeração e assim sucessivamente. Como é possível entender, cada companhia necessita de um sistema de gestão que se ajuste a ela. Com o objetivo de controlar os investimentos, uma empresa também necessita delimitar qual tipo de licenciamento é mais apropriado para suas operações: uso do sistema em servidores terceirizados ou instalação do sistema em servidores próprios, soluções pautadas em computação nas nuvens (a chamada cloud computing), pagamento por número de usuários, por exemplo. Normalmente, as soluções em cloud computing possuem custo mais baixo, pois a companhia não necessita se preocupar com manutenção, servidores, atualização do sistema, entre outros. Além disso, a cloud computing dá um acesso mais simples para os funcionários/usuários que estão fora da empresa — como o trabalho em home office ou para um funcionário da força de vendas que está em outra localidade visitando um cliente. Independentemente do modelo escolhido, vale reforçar a importância de uma equipe de tecnologia da informação (TI) dentro da empresa ou até mesmo a contratação de uma consultoria/serviço terceirizado para apoio na utilização pelos funcionários da empresa. O tempo para implementação é um parâmetro fundamental. Sistemas ERP não iniciam seu funcionamento de um dia para outro, dependem do tamanho da companhia. Em diversas ocasiões, os provedores das soluções necessitam de tempo para que possam adaptar o software às necessidadesdo negócio, e durante esse procedimento precisam aferir a infraestrutura, ponderar os recursos de segurança, realizar testes, habilitar as pessoas a usarem o software, integrar setores, migrar sistemas etc. Por mais que tenha ficado claro que não há um sistema ERP único e que atenda todas as empresas, há alguns processos que são comuns na maioria das empresas. Veja: Finanças e contabilidade Recursos humanos Jurídico Ativo fixo Engenharia Processos Projetos A partir dessa premissa, é possível encontrar módulos mais específicos, que podem ser adquiridos conforme a necessidade, por exemplo: Frota Distribuição Estoque Controle de qualidade Comércio eletrônico No Brasil, há diversas empresas especializadas em ERP, como TOTVS, SAP, Oracle, IBM, Microsoft Dynamics. Para a escolha da melhor solução, é necessária uma decisão conjunta, com gestores de diversas áreas da empresa, além de funcionários que desempenham algumas funções mais relevantes e críticas. É importante ressaltar que muitas vezes um software não resolverá todos os desafios de uma companhia e, em alguns casos, poderá não trazer os resultados esperados para algumas atividades. De qualquer modo, vale reforçar quais são as vantagens e desvantagens do sistema de ERP: Vantagens Desvantagens Apoia na comunicação interna. Alto custo para customizar e implementar. Acelera o cumprimento de processos internos. Implementação demorada. Reduz o montante de processos internos. Risco de prejuízo ou redução de desempenho por erros não esperados do sistema. Minimiza e evita erros (como cálculos para pagamento de tributos). Possíveis dificuldades com manutenção e suporte. Auxilia na tomada de decisões. Alta dependência, que pode atrapalhar as atividades da companhia quando o sistema está indisponível. Auxilia na preparação de estratégias operacionais. Treinamento e adequação pelos empregados podem demorar mais que o projetado. Acelera a aquisição de informações. Resistência por parte dos funcionários. Reduz o tempo de entrega. O sistema pode demandar alterações em alguns aspectos referentes à cultura interna da empresa. Ajuda a empresa a lidar com grande quantidade de informação. Demora na percepção que determinada solução não traz a relação custo-benefício esperada. Evita retrabalho. Atualizações e/ou aquisição de novos de módulos podem tornar o sistema demasiadamente lento ou complexo. Faz a empresa se adaptar a mudanças de mercado ou legislação. Elaborado por Amanda Lobo Pires. Dependendo do tamanho e da complexidade da operação de determinada empresa, as soluções de ERP podem levar meses para a finalização da implementação. Acompanhadas dos custos dessa etapa ocorrem as despesas referentes à manutenção, ao treinamento, suporte, entre outros. Por isso, almejar que o retorno do investimento (ou ROI) ocorra em um intervalo curto de tempo é muitas vezes um grande erro. Por diversas vezes, os benefícios do emprego do sistema só surgirão após um período considerável de implementação. Para medir o ROI, a empresa necessita entender todas as estimativas de custos do sistema e, basicamente, comparar tais dados com as economias que ele já traz para a empresa. Por exemplo: O sistema fez com que a logística da empresa ficasse mais ágil, atraindo maior número de clientes? Houve melhorias na comunicação interna, agilizando os processos? O estoque está com um gerenciamento mais preciso, trazendo menos atrasos na produção pela falta de matéria-prima? Esses são apenas alguns exemplos. Quando o tema é ERP, sempre existe a associação desse conceito com outros tipos de softwares para o segmento corporativo, entre eles: Customer relationship management (CRM) Supply chain management (SCM) Business intelligence (BI) O interessante é que todos esses softwares citados podem atuar em conjunto com o ERP, ou mesmo como módulos dele. Bancos de dados, data warehouses e data mining As empresas, em geral, estabelecem as suas informações em bancos de dados de cliente, produto e vendedor e, então, criam data warehouses. O banco de dados de cliente contém nome, endereço, transações passadas e, às vezes, dados demográficos e psicográficos (atividades, opiniões, interesses) de cada cliente. Analistas podem garimpar esses bancos de dados (através do data mining) e obter informações atualizadas sobre tendências de consumo recentes, segmentos de cliente esquecidos e fidelidade do cliente, entre outras informações úteis. É claro que o cruzamento do banco de dados de cliente com o de produto e o de vendedor fornecem informações ainda mais profundas. Após esse exemplo, pode-se definir data warehouse e data mining: CRM e o relacionamento com o cliente Neste vídeo, o especialista Danilo Prazeres Cunha abordará a importância do registro das informações como o Customer Relationship Data warehouse Fusão de dados armazenados, relacionados aos vários sistemas operacionais dos setores da empresa, a fim de se formar a visão única e consolidada dos negócios de toda a organização, melhorando-se assim, sua performance.. Data mining Ferramenta que possibilita a extração de informações relevantes de bancos de dados complexos e abastados, do descobrimento de associações, padrões, alterações e anormalidades nos dados que existem e da busca de características e regularidade nos dados. Management (CRM), ferramenta primordial no relacionamento com o cliente. Vamos lá! Customer relationship management (CRM) Cenário de competitividade e necessidade de diferenciação Como se sabe, as empresas atualmente estão inseridas em um contexto de competição acirrada. Uma empresa líder não possui essa posição assegurada por muito tempo se não permanecer competindo de forma estratégica e agressiva. Com certeza vivemos em uma época sem garantias. Considerando-se esse cenário, em nenhuma outra época houve oferta tão grande de novos produtos e serviços, novas marcas, formas de aquisição dos produtos e plataformas, novos mercados que vão surgindo de modo muito rápido, contribuindo para a instauração do clima de instabilidade. Como consequência, também se observam mudanças nos hábitos de compra e consumo de produtos e serviços. Saiba mais Diante da variedade de produtos e marcas disponíveis, o consumidor se tornou mais exigente, interessando-se por soluções para antigos problemas, buscando inovações em produtos já existentes e expressando certa admiração por aquilo que é diferente e até mesmo exótico. Além disso, o consumidor hoje é mais informado – devido à facilidade de acesso à informação – e por conseguinte, com mais poder para barganhar. As estratégias mais atuais de muitas empresas possuem como foco não mais o market share (participação de mercado), em que se lançavam produtos específicos para atingir o maior número possível de consumidores. Por meio do conceito do share of customer, a ideia é conquistar consumidores específicos para buscar atender todas as suas necessidades (share of needs). O atendimento personalizado dos clientes conquistados pela empresa possui o objetivo de arquitetar relacionamentos com os clientes de longo prazo, que resultarão em transações com a empresa ao longo da vida destes clientes. Valor vitalício do cliente (ou lifetime value) O lifetime value (LTV) ou o valor vitalício do cliente representa todo o histórico de transações efetuadas entre o cliente e a empresa e quais as previsões de troca até o final da vida daquele cliente. Isso significa que: A empresa consegue, por meio de fórmulas matemáticas, calcular o LTV de um cliente específico. Ou seja, quais as contribuições atuais e futuras do cliente para os lucros da empresa. Mas para que isso seja totalmente possível, é necessário que a empresa tenha meios de verdadeiramente conhecer os consumidores dos seus produtos/serviços, seus clientes atuais e clientes futuros. É fundamental que a empresa tenha acesso às informações que possibilitemampliar o conhecimento sobre seus consumidores, construindo relacionamentos de longo prazo. Aplicação do CRM O gerenciamento do relacionamento com os clientes é possível devido ao desenvolvimento de instrumentos tecnológicos de captação, registro e análise de dados de transações efetuadas. Um dos instrumentos principais é o customer relationship management (CRM, traduzido para o português como gestão do relacionamento com os clientes). As soluções de CRM possuem como principal objetivo entender as necessidades dos clientes de uma organização e buscar antecipar o seu atendimento, de clientes atuais ou de clientes potenciais. Esse sistema de informação seleciona e organiza os dados dos clientes, consolidando-os em um banco de dados de grande valor para a empresa. Com a criação desse banco de dados do cliente, torna-se plausível a análise, seguida pela distribuição dos seus resultados a todos os canais de contato da empresa com o cliente, utilizando-se a informação resultante em todos os contatos futuros com ele. O CRM visa aumentar o valor vitalício do cliente (ou lifetime value), a partir da construção e execução de ações de atração, desenvolvimento e retenção de clientes, dirigidas pelos perfis de cada um (ou dos seus segmentos) e pelo momento do cliente no ciclo de vida. A gestão das organizações é otimizada por metodologias tecnológicas de sistemas de informação, que, por meio de interfaces e bancos de dados digitais e em rede, permitem a integração de dados para tomada de decisões e elaboração de cenários, consolidando uma inteligência competitiva. A integração dessa inteligência acontece com os diversos departamentos internos da empresa e também com os vários agentes do ambiente de negócio em que se insere a organização. Soma-se a isso o entendimento mais detalhado e preciso do consumidor por meio dos bancos de CRM. Re�exão O grande impacto das tecnologias digitais no contexto das empresas está na comunicação on-line, que deixa de ser fundamentalmente pautada na entrega de informações e expande como estratégias de relacionamento. A interatividade se torna o pressuposto primordial para o estabelecimento de uma comunicação relacional com os conectados, que não são mais reconhecidos como massa ou público, mas como comunidades e coletividades conectadas e protagonistas da própria comunicação. Os aplicativos de uma solução de CRM permitem à empresa conhecer melhor as preferências de cada segmento de clientes previamente identificados, o que contribui para a criação de campanhas de publicidade totalmente direcionadas, ofertas específicas para determinados grupos de clientes, criação de novos produtos ou serviços que atendam às novas necessidades e ainda a opção de melhorias nos serviços já existentes. O CRM pode suportar a organização em diversos p rogramas de marketing, como: Prospecção de novos clientes (conquista de clientes com os quais a empresa nunca tenha se relacionado anteriormente); Criação de programas de fidelidade (manutenção de clientes atuais); Reconquista de clientes que deixaram a empresa; Aumento das vendas para clientes atuais etc. Como em todo sistema de gerenciamento, a implementação de uma estratégia de CRM envolve não somente a questão tecnológica, mas especialmente o comprometimento de toda a organização e de todas as pessoas envolvidas. Aspectos como alinhamento estratégico, recursos disponíveis, segmentação de mercado, canais de distribuição, apoio da alta direção, por exemplo, são de extrema relevância para uma execução próspera de CRM. Vale notar que uma solução CRM precisa estar integrada a todos os demais sistemas de gestão existentes na organização. Um exemplo de muito sucesso de CRM é o case da Nespresso. Há mais de dez anos, a Nespresso foi a primeira marca no Brasil com o propósito de venda de máquinas que passavam café através de cápsulas completamente fechadas. Atualmente, existem diversos concorrentes nesse mesmo mercado de café encapsulado e a Nespresso continua a inovar, sempre apoiada em três conceitos: serviços, máquina e cápsulas de café. No quesito serviços, existe um atendimento especial ao consumidor, departamento que gerencia com um cuidado diferenciado ao se comparar com as demais prestadoras de serviço. A intenção é, pautada nesses três pilares, conseguir excelência no atendimento e converter seus clientes nos advogados principais da marca. Além do direcionamento para lançamentos e qualidade inovadores, a grande diferença que faz essa companhia da empresa Nestlé possuir uma posição de destaque, mesmo frente ao crescimento da concorrência, está nos serviços prestados. Há uma série de agrados criados para contentar os clientes concomitantemente com ações que fazem com que a Nespresso esteja continuamente presente na rotina dos clientes. As máquinas são consideradas inovadoras, para que o consumidor se encontre satisfeito desde o princípio em sua relação com a marca. Mesmo a Nespresso sendo global, a adaptação local realizada pela empresa é de compreensão do consumidor daquela região, como o acesso a todos as informações relativas com o que ele consome, onde compra e com qual frequência. Isso traz dados que empoderam a marca a realizar iniciativas com exclusividade, direcionadas para o interesse do cliente. Apesar de ser uma marca considerada premium, a Nespresso trabalha para que seja próxima ao consumidor, mesmo não Serviços Máquinas Cápsulas realizando as vendas das cápsulas em supermercados, somente nos canais próprios de distribuição. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Com a crescente relevância dos dados na elaboração de estratégias de crescimento e tomadas de decisão, entender do que se tratam tais informações não é mais uma atividade que compete apenas ao departamento de TI, mas de todos os colaboradores. Sobre data warehouse, aponte a alternativa certa: A Data warehouse está relacionada com coleta e armazenamento de dados. Muitas vezes, utiliza-se tecnologia para consolidar informações vindas de diversas fontes (uma das diferenças mais importantes para um banco de dados comum). B Data warehouse é uma metodologia de investigação e exploração aplicada a grandes quantidades de informação, para buscar a constatação de padrões, como sequências ou associações, que possam permitir a criação de subconjuntos de dados que tragam conhecimento a quem pesquisa. C Data warehouse pode ser traduzido como uma reunião de componentes lógicos de um computador ou sistema de processamento de dados. D Uma reunião de equipamentos atrelados em produtos que necessitam de alguma forma tipo de processamento por computadores é a definição de data warehouse. E Data warehouse é a tecnologia que consente empresas e usuários a manter, armazenar e acessar informações em servidores de grande disponibilidade pela internet. Normalmente, é apresentado como um serviço, com o qual qualquer dispositivo móvel ou computador é apto para acessar ou enviar informações via internet. Parabéns! A alternativa A está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3E%3Ci%3EData%20warehouse%3C%2Fi%3E%20pode%20ser%20traduzido%20do%20ingl%C3%AA Questão 2 Customer Relationship Management (CRM) é uma expressão que pode ser traduzida como gestão de relacionamento com o cliente. Marque a alternativa certa sobre o tema: Parabéns! A alternativa E está correta. %0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c- paragraph'%3ECRM%20%C3%A9%20um%20sistema%20de%20vendas%20para%20estabelecer%20e%20protoc A É um canal que tem por objetivo apoiar o cliente a sanar suas dúvidas, oferecer sugestões, obter dados e resolver dificuldades relacionados à empresa e/ou seus produtos. B CRM é definido como uma área de controle e participação igualitária responsável por tratar de solicitações, reclamações, sugestões, denúncias e elogios referentesaos serviços prestados e às políticas da empresa. C CRM é um processo contratado por um órgão oficial, entidade ou companhia com o objetivo de endereçar sugestões, críticas e reclamações de consumidores e clientes, com a obrigação de atuar de maneira imparcial para mediar conflitos entre as partes devidamente envolvidas. D CRM são processos que fazem vários tipos de iniciativas solidárias para audiências específicas. Elas têm a oportunidade de atuar em diversas áreas, como educação, saúde, economia, assistência social, ambiente, entre outras, em âmbito local, estadual, nacional e até internacional. E Termo elaborado para delimitar toda uma categoria de sistemas de informações ou instrumentos que automatizam os pontos de contato com o consumidor. 4 - Legislação e marketing em nutrição Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as diferentes legislações aplicadas direta e indiretamente ao marketing em nutrição. Introdução à legislação inerente a alimentos e nutrição (ANVISA) Como se sabe, o marketing alimentar possui como propriedade o foco junto ao mercado. Está baseado em uma abordagem por processos regulados em minuciosas pesquisas de mercado, e na orientação para o cliente para a busca de sua satisfação. Veja, a seguir, o conceito de marketing nutricional: Aplicação O chamado marketing nutricional é um fator fundamental na diferenciação dos produtos comercializados. O marketing nutricional é fundamentalmente aplicado por meio da rotulagem nutricional e das alegações baseadas nesses rótulos. Conceito Trata de uma série de ações que tem como alvo a entrega ao consumidor de informações nutricionais sobre os alimentos a serem consumidos. Isso permite que as pessoas realizem suas escolhas de modo mais consciente, amparando até mesmo uma mudança positiva no seu estilo de vida. A estratégia de marketing necessita estar fundamentada na propaganda e sua relação com os rótulos dos alimentos comercializados. A propaganda nutricional pode ser encontrada nas embalagens no formato de alegações, como “alimento enriquecido com vitaminas e minerais” ou, por exemplo, “baixo teor de açúcares” etc. Mas os rótulos necessitam, acima de qualquer merchandising, explicitar os ingredientes, compostos e nutrientes de maneira transparente, para que o cliente possa ter clareza a respeito do que está consumindo. Só dessa maneira as pessoas poderão buscar produtos mais saudáveis e de acordo com as suas metas nutricionais. A inovação e tecnologia aplicadas aos alimentos têm passado por um grande incremento nos últimos anos, em que o marketing nutricional tem apresentado um papel muito importante. Em geral, o cliente tem a tendência de escolher alimentos mais industrializados, pois os considera mais práticos e convenientes. Na realidade, os atributos mais relevantes para o processo de decisão de compra estão relacionados com a conveniência do produto e as novidades tecnológicas (aspectos de saúde e nutricionais), além de preço final e características organolépticas. O marketing nutricional acaba por se tornar uma estratégia que concede maior diferenciação entre os produtos, não exclusivamente nas alegações nutricionais e de saúde dos produtos existentes, mas também na rotulagem nutricional e na elaboração e promoção de produtos novos com atributos nutricionais específicos, com benefícios aos consumidores. Nesse processo de educação nutricional e alimentar, é fundamental que o consumidor tenha acesso às informações sobre os alimentos disponíveis no mercado, o que é viabilizado pelos diversos canais de comunicação da indústria com o cliente, e aqui se destacam os rótulos. No setor de alimentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) organiza, supervisiona e controla as ações de registro, fiscalização, inspeção e controle de riscos, sendo designada por organizar normas e padrões de identidade e qualidade a serem ressaltados. O intuito é a garantia da qualidade e da segurança de alimentos em geral, incluindo águas envasadas, bebidas, matérias- primas, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, contaminantes, materiais em contato com alimentos, resíduos de medicamentos veterinários, inovações tecnológicas e rotulagem em produtos da área alimentícia. Regulamentação na rotulagem nutricional de alimentos embalados Após o processo principiado em 2014, a ANVISA aprovou a nova regulamentação de rotulagem nutricional. Em outubro de 2020, o Diário Oficial da União divulgou a RDC nº 429/2020 (Resolução da Diretoria Colegiada 429/2020) e a Instrução Normativa 75, que estão relacionadas às novas normas na rotulagem nutricional de alimentos acondicionados. Tais regulamentos constituem um novo padrão para a rotulagem de alimentos, bem como alterações na tabela de informação nutricional e nas argumentações nutricionais comunicadas nos rótulos. A mudança principal é a delimitação da rotulagem nutricional frontal, padrão já implementado em várias nações na América Latina. Os novos preceitos focam especialmente auxiliar no entendimento das informações nutricionais e apoiar os clientes a adotarem decisões com mais consciência. Desse modo, segundo o novo regulamento, a rotulagem nutricional precisa ser colocada no painel frontal dos alimentos acondicionados, com o uso de ícones claros e simples para reforçar situações de alto teor de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio. De acordo com a ANVISA, esses nutrientes foram escolhidos devido à sua representatividade na saúde dos consumidores. Exemplo As novas normas também compreendem regras referentes às argumentações nutricionais. Por exemplo, é permitido que seja efetivada uma argumentação referente a um ingrediente rotulado como "alto em". Desse modo, se um biscoito integral teve o enquadramento dentro da norma da rotulagem frontal como contendo alto teor em sódio, não será aceitável fazer a argumentação de que ele possui teores reduzidos em sódio, mesmo que o biscoito tenha menos sódio que uma versão antecedente ou menos sódio que demais produtos concorrentes do mercado. As modernizações na rotulagem possuem caráter normativo. Dessa maneira, será necessária toda a adequação para segui-las em sua totalidade. No entanto, vale a reflexão sobre o marketing nutricional e as tendências de mercado sobre a busca por uma alimentação mais saudável e estudar sobre a possibilidade de reformulação dos produtos, com a busca da redução ou eliminação de nutrientes considerados críticos, para ter a possibilidade de um posicionamento mais alinhado com o equilíbrio e a saudabilidade, por exemplo. De alguma maneira, já é um movimento estabelecido pelo cliente que, na frente de dois produtos alimentícios similares, sendo um deles apenas mostrando alto teor de sódio, por exemplo, poderá tomar sua decisão ponderando o que lhe parece mais interessante para sua saúde. Resolução - RDC N° 136/2017 Ainda na abordagem dos rótulos dos alimentos, a RDC N° 136/2017 constitui os requisitos para a declaração obrigatória referente à presença de lactose nos rótulos dos alimentos. A resolução é aplicada aos alimentos embalados na ausência dos consumidores, incluindo ingredientes, bebidas, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, inclusive aqueles destinados somente ao processamento pela indústria e aqueles propostos aos serviços de alimentação. A declaração da presença de lactose é obrigatória quando a lactose estiver em quantidade superior a 100 miligramas por 100 gramas ou mililitros do alimento da forma como está exposto à venda. A declaração é obrigatória para: Fórmulas infantis As fórmulas infantis para lactentes atribuídas a necessidades dietoterápicas especiais e em fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância atribuídas a necessidades dietoterápicas especiais quando o alimento tiver lactose em quantidade superior a 10 miligramas por 100 quilocalorias, levando em consideraçãoo produto pronto para consumo, segundo as instruções de preparação informadas pela empresa fabricante. Nesses casos, nota-se que as novas regulamentações para rotulagem dos alimentos aplicam-se também para áreas mais específicas na nutrição (nutrição clínica e nutrição infantil), sendo fundamental uma análise criteriosa da quantidade de lactose disponível nesses alimentos, para a adequada adequação da rotulagem e informação ao consumidor, de acordo com o especificado na legislação. RDC 24/2010: Divulgação e promoção comercial de alimentos especí�cos Até o momento, o foco foi a questão do marketing nutricional e da rotulagem, mas não se deve deixar de levar em consideração a RDC 24/2010, que trata sobre propaganda, oferta, informação, publicidade e outras práticas correspondentes, caso o intuito seja a promoção comercial e divulgação de alimentos considerados com parcelas altas de gordura trans, gordura saturada, açúcar, sódio, e de bebidas com baixo conteúdo nutricional. Seguem algumas normativas a serem consideradas, na forma como o produto se encontra exposto à venda: Alimento com alto teor de açúcar Tem em sua composição quantidade igual ou superior a 15g de açúcar por 100g ou 7,5g por 100mL. Alimento com alto teor de gordura saturada Tem em sua composição quantidade igual ou superior a 5g de gordura saturada por 100g ou 2,5g por 100mL. Alimento alto teor de gordura trans Tem em sua composição quantidade igual ou superior a 0,6g para 100g ou 100mL. Alimento com alto teor de sódio Tem em sua composição uma quantidade igual ou superior a 400mg de sódio por 100g ou 100mL. Nutrição enteral Junto às fórmulas para nutrição enteral, quando o produto tiver lactose em quantidade igual ou superior a 25 miligramas por 100 quilocalorias, levando em consideração o produto pronto para o consumo, segundo as instruções de preparação informadas pela empresa fabricante. Vale reforçar que na propaganda, oferta, publicidade e em outras práticas correspondentes em que o intuito seja a promoção comercial de alimentos com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar, sódio e bebidas com baixo conteúdo nutricional são determinadas diversas regras, que englobam a fácil identificação da mensagem e que sejam comunicados alertas referentes aos perigos do consumo em excesso de tais nutrientes, independentemente do canal de comunicação (televisão, peça publicitária, internet etc.) Exemplo: "O (nome/ marca comercial do alimento) possui muito açúcar e, se ingerido em grandes quantidades, eleva o risco de cárie dentária e obesidade". Norma brasileira de comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras (NBCAL) Na abordagem da promoção comercial de alimentos e produtos para lactentes e crianças de primeira infância, é preciso conhecer e levar em consideração a norma brasileira de comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras (NBCAL), que é uma reunião de regras regulatórias da rotulagem de alimentos e produtos e da promoção comercial para recém-nascidos e crianças com até três anos, como mamadeiras, chupetas, leites e papinhas. O seu foco é garantir o uso apropriado desses produtos de maneira que não ocorra nenhuma interferência no aleitamento materno, sendo instrumento fundamental para o controle da publicidade indiscriminada de produtos e alimentos que possam competir com a amamentação. Desse modo, é proibido fazer, em todos os meios de comunicação, promoção comercial, incluindo divulgação escrita, on-line, visual e auditiva, merchandising. Dessa maneira, as estratégias de marketing que induzem às vendas para o consumidor, como cupons de desconto, exposições especiais, destaque de preço/promoção, preços abaixo dos custos, brindes, prêmios, vendas vinculadas e apresentações especiais não estão permitidas. Não é permitido fazer promoção comercial, segundo a Lei nº 11.265, de 3 de Janeiro de 2006, para os produtos a seguir: Fórmulas infantis para lactentes Pó ou líquido para a alimentação de lactentes até o sexto mês, sob prescrição, para substituir total ou parcialmente o leite materno/humano, para cobertura das necessidades nutricionais dessa faixa etária. Fórmulas infantis de seguimento para lactentes Produto em pó ou líquido utilizado, por recomendação de profissional habilitado, como suplente do leite materno/humano, a partir do sexto mês. Fórmulas de nutrientes apresentadas e/ou indicadas para recém-nascidos de alto risco Combinado de nutrientes indicado para completar a alimentação de recém-nascidos prematuros e/ou de alto risco. Produtos relacionados Produtos como protetores de mamilo, bicos, mamadeiras e chupetas. Para gerenciamento mais adequado do estoque regulatório da ANVISA, todas as normativas foram reunidas em bibliotecas de temas, que são documentações que reúnem todas as normativas em vigência sobre determinado tema, divididos por subtemas. O intuito é facilitar a acessibilidade e o entendimento do estoque regulatório, destinado aos públicos externo e interno, bem como aperfeiçoar o método de preparação e revisão das normas. Código de ética e de conduta do nutricionista Frente a todas as mudanças ocorridas na sociedade decorrentes da pandemia gerada pelo coronavírus, o código de ética e de conduta do nutricionista sofreu algumas alterações; a Resolução CFN Nº 599, de 25 de fevereiro de 2018 foi alterada pela Resolução CFN nº 646/2020 até dia 31 de agosto de 2020; nº 660/2020 até dia 28 de fevereiro de 2021; e nº 684/2021 até a declaração do encerramento da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre as alterações, reforça-se o artigo 36, que foi suspenso, em caráter excepcional, até a declaração do final da pandemia pela OMS pelo art. 1º da Resolução CFN nº 684/2021: “É dever do nutricionista realizar em consulta presencial a avaliação e o diagnóstico nutricional de indivíduos sob sua responsabilidade profissional”, que foi substituído por: Orientação nutricional e acompanhamento podem ser realizados de forma não presencial. (CFN nº 684/2021) Essa conduta facilita a manutenção da prática profissional do nutricionista e estende possibilidades não somente de divulgação do trabalho de atendimento nutricional pelas mídias sociais, mas a execução do teleatendimento e de modelos de acompanhamento dos pacientes de forma remota. A Resolução CFM nº 2.227/2018 delimita e regulariza a telemedicina como modelo de prestação de serviços médicos intermediados por tecnologias, que incluem teleinterconsulta, telecirurgia, telediagnóstico, teletriagem, telemonitoramento e teleorientação dos pacientes. Pelo fato de a classe médica ter todo o respaldo para o trabalho remoto, pode-se futuramente abrir um precedente positivo para a manutenção da orientação nutricional e o acompanhamento realizados de forma remota, pelo teleatendimento. Em relação à divulgação das atividades profissionais do nutricionista, citado acima, o Capítulo IV do Código de Ética (Meios de Comunicação e Informação) traz detalhes sobre como deve ser (por qualquer tipo de meio de comunicação) o uso de estratégias para informar e comunicar o público e para divulgar as atuações do nutricionista. Alguns artigos importantes: Art. 53 É direito do nutricionista usar os meios de informação e comunicação e informação, assumindo toda responsabilidade pelas informações divulgadas. Nota-se que existem diversos direitos e deveres do profissional nutricionista, em que sua imagem deve transparecer como idônea para o público geral, e suas palavras e seus posicionamentos devem refletir a verdade baseada em ciência. Art. 55 É dever do nutricionista, durante o compartilhamento das informações a respeito de alimentação e nutrição nos diferentes meios de comunicação, ter como foco a educação nutricional e alimentar e a promoção da saúde, com o devido contexto e com o respaldo técnico e científico.
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