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CÓD: SL-045JH-23
7908433237105
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS 
SEE-MG
Analista Educacional (ANE) - Analista 
Educacional - Inspetor Escolar
a solução para o seu concurso!
Editora
EDITAL SEPLAG/SEE Nº 03/2023
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
O concurso SEE-MG é uma oportunidade única para quem deseja ingressar no serviço público como servidor da 
Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais. Por isso, é importante se preparar adequadamente para enfrentar 
essa prova desafiadora. A Editora Solução se orgulha de apresentar uma apostila exclusiva para Conhecimentos 
Específicos - Especialidade, a fim de auxiliar os estudantes a alcançar seus objetivos.
Nosso material foi organizado de forma a introduzir o aluno no que é cobrado pelo edital e nas principais 
bibliografias indicadas para o concurso. Ressaltamos que a apostila é uma ferramenta introdutória e complementar 
aos estudos. Para obter um conhecimento completo, é fundamental que o estudante vá atrás de cada bibliografia e 
documento oficial indicado no edital.
Nossa apostila visa auxiliar na compreensão dos principais pontos cobrados no edital, assim como fornecer uma 
base teórica sólida para a resolução de questões. Acreditamos que, com dedicação e empenho, nossos alunos terão 
sucesso nesse desafio.
É importante lembrar que, além do conteúdo abordado na apostila, o edital do concurso SEE-MG também 
exige conhecimentos específicos em outras áreas. Por isso, é fundamental que o estudante busque informações 
complementares em outras fontes.
Por fim, ressaltamos a importância do estudo sério e constante, bem como a dedicação ao aprendizado. 
Desejamos a todos um excelente preparo e sucesso no concurso SEE-MG. A Editora Solução está à disposição para 
auxiliar no que for preciso.
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Lingua Portuguesa 
1. Interpretação e Compreensão de texto ..................................................................................................................................... 9
2. Organização estrutural dos textos. Marcas de textualidade: coesão, coerência e intertextualidade ........................................ 10
3. Modos de organização discursiva: descrição, narração, exposição, argumentação e injunção; características específicas de 
cada modo ................................................................................................................................................................................. 12
4. Tipos textuais: informativo, publicitário, propagandístico, normativo, didático e divinatório; características específicas de 
cada tipo .................................................................................................................................................................................... 13
5. Textos literários e não literários ................................................................................................................................................. 16
6. Tipologia da frase portuguesa. Estrutura da frase portuguesa: operações de deslocamento, substituição, modificação e cor-
reção. Problemas estruturais das frases. Organização sintática das frases: termos e orações. Ordem direta e inversa ........... 17
7. Norma culta ............................................................................................................................................................................... 20
8. Pontuação e sinais gráficos ........................................................................................................................................................ 21
9. Tipos de discurso ....................................................................................................................................................................... 23
10. Registros de linguagem .............................................................................................................................................................. 26
11. Funções da linguagem ............................................................................................................................................................... 27
12. Elementos dos atos de comunicação .........................................................................................................................................
28
13. Estrutura e formação de palavras .............................................................................................................................................. 28
14. Formas de abreviação ................................................................................................................................................................ 30
15. Classes de palavras; os aspectos morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais de substantivos, adjetivos, artigos, numerais, 
pronomes, verbos, advérbios, conjunções e interjeições .......................................................................................................... 32
16. os modalizadores. Semântica: sentido próprio e figurado; antônimos, sinônimos, parônimos e hiperônimos. Polissemia e 
ambiguidade .............................................................................................................................................................................. 39
17. Os dicionários: tipos................................................................................................................................................................... 40
18. A organização de verbetes ......................................................................................................................................................... 42
19. Vocabulário: neologismos, arcaísmos, estrangeirismos............................................................................................................. 48
20. latinismos ................................................................................................................................................................................... 49
21. Ortografia ................................................................................................................................................................................... 50
22. Acentuação gráfica ..................................................................................................................................................................... 50
23. A crase ....................................................................................................................................................................................... 52
24. Periodização da literatura brasileira; estudo dos principais autores dos estilos de época ........................................................ 55
Raciocínio Lógico e Matemático 
1. Lógica: proposições, conectivos, equivalências lógicas, quantificadores e predicados.Compreensão e análise da lógica de 
uma situação, utilizando as funções intelectuais: raciocínio verbal, raciocínio matemático, raciocínio sequencial, orientação 
espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de elementos. Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméti-
cos, geométricos e matriciais. Problemas de contagem e noções de probabilidade. Problemas de lógica e raciocínio ........... 69
2. Conjuntos e suas operações, diagramas. Números inteiros, racionais e reais e suas operações .............................................. 81
3. porcentagem .............................................................................................................................................................................. 83
4. juros ........................................................................................................................................................................................... 84
5. Proporcionalidade direta e inversa ............................................................................................................................................ 86
6. Medidas de comprimento, área, volume, massa e tempo ........................................................................................................ 86
7. Análise e interpretação de informações expressas em gráficos e tabelas ................................................................................. 92
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
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8. Geometria básica: ângulos, triângulos, polígonos, distâncias, proporcionalidade, perímetro e área. Plano cartesiano: sistema 
de coordenadas, distância ......................................................................................................................................................... 96
Fundamentos da Educação
1. Concepções e tendências pedagógicas contemporâneas .......................................................................................................... 107
2. Relações socioeconômicas e político-culturais da educação ..................................................................................................... 116
3. Educação em direitos humanos, democracia e cidadania ......................................................................................................... 124
4. A função social da escola ........................................................................................................................................................... 130
5. Inclusão educacional e respeito à diversidade .......................................................................................................................... 133
6. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica ......................................................................................................... 142
7. Currículo Referência de Minas Gerais ........................................................................................................................................ 149
8. Didática e organização do ensino .............................................................................................................................................. 150
9. Saberes, processos metodológicos e avaliação da aprendizagem ............................................................................................. 164
10. Novas tecnologias da informação, comunicação e suas contribuições com a prática pedagógica ............................................ 166
11. Projeto político-pedagógico da escola e o compromisso com a qualidade social do ensino ..................................................... 171
Inspeção escolar
1. A função da inspeção/supervisão no sistema de ensino ........................................................................................................... 177
2. Organização e funcionamento da Inspeção Escolar em Minas Gerais ....................................................................................... 183
3. Concepções e processos democráticos de gestão educacional ................................................................................................. 184
4. Projeto político pedagógico da escola ....................................................................................................................................... 189
5. Avaliações Educacionais na rede estadual de ensino de Minas Gerais ...................................................................................... 193
6. Resolução SEE nº 3.428 de 13/06/2017 - Estabelece normas para organização e atuação do Serviço de Inspeção Escolar nas 
unidades regionais e escolares da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais ............................................................ 198
7. Resolução SEE nº 4.487 de 25/01/21 - Institui o Protocolo Orientador da atuação da Inspeção Escolar no Sistema de Ensino 
de Minas Gerais ......................................................................................................................................................................... 200
8. Resolução SEE nº 4.256/2020, de 07/01/2020 - Institui as Diretrizes para normatização e organização da Educação Especial 
na rede estadual de Ensino de Minas Gerais .............................................................................................................................
201
9. Resolução SEE nº 4.662, de 24/11/2021 - Institui o Programa de Convivência Democrática da rede estadual de ensino de 
Minas Gerais .............................................................................................................................................................................. 205
10. Resolução Conjunta SEE/SEDESE Nº 8, de 10/12/2021 - Institui o Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação em Direi-
tos Humanos – Módulo SIMA Educação – como sistema oficial de registro dos casos de violência e ações de promoção em 
Direitos Humanos nas escolas estaduais do Estado de Minas Gerais ........................................................................................ 206
11. Resolução SEE nº 4.775, de 19/08/2022 - Estabelece normas para a realização do cadastro e encaminhamento dos can-
didatos/alunos em 2022, no Sistema Único de Cadastro e Encaminhamento para Matrícula - SUCEM, para o ano letivo de 
2023 ........................................................................................................................................................................................... 209
12. Resolução SEE nº 4.055, de 17/12/2018 - Dispõe sobre o registro e a atualização de dados no Sistema Mineiro de Administra-
ção Escolar (SIMADE) e a normatização do Diário Escolar Digital (DED) nas unidades das Escolas Estaduais de Educação Básica 
de Minas Gerais ......................................................................................................................................................................... 213
13. Resolução Conjunta SEPLAG/SEE nº 10.586, de 24/05/2021 - Dispõe sobre a metodologia, os critérios e os procedimentos da 
Avaliação de Desempenho dos Analistas Educacionais/Inspetores Escolares – ADIE, lotados nas Superintendências Regionais 
de Ensino da Secretaria de Estado de Educação e com atuação nas Unidades Escolares do Sistema de Ensino ...................... 215
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
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Material Digital:
Legislação Educacional
1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ........................................................................................................... 4
2. Constituição Estadual de Minas Gerais ..................................................................................................................................... 5
3. Lei Federal nº 9.394/96 - (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e suas alterações.................................................. 72
4. Leis nº 10.639/03 e 11.645/2008 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ..................................................................... 88
5. Base Nacional Comum Curricular (BNCC) .................................................................................................................................. 89
6. Lei Federal nº 13.005/2014 - Plano Nacional deEducação ........................................................................................................ 129
7. Lei Estadual nº 23.197/2018 - (Plano Estadual de Educação de Minas Gerais – PEE)................................................................ 144
8. Lei Estadual nº 869/1952 - Dispõe sobre o estatuto dos funcionários públicos civis do Estado de Minas Gerais ..................... 156
9. Lei Estadual nº 15.293/2004 - Institui as carreiras dos Profissionais da Educação do Estado ................................................... 175
10. Lei 21.710/2015 - Dispõe sobre a política remuneratória das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder 
Executivo, altera a estrutura da carreira de Professor de Educação Básica ............................................................................... 183
11. Decreto Estadual nº 46.644/2014 - Dispõe sobre o código de conduta ética do agente público e da alta administração esta-
dual ............................................................................................................................................................................................ 187
12. Resolução SEE nº 4.692/2021 - Dispõe sobre a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de Educação 
Básica de Minas Gerais e dá outras providências ...................................................................................................................... 192
Direitos Humanos
1. Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA...................................................................................... 206
2. Lei Federal nº 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). ..... 246
3. Lei Federal nº 10.741/2003 – Estatuto da Pessoa Idosa ............................................................................................................ 263
4. Conceito de Direitos Humanos. ................................................................................................................................................. 274
5. Evolução dos direitos humanos e suas implicações para o campo educacional. ...................................................................... 274
6. Declaração Universal dos Direitos Humanos. ............................................................................................................................ 275
7. Temas transversais, projetos interdisciplinares e educação em direitos humanos.................................................................... 277
8. Direitos Humanos na Constituição Federal ................................................................................................................................ 287
9. Direitos étnico-raciais ................................................................................................................................................................ 293
10. Declaração de Salamanca: Sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. ................... 294
Atenção
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do material seguindo os passos da página 2.
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9
a solução para o seu concurso!
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LÍNGUA PORTUGUESA
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTO 
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois 
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo 
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é 
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que 
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, 
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, 
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada 
em nossos conhecimentos prévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do 
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. 
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso 
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. 
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a 
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, 
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito 
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado 
evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os 
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias 
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar 
é decodificar o sentido de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se 
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de 
texto, seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado 
da leitura,
integrando um conhecimento que foi sendo assimilado 
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, 
podendo ser diferente entre leitores. 
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de 
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em 
um texto misto (verbal e visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a 
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com 
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou 
menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 
1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos 
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes 
ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser in-
cluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo as 
pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. 
Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se 
refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis. 
Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a 
inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à 
educação, além das que não apresentam essas condições.
Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de 
toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou 
temporárias”.
Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos 
deficientes. 
Resposta: Letra B. 
LÍNGUA PORTUGUESA
1010
a solução para o seu concurso!
Editora
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS TEXTOS. MARCAS DE 
TEXTUALIDADE: COESÃO, COERÊNCIA E INTERTEXTUALI-
DADE
— Definições e diferenciação
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um 
texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum 
entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais 
para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão 
textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação 
interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação 
externa da mensagem. 
— Coesão Textual
Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado 
das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e 
parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se 
realiza por meio de palavras denominadas conectivos. 
As técnicas de coesão
A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos 
principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à 
mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como 
endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora 
o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. 
 
As regras de coesão 
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as 
regras relacionadas abaixo sejam seguidas.
Referência 
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. 
Exemplo: 
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de 
departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica 
(retoma termo já mencionado). 
– Comparativa: emprego de comparações com base em 
semelhanças. 
Exemplo: 
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência 
comparativa endofórica. 
– Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes 
demonstrativos. 
Exemplo: 
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.” 
Temos uma referência demonstrativa catafórica. 
– Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja 
nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido. 
Analise o exemplo: 
“Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.” 
Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é 
evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao 
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o 
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar 
quaisquer informações ao texto. 
– Elipse: trata-se da omissão de um componente textual – 
nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse. 
Exemplo: 
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que 
proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica 
ciente de que o locutor está procurando por Ana. 
– Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações. 
Exemplo: 
“Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente 
aconteceu.” Conjunção concessiva. 
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem 
parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido 
aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos, 
entre outros. 
Exemplo: 
“Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está 
dando conta da demanda populacional.” 
— Coerência Textual 
A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto 
que se origina da sua argumentação – consequência decorrente 
dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto 
redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não 
apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência 
prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer 
que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte 
dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da 
emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais. 
Observe os exemplos: 
“A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo 
até o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um 
inacabado. 
“Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos não 
consomem produtos de origem animal. 
Princípios Básicos da Coerência 
– Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
– Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
– Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes. 
Fatores de Coerência 
– As inferências: se partimos do pressuposto que os 
interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências 
podem simplificar as informações. 
Exemplo: 
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que 
voltagem da lavadora é 220w”. 
Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de 
que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. 
LÍNGUA PORTUGUESA
11
a solução para o seu concurso!
Editora
– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem 
de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa 
memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts 
(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo 
com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de 
funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, 
sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. 
Exemplo: 
“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” 
O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na 
frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os 
chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e 
nada têm a ver com o Natal. 
Elementos da organização textual: segmentação, encadeamen-
to e ordenação.
A segmentação é a divisão do texto em pequenas partes para 
melhorar a compreensão. A encadeamento é a ligação dessas par-
tes, criando uma lógica e coesão no texto. A ordenação é a dispo-
sição dessas partes de forma a transmitir uma mensagem clara e 
coerente. Juntos, esses elementos ajudam a criar uma estrutura 
eficiente para o texto.
Intertextualidade. 
— Definições gerais
Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação 
entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de 
elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência 
a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos 
não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e 
envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, 
esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, 
desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.).
— Intertextualidade Explícita x Implícita 
– Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral 
da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas 
palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a 
obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da 
existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade 
evidente. 
As características da intertextualidade explícita são: 
– Conexão direta com o texto anterior; 
– Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem 
necessidade de esforço ou deduções; 
– Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar 
do conteúdo;
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente 
transcritos e referenciados.
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos 
acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade 
explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste 
justamente na contribuição de novas informações aos saberes já 
produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode 
ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou 
indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem 
transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor. 
– Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos 
que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em 
produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem 
integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em 
outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la. 
De qualquer forma, para que se compreenda o significado da 
relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de 
reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos, 
ter lido e compreendido o primeiro material. As características da 
intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte; 
o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento 
prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor; 
os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova 
estrutura.
— Tipos de Intertextualidade
1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da 
crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original 
do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a 
estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no 
cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira 
estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel 
Bandeira:
TEXTO ORIGINAL
“Vou-me embora para Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei?”
PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES
“Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de 
Pasárgada
Sou inimigo do Rei
Não tenho nada que eu quero
Não tenho e nunca terei”
2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto 
inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com 
a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem 
escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são 
preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: 
observe as frases originais e suas respectivas paráfrases: 
“Deus ajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem 
muito estuda.
“To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that 
is the question.
3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada 
obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores, 
de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja 
o exemplo a seguir: 
“Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os 
troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a 
Guerra de Troia.
LÍNGUA PORTUGUESA
1212
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4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, 
consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. 
A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como 
artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma 
falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo 
judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção 
entre aspas. Exemplo: 
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773).
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa 
“cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito 
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries 
e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de 
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & 
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema.
Exemplo:
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br
6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto 
de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está 
localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo 
uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre 
relacionado ao teor do novo texto.
 Exemplo: 
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
aquilo que todo mundo vê.”
Arthur Schopenhaus
MODOS DE ORGANIZAÇÃO DISCURSIVA: DESCRIÇÃO, 
NARRAÇÃO, EXPOSIÇÃO, ARGUMENTAÇÃO E INJUNÇÃO; 
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DE CADA MODO
— Definição 
Argumentação é um recurso expressivo da linguagem 
empregado nas produções textuais que objetivam estimular as 
reflexões críticas e o diálogo, a partir de um grupo de proposições. 
A elaboração de um texto argumentativo requer coerência e 
coesão, ou seja, clareza de ideia e o emprego adequado das 
normas gramaticais. Desse modo, a ação de argumentar promove 
a potencialização das capacidades intelectuais, visto que se pauta 
expressão de ideias e em pontos de vista ordenados e estabelecidos 
com base em um tema específico, visando, especialmente, 
persuadir o receptor da mensagem. É importante ressaltar que a 
argumentação compreende, além das produções textuais escritas, 
as propagandas publicitárias, os debates políticos, os discursos 
orais, entre outros. 
Os tipos de argumentação 
– Argumentação de autoridade: recorre-se a uma 
personalidade conhecida por sua atuação em uma determinada 
área ou a uma renomada instituição de pesquisa para enfatizar os 
conceitos influenciar a opinião do leitor. Por exemplo, recorrer ao 
parecer de um médico infectologista para prevenir as pessoas sobre 
os riscos de contrair o novo corona vírus. 
– Argumentação histórica: recorre-se a acontecimentos e 
marcos da história que remetem ao assunto abordado. Exemplo: 
“A desigualdade social no Brasil nos remete às condutas racistas 
desempenhadas instituições e pela população desde o início do 
século XVI, conhecido como período escravista.” 
– Argumentação de exemplificação: recorre a narrativas do 
cotidiano para chamar a atenção para um problema e, com isso, 
auxiliar na fundamentação de uma opinião a respeito. Exemplo: 
“Os casos de feminicídio e de agressões domésticas sofridas pelas 
mulheres no país são evidenciados pelos sucessivos episódios de 
violência vividos por Maria da Penha no período em que ela esteve 
casada com seu ex-esposo. Esses episódios motivaram a criação de 
uma lei que leva seu nome, e que visa à garantia da segurança das 
mulheres.” 
– Argumentação de comparação: equipara ideias divergentes 
com o propósito de construir uma perspectiva indicando as 
diferenças ou as similaridades entre os conceitos abordados. 
Exemplo: No reino Unido, os desenvolvimentos na educação 
passaram, em duas décadas, por sucessivas políticas destinadas 
ao reconhecimento do professor e à sua formação profissional. No 
Brasil, no entanto, ainda existe um um déficit
na formação desses 
profissionais, e o piso nacional ainda é muito insuficiente.” 
– Argumentação por raciocínio lógico: recorre-se à relação 
de causa e efeito, proporcionando uma interpretação voltada 
diretamente para o parecer defendido pelo emissor da mensagem. 
Exemplo: “Promover o aumento das punições no sistema penal 
em diversos países não reduziu os casos de violência nesses locais, 
assim, resultados semelhantes devem ser observados se o sistema 
penal do Brasil aplicar maiores penas e rigor aos transgressores das 
leis.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
13
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Os gêneros argumentativos
– Texto dissertativo-argumentativo: esse texto apresenta um 
tema, de modo que a argumentação é um recurso fundamental de 
seu desenvolvimento. Por meio da argumentação, o autor defende 
seu ponto de vista e realiza a exposição de seu raciocínio. Resenhas, 
ensaios e artigos são alguns exemplos desse tipo de texto. 
– Resenha crítica: a argumentação também é um recurso 
fundamental desse tipo de texto, além de se caracterizar pelo pelo 
juízo de valor, isto é, se baseia na exposição de ideias com grande 
potencial persuasivo.
– Crônica argumentativa: esse tipo de texto se assemelha aos 
artigos de opinião, e trata de temas e eventos do cotidiano. Ao 
contrário das crônicas cômicas e históricas, a argumentativa recorre 
ao juízo de valor para acordar um dado ponto de vista sempre com 
vistas ao convencimento e à persuasão do leitor. 
– Ensaio: por expor ideias, pensamentos e pontos de vista, 
esse texto caracteriza-se como argumentativo. Recebe esse 
nome exatamente por estar relacionado à ação de ensaiar, isto 
é, demonstrar as proposições argumentativas com flexibilidade e 
despretensão. 
– Texto editorial: dentre os textos jornalísticos, o editorial é 
aquele que faz uso da argumentação, pois se trata de uma produção 
que considera a subjetividade do autor, pela sua natureza crítica e 
opinativa.
– Artigos de opinião: são textos semelhantes aos editoriais, por 
apresentarem a opinião ao autor acerca de assuntos atuais, porém, 
em vez de uma síntese do tema, esses textos são elaborados por 
especialistas, pois seu objetivo é fazer uso da argumentação para 
propagar conhecimento. 
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais 
são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem 
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão da 
estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua classi-
ficação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros são 
variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos 
dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir 
dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica. 
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos. 
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças 
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, 
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio 
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos 
tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto 
com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais 
são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. 
Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto 
as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe 
abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se 
inserem em cada tipo textual:
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, 
desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam 
pela apresentação das ações de personagens em um tempo e 
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem 
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas 
e fábulas.
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem 
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de 
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, 
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de 
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir 
ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, 
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, 
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos 
expositivos. 
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo 
de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é, 
caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é 
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos 
argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e 
abaixo-assinado.
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de 
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor 
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de 
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem 
a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais 
de instruções, entre outros.
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir 
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, 
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele 
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de 
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
TIPOS TEXTUAIS: INFORMATIVO, PUBLICITÁRIO, PROPA-
GANDÍSTICO, NORMATIVO, DIDÁTICO E DIVINATÓRIO; CA-
RACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DE CADA TIPO
Texto Informativo 
Sua função é ensinar e informar, esclarecendo dúvidas sobre 
um tema e transmitindo conhecimentos. Este tipo de texto é co-
mum em jornais, livros didáticos, revistas, etc.
As características do texto informativo são:
- Escrito em 3ª pessoa, em prosa.
- Apresenta informações objetivas e reais a respeito de um 
tema.
- É um texto que evita ser ambíguo, não fazendo uso de figuras 
de linguagem, utilizando a linguagem denotativa.
- A opinião pessoal do autor não se reflete no texto.
- Há a citação de fontes, que garantem a credibilidade, e o texto 
apresenta caráter utilitário e prático.
O conteúdo deste tipo de texto é mais importante que sua es-
trutura. O objetivo do texto é a transmissão de conhecimento sobre 
determinado tema, por isso o texto informativo pode apresentar 
diversos recursos, como gráficos, ilustrações, tabelas, etc.
Texto Didático
Esse tipo de texto possui objetivos pedagógicos e está disposto 
de uma forma a que qualquer leitor tenha a mesma conclusão. Sua 
construção dá-se de maneira conceitual, visando a necessidade de 
compreensão do assunto exposto por parte do interlocutor.
LÍNGUA PORTUGUESA
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A linguagem de um texto didático não é figurativa, mas sim 
própria, utilizando os termos de maneira exata. A apresentação das 
informações pode considerar, ou não, os conhecimentos prévios do 
leitor. Trata-se de um tipo textual muito utilizado em artigos cientí-
ficos e livros didáticos.
Algumas características desse tipo de texto são: impessoalida-
de, objetividade, coesão, abordagem que permite uma interpreta-
ção única e específica.
Gêneros Textuais e Gêneros Literários
Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se refe-
rem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros literários se re-
ferem apenas aos textos literários.
Os gêneros literários são divisões feitas segundo características 
formais comuns em obras literárias, agrupando-as conforme crité-
rios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
- Gênero lírico;
- Gênero épico ou narrativo;
- Gênero dramático.
Gênero Lírico
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no po-
ema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emo-
ções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente 
os pronomes e os verbos
estão em 1ª pessoa e há o predomínio da 
função emotiva da linguagem.
Elegia
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a mor-
te é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa 
tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema 
melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William 
Shakespeare.
Epitalâmia
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro-
mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é 
a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais.
Ode (ou hino)
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à 
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a 
alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom-
panhamento musical.
Idílio (ou écloga) 
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à 
natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema 
bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas 
e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais 
a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com 
diálogos (muito rara).
Sátira
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém 
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode 
abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun-
tos políticos, ou pessoas de relevância social.
Acalanto
Canção de ninar.
Acróstico
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for-
mam uma palavra ou frase. Ex.:
Amigos são
Muitas vezes os
Irmãos que escolhemos.
Zelosos, eles nos
Ajudam e
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e 
Eterna
https://www.todamateria.com.br/acrostico/
Balada
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas 
de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se 
destinam à dança.
Canção (ou Cantiga, Trova)
Poema oral com acompanhamento musical.
Gazal (ou Gazel)
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio.
Soneto
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quarte-
tos e dois tercetos.
Vilancete
São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár-
nio e de maldizer); satíricas, portanto. 
Gênero Épico ou Narrativo
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos 
eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, 
o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do 
gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de 
prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, 
a crônica, a fábula. 
Épico (ou Epopeia)
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de 
um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, 
gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta-
ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem-
plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero.
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, 
expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de 
certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. 
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e 
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, 
cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for-
malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de 
caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Lo-
cke.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Gênero Dramático
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse 
tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte-
ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os 
papéis das personagens nas cenas.
Tragédia
É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar 
compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma re-
presentação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em 
linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando 
dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Farsa
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de 
processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, a ca-
ricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o 
engano.
Comédia
É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento 
comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas popu-
lares.
Tragicomédia
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômi-
cos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
Poesia de cordel
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo 
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da 
realidade vivida por este povo.
Textos publicitários
“Os textos publicitários são aqueles que têm o objetivo de 
anunciar alguma coisa, fazer com que uma informação torne-se pú-
blica, desde uma campanha de vacinação até os anúncios de produ-
tos e/ou prestação de serviços. Podemos encontrar os textos publi-
citários circulando em diversos suportes de comunicação, como os 
midiáticos (televisão, internet e rádio) e jornalísticos (jornais, revis-
tas), e espalhados pelas vias urbanas (outdoors, pontos de ônibus, 
postes de iluminação pública etc.).
Linguagem
Podemos dizer que a linguagem, sobretudo no que se refere 
à sua função e ao tipo, é a característica mais relevante dos textos 
publicitários, já que se trata do principal recurso que o autor da 
peça (texto) publicitária tem para que os efeitos de sentido gerados 
sejam aqueles desejados pelo autor para alcançar os leitores.
Quanto à função da linguagem dos textos publicitários, ela 
pode ser abordada de várias formas: linguagem referencial (quando 
o texto tem o objetivo de divulgar uma informação real), linguagem 
emotiva (quando o texto pretende alcançar seu objetivo por meio 
da emotividade dos leitores) e linguagem apelativa ou conativa 
(quando o texto tem o objetivo de convencer alguém a fazer ou 
comprar alguma coisa, é conhecida como retórica).
Com relação ao tipo de linguagem, os textos publicitários po-
dem ser criados a partir das linguagens verbal (oral ou escrita), não 
verbal (imagens, fotografias, desenhos) e mista (verbal e não ver-
bal).
É relevante ressaltarmos também que a linguagem dos textos 
publicitários é pensada no sentido de atingir um grande número de 
interlocutores, ou seja, as massas, e, por essa razão, deve ser de 
fácil compreensão, objetiva, simples e acessível a interlocutores de 
todos as classes e faixas etárias.
Criatividade
De maneira geral, para conseguir causar efeitos de sentido e 
seduzir, chamar a atenção dos interlocutores, os autores das peças 
publicitárias fazem trocadilhos e trabalham as linguagens verbal e 
não verbal de maneira criativa.
Objetividade
Geralmente, os textos publicitários têm extensão bem reduzi-
da, já que circulam em suportes cujo espaço também é reduzido 
e o valor de cada anúncio depende de seu tamanho. A seção dos 
classificados de jornal, que é um exemplo de texto publicitário, é 
um bom exemplar para que possamos observar essa característica. 
Outro exemplo que ilustra a objetividade dos textos publicitários é a 
criação de slogan (uma frase curta e de fácil memorização) ou man-
chetes, os quais resumem em um único enunciado as informações 
e os objetivos do texto.
Exemplos de slogan:
- “Cheetos, é impossível comer um só. (Elma Chips)
- Vem pra Caixa você também. Vem! (Caixa Econômica Federal)
- A rádio que toca notícias, só notícias. (Rádio CBN)
Publicidade e o público
Em virtude de seu caráter persuasivo e pelo fato de alcançar 
as grandes massas, o texto publicitário exerce grande influência e 
poder sobre o público. Esse texto promove o compartilhamento de 
ideias, produtos e serviços e, de certa forma, orientações ideológi-
cas.
Devido ao seu papel importante na nossa cultura, existe uma 
autorregulamentação para a divulgação/publicação de textos pu-
blicitários, a qual define limites de atuação
e aprovação (ou não) 
quanto à veiculação de alguns anúncios. Essa autorregulamentação 
é necessária porque, conforme o Código de Defesa do Consumidor 
(CDC), os textos publicitários respondem pela qualidade dos pro-
dutos e serviços que estão sendo oferecidos, portanto, não devem 
realizar propaganda enganosa, que é crime.
Ainda de acordo com o CDC, propaganda enganosa significa 
qualquer modalidade de informação falsa, capaz de induzir o con-
sumidor ao erro no que diz respeito à natureza, característica, qua-
lidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros 
dados sobre produtos e serviços.
Estrutura do texto publicitário
O texto publicitário é composto, muitas vezes, por imagem, tí-
tulo, texto, assinatura e slogan. A assinatura é o nome do produto/
serviço e do anunciante. Slogan, como já dissemos, é um enunciado 
conciso e de fácil associação ao produto e lembrança do leitor. O 
título/headline é um enunciado breve com o objetivo de captar a 
atenção do leitor, incitando sua curiosidade. O texto deve incitar no 
consumidor o interesse, o desejo por aquilo que está sendo ofere-
cido/anunciado.
LÍNGUA PORTUGUESA
1616
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A extensão do texto publicitário depende da intencionalidade 
discursiva do autor/anunciante e do espaço disponível/sugerido 
pelo suporte de circulação no qual o texto será veiculado: jornal, 
revista, outdoors, jingles em rádio (aliado à musicalidade), redes 
sociais, sites etc.
Vertentes do texto publicitário
Existem duas vertentes filosóficas do texto publicitário, ambas 
com origens filosóficas: a apolínea e a dionisíaca.
Apolínea
A vertente apolínea visa ao desenvolvimento de textos que 
remetem à individualização, ou seja, descrevendo e/ou narrando, 
como ocorre com as artes plásticas, fotografia e narração de his-
tórias.
Dionísica
A vertente dionisíaca busca despertar sentimentos diversos 
em seus leitores/interlocutores para que assim possa criar empa-
tia, contradição, terror, carinho etc. Geralmente, para causar esses 
efeitos, a música, a dramatização e a expressividade corporal são 
utilizadas.
Características do texto propagandístico
Os textos propagandísticos/publicitários, como o próprio nome 
já diz, têm como objetivo principal a propaganda. Através desta, 
anuncia-se um determinado produto, ideia, benefício, movimento 
social, partido, entre outros. Como seu objetivo é convencer, é na-
tural que a função apelativa da linguagem se destaque neste gênero 
textual.
Sendo o objetivo persuadir o receptor, o texto publicitário, a 
fim de chamar a atenção, apresenta um produto ou serviço ao con-
sumidor, promove sua venda ou garante a boa imagem da marca 
explicando por que o produto é bom e, ao mesmo tempo, estimu-
lando a possuí-lo e depois comprar. No entanto, isso não é feito 
aleatoriamente.
Toda propaganda tem um público-alvo, sempre voltado para 
uma pessoa ou coletividade, com base em dados como idade, con-
dição socioeconômica, escolaridade, costumes e hábitos de consu-
mo.
Para atingir o seu propósito, os textos publicitários costumam 
utilizar verbos no modo imperativo e contam com outras estratégias 
argumentativas. A boa propaganda trabalha com uma linguagem 
sugestiva por meio da ambiguidade, da ironia, do jogo de palavras e 
de subentendidos, ou seja, vários formatos conotativos que fazem 
com que o público perceba a sutileza da inteligência dos textos.
Estrutura do texto propagandístico
Título: É composto de pequenas frases atrativas, com o objeti-
vo de chamar a atenção do leitor.
Imagem: Apresentam uma imagem, cuidadosamente trabalha-
da e selecionada, que vai muito além do mero papel de ilustração. 
Nesse gênero textual, a imagem tem um papel persuasivo impor-
tante e dialoga com a parte escrita.
Corpo do texto: Nele, o anunciante desenvolve melhor sua 
ideia, demonstrando um pouco mais as qualidades e vantagens do 
produto. Normalmente, o vocabulário é adequado ao público para 
o qual é destinado, contendo frases também atraentes.
Identificação do produto ou marca: A maioria dos anunciantes 
desenvolve um slogan para que o consumidor identifique a marca. 
Certamente você conhece inúmeros exemplos, como músicas que 
ficam na cabeça.
Gênero normativo
Os textos normativos são considerados como textos regulató-
rios capazes de sistematizar leis e códigos que asseguram nossos 
direitos e deveres. Esta modalidade textual também regula as nor-
mas funcionais de uma determinada comunidade, instituição, igre-
ja, escola, empresas privadas ou instituições públicas. Atualmente 
viver em sociedade significa seguir regras e respeitar normas, não é 
verdade? Regras de como conviver com outras pessoas. Regras para 
se ter segurança no trânsito. Respeitar normas de boa convivência 
no trabalho ou na escola. Formais ou informais. No entanto, muitas 
vezes para que uma regra seja respeitada é necessário um registro, 
desta forma protocolos, portarias e editais são claros exemplos de 
textos normativos.
Os textos normativos e legais devem ser claros, de modo a não 
causar problemas de compreensão para o público a quem ele se 
destina. Deve ser objetivo e centra-se na regulamentação do que 
está em questão, podendo ser relações de convivência, trabalho e 
comércio.
Em nosso cotidiano, temos inúmeros exemplos de textos nor-
mativos, dentre eles ressaltamos:
• Um contrato de trabalho ou compra e venda
• O código de defesa do consumidor
• As leis de trânsito
• A Constituição Federal
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos
• Diário Oficial
• ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
• Estatuto do idoso 
Os textos normativos são fundamentais para relações humanas 
e acima de tudo são considerados como gêneros que asseguram 
nossos direitos e deveres.
Texto divinatório
Função - prever.
Modelos - horóscopo, oráculos. 
Fontes: brasilescola.uol.com.br
descomplica.com.br
TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS
Detecção de características e pormenores que identifiquem o 
texto dentro de um estilo de época
Principais características do texto literário
Há diferença do texto literário em relação ao texto referencial, 
sobretudo, por sua carga estética. Esse tipo de texto exerce uma 
linguagem ficcional, além de fazer referência à função poética da 
linguagem. 
Uma constante discussão sobre a função e a estrutura do tex-
to literário existe, e também sobre a dificuldade de se entenderem 
os enigmas, as ambiguidades, as metáforas da literatura. São esses 
LÍNGUA PORTUGUESA
17
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elementos que constituem o atrativo do texto literário: a escrita 
diferenciada, o trabalho com a palavra, seu aspecto conotativo, 
seus enigmas.
A literatura apresenta-se como o instrumento artístico de análi-
se de mundo e de compreensão do homem. Cada época conceituou 
a literatura e suas funções de acordo com a realidade, o contexto 
histórico e cultural e, os anseios dos indivíduos daquele momento. 
Ficcionalidade: os textos baseiam-se no real, transfigurando-o, 
recriando-o. 
Aspecto subjetivo: o texto apresenta o olhar pessoal do artista, 
suas experiências e emoções.
Ênfase na função poética da linguagem: o texto literário mani-
pula a palavra, revestindo-a de caráter artístico. 
Plurissignificação: as palavras, no texto literário, assumem vá-
rios significados. 
Principais características do texto não literário
Apresenta peculiaridades em relação a linguagem literária, en-
tre elas o emprego de uma linguagem convencional e denotativa.
Ela tem como função informar de maneira clara e sucinta, des-
considerando aspectos estilísticos próprios da linguagem literária.
Os diversos textos podem ser classificados de acordo com a 
linguagem utilizada. A linguagem de um texto está condicionada à 
sua funcionalidade. Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros 
textuais, devemos pensar também na linguagem adequada a ser 
adotada em cada um deles. Para isso existem a linguagem literária 
e a linguagem não literária. 
Diferente do que ocorre com os textos
literários, nos quais há 
uma preocupação com o objeto linguístico e também com o estilo, 
os textos não literários apresentam características bem delimitadas 
para que possam cumprir sua principal missão, que é, na maioria 
das vezes, a de informar. Quando pensamos em informação, alguns 
elementos devem ser elencados, como a objetividade, a transpa-
rência e o compromisso com uma linguagem não literária, afastan-
do assim possíveis equívocos na interpretação de um texto. 
TIPOLOGIA DA FRASE PORTUGUESA. ESTRUTURA DA FRA-
SE PORTUGUESA: OPERAÇÕES DE DESLOCAMENTO, SUBS-
TITUIÇÃO, MODIFICAÇÃO E CORREÇÃO. PROBLEMAS ES-
TRUTURAIS DAS FRASES. ORGANIZAÇÃO SINTÁTICA DAS 
FRASES: TERMOS E ORAÇÕES. ORDEM DIRETA E INVER-
SA
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao 
estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um 
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem 
entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que 
ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo 
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e 
orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. 
Para que se possa compreender a análise sintática, é importante 
retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. 
Vejamos:
Frase 
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo 
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente 
uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou 
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, 
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu 
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. 
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a 
disposição das palavras na frase também é fundamental para a 
compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da 
Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” 
Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , 
sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a 
já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá 
ser compreendida pelo interlocutor. 
Oração
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um 
verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, 
desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem 
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O 
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. 
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. 
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não 
contém verbo. 
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase 
como oração. 
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma 
oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez, 
estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No 
exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras 
“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem. 
Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo 
ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função 
sintática diferente.
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou 
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as 
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração. 
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem 
duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. 
– Oração simples: “Eu quero silêncio.” 
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o 
noticiário”. 
Período 
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com 
sentido completo. Assim como as orações, o período também pode 
ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número 
de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma 
oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma 
frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à 
classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
LÍNGUA PORTUGUESA
1818
a solução para o seu concurso!
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– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” - 
apresenta apenas um verbo. 
– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou 
ficarei preocupada.” - contém dois verbos. 
 
— Análise Sintática 
É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a 
estrutura de um período e das orações que compõem um período. 
Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem 
sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o 
que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais 
se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe 
a seguir as especificidades de cada tipo. 
1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual 
se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por 
isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos 
respectivos exemplos a seguir:
Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”, 
que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração 
sobre o sujeito). 
Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto), 
podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após 
o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos 
respectivos casos: 
“Fred fez um lindo discurso.” 
 “Um lindo discurso Fred fez.” 
“Fez um lindo discurso, Fred.” 
– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela 
concordância verbal. 
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo ligado 
ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. 
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. 
Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” 
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na 
oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no 
teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a 
concordância do verbo o destaca de forma indireta. 
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração 
e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para 
determiná-lo. 
Esse sujeito pode aparecer com: 
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. 
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se 
padeiro.”». 
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você 
estiver lá.” 
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, 
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. 
Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da 
natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos 
de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos: 
“Choveu muito ontem”. 
“Era uma hora e quinze”.
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e verbo, 
ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, também 
recebem sua classificação, conforme abaixo: 
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante 
para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo 
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa 
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser 
direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e 
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e 
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de 
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, 
cair, mergulhar, correr. 
– Verbo de ligação: servem para expressar características de 
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), 
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação 
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua 
esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”). 
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome 
(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. 
Ademais, ele se caracteriza pela
indicação de estado ou qualidade, 
e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. 
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características 
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é 
inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, 
é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo 
“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica 
atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo, 
mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou 
palavra substantivada. 
– Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre 
um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida 
de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da 
aula. Por isso, estavam contentes. 
O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair” 
e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o 
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”. 
2 – Termos integrantes da oração
Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma 
oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos 
verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva. 
– Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos 
completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma: 
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não 
exigindo preposição. 
– Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos, 
isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido 
seja compreendido. 
Quanto ao objeto direto, podemos ter: 
– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.” 
– Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o 
acontecido.” 
– Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou 
os aparelhos.»
LÍNGUA PORTUGUESA
19
a solução para o seu concurso!
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– Complementos Nominais: esses termos completam o sentido 
de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos, 
adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe 
os exemplos:
– “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que 
“satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento 
nominal. 
– “O entregador atravessou rapidamente pela viela. – 
“rapidamente” é advérbio de modo. 
– “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um 
substantivo. 
– Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam 
a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim, 
estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por. 
Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz 
passiva: 
– “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.” 
– “O cachorro foi alvo do meu medo.” 
– “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.” 
3 – Termos acessórios da oração
Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos 
acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem 
para complementar a informação, exprimindo circunstância, 
determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira 
abaixo quais são eles: 
– Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido do 
verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos: 
“Dormimos muito.” 
O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”. 
“Ele ficou pouco animado com a notícia.” 
O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” 
“Maria escreve bastante bem.” 
O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. 
Os adjuntos adverbiais podem ser: 
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. 
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. 
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de 
tempo). 
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, 
com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado 
por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou 
pronomes adjetivos. Analise o exemplo: 
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega 
de escola.” 
– Sujeito: “jovem apaixonado” 
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou” 
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” 
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: 
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam 
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” 
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração 
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os 
adjuntos adnominais de “colega”. 
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para 
caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma 
informação já completa. Observe os exemplos:
 “Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” 
 “Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” 
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem 
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento 
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa 
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a 
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de 
apelo. Observe: 
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” 
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” 
“Vista o casaco, filha!” 
— Estudo da relação entre as orações 
Os períodos compostos são formados por várias orações. 
As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de 
subordinação. 
– Período composto por coordenação: é formado por orações 
independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções 
ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas 
individualmente porque apresentam sentidos completos. 
Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas:
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os 
doces.” 
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não 
preparei os doces.” 
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou 
preparo os doces.” 
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, 
logo, passou no exame.” 
– Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame 
porque estudou bastante.” 
– Período composto por subordinação: são constituídos por 
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas 
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas 
de forma separada. As orações subordinadas são divididas em 
substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos: 
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado 
que o suspeito era realmente o culpado.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não 
queria que isso acontecesse.” 
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É 
obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.” 
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho 
expectativa de que os planos serão melhores em breve!” 
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa 
é que meus pais são saudáveis.” 
– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba 
disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!” 
– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me 
demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.” 
– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão 
felizes que pulamos de alegria.” 
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando 
para que nós chegássemos a casa em segurança.” 
– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu 
cheguei, eles iniciaram o trabalho.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
2020
a solução para o seu concurso!
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– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo, 
espero por você.» 
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que 
estivesse cansado, concluiu a maratona.” 
– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia 
como se ainda vivesse no interior.”
– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme 
combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.” 
– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais 
me exercito,
mais tenho disposição.” 
– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que 
passou no concurso, mudou-se para o interior.” 
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve 
enferma conseguiu ser aprovada nas provas.” 
NORMA CULTA
A Linguagem Culta ou Padrão
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências 
em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas 
pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se 
pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada 
na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É 
mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente 
nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações 
científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Ouvindo e lendo é que você aprenderá a falar e a escrever bem. 
Procure ler muito, ler bons autores, para redigir bem.
A aprendizagem da língua inicia-se em casa, no contexto fa-
miliar, que é o primeiro círculo social para uma criança. A criança 
imita o que ouve e aprende, aos poucos, o vocabulário e as leis 
combinatórias da língua. Um falante ao entrar em contato com ou-
tras pessoas em diferentes ambientes sociais como a rua, a escola 
e etc., começa a perceber que nem todos falam da mesma forma. 
Há pessoas que falam de forma diferente por pertencerem a outras 
cidades ou regiões do país, ou por fazerem parte de outro grupo 
ou classe social. Essas diferenças no uso da língua constituem as 
variedades linguísticas.
Certas palavras e construções que empregamos acabam de-
nunciando quem somos socialmente, ou seja, em que região do 
país nascemos, qual nosso nível social e escolar, nossa formação e, 
às vezes, até nossos valores, círculo de amizades e hobbies. O uso 
da língua também pode informar nossa timidez, sobre nossa capa-
cidade de nos adaptarmos às situações novas e nossa insegurança.
A norma culta é a variedade linguística ensinada nas escolas, 
contida na maior parte dos livros, registros escritos, nas mídias te-
levisivas, entre outros. Como variantes da norma padrão aparecem: 
a linguagem regional, a gíria, a linguagem específica de grupos ou 
profissões. O ensino da língua culta na escola não tem a finalidade 
de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou 
em nossa comunidade. O domínio da língua culta, somado ao do-
mínio de outras variedades linguísticas, torna-nos mais preparados 
para nos comunicarmos nos diferentes contextos lingísticos, já que 
a linguagem utilizada em reuniões de trabalho não deve ser a mes-
ma utilizada em uma reunião de amigos no final de semana.
Portanto, saber usar bem uma língua equivale a saber empre-
gá-la de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que 
participamos.
A norma culta é responsável por representar as práticas lin-
guísticas embasadas nos modelos de uso encontrados em textos 
formais. É o modelo que deve ser utilizado na escrita, sobretudo 
nos textos não literários, pois segue rigidamente as regras gramati-
cais. A norma culta conta com maior prestígio social e normalmente 
é associada ao nível cultural do falante: quanto maior a escolariza-
ção, maior a adequação com a língua padrão. 
Exemplo:
Venho solicitar a atenção de Vossa Excelência para que seja 
conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima 
da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao 
movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, 
atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem 
se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte 
violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico de suas fun-
ções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. 
A Linguagem Popular ou Coloquial
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-
se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de 
vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; 
barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; 
cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência 
pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. 
A linguagem popular está presente nas conversas familiares ou 
entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV e 
auditório, novelas, na expressão dos esta dos emocionais etc.
Dúvidas mais comuns da norma culta
Perca ou perda
Isto é uma perda de tempo ou uma perca de tempo? Tomara 
que ele não perca o ônibus ou não perda o ônibus? Quais são as fra-
ses corretas com perda e perca? Certo: Isto é uma perda de tempo.
Embaixo ou em baixo
O gato está embaixo da mesa ou em baixo da mesa? Continu-
arei falando em baixo tom de voz ou embaixo tom de voz? Quais 
são as frases corretas com embaixo e em baixo? Certo: O gato está 
embaixo da cama
Ver ou vir
A dúvida no uso de ver e vir ocorre nas seguintes construções: 
Se eu ver ou se eu vir? Quando eu ver ou quando eu vir? Qual das 
frases com ver ou vir está correta? Se eu vir você lá fora, você vai 
ficar de castigo!
Onde ou aonde
Os advérbios onde e aonde indicam lugar: Onde você está? 
Aonde você vai? Qual é a diferença entre onde e aonde? Onde indi-
ca permanência. É sinônimo de em que lugar. Onde, Em que lugar 
Fica?
Como escrever o dinheiro por extenso?
Os valores monetários, regra geral, devem ser escritos com al-
garismos: R$ 1,00 ou R$ 1 R$ 15,00 ou R$ 15 R$ 100,00 ou R$ 100 
R$ 1400,00 ou R$ 1400.
LÍNGUA PORTUGUESA
21
a solução para o seu concurso!
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Obrigado ou obrigada
Segundo a gramática tradicional e a norma culta, o homem ao 
agradecer deve dizer obrigado. A mulher ao agradecer deve dizer 
obrigada. 
Mal ou mau
Como essas duas palavras são, maioritariamente, pronunciadas 
da mesma forma, são facilmente confundidas pelos falantes. Qual a 
diferença entre mal e mau? Mal é um advérbio, antônimo de bem. 
Mau é o adjetivo contrário de bom.
“Vir”, “Ver” e “Vier”
A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas 
situações, como por exemplo no futuro do subjuntivo. O correto é, 
por exemplo, “quando você o vir”, e não “quando você o ver”.
Já no caso do verbo “ir”, a conjugação correta deste tempo ver-
bal é “quando eu vier”, e não “quando eu vir”.
“Ao invés de” ou “em vez de”
“Ao invés de” significa “ao contrário” e deve ser usado apenas 
para expressar oposição.
Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.
Já “em vez de” tem um significado mais abrangente e é usado 
principalmente como a expressão “no lugar de”. Mas ele também 
pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas reco-
mendam usar “em vez de” caso esteja na dúvida.
Por exemplo: Em vez de ir de ônibus para a escola, fui de bici-
cleta.
“Para mim” ou “para eu”
Os dois podem estar certos, mas, se você vai continuar a frase 
com um verbo, deve usar “para eu”.
Por exemplo: Mariana trouxe bolo para mim; Caio pediu para 
eu curtir as fotos dele.
“Tem” ou “têm”
Tanto “tem” como “têm” fazem parte da conjugação do verbo 
“ter” no presente. Mas o primeiro é usado no singular, e o segundo 
no plural.
Por exemplo: Você tem medo de mudança; Eles têm medo de 
mudança.
“Há muitos anos”, “muitos anos atrás” ou “há muitos anos 
atrás”
Usar “Há” e “atrás” na mesma frase é uma redundância, já que 
ambas indicam passado. O correto é usar um ou outro.
Por exemplo: A erosão da encosta começou há muito tempo; O 
romance começou muito tempo atrás.
Sim, isso quer dizer que a música Eu nasci há dez mil anos atrás, 
de Raul Seixas, está incorreta.
PONTUAÇÃO E SINAIS GRÁFICOS
 
— Visão Geral
O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais 
gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial 
de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas 
e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias) 
em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os 
gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a 
compreensão da frase. 
O emprego da pontuação tem
as seguintes finalidades: 
– Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos 
tipos textuais;
– Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
– Demarcar das unidades de um texto; 
– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas.
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um 
enunciado
Vírgula 
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado 
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem 
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, 
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes 
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo 
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em 
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser 
empregada: 
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate.
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
 
REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo 
“Crianças, venham almoçar!” 
“Quando será a prova, professora?” 
3 – Separar apostos 
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.” 
4 – Isolar expressões explicativas: 
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi 
responsabilizado.” 
5 – Separar conjunções intercaladas 
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
2222
a solução para o seu concurso!
Editora
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: 
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos funcionários 
do setor.” 
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” 
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: 
“Estas alegações, não as considero legítimas.” 
8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas 
por conjunções) 
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” 
9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 
“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. 
10 – Marcar a omissão de um termo: 
“Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo 
“fazer”). 
• Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas 
“Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.” 
2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e 
assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”: 
“Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos 
ajudasse.” 
3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a 
principal: 
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.” 
4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas 
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal: 
Reduzida Por ser sempre assim, ninguém dá atenção!
Desenvolvida Porque é sempre assim, já ninguém dá atenção!
5 – Separar as sentenças intercaladas: 
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu 
leito, até que você se recupere por completo.”
• Antes da conjunção “e”
1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire 
valores que não expressam adição, como consequência ou 
diversidade, por exemplo. 
“Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.” 
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre 
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar 
alguma ideia, por exemplo:
“(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede; 
e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o 
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas 
apresentam sujeitos distintos, por exemplo: 
“A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito 
e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome 
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração 
substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja 
apositiva nem se apresente inversamente). 
Ponto
1 – Para indicar final de frase declarativa: 
“O almoço está pronto e será servido.”
2 – Abrevia palavras: 
– “p.” (página) 
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria) 
– “Dr.” (Doutor) 
3 – Para separar períodos: 
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto e Vírgula 
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou 
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: 
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; nossa 
amiga, de praticar esportes.”
2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 
“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: 
Mercúrio; 
Vênus; 
Terra; 
Marte; 
Júpiter; 
Saturno; 
Urano;
Netuno.” 
Dois Pontos
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, 
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem 
ideias anteriores. 
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela 
grande ofensa.” 
2 – Para introduzirem citação direta: 
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente 
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’.” 
3 – Para iniciar fala de personagens: 
“Ele gritava repetidamente: 
– Sou inocente!” 
Reticências 
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta 
sintaticamente: 
“Quem sabe um dia...” 
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: 
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar 
ainda.” 
LÍNGUA PORTUGUESA
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a solução para o seu concurso!
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3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o 
objetivo de prolongar o raciocínio: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas 
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).
4 – Suprimem palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - 
Raimundo Fagner).
Ponto de Interrogação 
1 – Para perguntas diretas: 
“Quando você pode comparecer?” 
2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para 
destacar o enunciado: 
“Não brinca, é sério?!” 
Ponto de Exclamação 
1 – Após interjeição: 
“Nossa Que legal!” 
2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva 
“Infelizmente!” 
3 – Após vocativo 
“Ana, boa tarde!” 
4 – Para fechar de frases imperativas: 
“Entre já!” 
Parênteses 
a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases 
intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou 
a vírgula: 
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como sempre) 
quem seria promovido.” 
Travessão 
1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto: 
“O rapaz perguntou ao padre: 
— Amar demais é pecado?” 
2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
“— Vou partir em breve. 
— Vá com Deus!” 
3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
“Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
“Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.” 
Aspas 
1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta, 
como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos, 
arcaísmos, palavrões, e neologismos. 
“Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.” 
“A reunião será feita ‘online’.” 
2 – Para indicar uma citação direta: 
“A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de 
Assis)
TIPOS DE DISCURSO
Discurso direto
É a fala da personagem reproduzida fielmente pelo narrador, 
ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores com-
pletamente bêbados, não é?
Foi aí que um dos bêbados pediu:
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é 
o seu marido que os outros querem ir para casa.
(Stanislaw Ponte Preta)
Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é intro-
duzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do pará-
grafo.
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, 
conserva características do
linguajar de cada uma, como termos de 
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou caco-
etes pessoais.
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou 
declarativos ou dicendi) que indicam quem está emitindo a mensa-
gem.
Os verbos declarativos ou de elocução mais comuns são:
acrescentar
afirmar
concordar
consentir
contestar
continuar
declamar
determinar
dizer
esclarecer
exclamar
explicar
gritar
indagar
insistir
interrogar
interromper
intervir
mandar
ordenar, pedir
perguntar
prosseguir
protestar
reclamar
repetir
replicar
responder
retrucar
solicitar
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Os verbos declarativos podem, além de introduzir a fala, indicar 
atitudes, estados interiores ou situações emocionais das persona-
gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou-
tros. Esse efeito pode ser também obtido com o uso de adjetivos ou 
advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente, gritou 
histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
Exemplo:
— O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos-
sas vidas.
Ao utilizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) 
entre as personagens –, você deve optar por um dos três estilos a 
seguir:
Estilo 1:
João perguntou:
— Que tal o carro?
Estilo 2:
João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optativas)
Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optativas)
Estilo 3:
Verbos de elocução no meio da fala:
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o 
carro.
— Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
Verbos de elocução no fim da fala:
— Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente 
João.
— Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com 
travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
— Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu 
filho. (Machado de Assis)
— Não vá sem eu lhe ensinar a minha filosofia da miséria, disse 
ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis)
— Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta 
e oito. (Machado de Assis)
— Ainda não, respondi secamente. 
(Machado de Assis)
Verbos de elocução depois de orações interrogativas e excla-
mativas:
— Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com 
insistência. 
(Machado de Assis)
— Para quê? interrompeu Sabina. 
(Machado de Assis)
— Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis)
Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús-
culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.
Discurso indireto
No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala 
da personagem. O narrador funciona como testemunha auditiva e 
passa para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o 
verbo aparece na terceira pessoa, sendo imprescindível a presen-
ça de verbos dicendi (dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar, 
pedir, exclamar, contestar, concordar, ordenar, gritar, indagar, de-
clamar, afirmar, mandar etc.), seguidos dos conectivos que (dicendi 
afirmativo) ou se (dicendi interrogativo) para introduzir a fala da 
personagem na voz do narrador.
A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava 
muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.
(Ciro dos Anjos)
Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa; 
respondeu-me que não. 
(Machado de Assis)
Discurso indireto livre
Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe 
uma terceira modalidade de técnica narrativa, o chamado discurso 
indireto livre, processo de grande efeito estilístico. Por meio dele, 
o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das 
personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so-
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde 
ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
As orações do discurso indireto livre são, em regra, indepen-
dentes, sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passa-
gem da fala do narrador para a da personagem, mas com transpo-
sições do tempo do verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes 
(terceira pessoa). O foco narrativo deve ser de terceira pessoa. Esse 
discurso é muito empregado na narrativa moderna, pela fluência e 
ritmo que confere ao texto.
Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa in-
decisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversa 
à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era 
bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. 
Estava preso por isso? Como era? Então mete- se um homem na 
cadeia por que ele não sabe falar direito?
(Graciliano Ramos)
Observe que se o trecho “Era bruto, sim” estivesse um discur-
so direto, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em 
discurso indireto: Ele admitiu que era bruto; em discurso indireto 
livre: Era bruto, sim.
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Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo interior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias 
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamentos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente nas 
orações interrogativas, entremeadas com o discurso do narrador.
Transposição de discurso
Na narração, para reconstituir a fala da personagem, utiliza-se a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O domínio 
dessas estruturas é importante tanto para se empregar corretamente os tipos de discurso na redação.
Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não 
aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insistir na atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insistência, 
porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem construído, a identificação do discurso indireto livre não oferece dificuldade.
Discurso Direto
• Presente
A enfermeira afirmou:
– É uma menina.
• Pretérito perfeito
– Já esperei demais, retrucou com indignação.
• Futuro do presente
Pedrinho gritou:
– Não sairei do carro.
• Imperativo
Olhou-a e disse secamente:
– Deixe-me em paz.
Outras alterações
• Primeira ou segunda pessoa
Maria disse:
– Não quero sair com Roberto hoje.
• Vocativo
– Você quer café, João?, perguntou a prima.
• Objeto indireto na oração principal
A prima perguntou a João se ele queria café.
• Forma interrogativa ou imperativa
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa:
– E o amarelo?
• Advérbios de lugar e de tempo
aqui, daqui, agora, hoje, ontem, amanhã
• Pronomes demonstrativos e possessivos
essa(s), esta(s)
esse(s), este(s)
isso, isto
meu, minha
teu, tua
nosso, nossa
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Discurso Indireto
• Pretérito imperfeito
A enfermeira afirmou que era uma menina.
• Futuro do pretérito
Pedrinho gritou que não sairia do carro.
• Pretérito mais-que-perfeito
Retrucou com indignação que já esperara (ou tinha esperado) 
demais.
• Pretérito imperfeito do subjuntivo
Olhou-a e disse secamente que o deixasse em paz.
Outras alterações
• Terceira pessoa
Maria disse que não queria sair com Roberto naquele dia.
• Objeto indireto na oração principal
A prima perguntou a João se ele queria café.
• Forma declarativa
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa pelo 
amarelo.
lá, dali, de lá, naquele momento, naquele dia, no dia anterior, 
na véspera, no dia seguinte, aquela(s), aquele(s), aquilo, seu, 
sua (dele, dela), seu, sua (deles, delas)
REGISTROS DE LINGUAGEM
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias 
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, 
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo 
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
cular as palavras,
organizá-las na frase, no texto, determina nossa 
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com 
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as 
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo 
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua 
e caem em desuso.
Língua escrita e língua falada
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua 
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande 
parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e 
ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é 
mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na 
conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão 
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas 
pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
Linguagem popular e linguagem culta
Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala, 
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja 
presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou 
valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que 
o diálogo é usado para representar a língua falada.
Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase 
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo 
– erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, 
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular 
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas, 
irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na 
expressão dos esta dos emocionais etc.
A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que 
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas 
instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela 
obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na 
linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É 
mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente 
nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações 
científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como 
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam 
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam 
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de 
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os 
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode 
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário 
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, 
“mina”, “tipo assim”.
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco 
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar 
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na 
comida”.
Linguagem regional
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, 
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Os níveis de linguagem e de fala são determinados pelos fato-
res a seguir:
O interlocutor
Os interlocutores (emissor e receptor) são parceiros na comu-
nicação, por isso, esse é um dos fatores determinantes para a ade-
quação linguística. O objetivo de toda comunicação é a busca pelo 
sentido, ou seja, precisa haver entendimento entre os interlocuto-
res, caso contrário, não é possível dizer que houve comunicação. 
Por isso, considerar o interlocutor é fundamental. Por exemplo, um 
professor não pode usar a mesma linguagem com um aluno na fa-
culdade e na alfabetização, logo, escolher a linguagem pensando 
em quem será o seu parceiro é um fator de adequação linguística.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Ambiente
A linguagem também é definida a partir do ambiente, por isso, 
é importante prestar atenção para não cometer inadequações. É 
impossível usar o mesmo tipo de linguagem entre amigos e em um 
ambiente corporativo (de trabalho); em um velório e em um campo 
de futebol; ou, ainda, na igreja e em uma festa.
Assunto
Semelhante à escolha da linguagem, está a escolha do assunto. 
É preciso adequar a linguagem ao que será dito, logo, não se con-
vida para um chá de bebê da mesma maneira que se convida para 
uma missa de 7º dia. É preciso ter bom senso no momento da es-
colha da linguagem, que deve ser usada de acordo com o assunto.
Relação falante-ouvinte
A presença ou ausência de intimidade entre os interlocutores é 
outro fator utilizado para a adequação linguística. Portanto, ao pe-
dir uma informação a um estranho, é adequado que se utilize uma 
linguagem mais formal, enquanto para parabenizar a um amigo, a 
informalidade é o ideal.
Intencionalidade (efeito pretendido)
Nenhum texto (oral ou escrito) é despretensioso, ou seja, sem 
pretensão, sem objetivo, todos são carregados de intenções. E para 
cada intenção existe uma forma de linguagem que será compatível, 
por isso, as declarações de amor são feitas diferentes de uma soli-
citação de emprego. Há maneiras distintas para criticar, elogiar ou 
ironizar. É importante fazer essas considerações.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de 
acordo com o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem trans-
mitida, em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre.
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta-
mente relacionadas com os elementos da comunicação.
Funções da Linguagem Elementos da Comunicação
Função referencial ou denotativa contexto
Função emotiva ou expressiva emissor
Função apelativa ou conativa receptor
Função poética mensagem
Função fática canal
Função metalinguística código
Função Referencial
A função referencial tem como objetivo principal informar, re-
ferenciar algo. Esse tipo de texto, que é voltado para o contexto da 
comunicação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural, 
o que enfatiza sua impessoalidade.
Para exemplificar a linguagem referencial, podemos citar os 
materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por 
meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, 
sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Exemplo de uma notícia
O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global 
para Atividade Física de Crianças — entidade internacional dedica-
da ao estímulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi 
decepcionante. Realizado em 49 países de seis continentes com o 
objetivo de aferir o quanto crianças e adolescentes estão fazendo 
exercícios físicos, o estudo mostrou que elas estão muito seden-
tárias. Em 75% das nações participantes, o nível de atividade física 
praticado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado 
para garantir um crescimento saudável e um envelhecimento de 
qualidade — com bom condicionamento físico, músculos e esque-
letos fortes e funções cognitivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria 
dos países tirou nota “D”.
Função Emotiva
Caracterizada pela subjetividade com o objetivo de emocionar. 
É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa-
gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento.
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz que 
empregamos, etc., transmitimos
uma imagem nossa, não raro in-
conscientemente.
Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utili-
zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
quele que fala.
Exemplo: Nós te amamos!
Função Conativa
A função conativa ou apelativa é caracterizada por uma lingua-
gem persuasiva com a finalidade de convencer o leitor. Por isso, o 
grande foco é no receptor da mensagem.
Trata-se de uma função muito utilizada nas propagandas, pu-
blicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por 
meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
ceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do 
vocativo.
Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com 
a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam de ma-
neira bastante sutil, com tentações e seduções, como os anúncios 
publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos 
certos produtos. 
Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos, 
que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta-
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza-
dos, que se deixam conduzir sem questionar.
Exemplos: Só amanhã, não perca!
Vote em mim!
Função Poética
Esta função é característica das obras literárias que possui 
como marca a utilização do sentido conotativo das palavras.
Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será 
transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das 
figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica-
tivo é a mensagem.
A função poética não pertence somente aos textos literários. 
Podemos encontrar a função poética também na publicidade ou 
nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas 
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
LÍNGUA PORTUGUESA
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Exemplo: 
“Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...”
(Cecília Meireles)
Função Fática
A função fática tem como principal objetivo estabelecer um ca-
nal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a 
transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua continuação. 
A ênfase dada ao canal comunicativo.
Esse tipo de função é muito utilizado nos diálogos, por exem-
plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele-
fone, etc.
Exemplo:
-- Calor, não é!?
-- Sim! Li na previsão que iria chover.
-- Pois é...
Função Metalinguística
É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua-
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um 
código utilizando o próprio código.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem des-
taque são as gramáticas e os dicionários.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do-
cumentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema 
são alguns exemplos.
Exemplo:
Amizade s.f.: 1. sentimento de grande afeição, simpatia, apreço 
entre pessoas ou entidades. “sentia-se feliz com a amizade do seu 
mestre”
2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada. 
“é uma de suas amizades fiéis”
ELEMENTOS DOS ATOS DE COMUNICAÇÃO
Dentro do processo de comunicação existem alguns fatores 
que são imprescindíveis de serem citados como elementos da co-
municação, que são: 
Emissor: é a pessoa, ou qualquer ser capaz de produzir e trans-
mitir uma mensagem.
Receptor: é a pessoa, ou qualquer ser capaz de receber e inter-
pretar essa mensagem transmitida. 
Codificar: é transformar, num código conhecido, a intenção da 
comunicação ou elaborar um sistema de signos, ou seja, é interpre-
tar a mensagem transmitida para a sua correta compreensão.
Descodificar: Decifrar a mensagem, operação que depende do 
repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa.
Mensagem: trata-se do conteúdo que será transmitido, as in-
formações que serão transmitidas ao receptor, ou seja, é qualquer 
coisa que o emissor envie com a finalidade de passar informações.
Código: é o modo como a mensagem é transmitida (escrita, 
fala, gestos, etc.)
Canal: é a fonte de transmissão da mensagem, ou o meio de 
comunicação utilizado (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.)
Contexto: é a situação que estão envolvidos o emissor e recep-
tor.
Ruído: são os elementos que interferem na compreensão da 
mensagem que está sendo transmitida, podem ser ocasionados 
pelo ambiente interno ou externo. Podem ser tanto os barulhos de 
uma maneira geral, uma palavra escrita incorretamente, uma dor 
de cabeça por parte do emissor como do receptor, uma distração, 
um problema pessoal, gírias, neologismos, estrangeirismos, etc., 
podem interferir no perfeito entendimento da comunicação. 
Linguagem verbal: as dificuldades de comunicação ocorrem 
quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade 
de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas 
nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e 
interpretar as palavras). 
Linguagem não-verbal: as pessoas não se comunicam apenas 
por palavras, os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olha-
res, e a entonação são também importantes (são os elementos não 
verbais da comunicação).
Retroalimentação ou Feedback: é o processo onde ocorre a 
confirmação do entendimento ou compreensão do que foi transmi-
tido na comunicação.
Macromodelo do Processo de Comunicação
Fonte: Kotler e Keller, 2012.
Em resumo, a comunicação é um processo pelo qual a infor-
mação é codificada e transmitida por um emissor a um receptor 
por meio de um canal, ela é, portanto, um processo pelo qual nós 
atribuímos e transmitimos significado a uma tentativa de criar en-
tendimento compartilhado.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas 
menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: 
– radical e raiz;
– vogal temática;
– tema;
– desinências;
– afixos;
– vogais e consoantes de ligação.
Radical: Elemento que contém a base de significação do vo-
cábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.
Dividem-se em:
Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna.
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.
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Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos
Exemplos
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.
Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr
2ª conjugação: – E – fazEr
3ª conjugação: – I – sumIr
Observação
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica oposição masculino/feminino.
Exemplos
livrO, dentE, paletó.
Tema: União do radical e a vogal temática.
Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia.
Exemplos
chaLeira, cafeZal.
Afixos
Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Dividem-se 
em:
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical.
Exemplos
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.
Visão geral: a formação de palavras que integram o léxico da língua baseia-se em dois principais processos morfológicos (combinação 
de morfemas): a derivação e a composição.
Derivação: é a formação de uma nova palavra (palavra derivada) com base em uma outra que já existe na língua (palavra primitiva ou 
radical). 
1 – Prefixal por prefixação: um prefixo ou mais são adicionados à palavra primitiva.
PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA PALAVRA DERIVADA
inf fiel infiel
sobre carga sobrecarga
2 – Sufixal ou por sufixação: é a adição de sufixo à palavra primitiva. 
PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA
gol leiro goleiro
feliz mente felizmente
3 – Prefixal
e sufixal: nesse tipo, a presença do prefixo ou do sufixo à palavra primitiva já é o suficiente para formação de uma nova 
palavra.
PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA
inf feliz – Infeliz
– feliz mente Felizmente
des igual – desigual
– igual dade igualdade
LÍNGUA PORTUGUESA
3030
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4 – Parassintética: também consiste na adição de prefixo e sufixo à palavra primitiva, porém, diferentemente do tipo anterior, para 
existência da nova palavra, ambos os acréscimos são obrigatórios. Esse processo parte de substantivos e adjetivos para originar um verbo. 
PREFIXO PALAVRA PRIMITIVA SUFIXO PALAVRA DERIVADA
em pobre cer empobrecer
em trist ecer estristecer
5 – Regressiva: é a remoção da parte final de uma palavra primitiva para, dessa forma, obter uma palavra derivada. Esse origina 
substantivos a partir de formas verbais que expressam uma ação. Essas novas palavras recebem o nome de deverbais. Tal composição 
ocorre a partir da substituição da terminação verbal formada pela vogal temática + desinência de infinitivo (“–ar” ou “–er”) por uma das 
vogais temáticas nominais (-a, -e,-o).”
VERBO RADICAL DESINÊNCIA VOGAL TEMÁTICA SUBSTANTIVO
debater debat er e debate
sustentar sustent ar o sustento
vender vend er a venda
6 – Imprópria (ou conversão): é o processo que resulta na mudança da classe gramatical de uma palavra primitiva, mas não modifica 
sua forma. Exemplo: a palavra jantar pode ser um verbo na frase “Convidaram-me para jantar”, mas também pode ser um substantivo na 
frase “O jantar estava maravilhoso”. 
Composição: é o processo de formação de palavra a partir da junção de dois ou mais radicais. A composição pode se realizar por 
justaposição ou por aglutinação. 
– Justaposição: na junção, não há modificação dos radicais. Exemplo: passa + tempo - passatempo; gira + sol = girassol. 
– Aglutinação: existe alteração dos radicais na sua junção. Exemplo: em + boa + hora = embora; desta + arte = destarte. 
FORMAS DE ABREVIAÇÃO
Abreviatura
Existem algumas regras para abreviar as palavras, porém a maioria das abreviaturas que ganham o gosto do público são aquelas que, 
mesmo sem seguir as regras preditas pela gramática, são usuais, práticas. Vejamos algumas regras para se fazer uma abreviatura da ma-
neira correta (prevista na gramática).
Quando usar:
Quando há necessidade de redução de espaço em títulos, legendas, tabelas, gráficos, infográficos, creditagem de TV e crawl.
Mesmo assim, é necessário ter cuidado para que o uso de abreviaturas não prejudique a compreensão. 
Regra Geral: primeira sílaba da palavra + a primeira letra da sílaba seguinte + ponto abreviativo. Exemplos: adj. (adjetivo), num. (nu-
meral).
Outras Regras:
As abreviaturas devem ser acentuadas quando o acento gráfico ocorrer antes do ponto abreviativo.
Exemplos:
– técnicas → téc.
– páginas → pág.
– século → séc.
Nunca se deve cortar a palavra numa vogal, sempre na consoante. Caso a primeira letra da segunda sílaba seja vogal, escreve-se até 
a consoante.
Se a palavra tiver acento na primeira sílaba, ele é conservado.
núm. (número)
lóg. (lógica)
Caso a segunda sílaba se inicie por duas consoantes, utiliza-se as duas na abreviatura.
Constr. (construção)
Secr. (secretário)
LÍNGUA PORTUGUESA
31
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O ponto abreviativo também serve como ponto final, sendo as-
sim, se a abreviatura estiver no final da frase, não há necessidade 
de se utilizar outro ponto. Ex: Comprei frutas, verduras, legumes, 
etc.
 Alguns gramáticos não admitem que as flexões sejam marca-
das na abreviatura.
Profª (professora)
Págs. (páginas)
Algumas palavras, mesmo não seguindo as regras descritas aci-
ma, são aceitas pela gramática normativa, é o caso de:
a.C. ou A.C. (antes de Cristo)
ap. ou apto. (apartamento)
bel. (bacharel)
cel. (coronel)
Cia. (Companhia)
cx. (caixa)
D. (Dom, Dona)
Ilmo. (Ilustríssimo)
Ltda. (Limitada)
p. ou pág. (página) e pp. Págs. (páginas)
pg. (pago)
vv. (versos, versículos)
Mesmo sabendo que estas siglas são permitidas e reconheci-
das pela gramática, ao escrevermos textos oficiais, artigos, traba-
lhos, redações, não devemos utilizá-las abusivamente, pois acabará 
atrapalhando a clareza da comunicação. Em textos informais, no en-
tanto, não há nenhuma restrição, a abreviatura pode ser utilizada 
quando quisermos.
Símbolos
O desenvolvimento científico e tecnológico exigiu medições 
cada vez mais precisas e diversificadas. Por essa razão, o Sistema 
Métrico Decimal acabou sendo substituído pelo Sistema Internacio-
nal de Unidades - SI, adotado também no Brasil a partir de 1962.
As unidades SI podem ser escritas por seus nomes ou repre-
sentadas por meio de SÍMBOLOS, um sinal convencional e invari-
ável utilizado para facilitar e universalizar a escrita e a leitura das 
unidades SI.
Lembre-se de que os símbolos que representam as unidades SI 
não são abreviaturas; por isso mesmo não são seguidos de ponto, 
não têm plural nem podem ser grafados como expoentes.
Abreviaturas e símbolos mais usados
etc. Etcetera Usa-se com ponto.A vírgula antes é facultativa
KB
GB
MB
kilobyte
gigabyte
megabyte
KW
MW
GW
quilowatt
megawatt
gigawatt
h
min
s
hora
minuto
segundo
Não têm ponto nem plural
kg
l
quilograma
litro Sem ponto, sem plural
Hz
KHz
MHz
GHz
hertz
quilo-hertz
mega-hertz
giga-hertz
mi
bi
tri
milhão
bilhão
trilhão
Só são usadas para valores 
monetários.
m
km
metro
quilômetro
m²
km²
metro quadrado
quilômetro qua-
drado
Ltda. limitada
jan., fev.
mar., 
abr.
mai., 
jun.
jul., ago.
set., out.
nov., 
dez.
Com todas as letras em
caixa alta, use sem ponto:
JAN, FEV, OUT
pág. página Mantém-se o acentoPlural: págs.
S.A. sociedade anônima Plural: S.As.
TV
Tevê também pode ser usado.
Para emissoras, use apenas TV.
Não use tv ou Tv
Sigla
As siglas são a junção das letras iniciais de um termo composto 
por mais de uma palavra:
P.S. (pós escrito = escrito depois)
S.A. (Sociedade Anônima)
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Se a sigla tiver até três letras, ou se todas as letras forem pro-
nunciadas individualmente, todas ficam maiúsculas.
MEC, USP, PM, INSS.
Porém, se a sigla tiver a partir de quatro letras, e nem todas 
forem pronunciadas separadamente, apenas a primeira letra será 
maiúscula, e as demais minúsculas:
Embrapa, Detran, Unesco.
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CLASSES DE PALAVRAS; OS ASPECTOS MORFOLÓGICOS, SINTÁTICOS, SEMÂNTICOS E TEXTUAIS DE SUBSTANTIVOS, ADJETI-
VOS, ARTIGOS, NUMERAIS, PRONOMES, VERBOS, ADVÉRBIOS, CONJUNÇÕES E INTERJEIÇÕES
— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa 
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe 
gramatical. 
— Artigo 
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero. 
A classificação dos artigos 
Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por 
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não 
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:
NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS
Singular Um Uma Preciso de um pedreiro.Vi uma moça em frente à casa.
Plural Umas Umas Localizei uns documentos antigos.Joguei fora umas coisas velhas.
Outras funções do artigo 
Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do 
artigo. Observe: 
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor
de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado. 
Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de 
posse. Por exemplo: 
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.
Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor 
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e 
“aproximadamente. Observe: 
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.” 
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.” 
Contração de artigos com preposições
Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo 
ocorre: 
PREPOSIÇÃO
de em a per/por
ARTIGOS
DEFINIDOS
masculino
singular o do no ao pelo
plural os dos nos aos pelos
feminino
singular a da na à pela
plural as das nas às pelas
ARTIGOS
 INDEFINIDOS
masculino
singular um dum num
plural uns duns nuns
feminino
singular uma duma numa
plural umas dumas numas
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33
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— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, 
qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os 
substantivos se subdividem em: 
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que 
nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) 
ou lugares (São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na 
sua generalidade (garoto, caneta, cachorro). 
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, 
é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra 
palavra, é substantivo derivado (carruagem, planetário). 
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres 
reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que 
nomeiam sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos. 
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres 
pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de 
gado), constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de 
cães). 
— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar 
o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma 
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade 
ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que 
quer que seja nomeado.
Os tipos de adjetivos 
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples 
(bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um 
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-
limão). 
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é 
primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo, 
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: 
substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo 
lamentável). 
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou 
origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino). 
O gênero dos adjetivos 
Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, 
isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” / 
“Ana é uma amiga leal.” 
Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que 
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina 
travessa”. 
O número dos adjetivos 
Por concordarem com o número do substantivo a que se 
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, 
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa 
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos 
formosos.
O grau dos adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo 
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades).
Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom quanto 
o anterior.” 
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do 
que Luciana.” 
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento 
do que a equipe.” 
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, 
podendo ser: 
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” 
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.” 
Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: 
– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” 
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.” 
Pronome adjetivo 
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses 
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim, 
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer 
concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é 
a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o 
substantivo comum professora). 
Locução adjetiva 
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras, 
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente, 
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio.
Exemplos: 
– Criaturas da noite (criaturas noturnas). 
– Paixão sem freio (paixão desenfreada). 
– Associação de comércios (associação comercial). 
— Verbo
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo, 
fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em: 
Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não 
têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do 
verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação), 
“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação). Observe 
o exemplo do verbo “nutrir”:
– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu 
significado). 
– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e, 
tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular 
ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo 
(pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse 
no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações, 
tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro; 
tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem. 
– Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos 
regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou 
têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma. 
Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito 
do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos; 
vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda 
conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar 
duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer 
fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo 
seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram. 
LÍNGUA PORTUGUESA
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— Pronome 
O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto 
e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo ou 
acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em: 
pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e relativos. 
Pronomes pessoais 
Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso (pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto 
(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos (atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe 
um correspondente oblíquo.
CASO RETO CASO OBLÍQUO
Eu Me, mim, comigo.
Tu Te, ti, contigo.
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Nós Nos, conosco.
Vós Vos, convosco.
Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.
Observe os exemplos: 
– Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível é do caso reto. Quem vai se
casar? Maria. 
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno. 
Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto. 
Pronomes possessivos 
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.
PESSOA DO DISCURSO PRONOME
1a pessoa – Eu Meu, minha, meus, minhas
2a pessoa – Tu Teu, tua, teus, tuas
3a pessoa– Seu, sua, seus, suas
Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).
Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a 
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de 
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual 
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser 
usados em 3a pessoa.
PRONOME USO ABREVIAÇÕES
Você situações informais V./VV
Senhor (es) e Senhora (s) pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
Vossa Excelência altas autoridades, como Presidente da República, senadores, deputados, embaixadores V. Ex.
a/ V. Ex.as
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome 
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.
PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO
1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.
Observe os exemplos: 
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.” 
Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes 
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se 
sabe de qual convidado se trata. 
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se 
trata. 
Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.
Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para 
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se 
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”). 
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente 
(“problemas”).
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS
VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.
Pronomes interrogativos 
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos: 
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta) 
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)
CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS
VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.
 — Advérbio 
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou 
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo, 
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:
LÍNGUA PORTUGUESA
3636
a solução para o seu concurso!
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CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS
ADVÉRBIO DE MODO
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, 
devagar.
Grande parte das palavras terminam 
em “-mente”, como cuidadosamente, 
calmamente, tristemente.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
“Andou depressa por causa da chuva”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás.
“O carro está fora.”
“Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
ADVÉRBIO DE TEMPO Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, nunca, cedo e tarde.
“Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
“Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto.
“Eles formam um casal tão bonito!”
“Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO
Sim e decerto e palavras afirmativas com o 
sufixo “-mente” (certamente, realmente). 
Palavras como claro e positivo, podem ser 
advérbio, dependendo do contexto.
“Decerto passaram por aqui”
“Claro que irei!”
“Entendi, sim.”
ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO
Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, 
nunca, jamais, entre outras, podem ser 
advérbio de negação, conforme o contexto.
“Jamais reatarei meu namoro com ele.”
“Sequer pensou para falar.”
“Não pediu ajuda.”
ADVÉRBIO DE DÚVIDA
Talvez, quiçá, porventura e palavras que 
expressem dúvida acrescidas do sufixo 
“-mente”, como possivelmente.
“Quiçá seremos recebidas.”
“Provavelmente sairei mais cedo.”
“Talvez eu saia cedo.”
ADVÉRBIO DE 
INTERROGAÇÃO
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. 
Esse advérbio pode indicar circunstâncias de 
modo, tempo, lugar e causa. É usado somente 
em frases interrogativas diretas ou indiretas.
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa direta, 
que indica causa)
“Quando posso sair?” (oração interrogativa direta, que 
indica tempo)
“Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).
— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso, 
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos 
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras 
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão 
ao enunciado. 
Conjunções coordenativas: observe o exemplo: 
“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”
 
No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações
em um mesmo período: além 
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que, 
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as 
relaciona, como coordenativa. 
Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:
“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”
Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido 
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração 
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.
Classificação das conjunções
Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções 
possuem subdivisões.
LÍNGUA PORTUGUESA
37
a solução para o seu concurso!
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Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o 
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:
CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
Conjunções coordenativas 
aditivas
Estabelecer relação de adição (positiva 
ou negativa). As principais conjunções 
coordenativas aditivas são “e”, “nem” e 
“também”.
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” / 
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai 
chegar.”
Conjunções coordenativas
adversativas
Estabelecer relação de oposição. As principais 
conjunções coordenativas adversativas 
são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, 
“entretanto”.
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto, 
estava nervoso na prova.”
Conjunções coordenativas
alternativas
Estabelecer relação de alternância. As principais 
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, 
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
“Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” / 
“Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar 
de país.”
Conjunções coordenativas
conclusivas
Estabelecer relação de conclusão. As principais 
conjunções coordenativas conclusivas são 
“portanto”, “então”, “assim”, “logo”.
“Não era bem remunerada, então decidi trocar de 
emprego.” / 
“Penso, logo existo.”
Conjunções coordenativas
explicativas
Estabelecer relação de explicação. As principais 
conjunções coordenativas explicativas são 
“porque”, “pois”, “porquanto”.
“Quisemos viajar porque não conseguiríamos 
descansar aqui em casa.” / 
“Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”
Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser 
de dois subtipos: 
1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, 
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos: 
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.” 
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.” 
2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração 
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo: 
CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS
Conjunções Integrantes
São empregadas para introduzir a oração que 
cumpre a função de sujeito, objeto direito, 
objeto indireto, predicativo, complemento 
nominal ou aposto de outra oração.
Que e se. Analise: 
“É obrigatório que o senhor compareça na data 
agendada.” e 
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas
causais
Introduzem uma oração subordinada que 
denota causa.
Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto 
que, que, porquanto.
Conjunções subornativas
conformativas
Estabelecer relação de alternância. As principais 
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, 
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Conforme, segundo, como, consoante.
Conjunções subornativas
condicionais
Introduzem uma oração subordinada em que 
é indicada uma hipótese ou uma condição 
necessária para que seja realizada ou não o fato 
principal.
Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado 
que, a menos que, a não ser que.
Conjunções subornativas
comparativas
Introduzem uma oração que expressa uma 
comparação.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas 
de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois 
de tanto. Como, assim como, como se, bem como, 
que nem.
Conjunções subornativas
concessivas
Indicam uma oração em que se admite um 
fato contrário à ação principal, mas incapaz de 
impedí-la.
Por mais que, por menos que, apesar de que, 
embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem 
que.
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3838
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Conjunções subornativas
proporcionais
Introduzem uma oração, cujos acontecimentos 
são simultâneos, concomitantes, ou seja, 
ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles 
contidos na outra oração.
À proporção que, ao passo que, à medida que, à 
proporção que.
Conjunções subornativas
temporais
Introduzem uma oração subordinada indicadora 
de circunstância de tempo.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas 
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal, 
quando.
Conjunções subornativas
consecutivas
Introduzem uma oração na qual é indicada a 
consequência do que foi declarado na oração 
anterior.
Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida 
pelo que em outra oração). De maneira que, de 
forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas
finais
Introduzem uma oração indicando a finalidade 
da oração principal. A fim de que, para que.
— Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência. Os 
numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, quarto) e multiplicativos 
(dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, que tem três principais finalidades: 
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os 
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10 (Parágrafo 10). 
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do primeiro 
dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto. 
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo 
utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis). 
Os tipos de numerais 
Cardinais: são os números em sua forma fundamental e exprimem quantidades.
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil. 
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, quinhentos/quinhentas). 
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante. 
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste, 
mas os dois/ambos foram reprovados. 
Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de 
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos. 
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/primeira, primeiros/
primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas. 
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. Exemplo: A carne de segunda está na promoção.
Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. Exemplos: meio 
ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três quartos (¾), 1/12 avos. 
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de leite, 
meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo. 
Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma 
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo. 
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número e 
gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios, duplos sentidos. 
Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12 unidades). 
– Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas. 
— Preposição 
Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e advérbios) 
exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado, as preposições não 
possuem significado próprio se isoladas no discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe gramatical dependente, ou 
seja, sua função gramatical (organização e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que gera significado e sentido, 
esteja presente, possui um valor menor.
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Classificação das preposições 
Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua 
propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a, 
antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, 
por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem, 
sob, sobre, trás.
Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em 
ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo 
preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades 
linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas 
conforme o contexto. 
Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei 
o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma 
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se 
que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao 
valor estrutural (gramática).
Classificação das preposições 
Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não 
apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto, 
podem assumir essa atribuição. São elas: afora, como, conforme, 
durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre 
outras.
Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do 
suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que, 
normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao 
ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental, 
por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”. 
Locuções prepositivas 
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e 
emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas 
são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da 
preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções 
prepositivas. 
abaixo de de acordo junto a
acerca de debaixo de junto de
acima de de modo a não obstante
a fim de dentro de para com
à frente de diante de por debaixo de
antes de embaixo de por cima de
a respeito de em cima de por dentro de
atrás de em frente de por detrás de
através de em razão de quanto a
com respeito a fora de sem embargo de
— Interjeição 
É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que 
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma 
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., 
por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades 
autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais 
elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas 
também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do 
interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como: 
– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras 
que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de 
mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”. 
– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!” 
– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!» 
Os tipos de interjeição
De acordo com as reações que expressam, as interjeições 
podem ser de:
ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!”
ALÍVIO “Ah!, “Ufa!”
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!”
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!”
DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!”
DESEJO “Tomara!”
DOR “Ai!”, “Ui!”
DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!”
ESPANTO “Eita!”, “Ué!”
IMPACIÊNCIA 
(FRUSTRAÇÃO) “Puxa!”
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!”
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!”
SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!”
OS MODALIZADORES. SEMÂNTICA: SENTIDO PRÓPRIO E 
FIGURADO; ANTÔNIMOS, SINÔNIMOS, PARÔNIMOS E HI-
PERÔNIMOS. POLISSEMIA E AMBIGUIDADE
Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo 
da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das 
palavras e também às relações de sentido estabelecidas entre elas.
Denotação e conotação 
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das 
palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das 
palavras. Exemplos: 
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.” 
No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro 
sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a 
palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma 
de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano. 
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4040
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Hiperonímia e hiponímia
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, 
palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um 
hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito.
Exemplos: 
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.
Polissemia e monossemia 
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra 
apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o 
contexto em que ocorre. A monossemia indica que determinadas 
palavras apresentam apenas um significado. Exemplos: 
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma 
ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida. 
– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não 
tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. 
 
Sinonímia e antonímia 
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem 
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados 
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras 
expressam proximidade e contrariedade.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = 
veloz. 
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x 
atrasado.
Homonímia e paronímia 
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras 
apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de 
sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas 
distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças 
gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). 
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de 
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja 
os exemplos:
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo 
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). 
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar 
(definir o preço); arrochar (apertar
com força) e arroxar (tornar 
roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); 
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo 
chorar) . 
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e 
apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento 
(saudação).
OS DICIONÁRIOS: TIPOS
O dicionário é um livro que possui a explicação dos significados 
das palavras. As palavras são apresentadas em ordem alfabética. 
Alguns dicionários são ilustrados para facilitar a assimilação dos sig-
nificados das palavras.
Principais tipos de dicionários 
Existem também os dicionários de tradução de línguas, ou seja, 
aqueles destinados a mostrar os significados ou sinônimos das pa-
lavras em outra língua. Exemplo: Dicionário de português-inglês, 
português-italiano, português-espanhol.
Existem também os dicionários de termos técnicos, usados em 
áreas específicas do conhecimento. Num dicionário de medicina, 
por exemplo, são explicados os termos relacionados à área médica. 
Desta forma, existem os dicionários de eletrônica, mecânica, Biolo-
gia, informática, mitologia, etc.
Importância do uso 
O uso de dicionário é muito importante para os estudantes e 
profissionais de todas as áreas. Como é impossível conhecer o sig-
nificado de todas as palavras, o ideal é consultar o dicionário para 
ganhar vocabulário.
Dicionários modernos 
Com o avanço da informática e da internet, temos atualmente 
os chamados dicionários eletrônicos (em CD-ROMs) e os dicioná-
rios on-line (encontrados na Internet) ou em formato de aplicativos 
para smartphones.
Exemplos dos principais dicionários da Língua Portuguesa (edi-
tados no Brasil):
- Dicionário Aurélio
- Dicionário Houaiss
- Dicionário Michaelis
- Dicionário da Academia Brasileira de Letras
- Dicionário Aulete da Língua Portuguesa
- Dicionário Soares Amora da Língua Portuguesa
Organização do dicionário
1. Entrada
A entrada do verbete está em azul e, logo abaixo, há a indica-
ção da divisão silábica. 
abécédaire
a.bé.cé.daire
[ɑbesedɛʀ]
nm
abecedário.
abanador
a.ba.na.dor
[abanad′or]
sm
éventoir.
As remissões, introduzidas pela abreviatura V (ver / voir), indi-
cam uma forma vocabular mais usual.
ascaris
as.ca.ris
[askaʀis]
V ascaride.
desatencioso
de.sa.ten.ci.o.so
[dezatẽsj′ozu]
V desatento.
Os verbos essencialmente pronominais encontram-se na entra-
da principal da seguinte maneira:
blottir (se)
blot.tir (se)
[blɔtiʀ]
vpr
enroscar-se, aconchegar-se.
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ajoelhar-se
a.jo.e.lhar-se
[aʒoeλ′arsi]
vpr
s’agenouiller.
2. Transcrição fonética
A pronúncia figurada é representada entre colchetes. Veja ex-
plicações detalhadas na seção “Transcrição fonética” em “Como 
consultar”.
abeille
a.beille
[abɛj]
nf
ZOOL abelha.
abaixar
a.bai.xar
[abajʃ′ar]
vt+vpr
baisser.
3. Classe gramatical
É indicada por uma abreviatura. Entenda o que significa cada 
abreviatura deste dicionário na seção “Abreviaturas” em “Como 
consultar”. 
abolition
a.bo.li.tion
[abɔlisjɔ]̃
nf
abolição.
abatido
a.ba.ti.do
[abat′idu]
adj
abattu.
alimentar
a.li.men.tar
[alimẽt′ar]
vt+vpr
nourrir.
adj
alimentaire.
4. Área de conhecimento
É indicada por uma abreviatura. Entenda o que significa cada 
abreviatura deste dicionário na seção “Abreviaturas” em “Como 
consultar”. 
abdomen
ab.do.men
[abdɔmɛn]
nm
ANAT abdome, barriga.
abacate
a.ba.ca.te
[abak′ati]
sm
BOT avocat.
5. Tradução
Os diferentes sentidos de uma mesma palavra estão separados 
por algarismos em negrito. Os sinônimos reunidos num algarismo 
são separados por vírgulas.
administrer
ad.mi.nis.trer
[administʀe]
vt
1 administrar, gerir.
2 dar uma medicação.
3 aplicar um castigo.
alimento
a.li.men.to
[alim′ẽtu]
sm
1 nourriture.
2 denrée.
3 nourriture, victuaille, aliment.
pl
4 alimentos vivres.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Veja nota em vivre.
A tradução, na medida do possível, fornece os sinônimos na ou-
tra língua e, quando estes não existem, define ou explica o termo. 
docteur
doc.teur
[dɔktœʀ]
nm
1 doutor, médico.
2 doutor, pessoa que possui o maior grau universitário numa 
faculdade.
6. Exemplificação
Frases elucidativas usadas para esclarecer definições ou acep-
ções, são apresentadas em itálico. 
amorce
a.morce
[amɔʀs]
nf
1 isca.
2 início, começo, esboço: cette rencontre pourrait être l’amorce 
d’une négociation véritable / este encontro poderia ser o início de 
uma verdadeira negociação.
agitado
a.gi.ta.do
[aʒit′adu]
adj
agité: o doente passou uma noite agitada / le malade a passé 
une nuit agitée.
7. Formas irregulares
No final dos verbetes em português, numa seção denominada 
“Informações complementares”, registram-se plurais irregulares e 
plurais de substantivos compostos com hífen, além dos femininos e 
masculinos irregulares. 
açafrão
a.ça.frão
[asafr′ãw]
sm
BOT safran.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL açafrões.
micro-organismo
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4242
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mi.cro-or.ga.nis.mo
[mikroorgan′ismu]
sm
micro-organisme.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL micro-organismos.
No final dos verbetes em francês, numa seção denominada “In-
formações complementares”, são indicadas as terminação do femi-
nino e do plural, quando irregulares.
abattu
a.bat.tu
[abaty]
adj
1 abatido.
2 triste, decaído.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
-ue
abdominal
ab.do.mi.nal
[abdɔminal]
adj
abdominal.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
-aux, -ale
8. Expressões
No final do verbete, numa seção denominada “Expressões” são 
apresentadas expressões usuais em ordem alfabética.
accord
ac.cord
[akɔʀ]
nm
1 acordo, assentimento, concordância, pacto, trato.
2 MUS acorde.
EXPRESSÕES
d’accord de acordo, sim, o.k.
donner son accord dar autorização, permissão.
mettre d’accord conciliar.
tomber d’accord concordar, chegar a um acordo.
acaso
a.ca.so
[ak′azu]
sm
hasard
EXPRESSÕES
por acaso par hasard.
Fonte: michaelis.uol.com.br
A ORGANIZAÇÃO DE VERBETES
Organização do verbete
A cabeça de verbete, também conhecida como entrada de ver-
bete, constitui-se de uma palavra simples, uma palavra composta 
por hífen, uma locução, uma sigla, um símbolo ou uma abreviatura. 
Ela está destacada na cor azul. 
daltonismo
dal·to·nis·mo
sm
MED Incapacidade congênita para distinguir certas cores, prin-
cipalmente o vermelho e o verde, que geralmente afeta indivíduos 
do sexo masculino.
ETIMOLOGIA
der do np Dalton+ismo, como fr daltonisme.
pão-durismo
pão-du·ris·mo
sm
COLOQ Qualidade ou característica do que é pão-duro ou sovi-
na; avareza, sovinice.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL: pão-durismos.
ETIMOLOGIA
der de pão-duro+ismo.
piña colada
[ˈpiña koˈlada]
loc subst
Coquetel preparado com rum, leite de coco, suco de abacaxi 
e gelo.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL: piña coladas.
ETIMOLOGIA
esp.
OAB
Sigla de Ordem dos Advogados do Brasil.
°C
FÍS, METEOR Símbolo de grau Celsius.
d.C.
Abreviatura de depois de Cristo.
Logo após a cabeça de verbete, há a indicação da divisão si-
lábica assinalada por um ponto, com a separação das vogais dos 
ditongos (crescentes e decrescentes).
dedicatória
de·di·ca·tó·ri·a
sf
Palavras afetuosas, escritas principalmente em livros, fotos, 
CDs ou outro objeto artístico, dedicadas a alguém; dedicação.
ETIMOLOGIA
fem de dedicatório, como fr dédicatoire.
As siglas aparecem com letras maiúsculas, mas aquelas que fo-
ram cristalizadas apenas com a inicial maiúscula estão no dicionário 
respeitando essa forma; já os símbolos científicos aparecem com 
inicial maiúscula ou minúscula.
ONU
Sigla de Organização das Nações Unidas.
Unesco
Sigla do inglês United Nations Educational, Scientific and Cultu-
ral Organization (Organização das Nações Unidas para a Educação, 
Ciência e Cultura).
Os substantivos que denominam seres sagrados (Buda, Deus 
etc.), seres mitológicos (Diana, Zeus etc.), astros (Marte, Terra etc.), 
festas religiosas (Natal, Páscoa etc.) e pontos cardeais que indicam 
regiões são grafados com inicial minúscula e com a informação 
“[com inicial maiúscula]”.
buda
bu·da
sm
FILOS, REL
LÍNGUA PORTUGUESA
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1 [com inicial maiúscula ] Título dado pelos seguidores do bu-
dismo a quem alcançou um nível superior de entendimento e che-
gou à plenitude da condição humana por meio da libertação dos 
desejos e da dissolução da ilusão produzida por estes. O título se 
refere especialmente a Siddharta Gautama (563-483 a.C.), o maior 
de todos os budas e o real fundador do budismo: “E, por fim, can-
sados, sentaram-se num banco de pedra próximo a uma imagem de 
Buda e foram invadidos pela paz” (CV2).
2 Representação de Siddharta Gautama, geralmente em forma 
de estátua ou estatueta: Suspende o buda de porcelana e o coloca 
com cuidado sobre a cômoda.
ETIMOLOGIA
sânscr Buddha.
natal
na·tal
adj m+f
1 Relativo ao nascimento; natalício.
2 Em que ocorre o nascimento; natalício.
sm
1 Dia do nascimento; natalício.
2 REL [com inicial maiúscula ] O dia de nascimento de Jesus 
Cristo, comemorado em 25 de dezembro.
3 MÚS Cântico medieval executado por ocasião das festas na-
talinas.
ETIMOLOGIA
lat natalis.
As palavras homógrafas que possuem etimologias próprias são 
registradas como entradas diferentes, com número sobrescrito, ou 
alceado.
cabana 1
ca·ba·na
sf
Pequena habitação rústica, geralmente construída de madeira 
e coberta de colmo; barraca, choupana.
ETIMOLOGIA
lat capannam, como esp cabaña.
cabana 2
ca·ba·na
sf
AERON Conjunto de cabos usado como contravento em asas 
de avião.
ETIMOLOGIA
ingl cabane
As formas do feminino só apresentam entradas autônomas 
quando há acepções diferentes daquela da mera indicação de gê-
nero.
nora 1
no·ra
sf
A mulher do filho em relação aos pais dele.
ETIMOLOGIA
lat vulg *nuram.
nora 2
no·ra
sf
Engenho de tirar água de poços, cisternas etc.; sarilho.
ETIMOLOGIA
ár nāᶜūrah, como esp noria.
Os verbetes que se referem a marcas registradas são indicados 
por meio do símbolo ®, grafado logo após a cabeça de verbete.
teflon®
te·flon
sm
[com inicial maiúscula ] Marca registrada do produto comercial 
feito com politetrafluoretileno.
ETIMOLOGIA
marca Teflon.
As palavras estrangeiras que integram este dicionário são gra-
fadas em itálico e não trazem divisão silábica. A transcrição fonéti-
ca, logo após a cabeça de verbete, sempre entre colchetes, indica a 
pronúncia da palavra na língua de origem.
NOTA: Entenda todos os símbolos fonéticos utilizados neste di-
cionário na seção “Transcrição fonética” em “Como consultar”.
mailing
[ˈmeɪlɪŋ]
sm
Relação de mensagens eletrônicas recebidas por meio de rede 
de computadores.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL: mailings.
ETIMOLOGIA
ingl.
Os estrangeirismos que no idioma original são grafados com 
inicial maiúscula, como, por exemplo, os substantivos da língua ale-
mã, são registrados neste dicionário com inicial minúscula pois as-
sim são usados na língua portuguesa.
blitz
[bliːtz]
sf
1 HIST, MIL Ataque aéreo relâmpago e inesperado.
2 Batida policial inesperada, com grande número de policiais 
armados: “Foi então que vimos a blitz: dois carros da polícia com 
aquelas luzes giratórias acionadas, os cones estreitando a pista, al-
guns carros e motos parados no acostamento e vários policiais em 
volta deles” (LA3).
3 Mobilização de improviso, de caráter fiscalizador, a fim de 
combater qualquer tipo de infração: “– Se algum vidro for quebra-
do, se alguma parede for derrubada, se alguém se machucar, se a 
polícia der uma blitz e apreender drogas ou drogados” (TB1).
4 FUT Ataque em massa; sucessão de ataques.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL: blitze.
ETIMOLOGIA
alem Blitz.
A rubrica, sempre destacada no verbete e geralmente abrevia-
da, refere-se às categorias gramaticais (substantivo, adjetivo, pro-
nome etc.), às áreas de conhecimento (botânica, medicina etc.), aos 
regionalismos (Nordeste, Sul etc.) e aos níveis de linguagem (colo-
quialismo, vulgarismo, gíria etc.).
NOTA: Entenda o que significa cada abreviatura na seção “Abre-
viaturas” em “Como consultar”.
chapadeiro
cha·pa·dei·ro
sm
1 Habitante das chapadas; caipira, matuto.
2 Terreno irregular e árido de certas chapadas.
3 REG (MG) Vvaqueiro, acepção 1.
4 REG (MG) Nome de uma raça bovina.
ETIMOLOGIA
der de chapada+eiro.
LÍNGUA PORTUGUESA
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rabanete
ra·ba·ne·te
sm
BOT
1 Planta herbácea ( Raphanus sativus), da família das crucífe-
ras, de folhas denteadas, flores com veias amarelas e violeta e raiz 
branca ou vermelha; nabo-japonês, rábano, rábão.
2 A raiz carnosa dessa planta, de sabor picante, geralmente 
usada em saladas.
ETIMOLOGIA
der de rábano+ete.
fanchona
fan·cho·na
sf
PEJ, GÍR Mulher de aspecto e maneiras viris; virago.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
VAR: fanchonaça.
ETIMOLOGIA
fem de fanchão.
Registra-se, logo após a cabeça de verbete, a categoria grama-
tical.
eclampsia
e·clamp·si·a
sf
MED Afecção que ocorre em geral no final do período de gravi-
dez, caracterizada por convulsões associadas à hipertensão.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
VAR: eclampse, eclâmpsia.
EXPRESSÕES
Eclampsia puerperal: convulsões e coma associados com hiper-
tensão, edema ou proteinúria que podem ocorrer em paciente após 
o parto.
ETIMOLOGIA
der do gr éklampsis+ia1, como fr éclampsie.
ilegal
i·le·gal
adj m+f
Que contraria os preceitos ou as determinações da lei; sem le-
gitimidade jurídica; ilícito.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
ANTÔN: legal.
ETIMOLOGIA
voc comp do lat in2-+legal, como fr illégal.
barbear
bar·be·ar
vtd e vpr
1 Fazer ou aparar as barbas de: Barbeou o pai doente, pouco 
antes de sua morte. “[…] não pudera barbear-se sequer, dizia en-
quanto ela retirava o chapéu guardando cuidadosamente os gram-
pos” (CL).
vtd
2 ART GRÁF Cortar as barbas de livro, papel etc.; aparar.
vtd e vint
3 Passar com uma embarcação muito próximo de outra ou do 
cais; fazer a barba.
ETIMOLOGIA
der de barba+ear, como esp.
cromado
cro·ma·do
adj
1 Que tem cromo.
2 Revestido de cromo.
sm
Parte ou acessório cromado de um veículo automotor.
ETIMOLOGIA
der de cromo+ado, como fr chromé.
Os substantivos de gênero oscilante apresentam duplo regis-
tro, separados por barra (sm/sf).
personagem
per·so·na·gem
sm/sf
1 Pessoa que desfruta de atenção por suas qualidades, habili-
dades ou comportamento singular e diferenciado.
2 Cada um dos papéis que um ator ou atriz representa baseado 
em figuras humanas imaginadas por um autor: Ele já desempenhou 
várias personagens: um criminoso sádico, um herói trágico, um ban-
cário metódico etc.
3 POR EXT Figura humana criada por um autor de obra de fic-
ção: “A peça vivia esse ponto de crise, que um poeta chamou de 
tensão dionisíaca. Eis o que acontecera no palco: o personagem 
central, que passara, até então, por paralítico, ergue-se da cadeira 
de rodas. “‘– Não sou paralítico, nunca fui paralítico’, é ele próprio 
quem o diz” (NR).
4 Figura humana representada em diversas expressões artís-
ticas.
5 POR EXT O homem definido por seu papel social.
ETIMOLOGIA
fr personnage.
A rubrica referente à área de conhecimento, geralmente abre-
viada, é indicada antes das definições quando se aplica a todas elas.
labaça 1
la·ba·ça
sf
BOT
1 Arbusto ( Rumex conglomeratus) da família das poligonáceas, 
nativo do sul da Europa e do leste da Ásia; alabaça.
2 Erva ( Rumex obtusifolius) da família das poligonáceas, oriun-
da da Europa, muito usada por suas propriedades medicinais; laba-
ça-obtusa, labaçol.
ETIMOLOGIA
lat lapathia.
emoticon
[ɪˈməʊtɪkən]
sm
INTERNET Representação pictórica da expressão facial de uma 
pessoa, indicando estados emocionais (alegria, tristeza, espanto, 
zanga etc.), que é utilizada nos bate-papos e mensagens.
ETIMOLOGIA
ingl.
Quando ocorre mudança de área de conhecimento, a rubrica é 
indicada antes de cada acepção.
cravo 1
cra·vo
sm
1 BOT Flor do craveiro1, acepção 1.
2 BOT Vcraveiro 1, acepção 1.
3 BOT Botão da flor do craveiro-da-índia, que é usado no 
mundo todo como condimento e tem também usos medicinais e 
farmacêuticos, entre outros; africana, cravinho, cravo-aromático, 
LÍNGUA PORTUGUESA
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cravo-cabecinha, cravo-da-índia, cravo-da-terra-de-minas,
cravo-
-da-terra-de-são-paulo, cravo-de-cabeça, cravo-de-cabecinha, cra-
vo-giroflê, girofle, giroflê.
4 Prego quadrangular que se usa em ferraduras.
5 Prego com que os pés e as mãos dos suplicados eram fixados 
à cruz e ao ecúleo.
6 MED Calo profundo e doloroso que se localiza na planta do pé 
e tem forma semelhante a um cone.
7 MED Afecção do folículo sebáceo, causada pelo acúmulo de 
resíduos epiteliais; comedão.
8 Pessoa incômoda ou nociva; chato, importuno, inconvenien-
te.
9 Mau negócio; embuste, fraude, trapaça.
10 VET Tumor duro no casco das cavalgaduras.
11 Afecção do folículo pilossebáceo; ponto negro.
EXPRESSÕES
Dar uma no cravo e outra na ferradura, COLOQ: a) dar um golpe 
certo e outro errado; b) apoiar duas coisas que encerram contradi-
ção, em geral por maldade ou dissimulação.
ETIMOLOGIA
lat clavum, como esp clavo.
A mesma definição pode conter mais de uma rubrica referente 
à área de conhecimento.
crioidrato
cri·o·i·dra·to
sm
FÍS, QUÍM Eutético constituído por água e um sal.
ETIMOLOGIA
voc comp do gr krýos+hidrato, como ingl cryohydrate.
Há referência às vozes dos animais, no final do verbete, indi-
cando-se os verbos e os substantivos que se relacionam a elas.
canário
ca·ná·ri·o
adj sm
Vcanarino.
sm
1 ZOOL Pássaro canoro pequeno da família dos fringilídeos ( 
Serinus canaria), de plumagem geralmente amarela e canto melo-
dioso, originário das ilhas Canárias, da Madeira e dos Açores.
2 POR EXT Pessoa que canta bem.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
VOZ (acepção 1): canta, dobra, modula, trila, trina.
EXPRESSÕES
Canário de uma muda só, COLOQ: pessoa que anda todo o tem-
po com uma só roupa.
Canário sem muda, COLOQ: Vcanário de uma muda só.
ETIMOLOGIA
de Canárias, np, como esp canario.
Todos os comentários gramaticais são sempre mencionados 
entre colchetes.
certamente
cer·ta·men·te
adv
1 Com certeza, sem dúvida [usado como modificador de frase, 
indica grande probabilidade e pequeno grau de incerteza ] : “Tão 
determinado que, se alguém o olhasse mais atento, certamente 
perceberia alguma forma mais precisa nos movimentos” (CFA).
2 Com certeza, é claro, sim [usado como resposta afirmativa a 
uma solicitação ] : “[…] não é assim? … – Certamente, respondeu a 
mocinha, sem perturbar-se” (JMM).
ETIMOLOGIA
voc comp do fem de certo+mente.
A transitividade dos verbos é indicada em todas as acepções, 
antes dos números que as registram, já que os verbos podem exigir 
um ou mais complementos no sintagma verbal, a fim de formar um 
sentido completo.
excetuar
ex·ce·tu·ar
vtd
1 Fazer exceção de; pôr fora: Conhecia quase todos na festa, 
excetuando um ou outro convidado.
vtdi e vpr
2 Deixar(-se) de fora: Não excetuou nenhum parente de sua 
lista de convidados. Conseguiu excetuar-se da lista dos mais bagun-
ceiros da turma.
vtd
3 JUR Impugnar uma demanda por meio de exceção.
vint
4 JUR Propor uma exceção.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
VAR: exceptuar.
ANTÔN (acepção 1): incluir.
ETIMOLOGIA
der do lat exceptus+ar1.
Quando o verbo é essencialmente pronominal, usa-se a partí-
cula se na cabeça de verbete.
queixar-se
quei·xar-se
vpr
1 Manifestar lamúrias ou lamentações diante da dor física ou 
da mágoa; gemer, lastimar-se, reclamar: No enterro do marido, a 
viúva queixava-se aos prantos.
vpr
2 Manifestar desgosto ou desprazer; lamentar-se: “A cada dia, 
a Igreja, contudo, se queixa de que há menos vocações sacerdotais” 
(Z1).
vpr
3 Mostrar-se magoado ou ofendido: Queixa-se diante de tantas 
injustiças.
vpr
4 Denunciar algo de que foi vítima: “Se você quiser, vá queixar-
-se à polícia… Está no seu direito! Eu me explicarei em juízo!” (AA1).
vpr
5 Descrever estado físico ou moral: Ele se queixa de dores crô-
nicas no peito.
ETIMOLOGIA
lat vulg *quassiare, como esp quejar.
Os verbos irregulares, defectivos ou impessoais trazem essa in-
formação entre colchetes, no final do verbete.
cerzir
cer·zir
vtd e vint
1 Costurar ou remendar tecido rasgado ou esgarçado, com 
pontos miúdos, a fim de reconstituir sua trama original, sem deixar 
defeito: “Na barcaça […], apenas duas ou três mulheres catando su-
ruru, dois ou três pescadores cerzindo redes” (JU). “Foi pouco fogo. 
O buraco é pequeno, dá para cerzir invisível” (TM1).
vtd e vtdi
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2 Juntar, reunir ou incorporar alguma coisa a outra: A atitude 
do político perante as câmeras cerziu os piores comentários. O au-
tor cerziu o romance com textos picantes. [Verbo irregular. ]
ETIMOLOGIA
lat sarcire.
carpir
car·pir
vtd
1 ANT Arrancar (fios de barba ou de cabelo) em sinal de dor ou 
de sentimento.
vtd
2 Arrancar (erva daninha ou mato); capinar.
vtd
3 Expressar-se por meio de lamento; chorar, lamentar.
vtd e vpr
4 Lastimar(-se), prantear(-se).
vtd e vint
5 Expressar sons tristes e comoventes; sussurrar como que 
chorando.
vpr
6 Exprimir-se em tom de lamento; lamentar-se, prantear-se. 
[Verbo defectivo. ]
ETIMOLOGIA
lat carpĕre.
garoar
ga·ro·ar
vint Cair garoa, chuviscar: Ontem, garoou à noitinha. [Verbo 
impessoal.]
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
VAR: garuar.
ETIMOLOGIA
der de garoa1+ar1.
Quando uma unidade lexical tem sua definição em outro ver-
bete, por ser sinônimo ou não ser o termo preferencial, a remissão 
é indicada pela letra V (veja) seguida do verbete a consultar. Se a re-
missão refere-se a determinada acepção, esta também é indicada.
guri
gu·ri
sm
1 REG (RS) Vmenino, acepção 1.
2 BOT Vguriri.
3 ZOOL Denominação comum aos peixes teleósteos silurifor-
mes, da família dos ariídeos, encontrados em águas marinhas, com 
o corpo revestido de escamas grossas, que formam uma couraça, 
dotados de grandes barbilhões; uri.
ETIMOLOGIA
tupi wyrí, como esp.
No final do verbete, numa seção denominada “Informações 
complementares”, registram-se os sinônimos, os antônimos, as va-
riantes, os plurais, os femininos, os aumentativos e os diminutivos 
irregulares e os superlativos absolutos sintéticos. Às vezes essas 
formas (antônimo, sinônimo, plural etc.) podem referir-se apenas a 
uma acepção. Nesse caso, essa acepção é indicada.
molambento
mo·lam·ben·to
adj
Que está em farrapos; roto e sujo.
adj sm
Que ou aquele que se veste com farrapos.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
SIN: maltrapilho, molambudo, mulambudo.
VAR: mulambento.
ETIMOLOGIA
der de molambo+ento.
anorexia
a·no·re·xi·a
(cs)
sf
MED Falta ou perda de apetite.
EXPRESSÕES
Anorexia nervosa, MED, PSICOL: distúrbio nervoso grave, ca-
racterizado pelo medo obsessivo de engordar, fazendo com que a 
pessoa pare de se alimentar, fique desnutrida e tenha sua vida ame-
açada. Acomete especialmente mulheres, em geral entre 16 e 25 
anos, e provoca menstruação irregular, queda de peso repentina, 
palidez, atrofia dos músculos, recusa do organismo em ingerir ali-
mentos, insônia, diminuição ou ausência da libido etc. O tratamen-
to inclui a administração de antidepressivo, psicoterapia individual 
e reeducação alimentar.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
ANTÔN: orexia.
ETIMOLOGIA
gr anoreksía.
plástico-bolha
plás·ti·co-bo·lha
sm
Material plástico, produzido em polietileno de baixa densida-
de, com bolhas de ar prensadas, utilizado na embalagem de pro-
dutos diversos, proporcionando-lhes proteção. É também usado no 
revestimento de pisos, antes da colocação de carpetes de madeira 
e afins, conferindo-lhes isolação acústica.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
PL: plásticos-bolhas e plásticos-bolha.
ETIMOLOGIA
voc comp.
barão
ba·rão
sm
1 Título nobiliárquico imediatamente inferior ao de visconde: 
“Lia-se no Jornal do Comércio que Sua Excelência fora agraciado 
pelo governo português com o título de Barão do Freixal […]” (AA1).
2 ANT Senhor feudal, subordinado ao rei.
3 ANT Homem ilustre por seus feitos e por sua riqueza.
4 BOT Variedade de algodoeiro.
5 Homem de muito poder: É o barão da pequena cidade.
6 COLOQ Pessoa muito rica: Os barões vivem enclausurados em 
suas mansões.
7 Homem que se destaca em determinado ramo de negócios: 
“Os últimos brilhos do poente já iam e, a pedido do barão do café, 
fogueiras e tochas não deveriam ser acesas”
(TM1).
8 OBSOL Cédula antiga de mil cruzeiros.
9 ETNOL Entidade sobrenatural do boi de mamão.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
FEM: baronesa.
ETIMOLOGIA
lat baronem.
animal
a·ni·mal
sm
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1 BIOL Ser vivo multicelular, dotado de movimento, de cresci-
mento limitado, com capacidade de responder a estímulos.
2 Ser animal destituído de razão; animal irracional.
3 COLOQ Pessoa insensível ou cruel.
4 COLOQ Pessoa muito grosseira ou ignorante.
5 Animal cavalar, especialmente o macho.
6 FIG A natureza animal; animalidade.
adj m+f
1 Relativo ou pertencente aos animais.
2 Próprio de animal.
3 Extraído ou obtido de animal.
4 FIG Que se entrega aos prazeres do sexo; lascivo, libidinoso.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
AUM (sm): animalaço, animalzão.
DIM: animalzinho, animalejo, animálculo.
EXPRESSÕES
Animal inferior, ZOOL: animal invertebrado.
Animal irracional: qualquer animal, exceto o homem.
Animal sem fogo, REG (CE): cavalo ainda não marcado ou fer-
rado.
Animal sem rabo, COLOQ: pessoa grosseira, mal-educada.
Animal superior: animal vertebrado.
ETIMOLOGIA
lat anĭmal.
ágil
á·gil
adj m+f
1 Que se movimenta com rapidez ou agilidade: “Firmo […] era 
um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito […]” 
(AA1).
2 FIG Que tem raciocínio rápido; desembaraçado, ligeiro, pers-
picaz.
3 Que atua ou trabalha com eficiência; diligente.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
SUP ABS SINT: agílimo e agilíssimo.
ANTÔN: moroso, sonolento, vagaroso.
ETIMOLOGIA
lat agĭlis.
Também são chamadas de subverbetes as expressões na es-
trutura de um verbete. Elas estão destacadas ao final do verbete, 
numa seção denominada “Expressões”.
barba
bar·ba
EXPRESSÕES
Barba a barba: em situação de confronto.
Barba de baleia, MAR: pequena haste ao lado do mastro da 
proa, utilizada para disparos de cabos que prendem as velas.
Barba de bode: Vcavanhaque.
À barba, COLOQ: bem visível.
Fazer a barba: raspar a barba, barbear-se.
Fazer barba, cabelo e bigode, ESP: vencer pelo menos três ve-
zes o mesmo adversário em categorias diferentes em curto espaço 
de tempo.
Nas barbas de: na presença de alguém, faltando-lhe o respeito.
Pôr as barbas de molho: agir com prevenção contra alguma si-
tuação perigosa.
Ter barbas: ser muito antigo.
tomate
to·ma·te
EXPRESSÕES
Tomate francês, BOT: tomate de forma e tamanho de um ovo, 
de coloração vermelho-escura, de tom alaranjado no interior, con-
sistência firme, sabor levemente ácido, com sementes pretas.
Tomate italiano, BOT: tomate pequeno, de formato geralmente 
cilíndrico, com a extremidade inferior pontuda. É adocicado e tem 
menos sumo que a maioria das variedades dos tomates. É muito 
usado na preparação de molhos.
Tomate seco, CUL: tomate cortado em duas metades, retiran-
do-se as sementes, seco no forno ou ao sol, temperado com azeite, 
orégano, sal e, frequentemente, alho. É comumente servido em sa-
ladas ou como antepasto.
fuga 2
fu·ga
EXPRESSÕES
Fuga escolar, MÚS: aquela com rígida observância das regras 
formais.
Fuga real, MÚS: aquela cuja resposta não apresenta alterações 
intervalares em relação ao sujeito.
Fuga tonal, MÚS: aquela cuja resposta apresenta alterações in-
tervalares em relação ao sujeito.
Foram utilizados exemplos e abonações com o objetivo de au-
torizar o emprego das palavras. As abonações foram extraídas de 
textos literários de autores brasileiros consagrados e estão transcri-
tas entre aspas, com a sigla que representa o autor e a obra entre 
parênteses. Os exemplos foram criados pela equipe de lexicógrafos 
e são registrados em itálico.
NOTA: Entenda o que significa cada sigla das abonações na se-
ção “Abonações – obras e siglas” em “Como consultar”.
fadigar
fa·di·gar
vtd e vpr Causar ou sentir fadiga; afadigar: A alta temperatu-
ra fadigou alguns corredores. O rapaz fadigou-se com o excesso de 
trabalho.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
VAR: fatigar.
ETIMOLOGIA
der de fadiga+ ar1, como esp fatigar.
fabricação
fa·bri·ca·ção
sf
1 Ação, processo ou arte de fabricar algo; fábrica, fabrico, ma-
nufatura: “Três meses mais tarde Mr. Chang Ling apareceria em 
Antares com a mulher e seus cinco filhos e mais três compatriotas 
seus, especialistas na fabricação de óleos comestíveis” (EV).
2 POR EXT O que resulta da fabricação; fabrico.
3 Ação de inventar ou elaborar algo novo; criação, produção: É 
um mestre na fabricação de personagens.
4 Ação de produzir de modo natural: A fabricação de anticor-
pos pelo organismo é a sua principal defesa.
5 Produção ou criação de algo de modo ilícito, com o objetivo 
de distorcer os fatos: A fabricação das provas era evidente.
EXPRESSÕES
Fabricação em série: fabricação em grande escala, segundo es-
pecificações padronizadas.
ETIMOLOGIA
der de fabricar+ção, como esp fabricación.
O campo destinado à etimologia do vocábulo está sempre no 
final do verbete, após a indicação “Etimologia” e nele há diversos 
tipos de informação como a língua de origem, o étimo e os elemen-
tos de composição.
LÍNGUA PORTUGUESA
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NOTA: Entenda como a etimologia dos vocábulos foi criada e 
como está padronizada neste dicionário lendo a seção “Etimologia” 
em “Como consultar”.
astroquímica
as·tro·quí·mi·ca
sf
ASTROQ Estudo da composição química dos astros, baseado 
especialmente nas análises espectroquímicas.
ETIMOLOGIA
voc comp do gr ástron+química, como ingl astrochemistry.
Fonte: michaelis.uol.com.br
VOCABULÁRIO: NEOLOGISMOS, ARCAÍSMOS, 
ESTRANGEIRISMOS
É possível encontrar no Brasil diversas variações linguísticas, 
como na linguagem regional. Elas reúnem as variantes da língua 
que foram criadas pelos homens e são reinventadas a cada dia.
Delas surgem as variações que envolvem vários aspectos histó-
ricos, sociais, culturais, geográficos, entre outros.
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os 
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-se 
que, numa mesma língua, há formas distintas para traduzir o mes-
mo significado dentro de um mesmo contexto. 
As variações que distinguem uma variante de outra se mani-
festam em quatro planos distintos, a saber: fônico, morfológico, 
sintático e lexical.
Variações Morfológicas
Ocorrem nas formas constituintes da palavra. As diferenças en-
tre as variantes não são tantas quanto as de natureza fônica, mas 
não são desprezíveis. Como exemplos, podemos citar:
– uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-ver-
sa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a champanha (o cham-
panha), tive muita dó dela (muito dó), mistura do cal (da cal).
– a omissão do “s” como marca de plural de substantivos e ad-
jetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os livro 
indicado, as noite fria, os caso mais comum.
– o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero que o 
Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas eleições; Se 
eu estava (estivesse) lá, não deixava acontecer; Não é possível que 
ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu.
– o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para criar o 
superlativo de adjetivos, recurso muito característico da linguagem 
jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de humaníssimo), 
uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima), um carro hiperpossan-
te (em vez de possantíssimo).
– a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regula-
res: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), se ele ver (vir) 
o recado, quando ele repor (repuser).
– a conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: 
vareia (varia), negoceia (negocia).
Variações Fônicas
Ocorrem no modo de pronunciar os sons constituintes da pala-
vra. Entre esses casos, podemos citar:
– a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petró-
polis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas formas típicas de 
pessoas de baixa condição social.
– A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das 
regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande 
do Sul e Santa Catarina) ou ainda
como “r” (na linguagem caipira): 
quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol.
– deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato, preguntar, 
estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa condição social.
– a queda do “r” final dos verbos, muito comum na linguagem 
oral no português: falá, vendê, curti (em vez de curtir), compô.
– o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me 
alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem clássica, 
hoje frequentes na fala caipira.
– a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava, marelo 
(amarelo), margoso (amargoso), características na linguagem oral 
coloquial.
Variações Sintáticas
Correlação entre as palavras da frase. No domínio da sintaxe, 
como no da morfologia, não são tantas as diferenças entre uma va-
riante e outra. Como exemplo, podemos citar:
– a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome 
“que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” com 
o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a família 
dele (em vez de cuja família eu já conhecia).
– a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo quando 
se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu quero falar com 
você (em vez de contigo); Fala baixo que a sua (em vez de tua) voz 
me irrita.
– ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles che-
gou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou naquela se-
mana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
– o uso de pronomes do caso reto com outra função que não 
a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua; não irão 
sem você e eu (em vez de mim); nada houve entre tu (em vez de 
ti) e ele.
– o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de 
“o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
– a ausência da preposição adequada antes do pronome relati-
vo em função de complemento verbal: são pessoas que (em vez de: 
de que) eu gosto muito; este é o melhor filme que (em vez de a que) 
eu assisti; você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais confio.
Variações Léxicas
Conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano do 
léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas e caracteri-
zam com nitidez uma variante em confronto com outra. São exem-
plos possíveis de citar:
– as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às 
vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado a 
lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no Brasil 
chamamos de calcinha; o que chamamos de fila no Brasil, em Por-
tugal chamam de bicha; café da manhã em Portugal se diz pequeno 
almoço; camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de 
suéter, malha, camiseta.
– a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito para 
formar o grau superlativo dos adjetivos, características da lingua-
gem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; maior difícil; 
Esse amigo é um carinha maior esforçado.
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Designações das Variantes Lexicais:
– Arcaísmo: palavras que já caíram de uso. Por exemplo, um 
bobalhão era chamado de coió ou bocó; em vez de refrigerante usa-
va-se gasosa; algo muito bom, de qualidade excelente, era supimpa.
– Neologismo: contrário do arcaísmo. São palavras recém-cria-
das, muitas das quais mal ou nem entraram para os dicionários. A 
na computação tem vários exemplos, como escanear, deletar, printar.
– Estrangeirismo: emprego de palavras emprestadas de outra 
língua, que ainda não foram aportuguesadas, preservando a forma 
de origem. Nesse caso, há muitas expressões latinas, sobretudo da 
linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas 
o corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto 
(“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo.
As palavras de origem inglesas são várias: feeling (“sensibilida-
de”, capacidade de percepção), briefing (conjunto de informações 
básicas).
– Jargão: vocabulário típico de um campo profissional como a 
medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. Furo é notícia 
dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, foi uma bar-
riga. 
– Gíria: vocabulário especial de um grupo que não deseja ser 
entendido por outros grupos ou que pretende marcar sua identida-
de por meio da linguagem. Por exemplo, levar um lero (conversar).
– Preciosismo: é um léxico excessivamente erudito, muito raro: 
procrastinar (em vez de adiar); cinesíforo (em vez de motorista).
– Vulgarismo: o contrário do preciosismo, por exemplo, de saco 
cheio (em vez de aborrecido), se ferrou (em vez de se deu mal, ar-
ruinou-se).
Tipos de Variação
As variações mais importantes, são as seguintes:
 – Sociocultural: Esse tipo de variação pode ser percebido com 
certa facilidade. 
– Geográfica: é, no Brasil, bastante grande. Ao conjunto das 
características da pronúncia de uma determinada região dá-se o 
nome de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque 
gaúcho etc. 
– De Situação: são provocadas pelas alterações das circunstân-
cias em que se desenrola o ato de comunicação. Um modo de falar 
compatível com determinada situação é incompatível com outra
– Histórica: as línguas se alteram com o passar do tempo e com 
o uso. Muda a forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o senti-
do delas. Essas alterações recebem o nome de variações históricas.
LATINISMOS
 
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LATINOS 
Embora muitos gramáticos e estudiosos da língua defendam 
que se deve privilegiar o uso de palavras em português, diversas 
palavras e expressões latinas são usadas diariamente pelos falantes 
da língua, quer em linguagem formal ou de áreas específicas, quer 
em linguagem informal.
As expressões latinas não sofrem processos de aportuguesa-
mento, devendo assim ser escritas em sua forma original, sem qual-
quer tentativa de aproximação às regras ortográficas e fonológicas 
da língua portuguesa.
Deverão, contudo, ser grafadas com algum sinal indicativo da 
sua condição de expressão de outro idioma: em itálico, entre aspas, 
sublinhadas, em negrito. Confira exemplos das principais palavras e 
expressões latinas usadas atualmente na língua portuguesa:
Ab initio: desde o princípio.
A contrario sensu: em sentido contrário, pela razão contrária.
A posteriori: pelo que segue, depois de um fato. Diz-se do ra-
ciocínio que se remonta do efeito à causa.
A priori: segundo um princípio anterior, admitido como eviden-
te; antes de argumentar, sem prévio conhecimento.
Apud: em, junto a, junto em. Emprega-se em citações indiretas, 
isto é, citações colhidas numa obra.
Carpe Diem: “Aproveita o dia”. (Aviso para que não desperdi-
cemos o tempo).
Curriculum Vitae: conjuntos de dados relativos ao estado civil, 
ao preparo profissional e às atividades anteriores de quem se can-
didata a um emprego.
Data venia: concedida a licença, com a devida vênia. É uma ex-
pressão respeitosa com que se inicia uma argumentação discordan-
te da de outrem.
Et cetera (ou Et caetera) (abrev.: etc.): e as outras coisas, e os 
outros, e assim por diante. Apesar de seu sentido etimológico (= e 
outras coisas), emprega-se, atualmente, não somente após nomes 
de coisas, mas também de pessoas, como expressão continuativa.
Exempli gratia: por exemplo. É expressão sinônima de Verbi 
gratia.
Habeas corpus: “Que tenhas o corpo”. Meio extraordinário de 
garantir e proteger todo aquele que sofre violência ou ameaça de 
constrangimento ilegal na sua liberdade de locomoção, por parte 
de qualquer autoridade legítima.
Habeas data: “Que tenha os dados”, “Que conheça os dados”. 
Trata-se de garantia ativa dos direitos fundamentais, que se destina 
a assegurar: 
a) o conhecimento de informações relativas à pessoa do impe-
trante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por pro-
cesso sigiloso, judicial ou administrativo.
Homo sapiens: homem sábio; nome da espécie humana na no-
menclatura de Lineu.
Id est:
isto é, quer dizer. Às vezes, aparece abreviadamente 
(i.e.).
In memoriam: em comemoração, para memória, para lembran-
ça.
In posterum: no futuro.
In terminis: no fim. Decisão final que encerra o processo.
In verbis: nestes termos, nestas palavras. Emprega-se para ex-
primir as citações ou as referências feitas com as palavras da pessoa 
que se citou ou do texto a que se alude.
Ipsis Verbis: pelas próprias palavras, exatamente, sem tirar nem 
pôr.
Lato sensu: em sentido amplo, em sentido geral.
Per capita: por cabeça, para cada indivíduo.
Quorum: número mínimo de membros presentes necessário 
para que uma assembleia possa funcionar ou deliberar regularmen-
te.
Sic: assim, assim mesmo, exatamente. Pospõe-se a uma cita-
ção, ou nela se intercala, entre parênteses ou entre colchetes, para 
indicar que o texto original é da forma que aparece.
LÍNGUA PORTUGUESA
5050
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Statu quo: “No estado em que”. Emprega-se, na linguagem jurí-
dica, para indicar a forma, a situação ou a posição em que se encon-
tra certa questão ou coisa em determinado momento.
Stricto sensu: em sentido restrito, em sentido literal.
Verbi gratia: por exemplo.
Verbum ad verbum: palavra por palavra, textualmente, literal-
mente.
ORTOGRAFIA
— Definições
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, 
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome 
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que 
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere 
às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como 
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia 
são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas, 
abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); 
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e 
decorrentes dessas funções, entre outros. 
Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre 
a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam 
ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados 
distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da 
vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz 
com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase). 
O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão 
estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada 
um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes. 
As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras 
foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português 
brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. 
As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente, 
para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo: 
– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km 
(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma). 
– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus 
derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova 
York. 
Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos 
do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais 
regras: 
«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos: 
– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum, 
abacaxi. 
– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa. 
– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar. 
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, 
mexerica. 
s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos
– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, 
verminose. 
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos. 
Exemplo: amazonense, formosa, jocoso. 
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou 
nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa, 
burguês/burguesa. 
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. 
Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar. 
Porque, Por que, Porquê ou Por quê? 
– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, 
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, 
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de 
que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, 
porque/pois nada está molhado. 
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado 
para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”, 
para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. 
Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do 
cancelamento do show. 
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, 
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome 
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento 
do show. 
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao 
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. 
Por quê? 
Parônimos e homônimos 
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na 
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver 
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e 
apreender (capturar). 
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas 
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e 
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome 
demonstrativo). 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
— Definição
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas 
palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas 
regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. 
Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba 
tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com 
as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na 
língua portuguesa:
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som 
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e 
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, 
âncora, avô. 
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com 
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba 
tônica!
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de determinada 
palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a sílaba tônica. 
Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que indica que a 
LÍNGUA PORTUGUESA
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sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til (˜), que indica 
que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro exemplo 
semelhante é a palavra bênção. 
— Monossílabas Tônicas e Átonas
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer 
alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe 
o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração 
da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, 
percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, 
temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. 
Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica 
(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como 
abaixo:
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”
“Finalmente encontrei a chave do carro.”
Recebem acento gráfico: 
– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); 
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. 
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, 
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. 
Não recebem acento gráfico:
– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. 
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas 
quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo 
acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles 
lêem leem.
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos 
terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. 
Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → 
Eles têm; Ele vem → Eles vêm. 
Acentuação
das palavras Oxítonas 
As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas 
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e 
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, 
vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. 
Ex.: caqui, urubu. 
Acentuação das palavras Paroxítonas
São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima 
sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as 
palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados 
abaixo. Observe as exceções: 
– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, 
hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. 
– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, 
esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. 
– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, 
grátis, júri, lápis, oásis, táxi. 
– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, 
tônus. 
– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. 
– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, 
quórum, quóruns. 
– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, 
órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. 
Acentuação das palavras Proparoxítonas
Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é 
tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, 
bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, 
tática, trânsito. 
Ditongos e Hiatos 
Acentuam-se: 
– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, 
“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, 
mausoléu, sóis, véus. 
– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de 
um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí 
(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). 
Não se acentuam: 
– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: 
moinho, rainha, bainha. 
– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: 
juuna, xiita. xiita. 
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, 
enjoo, magoo. 
O Novo Acordo Ortográfico 
Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem 
acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou 
em vigor em 2009:
1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. 
Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; 
vôo – voo; zôo – zoo. 
2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. 
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide 
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; 
européia – europeia.
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. 
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – 
taoismo. 
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem 
-e tônico em hiato. 
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo 
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; 
revêem.
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua 
portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; 
linguïça – linguiça.
6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma 
grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo 
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo 
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição 
“para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: 
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
LÍNGUA PORTUGUESA
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Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
A CRASE
Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou 
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, 
em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a 
(preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela 
(pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + 
aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção 
das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras 
femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos 
aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal 
inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno 
de união representado pelo acento grave. 
A crase pode ser a contração da preposição a com: 
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não 
assistiu às aulas.” 
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.” 
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: 
“Retorne àquele mesmo local.” 
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às 
quais devemos o maior respeito e consideração”. 
Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de 
duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na 
construção sintática. 
Técnicas para o emprego da crase 
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe 
semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da 
palavra feminina. 
Exemplos: 
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.” 
“Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
“Comprei o carro / a moto.” 
“Irei ao evento / à festa.” 
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, 
chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da, 
ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não 
deve ser empregado.
Exemplos: 
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.” 
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.” 
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que 
estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não 
se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas 
pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá. 
Exemplos:
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta 
de estudar / Insiste em estudar.” 
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha 
/ Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.” 
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / 
Gosto de você / Penso em você.”
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que 
expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada 
se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como 
núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase. 
Exemplos: 
“Tudo às avessas.” 
“Barcos à deriva.” 
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase: 
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão 
“moda de”, ficando somente o à explícito. 
Exemplos: 
“Arroz à (moda) grega.”
“Bife à (moda) parmegiana.” 
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso 
de horas especificadas e definidas
 Exemplos: 
“À uma hora.” 
“Às cinco e quinze”. 
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do 
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser 
mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe 
para Assuntos Jurídicos
Exposição de Motivos
— Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da 
República ou ao Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da 
República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um 
Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos 
os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de 
interministerial.
— Forma e Estrutura
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do 
padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a 
exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente 
projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante. A 
exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta 
duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
que tenha 
caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha 
alguma medida ou submeta projeto de ato normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente 
leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, 
sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
LÍNGUA PORTUGUESA
53
a solução para o seu concurso!
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Já a exposição de motivos que submeta à consideração do 
Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada 
ou a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam 
também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentários 
julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, 
apontar:
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da 
medida ou do ato normativo proposto;
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou 
aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e 
eventuais alternativas existentes para equacioná-lo;
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou 
qual ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição 
de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte 
modelo previsto no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março 
de 2002.
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério 
ou órgão equivalente) nº de 200.
1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências
2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na 
medida proposta
3. Alternativas existentes às medidas propostas
Mencionar: 
- Se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
- Se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
- Outras possibilidades de resolução do problema.
4. Custos
Mencionar:
- Se a despesa decorrente da medida está prevista na lei 
orçamentária anual; se não, quais as alternativas para custeá-la;
- Se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, 
especial ou suplementar;
- Valor a ser despendido em moeda corrente;
5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente 
se o ato proposto for medido provisória ou projeto de lei que deva 
tramitar em regime de urgência)
Mencionar:
- Se o problema configura calamidade pública;
- Por que é indispensável a vigência imediata;
- Se se trata de problema cuja causa ou agravamento não 
tenham sido previstos;
- Se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já 
prevista.
6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou 
medida proposta possa vir a tê-lo)
7. Alterações propostas
8. Síntese do parecer do órgão jurídico
Com base em avaliação do ato normativo ou da medida 
proposta à luz das questões levantadas no item 10.4.3.
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode 
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa 
Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que se complete 
o exame ou se reformule a proposta. O preenchimento obrigatório 
do anexo para as exposições de motivos que proponham a adoção 
de alguma medida ou a edição de ato normativo tem como 
finalidade:
a) permitir a adequada reflexão sobre o problema que se busca 
resolver;
b) ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do 
problema e dos efeitos que pode ter a adoção da medida ou a 
edição do ato, em consonância com as questões que devem ser 
analisadas na elaboração de proposições normativas no âmbito do 
Poder Executivo (v. 10.4.3.).
c) conferir perfeita transparência aos atos propostos.
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser analisadas 
na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder Executivo, 
o texto da exposição de motivos e seu anexo complementam-se 
e formam um todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação 
profunda e direta de toda a situação que está a reclamar a adoção 
de certa providência ou a edição de um ato normativo; o problema a 
ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus efeitos 
e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da exposição de 
motivos fica, assim, reservado à demonstração da necessidade da 
providência proposta: por que deve ser adotada e como resolverá o 
problema. Nos casos em que o ato proposto for questão de pessoal 
(nomeação, promoção, ascensão, transferência, readaptação, reversão, 
aproveitamento, reintegração, recondução, remoção, exoneração, 
demissão, dispensa, disponibilidade, aposentadoria), não é necessário 
o encaminhamento do formulário de anexo à exposição de motivos.
Ressalte-se que:
– A síntese do parecer do órgão de assessoramento jurídico 
não dispensa o encaminhamento do parecer completo;
– O tamanho dos campos do anexo à exposição de motivos 
pode ser alterado de acordo com a maior ou menor extensão dos 
comentários a serem ali incluídos.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que 
a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (clareza, concisão, 
impessoalidade, formalidade, padronização e uso do padrão culto de 
linguagem) deve ser redobrada. A exposição de motivos é a principal 
modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos 
Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia 
ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publicada 
no Diário Oficial da União, no todo ou em parte.
Mensagem
— Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos 
Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe 
do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato 
da Administração Pública; expor o plano de governo por ocasião 
da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional 
matérias que dependem de deliberação de suas Casas; apresentar 
veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de 
interesse dos poderes públicos e da Nação. Minuta de mensagem 
pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da República, 
a cujas assessorias caberá a redação final. As mensagens mais 
usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes 
finalidades:
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a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar 
ou financeira. Os projetos de lei ordinária ou complementar são 
enviados em regime normal (Constituição, art. 61) ou de urgência 
(Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe lembrar que o projeto pode 
ser encaminhado sob o regime normal e mais tarde ser objeto de 
nova mensagem, com solicitação de urgência. Em ambos os casos, 
a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas 
é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência 
da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, 
para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). 
Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem plano 
plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos 
adicionais), as mensagens de encaminhamento dirigem-se aos 
Membros do Congresso Nacional, e os respectivos avisos são 
endereçados ao Primeiro Secretário do Senado Federal. A razão 
é que o art. 166 da Constituição impõe a deliberação congressual 
sobre as leis financeiras em sessão conjunta, mais precisamente, 
“na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso 
Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 
57, § 5o), que comanda as sessões conjuntas. As mensagens aqui 
tratadas coroam o processo desenvolvido no âmbito do Poder 
Executivo, que abrange minucioso exame técnico, jurídico e 
econômico-financeiro das matérias objeto das proposições por 
elas encaminhadas. Tais exames materializam-se em pareceres dos 
diversos órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles 
o da Advocacia-Geral da União. Mas, na origem das propostas, as 
análises necessárias constam da exposição de motivos do órgão 
onde se geraram (v. 3.1. Exposição de Motivos) – exposição que 
acompanhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao 
Congresso.
b) encaminhamento de medida
provisória.
Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, 
o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, 
dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do 
Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, autenticada 
pela Coordenação de Documentação da Presidência da República.
c) indicação de autoridades.
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação 
de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos 
Tribunais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores 
do Banco Central, Procurador-Geral da República, Chefes de 
Missão Diplomática, etc.) têm em vista que a Constituição, no seu 
art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional 
competência privativa para aprovar a indicação. O curriculum vitae 
do indicado, devidamente assinado, acompanha a mensagem. 
d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-
Presidente da República se ausentarem do País por mais de 15 dias. 
Trata-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), 
e a autorização é da competência privativa do Congresso Nacional. 
O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando 
a ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a 
cada Casa do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.
e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de 
concessão de emissoras de rádio e TV. A obrigação de submeter 
tais atos à apreciação do Congresso Nacional consta no inciso XII 
do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a 
outorga ou renovação da concessão após deliberação do Congresso 
Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na mensagem 
a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do 
art. 223 já define o prazo da tramitação. Além do ato de outorga 
ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo 
administrativo.
f) encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior. 
O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as 
contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), 
para exame e parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, 
art. 166, § 1o), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar a 
tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedimento 
disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno.
g) mensagem de abertura da sessão legislativa.
Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação 
do País e solicitação de providências que julgar necessárias 
(Constituição, art. 84, XI). O portador da mensagem é o Chefe 
da Casa Civil da Presidência da República. Esta mensagem difere 
das demais porque vai encadernada e é distribuída a todos os 
Congressistas em forma de livro.
h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacional, 
encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde se 
originaram os autógrafos. Nela se informa o número que tomou a 
lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos recebidos, 
nos quais o Presidente da República terá aposto o despacho de 
sanção.
i) comunicação de veto.
Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, 
§ 1o), a mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é 
parcial, quais as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto 
vai publicado na íntegra no Diário Oficial da União (v. 4.2. Forma e 
Estrutura), ao contrário das demais mensagens, cuja publicação se 
restringe à notícia do seu envio ao Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto)
j) outras mensagens.
Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência 
mensagens com:
– Encaminhamento de atos internacionais que acarretam 
encargos ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);
– Pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às 
operações e prestações interestaduais e de exportação
(Constituição, art. 155, § 2o, IV);
– Proposta de fixação de limites globais para o montante da 
dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
– Pedido de autorização para operações financeiras externas 
(Constituição, art. 52, V); e outros.
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
– Convocação extraordinária do Congresso Nacional 
(Constituição, art. 57, § 6o);
– Pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da 
República (art. 52, XI, e 128, § 2o);
– Pedido de autorização para declarar guerra e decretar 
mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
– Pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz 
(Constituição, art. 84, XX);
– Justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua 
prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o);
– Pedido de autorização para decretar o estado de sítio 
(Constituição, art. 137);
LÍNGUA PORTUGUESA
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– Relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio 
ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
– Proposta de modificação de projetos de leis financeiras 
(Constituição, art. 166, § 5o);
– Pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem 
despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou 
rejeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 
166, § 8o);
– Pedido de autorização para alienar ou conceder terras 
públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1o); 
etc.
— Forma e Estrutura
As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, 
horizontalmente, no início da margem esquerda:
Mensagem no
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo 
do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda; 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e 
horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente 
da República, não traz identificação de seu signatário.
Telegrama
— Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os 
procedimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama 
toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, 
etc. Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres 
públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do 
telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o uso de 
correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, 
também em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação 
deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).
— Forma e Estrutura
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura 
dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio 
na Internet.
Fax
— Definição e Finalidade
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-símile) é uma for-
ma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desen-
volvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensa-
gens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo 
conhecimento há premência, quando não há condições de envio do 
documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele 
segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Se necessário 
o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com 
o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapida-
mente.
— Forma e Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura 
que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o 
documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário 
com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, 
conforme exemplo a seguir:
Correio Eletrônico
— Definição e finalidade
Correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, 
transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão 
de documentos.
— Forma e Estrutura
Um dos atrativos de
comunicação por correio eletrônico é 
sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para 
sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem 
incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem 
dos Atos e Comunicações Oficiais). O campo assunto do formulário 
de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a 
facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto 
do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser 
utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que 
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre 
seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de 
confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar na 
mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
—Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de 
correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser 
aceito como documento original, é necessário existir certificação 
digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida 
em lei.
PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA BRASILEIRA; ESTUDO DOS 
PRINCIPAIS AUTORES DOS ESTILOS DE ÉPOCA
Origens
O estudo sobre as origens da literatura brasileira deve ser feito 
levando-se em conta duas vertentes: a histórica e a estética. O pon-
to de vista histórico orienta no sentido de que a literatura brasileira 
é uma expressão de cultura gerada no seio da literatura portuguesa. 
Como até bem pouco tempo eram muito pequenas as diferenças 
entre a literatura dos dois países, os historiadores acabaram enal-
tecendo o processo da formação literária brasileira, a partir de uma 
multiplicidade de coincidências formais e temáticas.
A outra vertente (aquela que salienta a estética como pres-
suposto para a análise literária brasileira) ressalta as divergências 
que desde o primeiro instante se acumularam no comportamen-
to (como nativo e colonizado) do homem americano, influindo na 
composição da obra literária. Em outras palavras, considerando que 
a situação do colono tinha de resultar numa nova concepção da 
vida e das relações humanas, com uma visão própria da realidade, 
a corrente estética valoriza o esforço pelo desenvolvimento das for-
mas literárias no Brasil, em busca de uma expressão própria, tanto 
quanto possível original
LÍNGUA PORTUGUESA
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a solução para o seu concurso!
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Em resumo: estabelecer a autonomia literária é descobrir os mo-
mentos em que as formas e artifícios literários se prestam a fixar a 
nova visão estética da nova realidade. Assim, a literatura, ao invés de 
períodos cronológicos, deverá ser dividida, desde o seu nascedouro, 
de acordo com os estilos correspondentes às suas diversas fases, do 
Quinhentismo ao Modernismo, até a fase da contemporaneidade.
Duas eras - A literatura brasileira tem sua história dividida em 
duas grandes eras, que acompanham a evolução política e econô-
mica do país: a Era Colonial e a Era Nacional, separadas por um 
período de transição, que corresponde à emancipação política do 
Brasil. As eras apresentam subdivisões chamadas escolas literárias 
ou estilos de época.
A Era Colonial abrange o Quinhentismo (de 1500, ano do des-
cobrimento, a 1601), o Seiscentismo ou Barroco (de 1601 a 1768), 
o Setecentismo (de 1768 a 1808) e o período de Transição (de 1808 
a 1836). A Era Nacional, por sua vez, envolve o Romantismo (de 
1836 a 1881), o Realismo (de 1881 a 1893), o Simbolismo (de 1893 a 
1922) e o Modernismo (de 1922 a 1945). A partir daí o que está em 
estudo é a contemporaneidade da literatura brasileira.
O Quinhentismo
Essa expressão é a denominação genérica de todas as manifes-
tações literárias ocorridas no Brasil durante o século XVI, correspon-
dendo à introdução da cultura europeia em terras brasileiras. Não 
se pode falar em uma literatura “do” Brasil, como característica do 
País naquele período, mas sim em literatura “no” Brasil – uma lite-
ratura ligada ao Brasil, mas que denota as ambições e as intenções 
do homem europeu.
No quinhentismo, o que se demonstrava era o momento histó-
rico vivido pela Península Ibérica, que abrangia uma literatura infor-
mativa e uma literatura dos jesuítas, como principais manifestações 
literárias no século XVI. Quem produzia literatura naquele período 
estava com os olhos voltados para as riquezas materiais (ouro, pra-
ta, ferro, madeira etc.), enquanto a literatura dos jesuítas preocupa-
va-se com o trabalho de catequese.
Com exceção da carta de Pero Vaz de Caminha, considerada o 
primeiro documento da literatura no Brasil, as principais crônicas da 
literatura informativa datam da segunda metade do século XVI, fato 
compreensível, já que a colonização só pode ser contada a partir de 
1530. A literatura jesuítica, por seu lado, também caracteriza o fi-
nal do Quinhentismo, tendo esses religiosos pisado o solo brasileiro 
somente em 1549.
A literatura informativa, também chamada de literatura dos 
viajantes ou dos cronistas, reflexo das grandes navegações, empe-
nha-se em fazer um levantamento da terra nova, de sua flora, fau-
na, de sua gente. É, portanto, uma literatura meramente descritiva 
e, como tal, sem grande valor literário
A principal característica dessa manifestação é a exaltação da 
terra, resultante do assombro do europeu que vinha de um mundo 
temperado e se defrontava com o exotismo e a exuberância de um 
mundo tropical. Com relação à linguagem, o louvor à terra aparece 
no uso exagerado de adjetivos, quase sempre empregados no su-
perlativo (belo é belíssimo, lindo é lindíssimo etc.)
O melhor exemplo da escola quinhentista brasileira é Pero Vaz 
de Caminha. Sua “Carta a El Rei Dom Manuel sobre o achamento do 
Brasil”, além do inestimável valor histórico, é um trabalho de bom 
nível literário. O texto da carta mostra claramente o duplo objetivo 
que, segundo Caminha, impulsionava os portugueses para as aven-
turas marítimas, isto é, a conquista dos bens materiais e a dilatação 
da fé cristã Literatura jesuíta - Consequência da Contrarreforma, a 
principal preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese, ob-
jetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na poe-
sia quanto no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a 
melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro. Além da po-
esia de devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter pedagó-
gico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos 
superiores na Europa sobre o andamento dos trabalhos na colônia.
Não se pode comentar, no entanto, a literatura dos jesuítas 
sem referências ao que o padre José de Anchieta representa para o 
Quinhentismo brasileiro. Chamado pelos índios de «Grande Piahy» 
(supremo pajé branco), Anchieta veio para o Brasil em 1553 e, no 
ano seguinte, fundou um colégio no planalto paulista, a partir do 
qual surgiu a cidade de São Paulo.
Ao realizar um exaustivo trabalho de catequese, José de An-
chieta deixou uma fabulosa herança literária: a primeira gramática 
do tupi-guarani, insuperável cartilha para o ensino da língua dos na-
tivos; várias poesias no estilo do verso medieval; e diversos autos, 
segundo o modelo deixado pelo poeta português Gil Vicente, que 
agrega à moral religiosa católica os costumes dos indígenas, sempre 
com a preocupação de caracterizar os extremos, como o bem e o 
mal, o anjo e o diabo.
O Barroco
O Barroco no Brasil tem seu marco inicial em 1601, com a pu-
blicação do poema épico «Prosopopeia”, de Bento Teixeira, que in-
troduz definitivamente o modelo da poesia camoniana em nossa 
literatura. Estende-se por todo o século XVII e início do XVIII.
Embora o Barroco brasileiro seja datado de 1768, com a fun-
dação da Arcádia Ultramarina e a publicação do livro “Obras”, de 
Cláudio Manuel da Costa, o movimento academicista ganha corpo 
a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esque-
cidos. Este fato assinala a decadência dos valores defendidos pelo 
Barroco e a ascensão do movimento árcade. O termo barroco de-
nomina genericamente
todas as manifestações artísticas dos anos 
de 1600 e início dos anos de 1700. Além da literatura, estende-se à 
música, pintura, escultura e arquitetura da época.
Antes do texto de Bento Teixeira, os sinais mais evidentes da 
influência da poesia barroca no Brasil surgiram a partir de 1580 e 
começaram a crescer nos anos seguintes ao domínio espanhol na 
Península Ibérica, já que é a Espanha a responsável pela unificação 
dos reinos da região, o principal foco irradiador do novo estilo po-
ético.
O quadro brasileiro se completa no século XVII, com a presen-
ça cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações 
ocorridas no Nordeste em consequência das invasões holandesas e, 
finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar,
Uma das principais referências do barroco brasileiro é Gregório 
de Matos Guerra, poeta baiano que cultivou com a mesma beleza 
tanto o estilo cultista quanto o conceptista (o cultismo é marcado 
pela linguagem rebuscada, extravagante, enquanto o conceptismo 
caracteriza-se pelo jogo de ideias, de conceitos. O primeiro valo-
riza o pormenor, enquanto o segundo segue um raciocínio lógico, 
racionalista)
Na poesia lírica e religiosa, Gregório de Matos deixa claro cer-
to idealismo renascentista, colocado ao lado do conflito (como de 
hábito na época) entre o pecado e o perdão, buscando a pureza da 
fé, mas tendo ao mesmo tempo necessidade de viver a vida mun-
dana. Contradição que o situava com perfeição na escola barroca 
do Brasil.
LÍNGUA PORTUGUESA
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a solução para o seu concurso!
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Antônio Vieira - Se por um lado, Gregório de Matos mexeu com 
as estruturas morais e a tolerância de muita gente - como o admi-
nistrador português, o próprio rei, o clero e os costumes da própria 
sociedade baiana do século XVII - por outro, ninguém angariou tan-
tas críticas e inimizades quanto o “impiedoso” Padre Antônio Vieira, 
detentor de um invejável volume de obras literárias, inquietantes 
para os padrões da época.
Politicamente, Vieira tinha contra si a pequena burguesia cris-
tã (por defender o capitalismo judaico e os cristãos-novos); os pe-
quenos comerciantes (por defender o monopólio comercial); e os 
administradores e colonos (por defender os índios). Essas posições, 
principalmente a defesa dos cristãos-novos, custaram a Vieira uma 
condenação da Inquisição, ficando preso de 1665 a 1667. A obra do 
Padre Antônio Vieira pode ser dividida em três tipos de trabalhos: 
Profecias, Cartas e Sermões.
As Profecias constam de três obras: História do Futuro, Es-
peranças de Portugal e Clavis Prophetarum. Nelas se notam o se-
bastianismo e as esperanças de que Portugal se tornaria o “quinto 
império do Mundo”. Segundo ele, tal fato estaria escrito na Bíblia. 
Aqui ele demonstra bem seu estilo alegórico de interpretação bíbli-
ca (uma característica quase que constante de religiosos brasileiros 
íntimos da literatura barroca). Além, é claro, de revelar um naciona-
lismo megalomaníaco e servidão incomum.
O grosso da produção literária do Padre Antônio Vieira está nas 
cerca de 500 cartas.
Elas versam sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, 
sobre a Inquisição e os cristãos novos e sobre a situação da colônia, 
transformando-se em importantes documentos históricos.
Os melhores de sua obra, no entanto, estão nos 200 sermões. 
De estilo barroco conceptista, totalmente oposto ao Gongorismo, 
o pregador português joga com as ideias e os conceitos, segundo 
os ensinamentos de retórica dos jesuítas. Um dos seus principais 
trabalhos é o Sermão da Sexagésima, pregado na capela Real de 
Lisboa, em 1655. A obra também ficou conhecida como “A palavra 
de Deus”.
Polêmico, este sermão resume a arte de pregar. Com ele, Vieira 
procurou atingir seus adversários católicos, os gongóricos domini-
canos, analisando no sermão “Porque não frutificava a Palavra de 
Deus na terra”, atribuindo-lhes culpa.
O Arcadismo
O Arcadismo no Brasil começa no ano de 1768, com dois fatos 
marcantes: a fundação da Arcádia Ultramarina e a publicação de 
Obras, de Cláudio Manuel da Costa. A escola setecentista, por sinal, 
desenvolve-se até 1808, com a chegada da Família Real ao Rio de 
Janeiro, que, com suas medidas político-administrativas, permite a 
introdução do pensamento pré-romântico no Brasil.
No início do século XVIII dá-se a decadência do pensamento 
barroco, para a qual vários fatores colaboraram, entre eles o can-
saço do público com o exagero da expressão barroca e da chamada 
arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença e atinge em 
meados do século um estágio estacionário (e até decadente), per-
dendo terreno para o subjetivismo burguês; o problema da ascen-
são burguesa superou o problema religioso; surgem as primeiras 
arcádias, que procuram a pureza e a simplicidade das formas clássi-
cas; os burgueses, como forma de combate ao poder monárquico, 
começam a cultuar o “bom selvagem”, em oposição ao homem cor-
rompido pela sociedade.
Gosto burguês - Assim, a burguesia atinge uma posição de do-
mínio no campo econômico e passa a lutar pelo poder político, en-
tão em mãos da monarquia. Isto se reflete claramente no campo 
social e das artes: a antiga arte cerimonial das cortes cede lugar ao 
poder do gosto burguês.
Pode-se dizer que a falta de substitutos para o padre Antônio 
Vieira e Gregório de Matos, mortos nos últimos cinco anos do sé-
culo XVII, foi também um aspecto motivador do surgimento do Ar-
cadismo no Brasil. De qualquer forma, suas características no País 
seguem a linha europeia: a volta aos padrões clássicos da Antigui-
dade e do Renascimento; a simplicidade; a poesia bucólica, pastoril; 
o fingimento poético e o uso de pseudônimos. Quanto ao aspecto 
formal, a escola é marcada pelo soneto, os versos decassílabos, a 
rima optativa e a tradição da poesia épica. O Arcadismo tem como 
principais nomes: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonza-
ga, José de Santa Rita Durão e Basílio da Gama.
O Romantismo
O Romantismo se inicia no Brasil em 1836, quando Gonçalves 
de Magalhães publica na França a “Niterói - Revista Brasiliense”, 
e, no mesmo ano, lança um livro de poesias românticas intitulado 
“Suspiros poéticos e saudades”.
Em 1822, Dom Pedro I concretiza um movimento que se fa-
zia sentir, de forma mais imediata, desde 1808: a independência 
do Brasil. A partir desse momento, o novo país necessita inserir-se 
no modelo moderno, acompanhando as nações independentes da 
Europa e América. A imagem do português conquistador deveria 
ser varrida. Há a necessidade de autoafirmação da pátria que se 
formava. O ciclo da mineração havia dado condições para que as fa-
mílias mais abastadas mandassem seus filhos à Europa, em particu-
lar França e Inglaterra, onde buscavam soluções para os problemas 
brasileiros. O Brasil de então nem chegava perto da formação social 
dos países industrializados da Europa (burguesia/proletariado). A 
estrutura social do passado próximo (aristocracia/escravo) ainda 
prevalecia. Nesse Brasil, segundo o historiador José de Nicola, “o 
ser burguês ainda não era uma posição econômica e social, mas 
mero estado de espírito, norma de comportamento”.
Marco final - Nesse período, Gonçalves de Magalhães viajava 
pela Europa. Em 1836, ele funda a revista Niterói, da qual circula-
ram apenas dois números, em Paris.
Nela, ele publica o “Ensaio sobre a história da literatura brasi-
leira”, considerado o nosso primeiro manifesto romântico. Essa es-
cola literária só teve seu marco final no ano de 1881, quando foram 
lançados os primeiros romances de tendência naturalista e realista, 
como “O mulato”, de Aluízio Azevedo, e “Memórias póstumas de 
Brás Cubas”, de Machado de Assis. Manifestações do movimento 
realista, aliás, já vinham ocorrendo bem antes do início da deca-
dência do Romantismo, como, por exemplo, o liderado por Tobias 
Barreto desde 1870, na Escola de Recife.
O Romantismo, como se sabe, define-se como modismo nas 
letras universais a partir dos últimos 25 anos do século XVIII. A se-
gunda metade daquele século,
com a industrialização modificando 
as antigas relações econômicas, leva a Europa a uma nova compo-
sição do quadro político e social, que tanto influenciaria os tempos 
modernos. Daí a importância que os modernistas deram à Revo-
lução Francesa, tão exaltada por Gonçalves de Magalhães. Em seu 
“Discurso sobre a história da literatura do Brasil”, ele diz: “...Eis aqui 
como o Brasil deixou de ser colônia e foi depois elevado à categoria 
de Reino Unido. Sem a Revolução Francesa, que tanto esclareceu os 
povos, esse passo tão cedo se não daria...”.
LÍNGUA PORTUGUESA
5858
a solução para o seu concurso!
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A classe social delineia-se em duas classes distintas e antagô-
nicas, embora atuassem paralelas durante a Revolução Francesa: 
a classe dominante, agora representada pela burguesia capitalista 
industrial, e a classe dominada, representada pelo proletariado. O 
Romantismo foi uma escola burguesa de caráter ideológico, a favor 
da classe dominante. Daí porque o nacionalismo, o sentimentalis-
mo, o subjetivismo e o irracionalismo - características marcantes do 
Romantismo inicial - não podem ser analisados isoladamente, sem 
se fazer menção à sua carga ideológica.
Novas influências - No Brasil, o momento histórico em que 
ocorre o Romantismo tem que ser visto a partir das últimas pro-
duções árcades, caracterizadas pela sátira política de Gonzaga e 
Silva Alvarenga. Com a chegada da Corte, o Rio de Janeiro passa 
por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à 
divulgação das novas influências europeias. A colônia caminhava no 
rumo da independência.
Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de na-
cionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza pá-
tria. Na realidade, características já cultivadas na Europa, e que se 
encaixaram perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar pro-
fundas crises sociais, financeiras e econômicas.
De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado, como 
reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembleia 
Constituinte; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; 
a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação 
de ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abolição 
da escravatura. Segue-se o período regencial e a maioridade pre-
matura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge 
o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, 
de nacionalismo.
No final do Romantismo brasileiro, a partir de 1860, as transfor-
mações econômicas, políticas e sociais levam a uma literatura mais 
próxima da realidade; a poesia reflete as grandes agitações, como 
a luta abolicionista, a Guerra do Paraguai, o ideal de República. É 
a decadência do regime monárquico e o aparecimento da poesia 
social de Castro Alves. No fundo, uma transição para o Realismo.
O Romantismo apresenta uma característica inusitada: revela 
nitidamente uma evolução no comportamento dos autores român-
ticos. A comparação entre os primeiros e os últimos representantes 
dessa escola mostra traços peculiares a cada fase, mas discrepantes 
entre si. No caso brasileiro, por exemplo, há uma distância consi-
derável entre a poesia de Gonçalves Dias e a de Castro Alves. Daí a 
necessidade de se dividir o Romantismo em fases ou gerações. No 
romantismo brasileiro podemos reconhecer três gerações: Geração 
Nacionalista ou indianista; geração do “mal do século” e a “geração 
condoreira”.
A primeira (nacionalista ou indianista) é marcada pela exalta-
ção da natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação 
do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação 
“geração indianista”. O sentimentalismo e a religiosidade são outras 
características presentes. Entre os principais autores, destacam-se 
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto.
Egocentrismo - A segunda (do mal do século, também chamada 
de geração byroniana, de Lord Byron) é impregnada de egocentris-
mo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida, desilusão adolescen-
te e tédio constante. Seu tema preferido é a fuga da realidade, que 
se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na 
exaltação da morte. Os principais poetas dessa geração foram Ál-
vares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes 
Varela.
A geração condoreira, caracterizada pela poesia social e liber-
tária, reflete as lutas internas da segunda metade do reinado de D. 
Pedro II. Essa geração sofreu intensamente a influência de Victor 
Hugo e de sua poesia político-social, daí ser conhecida como gera-
ção hugoana. O termo condoreirismo é consequência do símbolo 
de liberdade adotado pelos jovens românticos: o condor, águia que 
habita o alto da condilheira dos Antes. Seu principal representante 
foi Castro Alves, seguido por Tobias Barreto e Sousândrade.
Duas outras variações literárias do Romantismo merecem des-
taque: a prosa e o teatro romântico. José de Nicola demonstrou 
quais as explicações para o aparecimento e desenvolvimento do 
romance no Brasil: “A importação ou simples tradução de romances 
europeus; a urbanização do Rio de Janeiro, transformado, então, 
em Corte, criando uma sociedade consumidora representada pela 
aristocracia rural, profissionais liberais, jovens estudantes, todos em 
busca de entretenimento; o espírito nacionalista em consequência 
da independência política a exigir uma “cor local” para os enredos; 
o jornalismo vivendo o seu primeiro grande impulso e a divulgação 
em massa de folhetins; o avanço do teatro nacional.”.
Os romances respondiam às exigências daquele público leitor; 
giravam em torno da descrição dos costumes urbanos, ou de ame-
nidades das zonas rurais, ou de imponentes selvagens, apresentan-
do personagens idealizados pela imaginação e ideologia românticas 
com os quais o leitor se identificava, vivendo uma realidade que lhe 
convinha. Algumas poucas obras, porém, fugiram desse esquema, 
como “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio 
de Almeida, e até “Inocência”, do Visconde de Taunay.
Ao se considerar a mera cronologia, o primeiro romance bra-
sileiro foi “O filho do pescador”, publicado em 1843, de autoria de 
Teixeira de Souza (1812-1881). Mas se tratava de um romance senti-
mentalóide, de trama confusa e que não serve para definir as linhas 
que o romance romântico seguiria na literatura brasileira.
Por esta razão, sobretudo pela aceitação obtida junto ao 
público leitor, justamente por ter moldado o gosto deste público 
ou correspondido às suas expectativas, convencionou-se adotar o 
romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, publicado 
em 1844, como o primeiro romance brasileiro.
Dentro das características básicas da prosa romântica, desta-
cam-se, além de Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de 
Almeida e José de Alencar. Almeida, por sinal, com as “Memórias de 
um Sargento de Milícias” realizou uma obra totalmente inovadora 
para sua época, exatamente quando Macedo dominava o ambiente 
literário. As peripécias de um sargento descritas por ele podem ser 
consideradas como o verdadeiro romance de costumes do Roman-
tismo brasileiro, pois abandona a visão da burguesia urbana, para 
retratar o povo com toda a sua simplicidade.
“Casamento” - José de Alencar, por sua vez, aparece na litera-
tura brasileira como o consolidador do romance, um ficcionista que 
cai no gosto popular. Sua obra é um retrato fiel de suas posições 
políticas e sociais. Ele defendia o “casamento” entre o nativo e o 
europeu colonizador, numa troca de favores: uns ofereciam a natu-
reza virgem, um solo esplêndido; outros a cultura. Da soma desses 
fatores resultaria um Brasil independente. “O guarani” é o melhor 
exemplo, ao se observar a relação do principal personagem da obra, 
o índio Peri, com a família de D. Antônio de Mariz.
Esse jogo de interesses entre o índio e o europeu, proposto 
por Alencar, aparece também em Iracema (um anagrama da pala-
vra América), na relação da índia com o Português Martim. Moacir, 
filho
de Iracema e Martim, é o primeiro brasileiro fruto desse casa-
mento.
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José de Alencar diversificou tanto sua obra, que tornou pos-
sível uma classificação por modalidades: romances urbanos ou de 
costumes (retratando a sociedade carioca de sua época - o Rio do 
II Reinado); romances históricos (dois, na verdade, voltados para 
o período colonial brasileiro - “As minas de prata” e “A guerra dos 
mascates”); romances regionais (“O sertanejo” e “O gaúcho” são 
as duas obras regionais de Alencar); romances rurais (como “Til” e 
“O tronco do ipê”); e romances indianistas (que trouxeram maior 
popularidade para o escritor, como “O Guarani”, “Iracema” e “Ubi-
rajara”).
Realismo e Naturalismo
“O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantis-
mo era a apoteose do sentimento - o Realismo é a anatomia do ca-
ráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios 
olhos - para condenar o que houve de mau na nossa sociedade”. Ao 
cunhar este conceito, Eça de Queiroz sintetizou a visão de vida que 
os autores da escola realista tinham do homem durante e logo após 
o declínio do Romantismo.
Esse estilo de época teve uma prévia: os românticos Castro Al-
ves, Sousândrade e Tobias Barreto, embora fizessem uma poesia 
romântica na forma e na expressão, utilizavam temas voltados para 
a realidade político-social da época (final da década de 1860). Da 
mesma forma, algumas produções do romance romântico já apon-
tavam para um novo estilo na literatura brasileira, como algumas 
obras de Manuel Antônio de Almeida, Franklin Távora e Visconde 
de Taunay. Começava-se o abandono do Romantismo enquanto sur-
giam os primeiros sinais do Realismo.
Na década de 70 surge a chamada Escola de Recife, com Tobias 
Barreto, Silvio Romero e outros, aproximando-se das ideias euro-
peias ligadas ao positivismo, ao evolucionismo e, principalmente, 
à filosofia. São os ideais do Realismo que encontravam ressonância 
no conturbado momento histórico vivido pelo Brasil, sob o signo do 
abolicionismo, do ideal republicano e da crise da Monarquia.
No Brasil considera-se 1881 como o ano inaugural do Realismo. 
De fato, esse foi um ano fértil para a literatura brasileira, com a pu-
blicação de dois romances fundamentais, que modificaram o curso 
de nossas letras: Aluízio Azevedo publica “O mulato”, considerado 
o primeiro romance naturalista do Brasil; Machado de Assis publica 
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, o primeiro romance realista 
de nossa literatura.
Na divisão tradicional da história da literatura brasileira, o ano 
considerado data final do Realismo é 1893, com a publicação de 
“Missal” e “Broquéis”, ambos de Cruz e Sousa, obras inaugurais do 
Simbolismo, mas não o término do Realismo e suas manifestações 
na prosa - com os romances realistas e naturalistas - e na poesia, 
com o Parnasianismo “Príncipe dos poetas” - Da mesma forma, 
o início do Simbolismo, em 1893, não representou o fim do Rea-
lismo, porque obras realistas foram publicadas posteriormente a 
essa data, como “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, em 1900, 
e “Esaú e Jacó”, do mesmo autor, em 1904. Olavo Bilac, chamado 
“príncipe dos poetas”, obteve esta distinção em 1907. A Academia 
Brasileira de Letras, templo do Realismo, também foi inaugurada 
posteriormente à data-marco do fim do Realismo: 1897. Na realida-
de, nos últimos vinte anos do século XIX e nos primeiros do século 
XX, três estéticas se desenvolvem paralelamente: o Realismo e suas 
manifestações, o Simbolismo e o Pré-Modernismo, que só conhe-
cem o golpe fatal em 1922, com a Semana de Arte Moderna.
O Realismo reflete as profundas transformações econômicas, 
políticas, sociais e culturais da segunda metade do século XIX. A 
Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, entra numa nova fase, 
caracterizada pela utilização do aço, do petróleo e da eletricidade; 
ao mesmo tempo, o avanço científico leva a novas descobertas nos 
campos da física e da química. O capitalismo se estrutura em mol-
des modernos, com o surgimento de grandes complexos industriais, 
aumentando a massa operária urbana, e formando uma população 
marginalizada, que não partilha dos benefícios do progresso indus-
trial, mas, pelo contrário, é explorada e sujeita a condições subu-
manas de trabalho.
O Brasil também passa por mudanças radicais tanto no cam-
po econômico quanto no político-social, no período compreendido 
entre 1850 e 1900, embora com profundas diferenças materiais, 
se comparadas às da Europa. A campanha abolicionista intensifica-
-se a partir de 1850; a Guerra do Paraguai (1864/1870) tem como 
consequência o pensamento republicano (o Partido Republicano 
foi fundado no ano em que essa guerra terminou); a Monarquia 
vive uma vertiginosa decadência. A Lei Áurea, de 1888, não resolveu o 
problema dos negros, mas criou uma nova realidade: o fim da mão-de-
-obra escrava e a sua substituição pela mão-de-obra assalariada, então 
representada pelas levas de imigrantes europeus que vinham trabalhar 
na lavoura cafeeira, o que originou uma nova economia voltada para o 
mercado externo, mas agora sem a estrutura colonialista.
Raul Pompéia, Machado de Assis e Aluízio Azevedo transfor-
maram-se nos principais representantes da escola realista no Brasil. 
Ideologicamente, os autores desse período são antimonárquicos, 
assumindo uma defesa clara do ideal republicano, como nos ro-
mances “O mulato”, “O cortiço” e “O Ateneu”. Eles negam a burgue-
sia a partir da família. A expressão Realismo é uma denominação 
genérica da escola literária, que abriga três tendências distintas: 
“romance realista”, “romance naturalista” e “poesia parnasiana”.
O romance realista foi exaustivamente cultivado no Brasil por 
Machado de Assis. Trata-se de uma narrativa mais preocupada com 
a análise psicológica, fazendo a crítica à sociedade a partir do com-
portamento de determinados personagens. Para se ter uma ideia, 
os cinco romances da fase realista de Machado de Assis apresentam 
nomes próprios em seus títulos (“Brás Cubas”; “Quincas Borba”; 
“Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó”; e “Aires”). Isto revela uma clara 
preocupação com o indivíduo. O romance realista analisa a socieda-
de por cima. Em outras palavras: seus personagens são capitalistas, 
pertencem à classe dominante. O romance realista é documental, 
retrato de uma época.
Naturalismo
O romance naturalista, por sua vez, foi cultivado no Brasil por 
Aluísio Azevedo e Júlio Ribeiro. Aqui, Raul Pompéia também pode 
ser incluído, mas seu caso é muito particular, pois seu romance “O 
Ateneu” ora apresenta características naturalistas, ora realistas, ora 
impressionistas. A narrativa naturalista é marcada pela forte análise 
social, a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando o 
coletivo. Os títulos das obras naturalistas apresentam quase sem-
pre a mesma preocupação: “O mulato”, “O cortiço”, “Casa de pen-
são”, “O Ateneu”.
O Naturalismo apresenta romances experimentais. A influência 
de Charles Darwin se faz sentir na máxima segundo a qual o homem 
é um animal; portanto antes de usar a razão deixa-se levar pelos 
instintos naturais, não podendo ser reprimido em suas manifesta-
ções instintivas, como o sexo, pela moral da classe dominante. A 
constante repressão leva às taras patológicas, tão ao gosto do Na-
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turalismo. Em consequência, esses romances são mais ousados e 
erroneamente tachados, por alguns, de pornográficos, apresentan-
do descrições minuciosas de atos sexuais, tocando, inclusive, em te-
mas então proibidos como o homossexualismo - tanto o masculino 
(O Ateneu), quanto o feminino (O cortiço).
O Parnasianismo
A poesia parnasiana preocupa-se com a forma e a objetivida-
de, com seus sonetos alexandrinos perfeitos. Olavo Bilac, Raimun-
do Correia e Alberto de Oliveira formam a trindade parnasiana O 
Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, dizem alguns 
estudiosos da literatura brasileira, embora ideologicamente
não 
mantenha todos os pontos de contato com os romancistas realistas 
e naturalistas. Seus poetas estavam à margem das grandes transfor-
mações do final do século XIX e início do século XX.
Culto à forma - A nova estética se manifesta a partir do final da 
década de 1870, prolongando-se até a Semana de Arte Moderna. 
Em alguns casos chegou a ultrapassar o ano de 1922 (não conside-
rando, é claro, o neo-parnasianismo). Objetividade temática e culto 
da forma: eis a receita. A forma fixa representada pelos sonetos; a 
métrica dos versos alexandrinos perfeitos; a rima rica, rara e perfei-
ta. Isto tudo como negação da poesia romântica dos versos livres e 
brancos. Em suma, é o endeusamento da forma.
O Simbolismo
É comum, entre críticos e historiadores, afirmar-se que o Bra-
sil não teve momento típico para o Simbolismo, sendo essa escola 
literária a mais europeia, dentre as que contaram com seguidores 
nacionais, no confronto com as demais. Por isso, foi chamada de 
“produto de importação”. O Simbolismo no Brasil começa em 1893 
com a publicação de dois livros: “Missal” (prosa) e “Broquéis” (po-
esia), ambos do poeta catarinense Cruz e Sousa, e estende-se até 
1922, quando se realizou a Semana de Arte Moderna.
O início do Simbolismo não pode ser entendido como o fim da 
escola anterior, o Realismo, pois no final do século XIX e início do sé-
culo XX tem-se três tendências que caminham paralelas: Realismo, 
Simbolismo e pré-modernismo, com o aparecimento de alguns au-
tores preocupados em denunciar a realidade brasileira, entre eles 
Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato. Foi a Semana 
de Arte Moderna que, pois, fim a todas as estéticas anteriores e 
traçou, de forma definitiva, novos rumos para a literatura do Brasil.
Transição - O Simbolismo, em termos genéricos, reflete um mo-
mento histórico extremamente complexo, que marcaria a transição 
para o século XX e a definição de um novo mundo, consolidado a 
partir da segunda década deste século. As últimas manifestações 
simbolistas e as primeiras produções modernistas são contemporâ-
neas da primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa.
Nesse contexto de conflitos e insatisfações mundiais (que mo-
tivou o surgimento do Simbolismo), era natural que se imaginasse 
a falta de motivos para o Brasil desenvolver uma escola de época 
como essa. Mas é interessante notar que as origens do Simbolismo 
brasileiro se deram em uma região magirnalizada pela elite cultural 
e política: o Sul - a que mais sofreu com a oposição à recém-nas-
cida república, ainda impregnada de conceitos, teorias e práticas 
militares. A República de então não era a que se desejava. E o Rio 
Grande do Sul, onde a insatisfação foi mais intensa, transformou-se 
em palco de lutas sangrentas iniciadas em 1893, o mesmo ano do 
início do Simbolismo.
A Revolução Federalista (1893 a 1895), que começou como 
uma disputa regional, ganhou dimensão nacional ao se opor ao 
governo de Floriano Peixoto, gerando cenas de extrema violência 
e crueldade no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Além 
disso, surgiu a Revolta da Armada, movimento rebelde que exigiu a 
renúncia de Floriano, combatendo, sobretudo, a Marinha brasileira. 
Ao conseguir esmagar os revoltosos, o presidente consegue conso-
lidar a República.
Esse ambiente provavelmente representou a origem do Sim-
bolismo, marcado por frustrações, angústias, falta de perspectivas, 
rejeitando o fato e privilegiando o sujeito.
E isto é relevante pois a principal característica desse estilo de 
época foi justamente a negação do Realismo e suas manifestações. 
A nova estética nega o cientificismo, o materialismo e o racionalis-
mo. E valoriza as manifestações metafísicas e espirituais, ou seja, o 
extremo oposto do Naturalismo e do Parnasianismo.
“Dante Negro” - Impossível referir-se ao Simbolismo sem re-
verenciar seus dois grandes expoentes: Cruz e Sousa e Alphonsus 
de Guimarães. Aliás, não seria exagero afirmar que ambos foram o 
próprio Simbolismo. Especialmente o primeiro, chamado, então, de 
“cisne negro” ou “Dante negro”. Figura mais importante do Simbo-
lismo brasileiro, sem ele, dizem os especialistas, não haveria essa 
estética no Brasil. Como poeta, teve apenas um volume publicado 
em vida: “Broquéis” (os dois outros volumes de poesia são póstu-
mos). Teve uma carreira muito rápida, apesar de ser considerado 
um dos maiores nomes do Simbolismo universal. Sua obra apre-
senta uma evolução importante: na medida em que abandona o 
subjetivismo e a angústia iniciais, avança para posições mais uni-
versalizantes - sua produção inicial fala da dor e do sofrimento do 
homem negro (colocações pessoais, pois era filho de escravos), mas 
evolui para o sofrimento e a angústia do ser humano.
Já Alphonsus de Guimarães preferiu manter-se fiel a um “tri-
ângulo” que caracterizou toda a sua obra: misticismo, amor e mor-
te. A crítica o considera o mais místico poeta de nossa literatura. O 
amor pela noiva, morta às vésperas do casamento, e sua profunda 
religiosidade e devoção por Nossa Senhora, gerou, e não poderia 
ser diferente, um misticismo que beirava o exagero. Um exemplo 
é o “Setenário das dores de Nossa Senhora”, em que ele atesta sua 
devoção pela Virgem. A morte aparece em sua obra como um único 
meio de atingir a sublimação e se aproximar de Constança - a noiva 
morta - e da virgem. Daí o amor aparecer sempre espiritualizado.
A própria decisão de se isolar na cidade mineira de Mariana, 
que ele próprio considerou sua “torre de marfim”, é uma postura 
simbolista.
O Pré-modernismo
O que se convencionou chamar de pré-modernismo no Brasil 
não constitui uma escola literária. Pré-modernismo, é, na verdade, 
um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária, 
que caracteriza os primeiros vinte anos deste século.
Nele é que se encontram as mais variadas tendências e estilos 
literários - desde os poetas parnasianos e simbolistas, que conti-
nuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvol-
ver um novo regionalismo, alguns preocupados com uma literatura 
política, e outros com propostas realmente inovadoras. É grande a 
lista dos autores que pertenceram ao pré-modernismo, mas, indis-
cutivelmente, merecem destaque: Euclides da Cunha, Lima Barreto, 
Graça Aranha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos.
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Assim, pode-se dizer que essa escola começou em 1902, com 
a publicação de dois livros: “Os sertões”, de Euclides da Cunha, e 
“Canaã”, de Graça Aranha, e se estende até o ano de 1922, com a 
realização da Semana de Arte Moderna.
Apesar de o pré-modernismo não constituir uma escola literá-
ria, apresentando individualidades muito fortes, com estilos às ve-
zes antagônicos - como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha 
e Lima Barreto - percebe-se alguns pontos comuns entre as princi-
pais obras pré-modernistas: 
a) eram obras inovadoras, que apresentavam ruptura com o 
passado, com o academicismo; 
b) primavam pela denúncia da realidade brasileira, negando 
o Brasil literário, herdado do Romantismo e do Parnasianismo. O 
grande tema do pré-modernismo é o Brasil não oficial do sertão 
nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios; 
c) acentuavam o regionalismo, com o qual os autores acabam 
montando um vasto painel brasileiro: o Norte e o Nordeste nas 
obras de Euclides da Cunha, o Vale do Rio Paraíba e o interior pau-
lista nos textos de Monteiro Lobato, o Espírito Santo, retratado por 
Graça Aranha, ou o subúrbio carioca, temática quase que invariável 
da obra de Lima Barreto; 
d) difundiram os tipos humanos marginalizados, que tiveram 
ampliado o seu perfil, até então desconhecido, ou desprezado, 
quando conhecido - o sertanejo nordestino, o caipira, os funcioná-
rios públicos, o mulato; 
e) traçaram uma ligação entre os fatos políticos, econômicos e 
sociais contemporâneos, aproximando a ficção da realidade.
Esses escritores acabaram produzindo uma redescoberta do 
Brasil, mais próxima da realidade, e pavimentaram
o caminho para 
o período literário seguinte, o Modernismo, iniciado em 1922, que 
acentuou de vez a ruptura com o que até então se conhecia como 
literatura brasileira.
A Semana de Arte Moderna
O Modernismo, como tendência literária, ou estilo de época, 
teve seu prenúncio com a realização da Semana de Arte Moderna 
no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro 
de 1922. Idealizada por um grupo de artistas, a Semana pretendia 
colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do 
pensamento europeu, ao mesmo tempo que pregava a tomada de 
consciência da realidade brasileira.
O Movimento não deve ser visto apenas do ponto de vista ar-
tístico, como recomendam os historiadores e críticos especializados 
em história da literatura brasileira, mas também como um movi-
mento político e social. O País estava dividido entre o rural e o urba-
no. Mas o bloco urbano não era homogêneo. As principais cidades 
brasileiras, em particular São Paulo, conheciam uma rápida trans-
formação como consequência do processo industrial. A primeira 
Guerra Mundial foi a responsável pelo primeiro surto de industria-
lização e consequente urbanização. O Brasil contava com 3.358 in-
dústrias em 1907. Em 1920, esse número pulou para 13.336. Isso 
significou o surgimento de uma burguesia industrial cada dia mais 
forte, mas marginalizada pela política econômica do governo fede-
ral, voltada para a produção e exportação do café.
Imigrantes - Ao lado disso, o número de imigrantes europeus 
crescia consideravelmente, especialmente os italianos, distribuin-
do-se entre as zonas produtoras de café e as zonas urbanas, onde 
estavam as indústrias. De 1903 a 1914, o Brasil recebeu nada menos 
que 1,5 milhão de imigrantes. Nos centros urbanos criou-se uma 
faixa considerável de população espremida pelos barões do café e 
pela alta burguesia, de um lado, e pelo operariado, de outro. Surge 
a pequena burguesia, formada por funcionários públicos, comer-
ciantes, profissionais liberais e militares, entre outros, criando uma 
massa politicamente “barulhenta” e reivindicatória. A falta de ho-
mogeneidade no bloco urbano tem origem em alguns aspectos do 
comportamento do operariado. Os imigrantes de origem europeia 
trazem suas experiências de luta de classes. Em geral esses traba-
lhadores eram anarquistas e suas ações resultavam, quase sempre, 
em greves e tensões sociais de toda sorte, entre 1905 e 1917. Um 
ano depois, quando ocorreu a Revolução Russa, os artigos na im-
prensa a esse respeito tornaram-se cada vez mais comuns. O par-
tido comunista seria fundado em 1922. Desde então, ocorreria o 
declínio da influência anarquista no movimento operário.
Desta forma, circulavam pela cidade de São Paulo, numa mes-
ma calçada, um barão do café, um operário anarquista, um padre, 
um burguês, um nordestino, um professor, um negro, um comer-
ciante, um advogado, um militar etc., formando, de fato, uma “pau-
liceia desvairada” (título de célebre obra de Mário de Andrade). 
Esse desfile inusitado e variado de tipos humanos serviu de palco 
ideal para a realização de um evento que mostrasse uma arte inova-
dora a romper com as velhas estruturas literárias vigentes no País.
O Modernismo - (primeira fase)
O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento mo-
dernista, justamente em consequência da necessidade de defini-
ções e do rompimento de todas as estruturas do passado. Daí o 
caráter anárquico desta primeira fase modernista e seu forte sen-
tido destruidor.
Ao mesmo tempo em que se procura o moderno, o original e 
o polêmico, o nacionalismo se manifesta em suas múltiplas facetas: 
uma volta às origens, à pesquisa das fontes quinhentistas, à procu-
ra de uma língua brasileira (a língua falada pelo povo nas ruas), as 
paródias, numa tentativa de repensar a história e a literatura mani-
festos nacionalistas do Pau-Brasil (o Manifesto do Pau-Brasil, escrito 
por Oswald de Andrade em 1924, propõe uma literatura extrema-
mente vinculada à realidade brasileira) e da Antropofagia, dentro 
da linha comandada por Oswald de Andrade. Mas havia também os 
manifestos do Verde-Amarelismo e o do Grupo da Anta, que trazem 
a semente do nacionalismo fascista comandado por Plínio Salgado.
No final da década de 20, a postura nacionalista apresenta duas 
vertentes distintas: de um lado, um nacionalismo crítico, conscien-
te, de denúncia da realidade brasileira e identificado politicamente 
com as esquerdas; de outro, o nacionalismo ufanista, utópico, exa-
gerado, identificado com as correntes políticas de extrema direita.
Entre os principais nomes dessa primeira fase do Modernismo, 
que continuariam a produzir nas décadas seguintes, destacam-se 
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio 
de Alcântara Machado, além de Menotti del Picchia, Cassiano Ricar-
do, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado.
O Modernismo - (segunda fase)
O período de 1930 a 1945 registrou a estreia de alguns dos 
nomes mais significativos do romance brasileiro. Refletindo o mes-
mo momento histórico e apresentando as mesmas preocupações 
dos poetas da década de 30 (Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos 
Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes), a 
segunda fase do Modernismo apresenta autores como José Lins do 
Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico 
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Veríssimo, que produzem uma literatura de caráter mais construti-
vo, de maturidade, aproveitando as conquistas da geração de 1922 
e sua prosa inovadora.
Efeitos da crise - Na década de 30, o País passava por gran-
des transformações, fortemente marcadas pela revolução de 30 e 
o questionamento das oligarquias tradicionais. Não havia como não 
sentir os efeitos da crise econômica mundial, os choques ideológi-
cos que levavam a posições mais definidas e engajadas. Tudo isso 
formou um campo propício ao desenvolvimento de um romance 
caracterizado pela denúncia social, verdadeiro documento da reali-
dade brasileira, atingindo um elevado grau de tensão nas relações 
do indivíduo com o mundo.
Nessa busca do homem brasileiro “espalhado nos mais distan-
tes recantos de nossa terra”, no dizer de José Lins do Rego, o regio-
nalismo ganha uma importância até então não alcançada na litera-
tura brasileira, levando ao extremo as relações do personagem com 
o meio natural e social. Destaque especial merecem os escritores 
nordestinos que vivenciam a passagem de um Nordeste medieval 
para uma nova realidade capitalista e imperialista. E nesse aspecto, 
o Baiano Jorge Amado é um dos melhores representantes do ro-
mance brasileiro, quando retrata o drama da economia cacaueira, 
desde a conquista e uso da terra até a passagem de seus produtos 
para as mãos dos exportadores. Mas também não se pode esquecer 
de José Lins do Rego, com as suas regiões de cana, os banguês e os 
engenhos sendo devorados pelas modernas usinas.
O primeiro romance representativo do regionalismo nordes-
tino, que teve seu ponto de partida no Manifesto Regionalista de 
1926, foi “A bagaceira”, de José Américo de Almeida, publicado em 
1928. Verdadeiro marco na história literária do Brasil, sua importân-
cia deve-se mais à temática (a seca, os retirantes, o engenho) e ao 
caráter social do romance, do que aos valores estéticos.
Pós-Modernismo
O Pós-Modernismo se insere no contexto dos extraordinários 
fenômenos sociais e políticos de 1945. Foi o ano que assistiu ao fim 
da Segunda Guerra Mundial e ao início da Era Atômica, com as ex-
plosões de Hiroshima e Nagasaki. O mundo passa a acreditar numa 
paz duradoura. Cria-se a Organização das Nações Unidas (ONU) e, 
em seguida, publica-se a Declaração dos Direitos do Homem. Mas, 
logo depois, inicia-se a Guerra Fria.
Paralelamente a tudo isso, o Brasil vive o fim da ditadura de 
Getúlio Vargas. O País inicia um processo de redemocratização. 
Convoca-se uma eleição geral e os partidos são legalizados. Apesar 
disso, abre-se um novo tempo de perseguições políticas,
ilegalida-
des e exílios.
A literatura brasileira também passa por profundas alterações, 
com algumas manifestações representando muitos passos adiante; 
outras, um retrocesso. O jornal “O Tempo”, excelente crítico literá-
rio, encarrega-se de fazer a seleção.
Intimismo - A prosa, tanto nos romances como nos contos, 
aprofunda a tendência já trilhada por alguns autores da década de 
30, em busca de uma literatura intimista, de sondagem psicológica, 
introspectiva, com destaque para Clarice Lispector.
Ao mesmo tempo, o regionalismo adquire uma nova dimensão 
com a produção fantástica de João Guimarães Rosa e sua recriação 
dos costumes e da fala sertaneja, penetrando fundo na psicologia 
do jagunço do Brasil central.
Na poesia, ganha corpo, a partir de 1945, uma geração de poe-
tas que se opõe às conquistas e inovações dos modernistas de 1922. 
A nova proposta foi defendida, inicialmente, pela revista Orfeu, cujo 
primeiro número é lançado na “Primavera de 1947” e que afirma, 
entre outras coisas, que “uma geração só começa a existir no dia em 
que não acredita nos que a precederam, e só existe realmente no 
dia em que deixam de acreditar nela.”
Essa geração de escritores negou a liberdade formal, as ironias, 
as sátiras e outras “brincadeiras” modernistas. Os poetas de 45 par-
tem para uma poesia mais equilibrada e séria”, distante do que eles 
chamavam de “primarismo desabonador” de Mário de Andrade e 
Oswald de Andrade. A preocupação primordial era quanto ao resta-
belecimento da forma artística e bela; os modelos voltam a ser os 
mestres do Parnasianismo e do Simbolismo.
Esse grupo, chamado de Geração de 45, era formado, entre 
outros poetas, por Lêdo Ivo, Péricles Eugênio da Silva Ramos, Geir 
Campos e Darcy Damasceno. O final dos anos 40, no entanto, reve-
lou um dos mais importantes poetas da nossa literatura, não filiado 
esteticamente a qualquer grupo e aprofundador das experiências 
modernistas anteriores: ninguém menos que João Cabral de Melo 
Neto. Contemporâneos a ele, e com alguns pontos de contato com 
sua obra, destacam-se Ferreira Gullar e Mauro Mota.
A produção contemporânea
Produção contemporânea deve ser entendida como as obras 
e movimentos literários surgidos nas décadas de 60 e 70, e que 
refletiram um momento histórico caracterizado inicialmente pelo 
autoritarismo, por uma rígida censura e enraizada autocensura. Seu 
período mais crítico ocorreu entre os anos de 1968 e 1978, durante 
a vigência do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Tanto que, logo após a 
extinção do Ato, verificou-se uma progressiva normalização no País.
As adversidades políticas, no entanto, não mergulharam o País 
numa calmaria cultural. Ao contrário, as décadas de 60 e 70 assisti-
ram a uma produção cultural bastante intensa em todos os setores.
Na poesia, percebe-se a preocupação em manter uma temática 
social, um texto participante, com a permanência de nomes consa-
grados como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo 
Neto e Ferreira Gullar, ao lado de outros poetas que ainda apara-
vam as arestas em suas produções.
Visual - O início da década de 60 apresentou alguns grupos em 
luta contra o que chamaram “esquemas analítico-discursivos da sin-
taxe tradicional”. Ao mesmo tempo, esses grupos buscavam solu-
ções no aproveitamento visual da página em branco, na sonoridade 
das palavras e nos recursos gráficos. O sintoma mais importante 
desse movimento foi o surgimento da Poesia Concreta e da Poesia 
Práxis. Paralelamente, surgia a poesia “marginal”, que se desenvol-
veu fora dos grandes esquemas industriais e comerciais de produ-
ção de livros.
No romance, ao lado da última produção de Jorge Amado e 
Érico Veríssimo, e das obras “lacriminosas” de José Mauro de Vas-
concelos (“Meu pé de Laranja-Lima”, “Barro Blanco”), de muito su-
cesso junto ao grande público, tem se mantido o regionalismo de 
Mário Palmério, Bernardo Élis, Antônio Callado, Josué Montello e 
José Cândido de Carvalho. Dentre os intimistas, destacam-se Os-
man Lins, Autran Dourado e Lygia Fagundes Telles.
Na prosa, as duas décadas citadas assistiram à consagração das 
narrativas curtas (crônica e conto). O desenvolvimento da crônica 
está intimamente ligado ao espaço aberto a esse gênero na grande 
imprensa. Hoje, por exemplo, não há um grande jornal que não in-
clua em suas páginas crônicas de Rubem Braga, Fernando Sabino, 
Carlos Heitor Cony, Paulo Mendes Campos, Luís Fernando Veríssimo 
e Lourenço Diaféria, entre outros. Deve-se fazer uma menção espe-
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cial a Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), que, com suas bem-hu-
moradas e cortantes sátiras político-sociais, escritas na década de 
60, tem servido de mestre a muitos cronistas.
O conto, por outro lado, analisado no conjunto das produções 
contemporâneas, situa-se em posição privilegiada tanto em quali-
dade quanto em quantidade. Entre os contistas mais significativos, 
destacam-se Dalton Trevisan, Moacyr Scliar, Samuel Rawet, Rubem 
Fonseca, Domingos Pellegrini Jr. e João Antônio.
QUESTÕES
1. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – AROEIRA – 
2021
Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de dife-
rentes tipologias textuais como base dos gêneros materializados 
nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme o 
código de cada tipologia.
( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro 
do Rio grande. --- Chama-se? --- Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. 
--- O marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS, 
Machado de Assis.Maria Cora.)
( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa, 
entrou calado no quarto e dormiu.
( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a 
compaixão, a generosidade, a alegria e o otimismo.
( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como ca-
racterísticas fí sicas o cabelo liso, pele macia, olhos claros, nariz 
fino. Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES, 
André, Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.)
( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais 
negativos do que os traumas fí sicos.
( 1 ) narrativa; 
( 2 ) dialogal; 
( 3 ) argumentativa; 
( 4 ) injuntiva; 
( 5 ) descritiva.
Está correta a alternativa:
(A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5. 
(B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.
(C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3. 
(D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.
2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-
teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.
Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
muitas vezes homicida,
foi ele quem levou o meu irmão.
É muito calmo o rio de minha terra.
Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
Nas solidões das noites enluaradas
a maldição de Crispim desce
sobre as águas encrespadas.
O rio de minha terra é um deus estranho.
Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
para subir as poucas rampas do seu cais.
Foi conhecendo o movimento da cidade,
a pobreza residente nas taperas marginais.
Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
até roçados de arroz e de feijão.
Na sua obstinada e galopante caminhada,
destruiu paredes, casas, barricadas,
deixando no percurso mágoa e dor.
Depois subiu os degraus da igreja santa
e postou-se horas sob os pés do Criador.
E desceu devagarinho, até deitar-se
novamente no seu leito.
Mas toda noite o seu olhar de rio
fica boiando sob as luzes da cidade.
(Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas-
sifica-se como
(A) pronome.
(B) preposição.
(C) artigo.
(D) advérbio.
(E) conjunção. 
3. INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para res-
ponder à questão que a ele se refere.
Texto 01
Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/38102601. Acesso em: 18 
set. 2022.
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De acordo com o texto, “[...]
sair de um acidente em alta velocidade pelo vidro da frente” indica uma 
(A) solução.
(B) alternativa.
(C) prevenção.
(D) consequência.
(E) precaução.
4. FGV - 2022 - TJ-DFT - Oficial de Justiça Avaliador Federal- “Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos, 
às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é: 
(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa; 
(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;
(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;
(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;
(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.
5. FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Segurança da Informação- “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos 
do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um dicionário 
muito mais maravilhoso.”
Depreende-se desse pensamento que seu autor:
(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;
(B) deve tudo que conhece ao dicionário;
(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;
(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida;
(E)constatou que os dicionários registram o melhor da vida.
6. COTEC - 2022 - Prefeitura de Paracatu - MG - Técnico Higiene Dental - INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para 
responder à questão que a ele se refere.
Texto 01
Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/triste-fim-relacoes-afetivas/. Acesso em: 18 set. 2022.
A vírgula, na fala do primeiro quadro, foi usada de acordo com a norma para separar um
(A) vocativo.
(B) aposto explicativo.
(C) expressão adverbial.
(D) oração coordenada.
(E) predicativo.
7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - Prefeitura de Maringá - PR - Médico Texto CG1A1
Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem uma 
deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com transfor-
mações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar com esse 
grupo.
Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conheci-
do. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França, 
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teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época 
e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional 
de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração 
a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de 1856, o Im-
perial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter privado. No 
seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança 
mais significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto 
Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funciona-
mento até hoje! Essa mudança refletia o princípio de modernização 
da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discus-
sões sobre educação de surdos.
Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande 
influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando 
espaço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos bra-
sileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda 
defendiam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo mé-
todo oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio 
de línguas orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modali-
dades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso 
de Milão, em 11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram 
pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem 
na efetividade desse método na educação das pessoas surdas.
Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua 
Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras 
continuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Poste-
riormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, 
e os surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regu-
lamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, 
apenas em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a 
Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação 
e expressão no país.
Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas ver-
bais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1. 
(A) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preser-
vadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo “mas” 
(primeiro período do quarto parágrafo) fosse eliminada.
(B) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro pa-
rágrafo) poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo 
aos sentidos e à correção gramatical do texto.
(C) A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto 
parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o 
artigo definido “a”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo 
à correção gramatical, pela forma verbal “continuaram”, que 
estabeleceria concordância com o termo “Libras”.
(D) A forma verbal “acreditarem” (quarto período do terceiro 
parágrafo) concorda com “educadores” e por isso está flexio-
nada no plural. 
(E) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facul-
tativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”.
8. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - 
Área Judiciária- A chama é bela
Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela la-
reira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo, 
da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente 
novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a 
televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer 
programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos 
como um programa televisivo.
O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla-
mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz 
ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar 
o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente 
amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de 
claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos 
obriga a imaginar coisas sem nome...
O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância 
cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à 
chama branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, 
a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, 
contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no cora-
ção da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, 
mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fra-
gilidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janei-
ro: Record, 2021, p. 54-55)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: 
(A) Os filhos do autor diante da lareira, não deixaram de se es-
pantar, com o espetáculo inédito daquelas chamas bruxulean-
tes. 
(B) Como metáfora, o fogo por conta de seus inúmeros atribu-
tos, chega mesmo a propiciar expansões, simbólicas e metafó-
ricas. 
(C) Tanto como a do Sol, a luz do fogo, uma vez expandida, 
pode ofuscar os olhos de quem, imprudente, ouse enfrentá-la. 
(D) O autor do texto em momentos descritivos, não deixa de 
insinuar sua atração, pela magia dos poderes e do espetáculo 
do fogo. 
(E) Disponíveis metáforas, parecem se desenvolver quando, 
por amor ou por ódio extremos somos tomados por paixões 
incendiárias.
9. AGIRH - 2022 - Prefeitura de Roseira - SP - Enfermeiro 36 
horas - Assinale o item que contém
erro de ortografia.
(A) Na cultura japonesa, fica desprestigiado para sempre quem 
inflinge as regras da lealdade.
(B) Não conseguindo prever o resultado a que chegariam, sen-
tiu-se frustrado.
(C) Desgostos indescritíveis, porventura, seriam rememorados 
durante a sessão de terapia.
(D) Ao reverso de outros, trazia consigo autoconhecimento e 
autoafirmação.
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10. Unoesc - 2022 - Prefeitura de Maravilha - SC - Agente Admi-
nistrativo - Edital nº 2- Considerando a acentuação tônica, assinale 
as alternativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso.
( ) As palavras “gramática” e “partir” são, respectivamente, 
proparoxítona e oxítona.
( ) “Nós” é uma palavra oxítona.
( ) “César” não é proparoxítona, tampouco oxítona.
( ) “Despretensiosamente” é uma palavra proparoxítona.
( ) “Café” é uma palavra paroxítona.
A sequência correta de cima para baixo é: 
(A) F, V, V, F, V.
(B) V, V, F, V, F. 
(C) V, F, V, F, V.
(D) V, V, V, F, F.
11. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-PB - Médico- Texto CB1A1-I
A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas 
de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa 
porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros 
três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a 
biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas 
no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global 
da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma his-
tória de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde huma-
na estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil 
anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres 
humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava pa-
ralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que 
o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos 
alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente 
contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o re-
corde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as 
japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média 
de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as popula-
ções dos países industrializados podem esperar viver atualmente 
ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais 
do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo. 
Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver 
cada vez mais?
Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 
(com adaptações).
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, jul-
gue o item seguinte.
A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo “au-
mento” (nono período) prejudicaria a correção gramatical e o sen-
tido original do texto.
( )CERTO
( )ERRADO
12. FGV - 2022 - SEAD-AP - Cuidador Uma das marcas da textu-
alidade é a coerência. Entre as frases abaixo, assinale aquela que se 
mostra coerente.
(A) Avise-me se você não receber esta carta.
(B) Só uma coisa a vida ensina: a vida nada ensina. 
(C) Quantos sofrimentos nos custaram os males que nunca 
ocorreram.
(D) Todos os casos são únicos e iguais a outros. 
(E) Como eu disse antes, eu nunca me repito.
13. OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro - 
RS - Controlador Interno- Considerando-se a concordância nominal, 
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assi-
nalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) Agora que tudo passou, sinto que tenho menas tristezas na 
minha vida. 
( ) Posso pedir teu bloco e tua caneta emprestada? 
( ) É proibido a entrada de animais na praia.
(A) C - E - C.
(B) C - E - E.
(C) E - E - C.
(D) E - C - E.
14. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário 
- Área Judiciária
O meu ofício
O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Espe-
ro não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que 
posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extraordi-
nariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a im-
pressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instrumen-
tos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em 
minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma língua 
estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar 
uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros 
conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e 
surda como uma náusea dentro de mim.
Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo mais 
correto, do qual os outros escritores se servem. Não me importa 
nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escrever 
histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo sob 
encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo 
nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen-
sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo 
ou furtadas aqui e ali.
Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu 
país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os 
muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre 
os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que 
podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova 
máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, 
um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi-
lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta, 
atônita, estupefata.
(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. 
Maurício Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, pas-
sim)
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente 
observadas em:
(A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam 
por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.
(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca 
falta a espontaneidade dos bons escritos.
(C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa-
cilidade que encontra ela em escrever seus textos. 
(D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
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tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
(E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
tora, do que os que a levaram a imaginar histórias.
15. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em 
Nutrição Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do 
acento grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está 
corretamente substituído em:
(A) inerentes à determinado momento 
(B) inerentes à regras de convivência
(C) inerentes à regulamentos anteriores
(D) inerentes à evidência de incorreções
16. Assinale a frase com desvio de regência verbal.
(A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas. 
(B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecno-
logia.
(C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico.
(D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber.
(E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande 
cientista.
17. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital 
nº 007- Sendo (C) para as assertivas corretas e (E) para as erradas, 
assinale a alternativa com a sequência certa considerando a obser-
vância das normas da língua portuguesa: 
( ) O futebol é um esporte de que o povo gosta.
( ) Visitei a cidade onde você nasceu.
( ) É perigoso o local a que você se dirige.
( ) Tenho uma coleção de quadros pela qual já me ofereceram 
milhões. 
(A) E – E – E – C 
(B) C – C – C – E 
(C) C – E – E – E 
(D) C – C – C – C
18. FADCT - 2022 - Prefeitura de Ibema - PR - Assistente Admi-
nistrativo- A frase “ O estudante foi convidado para assistir os deba-
tes políticos.” apresenta, de acordo com a norma padrão da Língua 
portuguesa, um desvio de:
(A) Concordância nominal.
(B) Concordância verbal.
(C) Regência verbal. 
(D) Regência nominal
19. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN
- Professor de 
Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)- 
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de aciden-
tes
Luciano Melo 
O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu car-
ro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará e, 
estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela 
via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou-
tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum 
veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de 
dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave 
colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo. 
Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi-
mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se-
melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria 
a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre 
isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente 
somem ou aparecem em uma cena.
 Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de 
perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à 
nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi-
ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa-
mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir 
à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos 
da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem 
notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para 
mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente 
entre uma olhada e outra.
No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por 
uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar 
atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi-
derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam 
o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas.
Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de 
termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende 
por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não 
é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo 
são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à 
nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in-
trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta 
com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica, 
porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um 
gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece 
os acidentes de trânsito.
Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do 
texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes 
centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam 
sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro 
passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria 
vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-
rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não 
tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no 
padrão esperado.
O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e 
nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-
samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-
vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-
táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é 
simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria 
armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria 
ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo. 
E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-
do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.
Essas interpretações podem provocar outras tragédias além de 
acidentes de carro.
Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr. 
2019. (texto adaptado)
LÍNGUA PORTUGUESA
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a solução para o seu concurso!
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No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a 
ocorrência do acento grave é justificada
(A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-
bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um 
nome.
(B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um 
nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um 
verbo.
(C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome, 
e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.
(D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um 
verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um 
nome.
20. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital 
nº 006 
A importância dos debates
É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham 
dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-
resse específico dos eleitores
O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite 
(PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado 
em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de-
mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das 
vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela 
Constituição de 1988, é justamente a de propiciar um maior de-
talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais 
votados na primeira etapa.
Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao 
Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá-
dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões 
importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as 
principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen-
der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise 
das finanças públicas.
Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir 
no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos 
candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro-
paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação 
de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar-
gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar 
os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As 
respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im-
prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por 
parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade.
O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público 
que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra-
ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go-
verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre-
dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho 
venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo 
de interesse específico dos eleitores.
Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus-
sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa-
ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e 
menos passionalismo.
(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-
ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto 
de 2022)
No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente 
a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu-
nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos 
eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há 
ocorrência da crase.
Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a 
alternativa em que há o emprego da crase indevidamente: 
(A) cara a cara; às ocultas; à procura.
(B) face a face; às pressas; à deriva.
(C) à frente; à direita; às vezes.
(D) à tarde; à sombra de; a exceção de.
GABARITO
1 C
2 D
3 D
4 E
5 D
6 A
7 D
8 C
9 A
10 D
11 CERTO
12 B
13 D
14 B
15 D
16 B
17 D
18 C
19 D
20 D
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a solução para o seu concurso!
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RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
LÓGICA: PROPOSIÇÕES,
CONECTIVOS, EQUIVALÊNCIAS 
LÓGICAS, QUANTIFICADORES E PREDICADOS.COMPRE-
ENSÃO E ANÁLISE DA LÓGICA DE UMA SITUAÇÃO, UTILI-
ZANDO AS FUNÇÕES INTELECTUAIS: RACIOCÍNIO VERBAL, 
RACIOCÍNIO MATEMÁTICO, RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, 
ORIENTAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL, FORMAÇÃO DE 
CONCEITOS, DISCRIMINAÇÃO DE ELEMENTOS. RACIOCÍ-
NIO LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS, 
GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS. PROBLEMAS DE CONTA-
GEM E NOÇÕES DE PROBABILIDADE. PROBLEMAS DE 
LÓGICA E RACIOCÍNIO
Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca hipó-
teses, a partir delas, é possível relacionar resultados, obter conclu-
sões e, por fim, chegar a um resultado final.
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas estru-
turas foram organizadas de modo a analisar a estrutura da lógica, 
para poder justamente determinar um modo, para que o caminho 
traçado não seja o errado. Veremos que há diversas estruturas para 
isso, que se organizam de maneira matemática.
A estrutura mais importante são as proposições.
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira 
ou falsa.
Ex.: Carlos é professor.
As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou 
falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é 
verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa.
Importante notar que a proposição deve afirmar algo, acompa-
nhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa frase seja 
“Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a frase não é 
uma proposição.
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não 
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode ser 
classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas in-
formações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado. Nestes 
casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido ao seu 
caráter imperativo.
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos per-
mite deduzir diversas relações entre declarações, assim, iremos 
utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes encade-
amentos.
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas 
(p.ex.: a, b, p, q, …)
Seja a proposição p: Carlos é professor
Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a proposi-
ção se classifica como verdadeira ou falsa.
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. 
Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo 
uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o 
Real”. 
Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou 
mais proposições através de conectivos.
Existem cinco conectivos fundamentais, são eles:
^: e (aditivo) conjunção
Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o 
Real”, posso escrever p ^ q.
v: ou (um ou outro) ou disjunção
p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real
: “ou” exclusivo (este ou aquele, mas não ambos) ou 
disjunção exclusiva (repare o ponto acima do conectivo).
p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas 
nunca ambos)
¬ ou ~: negação
~p: Carlos não é professor
->: implicação ou condicional (se… então…)
p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real
⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)
p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil 
é o Real
Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas estru-
turas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna mais 
natural decifrar esta simbologia.
Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem pa-
recer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que 
estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial 
que tudo esteja extremamente estabelecido.
1 – Princípio da Identidade
p=p
Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual 
(ou equivalente) a ela mesma.
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
7070
a solução para o seu concurso!
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2 – Princípio da Não contradição
p = q v p ≠ q
Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer 
às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja, 
não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao 
mesmo tempo.
3 – Princípio do Terceiro excluído
p v ¬ p
Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira 
ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo 
uma nova (como são duas, uma terceira) opção).
DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como lida-
mos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então, es-
creva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois tente 
traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos nos 
referindo ao processo de argumentar, ou seja, através de argumen-
tos é possível convencer sobre a veracidade de certo assunto.
No entanto, a construção desta argumentação não é necessa-
riamente correta. Veremos alguns casos de argumentação, e como 
eles podem nos levar a algumas respostas corretas e outras falsas.
Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)
Todo ser humano é mortal
Sócrates é um ser humano
Logo Sócrates é mortal
Inferências: Argumentar através da dedução
Se Carlos for professor, haverá aula
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso con-
trário, então Carlos não é professor
Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte 
específica
Roraima fica no Brasil
A moeda do Brasil é o Real
Logo, a moeda de Roraima é o Real
Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma 
parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco
Todo médico usa jaleco
Então todo professor é médico
Vemos que nem todas as formas de argumentação são verda-
des universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem 
minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma 
argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação 
resultar num resultado falso, chamaremos tal argumentação de so-
fismo1.
1 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos 
movimentos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC, 
sendo considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensa-
mento. Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura 
foge da lógica tradicional e se obtém uma conclusão falsa.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse 
encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a 
resultados falsos. Por exemplo:
A água do mar é feita de água e sal
A bolacha de água e sal é feita de água e sal
Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito 
de bolacha)
Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada 
de forma a parecer verdadeira, principalmente se vista com pressa.
Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo 
de sofismo:
Queijo suíço tem buraco
Quanto mais queijo, mais buraco
Quanto mais buraco, menos queijo
Então quanto mais queijo, menos queijo?
LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL)
A lógica proposicional é baseada justamente nas proposições 
e suas relações. Podemos ter dois tipos de proposições, simples ou 
composta.
Em geral, uma proposição simples não utiliza conectivos (e; ou; 
se; se, e somente se). Enquanto a proposição composta são duas ou 
mais proposições (simples) ligadas através destes conectivos.
Mas às vezes uma proposição composta é de difícil análise. 
“Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”. Se Carlos não 
for professor e a moeda do Brasil for o real, a proposição composta 
é verdadeira ou falsa? Temos uma proposição verdadeira e falsa? 
Como podemos lidar com isso?
A melhor maneira de analisar estas proposições compostas é 
através de tabelas-verdades.
A tabela verdade é montada com todas as possibilidades que 
uma proposição pode assumir e suas combinações. Se quiséssemos 
saber sobre uma proposição e sua negativa, teríamos a seguinte ta-
bela verdade:
p ~p
V F
F V
A tabela verdade de uma conjunção (p ^ q)
é a seguinte:
p q p ^ q
V V V
V F F
F V F
F F F
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
71
a solução para o seu concurso!
Editora
Todas as tabelas verdades são as seguintes:
p q p ^ q p v q p -> q p ⇔q p v. q
V V V V V V F
V F F V F F V
F V F V V F V
F F F F V V F
Note que quando tínhamos uma proposição, nossa tabela verdade resultou em uma tabela com 2 linhas e quando tínhamos duas 
proposições nossa tabela era composta por 4 linhas.
A fórmula para o número de linhas se dá através de 2^n, onde n é o número de proposições.
Se tivéssemos a seguinte tabela verdade:
p q r p v q -> r
Mesmo sem preenchê-la, podemos afirmar que ela terá 2³ linhas, ou seja, 8 linhas.
Mais um exemplo:
p q p -> q ~p ~q ~q -> ~p
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V
Note que o resultado de p->q é igual a ~q -> ~p (V-F-F-V). Quando isso acontece, diremos que as proposições compostas são logica-
mente equivalentes (iguais).
Outro exemplo de como a tabela verdade pode nos ajudar a resolver certas proposições mais complicadas: Quero saber os resultados 
para a proposição composta (p^q) -> pvq. O que vamos fazer primeiro é montar a tabela verdade para p^q e pvq. 
p q p^q p v q
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F
Agora que sabemos como nossos elementos se comportam, vamos relacionar com p->q:
p q p->q
V V V
V F F
F V V
F F V
Desta forma, sabemos que a implicação que relaciona V com V resulta em V, e V com F resulta em F, e assim por diante.
Podemos então agora montar nossa tabela completa com todas estas informações:
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
7272
a solução para o seu concurso!
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p q p^q pvp p->q (p^q) -> pvq
V V V V V V
V F F V F V
F V F V V V
F F F F V V
O processo pode parecer trabalhoso, mas a prática faz com que seja rápida a montagem destas tabelas, chegando rapidamente na 
análise da questão e com seu resultado prontamente obtido.
Geralmente, não é simples construir uma tabela verdade, algumas relações podem facilitar as análises. Uma delas são as Leis de Mor-
gan, que negam algumas relações. São elas:
– 1ª lei de Morgan: ¬(p^q) = (¬p) v (¬q)
– 2ª lei de Morgan: ¬(p v q) = (¬p) ^ (¬q)
Vejamos o exemplo para decifrar o que dizem estas leis:
p: Carlos é professor
q: a moeda do Brasil é o Real
Então, através de Morgan, negar p ^ q (Carlos é professor E a moeda do Brasil é o Real,) equivale a dizer, Carlos não é professor OU a 
moeda do Brasil não é o real
Da mesma forma, negar p v q (Carlos é professor OU a moeda do Brasil é o Real) equivale a Carlos não é professor E a moeda do Brasil 
não é o Real.
Estas leis podem parecer abstratas mas através da prática é possível familiarizar-se com elas, já que são importantes aliadas para 
resolver diversas questões.
TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA
Quando uma expressão sempre apresenta a coluna resultado na tabela verdade como verdadeira, ela é chamada de tautologia. Na 
mesma linha de pensamento, podemos denominar uma expressão como uma contradição quando sua tabela verdade sempre resulta em 
falso. Por fim, são denominadas como contingência, as expressões que não são nem tautologias nem contradições, ou seja, que apresen-
tam tanto resultados verdadeiros quanto falsos.
Vejamos a seguinte tabela verdade:
p q (p^q)->(p v q) ~(pvq) ^ (p^q) (pvq) -> (p^q)
V V V F V
V F V F F
F V V F F
F F V F V
Nesta tabela, temos que as proposições compostas: 
(p^q)->(p v q) é uma tautologia, pois sua tabela verdade é toda verdadeira.
~(pvq)^(p^q) é uma contradição, pois sua tabela verdade é toda falsa.
(pvq)->(p^q) é uma contingência, pois sua tabela verdade não é toda verdadeira nem toda falsa.
LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM (OU LÓGICA DE PREDICADOS)
Uma certa evolução de uma lógica sentencial é a lógica de primeira ordem ou lógica de predicados, onde além dos conectivos, estão 
presente os quantificadores (com expressões como qualquer e algum, por exemplo)2.
Esta forma de raciocinar segue os mesmos preceitos que a lógica com conectivos (e, ou, ou exclusivo, implicação, …), tendo também 
novos símbolos, que são:
2 Dizemos que a lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica sentencial.
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
73
a solução para o seu concurso!
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∀: qualquer, todo
∀x(A(x) -> B(x))
Para todo elemento, se pertence a A, pertence a B.
∃: existe, algum, pelo menos um
∃x(A(x)^B(X): existe elemento que pertence a A e a B
∄: Não existe, nenhum
Nenhum A é B = Todo A é não B
A negativa de tais estruturas não são tão diretas como às apre-
sentadas nas Leis de Morgan. A negativa de ∃ (existe,) é ∄ (não exis-
te), mas a negativa de ∄ pode ser ∃ ou ∀ (para todo), assim como 
a negativa de ∀ pode ser tanto ∃ e ∄, por isso, cada caso deve ser 
analisado atentamente.
Tendo elencado estas novas estruturas, basta construirmos ta-
belas verdade com elas, para resolvermos questões.
Repare que agora estamos trabalhando não só com o aspecto 
verdadeiro/falso mas com a ideia de quantidade (existe um, todo, 
nenhum), então nosso estudo das afirmações devem levar em con-
sideração estas novas peculiaridades.
RACIOCÍNIO VERBAL 
O raciocínio verbal lida com problemas de lógica quase que to-
talmente escritos, abordando geralmente a negação de certas fra-
ses que podem parecer óbvias mas que muitas vezes nos pregam 
peças.
Podemos nos perguntar se a lógica, em geral, não é estabelecer 
símbolos para traduzir estas frases. Sim! A diferença é que negar 
certas frases podem fazer sentido verbalmente, mas devemos nos 
ater a lógica em si e buscar então absorver isso ao nosso raciocínio.
Uma importante ferramenta neste momento são as Leis de 
Morgan:
1ª lei de Morgan
¬(p ∧ q) = (¬p) ∨ (¬q)
2ª lei de Morgan
¬(p ∨ q) = (¬p) ∧ (¬q)
Exemplo:
p: João dirige
q: a capital do mundo é Itapeva.
p ∧ q: João dirige e a capital do mundo é Itapeva.
Vamos negar esta proposição. Num primeiro momento, pode-
mos estar inclinados a responder que a negativa seria João não diri-
ge e a capital do mundo não é Itapeva. Mas a 1ª Lei de Morgan nos 
sinaliza que está errado3. Devemos, negar as proposições simples e 
trocar o nosso conectivo. Se estava e, agora precisa estar ou.
Assim, a negação da frase seria: João não dirige ou a capital do 
mundo não é Itapeva. Diferença sutil, mas muito importante.
3 Repare que as Leis de Morgan se tratam de equivalências lógicas. 
Caso se interesse em ver essas igualdades, veja o tópico equivalências 
lógicas.
p ∨ q: João dirige ou a capital do mundo é Itapeva
Vamos novamente negar esta frase. Da mesma forma da ante-
rior, nosso senso pode nos levar a responder que a negação seria 
João não dirige ou a capital do mundo é Itapeva. Mais uma vez, pela 
2ª Lei de Morgan, temos que a negação se trata de João não dirige 
e a capital do mundo não é Itapeva.
Podemos então estabelecer que para negar logicamente uma 
frase verbal, devemos não só negar suas partes, mas também inver-
ter seu conectivo. Se antes estava e, deve se tornar ou na negação. 
Igualmente, se antes estava ou, deve se tornar e.
Outra negativa importante, não abordada diretamente pelas 
Leis de Morgan, é a negativa de “se…então…”.
Se João dirige, então a capital do mundo é Itapeva.
Como iremos negar esta proposição? A ideia aqui é manter a 
primeira proposição e negar a segunda, retirando os termos “se” e 
“então”. Ficamos então com a negativa: João dirige e a capital do 
mundo não é Itapeva.
Neste exemplo, vemos que essa questão é menos intuitiva 
comparada àquelas que são abordadas pelas Leis de Morgan, mas 
novamente, sendo bem absorvidas, farão sentido e evitarão erros 
na resolução das questões.
RACIOCÍNIO ESPACIAL E TEMPORAL
Existem tipos de questões de lógica que envolvem situações 
específicas que necessitam de algo a mais para resolver do que so-
mente as tabelas verdade. Um exemplo disso são questões envol-
vendo espaço (posição, fila e tamanho e etc.) e tempo (horas, dias, 
calendário e etc.).
Não há uma forma de elaborar estratégias específicas para a 
resolução de questões deste tipo, então iremos fornecer alguns 
exemplos para inspirar quais análises podem
ser feitas.
Exemplos:
1 – Em um determinado ano, o mês de setembro teve 5 sába-
dos e 5 domingos. Rodrigo faz aniversário no dia 1º de setembro. 
Em qual dia da semana foi o seu aniversário esse ano?
Aqui, temos um exercício lidando com tempo. Neste caso, es-
tamos lidando com calendário, envolvendo dias de um mês. Numa 
primeira vista, esta questão pode parecer muito difícil de resolver, 
pois, aparentemente, há informações faltando. Mas vamos ver 
como proceder na análise:
1º) Vamos nos atentar que setembro possui 30 dias;
2º) Dessa forma, dividindo este valor por 7, descobrimos quan-
tas semanas há nesse mês: 30 : 7 = 4 (e sobra 2).
3º) Assim, esse mês terá 4 semanas e mais dois dias.
4º) Se o mês começasse numa quinta-feira, teríamos então:
4 domingos
4 segundas
4 terças
4 quartas
4 quintas
5 sextas
5 sábados
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
7474
a solução para o seu concurso!
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5º) No exemplo acima, para dar 5 sextas e 5 sábados, o mês 
começou numa quinta. Assim, para termos 5 sábados e 5 domingos, 
o mês deve começar numa sexta.
6º) Como o aniversário de Rodrigo é no dia 1º de setembro, 
então seu aniversário será numa sexta-feira
---
2 – Observando o calendário de 2021, temos que o dia 23 de 
outubro caiu em um sábado. Sabendo que o ano de 2020 foi o últi-
mo ano bissexto, o dia 23 de outubro de 2024 cairá em uma:
Vamos operar de maneira semelhante à questão anterior:
1º) Vamos dividir 365 (dias por ano) por 7 (dias por semana) 
para vermos quantas semanas temos no ano
365 : 7 = 52 (sobra 1)
2º) A divisão acima nos diz que a cada ano, avançamos um dia. 
Ou seja, se o dia 1º de janeiro de 2023 foi num domingo, em 2024 
será numa segunda.
3º) Devemos analisar também o ano bissexto, pois nestes anos, 
há um dia a mais, então seria para dividirmos 366 por 7.
366 : 7 = 52 (sobra 2)
4º) O último ano bissexto foi em 2020, então o próximo será 
em 2024. Nos anos bissextos, fevereiro ganha um dia a mais.
5º) Temos então que de 2021 para 2024:
2021 2022: +1 dia na semana
2022 2023: +1 dia na semana
2023 2024: +2 dias na semana
= +4 dias na semana
6º) Como o dia 23 de outubro de 2021 caiu num sábado, o 
dia 23 de outubro de 2024 cairá 4 dias da semana depois, ou seja, 
numa quarta.
– Lembrando: calendário e horas
Janeiro – 31 dias
Fevereiro – 28* dias
Março – 31 dias
Abril – 30 dias
Maio – 31 dias
Junho – 30 dias
Julho – 31 dias
Agosto – 31 dias
Setembro – 30 dias
Outubro – 31 dias
Novembro – 30 dias
Dezembro – 31 dias
*Os anos bissextos acontecem a cada 4 anos (múltiplos de 4 
como 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, …) e nestes 
anos fevereiro possui 29 dias.
1 dia = 24 horas
1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos
3 – Ana, Bela, Carla e Dora estão sentadas em volta de uma 
mesa quadrada em cadeiras numeradas de 1 a 4, como mostra a 
figura a seguir:
Sabe-se que:
– Ana não está em frente a Bela.
– Bela tem Carla a sua esquerda.
– Ana e Dora estão nas cadeiras pares.
Onde cada uma está sentada?
Vamos proceder com a seguinte análise:
1º) Como Ana não está na frente a Bela, então elas estão uma 
do lado da outra.
2º) Bela tem Carla a sua esquerda.
Então ela tem a Ana a sua direita.
E por fim, Dora está a sua frente.
3º) Ana e Dora estão nas cadeiras pares
Se Ana estiver na cadeira 2, temos a configuração:
1 – Carla 2 – Ana 3 – Bela 
4 – Dora
Se Ana estiver na cadeira na cadeira 4, temos a configuração
1 – Dora 2 – Bela 3 – Carla 
4 – Ana
Mas essa opção não é possível, pois Ana e Dora estão nas pa-
res.
Logo, estão sentadas Carla na cadeira 1, Ana na cadeira 2, Bela 
na cadeira 3 e Dora na cadeira 4.
---
Vemos que cabe ao candidato uma certa criatividade aliada ao 
raciocínio para abordar as questões. Não há nada muito complexo, 
mas deve ser cuidadosamente vista para evitar deslizes e más in-
terpretações.
LÓGICA SEQUENCIAL
A lógica sequencial envolve a percepção e interpretação de 
objetos que induzem a uma sequência, buscando reconhecer essa 
sequência e estabelecer sucessores a este objeto.
Muitas vezes essas questões vêm atreladas com aspectos arit-
méticos (sequências numéricas) ou geometria (construção de cer-
tas figuras).
Não há como sistematizar este assunto, então iremos ver al-
guns exemplos para nos inspirar para que busquemos resolver de-
mais questões.
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
75
a solução para o seu concurso!
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Exemplos:
1 – A sequência de números a seguir foi construída com um padrão lógico e é uma sequência ilimitada:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 40, …
A partir dessas informações, identifique o termo da posição 74 e o termo da posição 95. Qual a soma destes dois termos?
Vamos analisar esta sequência dada:
1º) Vemos que a sequência vai de 6 em 6 termos e pula para a dezena seguinte
Os primeiros 6 termos vão de 0 a 5
Do 7º termo ao 12º termo: 10 a 15
13º termo ao 18º termo: 20 a 25
2º) Vemos que o padrão segue a tabuada do 6
6 x 1 = 6 (0 até 5)
6 x 2 = 12 (10 até 15)
6 x 3 = 18 (20 até 25)
3º) O número que está multiplicando o 6 menos uma unidade representa a dezena que estamos começando a contar:
6 x 1 1 - 1 = 0 (0 até 5)
6 x 2 2 - 1 = 1 (10 até 15)
6 x 3 3 - 1 = 2 (20 até 25)
4º) Se dividirmos 74 por 6 e 95 por 6 descobriremos seus valores
74 : 6 = 12 (sobra 2)
95 : 6 = 15 (sobra 5)
5º) O termo 74 então está dois termos após 6 x 12
6 x 12 12 - 1 = 11 (110 até 115)
Então o termo 74 está no intervalo entre 120 até 125
O 74º termo é o número 121
6º) Da mesma forma, 95 está 5 após 6 x 15
6 x 15 15 - 1 = 14 (140 até 145)
O termo 95 está no intervalo entre 150 até 155
O 95º termo é o número 154
7º) Somando 121 + 154 = 275
2. Analise a sequência a seguir:
4; 7; 13; 25; 49
Admitindo-se que a regularidade dessa sequência permaneça a mesma para os números seguintes, é correto afirmar que o sétimo 
termo será igual a?
1º) Do primeiro termo para o segundo, estamos somando 3.
2º) Do segundo termo para o terceiro, estamos somando 6.
3º) Do terceiro termo para o quarto, estamos somando 12.
4º) Do quarto termo para o quinto, estamos somando 24.
5º) Podemos estabelecer o padrão que estamos multiplicando a soma anterior por 2.
6º) Assim, do quinto termo para o sexto, estaríamos somando 48. E do sexto para o sétimo estaríamos somando 96
7º) Dessa forma, basta somarmos 49 com 48 e 96: 49 + 48 + 96 = 193
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
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3 – Observe a sequência:
O padrão de formação dessa sequência permanece para as figuras seguintes. Desse modo, a figura que deve ocupar a 131ª posição 
na sequência é idêntica à qual figura? 
1º) Vemos que o padrão retorna para a origem a cada 7 termos.
2º) Os termos 14, 21, 28, 35, …, irão ser os mesmos que o padrão da 7ª figura.
3º) Os termos 8, 15, 22, 29, 36, …, irão ser os mesmos que o padrão da 1ª figura.
4º) Vamos então dividir 131 por 7 para descobrir essa equivalência.
131 : 7 = 18 (sobra 5)
5º) Justamente essa sobra, 5, será a posição equivalente.
Assim, a figura da 131ª posição é idêntica a figura da 5ª posição
DIAGRAMAS LÓGICOS
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. Uma situação em que esses diagramas poderão ser usados, será 
na determinação da quantidade de elementos que apresentam uma determinada característica.
Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-se nesses 
dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber: Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente carro ou ainda quantas 
dirigem somente motos. Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que representam os motoristas de motos e motoristas 
de carros. Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção e depois completaremos os outros espaços.
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
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a solução para o seu concurso!
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Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo esse 
valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A partir dos 
valores reais,
é que poderemos responder as perguntas feitas.
a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência quan-
to à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a seguinte ta-
bela:
Jornais Leitores
A 300
B 250
C 200
A e B 70
A e C 65
B e C 105
A, B e C 40
Nenhum 150
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente 
montar os diagramas que representam cada conjunto. A colocação 
dos valores começará pela intersecção dos três conjuntos e depois 
para as intersecções duas a duas e por último às regiões que re-
presentam cada conjunto individualmente. Representaremos esses 
conjuntos dentro de um retângulo que indicará o conjunto universo 
da pesquisa.
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são leito-
res de nenhum dos três jornais.
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes 
elementos:
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas leem 
apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem o jornal C, 
pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda que 700 pessoas 
foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 
70 + 150.
Diagrama de Euler
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, mas 
não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é definida como 
a área de intersecção entre dois ou mais contornos). Assim, um dia-
grama de Euler pode definir um universo de discurso, isto é, ele 
pode definir um sistema no qual certas intersecções não são pos-
síveis ou consideradas. Assim, um diagrama de Venn contendo os 
atributos para Animal, Mineral e quatro patas teria que conter in-
tersecções onde alguns estão em ambos animal, mineral e de qua-
tro patas. Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra todas 
as possíveis combinações ou conjunções.
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas (ge-
ralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os tamanhos 
e formas das curvas não são importantes: a significância do diagra-
ma está na forma como eles se sobrepõem. As relações espaciais 
entre as regiões delimitadas por cada curva (sobreposição, conten-
ção ou nenhuma) correspondem relações teóricas (subconjunto in-
terseção e disjunção). Cada curva de Euler divide o plano em duas 
regiões ou zonas estão: o interior, que representa simbolicamente 
os elementos do conjunto, e o exterior, o que representa todos os 
elementos que não são membros do conjunto. Curvas cujos inte-
riores não se cruzam representam conjuntos disjuntos. Duas cur-
vas cujos interiores se interceptam representam conjuntos que têm 
elementos comuns, a zona dentro de ambas as curvas representa o 
conjunto de elementos comuns a ambos os conjuntos (intersecção 
dos conjuntos). Uma curva que está contido completamente dentro 
da zona interior de outro representa um subconjunto do mesmo.
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de diagra-
mas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas as possíveis 
zonas de sobreposição entre as suas curvas, representando todas 
as combinações de inclusão / exclusão de seus conjuntos consti-
tuintes, mas em um diagrama de Euler algumas zonas podem estar 
faltando. Essa falta foi o que motivou Venn a desenvolver seus dia-
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
7878
a solução para o seu concurso!
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gramas. Existia a necessidade de criar diagramas em que pudessem 
ser observadas, por meio de suposição, quaisquer relações entre as 
zonas não apenas as que são “verdadeiras”.
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são larga-
mente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no campo da 
matemática ou lógica matemática no campo da lógica. Eles também 
podem ser utilizados para representar relacionamentos complexos 
com mais clareza, já que representa apenas as relações válidas. Em 
estudos mais aplicados esses diagramas podem ser utilizados para 
provar / analisar silogismos que são argumentos lógicos para que se 
possa deduzir uma conclusão.
Diagramas de Venn
Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados em 
matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas e 
problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os respetivos dia-
gramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas sobre 
um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir a repre-
sentação das relações de pertença entre conjuntos e seus elemen-
tos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de con-
tinência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 
3, 4}). Assim, duas curvas que não se tocam e estão uma no espaço 
interno da outra simbolizam conjuntos que possuem continência; 
ao passo que o ponto interno a uma curva representa um elemento 
pertencente ao conjunto.
Os diagramas de Venn são construídos com coleções de cur-
vas fechadas contidas em um plano. O interior dessas curvas re-
presenta, simbolicamente, a coleção de elementos do conjunto. De 
acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio desses diagramas é 
que classes (ou conjuntos) sejam representadas por regiões, com 
tal relação entre si que todas as relações lógicas possíveis entre as 
classes possam ser indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o diagra-
ma deixa espaço para qualquer relação possível entre as classes, e 
a relação dada ou existente pode então ser definida indicando se 
alguma região em específico é vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever 
uma definição mais formal do seguinte modo: Seja C = (C1, C2, ... Cn) 
uma coleção de curvas fechadas simples desenhadas em um plano. 
C é uma família independente se a região formada por cada uma 
das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o interior ou o exterior 
de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se todas as curvas se inter-
sectam de todas as maneiras possíveis. Se, além disso, cada uma 
dessas regiões é conexa e há apenas um número finito de pontos 
de interseção entre as curvas, então C é um diagrama de Venn para 
n conjuntos.
Nos casos mais simples, os diagramas são representados por 
círculos que se encobrem parcialmente. As partes referidas em um 
enunciado específico são marcadas com uma cor diferente. Even-
tualmente, os círculos são representados como completamente 
inseridos dentro de um retângulo, que representa o conjunto uni-
verso daquele particular contexto (já se buscou a existência de um 
conjunto universo que pudesse abranger todos os conjuntos possí-
veis, mas Bertrand Russell mostrou que tal tarefa era impossível). A 
ideia de conjunto universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. 
Do mesmo modo, espaços internos comuns a dois ou mais con-
juntos representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade 
dos espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente 
representa sua união.
John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX, ampliando 
e formalizando desenvolvimentos anteriores de Leibniz e Euler. E, 
na década de 1960, eles foram incorporados ao currículo escolar de 
matemática. Embora seja simples construir diagramas de Venn para 
dois ou três conjuntos, surgem dificuldades quando se tenta usá-los 
para um número maior. Algumas construções possíveis são devidas 
ao próprio John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F. 
Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso, encontram-
-se em uso outros diagramas similares aos de Venn, entre os quais 
os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo: suponha-se 
que o conjunto A representa os animais bípedes e o conjunto B re-
presenta os animais capazes de voar. A área onde os dois círculos 
se sobrepõem, designada por intersecção A e B ou intersecção
A-B, 
conteria todas as criaturas que ao mesmo tempo podem voar e têm 
apenas duas pernas motoras.
 Considere-se agora que cada espécie viva está representada 
por um ponto situado em alguma parte do diagrama. Os humanos e 
os pinguins seriam marcados dentro do círculo A, na parte dele que 
não se sobrepõe com o círculo B, já que ambos são bípedes mas não 
podem voar. Os mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam 
representados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os caná-
rios, por sua vez, seriam representados na intersecção A-B, já que 
são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não fosse bípede 
nem pudesse voar, como baleias ou serpentes, seria marcado por 
pontos fora dos dois círculos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro áreas 
distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de cada cír-
culo que pertence a ambos os círculos (onde há sobreposição), e 
as duas áreas que não se sobrepõem, mas estão em um círculo ou 
no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem sobre-
posição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem sobre-
posição).
- Animais que possuem duas pernas e voam (sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam (branco 
- fora).
 
Essas configurações são representadas, respectivamente, pelas 
operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença de B para 
A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar de A e B. Cada 
uma delas pode ser representada como as seguintes áreas (mais 
escuras) no diagrama:
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
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a solução para o seu concurso!
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Diferença de A para B: A\B
Diferença de B para A: B\A
Intersecção de dois conjuntos: AB
Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)
Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16 
formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre os ani-
mais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das caracterís-
ticas); tal conjunto seria representado pela união de A e B. Já os ani-
mais que voam e não possuem duas patas mais os que não voam e 
possuem duas patas, seriam representados pela diferença simétrica 
entre A e B. Estes exemplos são mostrados nas imagens a seguir, 
que incluem também outros dois casos.
União de dois conjuntos: AB
Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB
Complementar de A em U: AC = U \ A
Complementar de B em U: BC = U \ B
Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-se so-
bretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o exemplo an-
terior, poderia-se introduzir o conjunto C dos animais que possuem 
bico. Neste caso, o diagrama define sete áreas distintas, que podem 
combinar-se de 256 (28) maneiras diferentes, algumas delas ilustra-
das nas imagens seguintes.
Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções possíveis 
entre A, B e C.
União de três conjuntos: ABC
Intersecção de três conjuntos: ABC
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
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a solução para o seu concurso!
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A \ (B U C)
(B U C) \ A
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
- Todo A é B
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B
Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é um 
subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B. Atenção: 
dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo B é A. Enun-
ciados da forma Nenhum A é B afirmam que os conjuntos A e B são 
disjuntos, isto é, não tem elementos em comum. Atenção: dizer que 
Nenhum A é B é logicamente equivalente a dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma 
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um 
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando dizemos 
que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, 
no sentido lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que 
“alguns de meus colegas estão me elogiando”, mesmo que todos 
eles estejam. Dizer que Algum A é B é logicamente equivalente a 
dizer que Algum B é A. Também, as seguintes expressões são equi-
valentes: Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o con-
junto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao conjun-
to B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B = Algum A 
é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a Algum B não é 
A. Nas proposições categóricas, usam-se também as variações gra-
maticais dos verbos ser e estar, tais como é, são, está, foi, eram, ..., 
como elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B. 
- Algum A é não B = Algum A não é B.
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-versa).
Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas
Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das proposi-
ções categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B, Algum A é 
B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a verdade ou a 
falsidade de algumas ou de todas as outras.
1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as duas 
representações possíveis:
Nenhum A é B. É falsa. 
Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa. 
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos 
somente a representação:
Todo A é B. É falsa.
Algum A é B. É falsa.
Algum A não é B. É verdadeira.
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as quatro 
representações possíveis:
Nenhum A é B. É falsa.
Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e 2).
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa (em 3 
e 4) – é indeterminada.
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três 
representações possíveis:
Todo A é B. É falsa.
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e 2 – é 
indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e 
2 – é ideterminada).
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
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a solução para o seu concurso!
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CONJUNTOS E SUAS OPERAÇÕES, DIAGRAMAS. NÚMEROS 
INTEIROS, RACIONAIS E REAIS E SUAS OPERAÇÕES
— Conjuntos Numéricos
O grupo de termos ou elementos que possuem características 
parecidas, que são similares em sua natureza, são chamados de 
conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos pare-
cidos ou com as mesmas características são números, então dize-
mos que esses grupos são conjuntos numéricos4.
Em geral, os conjuntos numéricos são representados grafica-
mente ou por extenso – forma mais comum em se tratando de ope-
rações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escre-
vemos os números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou 
seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências 
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}.
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são 
os mais usados em problemas e questões no estudo da Matemáti-
ca. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
Conjunto dos Números Naturais (N)
O conjunto dos números naturais é representado pela letra N. 
Ele reúne os números que usamos para contar (incluindo o zero) e 
é infinito. Exemplo:
N = {0, 1, 2, 3, 4…}
Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido 
em subconjuntos:
N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números natu-
rais não nulos, ou sem o zero.
Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números natu-
rais pares.
Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais 
ímpares.
P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos.
Conjunto dos Números Inteiros (Z)
O conjunto dos números inteiros é representado pela maiús-
cula Z, e é formado pelos números inteiros negativos, positivos e o 
zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…}
O conjunto dos números inteiros também possui alguns sub-
conjuntos:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros
não nega-
tivos.
Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não po-
sitivos.
Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negati-
vos e não nulos, ou seja, sem o zero.
Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não posi-
tivos e não nulos.
Conjunto dos Números Racionais (Q)
Números racionais são aqueles que podem ser representados 
em forma de fração. O numerador e o denominador da fração preci-
sam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o deno-
minador não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
4 https://matematicario.com.br/
O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os 
números naturais e inteiros são subconjuntos dos números racio-
nais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser 
representados por uma fração. Além destes, números decimais e 
dízimas periódicas também estão no conjunto de números racio-
nais.
Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais 
com 4 elementos:
Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}
Também temos subconjuntos dos números racionais:
Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado 
pelos números racionais sem o zero.
Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, forma-
do pelos números racionais positivos.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado 
pelos números racionais positivos e não nulos.
Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, forma-
do pelos números racionais negativos e o zero.
Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado 
pelos números racionais negativos e não nulos.
Conjunto dos Números Irracionais (I)
O conceito de números irracionais é dependente da definição 
de números racionais. Assim, pertencem ao conjunto dos números 
irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racio-
nais.
Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional. 
Não há possibilidade de pertencer aos dois conjuntos ao mesmo 
tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complemen-
tar ao conjunto dos números racionais dentro do universo dos nú-
meros reais.
Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos 
números irreais é saber que os números irracionais não podem ser 
escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com deci-
mais infinitos e raízes não exatas.
Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas de-
cimais e que não são dízimas periódicas. Como exemplo, temos 
0,12345678910111213, π, √3 etc.
Conjunto dos Números Reais (R)
O conjunto dos números reais é representado pelo R e é forma-
do pela junção do conjunto dos números racionais com o conjunto 
dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais 
é a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que en-
tre dois números reais existem infinitos números.
Entre os conjuntos números reais, temos:
R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.
R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.
R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.
R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.
R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.
— Múltiplos e Divisores
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural 
estendem-se para o conjunto dos números inteiros5. Quando tra-
tamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos 
5 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO
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numéricos que satisfazem algumas condições. Os múltiplos são en-
contrados após a multiplicação por números inteiros, e os divisores 
são números divisíveis por um certo número.
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números in-
teiros, pois os elementos dos conjuntos dos múltiplos e divisores 
são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o 
que são números primos, é necessário compreender o conceito de 
divisores.
Múltiplos de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é 
múltiplo de b se, e somente se, existir um número inteiro k tal que 
a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multi-
plicando a por todos os números inteiros, os resultados dessas mul-
tiplicações são os múltiplos de a.
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso 
temos que multiplicar o número 2 pelos 12 primeiros números in-
teiros, assim:
2 · 1 = 2
2 · 2 = 4
2 · 3 = 6
2 · 4 = 8
2 · 5 = 10
2 · 6 = 12
2 · 7 = 14
2 · 8 = 16
2 · 9 = 18
2 · 10 = 20
2 · 11 = 22
2 · 12 = 24
Portanto, os múltiplos de 2 são:
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas 
poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois a lista de 
múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os 
inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito.
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, de-
vemos encontrar um número inteiro de forma que a multiplicação 
entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:
– O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que, 
multiplicado por 7, resulta em 49.
49 = 7 · 7
– O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro 
que, multiplicado por 3, resulta em 324.
324 = 3 · 108
– O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número 
inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
523 = 2 · ?”
• Múltiplos de 4
Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, deve-
mos multiplicar o número 4 por números inteiros. Assim:
4 · 1 = 4
4 · 2 = 8
4 · 3 = 12
4 · 4 = 16
4 · 5 = 20
4 · 6 = 24
4 · 7 = 28
4 · 8 = 32
4 · 9 = 36
4 · 10 = 40
4 · 11 = 44
4 · 12 = 48
...
Portanto, os múltiplos de 4 são:
M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
Divisores de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que 
b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, a divisão 
entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
Veja alguns exemplos:
– 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
– 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.
– 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os nú-
meros que o dividem. Veja:
– Liste os divisores de 2, 3 e 20.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Observe que os números da lista dos divisores sempre são di-
visíveis pelo número em questão e que o maior valor que aparece 
nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele 
será divisível por ele.
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o 
próprio 30, pois nenhum número maior que 30 será divisível por 
ele. Assim:
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}.
Propriedade dos Múltiplos e Divisores
Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois in-
teiros. Observe que quando um inteiro é múltiplo de outro, é tam-
bém divisível por esse outro número.
Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor 
compreender as propriedades.
N = d · q + r, em que q e r são números inteiros.
Lembre-se de que:
N: dividendo; 
d, divisor; 
q: quociente; 
r: resto.
– Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto (N – r) 
é múltipla do divisor, ou o número d é divisor de (N – r).
– Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o nú-
mero d é um divisor de (N – r + d).
Veja o exemplo:
Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 65 e 
resto r = 5. 
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Assim, temos o dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que 
as propriedades são satisfeitas, pois (525 – 5 + 8) = 528 é divisível 
por 8 e:
528 = 8 · 66
— Números Primos
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois 
divisores: um e o próprio número6. Eles fazem parte do conjunto 
dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um 
e ele mesmo.
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são 
chamados
de números compostos e podem ser escritos como um 
produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número com-
posto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e 3) e é escrito como 
produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por 
ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único 
que é par;
– O número 5 é o único número primo terminado em 5;
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os 
algarismos 1, 3, 7 e 9.
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando 
divisões com o número investigado. Para facilitar o processo, veja 
alguns critérios de divisibilidade:
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade 
é par é divisível por 2;
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma 
dos seus algarismos é um número divisível por 3;
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o 
algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.
Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divi-
sões com os próximos números primos menores que o número até 
que:
– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número 
não é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quo-
ciente for menor que o divisor, então o número é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o 
quociente for igual ao divisor, então o número é primo.
Exemplo: verificar se o número 113 é primo.
Sobre o número 113, temos:
– Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é 
divisível por 2;
– A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número 
divisível por 3;
– Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber 
se é divisível pelos números primos menores que ele utilizando a 
operação de divisão.
6 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/
Divisão pelo número primo 7:
Divisão pelo número primo 11:
Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente 
é menor que o divisor. Isso comprova que o número 113 é primo.
PORCENTAGEM
A porcentagem representa uma razão cujo denominador é 100, ou 
seja, .
O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que sig-
nifica dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada de 
razão centesimal ou percentual7.
Saber calcular porcentagem é importante para resolver proble-
mas matemáticos, principalmente na matemática financeira para 
calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante.
— Calculando Porcentagem de um Valor
Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão 
centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total.
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a se-
guinte operação:
Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de por-
centagem:
Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da se-
guinte forma:
1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.
7 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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20 x 200 = 4.000
2º passo: dividir o resultado anterior por 100.
Calculando Porcentagem de Forma Rápida
Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma 
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a 
fazer porcentagem de maneira mais rápida.
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1%
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente 
utilizando o correspondente a 1% do valor.
Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para apren-
der essa técnica.
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que 
representa 1%.
2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela porcenta-
gem que se quer descobrir.
2 x 20 = 40
Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações equiva-
lentes
As frações equivalentes representam a mesma porção do todo 
e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador 
da fração pelo mesmo número natural.
Veja como encontrar a fração equivalente de .
Se a fração equivalente de é , então para calcular 
20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como fazer:
— Calcular porcentagem de aumentos e descontos
Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados utili-
zando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo.
Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço 
de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes.
Fator multiplicativo para aumento em um valor
Quando um produto recebe um aumento, o fator de multiplica-
ção é dado por uma soma.
Fator de multiplicação = 1 + i.
Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria 
que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado 
da seguinte forma:
1º passo: encontrar a taxa de variação.
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.
Fator de multiplicação = 1 + 0,25.
Fator de multiplicação = 1,25.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
100 x 1,25 = 125 reais.
Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria 
seja R$ 125.
Fator multiplicativo para desconto em um valor
Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator 
multiplicativo envolve uma subtração.
Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria 
que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria?
1º passo: encontrar a taxa de variação.
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.
Fator de multiplicação = 1 - 0,25.
Fator de multiplicação = 0,75.
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.
100 x 0,75 = 75 reais.
JUROS
Os juros simples e compostos são cálculos efetuados com o ob-
jetivo de corrigir os valores envolvidos nas transações financeiras, 
isto é, a correção que se faz ao emprestar ou aplicar uma determi-
nada quantia durante um período de tempo8.
O valor pago ou resgatado dependerá da taxa cobrada pela 
operação e do período que o dinheiro ficará emprestado ou aplica-
do. Quanto maior a taxa e o tempo, maior será este valor.
8 https://www.todamateria.com.br/juros-simples-e-compostos/
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— Diferença entre Juros Simples e Compostos
Nos juros simples a correção é aplicada a cada período e consi-
dera apenas o valor inicial. Nos juros compostos a correção é feita 
em cima de valores já corrigidos.
Por isso, os juros compostos também são chamados de juros 
sobre juros, ou seja, o valor é corrigido sobre um valor que já foi 
corrigido.
Sendo assim, para períodos maiores de aplicação ou emprésti-
mo a correção por juros compostos fará com que o valor final a ser 
recebido ou pago seja maior que o valor obtido com juros simples.
A maioria das operações financeiras utiliza a correção pelo sis-
tema de juros compostos. Os juros simples se restringem as opera-
ções de curto período.
— Fórmula de Juros Simples
Os juros simples são calculados aplicando a seguinte fórmula:
Sendo:
J: juros.
C: valor inicial da transação, chamado em matemática financei-
ra de capital.
i: taxa de juros (valor normalmente expresso em porcentagem).
t: período da transação.
Podemos ainda calcular o valor total que será resgatado (no 
caso de uma aplicação) ou o valor a ser quitado (no caso de um 
empréstimo) ao final de um período predeterminado.
Esse valor, chamado de montante, é igual a soma do capital 
com os juros, ou seja:
Podemos substituir o valor de J, na fórmula acima e encontrar 
a seguinte expressão para o montante:
A fórmula que encontramos é uma função afim, desta forma, o 
valor do montante cresce linearmente em função do tempo.
Exemplo: Se o capital de R$ 1 000,00 rende mensalmente R$ 
25,00, qual é a taxa anual de juros no sistema de juros simples?
Solução: Primeiro, vamos identificar cada grandeza indicada no 
problema.
C = R$ 1 000,00
J = R$ 25,00
t = 1 mês
i = ?
Agora que fizemos a identificação de todas as grandezas, pode-
mos substituir na fórmula dos juros:
Entretanto, observe que essa taxa é mensal, pois usamos o pe-
ríodo de 1 mês. Para encontrar a taxa anual precisamos multiplicar 
esse valor por 12, assim temos:
i = 2,5.12= 30% ao ano
— Fórmula de Juros Compostos
O montante capitalizado a juros compostos é encontrado apli-
cando a seguinte fórmula:
Sendo:
M: montante.
C: capital.
i: taxa de juros.
t: período de tempo.
Diferente dos juros simples, neste tipo de capitalização, a fór-
mula para o cálculo do montante envolve uma variação exponen-
cial. Daí se explica que o valor final aumente consideravelmente 
para períodos maiores.
Exemplo: Calcule o montante produzido por R$ 2 000,00 apli-
cado à taxa de 4% ao trimestre, após um ano, no sistema de juros 
compostos.
Solução: Identificando as informações dadas, temos:
C = 2 000
i = 4% ou 0,04 ao trimestre
t = 1 ano = 4 trimestres
M = ?
Substituindo esses valores na fórmula de juros compostos, te-
mos:
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Observação: o resultado será tão melhor aproximado quanto o 
número de casas decimais utilizadas na potência.
Portanto, ao final de um ano o montante será igual a 
R$ 2 339,71.
PROPORCIONALIDADE DIRETA E INVERSA
RAZÃO
Razão9 nada mais é que o quociente entre dois números (quan-
tidades, medidas, grandezas).
Sendo a e b dois números, chama-se razão de a para b:
Onde:
Exemplo
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 3600 
candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de vagas e o 
número de candidatos, nessa ordem, foi de 
Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.
- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, essas 
devem ser expressas na mesma unidade.
Razões Especiais
Escala: Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito gran-
des de forma reduzida, então utilizamos a escala, que é a razão da 
medida no mapa com a medida real (ambas na mesma unidade).
Velocidade média: É a razão entre a distância percorrida e o 
tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h, m/s, en-
tre outras.
Densidade: É a razão entre a massa de um corpo e o seu volu-
me. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
PROPORÇÃO
Bem resumido, temos que proporção10 é uma igualdade entre 
duas razões.
9 IEZZI, Gelson. et al. Fundamentos da Matemática: Financeira e Estatística Descritiva. 
São Paulo. Editora Atual. 2011.
10 IEZZI, Gelson. et al. Matemática Volume Único. São Paulo. Editora Atual. 2011.
www.educacao.globo.com
Dada as razões e , à setença de igualdade chama-se proporção. 
Onde:
Propriedades da Proporção
1. Propriedade Fundamental
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é, 
a . d = b . c.
Exemplo
Na proporção (lê-se: “45 está para 30 , assim como 9 está para 
6.), aplicando a propriedade fundamental , temos: 45.6 = 30.9 = 
270 
2. A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou 
para o segundo termo), assim como a soma dos dois últimos está 
para o terceiro (ou para o quarto termo).
3. A diferença entre os dois primeiros termos está para o pri-
meiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença entre os 
dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
4. A soma dos antecedentes está para a soma dos consequen-
tes, assim como cada antecedente está para o seu consequente.
5. A diferença dos antecedentes está para a diferença dos con-
sequentes, assim como cada antecedente está para o seu conse-
quente.
Exemplo envolvendo Razão e Proporção
Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 
1800. A razão do número de candidatos aprovados para o total de 
candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
B) 3/5
C) 5/10
D) 2/7
E) 6/7
Resolução:
Resposta “B”.
MEDIDAS DE COMPRIMENTO, ÁREA, VOLUME, MASSA E 
TEMPO
As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir 
diferentes grandezas, tais como comprimento, capacidade, massa, 
tempo e volume11.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade 
padrão de cada grandeza. Baseado no sistema métrico decimal, o SI 
surgiu da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas 
na maior parte dos países.
11 https://www.todamateria.com.br/unidades-de-medida/
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— Medidas de Comprimento
Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a jarda, a polegada e o pé.
No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o comprimento da distância percorrida pela 
luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de um segundo.
Assim, são múltiplos do metro: quilômetro (km), hectômetro (hm) e decâmetro (dam)12.
Enquanto são submúltiplos do metro: decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).
Os múltiplos do metro são as grandes distâncias. Eles são chamados de múltiplos porque resultam de uma multiplicação que tem 
como referência o metro.
Os submúltiplos, ao contrário, como pequenas distâncias, resultam de uma divisão que tem igualmente como referência o metro. Eles 
aparecem do lado direito na tabela acima, cujo centro é a nossa medida base - o metro.
— Medidas de Capacidade
As medidas de capacidade representam as unidades usadas para definir o volume no interior de um recipiente13. A principal unidade 
de medida da capacidade é o litro (L).
O litro representa a capacidade de um cubo de aresta igual a 1 dm. Como o volume de um cubo é igual a medida da aresta elevada ao 
cubo, temos então a seguinte relação:
1 L = 1 dm³
Mudança de Unidades
O litro é a unidade fundamental de capacidade. Entretanto, também é usado o quilolitro(kL), hectolitro(hL) e decalitro que são seus 
múltiplos e o decilitro, centilitro e o mililitro que são os submúltiplos.
Como o sistema padrão de capacidade é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-se ou 
dividindo-se por 10.
Para transformar de uma unidade de capacidade para outra, podemos utilizar a tabela abaixo:
Exemplo: fazendo as seguintes transformações:
a) 30 mL em L
Observando a tabela acima, identificamos que para transformar de ml para L devemos dividir o número três vezes por 10, que é o 
mesmo que dividir por 1000. Assim, temos:
30 : 1000 = 0,03 L
Note que dividir por 1000 é o mesmo que “andar” com a vírgula três casa diminuindo o número.
b) 5 daL em dL
Seguindo o mesmo raciocínio anterior, identificamos que para converter de decalitro para decilitro devemos multiplicar duas vezes 
por 10, ou seja, multiplicar por 100.
5 . 100 = 500 dL
c) 400 cL em L
Para passar de centilitro para litro, vamos dividir o número duas vezes por 10, isto é, dividir por 100:
400 : 100 = 4 L
12 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-comprimento/
13 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-capacidade/
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Medida de Volume
As medidas de volume representam o espaço ocupado por um corpo. Desta forma, podemos muitas vezes conhecer a capacidade de 
um determinado corpo conhecendo seu volume.
A unidade de medida padrão de volume é o metro cúbico (m³), sendo ainda utilizados seus múltiplos (km³, hm³ e dam³) e submúltiplos 
(dm³, cm³ e mm³).
Em algumas situações é necessário transformar a unidade de medida de volume para uma unidade de medida de capacidade ou vice-
versa. Nestes casos, podemos utilizar as seguintes relações:
1 m³ = 1 000 L
1 dm³ = 1 L
1 cm³ = 1 mL
Exemplo: Um tanque tem a forma de um paralelepípedo retângulo com as seguintes dimensões: 1,80 m de comprimento, 0,90 m de 
largura e 0,50 m de altura. A capacidade desse tanque, em litros, é:
A) 0,81
B) 810
C) 3,2
D) 3200
Para começar, vamos calcular o volume do tanque, e para isso, devemos multiplicar suas dimensões:
V = 1,80 . 0,90 . 0,50 = 0,81 m³
Para transformar o valor encontrado em litros, podemos fazer a seguinte regra de três:
Assim, x = 0,81 . 1000 = 810 L.
Portanto, a resposta
correta é a alternativa b.
Medidas de Massa
No Sistema Internacional de unidades a medida de massa é o quilograma (kg)14. Um cilindro de platina e irídio é usado como o padrão 
universal do quilograma.
As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg), centigrama (cg) e miligrama 
(mg).
São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada equivalente a 1000 kg.
• Unidades de medida de massa
As unidades do sistema métrico decimal de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama (dg), 
centigrama (cg), miligrama (mg).
Utilizando o grama como base, os múltiplos e submúltiplos das unidades de massa estão na tabela a seguir.
Além das unidades apresentadas existem outras como a tonelada, que é um múltiplo do grama, sendo que 1 tonelada equivale a 1 
000 000 g ou 1 000 kg. Essa unidade é muito usada para indicar grandes massas.
A arroba é uma unidade de medida usada no Brasil, para determinar a massa dos rebanhos bovinos, suínos e de outros produtos. Uma 
arroba equivale a 15 kg.
O quilate é uma unidade de massa, quando se refere a pedras preciosas. Neste caso 1 quilate vale 0,2 g.
14 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
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89
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— Conversão de unidades
Como o sistema padrão de medida de massa é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos são feitas multiplicando-
se ou dividindo-se por 1015.
Para transformar as unidades de massa, podemos utilizar a tabela abaixo:
Exemplos: 
a) Quantas gramas tem 1 kg?
Para converter quilograma em grama basta consultar o quadro acima. Observe que é necessário multiplicar por 10 três vezes.
1 kg → g
1 kg x 10 x 10 x 10 = 1 x 1000 = 1.000 g
b) Quantos quilogramas tem em 3.000 g?
Para transformar grama em quilograma, vemos na tabela que devemos dividir o valor dado por 1.000. Isto é o mesmo que dividir por 
10, depois novamente por 10 e mais uma vez por 10.
3.000 g → kg
3.000 g : 10 : 10 : 10 = 3.000 : 1.000 = 3 kg
c) Transformando 350 g em mg.
Para transformar de grama para miligrama devemos multiplicar o valor dado por 1.000 (10 x 10 x 10).
350 g → mg
350 x 10 x 10 x 10 = 350 x 1000 = 350.000 mg
— Medidas de Tempo
Existem diversas unidades de medida de tempo, por exemplo a hora, o dia, o mês, o ano, o século. No sistema internacional de 
medidas a unidades de tempo é o segundo (s)16.
Horas, Minutos e Segundos
Muitas vezes necessitamos transformar uma informação que está, por exemplo, em minuto para segundos, ou em segundos para 
hora.
Para tal, devemos sempre lembrar que 1 hora tem 60 minutos e que 1 minuto equivale a 60 segundos. Desta forma, 1 hora corresponde 
a 3.600 segundos.
Assim, para mudar de hora para minuto devemos multiplicar por 60. Por exemplo, 3 horas equivalem a 180 minutos (3 . 60 = 180).
O diagrama abaixo apresenta a operação que devemos fazer para passar de uma unidade para outra.
Em algumas áreas é necessário usar medidas com precisão maior que o segundo. Neste caso, usamos seus submúltiplos.
Assim, podemos indicar o tempo decorrido de um evento em décimos, centésimos ou milésimos de segundos.
Por exemplo, nas competições de natação o tempo de um atleta é medido com precisão de centésimos de segundo.
15 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
16 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-tempo/
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Instrumentos de Medidas
Para medir o tempo utilizamos relógios que são dispositivos que medem eventos que acontecem em intervalos regulares.
Os primeiros instrumentos usados para a medida do tempo foram os relógios de Sol, que utilizavam a sombra projetada de um objeto 
para indicar as horas.
Foram ainda utilizados relógios que empregavam escoamento de líquidos, areia, queima de fluidos e dispositivos mecânicos como os 
pêndulos para indicar intervalos de tempo.
Outras Unidades de Medidas de Tempo
O intervalo de tempo de uma rotação completa da terra equivale a 24h, que representa 1 dia.
O mês é o intervalo de tempo correspondente a determinado número de dias. Os meses de abril, junho, setembro, novembro têm 30 
dias.
Já os meses de janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro possuem 31 dias. O mês de fevereiro normalmente têm 28 
dias. Contudo, de 4 em 4 anos ele têm 29 dias.
O ano é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do Sol. Normalmente, 1 ano corresponde a 365 dias, no 
entanto, de 4 em 4 anos o ano têm 366 dias (ano bissexto).
Na tabela abaixo relacionamos algumas dessas unidades:
Tabela de Conversão de Medidas
O mesmo método pode ser utilizado para calcular várias grandezas.
Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro as unidades de medidas bases das grandezas que queremos converter, 
por exemplo:
Capacidade: litro (l)
Comprimento: metro (m)
Massa: grama (g)
Volume: metro cúbico (m3)
Tudo o que estiver do lado direito da medida base são chamados submúltiplos. Os prefixos deci, centi e mili correspondem 
respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade fundamental.
Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem respectivamente a dez, cem e mil vezes a unidade 
fundamental.
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Exemplos:
a) Quantos mililitros correspondem 35 litros?
Para fazer a transformação pedida, vamos escrever o número na tabela das medidas de capacidade. Lembrando que a medida pode 
ser escrita como 35,0 litros. A virgula e o algarismo que está antes dela devem ficar na casa da unidade de medida dada, que neste caso 
é o litro.
Depois completamos as demais caixas com zeros até chegar na unidade pedida. A vírgula ficará sempre atrás dos algarismos que 
estiver na caixa da unidade pedida, que neste caso é o ml.
Assim 35 litros correspondem a 35000 ml.
b) Transformando 700 gramas em quilogramas.
Lembrando que podemos escrever 700,0 g. Colocamos a vírgula e o 0 antes dela na unidade dada, neste caso g e os demais algarismos 
nas casas anteriores.
Depois completamos com zeros até chegar na casa da unidade pedida, que neste caso é o quilograma. A vírgula passa então para 
atrás do algarismo que está na casa do quilograma.
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Então 700 g corresponde a 0,7 kg.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE INFORMAÇÕES EXPRESSAS EM GRÁFICOS E TABELAS
— Gráficos
Os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, os quais costumam ser dispostos em tabelas quando se realiza pes-
quisas estatísticas17. Eles trazem muito mais praticidade, principalmente quando os dados não são discretos, ou seja, quando são números 
consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos também apresentam de maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.
Elementos do Gráfico
Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em consideração alguns elementos que são essenciais para sua melhor 
compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à necessidade de passar uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, em 
um gráfico estatístico, não deve haver muitas informações, devemos colocar nele somente o necessário.
As informações em um gráfico devem estar dispostas de maneira clara e verídica para que os resultados sejam dados de modo coeso 
com a finalidade da pesquisa.”
Tipos de Gráficos
Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar dados, diagramas são gráficos construídos em duas dimen-
sões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-los. A seguir, listamos alguns.
• Gráfico de Pontos
Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma tabela de distribuição de frequência, sendo ela absoluta ou 
relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar os dados das tabelas de forma resumida e que possibilite a análise das distribui-
ções desses
dados.
Exemplo: Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil, na qual foram coletadas as idades das crianças. Nessa 
coleta foi organizado o seguinte rol:
Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}
Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.
Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada idade e o somatório de todos os pontos fornece-nos a quan-
tidade total de dados coletados.
• Gráfico de linha
É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo do tempo, esse tipo de gráfico é muito presente em análises 
financeiras. O eixo das abscissas (eixo x) representa o tempo, que pode ser dado em anos, meses, dias, horas etc., enquanto o eixo das 
ordenadas (eixo y) representa o outro dado em questão.
17 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm
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Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de realizar a análise de mais de uma tabela, por exemplo.
Exemplo: Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os dados foram dispostos em uma tabela.
Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito do crescimento ou do decrescimento dos rendimentos da 
empresa.
• Gráfico de Barras
Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando retângulos de mesma largura e altura. Altura essa que deve 
ser proporcional ao dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do dado, maior deve ser a altura do retângulo.
Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo analisar o percentual de determinada população que acesse ou tenha: 
internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou tablet. Os resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como 
este:
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• Gráfico de Colunas
Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a mesma finalidade. O gráfico de colunas então é usado quando 
as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco no gráfico de barra.
Exemplo: Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando determinada grandeza ao longo de alguns anos.
• Gráfico de Setor
É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em setores, as áreas dos setores são proporcionais às frequên-
cias dos dados, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor circular.
Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências diversas para determinada gran-
deza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação em candidatos em uma eleição.
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• Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que apresenta diversos retângulos justapostos (barras verticais)18.
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, entretanto, o histograma não apresenta espaço entre as barras.
• Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem com um texto informativo. As imagens podem conter alguns tipos de gráficos.
18 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/
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— Tabelas
As tabelas são usadas para organizar algumas informações ou dados. Da mesma forma que os gráficos, elas facilitam o entendimento, 
por meio de linhas e colunas que separam os dados.
Sendo assim, são usadas para melhor visualização de informações em diversas áreas do conhecimento. Também são muito frequentes 
em concursos e vestibulares.
GEOMETRIA BÁSICA: ÂNGULOS, TRIÂNGULOS, POLÍGONOS, DISTÂNCIAS, PROPORCIONALIDADE, PERÍMETRO E ÁREA. PLA-
NO CARTESIANO: SISTEMA DE COORDENADAS, DISTÂNCIA
A geometria é uma área da matemática que estuda as formas geométricas desde comprimento, área e volume19. O vocábulo geome-
tria corresponde a união dos termos “geo” (terra) e “metron” (medir), ou seja, a “medida de terra”.
A Geometria é dividida em três categorias:
- Geometria Analítica; 
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
Assim, a geometria analítica, também chamada de geometria cartesiana, une conceitos de álgebra e geometria através dos sistemas 
de coordenadas. Os conceitos mais utilizados são o ponto e a reta.
Enquanto a geometria plana ou euclidiana reúne os estudos sobre as figuras planas, ou seja, as que não apresentam volume, a 
geometria espacial estuda as figuras geométricas que possuem volume e mais de uma dimensão.
— Geometria Plana
É a área da matemática que estuda as formas que não possuem volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos, circunferências são 
alguns exemplos de figuras de geometria plana (polígonos)20.
Para geometria plana, é importante saber calcular a área, o perímetro e o(s) lado(s) de uma figura a partir das relações entre os 
ângulos e as outras medidas da forma geométrica. 
Algumas fórmulas de geometria plana:
— Teorema de Pitágoras
Uma das fórmulas mais importantes para esta frente matemática é o Teorema de Pitágoras.
Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma dos quadrados dos catetos (os “lados” que formam o ângulo reto) é igual 
ao quadrado da hipotenusa (a aresta maior da figura).
Teorema de Pitágoras: a² + b² = c²
19 https://www.todamateria.com.br/matematica/geometria/#:~:text=A%20geometria%20%C3%A9%20uma%20%C3%A1rea,Geometria%20
Anal%C3%ADtica
20 https://bityli.com/BMvcWO
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— Lei dos Senos
Lembre-se que o Teorema de Pitágoras é válido apenas para triângulos retângulos. A lei dos senos e lei dos cossenos existe para 
facilitar os cálculos para todos os tipos de triângulos.
Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.
Para qualquer triângulo ABC inscrito em uma circunferência de centro O e raio R, temos que:
— Lei dos Cossenos
A lei dos cossenos pode ser utilizada para qualquer tipo de triângulo, mesmo que ele não tenha um ângulo de 90º. Basta conhecer o 
cosseno de um dos ângulos e o valor de dois lados (arestas) do triângulo.
Veja a fórmula abaixo. Onde a, b e c são lados do triângulo.
Para qualquer triângulo ABC, temos que:
— Relações Métricas do Triângulo Retângulo
As relações trigonométricas no triângulo retângulo são fórmulas simplificadas. Elas podem facilitar a resolução das questões em que 
o Teorema de Pitágoras é aplicável.
Para um triângulo retângulo, sua altura relativa à hipotenusa e as projeções ortogonais dos catetos, temos o seguinte:
- Onde a é hipotenusa;
- b e c são catetos;
- m e n são projeções ortogonais;
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- h é altura.
— Teorema de Tales
O Teorema de Tales é uma propriedade para retas paralelas.
Se as retas CC’, BB’ e AA’ são paralelas, então:
— Fórmulas Básicas de Geometria Plana
Polígonos
O perímetro é a soma de todos os lados da figura, ou seja, o comprimento do polígono.
Onde A é a área da figura, veja as principais fórmulas:
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Fórmulas da Circunferência
Conversão para radiano, comprimento e área do círculo:
Conversão de unidades: π rad corresponde a 180°.
Comprimento de uma circunferência: C = 2 · π · R.
Área de uma circunferência: A = π · R²
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— Geometria Espacial 
É a frente matemática que estuda a geometria no espaço. Ou seja, é o estudo das formas que possuem três dimensões: comprimento, 
largura e altura.
Apenas as figuras de geometria espacial têm volume.
Uma das primeiras figuras geométricas que você estuda em geometria espacial é o prisma. Ele é uma figura formada por retângulos, 
e duas bases. Outros exemplos de figuras de geometria espacial são cubos, paralelepípedos, pirâmides, cones, cilindros e esferas. Veja a 
aula de Geometria espacial sobre prisma e esfera.
—
Fórmulas de Geometria Espacial
Fórmula do Poliedro: Relação de Euler
Para saber a quantidade de vértices e arestas de uma figura espacial, utilize a Relação de Euler:
Onde V é o número de vértices, F é a quantidade de faces e A é a quantidade de arestas, temos:
V + F = A + 2
Fórmulas da Esfera
Fórmulas do Cone
Onde r é o raio da base, g é a geratriz e H é a altura.
Área lateral do cone: Š = π · R . g
Área da base do cone: A = π · R²
Área da superfície total do cone: S = Š + A
Volume do cone: V = 1/3 . A . H
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Fórmulas do cilindro
Área da base de um cilindro: Ab = π · r².
Área da superfície lateral de um cilindro: Al = 2 · π · r · h.
Volume de um cilindro: V = Ab · h = π · r² · h.
Secção meridiana: corte feito na “vertical”; a área desse corte 
será 2r · h.
Fórmulas do Prisma
O prisma é um sólido formado por laterais retangulares e duas 
bases. Na imagem a seguir, o prisma tem base retangular, sendo um 
paralelepípedo. O cubo é um paralelepípedo e um prisma.
Diagonal de um paralelepípedo: .
Área total de um paralelepípedo: 
.
Volume de um paralelepípedo: .
Prismas retos são sólidos cujas faces laterais são formadas por 
retângulos.
Volume de um prisma: 
 
Fórmulas da Pirâmide Regular
Para uma pirâmide regular reta, temos:
Área da Base (AB): área do polígono que serve de base para a 
pirâmide.
Área Lateral (AL): soma das áreas das faces laterais, todas 
triangulares.
Área Total (AT): soma das áreas de todas as faces: AT = AB + AL.
Volume (V): V = . AB . h.
E sendo a (apótema da base), h (altura), g (apótema da 
pirâmide), r (raio da base), b (aresta da base) e t (aresta lateral), 
temos pela aplicação de Pitágoras nos triângulos retângulos.
h² + r² = t²
h² + a² = g²
Fórmulas do Tetraedro Regular
Para o tetraedro regular de aresta medindo a, temos:
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Altura da face = 
Altura do tetraedro = 
Área da face: AF = 
Área total: AT = 
Volume do tetraedro: 
— Geometria Analítica
A geometria analítica utiliza coordenadas e funções do plano 
cartesiano para solucionar perguntas matemáticas. É a área da 
matemática que relaciona a álgebra com a geometria. A álgebra 
utiliza variáveis para representar os números e u utiliza fórmulas 
matemáticas.
Conhecer essa frente da matemática também é importante 
para resolver questões de Física. Por exemplo, o cálculo da área em 
um plano cartesiano pode informar o deslocamento (ΔS) se o eixo x 
e o eixo y informarem a velocidade e o tempo.
O primeiro passo para estudar essa matéria é aprender o 
conceito de ponto e reta.
- Um ponto determina uma posição no espaço.
- Uma reta é um conjunto de pontos.
- Um plano é um conjunto infinito com duas dimensões.
Entender a relação entre ponto, reta e plano é importante 
para resolver questões com coordenadas no plano cartesiano, mas 
também para responder perguntas sobre a definição de ponto, reta 
e plano, e a posição relativa entre retas, reta e plano e planos.
Para representar um ponto (A, por exemplo) em um plano 
cartesiano, primeiro você deve indicar a posição no eixo x (horizontal) 
e depois no eixo y (vertical). Assim, segue as coordenadas seguem 
o modelo A (xa,ya).
— Equação Fundamental da Reta
A equação fundamental da reta que passa pelo ponto P (x0, y0) 
e tem coeficiente angular m é:
y – y0 = m . (x – x0)
Equação Reduzida e Equação Geral da Reta
• Equação reduzida: y = mx + q e m = tgα.
• Equação geral: ax + by + c = 0.
— Distância entre Dois Pontos
O ponto médio M do segmento de extremos A(xA, yA) e B(xB, yB) 
é dado por:
A distância d entre os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) é dada por:
QUESTÕES
1. PREFEITURA DE GUZOLÂNDIA/SP - ESCRITURÁRIO - 
OMNI/2021
Podemos definir um número primo, como um número natu-
ral, que é divisível por exatamente dois números naturais. Como os 
números racionais são números escritos como a fração entre dois 
números inteiros, assinale a opção CORRETA em relação aos núme-
ros primos e racionais. 
(A) Os números primos não são racionais, já que não podemos 
escrevê-los na forma de uma fração.
(B) O único número primo e racional é o número 1.
(C) Todos os números primos também são racionais.
(D) Não existe número primo que seja par.
2. PREFEITURA DE PAULÍNIA/SP - CARGOS DE NÍVEL FUNDA-
MENTAL - FGV/2021
Observe o exemplo seguinte.
O número 10 possui 4 divisores, pois os únicos números que 
dividem 10 exatamente são: 1, 2, 5 e 10.
O número de divisores de 48 é
(A) 6. 
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.
3. PREFEITURA DE ITATIBA/SP - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁ-
SICA - AVANÇA SP/2020
No que se refere aos Conjuntos Numéricos, julgue os itens a 
seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I – Reúnem diversos conjuntos cujos elementos são quase to-
dos números.
II – São formados por números naturais, inteiros, racionais, ir-
racionais e reais.
III – O ramo da Matemática que estuda os conjuntos numéricos 
é a Teoria dos Sistemas.
(A) Apenas o item I é verdadeiro.
(B) Apenas o item II é verdadeiro.
(C) Apenas o item III é verdadeiro.
(D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.
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(E) Todos os itens são verdadeiros.
4. PREFEITURA DE ARAPONGAS/PR - FISCAL AMBIENTAL - FA-
FIPA/2020
O conjunto dos números reais (R) é formado pela união de ou-
tros conjuntos numéricos: naturais (N), inteiros (Z), racionais (Q) e 
irracionais. Das alternativas a seguir, qual representa um conjunto 
de múltiplos de um número real e, ao mesmo tempo, um subcon-
junto dos números naturais?
(A) {1, 5, 7, 9, 11, 13}.
(B) {−1, 5, −7, 9, −11, 13}.
(C) {1, −5, 7, −9, 11, −13}.
(D) {⋯ , 27, 36, 45, 54, 63, 72, ⋯ }.
(E) {1, 5, 7, −9, −11, −13}.
5. CRMV/AM - SERVIÇOS GERAIS – QUADRIX/2020
A partir dos números escritos no quadro acima, julgue o item.
Os números 13 e 17 são primos.
( ) CERTO
( ) ERRADO
6. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE ADMI-
NISTRATIVO - IBADE/2020
Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava 
R$ 400,00. Após negociação o vendedor aplicou um desconto de R$ 
25,00. O valor percentual de desconto foi de:
(A) 5,57%
(B) 8,75%
(C) 12,15%
(D) 6,25%
(E) 6,05%
7. ALEPI - CONSULTOR LEGISLATIVO - COPESE - UFPI/2020
Marina comprou 30% de uma torta de frango e 80% de um bolo 
em uma padaria. Após Marina deixar a padaria, Pedro comprou o 
que sobrou da torta de frango por 14 reais e o que sobrou do bolo 
por 6 reais, o valor que Marina pagou em reais é:
(A) 28
(B) 30
(C) 32
(D) 34
(E) 36
8. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020
Do número total de candidatos inscritos em um processo se-
letivo, apenas 30 não compareceram para a realização da prova. 
Se o número de candidatos que fizeram a prova representa 88% 
do total de inscritos, então o número de candidatos que realizaram 
essa prova é
(A) 320.
(B) 300.
(C) 250.
(D) 220.
(E) 200.
9. CREF - 21ª REGIÃO (MA) - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - QUA-
DRIX/2021
O ser humano pode carregar, no máximo, 10% do seu peso, 
sem prejudicar sua coluna. Em uma loja, um funcionário que pesa 
80 kg transportou 1.000 pacotes de folhas de papel de uma estante 
A para uma estante B. Cada pacote contém 100 folhas de papel e 
cada folha pesa 5 g.
Com base nessa situação hipotética e sabendo-se que o funcio-
nário não prejudicou sua coluna, é correto afirmar que o número 
mínimo de vezes que ele se deslocou da estante A para a estante 
B é igual a:
(A) 61.
(B) 62.
(C) 63.
(D) 64.
(E) 65.
10. PREFEITURA DE BOA VISTA/RR - NUTRICIONISTA - SELE-
CON/2020
Para calcular a capacidade de um caldeirão, usa-se a fórmula V 
= π x R² x h (altura). Considerando-se que o caldeirão possui 1 metro 
de diâmetro e 0,50 cm de altura, a capacidade média em litros é 
(considere π = 3,14):
(A) 252,5
(B) 302,6
(C) 337,5
(D) 392,5
11. PREFEITURA DE VILA VELHA/ES - PROFESSOR - IBADE/2020
A cidade de Vila Velha é separada da capital, Vitória, pela Baía 
de Vitória, mas unidas por pontes. A maior

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