Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MATERIAL DE ESTUDO DO CURSO DE ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO – BÁSICO OBSERVAÇÃO: ESTE MATERIAL É COMPOSTO DA TRANSCRIÇÃO DE CONTEÚDOS PERTINENTES AO TEMA PROPOSTO, EXTRAÍDOS DE DIVERSAS FONTES PARA QUE HAJA MAIOR APROVEITAMENTO E APRENDIZADO DOS ALUNOS. 2 SUMÁRIO CAPITULO 1. Assédio moral no trabalho............................................................................3 Conceitos específicos...................................................................................3 Requisitos configuradores do assédio moral trabalhista..............................6 Assédio moral, indenização, requisitos.........................................................6 Danos morais, não configuração e ausência de comprovação...................7 Assédio moral, indenização por dano moral e pressupostos.......................8 Assédio moral no ambiente de trabalho.......................................................9 Assédio moral, idenização.............................................................................9 Recurso ordinário......................................................................................10 CAPITULO 2. Assédio moral no ambiente de trabalho.....................................................11 Conceito de assédio moral e classificação.................................................12 Implicações para a empresa e para o associado........................................14 O papel da área Recursos Humanos e o assédio moral..............................15 Considerações finais...................................................................................17 REFERENCIAS...........................................................................................18 3 CAPITULO 1. Assédio Moral no Trabalho - Conceito, Espécies e Requisitos Caracterizadores. FONTE: Conforme informa Vólia Bonfim Cassar, o assédio moral pode ser também denominado de “bossing, mobbing, bullying, harcèlement, manipulação perversa, terrorismo psicológico, epsicoterrosimo.” (CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho. 7 ed. Niterói: Impetus, 2012, p. 913) 2 CASSAR, 2012, loc. cit. 3 Ibid, p. 12. O presente estudo objetiva revelar o conceito, as espécies e os elementos caracterizadores do assédio moral, no contexto da organização laboral pós-industrial. O tema possui relevância visto que toda a origem histórica do trabalho e do Direito do Trabalho conta com a narrativa de abusos contra o trabalhador. O termo trabalho está historicamente vinculado a algo ruim, doloroso, desagradável e degradante. Aponta a doutrina que a palavra vem do latim tripalium, uma espécie de instrumento de tortura que pesava sobre os animais. Destaca-se a época denominada de Revolução Industrial e suas abusividades praticadas pelos capitalistas: jornadas extenuantes, exploração do trabalho da mulher e do menor, ambiente laboral insalubre e perigoso etc. E foi justamente o cenário de exploração do operário durante a Era Industrial que fez surgir o ordenamento laboral. Ou seja, a raiz do Direito do Trabalho está na luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Frise-se que os excessos cometidos pelo empregador não se limitavam aos pontos antes referidos. Agressões psicológicas com o fito de perseguição e exclusão, também compõem o rol de desrespeitos aos trabalhadores. CONCEITO E ESPÉCIES Segundo Vólia Bomfim Cassar, o assédio é “o termo utilizado para designar toda conduta que cause constrangimento psicológico ou físico pessoa”. Enquanto o assédio moral é por ela caracterizado em face de “condutas abusivas praticadas pelo empregador direta ou indiretamente, sob o plano vertical ou horizontal, ao empregado, que afetem seu estado psicológico” 4 Sérgio Pinto Martins ensina que assediar significa “importunar, molestar, aborrecer, incomodar, perseguir com insistência inoportuna. Assédio quer dizer cerco, limitação”. Já o assédio moral, segundo o mesmo autor, consiste em: “uma conduta ilícita, de forma repetitiva, de natureza psicológica, causando ofensa à dignidade, à personalidade e à integridade do trabalhador. Causa humilhação e constrangimento ao trabalhador. Implica guerra de nervos contra o trabalhador, que é perseguido por alguém.” Observa-se que a conceituação de Sérgio Pinto Martins trata do trabalhador, referindo-se a ele enquanto vítima do terror psicológico. Porém, impera registrar que nada impede que a violência psicológica seja do trabalhador em face da sua chefia. Incontestavelmente, o empregador é o principal agente causador de violência psicológica no local de trabalho, na medida em que possui o poder diretivo traçado pelo art. 2º da CLT e o empregado está a ele subordinado juridicamente (art. 3º da CLT). O que ocorre no assédio é que as atitudes do agressor extrapolam o poder patronal e atingem a pessoa do empregado e não a sua atividade. O empregador, ao usar de sua superioridade hierárquica para constranger um subordinado, pratica o assédio vertical ou descendente. No ensinamento primoroso de Sônia Mascaro do Nascimento, “o que se verifica no assédio vertical é a utilização do poder de chefia para fins de verdadeiro abuso de direito do poder diretivo e disciplinar, bem como, para esquivar-se das consequências trabalhistas”. A referida autora exemplifica a sua assertiva apontando o caso do empregador que tenta convencer o empregado a pedir o seu desligamento para não ter que pagar as verbas rescisórias inerentes a uma dispensa imotivada. E pode agir utilizando de vários subterfúgios, como “retirar sua autonomia no departamento, transferir todas suas atividades a outras pessoas, isolá-lo do ambiente, para que o empregado sinta-se de algum modo culpado pela situação, pedindo sua demissão.” Outro tipo de assédio é o horizontal, praticado por um grupo de empregados do mesmo nível. O fenômeno pode, inclusive, decorrer de ato patronal, consistente no estímulo à rivalidade entre seus empregados. Ou seja, o empregador estimula conflitos internos com o fito de “se livrar de alguém incômodo, jogando uma pessoa contra a outra, com intuito de pressioná-la a pedir demissão”. 5 O mobbing horizontal leva, por exemplo, à submissão do sujeito a comentários agressivos sobre a sua vida pessoal, boicote a um projeto de trabalho, discriminação política, religiosa, dentre outras. Por fim, há o assédio ascendente, praticado pelos subordinados contra o chefe, que, assim como nas demais modalidades, pretende tornar insuportável o ambiente de trabalho, obrigando o superior hierárquico a tomar a iniciativa, por qualquer meio, de deixar o cargo ocupado ou, até mesmo, da dissolução do contrato de trabalho. Nas três modalidades as condutas são abusivas, pois praticadas direta ou indiretamente visando a afetação do estado psicológico da vítima, causando-lhe dano à personalidade, à dignidade, à integridade física ou psíquica, colocando em perigo o emprego ou degradando o ambiente de trabalho. Ganha também relevância a descrição dos perfis das vítimas e dos agressores, inclusive para se permitir a correta compreensão dos motivos do assédio moral praticado. As vítimas mais comuns do terror psicológico, segundo apontamento doutrinário, são os empregados estáveis, já que a sua condição impede a dispensa sem justa causa, bem como os trabalhadores vítimas de acidente de trabalho ou de doença. Por fim, de acordo com Luiz Gomes Ramos e Rodrigo Galia, citando Reginald Felker, o assediador tem um perfil psicológico aterrador, consistente no prazer pela prática do rebaixamento dos demais e em outros aspectos, conforme se pode observar: “[...] o assediador é alguém que não pode existir senão pelo rebaixamento dos outros, pois tem necessidade de demonstrar poder e para ter uma boa autoestima. Dissimula sua incompetência. Em suma, trata-se de alguémque, em última análise, é covarde, impulsivo, tem uma fala vazia e não escuta. Não assume responsabilidade, não reconhece suas falhas, não valoriza os demais. É arrogante, desmotivador, amoral, plagia ou se apropria do trabalho de outros, é cego para o aprendizado.” Assim e da forma vista, o assédio moral tem a “característica peculiar de discriminação, exclusão propositada, intenção do assediador de minar as resistências psicológicas da vítima.” 6 REQUISITOS CONFIGURADORES DO ASSÉDIO MORAL TRABALHISTA Várias são as formas de se praticar assédio moral, como desprezar o empregado, deixando-o isolado no ambiente laboral; determinar o cumprimento de metas impossíveis de serem realizadas, levando-o ao descrédito pessoal a determinação de cumprimento de tarefas alheias à sua função, como limpar sanitários; a “inatividade forçada” a exposição a situações vexatórias etc. Todavia, nem todo conflito ou situação de estresse vivido pelo empregado caracteriza o assédio moral, por isso a importância de se atentar para o correto enquadramento do fenômeno. Diz Sérgio Pinto Martins que “o fato do empregado exercer função estressante não implica que é assediado moralmente”, bem como: “o empregador pode fazer revistas nos empregados, monitorar e- mails, mudar o empregado de função, fazer avaliações de desempenho, impor metas, fazer cobranças. Isso decorre do poder de direção do empregador e não significa assédio moral.” De fato e considerando o panorama atual da organização produtiva, altamente competitivo e que pede um trabalhador polivalente e multifuncional, além de altamente intelectualizado, certamente que irritações, frustrações e nervosismo, fazem parte do cotidiano de concorrência empresarial e, muitas vezes, são fatores que decorrem do simples exercício da função, ou ainda, da personalidade de cada trabalhador. A análise do Judiciário em casos concretos é igualmente cautelosa, ressaltando a diferença entre meros dissabores e o terror psicológico no ambiente laboral, conforme segue: ASSÉDIO MORAL, INDENIZAÇÃO E REQUISITOS Na caracterização do assédio moral, conduta de natureza mais grave, há quatro elementos a serem considerados: A natureza psicológica, o caráter reiterado e prolongado da conduta ofensiva ou humilhante, a finalidade de exclusão e a presença de grave dano psíquico - emocional, que compromete a higidez mental da pessoa, sendo passível de constatação pericial. Ou seja, nem toda forma de agressão psicológica. Pessoa configura o assédio moral; esse tem conotação mais grave, seja pela natureza da conduta, o modo como ocorre a lesão, seja em razão das possíveis 7 repercussões no psiquismo da vítima, da gravidade do dano. De mais a mais, deve o dano moral ser de tal gravidade que justifique a concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Mero dissabor, aborrecimento, desconforto emocional, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do chamado dano moral. DANOS MORAIS, NÃO CONFIGURAÇÃO E AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. As alegações de abuso do poder diretivo, ou da configuração de assédio moral, trazidas pela autora, em sua peça de ingresso, não podem ser confundidas com o estresse, a pressão profissional, a sobrecarga de trabalho, as exigências modernas de competitividade e qualificação. Não podem ser confundidas, tampouco, com fatores que recaem indiscriminadamente sobre um grupo de pessoas, sem caracteriza intenção de humilhar, desmoralizar, perseguir um alguém em particular. Na hipótese dos autos, a reclamante não logrou se desvencilhar, a contento, do encargo probatório que sobre si recaía, a respeito dos fatos constitutivos do seu direito. (art. 818 da CLT e art. 333, I, do CPC). Não há prova robusta que permita afirmar ter ocorrido atitude ilícita por parte da reclamada, nem atos de perseguição, humilhação, discriminação ou constrangimento sobre a obreira. E mais, não raras vezes o superior hierárquico acaba por repreender o empregado por falta de diligência deste no desempenho de suas atividades, o que é perfeitamente normal e não pode ser tido como assédio moral. Ora, o empregador tem poder de contratar, fiscalizar, punir ou dispensar determinado empregado e se tais poderes forem exercidos sem cunho intimidatório, tem-se o exercício normal de um direito. Ao contrário sensu, quando há repetida pressão psicológica exercida pelo empregador visando compelir o empregado a pedir o seu desligamento da empresa, ou ainda, afetar a sua autoestima, configurado está o assédio moral. Os mais variados conceitos apontados pela doutrina apresentam pontos em comum considerados elementos delineadores do assédio moral. Sérgio Pinto Martins ensina que a caracterização do assédio moral exige: conduta abusiva, ação repetida, postura ofensiva à pessoa, agressão psicológica, com finalidade de exclusão do trabalhador e dano psíquico emocional. 8 Já para Rodolfo Pamplona Filho, o assédio moral possui quatro elementos: a) conduta abusiva; b) natureza psicológica do atentado à dignidade psíquica do indivíduo; c) reiteração da conduta; d) finalidade de exclusão. Mencionado autor não aponta o dano psíquico como elemento imprescindível de enquadramento da figura. Em sentido contrário (e na mesma linha de Sérgio Pinto Martins), Sônia Mascaro do Nascimento considera que a configuração do assédio moral demanda a constatação de doença psíquico-emocional (dano propriamente dito) através de perícia médica, justamente, segundo aduz, para não se generalizar o instituto e assim, separar o efetivo terror psicológico de outras doenças psicológicas nascidas das relações laborais. Entretanto, é consensual que o assédio moral requer uma conduta abusiva, agressiva e vexatória, pois tenciona o constrangimento do agente passivo e a afetação negativa de sua autoestima. Ainda, as agressões devem ser reiteradas e regulares, ou seja, com repetição no tempo. Frise-se, tempo “suficientemente longo para que cause um impacto real e de verdadeira perseguição pelo assediador”. Logo, atos isolados não são capazes de configurar assédio moral, consoante orientação também da atual jurisprudência sobre o assunto, in verbis: ASSÉDIO MORAL, INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E PRESSUPOSTOS. Por ofender direitos fundamentais e personalíssimos do empregado, o assédio moral rende ensejo ao dever de indenizar, decorrente da responsabilidade civil subjetiva, que tem como pressupostos a conduta comissiva ou omissiva do empregador, a existência de dano real à vítima e a relação de causalidade entre a conduta do agente e os danos experimentados. Outro aspecto essencial para a qualificação do assédio moral é o intuito de quem pratica. Assim, é preciso ter a intenção de segregação, para que então a vítima ou sujeito passivo do assédio desista do cargo ou do emprego. Todavia, cabível o alerta dos Tribunais de que o assédio moral nem sempre visa à demissão do empregado, podendo objetivar apenas manter o trabalhador sob tortura psicológica. É o que se vê do posicionamento jurisprudencial de relatoria da 9 Desembargadora Wanda Lúcia Costa Leita, do E. TRT da 17ª Região, que evidencia também a dificuldade probatória da figura32. Transcreve-se: ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO DISCRIMINAÇÃO. REPARAÇÃO CIVIL POR DANOS MORAIS. A prática do assédio moral não é de fácil comprovação, pois, na maioria das vezes, ocorre de forma velada, registrando-se que o assédio moral no ambiente de trabalho não visa apenas demissão do emprego, apesar de configurar o objetivo mais frequente. Pode apenas revelar a intenção de constranger, humilhar, isolar o empregado, ou seja, apenas manter o subordinado sob tortura psicológica. Assim, comprovada a existência de indícios suficientes para demonstrar a sua prática, devida a reparação civil por danos morais. A exigência do realpropósito de degradar as condições de trabalho do empregado como condição configuradora do assédio moral pode também ser extraído da jurisprudência abaixo, oriunda da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. ASSÉDIO MORAL, INDENIZAÇÃO. A intenção da ré em denegrir a imagem do autor, imputando-lhe conduta desidiosa, leva à materialização da figura jurídica do assédio moral, ato ilícito que sujeita o empregador ao dever de reparação. Alerta José Affonso Dallegrave Neto para a necessidade da atitude do agressor ser dolosa, ou seja, com o objetivo deliberado de destruir emocionalmente a vítima. Na culpa, esclarece o autor, há a conduta, mas não se objetiva o resultado, enquanto que no dolo, “há uma tríplice coincidência da vontade de agir, da intenção de prejudicar e do resultado obtido.”. Extrai-se, da conceituação traçada por Sônia Mascaro do Nascimento, mais uma condição caracterizadora do assédio moral, qual seja, que a agressão ocorra durante a jornada de trabalho do empregado e no exercício das suas funções. E para além do traçar doutrinário dos elementos caracterizadores do assédio moral no trabalho, a jurisprudência acrescenta mais um elemento para a configuração do assédio moral: a intensidade da “violência psicológica”, conforme se vê do aresto abaixo: 10 RECURSO ORDINÁRIO, DO DANO MORAL DECORRENTE DE ASSÉDIO MORAL. Quanto à indenização por danos morais, decorrentes dosalegado constrangimentos sofridos decorrentes de cobranças de metas, a doutrina e a jurisprudência têm apontado como elementos caracterizadores do assédio moral, a intensidade da violência psicológica, o seu prolongamento no tempo (tanto que episódios esporádicos não o caracterizam) e a finalidade de ocasionar um dano psíquico ou moral ao empregado, com a intenção de marginalizá-lo, pressupondo um comportamento premeditado, que desestabiliza, psicologicamente, a vítima. O direito à reparação do dano nasce a partir do momento em que ocorre a lesão a um bem jurídico extrapatrimonial, como a vida, a honra, a intimidade, imagem etc. No caso em questão não restou evidenciada a conduta ilícita da reclamada, eis que não comprovada nos autos à forma vexatória de cobrança de metas. Por todo o exposto, inegável a relevância do estudo dos elementos configuradores do assédio moral, sobretudo, como modo de fixação de limites entre o exercício legal do poder diretivo pelo empregador e a prática censurável do terrorismo psicológico. 11 CAPITULO 2. Assédio moral do ambiente de trabalho. FONTE: XI simpósio de excelência em gestão em tecnologia, 2014. Aline Pereira Neves da Costa aline_pereiranc@yahoo.com.br FAPUR/UFRRJ Vanessa Estulano de Oliveira vanessa_estulano@hotmail.com FAPUR/UFRRJ O assédio moral no trabalho, embora muito antigo e exista desde o surgimento do trabalho, é um tema novo entre as pesquisas no Brasil. Os estudos sobre o assunto só se iniciaram nas últimas décadas, os quais passaram a conscientizar a sociedade da gravidade e consequências desse tipo de violência à saúde psicológica e física do trabalhador. O tema vem ganhando espaço na literatura especializada e na grande imprensa em geral (Palácios & Rego, 2006; Jacoby, et. al., 2009). Como preocupação acadêmica, acredita-se que termo tenha ganhado notoriedade em 1998 quando Marie-France Hirigoyen, psicanalista e vitimologista francesa, lançou na França o livro “Assédio Moral: a violência perversa no cotidiano”. No Brasil, além da contribuição deste livro, o tema teve destaque no ano 2000 com a divulgação da dissertação de Mestrado em Psicologia Social da Dra. Margarida Barreto, defendida na PUC/SP, com o título "Uma jornada de humilhações" (Barreto, 2000; Silva, 2007; Maciel & Gonçalves, 2009; Garcia & Tolfo, 2011). Quanto à legislação, em 2009 existiam no Brasil mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios. Vários projetos já foram aprovados, dentre eles, os da cidade de São Paulo, Guarulhos, Bauru, Iracemápolis, Jaboticabal, Cascavel, Sindrolândia, Natal, Reserva do Iguaçu, Campinas e Guaracema. Em nível do estado, destaca-se o Rio de Janeiro, que desde 23 de agosto de 2002, conta com lei aprovada (no. 3921), estando em tramitação projetos em outros estados, como: São Paulo, Rio Grande do Sul, 12 Pernambuco, Paraná, Bahia, etc. Em nível federal há proposta de alteração do Código Penal, e outros projetos de lei (Mendes, 2006; Maciel & Gonçalves, 2009). Na maior parte dos casos, o assédio moral dá direito à rescisão indireta, e o trabalhador ainda pode pedir indenizações morais e/ou materiais. Porém a parte mais difícil é a coleta de provas contra o assediador. Por ser um ato muitas vezes verbal, sem que se tenha uma prova concreta, essa coleta se torna praticamente impossível, o que dificulta a punição (Mendonça, Souza & Oliani, 2008). As denúncias de assédio trazem à tona discussões sobre o comportamento ético nas organizações. Muitas estimulam competições não saudáveis, gerando abuso de poder, seu uso indevido, ou não dando a devida atenção às humilhações dentro do ambiente organizacional, seja nas relações verticais ou horizontais (Rezende, 2006; Filho & Siqueira, 2008). A importância deste estudo é ampliar a visibilidade sobre o assédio moral na área de Recursos Humanos. Nesse sentido, o artigo se propõe a expor o conceito de assédio moral e suas classificações, as implicações para a empresa e para o assediado e o papel da área de Recursos Humanos. CONCEITO DE ASSÉDIO MORAL E CLASSIFICAÇÕES Refere-se a toda forma de conduta abusiva (gesto, palavra, escritos, comportamento, atitudes, etc.) que expõe o trabalhador (a) a situações humilhantes e constrangedoras ocorridas de forma intencional, repetitiva e duradoura durante a jornada de trabalho, atentando contra a integridade psíquica ou física do indivíduo, diminuindo sua auto-estima, ameaçando seu emprego e/ou degradando o clima de trabalho (Hirigoyen, 2002; Freitas, 2007). O assédio moral pode assumir diferentes nomenclaturas que terão o mesmo significado, são elas: Assédio moral, em Portugal e no Brasil; Mobbing nos países nórdicos, na Suíça, na Alemanha e na Itália; Harassment ou mobbing nos Estados Unidos da América; Ijime, no Japão; Acoso moral em Espanha; Bullying, na Inglaterra; Harcèlement moral, na França. 13 Segundo Hirigoyen (2002) e Guedes (2004) o assédio moral possui três classificações, Vertical, Horizontal e Mista. Porém, o assédio vertical subdivide-se em: vertical descendente e vertical ascendente. O assédio vertical descendente provém da hierarquia, é praticado de cima para baixo, ou seja, pelo superior hierárquico. Normalmente é praticado quando o superior deseja que o assediado saia da empresa (Hirigoyen, 2002; Guedes, 2004; Silva, 2007). Esse tipo de assédio é o mais frequente e o que causa maiores danos aos assediados, pelo fato de o superior utilizar-se de sua posição para submeter o empregado a tratamentos constrangedores e humilhantes. Por caracterizar-se de uma relação de desigualdade, existe uma maior dificuldade de comprovação e de o empregado resistir ao assédio (Hirigoyen, 2002, 2005; Guedes, 2004; Rezende, 2006). Por outro lado, o assédio vertical ascendente é mais raro e é praticado de baixo para cima, ou seja, pelos subordinados. Acontece em casos de contratação de uma pessoa mais nova para o cargo de superior ou de promoção de uma pessoa indesejada pelos subordinados. Essa forma de assédio pode ser destruidora, pois o assediado em questão é o superior e por ocupar tal posição tem receio de queixar-se ao empregador das atitudes de desrespeito de seus subordinados, o que o caracterizaria uma pessoa fraca ou não habilitado para o cargo (Hirigoyen, 2002; Guedes, 2004). O assédio horizontal ocorre de forma frequente e no mesmo nível hierárquico,ou seja, praticado pelos próprios colegas. Pode surgir devido à competitividade ou em casos de discriminação em relação opção sexual, opção religiosa, deficiência física e raça (Hirigoyen, 2002; Guedes, 2004; Tacitano & Guimarães, 2004). As consequências da sua prática não têm um caráter grave, uma vez que o assediador e o assediado estão em posição igualitária. Já o assédio misto caracteriza-se por um prolongamento do assédio horizontal, e pelo fato de o superior começar a praticá-lo também, caracterizando em assédio vertical descendente. Ocorre que o assediado em questão acaba sendo culpado por tudo que der errado (Hirigoyen, 2002; Guedes, 2004). São condutas comuns de assédio moral quando ocorrem as seguintes situações: o empregado recebe instruções confusas e imprecisas; quando dificultam a realização de suas atividades; quando são atribuídos erros imaginários ao trabalhador; quando são exigidas tarefas urgentes, sem necessidade; quando o empregado fica sobrecarregado com tarefas; quando é ignorada a presença do trabalhador, seja sem cumprimentos de 14 educação ou não lhe dirigindo a palavra na frente dos outros, deliberadamente; quando são feitas críticas ou brincadeiras de mau gosto ao trabalhador em público; quando há imposição de horários injustificados; quando são retirados os instrumentos de trabalho sem justificativas; quando ocorre agressão física ou verbal, quando ocorre revista vexatória; quando existe restrição ao uso de sanitários; quando ocorrem ameaças e/ou insultos; e quando o empregado é imposto ao isolamento (Ministério do Trabalho, 2011). A principal característica do assédio moral é o abuso do poder exercido sistematicamente de forma repetida por um período longo de tempo, configurando a prática da perversidade no local de trabalho (Barreto, 2000; Freitas, 2001, 2006). Mas no assédio moral o abuso de poder não costuma ser feito de uma forma explicita. IMPLICAÇÕES PARA EMPRESA E PARA O ASSEDIADO A precariedade do trabalho vem crescendo e tem sido uma tendência global. A busca por maior produtividade é uma realidade constante e que repercute nas condições de trabalho, com o aumento da sua jornada, da competição, dos riscos para a saúde, dos acidentes e do estresse, ocasionando as doenças relacionadas ao trabalho, entre outras formas de padecimento, adoecimento e sofrimento (Caran et. al., 2010). As empresas precisam estar sempre preocupadas com o seu capital humano, devendo garantir para seus colaboradores condições mínimas de trabalho como boas condições de higiene, saúde e segurança. Além disso, precisam assegurar um clima organizacional agradável, interferindo e gerenciando os conflitos que venham a prejudicar as relações entre seus trabalhadores (Barbosa, 2009). Em casos de assédio moral, muitas organizações optam por ignorar o problema ou simplesmente demitir o assediado. A falta de punição efetiva para as empresas e para o assediador pode ser a explicação para tal negligência (Heloani, 2008). Quando a própria empresa, mesmo com a interferência do RH, não consegue solucionar o problema de assédio, este pode ser levado à justiça. Porém, em muitos casos, o máximo que se consegue é uma multa aplicada à organização ou o pagamento de indenizações. Isso ocorre, pois a busca de provas do assédio se torna muitas vezes 15 inútil, uma vez que a agressão ocorre com maior frequência de forma verbal e/ou gestual (Da Silva, 2007). Outra implicação para a empresa é que o assédio moral ocasiona a redução da produtividade, incorre em maiores gastos com a reabilitação do agredido ou na qualificação de um novo contratado, além de gerar certa deterioração da imagem da empresa, tanto interna como externamente. Todas essas consequências geram prejuízos financeiros e humanos (Barros Júnior, 2009). As mulheres têm sido as maiores vítimas de assédio moral no ambiente de trabalho, porém é também grande o número de casos de assédio entre homens. Isso pode ser explicado pelo fato da mulher ser vista como um ser frágil, estando assim mais vulnerável a tal violência (Freitas, 2006; Silva, 2007). A vítima acaba sendo isolada, ridicularizada, inferiorizada e passa a receber a culpa diante dos seus companheiros de coisas que não fez. Esses com medo de se tornarem também assediados acabam se afastando da vítima, e tomando atitudes como ficar em silêncio ou passar a ser um novo agressor àquela pessoa (Guedes, 2004). Dentre as possíveis implicações do assédio moral para o assediado, estão: perda da autoestima, isolamento, recusa de comunicação, incapacidade laborativa, depressão, angústia, desestabilização em relação ao ambiente de trabalho e a organização, levando-o a pedir demissão, ou até mesmo ao suicídio. Um fato agravante da situação é que as pessoas que sofrem com assédio moral no ambiente de trabalho tendem a reproduzi-lo no ambiente familiar ou no meio social em que vive (Da Silva, 2007). O PAPEL DA ÁREA RECURSOS HUMANOS E O ASSÉDIO MORAL No Brasil, a administração de recursos humanos começou a se desenvolver de forma lenta, se apresentando de forma tímida e cumprindo apenas funções burocráticas. A partir dos anos 30 ganhou uma abordagem psicológica e social, e nas últimas décadas passou por alterações que deram a essa área metas mais claras e alinhadas às organizações. Porém, até hoje segue com certo atraso (Lopez-Cabarcos et al., 2008; Academia Pearson, 2010). 16 Para evitar o assédio moral a área de RH deveria investir em uma política preventiva. A apresentação de palestras e a divulgação interna por meio de cartazes e panfletos educativos podem ser uma solução eficaz e de conscientização para os trabalhadores. Estes devem, a partir dessas ações, saber como identificar quando uma pessoa está sofrendo assédio moral, quais as consequências geradas no indivíduo e como agir diante desse problema (Bispo, 2009). Outro tipo de prática preventiva é o uso de técnicas de gerenciamento, como a avaliação ou feedback de 360 graus, que consiste em analisar as ações dos colegas de trabalho e dos superiores hierárquicos de forma sigilosa, mantendo o anonimato e a confiabilidade das manifestações e opiniões expressadas (Aguiar, 2008; Academia Pearson, 2010). O RH deveria desenvolver uma política que possibilite uma boa comunicação, tanto entre o setor e os funcionários, como entre os próprios funcionários, tendo esses uma relação horizontal ou vertical. Isso contribui, significativamente, para melhorar as condições de trabalho e faz com que os indivíduos se sintam mais à vontade em compartilhar certas situações, podendo-se assim manter um melhor mapeamento do que vem acontecendo no ambiente de trabalho (Alkimin, 2006). De outra forma, quando o problema do assédio moral já está implantado na empresa, cabe ao setor de RH resolver a situação procurando manter maior contato com as pessoas envolvidas, mapeando o porquê da agressão e promovendo formas amigáveis de reconciliação, a fim de que isso não volte a acontecer. Caberia ao RH aproveitar a oportunidade de disciplinar imputando ao agressor, penalidades compatíveis com o nível da agressão. A empresa deve estar sempre atenta em apurar criteriosamente as denúncias, e caso não consiga solucionar o problema deve procurar o apoio jurídico (Silva, 2006). Em algumas situações é preciso rever a própria cultura organizacional, reforçando a idéia de respeito aos direitos trabalhistas e humanos, e fazendo com que todos se sintam comprometidos e responsáveis pelas boas relações de trabalho. Uma pesquisa de clima organizacional pode auxiliar na percepção de mudanças a serem feitas. A criação de um código de ética também pode ser de grande valia, devendo este explicitar a postura da empresa e as providências a serem tomadas em caso de assédio moral (Rezende, 2006). 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos últimos anos otermo assédio moral tem ganhado evidência devido ao crescente número de casos e o maior espaço na mídia nacional. O atual cenário econômico, de um mundo globalizado que visa à flexibilização das relações de trabalho e exige maior produtividade do trabalhador, possibilita uma crescente competitividade entre os indivíduos, esta dá margem a um ambiente propício para o assédio, já que cria um maior nível de conflitos (Rigueiro, 2013). O assédio moral pode acontecer por diferentes vias, não se limita a uma atuação do superior sobre o subordinando, o inverso pode ocorrer, porém é mais incomum. Quanto ao assédio sobre pessoas do mesmo nível hierárquico, o mesmo tem se tornado comum e nos últimos anos, tribunais têm julgado casos de assédio moral horizontal. Com a falta de uma lei federal a justiça tem se baseado na construção jurisprudencial sobre o assunto e aplicam por analogia leis estaduais e municipais. O Ministério do Trabalho prevê, desde 2011, condutas comuns de assédio moral. A prática do assédio moral gera implicações para o assediado e para a empresa. O custo é mais alto para a vítima, pois as consequências são de natureza psicológica, além de atingir direta ou indiretamente as pessoas que convivem com a mesma (Fabiana, 2009). Já para a empresa, as implicações têm caráter financeiro e legal. A área de Recursos Humanos deve buscar uma atuação proativa em relação aos negócios da empresa. Os estudos têm sido muito importantes para essa evolução, pois revelam como prevenir, resolver e punir em casos que venham a ocorrer. Com isso acredita-se que em pouco tempo as políticas específicas em relação ao problema estarão incorporadas na maioria das empresas. 18 REFERÊNCIA BERARDO, Carlos Francisco. Assédio moral e assédio sexual. Revista do Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região, São Paulo, n. 4, p. 69-78, jan/abr. 2010. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. BRITO, Jonas Santada. Assédio moral e sexual. Revista do Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região, São Paulo, n. 4, p. 79-84, jan/abr. 2010. CASSAR, Volia Bonfim. Direito do Trabalho. 7 ed. Niterói: Impetus, 2012. DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Responsabilidade civil no direito do trabalho. 4. ed. São Paulo: LTr, 2010. MAEOKA, Érika. A violência na Administração Pública e o princípio da eficiência: o assédio moral e a avaliação periódica de desempenho. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 101, n. 921, p. 81-117, jul. 2012. MANSUR JUNIOR, Maurício. Assédio moral: a violência psíquica contra o trabalhador no contexto neoliberal. Revista de Direito do Trabalho, São Paulo, v. 36, n. 137, p. 240- 288, jan/mar. 2010. MARTINS, Sérgio Pinto. Assédio moral no emprego. São Paulo: Atlas, 2012. Assédio Moral. Revista da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, São Paulo, n. 13, p. 434, jan/dez. 2008. NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Assédio moral no direito comparado, Revista O Trabalho, n. 143, p. 4809-4821, jan. 2009. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Noções conceituais sobre o assédio moral na relação de emprego. Disponível em: <www.amatra5.org.br/ php/arquivos/assedio .pdf>. Acesso em: 07 mar. 2013. RAMOS, Luis Leandro Gomes; GALIA, Rodrigo Wasem. Assédio moral no trabalho. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012. Academia Pearson. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Makron Books (Grupo Pearson). Ano 2010, 272p. Aguiar, M. R. M. G. Assédio moral: problema antigo, interesse recente. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 1907, 20 set. 2008. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/11741>. Acesso em: 12 fev. 2012. Aguiar, A. L. S. Assédio moral nas organizações: estudo de caso dos empregados demitidos e em litígio judicial trabalhista no Estado da Bahia. Salvador-BA [dissertação]: UNIFACS, 2003. Alkimin, M. A. Assédio moral na relação de emprego. Curitiba: Juruá; 2006. 19 Bardin, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2007. Barbosa, N. (2009). Gestão de Pessoas. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVBMA F/gestao-pessoas>. Acesso em: 11 fev. 2012. Barros Júnior, J. C. (org.), et. al. Empreendedorismo, Trabalho e Qualidade de Vida na Terceira Idade. – 1a.ed - São Paulo: Edicon, 2009, 500 p. Barreto, M. M. S. Uma jornada de humilhações. [Dissertação]. Mestrado em Psicologia Social – PUC. São Paulo, 2000. 266p. Bispo, P. 10 ações para combater o assédio moral. Disponível em: <http://www.rh.com.br/Portal/RelacaoTrab alhista/Dicas/6200/10-acoes-para-combater-o-assedio-moral.html>. Acesso em: 17 abr. 2011. Caran, V. C. S., Secco, I. A. O. Barbosa, D. A. Robazzi, M. L. C. C. Assédio moral entre docentes de instituição pública de ensino superior do Brasil. Acta Paulista de Enfermagem. Ano 2010, 23(6), 737-744. Da Silva, M. A. L. F. Assédio moral nas relações trabalhistas sob a ótica civil-trabalhista- constitucional. [Dissertação]. Curso de mestrado em direito da Faculdade de Direito de Campos, RJ, 2007, 183p. Fabiana, D. Causas e Consequências do Assédio Moral nas Organizações. Administradores.com. 2009. Disponível em < http://www.administradores.com.br/artigos/ carreira/causas-e-consequencias-do-assedio-moral-nas-organizacoes/27496/ > Acesso em: 14 de junho de 2014. Filho, A. M. Siqueira, M. V. S. Assédio Moral e Gestão de Pessoas: uma análise do assédio moral nas organizações e o papel da área de Gestão de Pessoas. RAM – Revista de Administração Mackenzie. Ano 2008, 9(5), 11-34. Freitas, M. E. Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações. RAE – Revista de Administração de Empresas. Ano 2001. 41(2), 8-19. . A Metáfora da Guerra e a Violência no Mundo do Trabalho. São Paulo: FGV, 2006. ____________. Quem paga a conta do assédio moral no trabalho? RAE – Revista de Administração de Empresas. São Paulo. Ano 2007, 6(1), 1-7. Garcia, I. S. Tolfo, S. R. Assédio moral no trabalho: uma responsabilidade coletiva. Psicologia & Sociedade. Ano 2011, 23(11), 190-192. 20 Guedes, M. N. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: LTr, 2004. Guimaraes, L. A. M. & Rimoli, A. O. "Mobbing" (assédio psicológico) no trabalho: uma síndrome psicossocial multidimensional. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Ano 2006, 22(2), 183-191. Heloani, J. R. M.(Coordenador). Ausência de saúde moral: debilidade de ego ou doença ocupacional. [Palestra], 10/2008. 3º Congresso Internacional sobre saúde mental no trabalho, (09/10/2008 a 11/10/2008), Goiânia, GO, BRASIL. Hirigoyen, M. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. ___________. Assédio moral: a violência perversa no cotidiano (7a ed.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. Jacoby, A. R., Falcke, D., Lahm, C. R. Nunes, G. J. Assédio Moral: uma guerra invisível no contexto empresarial. Revista Mal-estar e Subjetividade. Vol. 9, No 2, junho 2009. Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003. Lopez-Cabarcos, M. Á. Picon-Prado, E. Vazquez-Rodriguez, P. Estudio del acoso psicológico en la universidad pública de Galicia. Revista de Psicologia Del Trabajo y de las Organizaciones. 2008, 24(1), 41-60. Maciel, R. H. Gonçalves, R. C. Assédio Moral é Crime. Denauncie! [Apostila]. Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará. Fortaleze, 2009. Mendes, C. A. T. Identificando o assédio moral no trabalho. Jus Navigandi, Teresina, 11(913), 2 jan. 2006. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/7767>. Acesso em: 11 fev. 2012. Mendonça, G. G., Souza, N. P. Oliani, S. M. Assédio Moral: práticas coercitivas nas relações de trabalho. Revista. Eletrônica de Ciências Empresariais, 2008. 1 (2). Minayo M.C. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro: Abrasco, 2007. Mobbing (2006). Mobbing. Disponível em:<http://www.mobbing.nu> Acesso em: jun. 2011. Ministério do Trabalho. (2011). Assédio Moral ou Sexual. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/trab_domestico/trab_domestico_assedio.asp>. Acesso em: 21 de abril de 2011. Palacios, M. Rego, S. Bullying: mais uma epidemia invisível? Revista Brasileira de Educação Médica [online]. Ano 2006, 30(1), 3-5. 21 Quine, L. Workplace bullying in NHS community trust: Staff questionnaire survey. British Medical Journal. Ano 1999, 318(23), 228-232. Rezende, L. O. A deteriorização das relações de poder dentro do organismo empresarial: uma análise do assédio moral no contrato de trabalho. [Dissertação] Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. Disponível em: <http://www.assediomoral.org/IMG/pdf/Mestrado_Relacoes_de_poder_Parana_- _assedio_moral.pdf>. Acesso em: 9 jun 2009, Rigueiro, Adriana M. A Prevenção De Assédio Moral Através De Uma Liderança Preparada. Rh Portal. 2013 - Disponível em: <http://www.rhportal.com.br/artigos/r h.php?idc_cad=le6ui6sq2> Acesso em: 14 de junho de 2014. Silva, J. H. Assédio Moral nas Relações de Trabalho Frente ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, 2006. Silva, P. C. C. Assédio Moral no Trabalho. Portugal [monografia]: Universidade de Coimbra - Faculdade de Economia. Coimbra, Portugal, 2007. Tarcitano, J. S. C. Guimarães, C. D. Assédio Moral no Ambiente de Trabalho. [monografia]. Juiz de Fora – MG: Centro de Educação Tecnológica Estácio de Sá de Juiz de Fora, 2004. 22
Compartilhar