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ISBN: 978-65-5645-108-4
9 786556 451084
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1.º e 2.º 
ano
MANUAL DO PROFESSOR PARA A
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Educação Física
3.ª edição
Curitiba, 2021
Roselise Stallivieri
Licenciada em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). 
Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). 
Professora do Ensino Fundamental I, na rede pública de ensino, entre os anos 
1990 e 2017. Autora de materiais didáticos para alunos e professores.
©COPYRIGHT – 2021 – Terra Sul Editora Eireli. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer pro-
cesso eletrônico, reprográfico, etc., sem autorização por escrito dos autores e da editora.
Dados internacionais de catalogação na publicação
Bibliotecária responsável: Natália Vicente Montanha Teixeira (CRB-9/1642)
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Jane Gonçalves
PROJETO GRÁFICO E CAPA
Sincronia Design
ILUSTRAÇÃO
Simone Ziasch
Vicente Mendonça
ICONOGRAFIA
Raquel Deliberali
Victor Kubis
Rua Ricardo Beltrami, 82 – Bom Retiro
CEP 80520-570 – Curitiba – PR – Brasil
Fone: (41) 3253 0077
E-mail: terrasul@terrasuleditora.com.br
Stallivieri, Roselise.
 Manual do professor para a Educação Física : 1º e 2º ano / 
Roselise Stallivieri ; ilustradores: Simone Ziasch e Vicente 
Mendonça. – 3. ed. – Curitiba, PR : Terra Sul Editora, 2021.
 120 p. : il. ; 28 cm.
 ISBN 978-65-5645-108-4
 1. Educação física (Ensino fundamental) – Estudo e en-
sino. I. Ziasch, Simone. II. Mendonça, Vicente. III. Título.
CDD ( 22ª ed.)
376.86
REVISÃO
Ariane Roldan Melchior
Wildiane Helena de Camargo
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Luciano Popadiuk
IMPRESSÃO
3
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO
Amigo professor,
A proposta deste manual é mostrar a Educação Física 
como um componente curricular que trata do ser humano nas 
suas manifestações culturais relacionadas ao corpo, em que os 
movimentos são intencionalmente construídos como uma forma 
de comunicação com o outro pela linguagem corporal.
O encaminhamento do material está organizado em duas 
partes. A primeira – Orientações gerais – descreve a trajetória 
da Educação Física através do tempo, identifica as principais 
tendências pedagógicas no contexto escolar e aponta para uma 
metodologia que amplia a visão biológica ou técnica, entenden-
do o aluno como ser humano eminentemente cultural. Nessas 
orientações, também a avaliação é concebida como instrumento 
de reflexão sobre a prática pedagógica e o desempenho dos 
alunos. A segunda parte – Orientações específicas e propostas 
de atividades – apresenta sugestões metodológicas para tratar 
das manifestações da cultura corporal de movimento dentro da 
escola, organizadas como unidades temáticas de Brincadeiras e 
Jogos, de Ginásticas, de Danças, de Esportes e de Lutas, confor-
me o documento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As atividades propostas são objetivas e bem direcionadas, 
conciliando os conteúdos e as imagens para melhor desenvol-
vimento das práticas orientadas. Para tanto, a abordagem teóri-
co-pedagógica adotada pela obra possibilita que você elabore 
seu trabalho de maneira dinâmica.
A autora.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Parte 1 – Orientações gerais
Introdução .............................................................................. 6
Abordagens pedagógicas .................................................... 9
Progressistas e críticas ...................................................................... 9
Sistêmica e cultural ............................................................................ 9
Proposta adotada pela obra ............................................... 10
Objetivos gerais ................................................................... 10
Organização da obra ........................................................... 10
Estrutura da obra ................................................................. 12
Inclusão e interdisciplinaridade .......................................... 14
Avaliação .............................................................................. 14
Sugestões de roteiros de aula ............................................ 15
Evolução sequencial dos conteúdos ................................. 20
Parte 2 – Orientações específicas e propostas de atividades
Brincadeiras e jogos ............................................................ 22
Ginásticas ............................................................................. 48
Danças .................................................................................. 74
Esportes ................................................................................ 97
Referências ......................................................................... 117
Ficha de avaliação individual ............................................ 119
Ficha de autoavaliação ...................................................... 120
SUMÁRIO
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Orientações
gerais
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EDUCAÇÃO FÍSICA
Introdução
Este manual foi escrito para os professores de Educação Física que atuam nas escolas e que buscam 
realizar uma prática pedagógica de qualidade.
Nestas orientações gerais, vamos mostrar alguns caminhos históricos percorridos pela Educação 
Física aqui no Brasil; apresentar as manifestações da cultura corporal de movimento, organizadas em 
unidades temáticas; e indicar algumas possibilidades metodológicas para tratar os conhecimentos desse 
componente curricular bem como alguns critérios de avaliação. Estes servirão de base para desenvolver 
nos alunos algumas competências específicas da área de Linguagens, que, em conjunto com outras, 
“visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva” 
(BRASIL, 2018, p. 7).
No final do século XIX, ampliam-se os debates acerca da educação pública no Brasil. Em 1882, Rui 
Barbosa, por meio de seu parecer sobre a Reforma Leôncio de Carvalho, Projeto 224 (Decreto n.º 7.247, de 
19/04/1879, da Instrução Pública), apresentou a importância de incluir a ginástica nas escolas. 
A reforma de ensino proposta por Rui Barbosa procurava preparar para a vida. Esta preparação 
requeria o estabelecimento de um ensino diferente do ministrado até então, ensino este marcado 
pela retórica e memorização. Era preciso privilegiar novos conteúdos, como ginástica, desenho, 
música, canto e, principalmente, o ensino de ciências. Esses novos conteúdos, associados aos 
conteúdos tradicionais, deveriam ser ministrados de forma a desenvolver no aluno o gosto pelo 
estudo e sua aplicação (MACHADO, 2000, p. 5).
A Educação Física que se ensinava nesse período estava baseada nos métodos ginásticos suecos, 
alemães e franceses, firmados em princípios biológicos, e era considerada uma atividade escolar obriga-
tória, com a função de criar corpos fortes, saudáveis e disciplinados, em defesa da pátria.
Os exercícios ginásticos eram calistênicos, ou seja, para dar força e vigor ao corpo, e ministrados por 
instrutores formados pelas instituições militares.
Como crítica ao modelo autoritário, na década de 1930 surge a Educação Física pedagogicista/
tendência escolanovista. O discurso, então, estava voltado para a higiene e a prevenção de doenças. 
Apesar da inserção da disciplina pela lei, não foi o que se viu acontecer na prática, por falta de professores 
capacitados para atender à demanda.
No Brasil, foi estabelecida como prática obrigatória somente com promulgação da primeira 
Constituição, em 1937.
O contexto dos anos de 1930abrange uma presença forte da industrialização e urbanização e o es-
tabelecimento do Estado Novo. Nesse momento, a Educação Física se presta a uma necessidade social, 
como formadora de trabalhadores fortes e capazes de produzir mais.
Após a Segunda Guerra Mundial e o final do Estado Novo, surge uma nova tendência na instituição 
escolar. Desse modo, a Educação Física volta-se para o Método Desportivo Generalizado, no qual o es-
porte toma força e passa a ser o elemento que predomina nas práticas pedagógicas. É trabalhado com 
vistas à competição, rendimento, recorde e vitórias.
A Lei n.º 4.024/1961, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação, defende a obrigatoriedade da 
Educação Física para o ensino primário e médio. A Lei n.° 5.692, de 1971, conserva essa exigência, agora 
juntamente com a Educação Moral e Cívica, Educação Artística e Programas de Saúde nos currículos de 
1.° e 2.° grau.
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Na década de 1970, vinculada ao contexto militar, a Educação Física adota como princípio a perfor-
mance, construída pela técnica e pela pedagogia dominante, dirigida para o método tecnicista. As ativi-
dades esportivas tinham a função de manter a ordem e o progresso, ou seja, mais uma vez corpos fortes e 
saudáveis voltados ao amor pela pátria e também para melhoria da força de trabalho.
Ligada aos princípios humanistas, surge uma tendência voltada ao movimento Esporte para Todos 
(EPT), que 
[...] também se apresenta como uma alternativa para o esporte de rendimento, posto que, mesmo 
tendo o esporte enquanto objeto, preocupa-se com o processo de ensino ao invés dos resultados, 
na linha dos princípios humanistas, não diretivos de ensino, nos quais a promoção da socialização e 
do desenvolvimento integral de crianças e jovens são as metas maiores a serem alcançadas (ABREU, 
2017, p. 105).
Na década de 1980, começam a surgir as teorias críticas à Educação Física, que se encontra em uma 
“crise de identidade”, assim como à educação de modo geral. Com a inserção da psicomotricidade, o ser 
humano passa a ser visto como um ser integral e, então, a visão biológica da disciplina é ampliada pelos 
aspectos cognitivos, afetivos, psicológicos e sociais.
Em 1996, uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional entra em vigor, a de n.° 9.394, 
e declara a Educação Física como componente curricular, com a seguinte redação: “a Educação Física, 
integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às 
faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Desse modo, 
retirou-se a sua obrigatoriedade.
Em 1997, o Ministério da Educação – MEC lança os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para 
todas as áreas do conhecimento, com dois volumes, sendo um deles para o primeiro e segundo ciclo (1.ª 
a 4.ª série) e o outro para o terceiro e quarto ciclo (5.ª a 8.ª série). Para a Educação Física, os PCN trazem 
a seguinte concepção:
Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexidade da questão, a proposta dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais adotou a distinção entre organismo – um sistema estritamente 
fisiológico – e corpo – que se relaciona dentro de um contexto sociocultural – e aborda os conteúdos 
da Educação Física como expressão de produções culturais, como conhecimentos historicamente 
acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a presente proposta entende a Educação Física 
como uma cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e 
transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e 
das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida” 
(BRASIL, 1998, p. 29).
A Lei n.° 10.793/2003 altera a redação da LDB n.° 9.394/96, ficando assim redigida:
Art. 26
§ 3.° A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular 
obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II – maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à 
prática da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei n.º 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V – (VETADO)
VI – que tenha prole.
(BRASIL, 2003)
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Planejando a próxima década
A Emenda Constitucional nº 59/2009 (EC nº 59/2009) mudou a 
condição do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou de uma 
disposição transitória da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(Lei nº 9.394/1996) para uma exigência constitucional com periodicidade 
decenal, o que significa que planos plurianuais devem tomá-lo como 
referência. O plano também passou a ser considerado o articulador do 
Sistema Nacional de Educação, com previsão do percentual do Produto 
Interno Bruto (PIB) para o seu financiamento. Portanto, o PNE deve ser 
a base para a elaboração dos planos estaduais, distrital e municipais [...]. 
Diante desse contexto, não há como trabalhar de forma 
desarticulada, porque o foco central deve ser a construção de metas 
alinhadas ao PNE. Apoiar os diferentes entes federativos nesse trabalho 
é uma tarefa que o Ministério da Educação (MEC) realiza por intermédio 
da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). O 
alinhamento dos planos de educação nos estados, no Distrito Federal e 
nos municípios constitui-se em um passo importante para a construção 
do Sistema Nacional de Educação (SNE), pois esse esforço pode ajudar 
a firmar acordos nacionais que diminuirão as lacunas de articulação 
federativa no campo da política pública educacional.
BRASIL. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do 
Plano Nacional de Educação. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/
images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
Em 2013, são lançadas pelo MEC as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a Educação Básica, 
com normas que orientam o planejamento curricular, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em 2014, essa instituição governamental apresenta o Plano Nacional de Educação (PNE).
Por fim, em 2018, foi homologada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), reunindo as apren-
dizagens previstas para todas as etapas da Educação Básica. Para tanto, esse documento estabelece as 
competências e habilidades a serem desenvolvidas ao longo dos anos. Quanto à Educação Física, a BNCC 
a define como:
[...] o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de co-
dificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas 
dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. Nessa concepção, o 
movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento 
espaço-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo. Nas aulas, as práticas corporais 
devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular 
e contraditório [...] (BRASIL, 2018, p. 213).
Com a ampliação dos cursos de pós-graduação na área de Linguagens, surgem críticas ao modelo 
vigente Educação Física, pois esta passa a ser entendida para além da esportivização e da aptidão física, 
surgindo, assim, novas abordagens pedagógicas.
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Abordagens pedagógicas
Em meio a tantos debates e discursos para se chegar a uma proposta pedagógica adequada para 
a escola, surgem algumas tendências metodológicas que fizeram e fazem parte da prática dos docentes 
de Educação Física.
Progressistas e críticas
Das tendências progressistas, podemos citar:
 • Desenvolvimentista: voltada para educação pelo movimento (meio e fim da Educação Física), que 
tem o professor Go Tani como seu principal criador.
 • Construtivista-interacionista:considera a cultura infantil, em que jogos, brinquedos e fantasias são 
elementos centrais para o aprendizado. Tem como representante João Batista Freire, que propõe 
uma “educação de corpo inteiro”.
Entre as concepções críticas, destacamos:
 • Crítico-superadora: a qual entende que “a Educação Física é uma prática pedagógica que, no 
âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, 
ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura 
corporal” (SOARES et al., 1992, p. 50). Está fundamentada no materialismo histórico-dialético de 
Karl Marx, na proposta sociointeracionista de Vygotsky e seus colaboradores Luria e Leontiev bem 
como nas pedagogias histórico-críticas dos educadores José Libâneo e Dermeval Saviani. Com 
vistas à transformação social, “defende o teor pedagógico e político das propostas educativas, na 
medida em que incentivam a reflexão dos alunos acerca da realidade em que vivem e consequentes 
medidas interventivas de mudança em determinada direção” (ABREU, 2017, p. 108).
 • Crítico-emancipatória: estruturada por Elenor Kunz, essa tendência entende que o movimento 
humano deve ser “interpretado como um diálogo entre o ser humano e o mundo, uma vez que 
é pelo seu se-movimentar que ele percebe, sente, interage com os outros, atua na sociedade” 
(DAOLIO, 2010, p. 36).
Sistêmica e cultural
 • Sistêmica: perspectiva defendida por Mauro Betti, segundo o qual tem os seguintes objetivos: “[...] 
a Educação Física passa a ter a função pedagógica de integrar e introduzir o aluno de 1.º e 2.º graus 
no mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e 
transformar as formas culturais da atividade física (o jogo, o esporte, a dança, a ginástica...)” (BETTI, 
1992, p. 285). Essa linha teórica utiliza também a expressão Cultura Corporal de Movimento ou 
Cultura Corporal, ao mesmo tempo em que defende a proposta de uma Educação Física cidadã 
por meio de três princípios: da inclusão (direito de todas as crianças), da alteridade (considerar o 
outro como sujeito humano, ouvindo, conhecendo e aceitando o diferente, o exótico, o distante) 
e da formação e informações plenas (reivindicar direitos ao lazer). (DAOLIO, 2010, p. 53)
 • Educação Física plural, perspectiva cultural ou abordagem antropológica: alguns estudos acadêmicos 
vêm apontando para mais esta abordagem de Educação Física, tendo como principal responsável 
Jocimar Daolio. Para tanto, apresenta-se um trecho da obra do próprio autor, que diz nunca ter tido o 
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propósito de criar uma nova tendência metodológica: “Mesmo estudando a área de educação física 
a partir da antropologia social há vários anos, devo ressaltar que nunca tive a intenção de criar uma 
abordagem de educação física, ou cunhar uma nova denominação para a área[...]” (DAOLIO, 2010, 
p. 9). Esse professor ainda propõe a “educação física da desordem”, que considera o outro (aluno) 
a partir de uma relação intersubjetiva, como um indivíduo socializado que compartilha o mesmo 
tempo histórico do profissional que faz a intervenção (Idem, p. 73).
Proposta adotada pela obra
Os manuais estão fundamentados nas abordagens críticas, sistêmica e cultural, por acreditarmos 
que os saberes da cultura corporal de movimento devem ser trabalhados na escola para que os alunos 
possam se apropriar desses conhecimentos e utilizá-los em várias situações de suas vidas, participando 
da sociedade de maneira consciente e confiante.
A metodologia empregada nas sugestões de aula não está estanque, e sim possibilita uma amplia-
ção ou adaptação pelos professores, de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola. O tempo 
necessário para cada uma das vivências corporais dependerá da participação dos alunos e da maneira 
como a atividade for conduzida, podendo ser realizada em um dia de aula, dois ou três, conforme o caso.
A construção do conhecimento pelo alunos se dará por meio da práxis pedagógica, ou seja, mediante 
a vivência prática, da reflexão sobre a cultura corporal de movimento e da ressignificação dos conteúdos.
Objetivos gerais
 • Experimentar, explorar, conhecer as diferentes manifestações da cultura corporal de movimento 
(jogos e brincadeiras, ginásticas, danças, esportes e lutas);
 • Interagir corporalmente, construindo relações de cooperação, respeito e diálogo, superando 
preconceitos e discriminações;
 • Refletir criticamente sobre as práticas corporais e sua relação com questões sociais relevantes 
como consumismo, padrões de beleza, competitividade, entre outras;
 • Utilizar a criatividade na resolução de desafios corporais e na construção de novas possibilidades, 
fruindo e transformando o acervo da cultura corporal de movimento.
Organização da obra
O material é composto por dois livros – um para o 1.º e 2.º ano e outro para o 3.º ao 5.º ano. As uni-
dades temáticas que constituem ambos os volumes estão organizadas conforme o documento da BNCC 
e divididas da seguinte forma:
 • Brincadeiras e jogos: serão abordadas no Manual do 1.º e 2.º ano as brincadeiras e jogos po-
pulares voltados para o contexto comunitário e regional, enquanto o Manual do 3.º ao 5.º ano 
tratará das brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, bem como os de matriz indígena 
e africana. As atividades propostas serão vivenciadas da maneira como as crianças conhecem ou 
como você ensiná-las. Depois, poderão ser alteradas algumas regras para que percebam que 
esses jogos são passíveis de modificação, já que não possuem regras fixas e se remodelam de 
acordo com o interesse do grupo que está jogando, do espaço físico, dos materiais disponíveis, 
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etc. Alguns encaminhamentos, por exemplo, a pesquisa realizada com os familiares sobre as 
brincadeiras e jogos que eles realizavam, farão com que os alunos percebam que essas práticas 
são conhecidas nos dias atuais porque foram repassadas de geração a geração por meio da 
oralidade e por isso, também, acabam se diferenciando na maneira de brincar. 
 • Ginásticas: atividades de Ginástica Geral serão propostas tanto no Manual do 1.º e 2.º ano como 
no do 3.º ao 5.º ano, por não visarem à competição, mas sim à exploração das possibilidades 
corporais expressivas e acrobáticas dos alunos, bem como a interação social. Nos primeiros anos 
serão trabalhados os elementos fundamentais da ginástica (andar, correr, saltar, saltitar, etc.), 
com ou sem uso de materiais, com ou sem deslocamentos e em diferentes posições e direções, 
individualmente, em duplas e em grupos. Nos três anos seguintes serão propostos exercícios 
mais complexos, com um grau de desafio maior, bem como a compreensão da existência de 
algumas ginásticas competitivas. Ao indicar determinadas atividades para criar uma coreogra-
fia, procuramos enriquecer as composições que faz parte da Ginástica Geral, já que esta tem 
como propósito a demonstração. Portanto, é muito importante e motivador esse trabalho com 
os alunos, uma vez que os fazem explorar as mais ricas experiências corporais. Ao tratarmos do 
conceito de corpo belo, tivemos a preocupação de desenvolver nos alunos a competência de 
analisar criticamente os modelos impostos pela mídia, discutindo as questões de preconceito, 
consumismo e artifícios usados em prol da beleza e contrários à saúde.
 • Danças: as propostas de dança aqui apresentadas iniciam-se com a conscientização corporal de 
movimento em um ritmo e trazem um acervo dessa manifestação da cultura corporal, desde as 
mais populares cantigas e brincadeiras cantadas, trabalhadas no contexto comunitário e regio-
nal – nos dois primeiros anos –, até as danças mais elaboradas, de contexto nacional e mundial, 
bem como as de matriz indígena e africana – nos anos seguintes. O objetivo é que os alunos 
percebam a identidade cultural de diferentes povos e grupos, combatendo posicionamentosdiscriminatórios quanto a gênero, etnia, religião e padrões corporais. As propostas metodoló-
gicas possibilitarão práticas individuais, em duplas e em grupos, desenvolvendo nos alunos a 
competência de saberem conviver em sociedade de maneira atuante e respeitosa com os de-
mais. As práticas sugeridas darão oportunidade para que as crianças percebam a dança como 
uma forma de linguagem corporal que expressa emoção, diversão, opinião, entre outras ações.
 • Esportes: não se pode negar para o aluno o trabalho com os esportes, sendo estes tão presentes 
no contexto atual, valorizados pela mídia e muitos, de certa forma, conhecidos e vivenciados 
pelas crianças. Esta unidade temática desenvolverá esportes de marca e de precisão no Manual 
do 1.º e 2.º ano, e esportes de campo e taco, de rede/parede e de invasão no Manual do 3.º ao 
5.º ano. Entretanto, serão oferecidas atividades adaptadas para a escola, onde o esporte será 
recriado para atender às características dos alunos, do espaço em que serão realizados, do 
número de participantes na aula, dos materiais disponíveis e/ou confeccionados, sem perder 
a essência de cada esporte. Serão fornecidos subsídios teóricos para que os alunos possam 
compreender como essas práticas foram sendo produzidas, em que época e com qual finali-
dade, e como estão colocadas na atualidade (lazer, profissão, competição ou divertimento). Os 
encaminhamentos levam os alunos a perceber a diferença entre o jogo e o esporte. Além disso, 
poderão perceber que as vivências práticas realizadas por eles, por meio de jogos pré-esportivos 
e esportes recriados, são necessárias para atender aos interesses deles, pois se fossem usadas 
as regras rígidas e fixas dos esportes de “alto nível”, estes seriam inviáveis nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental.
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 • Lutas: serão apresentadas apenas no Manual do 3.º ao 5.º ano e abordadas no contexto comuni-
tário e regional e de lutas de matriz indígena e africana. As atividades lúdicas desenvolvidas serão 
voltadas às disputas corporais, nas quais são usados movimentos de ataque e de defesa, visando 
imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o colega com quem se está lutando. Por meio da pes-
quisa, você poderá localizar a(s) lutas(s) presente(s) no contexto comunitário, oportunizando aos 
alunos conhecerem, vivenciarem e até praticarem essa manifestação da cultura corporal fora da 
escola, nas suas horas livres, como opção de prática de competição, ou voltada para o bem-estar. 
Além da apresentação de determinadas atividades lúdicas gerais de lutas e de algumas moda-
lidades presentes no cenário atual, inclusive as de matriz indígena e africana, aprofundamos um 
pouco mais a modalidade de capoeira. Entendendo esta como patrimônio nacional, conhecida e 
praticada em quase todo o país, retratamos sua história e exploramos seus movimentos básicos, 
os instrumentos musicais utilizados, as músicas e a roda. A outra modalidade desenvolvida foi o 
judô, por ser também uma luta muito conhecida e até praticada por muitas crianças. Desse modo, 
é presente e valorizado pela mídia e pela sociedade por ser um esporte olímpico que tem trazido 
bons resultados para o Brasil. O judô vem sendo praticado em vários estados brasileiros e muitas 
vezes ofertado pelas escolas, clubes, associações, entre outros locais. Os encaminhamentos des-
ta unidade temática estão voltados para a vivência prática e lúdica das lutas, para que os alunos 
possam ter acesso a esse universo cultural como praticantes ou apreciadores e compreendam as 
diferenças entre lutas e brigas bem como lutas e as demais práticas corporais.
Estrutura da obra
O conteúdo das unidades temáticas poderá ser desenvolvido de acordo com a proposta das seções, 
boxes e ícones distribuídos pela obra, e estruturado de modo a auxiliá-lo no trabalho que você realizará com 
as crianças. A sequência didática, devidamente orientada de maneira objetiva, tem a seguinte disposição:
 • Seção Para onde vamos?
Na abertura das unidades, sempre são listadas as habilidades da BNCC que serão desenvolvidas 
com os alunos, com seus respectivos códigos, bem como é feita uma contextualização do tema a 
ser tratado e apresentadas orientações acerca de como você pode proceder para expor de modo 
proficiente os conteúdos propostos. 
 • Seção Conversa com os alunos
É um momento de dialogar com os alunos, questionando-os a respeito do que sabem sobre o 
tema em pauta. Oportuno, também, para estimular a oralidade, uma vez que são frutos e agentes 
de cultura, carregados de conhecimentos adquiridos na família, nos grupos sociais de que fazem 
parte e nas escolas infantis.
 • Seção Escolhendo quem começa
Apresentada somente no Manual do 1.° e 2.° ano, propõe formas de escolha para selecionar quem 
dá início à brincadeira. 
 • Seção Vivência corporal
Imprescindível é a vivência prática das manifestações da cultura corporal, quando os alunos poderão 
experimentar as mais diversas possibilidades corporais, estéticas, lúdicas, agonistas e emotivas, 
desafiando seus próprios limites, respeitando os outros, convivendo, cooperando, partilhando 
atitudes, normas e valores necessários para o convívio social. É o que propõe esta seção.
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Os encaminhamentos em todo o manual foram criados a fim de promover a reflexão dos alunos so-
bre suas ações, com o intuito de que possam analisar sua própria vivência corporal e a dos outros e, por 
meio da intervenção pedagógica, tentar construir valores relativos ao respeito às diferenças e ao combate 
aos preconceitos. São essas experiências que possibilitarão que conheçam e optem por alguma(s) dela(s) 
para fruírem de maneira autônoma durante as aulas e fora delas. Também articulada na seção, e igual-
mente importante, é a análise e compreensão das práticas corporais, para as quais são dados subsídios 
a fim de ampliar o conhecimento do aluno, o seu saber sobre determinado assunto, a compreensão da 
origem, de como foram produzidas e as transformações das diferentes manifestações da cultura corporal 
de movimento (ginásticas, jogos, danças, esportes e lutas) até os dias atuais. Essa observação pode ser 
feita antes, durante ou após as práticas. Para subsidiar o trabalho de vivência corporal, serão indicados 
textos, filmes, cartazes, imagens e pesquisas a serem realizadas no laboratório de informática da escola 
ou em casa, com familiares e outros responsáveis.
 • Ícone Leitura complementar 
Quando esse ícone aparece, são apresentados textos de referência, que dizem respeito ao assunto 
tratado. O propósito, também, é de incentivá-lo a buscar outras leituras a partir dos documentos 
indicados.
 • Ícone Alerta para a segurança 
Esse ícone indica que, na realização da atividade, pode haver riscos de acidentes, havendo, por-
tanto, necessidade de reforçar os cuidados e orientações com relação à segurança. É necessário 
atenção com acessórios que possam machucar, e observar se as vestimentas são adequadas. 
Além disso, os alunos devem respeitar a ajuda oferecida por você na execução de movimentos 
corporais mais elaborados e resolver situações de conflito surgidas durante as práticas corporais 
com diálogo e não agressões.
 • Boxe Sugestões de livros, textos, vídeos, filmes e sites
Esse boxe, disposto ao longo de todo o material, apresenta sugestões de livros, filmes, séries, do-
cumentários e outros vídeos, assim como textos disponíveis em sites. Essas informações adicionais 
o auxiliarão na prática pedagógica e servirão para aumentar seu acervo cultural.
 • Boxe Reinventando
Considerando o aluno como agente de cultura, da qual é, ao mesmo tempo, fruto e criador, indica-
mos no final de cada seção Vivência Corporal várias oportunidades para que ele possa reelaborar 
possibilidades de movimentação corporal, novas regras, novas formas de jogar, de dançar e de 
lutar, reinventando outra maneira de realizar a atividade já vivenciada.Nesse momento, também 
instigamos os alunos ao protagonismo comunitário, ou seja, a uma dimensão do conhecimento 
que visa à realização de ações juntamente com os familiares, voltadas à democratização do acesso 
das pessoas às práticas corporais no local onde vivem.
 • Seção Sistematizando o conhecimento
Ao final de cada unidade temática, propomos a sistematização do conhecimento, com a intenção de 
que os alunos fixem os conhecimentos adquiridos no decorrer das ações pedagógicas. Esses saberes 
serão demonstrados por meio de diversas produções, como desenhos, textos, organização de festivais, 
composição de coreografias, entre outras formas. É uma maneira de manifestarem o que realmente 
aprenderam, servindo, muitas vezes, como parâmetro para que você possa fazer a sua avaliação.
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Inclusão e interdisciplinaridade
Segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, nº 13.146/2015, art. 2.º, “Considera-se 
pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual 
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva 
na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
À vista disso, ao tratarmos da inclusão nas aulas de Educação Física, propomos a equidade, que é 
a maneira de adaptar situações para um caso específico, a fim de torná-lo mais justo. As crianças com 
deficiência física, visual, obesidade, baixa estatura, etc. podem realizar muitas propostas sugeridas sem 
necessariamente serem trocadas por outras, uma vez que as práticas corporais não estão voltadas à per-
formance, à perfeição de técnicas ou aos resultados, mas sim à possibilidade de cada um experimentar as 
vivências motoras como forma de dimensionar o conhecimento. Por exemplo, um aluno cadeirante não 
consegue dançar em pé, entretanto pode executar movimentos com os braços e o corpo, estando sen-
tado ou deitado no chão e, assim, vivenciar ricas experiências corporais com a dança. Esse aluno poderá, 
também, participar das reflexões e das sugestões de novas práticas.
Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as aprendizagens essenciais 
que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a igualdade educacional sobre 
a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer também 
para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de Educação Básica, sem o que 
o direito de aprender não se concretiza. (BNCC, 2018, p. 15)
Das atividades propostas, algumas apontam para um trabalho interdisciplinar, entendendo este para 
além da justaposição de disciplinas, ou de usar uma disciplina a serviço da outra, por exemplo, solicitar, na 
área de Artes, a confecção de brinquedos para serem utilizados nas aulas de Educação Física.
Partindo do princípio que o conhecimento é uma totalidade e que foi didaticamente dividido em 
componentes curriculares, deve-se estabelecer um diálogo constante entre eles, para que o aluno pos-
sa compreender os saberes nas suas mais variadas vertentes. Um exemplo é quando contemplamos os 
olhares das disciplinas de História, Arte e Educação Física ao mesmo tempo, ao analisarmos uma obra de 
arte, com a capoeira, produzida na época do Brasil Colonial.
Avaliação
A avaliação “deve mostrar-se útil para as partes envolvidas – professores, alunos e escola –, contri-
buindo para o autoconhecimento e para a análise das etapas já vencidas, no sentido de alcançar objetivos 
previamente traçados. Para tanto, constitui-se num processo contínuo de diagnóstico da situação, contando 
com a participação de professores, alunos e equipe pedagógica” (DARIDO, 2015, p. 22).
Em Educação Física, é uma verificação que deve acontecer durante todo o processo, a cada aula, 
pela observação direta que o professor faz sobre os alunos: a) nas rodas de conversa, se participam, dão 
opiniões e sintetizam as reflexões; b) nas vivências práticas, por meio das atitudes tomadas diante de 
novos desafios corporais, seus posicionamentos perante situações coletivas, participando ativamente das 
propostas em grupo, com respeito às opiniões e limitações dos colegas; c) pela maneira como se compor-
tam frente à superação de preconceitos, respeitando e convivendo com as diferenças; d) na elaboração 
de novas possibilidades corporais, expondo suas ideias com segurança e criatividade; e) nos resultados 
que apresentam na sistematização do conhecimento, demonstrando a compreensão sobre o conteúdo 
trabalhado nas aulas de cada unidade temática e também na autoavaliação.
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O principal propósito da autoavaliação é que o aluno tome consciência das aptidões e também 
das dificuldades que tem no processo de aprendizagem, para que possa desenvolver sua autonomia e 
sua criticidade, buscando, inclusive, a superação. Veja a sugestão de uma ficha com uma das unidades 
temáticas na página 120 deste material.
O registro dos resultados é feito durante todo o processo e pode ser realizado por meio de fichas 
individuais, com critérios estabelecidos com base nas habilidades e competências descritas na BNCC. 
Você encontra um modelo de ficha individual na página 119.
Este manual apresenta as habilidades específicas sempre no início de cada unidade temática, por-
tanto, optamos por não apresentar indicações de avaliação para cada atividade sugerida, entendendo 
que os critérios são amplos e poderiam se tornar repetitivos no material.
Sugestões de roteiros de aula
Planejar é essencial em diferentes setores da vida social, para nortear ações previamente pensadas 
e organizadas. Na educação não é diferente, e o planejamento se torna fundamental na ação docente.
O roteiro de aula é um instrumento imprescindível para o professor elaborar sua metodologia de acordo 
o objetivo a ser alcançado, devendo-se adequar às diferentes turmas, bem como ser passível de modifica-
ções, conforme as necessidades forem surgindo. Segundo Vasconcellos (2000, p. 79): “Planejar é antecipar 
mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a serem realizadas e agir de acordo com o previsto”.
Portanto, ao elaborar um roteiro de aula, em primeiro lugar é preciso definir o que os alunos deverão 
aprender, os conteúdos e as habilidades a serem desenvolvidas bem como as estratégias mais adequadas 
para isso, as atividades de progressão e as avaliativas, entre outros. 
Dessa forma, o roteiro deve estabelecer uma relação clara entre objetivo de aula e avaliação da 
aprendizagem correspondente. Sem ele, a aula acaba na improvisação, com atividades aleatórias e sem 
relação de linearidade e desenvolvimento entre si, e carente de uma avaliação efetiva.
Ao elaborar um roteiro de aula, é preciso considerar as especificidades de cada item que o compõe. 
Vejamos cada um deles.
 • Unidade temática: é a manifestação da cultura corporal de movimento que será abordada, descrita 
conforme a BNCC.
 • Objeto de conhecimento: é o conteúdo específico que será desenvolvido na aula.
 • Nível de ensino: para qual ano escolar a aula é indicada.
 • Objetivos: são as habilidades que se pretende desenvolver com o roteiro. É preciso definir muito 
bem o que se espera que os alunos aprendam.
 • Duração da aula: sugestão de tempo para desenvolvimento do roteiro.
 • Recursos: local e materiais recomendados para o desenvolvimento da aula.
 • Metodologia: descrição do encaminhamento utilizado para se atingir os objetivos propostos e 
para o desenvolvimento adequado do conteúdo selecionado. 
 • Avaliação: é a forma utilizada para verificar se os objetivos de aprendizagem elencados foram 
alcançados. Por meio dela, obtém-se informações que norteiam a prática pedagógica, buscando 
sua eficácia.
 • Referências: fontes consultadas para elaboração do roteiro.
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A seguir, você encontra sugestõesde roteiros de aulas que podem ser usados como modelo para se 
trabalhar os conteúdos do livro.
Roteiro 1 – Brincadeira de pega-pega
Unidade temática: Brincadeiras e Jogos
Objeto de conhecimento: Brincadeiras e jogos da cultura popular – Pega-pega
Nível de ensino: 1.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: identificar a brincadeira de pega-pega, e também suas variações, como integrante da cultura 
popular, atualmente e em outros tempos. 
Duração: 1 aula.
Recursos: quadra ou espaço para atividades físicas.
Metodologia
 • Inicie a aula com uma roda de conversa, para verificar o conhecimento dos alunos sobre a brincadeira 
pega-pega. Pergunte: Quem conhece a brincadeira de pega-pega? Com qual outro nome conhecem 
essa mesma brincadeira? Quem já brincou? Como vocês brincam? Será que os pais e avós de vocês 
brincavam de pega-pega quando eram crianças? Será que crianças de outros lugares do mundo a 
conhecem?
 • Conforme os alunos forem respondendo, complemente as respostas deles. Você encontra subsídios 
na página 27 deste manual.
 • Partindo da experiência dos alunos, solicite que realizem a brincadeira de pega-pega como eles conhe-
cem e, após, proponha algumas variações. Você pode usar os exemplos citados nas páginas 27, 28 e 29.
 • Peça que criem uma nova versão, diferente das realizadas. Pode ser, por exemplo, um tipo novo de 
“pique”. Deixe-os brincar algumas vezes com a versão elaborada por eles, de modo que possam testar 
a funcionalidade dela.
 • Ao término, logo após pararem de correr, peça que coloquem a mão no peito, na altura do coração, 
e percebam os batimentos cardíacos. Para desacelerarem, oriente-os a imaginarem uma flor em uma 
das mãos e uma vela acesa na outra. Eles irão cheirar a flor, inspirando profundamente, e apagar a vela 
assoprando-a levemente, expirando. Após repetirem algumas vezes, deverão conferir novamente o 
batimento cardíaco e perceber se houve diferença. Explique a eles que, na execução da atividade, o 
coração se acelera para bombear mais sangue pelo corpo, para oxigená-lo. Em repouso, a demanda 
por oxigênio diminui e, assim, o coração desacelera.
Avaliação: verifique se os alunos participaram da roda de conversa, dando opinião sobre a brincadeira 
de pega-pega, e se vivenciaram a brincadeira tradicional e suas variações com alegria e entusiasmo, in-
teragindo com os colegas com respeito, cooperação e espírito de equipe.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender – O resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 2002.
MELO, Veríssimo de. Folclore infantil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1985.
RIBEIRO, Paula Simon. Brincadeiras infantis: origem, desenvolvimento, sugestões didáticas. Porto Alegre: 
Sulina, 1990.
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Roteiro 2 – Elementos fundamentais da ginástica
Unidade temática: Ginásticas
Objeto de conhecimento: Ginástica Geral (GG) ou Ginástica Para Todos (GPT) – Elementos fundamentais 
da ginástica (mais elaborados)
Nível de ensino: 2.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: experimentar, fruir e identificar diferentes elementos básicos (e mais elaborados) da ginástica 
(rolamentos, avião, vela, espacate, parada de cabeça ou três apoios, roda ou estrela), identificando as 
potencialidades e os limites do corpo, e respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
Duração: 2 aulas.
Recursos: quadra, sala de ginástica/dança ou espaço para atividades físicas, colchões, colchonetes ou tatames.
Metodologia
1.ª aula
 • Inicie conversando com os alunos sobre as possibilidades de movimentos de que o nosso corpo é capaz 
e que fazem parte do universo das ginásticas. Faça perguntas como: Vocês já viram pessoas realizando 
movimentos de ginástica, como cambalhotas, bananeira, estrelinha? Alguém consegue executar algum 
desses movimentos ou outros parecidos? Já assistiram a algum tipo de ginástica que tinha esses mo-
vimentos? Onde?
 • Você encontra subsídios para a conversa na página 64 deste manual. 
 • Converse também sobre a segurança ao realizar estes movimentos: é necessário atenção com acessó-
rios que possam machucar (brincos, anéis, correntes), os cabelos devem estar presos e as vestimentas 
devem ser adequadas. Além disso, os alunos devem respeitar a ajuda oferecida por você na execução 
de movimentos corporais mais elaborados.
 • Antes de iniciar, realize um alongamento, para melhora da flexibilidade dos alunos. Siga as orientações 
descritas na página 65. 
 • Desafie os alunos a vivenciarem algumas possibilidades de movimentos corporais mais elaborados 
(avião, vela, espacate, rolamentos), realizando as atividades descritas nas páginas 66 a 67.
 • Finalize com uma conversa sobre quais movimentos eles mais gostaram de realizar.
2.ª aula
 • Inicie a aula relembrando os alunos dos elementos da ginástica realizados na aula anterior e das normas 
de segurança aplicadas. Em seguida, realize com eles o alongamento.
 • Dê continuidade aos elementos mais elaborados da ginástica trazendo outras possibilidades, como parada 
de cabeça ou três apoios, roda ou estrela, ponte. Use como subsídio as páginas 68 a 71 deste manual.
 • Para finalizar, proponha que os alunos criem novas possibilidades de movimentação corporal, diferente 
das realizadas, para vivenciarem com os colegas e, assim, sistematizarem o conteúdo desenvolvido.
Avaliação: verifique se os alunos participaram da conversa inicial, dando opinião sobre os movimentos 
de ginásticas; se realizaram os movimentos propostos, respeitando os limites de seu corpo e enfrentando 
os desafios corporais; e se respeitaram os colegas e as normas de segurança.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Educação Física. Curitiba: SME, 2006.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Movimento. Curitiba: SME, 2009.
LIMA, Elvira Souza. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho, 2002/2003.
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Roteiro 3 – Brincadeiras cantadas
Unidade temática: Danças
Objeto de conhecimento: Danças do contexto comunitário e regional – Cantigas de roda e brincadeiras 
rítmicas
Nível de ensino: 1.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: experimentar e fruir diferentes danças do contexto comunitário e regional (rodas cantadas, 
brincadeiras rítmicas), e recriá-las, respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal, valo-
rizando e respeitando as manifestações de diferentes culturas.
Duração: 1 aula.
Recursos: sala de ginástica/dança ou espaço para atividades físicas, aparelho de som, músicas infantis, 
cantigas de roda.
Metodologia
 • Previamente à aula, selecione algumas cantigas de roda e músicas infantis populares. 
 • Para iniciar, converse com os alunos sobre as brincadeiras cantadas. Pergunte: Quem gosta de dançar? 
Que músicas vocês gostam de dançar? Quais músicas vocês aprenderam a cantar e a dançar nas suas 
casas ou na escolinha de Educação Infantil? 
 • Anote em seu caderno as cantigas de roda e brincadeiras rítmicas que os alunos citarem. 
 • Juntamente com eles, selecione algumas para serem vivenciadas na aula. Você poderá estender este 
conteúdo por mais algumas aulas, conforme o interesse da turma.
 • Partindo do conhecimento dos alunos, solicite que demonstrem e vivenciem as brincadeiras cantadas 
de acordo como aprenderam. Converse sobre as possíveis variações no nome, na letra e na maneira 
de dançar. Isso ocorre porque são populares e repassadas por meio da oralidade, em vários lugares e 
por diversos povos e gerações.
 • Neste manual, nas páginas 82 a 96, você encontra algumas brincadeiras cantadas, com a maneira de 
se movimentar, que poderão auxiliá-lo nesta aula.
 • Para finalizar,solicite que escolham a brincadeira de que mais gostaram para modificarem a maneira 
de dançar, alterando os movimentos tradicionais.
Avaliação: verifique se os alunos conversaram sobre as brincadeiras cantadas que conheciam; se realizaram 
as cantigas de roda e as brincadeiras rítmicas com alegria; se mostraram como brincam; e se ajudaram na 
reelaboração da brincadeira escolhida, com criatividade.
Referências
ALMEIDA, Theodora Maria Mendes de (Coord.). Quem canta seus males espanta. São Paulo: Caramelo, 2001.
AWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, jogue, cante e encante com a recreação: conteúdos de aplicação 
pedagógica teórico/prático. Jundiaí: Fontoura, 2008.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Educação Física. Curitiba: SME, 2006.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Movimento. Curitiba: SME, 2009.
LIMA, Elvira Souza. A criança pequena e suas linguagens. São Paulo: Sobradinho, 2002/2003.
SOUZA, Mariana Chaves; MEDEIROS, Niedja Nara Bezerra. Cantando, dançando e aprendendo: cantigas 
de roda na educação infantil. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1226/1/
MCS20092016.pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.
MELO, Veríssimo de. Folclore infantil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1985.
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Roteiro 4 – Brincando de esporte – Atletismo
Unidade temática: Esportes
Objeto de conhecimento: Esportes de marca – Atletismo (corridas)
Nível de ensino: 2.º ano do Ensino Fundamental
Objetivos: Experimentar e fruir, prezando pelo trabalho coletivo e pelo protagonismo, a prática de corridas 
do atletismo, considerado como esporte de marca, observando as normas e as regras para assegurar a 
integridade própria e a dos demais participantes.
Duração: 1 aula.
Recursos: quadra, pista de corrida ou espaço para atividades físicas, bastão de madeira ou bandeira 
colorida, cones.
Metodologia
 • Inicie conversando com os alunos sobre os esportes de marca e suas características. Você encontra 
subsídios nas páginas 100 e 101 deste manual.
 • Realize as atividades de corrida de atletismo propostas nas páginas 101, 102 e 103 deste manual.
 • No decorrer, converse com a turma sobre as possibilidades e limites de cada um, comentando que 
alguns correm mais rápido talvez pelo tipo de vida que levam, praticando alguma atividade física em 
escolinhas, brincadeiras em casa, ou mesmo aptidão inata. Aproveite para falar sobre as consequências, 
para a saúde, de um estilo de vida mais sedentário.
 • Finalize com uma autoavaliação da participação deles na corrida de revezamento, abordando como 
foi a participação de cada um, se cooperaram com a equipe, dando o melhor de si e respeitando a 
limitação dos colegas.
Avaliação: verifique se os alunos compreenderam o que são os esportes de marca, formando opiniões 
durante a conversa inicial; se respeitaram as regras combinadas nas atividades; se cooperaram com os 
colegas; se houve respeito às diferenças.
Referências
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: www.basenacionalcomum.
mec.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2021.
CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: Educação Física. Curitiba: SME, 2006.
LISBOA, Mariana Mendonça. Representações do esporte-da-mídia na cultura lúdica de crianças. 
Dissertação (Mestrado em Educação Física). Florianópolis: PPGEF/UFSC, 2007. Disponível em: https://
repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/89580/239889.pdf?sequence=1&isAllowed=y. 
Acesso em: 20 jul. 2021.
SILVA, Marcos Ruiz da. Metodologia do ensino da Educação Física: teoria e prática. Curitiba: Intersaberes, 
2016.
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Evolução sequencial dos conteúdos
O quadro a seguir apresenta uma sugestão de sequenciamento dos conteúdos desenvolvidos nesta 
obra, considerando-se 200 dias letivos, distribuídos por semanas. Dessa forma, totalizam-se 40 semanas 
para cada ano (1.º e 2.º).
Unidade 
temática
Objetos de 
conhecimento Semanas Conteúdos
Brincadeiras 
e jogos
Brincadeiras e jogos da 
cultura popular presentes no 
contexto comunitário 
e regional
12 semanas 
12 semanas
1.º ANO
JOGOS E BRINCADERAS TRADICIONAIS
ESCOLHENDO QUEM COMEÇA (par ou ímpar; dois ou um; pedra, papel, 
tesoura, pedrinha na mão, quadrinhas)
PEGA-PEGA e suas variações
LENÇO ATRÁS e suas variações
COELHINHO SAI DA TOCA e suas variações
BATATA QUENTE e suas variações
MORTO-VIVO e suas variações
BRINQUEDOS (pião de tampinha; cavalinho de cabo de vassoura; pé de lata)
CABRA-CEGA
MAESTRO
2.º ANO
REVIVER JOGOS E BINCADEIRAS TRADICIONAIS
JOGOS DRAMATIZADOS (qual é o bicho; montando uma cena; dramatizando 
uma história infantil)
JOGO DE FAZ DE CONTA (dia do brinquedo na escola)
Ginásticas Ginástica geral
10 semanas
10 semanas
1.º ANO
PERCEPÇÃO CORPORAL (bonecos palito; tapetinhos)
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA: SEM MATERIAIS (andar, correr, 
saltar, saltitar, girar, rolar, equilibrar)
2.º ANO
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA: COM MATERIAIS (bola; arco; corda)
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA GINÁSTICA: MAIS ELABORADOS (alongamento, 
deslocamentos, equilíbrios, vela, espacate, rolamentos, roda, rodante, ponte, 
parada de cabeça)
Danças Danças do contexto comuni-tário e regional
10 semanas
10 semanas
1.º ANO
BRINCADEIRAS RÍTMICAS E EXPRESSIVAS (expressando sentimentos; o que o 
meu corpo está falando; movimentos na roda; marcando o ritmo; colando no 
colega; ao som do instrumento)
RODAS E BRINCADEIRAS CANTADAS (Ciranda, cirandinha; A margarida; A 
canoa virou; A carrocinha pegou; A linda rosa juvenil; Eu sou pobre, pobre, 
pobre; Passarás; Atirei o pau no gato; Marcha, soldado; Pezinho)
2.º ANO
REVIVER AS RODAS E BRINCADEIRAS CANTADAS
CANTIGAS INFANTIS E MOVIMENTO (Fui ao mercado; A dona aranha; Fui 
morar numa casinha)
Esportes Esportes de marcaEsportes de precisão
8 semanas
8 semanas
1.º ANO
ESPORTE DE MARCA (corrida com estafeta; corrida de velocidade)
ESPORTE DE PRECISÃO (boliche; bocha)
2.º ANO
ESPORTE DE MARCA (corrida de revezamento; salto em distância; salto em 
altura; arremesso de peso lançamento de dardo; lançamento de disco)
ESPORTE DE PRECISÃO (Estilingue; Tiro com arco)
Avaliação: a avaliação formativa deve acontecer no decorrer de todo o processo, pela observação direta dos alunos a cada aula.
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Orientações 
específicas
propostas de 
atividades
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BRINCADEIRAS E JOGOS
Para onde vamos?
Com esse trabalho, seus alunos poderão desenvolver as seguintes 
habilidades:
(EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos 
da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, re-
conhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho 
dos colegas.
(EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, 
oral e escrita),as brincadeiras e os jogos populares do contexto comu-
nitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses 
jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.
(EF12EF03) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de 
brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, com 
base no reconhecimento das características dessas práticas.
(EF12EF04) Colaborar na proposição e na produção de alternativas 
para a prática, em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos 
e demais práticas corporais tematizadas na escola, produzindo textos 
(orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las na escola e na comunidade.
Ao desenvolver a unidade temática Brincadeiras e jogos você poderá 
explorar aquelas atividades presentes no contexto comunitário e regional 
dos alunos. Como ponto de partida, investigue quais jogos e brincadeiras 
eles já realizam,ampliando esse acervo com outras possibilidades registra-
das pelos familiares ou que forem sugeridas por você. Antes de iniciar as 
práticas, sugerimos a leitura do texto a seguir, que poderá ajudá-lo a refletir 
a respeito de como as brincadeiras e jogos, tendo valor em si, podem ser 
organizados e aplicados em aula.
BRINCADEIRAS E JOGOS
[...] O jogo, analisado a partir dos fundamentos teóricos da Cultura Corporal, caracteriza- 
-se pela espontaneidade, flexibilidade, descompromisso, criatividade, fantasia e expressividade, 
representadas de diversas formas, próprias de cada cultura. As regras existem sem a rigidez 
aplicada aos esportes, mas são previamente discutidas e combinadas pelos participantes, que 
poderão modificá-las ou não, de acordo com o interesse do grupo.
O jogo é uma atividade livre que deve ser realizada sem o caráter da obrigatoriedade. 
Possibilita a liberdade e a variação, permitindo o surgimento de outras formas de jogar, implica 
um sentido e um significado que, com o tempo, passam a fazer parte da cultura do grupo, 
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22 EDUCAÇÃO FÍSICA22 EDUCAÇÃO FÍSICA
comunidade, povo ou nação que o inventou. Você pode perceber isto se buscar um jogo que 
é típico em sua região, mas que poderá ter características diferentes ou nem existir em outra 
região do país.
Sua importância enquanto Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, está na 
representação das raízes históricas e culturais de diversos povos, bem como as transformações 
ocorridas ao longo do tempo que possam ter causado modificações no modo como se joga 
determinado jogo em várias partes do mundo. É importante também, considerar o jogo em 
seu processo de criação, recriação e readaptação, levando-se em conta as possíveis influências 
políticas, econômicas e sociais pelas quais tenha passado, dando-lhe uma nova configuração e 
uma compreensão crítica. Enfim, é uma produção humana que tem um “(...) significado dentro 
da produção coletiva dos homens vivendo em sociedade” (BRUHNS, 1996, p. 29). [...]
PARANÁ. Educação Física. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 29.
Aluno(a): Turma: 
Professor(a): 
Entrevistado: 
Grau de parentesco (pai, mãe, avó, avô, outro): 
Idade da pessoa entrevistada: 
Por favor, gostaríamos de saber:
1. Quais as brincadeiras que você realizava quando era criança?
2. Quais os brinquedos de que mais gostava?
3. Com quem você brincava?
4. Em que local brincava?
Agradecemos a sua colaboração!
Conversa com os alunos
Inicialmente, sugerimos 
que oriente os alunos a pesqui-
sarem, em casa, quais eram as 
brincadeiras realizadas durante 
a infância de seus familiares. Ao 
lado, há um exemplo de ficha 
para esse registro.
Em sala de aula, após a 
pesquisa, dialogue com eles 
sobre o brincar, presente na 
vida das pessoas em todas as 
épocas. Mostre por meio da 
pesquisa que os pais, avós, tios 
e bisavós também brincavam 
quando eram crianças e que, 
nos dias atuais, é possível co-
nhecer algumas brincadeiras 
e jogos antigos porque foram 
repassados pelas gerações. 
Na sequência, estimule-os 
a expressarem oralmente como 
e com quem eles brincam. 
Anote as respostas no quadro 
e em seu planejamento. 
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Para enriquecer o trabalho, oportunize que os alunos pesquisem em 
diversos suportes (revista, jornal, internet, entre outros) imagens que repre-
sentem as brincadeiras que eles realizam em casa, no recreio, na escola, 
no condomínio, na praça e no parque. Oriente-os a montarem um mural 
ou cartaz com as imagens encontradas.
Uma questão importante a ser discutida na escola é a inserção/inclusão 
de crianças com deficiência. Apesar dos esforços e avanços, ainda nos de-
paramos com vários problemas, como a falta de adequações de materiais, 
de espaço físico e de pedagogias apropriadas. No entanto, precisamos 
incluir e incentivar todas as crianças para aceitação das diferenças e com-
bate aos preconceitos de qualquer natureza. Nas atividades sugeridas, se 
você tiver algum aluno com necessidades educacionais especiais, procure 
fazer com que este participe, adaptando algumas regras, incentivando a 
todos e estimulando a cooperação no grupo.
Outro fato que precisa ser observado é que, ao tratarmos de brinca-
deiras e jogos na escola, podemos nos deparar com situações de conflito, 
de discriminação e de desrespeito entre os colegas, muitas vezes motiva-
dos pela própria situação de jogo. Contudo, devemos estar atentos para 
que tais ações não se repitam, caracterizando, assim, o bullying (termo de 
origem inglesa bully, que significa valentão, brigão). Nesses casos, ações 
conjuntas entre escola e família podem ajudar a combater tais situações.
O filme a seguir é indicado para que você possa encontrar subsídios 
e desenvolver seu trabalho com o tema.
Assista ao vídeo O 
esporte como fator 
de inclusão, da série 
Esporte na escola, 
para enriquecer 
suas aulas com 
encaminhamentos 
que tenham esse 
propósito. De autoria 
do Ministério da 
Educação, o conteúdo 
é de domínio público 
e está disponível 
em: http://www.
dominiopublico.
gov.br/download/
video/me003518.
mp4. Acesso em: 
4 mar. 2021.
No documento 
intitulado A inclusão 
escolar de alunos 
com necessidades 
educacionais especiais 
– DEFICIÊNCIA FÍSICA, 
também do MEC, e 
disponível em: http://
portal.mec.gov.br/
seesp/arquivos/pdf/
deffisica.pdf, você 
encontra diversas 
abordagens para 
trabalhar com esses 
alunos, de acordo com 
o Estatuto da Pessoa 
com Deficiência (Lei 
nº. 13.146/2015). 
Acesso em: 8 jun. 2021.
Realize com seus alunos os jogos e as brincadeiras vivenciados e relacio-
nados por eles e pelos familiares, além de outros que você poderá sugerir.
Entretanto, converse com eles previamente sobre as formas de es-
colha conhecidas para selecionar quem vai começar a brincadeira, quem 
vai ser o líder ou como formar equipes. A seguir, encontram-se alguns 
exemplos.
Filme: Um grito de socorro
Título original: Spijt!
Gênero: Drama
Ano: 2013
Nacionalidade: Países Baixos
Direção: Dave Schram
Com: Robin Boissevain, Dorus Witte, Stefan Collier, Charlotte Bakker, Nils Verkooijen e outros
* Não recomendado para menores de 12 anos
Jochem (Stefan Collier) é um adolescente atormentado diariamente na escola por ser 
gordinho. Enquanto um grupo de colegas pratica bullying, outros, como Vera (Dorus Witte) e 
David (Robin Boissevain), tentam ajudá-lo, mas têm medo de enfrentar os valentões e sofrer 
represálias. Quando Jochem vai a uma festa com os colegas, é forçado a beber e não aparece no 
dia seguinte no colégio. David se sente culpado por não ter ajudado o menino e resolve, junto 
com Vera, procurar o amigo, mas pode ser tarde demais para prestar auxílio e pedir desculpas.
Sugestão de
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24 EDUCAÇÃO FÍSICA24 EDUCAÇÃO FÍSICA
Escolhendo quem começa
Par ou ímpar
O par ou ímpar é muito utilizado para decidir quem irá iniciar 
uma brincadeira ou também como critério de desempate. Nessa 
forma de escolha, duas crianças ficam com as mãos para trás; 
se uma delas escolher “par”, a outra será, obrigatoriamente, 
“ímpar”. Logo após, e simultaneamente, devem apresentar uma 
das mãos, revelando a quantidade de dedos que escolheram. A 
somatória dos dedos das mãos dos dois jogadores indicará um 
número, que pode ser par ou ímpar, o que determinará quem 
é o vencedor. 
Dois ou um
Esse meio de escolha é adequado para grupos pe-
quenos. As crianças devem se posicionar em círculo 
e colocar uma das mãos para trás. Em seguida, em 
voz alta, dizem: “dois ou um” e todas, ao 
mesmo tempo, mostram um ou dois dedos. 
Se a maioria apontar dois dedos, os que 
apontaram apenas um serão eliminados, ou vi-
ce-versa. Esse procedimento deve ser repetido 
até que sobrem duas crianças, as quais definirão 
o resultado por meio do par ou ímpar.
Pedra, papel, tesoura
Também conhecida como jokenpô, é uma formade 
seleção em que duas crianças – uma de frente para a outra 
e ao mesmo tempo – esticam uma das mãos, indicando 
um dos símbolos previamente escolhidos: pedra (mão 
fechada), papel (mão aberta) ou tesoura (dedo indicador 
e médio esticados). Cada uma delas dirá ao mesmo tem-
po “pedra, papel, tesoura” ou “jokenpô”, mostrando o 
símbolo que preferir. Para definir o vencedor, a regra é 
a seguinte: a pedra quebra a tesoura; a tesoura corta o 
papel e o papel embrulha a pedra.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Pedrinha na mão
É utilizada como método para dividir o grupo em duas equipes. Para 
isso, organize todas as crianças lado a lado, formando uma fileira. Com as 
duas mãos para trás e com uma pedra escondida em uma delas, posicio-
ne-se diante da primeira criança da fileira e apresente a ela as duas mãos 
fechadas, cruzando os punhos. A criança deve optar por uma de suas mãos. 
Se na mão escolhida estiver a pedra, ela ficará na equipe A; se a mão estiver 
vazia, ficará na equipe B. Repita o procedimento até que as duas 
equipes estejam formadas.
Quadrinhas
Quadrinhas, trava-línguas parlendas e adivinhas são expressões da 
cultura popular que, com o passar do tempo, foram 
disseminadas por meio da tradição oral, passando 
de geração a geração.
Esses textos são largamente utilizados para 
selecionar quem vai começar uma brincadeira. 
Uma das formas de fazer essa seleção é pedir 
às crianças que fiquem com as mãos fechadas 
em punho, em volta de quem escolhe, que 
vai batendo de mão em mão, recitando o 
verso ou a quadrinha até o fim. Então, a 
criança poderá ser escolhida ou elimina-
da, dependendo do combinado. 
Veja a seguir algumas quadrinhas: 
A-do-le-tá,
le-pe-ti
pe-ti-pe-tá.
Le café com chocolá,
a-do-le-tá.
Uni duni tê 
Salamê min-guê 
O sorvete colorê 
O escolhido foi você!
Lá em cima do piano 
Tinha um copo de veneno 
Quem bebeu morreu!
Uma pulga na balança 
Deu um pulo e foi à França 
Os cavalos a correr, 
Os meninos a brincar, 
Vamos ver quem vai pegar!
A mulher matou 
Com a sola do sapato, 
O sapato estremeceu! 
Quem ficou aqui correu!
Antes que as crianças possam experimentar e fruir as brincadeiras 
citadas a seguir, dê oportunidade para que possam trocar experiências a 
respeito de como executam cada uma delas.
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26 EDUCAÇÃO FÍSICA26 EDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Pega-pega
Após a conversa, que oportunizará às crianças trocarem experiências 
sobre o que cada uma conhece dessa brincadeira, você poderá organizá-las 
no pátio da escola para que vivenciem o pega-pega na forma que foi citada 
pela maioria.
Trata-se de uma brincadeira 
muito antiga e popular, mas não se 
sabe ao certo quando e nem onde 
foi criada. Alguns quadros antigos 
revelam a existência dela no passado 
e em diversos locais do mundo.
Por ser da cultura popular, apre-
senta variações na sua forma de 
brincar e muitas denominações dife-
rentes, assim como: mãe; mãe pega; 
pique; barata; pegar; pegador; pi-
que-pega; pira; salva; mãe cola; mãe 
cola americana, mãe pega todos, etc.
Basicamente consiste em um 
pegador e os fugitivos, podendo ter ou 
não o pique, que é um local predefinido para se proteger do pegador.
Veja, a seguir, como brincar de pega-pega tradicional e conheça tam-
bém algumas de suas variantes.
Pega-pega tradicional
Reúna a turma em um local onde haja espaço para correrem. Aproveite 
uma das formas de escolha apresentadas inicialmente para selecionar 
quem será o pegador. Você poderá utilizar um apito para sinalizar o início 
da brincadeira. Ao seu sinal, a criança escolhida para essa função passa a 
perseguir os outros colegas. Assim que tocar em um deles, este passa a 
ser o novo pegador. A brincadeira segue até que todas as crianças sejam 
tocadas e tenham a oportunidade de ser o pegador. O ganhador é sempre 
o último a ser tocado.
A brincadeira pega-pega em uma ilustração do livro holandês 
Jongensspelen (Jogos de meninos), de Schiedam H. A. 
M. Roelants, publicado por volta de 1860-1870.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
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Mãe cola 
Da mesma forma que o pega-pega 
tradicional, nessa variação também deverá 
ser selecionada uma criança para ser o pe-
gador. Ela deverá correr atrás das outras e, 
ao tocar um dos participantes, este ficará 
imóvel, como se estivesse “colado” no chão. Se 
outro colega encostar em quem está “colado”, este 
imediatamente se descola e volta para a brincadeira.
Existem os combinados de que, por exemplo, se uma 
criança for colada três vezes, esta passará a ser o pegador.
Pega todos
Para a brincadeira, é necessário que duas crianças sejam os pegadores; 
as demais ficarão distribuídas em uma área delimitada.
Inicie a atividade explicando que elas devem correr sem ultrapassar 
o espaço demarcado. Cada criança, ao ser tocada, deverá sentar-se e 
permanecer parada.
Quando os pegadores conseguirem pegar todos, a brincadeira pode 
ser reiniciada, fazendo-se a escolha de outros dois colegas para serem os 
próximos pegadores.
Polícia e ladrão
Agora, a turma deve ser dividida em dois grupos, sendo um para 
representar os “policiais” e o outro, os “ladrões”. A fim de selecionar os 
integrantes de cada grupo, eleja uma criança para que, usando a pedrinha 
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28 EDUCAÇÃO FÍSICA28 EDUCAÇÃO FÍSICA
na mão, faça a escolha dos participantes, formando assim duas equipes 
com número variável de integrantes. A brincadeira se inicia com a equipe 
formada por “policiais” contando até 20, para, em seguida, correrem e 
apanharem os “ladrões”. Assim que segurar um ladrão, o policial deve 
levá-lo para a cadeia, local escolhido antes de iniciar a brincadeira. 
Quando todos os “ladrões” estiverem na cadeia, trocam-se os papéis, 
ou seja, os ladrões deverão agir como policiais e vice-versa.
Menino pega menina
Nessa versão do pega-pega deverão ser 
formados dois grupos, um por meninas e outro 
por meninos. Usando uma das formas de escolha 
apresentadas anteriormente, deve-se decidir 
qual o grupo que iniciará a brincadeira, agindo 
como pegador. Se a brincadeira iniciar com o 
grupo das meninas, por exemplo, estas deverão 
perseguir os meninos que, quando tocados, 
devem ser conduzidos pela mão até um local 
previamente combinado, permanecendo sen-
tados até que todos sejam pegos. Quando isso 
acontecer, a brincadeira recomeça, invertendo 
os pegadores. 
Vivência corporal
Lenço atrás
Em diferentes regiões do Brasil, é uma brincadeira conhecida como 
ovo choco, galinha choca ou corre-cutia. Existem versões em que são uti-
lizadas cantigas como parte do lenço atrás. Essas cantigas também sofrem 
modificações de acordo com a região do país onde se brinca. 
Assim, torna-se prioridade dar voz às crianças para que estas possam 
expor o que conhecem a respeito do lenço atrás. Você poderá fazer a 
mediação dessa conversa perguntando qual é o nome, como é realizada, 
entre outros questionamentos. Na sequência, possibilite que demonstrem 
concretamente como se brinca.
A seguir, apresentamos algumas versões dessa brincadeira.
Ao propor uma nova forma de realizar a brincadeira, 
você estará possibilitando que o aluno expresse a com-
preensão do conhecimento que lhe foi transmitido. Nesse 
momento, é possível avaliar tal nível de apreensão à medi-
da que o “ponto de chegada” se altera qualitativamente 
em relação ao “ponto de partida”, uma vez que houve 
a mediação da ação pedagógica no tocante à zona de 
desenvolvimento proximal, definida por Vygotsky como 
a área existente entre o nível de desenvolvimento real 
e o nível de desenvolvimento potencial, ou seja, o que 
envolve os conhecimentos que a criança já possui e o que 
ela precisa aprender.
No caso do pega-pega, é importante os alunos perce-
beremque, apesar das variações, o objetivo é sempre o 
mesmo: ter pegadores e fugitivos.
Solicite que eles criem uma nova maneira de realizar a 
brincadeira. Escute as ideias propostas por eles, organi-
ze-as e solicite que vivenciem a forma inédita de brincar.
 ReinventandO
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Lenço atrás tradicional
Inicia-se com todas as crianças dando as mãos, formando uma roda. 
Em seguida, deverão sentar-se de frente para o centro da roda. Uma delas, 
previamente escolhida pela turma, fica posicionada em pé, do lado de fora 
dessa roda, segurando um lenço. Ela começa a caminhar ou a correr por 
trás das crianças que estão sentadas na roda. Depois de algumas voltas, 
deve colocar o lenço no chão, atrás de uma delas. 
Quando a criança perceber que o lenço foi deixado atrás dela, deve 
levantar-se, pegá-lo e correr atrás de quem fez isso, que deve procurar 
ocupar o lugar que ficou vago na roda, onde o colega estava sentado. Se 
a criança que estava sentada pegar o colega, este se sentará no centro da 
roda e ela continuará a brincadeira andando ou correndo em volta da roda.
Existem versões nas quais, enquanto a criança se desloca em volta 
da roda, todas as outras batem palmas e recitam parlendas. Veja 
algumas variações. Um exemplo é o que se encontra na ilustração 
a seguir.“NÃO OLHE PRA TRÁS. 
A RAPOSA VEM ATRÁS.
NÃO OLHE PRA FRENTE. 
A RAPOSA VEM NA FRENTE.”
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Há uma outra versão em que todas as crianças cantam:
Corre cutia
na casa da tia
corre cipó
na casa da avó
lencinho na mão
caiu no chão
moça bonita
do meu coração.
Aí o dono do lenço pergunta:
– Posso jogar?
e todos respondem:
– Pode! Um, dois, três!
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30 EDUCAÇÃO FÍSICA30 EDUCAÇÃO FÍSICA
Em algumas regiões foi encontrada, inclusive, a seguinte variação:
Criança em pé: – Lenço atrás!
Crianças sentadas: – Corre mais!
Criança em pé: – Posso correr?
Crianças sentadas: – Pode!
Criança em pé: – Ninguém vai ver?
Crianças sentadas: – Não!
Criança em pé: – Então fechem os olhos!
Galinha choca
Da mesma forma que na brincadeira lenço atrás tradicional, as crianças 
devem permanecer sentadas em roda. Quem ficar fora da roda deve segu-
rar uma bola de papel nas mãos, simbolizando um ovo, e dizer: “A galinha 
chocou”. Todas as que estiverem na roda repetem: “Galinha choca, galinha 
choca!“, enquanto aquela que segura o ovo tenta colocá-lo atrás de um 
colega da roda. Os demais podem avisar se o colega não percebeu que o 
ovo está atrás dele. Caso este consiga pegar o colega que colocou o ovo, 
quem foi pego irá para o centro da roda e passa a representar a galinha 
choca. Se não for pego, se sentará no lugar da criança que levantou para 
correr atrás dele.
Porta aberta
Solicite que os alunos formem uma roda e 
permaneçam em pé. Um deles é escolhido para 
ficar fora da roda. Este anda em volta da roda, toca 
nas costas de um dos colegas e corre no mesmo 
sentido que estava andando. Quem for tocado sairá 
correndo no sentido contrário ao colega que lhe 
tocou. Aquele que chegar primeiro ao local que 
ficou vago na roda permanecerá, enquanto o ou-
tro passará a andar por fora da roda. Desse modo, 
segue a brincadeira. 
 ReinventandO
Converse com os alunos sobre a importância de 
estarem sempre atentos enquanto a brincadeira 
acontece. Questione se todos foram escolhidos para 
passar o objeto.
Proponha agora que recriem a brincadeira de 
lenço atrás, formulando novas regras para que todos 
possam ter a oportunidade de passar o objeto. Uma 
sugestão é de que aquele que já foi escolhido inicie 
uma nova roda.
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EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Vivência corporal
Esconde-esconde
Você poderá dar início à atividade dizendo às crianças: “Quem já 
brincou de esconde-esconde levante a mão!“. Em seguida, oportunize 
que falem de que maneira brincam. Organize grupos de acordo com as 
semelhanças que forem descritas. Depois, leve-os ao pátio da escola para 
que vivenciem a brincadeira nas suas diferentes formas. 
Esconde-esconde tradicional
Antes de iniciar a brincadeira, use uma das formas de escolha apresen-
tadas anteriormente para selecionar uma criança que irá achar os demais 
colegas. Em um local previamente determinado, ela deverá começar a 
contagem, com os olhos fechados ou tapados, até o número combinado, 
podendo ser até 31; enquanto isso, as outras se escondem. 
É importante que se estabeleçam limites para se esconder ou você 
terá crianças indo para lugares distantes, e não é esse o propósito. 
Depois de terminada a contagem, a criança sai à procura dos colegas. 
Quando encontrar algum, deverá voltar correndo ao local em que iniciou 
a contagem, “bater” e dizer o nome do colega em voz alta. 
No entanto, para se salvar, as crianças que se esconderam podem voltar 
ao lugar considerado o ponto de partida e então “bater”, falando uma 
frase como: “1, 2, 3!”, seguida 
de seu próprio nome.
Só termina a brinca-
deira depois de terem 
sido encontrados todos 
os participantes. O pró-
ximo aluno a contar 
será o primeiro que foi 
achado.
Sugestão de
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engraçadas . 5. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2013.
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32 EDUCAÇÃO FÍSICA32 EDUCAÇÃO FÍSICA
Salva todos
A brincadeira é semelhante ao esconde-esconde tradicional. A diferença é que quando o 
último colega a ser achado consegue “bater”, ou seja, chegar antes de quem o está procurando, 
ele consegue “salvar” todos os colegas anteriormente achados. Então, a mesma criança deverá 
contar e procurá-los novamente.
Vários procurando
Essa é uma outra variação, mas que difere do escon-
de-esconde tradicional porque, à medida que as crianças 
são encontradas, estas também passam a procurar os 
demais colegas. Dessa forma, aumenta-se o grau de difi-
culdade da brincadeira.
Vivência corporal
Coelhinho sai da toca
Antes de iniciar a brincadeira propriamente dita, registramos que o objetivo é oportunizar 
que as crianças troquem experiências sobre as formas de brincar que conhecem, qual o nome, 
quando e onde já brincaram, etc. Para realizá-la, caso a escola tenha bambolês ou cordas para 
fazer um círculo, estes poderão ser utilizados como "toca", mas originalmente é uma brincadeira 
que não conta com o apoio de nenhum material.
Coelhinho sai da toca tradicional
Dê início à brincadeira organizando a turma em grupos de três crianças. Duas devem ficar 
de mãos dadas, erguidas acima da cabeça, formando a toca, enquanto a terceira fica no meio, 
representando o coelho. Essa criança poderá ser selecionada por uma das formas de escolha 
apresentadas anteriormente. 
As tocas devem ser espalhadas pelo local da brincadeira. Duas ou mais crianças ficarão sem 
toca, no centro da área. Quando todas já estiverem nos seus devidos lugares, você deverá dizer: 
“Coelhinho, sai da toca!" e todos deverão mudar de toca.
Quem estiver no centro, sem toca, deve tentar ocupar as tocas que ficam vazias, enquanto os 
demais procuram uma nova toca.
Coelhinho sai da toca com caçador
A brincadeira se difere da tradicional, porque você escolherá um aluno para ficar fora das tocas, 
que será considerado o caçador. Assim que for dado o sinal ele deverá pegar um dos coelhinhos 
que estiver tentando trocar de toca. Quem for pego será o caçador, e o caçador vira coelhinho.
 ReinventandO
Proponha que os alunos brinquem de es-
conde-esconde de uma nova maneira. Você 
poderá formar duas equipes com o mesmo 
número de integrantes e lançar o desafio para 
que eles organizem a brincadeira de modo 
que um grupo se esconda e o outro procure. 
Estabeleça com eles quais serão as regras e 
que nome podem dar a essa variação.
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33
EDUCAÇÃO FÍSICAEDUCAÇÃO FÍSICA
Toca sai do coelhinho
Agora, quem sai do lugar são as tocas. Organize os alunos conforme a brincadeira tradicional,

Mais conteúdos dessa disciplina