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Termodinâmica Capítulo 2 Energia e 1ª lei da termodinâmica IFSUL – Campus Sapucaia do Sul Prof. Dr. Enio C. M. Fagundes Energia A energia pode ser armazenada dentro de sistemas em várias formas macroscópicas. A energia pode também ser transferida entre os sistemas e transformada de uma forma para outra. A energia pode ser transferida por meio de calor e por meio de trabalho. A quantidade total de energia permanece constante em todas as transformações e transferências. Trabalho e Energia Cinética A curva representa a trajetória percorrida por um corpo de massa m. A velocidade do centro de massa do corpo é dada por V. F é a força resultante que varia em magnitude ao longo do caminho. Fs é a componente de força tangente a trajetória. Fn é a componente de força normal a trajetória. O corpo se move da posição s1 para s2, e as velocidades respectivas são dadas por V1 e V2 A única interação entre o corpo e a sua vizinhança envolve a força FObs: Os símbolos em negrito são vetores Pela segunda lei do movimento de Newton, a magnitude da componente Fs está relacionada com a variação da magnitude de V pela relação: F= m.a (2.1) (2.2) (2.3) (2.4) A quantidade ½ mV2 é a energia cinética (EC) do corpo. A energia cinética é uma grandeza escalar. A variação da EC, EC é dada por: EC = EC2 – EC1 = ½m(V2 2 – V1 2) (2.5) A integral ao lado direito da eq 2.3 é o trabalho realizado pela força Fs. O trabalho também é uma grandeza escalar. (2.6) A energia cinética é uma propriedade extensiva do corpo Energia potencial Um corpo de massa m se move verticalmente de uma altura z1 para z2. Há duas forças atuando sobre o sistema: uma força para baixo devido a gravidade (m.g) e uma força vertical de magnitude R (resultante de outras forças) O trabalho total é dado por: A primeira integral representa o trabalho realizado pela força R sobre o corpo. A segunda integral é calculada como segue: (2.7) (2.8) Obs: g é considerada constante Incorporando-se a eq 2.8 na 2.7 e rearranjando tem-se: (2.9) A quantidade mgz é chamada energia potencial (EP). Enquanto EP é a variação na energia potencial gravitacional. (2.10) A energia potencial é considerada uma propriedade extensiva do corpo Unidades para Energia Unidades de energia e trabalho: · SI: 1 J (Joule)= 1 N.m e 1 kJ = 103 J · Sistema Inglês: 1 btu = 778,17 lbf.ft e 1btu = 1055,056 J Conservação de Energia em Mecânica Utilizando o princípio da conservação de energia e considerando o caso especial de um corpo sobre o qual a única força atuante é aquela resultante da gravidade a eq 2.9 transforma-se em: Nesta condição a soma das energias cinética e potencial gravitacional permanece constante. A energia também pode ser convertida de uma forma em outra. (2.11) Trabalho O trabalho realizado por ou sobre um sistema avaliado em termos de força e deslocamento é dado por: Definição termodinâmica de trabalho: Um sistema realiza trabalho sobre suas vizinhanças se o único efeito sobre tudo aquilo externo ao sistema puder ser o levantamento de um peso. (é uma força que age através de uma distância) Convenção de Sinais e Notação Trabalho positivo W > 0: realizado pelo sistema (sobre a vizinhança) - seta saindo do sistema. Ex: expansão de um gás dentro de um conjunto embolo /pistão. (O gás é o sistema) Trabalho negativo W < 0: realizado sobre o sistema (pela vizinhança) - seta entrando no sistema. Ex: a compressão do mesmo gás no exemplo dado acima no conjunto embolo /pistão. (o gás é o sistema) (2.12) Como o trabalho depende do caminho (não é propriedade), sua diferencial é inexata. A integral abaixo não pode ser calculada sem considerar os detalhes do processo (caminho percorrido). A diferencial de uma propriedade é dita exata quando a variação entre dois estados não depende dos detalhes do processo. Por exemplo a variação de volume. A diferencial de toda propriedade é exata. As diferenciais exatas são escritas com o símbolo d. A diferencial do trabalho, que é inexata, é escrita como W. O símbolo será utilizado posteriormente para outras diferencias inexatas. Potência A taxa de transferência de energia por meio de trabalho é denominada potência, representada por Ẇ (W com um ponto em cima). Taxas temporais serão representadas pelo ponto (.) acima da letra representativa. O trabalho realizado durante o intervalo de tempo pode ser dado por: (2.13) (2.14) Unidades de potência: · SI: 1 W (Watt)= 1 J/s e 1 kW = 103 W · Sistema Inglês: 1 btu/h, 1 lbf.ft/s e 1hp = 746 W. A convenção de sinais para a Potência é a mesma aplicada para o trabalho (W). F= força V= velocidade Trabalho de Expansão ou Compressão O trabalho realizado pelo sistema a medida que o pistão é deslocado de uma distância dx é: (2.15) Como dV = Adx a expressão fica: Como dV é positivo quando o volume aumenta, o trabalho também é positivo. Para compressão dV será negativo, assim como o trabalho realizado. Para uma variação de volume de V1 a V2 o trabalho será dado por: (2.16) (2.17) Nota: p= F/A ou pA = F Nos processos reais: · p é difícil de obter (ex. motor de automóvel) · medidas de p podem ser realizadas usando transdutores de pressão. · alternativamente, o trabalho pode ser obtido através de um balanço de energia Trabalho em Processos Quase-estático de Expansão e Compressão Um processo modelado como um tipo idealizado é chamado de processo em quase-equilíbrio ou quase-estático. Um gás ou um líquido poderia ser expandido ou comprimido (sistema ao lado) retirando-se ou colocando-se pequenas massas, permitindo que o gás se expanda ou comprima de modo a não se afastar muito do equilíbrio. O trabalho realizado pode ser calculado pela integral abaixo, que é a área sob a curva p versus V O trabalho não é uma propriedade. O valor do trabalho depende da natureza do processo entre os estados inicial e final. Um processo de quase-equilíbrio descrito por pV n = constante, onde n é uma constante, é chamado de processo politrópico. Os caminhos A e B são diferentes apresentando trabalhos diferentes. Exemplo: Um gás em um conjunto cilindro-pistão passa por um processo de expansão, cuja relação entre a pressão e o volume é dada por pV n = constante. A pressão inicial é de 3 bar, o volume inicial é de 0,1m3, o volume final é de 0,2m3. Determine o trabalho para o processo, em kJ no caso de a) n=1,5, b) n=1,0, c) n=0. a) Introduzindo na equação p = constante/V n A constante pode ser obtida por: Substituindo na expressão anterior fica: Esta expressão não é válida para n = 1. (o numerador não pode ser zero) Para calcular W é necessário calcular p2. Como: Nota: constante/Vn = constante.V-n O resultado da integral é –n+1 que é igual a 1-n. 1,5 b) Para n = 1, a relação é pV = constante, ou p=constante/V. c) Para n = 0, p = constante, e W= p(V2- V1) W= 30 kJ Ou utilizando as unidades do SI: W = [(1,06x105).(0,2) – (3x105).(0,1)]/(1-1,5) = 17600 J = 17,6 kJ Ou: W = [(3x105).(0,1)].ln (0,2/0,1) = 20790 J = 20,79 kJ Resumindo: Para processos politrópicos, onde pV n = constante O trabalho quando n 1 é dado por O trabalho quando n = 1 é dado por O trabalho para n=0 é dado por: W= p(V2- V1) Outros Exemplos de Trabalho · Extensão de uma barra sólida. · Distensão de um filme de líquido · Potência transmitida por um eixo. · Trabalho elétrico. Extensão de uma barra sólida – uma barra sólida sob tensão, conforme a figura. A barra é fixada em x=0 e a força F aplicada é dada por F = .A, onde A é a área da seção transversal e é a tensão normal no final da barra. O trabalho feito é dado por W =- .A. dx O sinal (-) indica que o trabalho é feito sobre a barra quando dx é positivo O trabalho para a mudança de comprimento entre x1 e x2 é dado pela integração: Estiramento de um filme líquido – A figura mostra um filme líquido suspenso em uma armação de arame. O filme é suportado em ambas superfícies devido a tensão superficial. é a tensão superficial que atua sob o arame móvel.A força F por unidade de comprimento é (ver figura) dada por: F= 2.l. , o número 2 é devido a haver duas superfícies no filme que atuam na armação de arame. Se o arame móvel é deslocado por dx o trabalho é dado por: W = -2.l..dx O sinal (-) indica que o trabalho é feito sobre o sistema quando dx é positivo. dA = 2l.dx O trabalho para aumentar a área superficial de A1 para A2 é dado por: Potência transmitida por um eixo – um motor conforme a figura = velocidade angular (radianos/s) Ft = força tangencial R = raio V = velocidade no ponto de aplicação (V=R.) A potência transmitida do eixo para o ambiente é dada por: (torque) Potência elétrica – dada a figura de uma célula eletrolítica conectada a um circuito externo i= corrente elétrica = diferença de potencial A taxa de transferência de energia devido ao trabalho ou potência é dada por: i= dZ/dt , onde dZ é a quantidade de carga elétrica que flui no sistema. O trabalho na forma diferencial será: A variação total de energia de um sistema A variação total de energia de um sistema é dada por: (2.27) Onde U representa a energia interna e U2-U1 a variação de energia interna (U). A energia interna corresponde a energia de translação, rotação e de vibração das moléculas, átomos e partículas que compõem a matéria do sistema. Além disso a energia armazenada nas ligações químicas, e a energia associada a níveis atômicos. Energia por calor Sistemas fechados podem interagir com as suas vizinhanças sem produzir trabalho. Um gás em um recipiente interage com uma placa quente aumentando a energia do gás sem realizar trabalho. Este tipo de interação é denominado transferência de energia através de calor Calor = energia transferida para ou de um sistema, unicamente por diferença de temperatura. Q indica o calor. Convenção de sinais: Q > 0, transferência de calor para o sistema. (da vizinhança para o sistema) Q < 0, transferência de calor do sistema. (do sistema para a vizinhança) Esta convenção é inversa aquela do trabalho. A quantidade de calor transferida depende dos detalhes do processo. Da mesma forma que o trabalho, o calor não é uma propriedade e sua diferencial é escrita como Q. A quantidade de energia transferida por calor é dada por: (2.28) Os limites 1 e 2 significam o estado 1 e 2 e não se referem ao calor nestes estados. Assim como o trabalho não há sentido calcular Q1 – Q2. A taxa de transferência de calor é dada por (Q maiúsculo ponto) A quantidade de calor durante um período de tempo é dada por: Para realizar a integração é necessário saber como a taxa de transferência de calor varia com o tempo. Em alguns casos é conveniente utilizar o fluxo de calor, , que é a taxa de transferência de calor por unidade de área de superfície do sistema. (2.29) (2.30) As unidades de transferência de calor são as mesmas do trabalho · SI: W/m2 para . Para e são dadas em Watt (J/s) ou kW · Sistema Inglês: = BTU/h.ft2 Quando não há transferência de calor com a vizinhança o processo é chamado processo adiabático Modos de Transferência de Calor Condução - A transferência de energia pode ocorrer em sólidos , líquidos e gases. Condução é a transferência de energia de partículas mais energéticas de uma substância para partículas adjacentes menos energéticas, devido a interação entre as partículas. Pela lei de Fourier tem-se: k = condutividade térmica (tabela A-19) O sinal negativo indica a transferência de energia no sentido decrescente da temperatura (de T1 para T2 ,neste caso T1>T2) Substâncias com elevado valor de k são bons condutores de calor e aquelas com baixo valor de k são maus condutores. x indica a direção da transferência (2.31) Exemplo: pela figura anterior, a temperatura varia linearmente, e o gradiente de temperatura é dado por: A taxa de transferência de calor na direção x é: (T1 >T2) Radiação – é emitida pela matéria como resultado de mudanças na configuração eletrônica dos átomos ou moléculas no seu interior. A energia é transportada por ondas eletromagnéticas, não necessitando de meio de propagação. Lei de Stefan- Boltzmann: = emissividade, propriedade da superfície que indica a eficiência da superfície irradiante (0 1,0), e = constante de Boltzmann (2.32) Troca radiante entre superfícies em diferentes temperaturas, Tb e Ts. Ts apresenta superfície muito maior. (2.33) Convecção – a transferência de energia entre uma superfície sólida a uma temperatura Tb e um gás ou líquido adjacente em movimento a uma temperatura Tf. O sistema aquece o fluido por condução e as moléculas do fluido transportam essa energia pela corrente de fluido. Lei do resfriamento de Newton h = coeficiente de transferência de calor. Este coeficiente não é uma propriedade termodinâmica, ele é empírico. A= área da superfície (2.34) Balanço de energia para sistemas fechados Um aspecto fundamental do conceito de energia é que a energia se conserva, chama-se este fato de Primeira Lei da Termodinâmica. O balanço de energia pode ser descrito pela expressão: (2.35a) (2.35b) Primeira Lei da Termodinâmica. Aspectos importantes do balanço de energia Várias formas podem se apresentar, por exemplo a forma diferencial (2.36) Balanço de energia na forma temporal (2.37) ou ainda (2.38) Exemplo 2.2 livro Um conjunto cilindro-pistão contém 4 kg de um certo gás. O gás está sujeito a um processo no qual a relação pressão-volume é pV1,5=constante. A pressão inicial é de 3 bar, o volume inicial é de 0,1 m3 e o volume final é de 0,2 m3. A variação da energia interna específica do gás no processo é u= u2-u1 = -4,6 kJ/kg. Não há variação significativa de EC e EP. Determine a transferência de calor líquida para o processo, em kJ. Balanço de energia de um sistema fechado A energia interna em termos de energia interna específica Isolando Q O trabalho deste sistema foi resolvido no exemplo 2.1 A variação da energia interna é dada por: A transferência de calor fica: Ou W = ((1,06x105.0,2) – (3x105.0,1))/(1-1,5) = 17600 J Exemplo 2.3 Ar está contido em um conjunto cilindro-pistão vertical equipado com uma resistência elétrica. A atmosfera exerce uma pressão de 1 bar no topo do pistão, que possui uma massa de cerca de 45 kg e cuja área da face é de 0,09 m2. Uma corrente elétrica passa através da resistência e o volume de ar aumenta lentamente de 0,045 m3, enquanto sua pressão permanece constante. A massa do ar é de 0,27 kg e sua energia interna específica aumenta de 42 kJ/kg. O ar e o pistão estão em repouso no início e no fim do processo. O material do cilindro- pistão é um composto cerâmico, portanto um bom isolante. O atrito entre o pistão e a parede é desprezado, e a aceleração da gravidade é de g= 9,81 m/s2.Determine a transferência de calor da resistência para o ar , em kJ, para um sistema composto de (a) apenas ar (b) ar e pistão. Considerações: -Os sistemas são fechados -Apenas a transferência de calor da resistência para o ar é significativa (expansão a p constante) - A variação de EC e EP são desprezadas e a energia interna do pistão (isolante) não muda a) Considerando o ar como sistema Isolando Q O trabalho é dado por: Para determinar p, utiliza-se um balanço de forças no pistão. Força para cima , exercida pelo ar sobre o fundo do pistão é igual ao peso do pistão mais a força para baixo, da atmosfera que atua no topo do pistão. Como F= p.A , fica: Isolando p: O trabalho pode ser calculado: Como b) Sistema composto pelo ar e pistão. O balanço de energia fica: Isolando Q: O trabalho é realizado no topo do pistão a medida que ele empurra a atmosfera. p= (45.9,81/0,09)+1x105 = 104905 Pa W= 104905 . 0,045 = 4720, 725 J U= 0,27. 42000 = 11340 J Q = 4,72+11,340 = 16,06 kJ A variação de altura pode ser obtida da seguinte forma: A variação da energia potencial pode ser determinada Transferência de calor Q = 4,5+0,22+11,340 = 16,06 kJ Exemplo 2.4 Durante uma operação em regime permanente uma caixa de redução recebe 60kW através do eixo de entrada e fornece potência através do eixo de saída. Considerando a caixa de redução como sistema, a taxa de transferência de energia por convecção é Onde h = 0,171 kW/m2. K (coeficiente de transferência de calor) , A = 1,0 m2 é a área da superfície externa da caixa de redução, Tb = 300 K é a temperatura da superfície externa e Tf = 293 K é a temperatura do ar da vizinhança longe das imediações da caixa de câmbio. Para a caixa de engrenagens, calcule a taxa de transferência de calor e a potência fornecida através do eixo de saída , ambas em kW. Considerações -A caixa é um sistema fechado em regime permanente -O modo de transferência de calor dominante é a convecção. A taxa de transferência de calor é dada por: O sinal (-) indica que energia é retirada da caixa de redução por transferência de calor O balanço da taxa de energia , em regime permanente fica: A potência líquida é dada pela potência recebida mais a potência de saída : O balanço da taxa de energia é dada por Isolando e inserindo os valores de tem-se: O sinal (+) indica que a potência é transferida do sistema , através do eixo de saída . Exemplo 2.5 - Um chip de silício medindo 5 mm de lado e 1 mm de espessura está inserido em um substrato cerâmico. Em regime permanente o chip tem uma potência elétrica de entrada de 0,225 W. A superfície superior do chip está exposta a um refrigerante cuja temperatura é de 20°C, o coeficiente de transferência de calor para a convecção entre o chip e o refrigerante é 150W/m2.K. Se a transferência de calor por condução entre o chip e o substrato for desprezível , determine a temperatura da superfície do chip em ºC. Considerações: O chip é um sistema fechado em regime permanente Não há transferência de calor entre o chip e o substrato A temperatura Tb pode ser determinada pelo balanço de energia: Como a única transferência de calor ocorre por convecção: Unindo as duas equações tem-se: Isolando Tb: Inserindo os valores tem-se Análise de energia para ciclos Balanço de energia para um ciclo O balanço de energia para qualquer sistema sujeito a um ciclo termodinâmico é dado por: (2.39) Qciclo e Wciclo representam quantidades líquidas de energia na forma de calor e de trabalho. Como o sistema retorna ao seu estado inicial após o ciclo, não há variação líquida de energia (Eciclo = 0) (2.40) A Figura 2.17 apresenta o esquema simplificado de duas classes de ciclo. a) ciclo de potência, b) ciclo de refrigeração e bomba de calor. Aqui deve-se prestar atenção nas setas indicadas pelo Qsai e Qentra em cada ciclo. Ciclo de potência Ciclos de refrigeração e bomba de calor Entra calor do corpo quente Entra calor do corpo frio Ciclos de potência Qentra > Qsai Energia oriunda de queima de combustível, de radiação solar, etc. A energia Qsai é descarregada para a atmosfera circundante ou um corpo d’agua próximo. A energia adicionada na forma de calor Qentra é convertida em trabalho líquido na saída Wciclo (ver sentidos das setas) Eficiência térmica do ciclo de potência (desempenho de um sistema que percorre um ciclo de potência) Como a energia se conserva, a eficiência térmica de todo ciclo tem que ser menor que a unidade < 1 (100%). Ciclos de refrigeração e bombas de calor Para ocorrer transferência de energia é necessária a entrada de trabalho líquido Wciclo. (ver sentido das setas) Como Wciclo é positivo, Qsai é maior que Qentra. Os ciclos de refrigeração e bomba de calor possuem objetivos diferentes. O ciclo de refrigeração tem por objetivo reduzir a temperatura de um espaço refrigerado, ou manter a temperatura do interior de um espaço (domicílio, empresa) abaixo daquela do ambiente. O objetivo da bomba de calor é manter a temperatura do interior de um espaço (domicílio, empresa) acima daquela do ambiente. Também pode ser usado para fornecer aquecimento para um processo industrial que ocorre a temperatura elevada. Logo os coeficientes de desempenho destes ciclos são definidos de forma diferente. Coeficiente de desempenho para a refrigeração Ou ainda Para um refrigerador doméstico Qsai é descarregado para o ambiente, local onde se encontra o refrigerador. O Wciclo é fornecido na forma de energia elétrica para alimentar o motor que aciona o refrigerador. Coeficiente de desempenho – razão entre a quantidade de calor recebida pelo sistema percorrendo o ciclo do corpo frio, Qentra, e o trabalho líquido sobre o sistema para produzir o efeito, Wciclo. Em um refrigerador o compartimento interno é o corpo frio, o ar ambiente em torno do refrigerador é o corpo quente. A energia Qentra passa dos alimentos e outros componentes internos para o fluido de refrigeração circulante . (A temperatura do fluido de refrigeração deve estar abaixo daquela dos alimentos) A energia Qsai passa do fluido de refrigeração para o ar ambiente. Para que ocorra esta transferência de calor, a temperatura do fluido de refrigeração deve estar acima do ar ambiente. Para obter este efeito é necessário o fornecimento de trabalho, fornecido como eletricidade. Coeficiente de desempenho para bomba de calor Ou ainda Coeficiente de desempenho da bomba de calor – razão entre a quantidade de energia descarregada pelo sistema que percorre o ciclo para o corpo quente, Qsai, e o trabalho sobre o sistema para produzir este efeito. Pela equação nunca é inferior á unidade. Bombas de calor residenciais, Qentra é normalmente retirado da atmosfera circundante, do solo ou de um corpo d’agua próximo. O trabalho normalmente é fornecido por eletricidade. Os coeficientes de desempenho β e γ são definidos como as razões entre a transferência de calor desejada e o custo em termos de trabalho para se obter este efeito. Logo é desejável do ponto de vista termodinâmico que estes coeficientes sejam os maiores possíveis, desde que respeitem as restrições da segunda lei da termodinâmica que será vista mais adiante. Resumo: Formulário cap 2 EC = EC2 – EC1 = ½m(V2 2 – V1 2) Energia Cinética Energia Potencial Conservação de Energia Trabalho de Expansão ou Compressão Trabalho processo politrópico (pVn=const) n≠1 Trabalho processo politrópico (pVn=const) n=1 Variação total de energia de um sistema Primeira lei da termodinâmica ou ou Análise de energia para ciclos Ciclos de potência Eficiência-ciclo de potência Ciclos de refrigeração e bombas de calor Coeficiente de desempenho para a refrigeração Coeficiente de desempenho para bomba de calor Calor por condução Calor por convecção Calor por radiação
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