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Acentuação

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GRAMÁTICA 
ENEM 
 
 
 
ACENTUAÇÃO, SEMÂNTICA, CLASSE DE PLAVRAS 
 
 
01. As duas estrofes a seguir iniciam o poema Y-Juca-Pyrama de Gonçalves Dias, publicado 
em 1851. 
 
No meio das tabas de amenos verdores 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteião-se os tectos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, nos animos fortes, 
Temiveis na guerra, que em densas cohortes 
Assombrão das matas a imensa extensão 
 
São rudes, severos, sedentos de gloria, 
Já prelios incitão, já cantão victoria, 
Já meigos attendem a voz do cantor: 
São todos tymbiras, guerreiros valentes! 
Seu nome la vôa na bocca das gentes, 
Condão de prodigios, de gloria e terror! 
Últimos Cantos, Gonçalves Dias 
 
Nesse trecho, o poeta apresenta a tribo dos timbiras. Constatamos, sem dificuldades, que a 
ortografia da época era, em muitos aspectos, diferente da que usamos atualmente. Tendo isso 
em vista, considere as seguintes afirmativas: 
1) As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não eram acentuadas naquela época, 
diferentemente de hoje. 
2) As formas verbais se alternam entre presente e futuro do presente do indicativo, com a 
mesma terminação. 
3) A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do indicativo se diferencia graficamente da 
forma atual. 
4) Os monossílabos tônicos perderam o acento na ortografia contemporânea. 
 
 Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
O texto abaixo é referência para a(s) quest(ões) a seguir. 
 
 Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí”, “até” e “ir” ora 
denotam espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem 
assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário. 
 Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço 
com a mesma palavra seja o verbo “ir”. O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de 
raciocínio) do verbo “ir” é de deslocamento: “alguém vai de A a B” quer dizer que alguém se 
desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço. 
 Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas 
é claro que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há 
sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço. 
 Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 
(ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa 
sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. 
Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo. 
POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias>. Acesso em 23 mai. 2014. 
 
02. Considere as frases abaixo: 
1) A numeração deste modelo de tênis vai de 35 a 44. 
2) Se alguém perguntar por mim, diga que fui ao cinema. 
3) O Canal do Panamá vai do Oceano Atlântico ao Pacífico. 
4) No hemisfério Sul, o outono vai de 21 de março a 20 de junho. 
5) As linhas de ônibus que partem do terminal 2 vão para a estação central. 
 
 O sentido do verbo “ir” fica no domínio do espaço: 
a) nos exemplos 1 e 3 apenas. 
b) nos exemplos 2 e 3 apenas. 
c) nos exemplos 4 e 5 apenas. 
d) nos exemplos 1, 2 e 4 apenas. 
e) nos exemplos 2, 3 e 5 apenas. 
 
03. Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses veicula significação 
equivalente à expressão grifada do enunciado. 
a) A perspicácia é uma qualidade de quem é observador, atento a tudo que está a sua volta. 
(curiosidade) 
b) Esta situação dissuadiu investidores de investir na empresa, tal como foi evidenciado pelas 
dificuldades da empresa na obtenção de empréstimos bancários. (convenceu) 
c) Discute-se a hipervalorização das artes e humanidades em detrimento das ciências “duras” 
e da engenharia, e a consequência do processo para o desenvolvimento tecnológico, 
científico e cultural do país. (no lugar) 
d) Existem expressões que, não obstante terem um sentido jurídico, constituem termos da 
linguagem comum. (apesar de) 
e) O existencialismo é, grosso modo, uma filosofia que põe em destaque a liberdade do 
homem. (de forma pouco polida) 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões). 
 
VESTIBULAR 
 
 Vestibular, aquilo que o Ministério da Educação estuda agora extinguir, é um brasileirismo 
para algo que em Portugal costuma ser chamado de exame de acesso à universidade. Trata-
se de um adjetivo que se substantivou, num processo semelhante ao que ocorreu com celular, 
qualificativo de telefone, 2que tenta – e 3na maioria das vezes consegue – expulsar a palavra 
principal de cena sob uma pertinente alegação de redundância, tomando para si o lugar de 
substantivo. Pois o exame vestibular, de tão consagrado no vocabulário de gerações e 
gerações de estudantes brasileiros que perderam o sono por causa dele, acabou conhecido 
como vestibular só. 1E qualquer associação remota com a palavra que está em sua origem – 
vestíbulo – se perdeu nesse processo. 
 4Quando ainda era claramente um adjetivo, ficava mais fácil perceber a metáfora que, com 
certa dose de pernosticismo, levou a palavra vestibular a ser escolhida para qualificar o 
processo de seleção de candidatos ao ensino superior. Vestíbulo (do latim vestibulum) é, na 
origem, um termo de arquitetura que significa pórtico, alpendre ou pátio externo, mas que pode 
ser usado também, em sentido mais amplo, para designar um átrio, uma antessala, qualquer 
cômodo ou ambiente de passagem entre a porta de entrada e o corpo principal de uma casa, 
apartamento, palácio ou prédio público. Para quem prefere uma solução anglófona, estamos 
falando de hall ou lobby. 
 Como é um ambiente de transição entre o lado de fora e o lado de dentro, vestíbulo ganhou 
ainda por extensão, em anatomia, o sentido de “cavidade que dá acesso a um órgão oco” 
(Houaiss). Antes de ser admitido no vocabulário da educação, “sistema vestibular” já tinha 
aplicação na linguagem médica como nome dos pequenos órgãos situados na entrada do 
ouvido interno, responsáveis por nosso equilíbrio. 
(Adaptado de: RODRIGUES, S. Vestibular. Disponível em: <http://revistadasemana.abril.uol.com.br/edicoes/81/palavradasemana/materia_ 
palavradasemana_431845.shtml>. Acesso em: 6 jun. 2009.) 
 
04. (UEL) Com base no texto, considere as afirmativas a seguir: 
 
I. Ao afirmar que vestibular é um brasileirismo, o autor se posiciona contrariamente à sua 
extinção pelo Ministério da Educação. 
II. O autor não condena o uso do estrangeirismo “lobby” no lugar do brasileirismo “vestibular”. 
III. O adjetivo “vestibular” que, devido ao uso, acabou sendo substantivado, é derivado da 
palavra “vestíbulo”. 
IV. O autor considera pertinente a alegação de redundância para explicar o processo de 
substantivação do termo “celular”. 
 
 Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
A épica narrativa de nosso caminho até aqui 
 
 Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais 
sobre o nosso país. Ao nos depararmos com uma realidade diferente 1daquela em que 
estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve haver uma razão, 
um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentessó 
podem resultar de passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para 
conhecer melhor a nossa história. 
 Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da 
busca de planetas extrassolares – aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – 
equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem “seus habitantes”. Os 
resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas 
estrelas que completam uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e 
alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter, o 
grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram 
Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a 
princípio. 
 A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao 
nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários) provocou os astrônomos a 
formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual configuração. 
2Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por 
que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc. 
 Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 
anos. Embora não sejam consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o 
Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade astronômica e oferecem 
uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra 
e, em última instância, da vida por aqui. [...] 
(Paulo Nogueira, editorial de Scientific American – Brasil – nº 168, junho 2016.) 
 
05. “Isso” (ref. 2) se refere: 
a) ao florescimento da busca de planetas extrassolares. 
b) a gigantes feitos de gás, alguns chegando a possuir mais de seis vezes a massa e quase 
sete vezes o raio de Júpiter. 
c) à formulação de novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua configuração 
atual. 
d) à constatação de que somos quase um ponto fora da curva. 
e) ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários. 
 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
 Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus ao continente 
americano, em 1492, como descoberta, encontro ou o que seja: questão, no geral, mais 
esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele ano, os europeus se deram conta da 
existência de uma porção vasta de terra 1até então desconhecida e habitada por homens 
diferentes dos da Europa. O navegador Cristóvão Colombo (1451-1506), responsável por 
viabilizar tal encontro, achou que estava chegando no Oriente: com base nas medidas 
adotadas pelo astrônomo árabe do século 9, Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do 
grau, unidade na qual se dividia a esfera terrestre, e ainda errou ao converter a milha árabe 
para a milha italiana. 
 O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam servido melhor, mas se 
calculasse bem, o genovês não teria chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação, 
encharcada de relatos sobre terras fantásticas e da obsessão por monstros, o guiava tanto ou 
mais que o conhecimento ‘científico’. Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição 
rezando que sua presença augurava riquezas. Foi grande o desapontamento de Colombo 
quando os naturais das ilhas do Caribe lhe disseram que nunca tinham visto 2tais seres. 
Conforme a realidade contradizia o que 3lhe ia pela cabeça, o navegador substituía elementos: 
na falta dos súditos do Grande Cã, levou para a Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez 
das sedas e dos brocados, exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas e cintos feitos de 
osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicórnios, ostentou papagaios verdes. 
[...] 
 Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa a consciência da magnitude 
das transformações provocadas por aquelas terras novas, ignoradas pelos autores antigos e 
capazes de mostrar quanta coisa escapara a 4sua sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda 
flutuava, cada vez mais sendo identificado ao de outro navegador, o florentino Américo 
Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava capacidade para exprimir tanta coisa nova e estranha, 
daí recorrer-se primeiro ao que era familiar e conhecido. As palavras não bastavam para um 
desesperançado Gonzalo de Oviedo descrever a plumagem brilhante dos pássaros 
americanos, nem para Jean de Léry contrastar o semblante dos tupinambás da costa brasílica, 
tão diferentes dos europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de 5os conhecer”, afirmou 
este, teria de “visitá-los no seu país”. Ao dedicar sua Historia General de Las Indias ao 
imperador Carlos V, em 1553, Francisco Gómara escreveu bombasticamente: “O maior 
acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a encarnação e a morte d’Aquele que o 
criou) foi a descoberta da Índia”. 
(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.) 
 
06. Assinale a alternativa que não relaciona de forma adequada a expressão grifada com a 
informação que essa expressão retoma. 
a) “até então” (ref.1) = ano de 1492. 
b) “sua sabedoria” (ref.4) = de Colombo. 
c) “tais seres” (ref.2) = monstros. 
d) “lhe ia pela cabeça” (ref.3) = Cristóvão Colombo. 
e) “os conhecer” (ref.5) = seres da costa brasílica. 
 
 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
 Onde há maior engajamento das pessoas no trabalho? Para responder essa pergunta, a 
consultoria Marcus Buckingham Company fez uma pesquisa em 13 países, entrevistando 
cerca de mil pessoas de várias empresas em cada um. Os Estados Unidos e a China estão 
empatados em primeiro lugar (com 19% de engajamento total cada), o que não chega a ser 
uma surpresa diante da potência de suas economias. Mas aí começam as novidades: em 
segundo lugar está a Índia, com 17%, e em terceiro, o Brasil, com 16% de engajamento, acima 
de países como a Inglaterra, o Canadá, a Alemanha, a Itália e a França. Solicitou-se aos 
entrevistados hierarquizar oito afirmações básicas, como “no trabalho, sei claramente o que 
esperam de mim” ou “serei reconhecido se fizer um bom trabalho”. Para os autores, a 
diferença de engajamento em cada país seria explicada de acordo com o grau de confiança 
que o entrevistado teria sobre a utilização de suas capacidades pessoais no trabalho. Mas há 
nuances: no Brasil, assim como na França, Canadá e Argentina, a afirmação “meus colegas 
me apoiam” recebeu também grande destaque, enquanto na Inglaterra e na Índia se valoriza 
mais o fato de ter colegas que compartilhem os mesmos valores. 
(Adaptado de: NOGUEIRA, P. E. A preguiça é mito? Época Negócios. ago. 2015. n.102. p. 21.) 
 
07. Acerca dos recursos linguísticos sublinhados no texto, assinale a alternativa correta. 
a) A expressão “cerca de” pode ser substituída por “acerca de” sem prejuízo do sentido 
original. 
b) A expressão “em cada um” impede ambiguidade em torno das empresas nas quais as 
pessoas foram entrevistadas. 
c) O conectivo “Mas” serve para contrapor “surpresa” e “novidades”. 
d) O termo “aí” refere-se à “potência de suas economias”. 
e) O conectivo “enquanto” pode ser substituído por “ao passo que” sem prejuízo do sentido 
original. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
Leia o poema, abaixo, e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
estupor 
 
esse súbito não ter 
esse estúpido querer 
que me leva a duvidar 
quando eu devia crer 
 
esse sentir-se cair 
quando não existe lugar 
aonde se possa ir 
 
esse pegar ou largar 
essa poesia vulgar 
que não me deixa mentir 
(LEMINSKI, P. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 249.) 
 
 
08. Acerca dos pronomes presentesno poema, assinale a alternativa correta. 
a) As várias ocorrências de “esse” têm função coesiva e remetem ao “estupor” do título. 
b) A segunda ocorrência de “que” reintroduz a ideia segundo a qual a poesia é uma mentira. 
c) Na primeira estrofe, “me” e “eu” indicam, respectivamente, o poeta e o narrador. 
d) As duas ocorrências do “se”, na segunda estrofe, refletem a tensão entre eu lírico e leitor. 
e) No último verso, “me” é complemento do verbo “mentir”. 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Acontece tudo em O Pequeno Príncipe 
 
 Melhor momento da adaptação que estreia hoje é o “desenho dentro do desenho”, 
misturando stop motion e digital; o filme é uma recriação inspirada no texto de Saint-Exupéry. 
O Pequeno Príncipe é um desses clássicos da literatura que pertencem ao povo – não é à toa 
a chacota de que é o livro preferido das misses, mas também integra com frequência as listas 
de leitura das escolas. Talvez a forma como usa metáforas para falar de coisas adultas faça 
com que seja apreciado por tantos públicos diferentes. Por isso, não se sabe como o brasileiro 
reagirá à animação de mesmo nome que estreia hoje nos cinemas. 
 
Sensações 
 
 O menino de roupas verdes está lá, e as sensações que ele provoca lembram a leitura do 
livro. Mas a história é outra, uma narrativa maior que engloba o enredo do principezinho e de 
certa forma lhe serve de continuação. Nem sempre o espectador aceita que se “mexa” na 
obra, utilizando seu universo para criar algo diferente. Resumindo, não se trata de uma versão 
do livro para as telas. 
 
Férias 
 
 Uma menina se muda para um bairro novo em sua cidade sombria, onde a mãe controladora 
determina cada minuto das atividades de férias de verão, com o objetivo de prepará-la para 
uma escola de elite. As longas horas acabam passadas ao lado de um novo amigo, o velhinho 
que mora ao lado e que se revela aviador da história de O Pequeno Príncipe. 
 
História 
 
 Além da casa cheia de apetrechos para colorir a vida da garota sem nome, ele tem uma 
incrível história para contar: justamente sobre um príncipe que vivia sozinho em um planeta e 
que amava uma rosa... 
(Adaptado de: CARNIERI, H. Acontece tudo em O Pequeno Príncipe. Jornal de Londrina, 20 ago. 2015. Cultura. ano 27, n. 
8. p. 24.) 
 
 
 
 
09. Em relação aos recursos linguístico-semânticos sublinhados no texto, considere as 
afirmativas a seguir. 
 
I. O conectivo “mas” é utilizado com o sentido de oposição nas duas ocorrências do texto. 
II. O termo “Resumindo” antecipa que a informação subsequente caracteriza-se como uma 
generalização das rejeições ao filme. 
III. O termo “que” em “uma narrativa maior que engloba o enredo do principezinho” e “o 
velhinho que mora ao lado” desempenha a mesma função sintática nas duas ocorrências. 
IV. A expressão “Por isso” pressupõe a introdução de uma ideia conclusiva em relação ao 
que foi dito anteriormente. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
Leia a crônica abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
O Desaparecido 
 
 Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio 
na alma quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade 
de noivo, e penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão 
fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim. 
 Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar 
ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga 
num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto rapaz, apenas 
um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um menino lírico. 
Olho-me ao espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com esses 
cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou 
ficando menos nítido, estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias 
antigas que os jornais publicam de um desaparecido que a família procura em vão. 
 Sim, eu sou um desaparecido cuja esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página 
interior de jornal, eu sou o irreconhecível, irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais 
nunca, mas só tu sabes que em alguma distante esquina de uma não lembrada cidade estará 
de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando teimosamente, docemente em ti, meu 
amor. 
(BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2013. p. 465.) 
 
 
 
 
 
10. Sobre a linguagem e seus recursos empregados na crônica, considere as afirmativas a 
seguir. 
 
I. A adjetivação é intensa nessa crônica. 
II. A seleção lexical da crônica revela a subjetividade do autor. 
III. A linguagem é denotativa, para transmitir as informações desejadas, conforme requer 
esse gênero textual. 
IV. Trata-se de linguagem concisa, clara e adequada à situação de comunicação. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
 
 O texto abaixo é referência para a(s) quest(ões) a seguir. 
 
 Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí”, “até” e “ir” ora denotam 
espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem 
sempre são precisamente especificados no dicionário. 
 Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a 
mesma palavra seja o verbo “ir”. O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) 
do verbo “ir” é de deslocamento: “alguém vai de A a B” quer dizer que alguém se desloca do 
ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço. 
 Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro 
que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido 
de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço. 
 Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 
1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre 
dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se 
de tempo. E o verbo é o mesmo. 
POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias>. Acesso em 23 
mai. 2014. 
 
11. O verbo “ir” tem, ainda, outro uso corrente não contemplado no texto: pode ser uma 
partícula unicamente gramatical responsável por marcar o tempo futuro do verbo principal da 
oração. Assinale a alternativa representativa desse uso. 
a) Enquanto aguardamos o telefonema da Joana, o Luís vai ao mercado e compra os salgados 
para o café. 
b) O período de inscrição para o concurso foi divulgado: vai de novembro a dezembro. 
c) Já noticiaram: o técnico vai divulgar o nome dos jogadores convocados nesta semana. 
d) Amanhã, este carro vai para a oficina, para reparos no freio e na lataria. 
e) Você já guardou tudo? Vai que ele chegue sem avisar... 
 
 
 
12. Em que alternativa a forma passiva apresentada em 2 conserva as mesmas relações de 
sentido da forma ativa apresentada em 1? 
a) 1 - O diretor pretende demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude pretende ser demitido pelo diretor.b) 1 - O diretor gostaria de demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude gostaria de ser demitido pelo diretor. 
c) 1 - O diretor tentou demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude tentou ser demitido pelo diretor. 
d) 1 - O diretor custou a demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude custou a ser demitido pelo diretor. 
e) 1 - O diretor quer demitir o funcionário suspeito de fraude. 
2 - O funcionário suspeito de fraude quer ser demitido pelo diretor. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir. 
 
 A cavalgada, que lenta 8subira a encosta, 9descia-3a rapidamente enquanto Atanagildo, 
visitando os muros, 1exortava os guerreiros da cruz a 2pelejarem esforçadamente. Quando 
4estes souberam quais eram as intenções dos árabes acerca das virgens do mosteiro, a 
atrocidade do sacrilégio afugentou-5lhes dos corações a menor sombra de hesitação. Sobre 
as espadas juraram 6todos combater e morrer como godos. Então o quingentário, a 6quem 
parecia animar sobrenatural ousadia, correu ao templo. 
HERCULANO, A. Eurico, o presbítero. 2. ed. São Paulo: Martin Claret, 2014. p.107. 
 
13. (UEL) Sobre os verbos “subira” (ref. 8), “descia” (ref. 9) e “exortava” (ref. 1), presentes no 
trecho, assinale a alternativa correta. 
a) Os verbos “subira”, “descia” e “exortava” estão no tempo verbal pretérito perfeito, pois 
indicam um fato que aconteceu em um momento passado e foi concluído. Todos estão no 
modo indicativo. 
b) Os verbos “subira”, “descia” e “exortava” estão no pretérito imperfeito, pois expressam a 
duração de um fato que ocorreu no passado e foi concluído. Os dois primeiros estão no 
modo indicativo, enquanto “exortava” está no imperativo, pois expressa ordem. 
c) O verbo “subira” está no futuro do presente, pois indica um fato que ainda ocorrerá; os 
verbos “descia” e “exortava” estão no futuro do pretérito, pois indicam ações que 
aconteceriam. Todos estão no modo indicativo. 
d) O verbo “subira” está no pretérito mais-que-perfeito, pois indica um fato que aconteceu 
antes de outro fato no presente; já os verbos “exortava” e “descia” estão no imperfeito do 
subjuntivo, pois expressam desejos ou hipóteses. 
e) O verbo “subira” está no pretérito mais-que-perfeito, pois indica um processo que ocorreu 
antes de um outro fato, também no passado; os verbos “descia” e “exortava” estão no 
pretérito imperfeito, pois indicam um processo que ocorreu no passado, expressando sua 
duração, e que não foi concluído. Todos estão no modo indicativo. 
 
 
 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
A voz subterrânea 
 
Às vezes ouvia-se um canto surdo, 
que parecia vir debaixo da terra. 
Até que os homens da superfície, 
para desvendar o mistério, 
puseram-se a fazer escavações. 
Sim! eram os homens das minas, 
que um desabamento ali havia aprisionado. 
 
E ninguém suspeitava da sua existência, 
porque já haviam passado três ou quatro gerações! 
Mas a luz forte das lanternas não os ofuscou: 
eles estavam cegos 
– todos, homens, mulheres, crianças. 
Eles estavam cegos... e cantavam! 
QUINTANA, Mario. Baú de espantos. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 
 
14. Os acontecimentos descritos por Quintana em seu texto podem ser postos em ordem 
cronológica pelo leitor: “havia aprisionado” > “ouvia-se” > “puseram-se”. Sobre os tempos 
verbais dessa relação, é CORRETO afirmar que 
a) o pretérito imperfeito do indicativo é o evento mais recente, uma vez que descreve um 
evento pontual no passado sem duração de tempo. 
b) o pretérito perfeito do indicativo representa o evento intermediário, já que denota uma ação 
cujo acontecimento é duradouro no passado. 
c) o pretérito imperfeito do indicativo descreve a ação mais passada em relação às outras 
duas, porque é o tempo verbal dos eventos contínuos. 
d) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo tem o mesmo valor do pretérito perfeito 
do indicativo, dado que indicam simultaneidade. 
e) o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo veicula o evento mais anterior, pois se 
refere a uma ação que acontece antes das outras. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
"O pai havia partido sem deixar nenhum recado ao filho, o que deixou sua mãe extremamente 
preocupada". 
 
15. Considerando o que está dito no enunciado acima, assinale a alternativa que contém uma 
afirmação FALSA: 
a) As formas verbais HAVIA PARTIDO e DEIXOU expressam ações simultâneas. 
b) A forma verbal HAVIA PARTIDO expressa uma ação anterior à forma verbal DEIXOU. 
c) O enunciado é composto de duas orações que encerram uma relação de causa e 
consequência. 
d) A forma verbal HAVIA PARTIDO pode ser substituída por PARTIRA sem que, com isso, 
haja prejuízo do significado. 
e) Há, no enunciado, uma ambiguidade gerada pela locução SUA MÃE. 
 
 
GABARITO: 
 
01. B 06. B 11. C 
02. E 07. E 12. D 
03. D 08. A 13. E 
04. C 09. C 14. E 
05. C 10. A 15. A

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