Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 03 O ODS 3 , por exemplo, visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Abrange os principais temas de saúde, incluindo saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil, doenças infecciosas, doenças crônicas não transmissíveis, saúde mental, acidentes de trânsito, cobertura universal de saúde, saúde ambiental e fortalecimento dos sistemas de saúde. Além disso, outros ODS estão fortemente relacionados à saúde por meio das respectivas metas e indicadores, tais como nutrição ( ODS 1 ), água e saneamento ( ODS 6 ), qualidade do ar e violência, bem como para os principais determinantes da saúde, como a educação e a pobreza. Depois de dá uma lida na meta 3.3 da ODS, pode observar que ela tem como objetivo acabar com as epidemias de doenças como: AIDS, tuberculose, malária e outras doenças tropicais negligenciadas entre outras até 2030, visto que esses tipos de doenças, quando há um trabalho de políticas públicas feito em conjunto entre o Estado, o meio acadêmico e o de saúde, essas epidemias tendem a ser erradicadas. No Brasil, as doenças tropicais mais negligenciadas são: leishmaniose, chaga, esquistossomose, hanseníase, dengue, tuberculose e malária, destacando-se o ressurgimento de doenças como a malária, que têm sido controladas, destacando-se também a dengue, uma doença com muitos casos relatados no país, apesar da ampla divulgação na mídia. “Hoje há mais de 1,7 bilhão de pessoas no mundo afetadas por essas doenças, que causam não apenas mortes, mas uma grande morbidade, tirando muitos anos de vida útil de quem sobrevive. O Brasil, que reúne grande parte das 20 doenças tropicais negligenciadas, é líder na América Latina em casos de doença de Chagas, leishmaniose, hanseníase, dengue e esquistossomose”. O Ministério da Saúde aponta redução de 38% de casos da malária no Brasil em 2019, e em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde — OPAS, informa que vem integrando ações de prevenção com a atenção primária nos estados e municípios. Já a taxa de incidência de tuberculose estagnou. O coeficiente na série histórica é o mesmo desde 2010. Em 2019, foram diagnosticados 73.864 novos casos no Brasil, ante 76 mil em 2018 , sendo 1.646 casos novos em menores de 10 anos de idade (foram 1.493 em 2018). Os dados de casos novos de tuberculose testados para HIV também cresceram nos últimos anos, e dados preliminares de 2019 mostram que 76,1% das pessoas que testaram positivo para tuberculose sabiam de sua sorologia para o HIV, sendo que apenas 47,5% utilizaram a terapia antirretroviral (TARV) durante o tratamento da tuberculose neste ano. Importante ressaltar que 8.154 novos casos foram notificados em 2019 na população privada de liberdade, a maior proporção dentre as populações vulneráveis ao adoecimento por tuberculose. O monitoramento dos compromissos assumidos pelo Brasil, na Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose, ocorrida em 2018, durante a Assembleia Geral da ONU, não tem se efetivado. A taxa de incidência da hepatite B por 100 mil habitantes estagnou e o número de pessoas que necessitam de intervenções contra doenças tropicais negligenciadas (DTNs) aumentou. Segundo o relatório G-Finder, entre 2017 e 2018 o financiamento ao combate dessas doenças caiu 42%, incluindo a hanseníase, sendo que o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em casos da doença, e 93% das ocorrências na América Latina12, com mais de 28 mil novos registros em 2018. Preocupa ainda que a referência internacional que o Brasil consolidou nas três últimas décadas na atenção ao HIV/AIDS está ameaçada. Apesar da tendência de queda de novas detecções no Sul e Sudeste do país, os registros crescem no Norte e Nordeste. Em todo o território nacional têm sido detectados cerca de 39 mil casos/ ano, tendo o sexo inseguro como principal via de transmissão. Um dos fatores mais impeditivos para o alcance do ODS 3 no Brasil é que os especialistas destacaram a má gestão (70,5%), a corrupção no sistema de saúde (59,9%) e a baixa participação da sociedade nas decisões e no acompanhamento das políticas de saúde (47,7%).
Compartilhar