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AULA 5 - Culpa

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RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA –
REPROVABILIDADE DA CONDUTA
CULPA
CULPA “LATO SENSU”
• “Em nosso entendimento, portanto, a culpa (em sentido amplo) deriva 
da inobservância de um dever de conduta, previamente imposto pela 
ordem jurídica, em atenção à paz social. Se esta violação é proposital, 
atuou o agente com dolo; se decorreu de negligência, imprudência ou 
imperícia, a sua atuação é apenas culposa, em sentido estrito”. 
(GAGLIANO, 2019:194)
JUÍZO DE REPROVABILIDADE
•
“Agir com culpa significa atuar o agente em termos de,
pessoalmente, merecer a censura ou reprovação do direito. E o
agente só pode ser pessoalmente censurado, ou reprovado na
sua conduta, quando, em face das circunstâncias concretas da
situação, caiba a afirmação de que ele podia e devia ter agido
de outro modo” GONÇALVES, 2019, 492)
•
-VIOLAÇÃO DE DEVER DE DILIGÊNCIA/CUIDADO
• Dolo – Inobservância intencional do dever de cuidado/reprovabilidade 
máxima
• Culpa - Falto de cuidado e cautela/ Deixar de prever o que normalmente 
deveria ser antecipado/reprovabilidade menor 
• “O juízo de reprovação próprio da culpa pode pois, revestir-se de intensidade 
variável, correspondente à clássica divisão da culpa em dolo e negligência, 
abrangendo esta última, hoje, a imprudência e a imperícia. Em qualquer de suas 
modalidades, entretanto, a culpa implica a violação do dever de previsão de certos 
fatos ilícitos e de adoção de medidas capazes de evita-los.” (GONÇA
DOLOX CULPA
- Dolo – intenção de causar o resultado ilícito –
agente quer a ação e resultado
•
- Culpa – agente quer somente a ação, sendo o
resultado decorrente da falta de cuidado.
• “Tanto no dolo como na culpa há conduta voluntária do agente, só que no 
primeiro caso a conduta já nasce ilícita, porquanto a vontade se dirige a 
concretização de um resultado antijurídico –todo dolo abrange a conduta e 
o efeito lesivo dele resultante -, enquanto que no segundo a conduta nasce 
lícita, tornando-se ilícita na medida em que se desvia dos padrões 
socialmente adequados. O juízo de desvalor no dolo incide sobre a conduta, 
ilícita desde sua origem; na culpa, incide apenas sobre o resultado. 
• (...)Em suma, no dolo o agente quer a ação e o resultado, ao passo que na 
culpa ele só quer a ação, vindo a atingir o resultado por desvio acidental de 
conduta decorrente da falta de cuidado” (CAVALIERI, 2019:47)
DOLO
• “Dolo, portanto, é a vontade conscientemente dirigida à
produção de um resultado ilícito. É a infração consciente do
dever preexistente, ou o propósito de causar dano a outrem
(Caio Mário da Silva Pereira, ob. cit., v. I/458). Sílvio
Rodrigues, por sua vez, diz que o dolo se caracteriza pela ação
ou omissão do agente que, antevendo o dano que sua atividade
vai causar, deliberadamente prossegue, com o propósito,
mesmo, de alcançar o resultado danoso (Responsabilidade
civil, 12. ed., Saraiva, p. 160).” (CAVALIERI, 2019:48)
ELEMENTOS DO DOLO
• - Representação do resultado.
• “Representação é, em outras palavras, previsão antevisão
mental do resultado.”(CAVALIERI, 2019:48)
• - Consciência da ilicitude
• “O agente que age dolosamente sabe também ser ilícito o 
resultado que intenciona alcançar com sua conduta. Está 
consciente de que age de forma contrária ao dever jurídico, 
embora lhe seja possível agir de forma diferente.(CAVALIERI, 
2019:48)
CULPA
• “Por tudo que foi dito, pode-se conceituar a culpa 
como conduta voluntária contrária ao dever de 
cuidado imposto pelo Direito, com a produção de um 
evento danoso involuntário, porém previsto ou 
previsível” (CAVALIERI, 2019:52).
ELEMENTOS
1. Conduta voluntária com resultado involuntário
2. Previsão ou previsibilidade
3. Falta de cuidado, cautela, diligência ou atenção
PREVISÃO/PREVISIBILIDADE
• PREVISIBILIDADE:
• “(...)previsibilidade — só se pode apontar a culpa se o prejuízo causado, 
vedado pelo direito, era previsível. Escapando-se do campo da 
previsibilidade, ingressamos na seara do fortuito que, inclusive, pode 
interferir no nexo de causalidade, eximindo o agente da obrigação de 
indenizar”;(GAGLIANO, 2019:196) 
• PREVISÃO - CULPA CONSCIENTE
• “Embora voluntário, o resultado poderá ser previsto pelo agente. Previsto é o 
resultado que foi representado mentalmente antevisto. Nesse caso teremos a culpa 
com previsão ou consciente, que se avizinha do dolo, porque neste também há 
previsão, mas como elemento essencial, conforme já visto. Estrema-se dele, 
todavia, pelo fato de não ser querido o resultado, muito embora 
previsto”(CAVALIERI, 2019:53)
IMPORTANTE
• Se o resultado não poderia ser previsto, não se pode falar de conduta 
reprovável.
• “Não havendo previsibilidade, estaremos fora dos limites da 
culpa, já no terreno do caso fortuito ou da força 
maior. (CAVALIERI, 2019:50)
FALTA DE CUIDADO
•
“A responsabilidade é necessariamente uma reação provocada pela infração
de um dever preexistente. Em qualquer atividade o homem deve observar a
necessária cautela para que sua conduta não venha a causar danos a
terceiros, ainda que ausente na sua conduta o animus laedendi. A
inobservância desse dever geral de cautela ou dever de cuidado, imposto
genericamente no art. 186 do Código Civil, configura a culpa stricto sensu
ou aquiliana”. (GONÇALVES, 2019:
•
IMPRUDÊNCIA
CONDUTA POSITIVA
“A conduta imprudente consiste em agir o sujeito sem as cautelas
necessárias, com açodamento e arrojo, e implica sempre pequena
consideração pelos interesses alheios”. (GONÇALVES, 2019:49)
“A imprudência é falta de cautela ou cuidado por conduta comissiva,
positiva, por ação. Age com imprudência o motorista que dirige em
excesso de velocidade, ou que avança o sinal”. (CAVALIERI, 2019:54)
NEGLIGÊNCIA
CONDUTA OMISSIVA
“Negligência é a mesma falta de cuidado por conduta
omissiva. Haverá negligência se o veículo não estiver em
condições de trafegar, por deficiência de freios, pneus etc.
O médico que não toma os cuidados devidos ao fazer uma
cirurgia, ensejando a infecção do paciente, ou que lhe
esquece uma pinça no abdômen, é negligente”.
(CAVALIERI, 2019:54)
IMPERÍCIA
- FALTA DE APTIDÃO PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
PROFISSIONAL
“(...)esta forma de exteriorização da culpa decorre da falta de
aptidão ou habilidade específica para a realização de uma
atividade técnica ou científica. É o que acontece quando há o
erro médico em uma cirurgia em que não se empregou
corretamente a técnica de incisão ou quando o advogado deixa
de interpor recurso que possibilitaria, segundo jurisprudência
dominante, acolhimento da pretensão do seu cliente”.
(GAGLIANO, 2019:199)
INTENSIDADE DA CULPA
- Não há distinção no CC/2002 quanto a intensidade da
culpa stricto sensu, no entanto a doutrina apresenta a
distinção entre culpa grave, leve e levíssima.
Culpa Grave – “a culpa será grave se o agente atuar com grosseira falta de cautela, com
descuido injustificável ao homem normal, impróprio ao comum dos homens. É a culpa com previsão
do resultado, também chamada culpa consciente, que se avizinha do dolo eventual do Direito
Penal.(CAVALIERI, 2019:55)
Culpa Leve – “(...) é a falta evitável com atenção ordinária”.
(GONÇALVES, 2019:493)
Culpa Levíssima – “(...) é a falta só evitável com atenção
extraordinária, com especial habilidade ou conhecimento
singular. (GONÇALVES, 2019:493)
INTENSIDADE DA CULPA E VALOR DA INDENIZAÇÃO
- Em regra é indiferente se a conduta é dolosa ou
culposa para fins de definição do valor da indenização.
“Diferentemente do Direito Penal, o Código Civil, de regra,
equipara a culpa ao dolo para fins de reparação do dano, e
não faz distinção entre os graus de culpa. Ainda que
levíssima, a culpa obriga a indenizar – in lege aquilea et
levissima culpa venit –, medindo-se a indenização não pela
gravidade da culpa, mas pela extensão do dano”.
Art. 944. A indenização mede-se pela
extensão do dano.
- O novo CC/2002 estabeleceu no entanto hipótese
excepcional, em que a intensidade da culpa poderá
influenciar novalor da indenização.
Art. 944. (...)
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
equitativamente, a indenização.
Ao analisarmos o parágrafo único do art. 944, regra sobre a
qual nos debruçaremos mais adiante ao estudarmos a
indenização, constatamos que a extensão do dano deixou de
ser o único termômetro de mensuração da reparação civil,
uma vez que se reconheceu ao juiz poderes para, agindo por
equida-de, reduzir o “quantum” indenizatório se verificar
excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano.
Com isso, quer-nos parecer que o legislador, lançando mão da
análise dos graus de culpa, permitiu o abrandamento da
situação do réu, facultando ao juiz impor-lhe sanção
pecuniária menos gravosa, se verificar, no caso concreto, a
despeito da extensão do dano, que a sua culpa foi leve ou
levíssima. (GAGLIANO, 2019:197)
- O STJ tem utilizado a culpabilidade
como critério para a definição do valor
da indenização por dano moral
- Pois bem, na esteira da doutrina e da
jurisprudência superior, na fixação da
indenização por danos morais, o magistrado
deve agir com equidade, analisando: (...)b) o
grau de culpa do agente e a contribuição
causal da vítima(...).”(TARTUCE, 2020:473)
Referências Bibliográficas
CAVALIERI FILHO, , Sergio. Programa de Responsabilidade Civil, 13ª edição. São Paulo; 
Atlas, [2019. 9788597018790. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018790/. Accesso em: 31 Mar 
2020
GAGLIANO, Stolze, P., FILHO, P., Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 3 -
responsabilidade civil. São Paulo; Saraiva, 2019. 9788553609529. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553609529/. Accesso em: 31 Mar 
2020)
GONÇALVES, Carlos Roberto Responsabilidade civil / Carlos Roberto Gonçalves. – 18. ed. –
São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 9788553610570. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610570/. Accesso em: 
13 Aug 2020
REQUISITOS 
• II) Impossibilidade de responsabilizar o representante legal.
• “Assim, causado o dano, se o curador não tiver a obrigação de ressarcir 
(imagine uma situação em que o indivíduo tenha causado danos antes da de-
signação formal do curador) ou não dispuser de condições para fazê-lo (for 
pobre), o patrimônio do incapaz poderá ser atingido para a satisfação da víti-
ma(...)”(GAGLIANO, 2019:228)

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