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3 Assistência à Saúde dos Trabalhadores

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GESTÃO DE BENEFÍCIOS 
Autor: Ricardo Luz 
 
GESTÃO DE BENEFÍCIOS 
TEMA 3 
Assistência à Saúde dos Trabalhadores 
OBJETIVO DA APRENDIZAGEM DA AULA 
Ao final da aula você será capaz de: 
Conhecer os diferentes tipos de benefícios que atendem à assistência à saúde dos trabalhadores, bem como a forma de gerenciá-
los. 
 
 
CONTEÚDO DA AULA 
Neste tema iremos conhecer os benefícios que as grandes empresas oferecem a fim de prestar assistência à saúde dos seus 
empregados. Esses benefícios são o segundo maior custo com os trabalhadores, ficando atrás apenas dos custos com a folha de 
pagamento. Por essa razão devem merecer uma especial atenção e uma cuidadosa administração por parte da equipe de RH. Os 
custos com a assistência à saúde além de serem altos e crescentes, em boa parte independem da gestão que o RH faça sobre eles. 
Com relação aos benefícios voltados para a saúde dos trabalhadores, encontramos nas grandes empresas, os seguintes serviços: 
ambulatório médico; assistência médico-hospitalar; assistência hospitalar; convênio para aquisição de medicamentos; convênio com 
óticas; check-up para executivos; campanhas educativas; assistência social. 
 
AMBULATÓRIO MÉDICO 
Uma pesquisa realizada em 2008 pela Consultoria Mercer, envolvendo 210 empresas, revelou que 53% delas possuíam ambulatório 
médico. Trata-se de um local, nas dependências da empresa, dotado de equipamentos e profissionais para atendimento à atenção 
primária à saúde. 
É um benefício importante, pois disponibiliza um profissional da área de saúde treinado para realizar os atendimentos básicos tão 
necessários em empresas que contam com um grande contingente de pessoal. 
As grandes empresas, oferecem auxiliares de enfermagem, médicos, fisioterapeutas e dentistas. Oferecem consultas médicas e 
serviços complementares, tais como aplicações de injeção, massagens, controle de pressão arterial, curativos, entre outros serviços. 
Nesses ambulatórios, de grandes empresas os empregados contam também com os médicos do trabalho. 
 
ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR 
Em quase todas as médias e grandes empresas esse benefício é oferecido e muitas vezes custeado integralmente por elas. Algumas 
optam por cobrar dos funcionários uma parcela dos custos. 
 Esse benefício consiste em cobrir despesas com consultas médicas, exames complementares, atendimento ambulatorial, 
internações e honorários médicos. Nas grandes empresas, esse benefício geralmente é extensivo aos dependentes. 
O benefício 
Segundo a Pesquisa de Benefícios 2020/2021 realizada pela empresa de Consultoria AON, com 808 empresas de mais de 30 
segmentos, para 48,6% das empresas pesquisadas, o plano de saúde tem um custo entre 5% e 12% de sua folha de pagamento. 
Segundo a Consultoria Mercer, a assistência médica é o segundo maior gasto da área de recursos humanos, atrás apenas da folha 
de pagamento. Os custos de Assistência à Saúde representam em média, 35% do Custo Total dos benefícios oferecidos pelas 
grandes empresas. 
 TEMA: Assistência à Saúde dos Trabalhadores 
Segundo a 30ª Pesquisa de Benefícios Corporativos – Edição 2021 - realizada pela MercerMarsh Benefícios, com 737 empresas 
participantes, envolvendo 19 segmentos econômicos, a modalidade mais prevalente de assistência médica, é através do Pré-
Pagamento. 79% das empresas pesquisadas adotam essa modalidade. A modalidade Pós-Pagamento é praticada por 18% das 
empresas e a modalidade Híbrida é praticada por apenas 3% das empresas pesquisadas. As Seguradoras como Bradesco, Sul 
América, Unimed, entre outras, representam 44% dos contratos de assistência médica. Já as empresas de Medicina em Grupo, como 
Amil, grupo Notre Dame, entre outras, representam 29% dos contratos. As Cooperativas Médicas, como as Unimeds, representam 
26% dos contratos. Já o modelo de autogestão representa apenas 1%. 
Ainda com base na pesquisa citada anteriormente, 38% das empresas mantém aposentados nos seus planos de saúde. 
Em função do alto custo que este benefício representa para as empresas, o RH deve adotar as seguintes estratégias a fim de tentar 
reduzir ou conter esses custos: 
 
Modalidades de Prestação de Assistência Médico-Hospitalar: 
Assistência Médica Própria: 
Consiste na Instalação de consultórios médicos na própria empresa. Neles, as empresas oferecem: consultas médicas e serviços 
auxiliares de enfermagem, tais como aplicação de injeções, massagens, controle de pressão arterial, curativos etc. Nesses 
ambulatórios, as empresas contam também com os médicos do trabalho. 
Auto-Gestão (poucas empresas optam): 
Pouquíssimas empresas optam por essa modalidade de serviço. Nesta modalidade as empresas assumem todas as despesas com 
a assistência médico-hospitalar de seus funcionários. 
Algumas dessas empresas reembolsam parcial ou integralmente, as despesas com consultas, exames e internações de seus 
funcionários e dependentes. 
Algumas empresas realizam convênios diretos com clínicas, laboratórios de análises clínicas e hospitais, para atendimento dos 
empregados e dependentes, arcando com os custos. 
Convênios com Operadoras de Saúde (essa é a modalidade adotada por quase todas as empresas): 
Funcionários e dependentes são atendidos por médicos, clínicas, hospitais e laboratórios de uma rede própria ou credenciada pela 
Operadora de Saúde, realizando consultas, exames e internações. Outra forma de utilizar o benefício é através de reembolsos pela 
utilização desses serviços. 
Padrões dos Planos: 
a) Básico: rede credenciada menos abrangente; internação em enfermaria. 
 
b) Executivo: rede credenciada mais abrangente e internação em apartamento privativo. 
c) Livre Escolha: rede credenciada ainda mais abrangente. Com opção de médicos e hospitais não conveniados pagos mediante 
reembolso. 
Observação: O RH ao implantar o plano de saúde na empresa deve começar pelo Plano Básico, por representar um custo mais baixo 
que os demais. Com o passar do tempo, à medida que a empresa vai absorvendo esse custo, o RH deve negociar com a direção da 
empresa uma mudança para o plano executivo, a fim de melhorar a prestação desse serviço para os empregados. 
 
Tipos de Cobertura: 
Os planos de saúde oferecem as seguintes coberturas aos seus usuários: 
1. Pequeno Risco: São considerados pequenos riscos, as consultas médicas e os exames realizados pelos usuários. 
2. Grande Risco: São considerados grandes riscos, as internações, cobrindo as despesas hospitalares, honorários médicos e 
exames complementares. 
 
3. Acomodação: Enfermaria ou Quarto Particular. 
Observação: 
O RH ao implantar o plano de saúde na empresa deve começar pela proteção do grande risco. Isso porque, algumas internações 
geram custos tão elevados que muitas vezes os funcionários da empresa não teriam como pagar. Já as consultas médicas e exames, 
quando necessários, mesmo com um pouco de sacrifício, eles podem dar um jeito de pagar. 
 
Estratégias Para Redução/Manutenção dos Custos da Assistência Médica: 
1. Controle da sinistralidade. 
 
Na gestão dos planos de saúde, é chamado de sinistro, cada um dos eventos, como por exemplo, uma consulta médica, um exame 
complementar ou uma internação. É chamado de sinistralidade, o conjunto ou a realização de todos esses eventos. 
 
Para que a empresa possa gerenciar os custos que ela tem com os planos de saúde, para que ela possa conhecer quais são as 
doenças e os problemas de saúde dos seus empregados e até mesmo dos familiares dos empregados, quando o plano de saúde é 
oferecido para eles, a empresa deve solicitar às operadoras de plano de saúde (Unimed, Amil, Assim, Golden Cross e as demais) o 
Relatório de Sinistralidade. 
 
Esse relatório deve ser analisado pelo médico da empresa. Nele vem discriminado quais os usuários (empregados e dependentes) 
que utilizaram cada um dos eventos (consultas, exames, internações, entre outros) e a frequência de utilização. 
 
Através da análise desses relatórios, a empresa pode identificar sehá alguma irregularidade, como eventuais usos abusivos, por 
parte de algum usuário. Pode também identificar as doenças e enfermidades mais recorrentes. Isso permitirá, por exemplo que a 
empresa desenvolva campanhas preventivas direcionadas a essas doenças, contribuindo assim para a redução futura desses 
eventos. 
 
2. Controle da saúde dos funcionários de alto risco: hipertensos, diabéticos, colesterol alto, obesos, fumantes, idosos. 
Segundo os especialistas em gestão da saúde, uma pequena parte dos empregados das empresas, possuem alguma comorbidade 
como as acima mencionadas. E essa pequena parte que representa 15% a 20 % dos empregados, são responsáveis por 75% da 
utilização dos planos de saúde (sinistralidade). Sabendo disso, o RH, através do serviço médico da empresa, deve realizar 
campanhas de prevenção. 
Essas campanhas são frequentes nas grandes empresas e trazem ganhos financeiros, com a redução da sinistralidade e, 
consequentemente, com os reajustes anuais de seus planos de saúde. 
As empresas realizam campanhas de vacinação, campanhas contra gripe, contra o câncer. Promovem atividades físicas, campanhas 
contra o colesterol, tabagismo. Promovem campanhas de orientação de práticas alimentares, entre outras. 
Algumas empresas chegam ao requinte medir, a redução do peso médio de seus empregados. 
 
3. Contratação de médicos para as maiores incidências das doenças. 
À medida que o número de empregados cresce e dependendo do grau de risco das empresas, elas necessitam contratar médicos 
do trabalho. São médico que possuem pós-graduação em Medicina do Trabalho. 
Esses profissionais fazem parte do SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, e 
trabalham nos RHs das empresas, trabalhando para prevenirem as doenças ocupacionais, ou seja, as doenças relacionadas ao 
trabalho. 
Quando a empresa identifica, por exemplo, através da análise dos Relatórios de Sinistralidade, fornecidos pelas operadoras de saúde, 
que a maior incidência de doenças dos funcionários e/ou dependentes, está relacionada a problemas de coração, então, nesses 
casos ela poderá contratar um Médico do Trabalho que também seja Cardiologista. 
Vamos dar um outro exemplo, suponhamos que a grande maioria dos empregados seja do sexo feminino e que a maio utilização do 
plano de saúde esteja associado aos tratamentos ginecológicos. Nesses casos a empresa poderá contratar um Médico do Trabalho 
que seja um Ginecologista. 
Certamente, com essa providência, a empresa poderá reduzir a sua sinistralidade e os seus custos com o plano de saúde. 
 
4. Campanhas educativas/preventivas. 
Como já mencionei, as empresas realizam diferentes campanhas preventivas, a fim de educar os seus empregados e melhorar a sua 
qualidade de vida. Com isso, elas também reduzem os gastos com a gestão da saúde dos seus empregados. 
 
5. Convênio para aquisição de medicamentos. 
Como veremos adiante, o RH das empresas costuma fazer convênio com farmácias e com as principais redes de drogarias, a fim de 
oferecer para os empregados, descontos na aquisição de medicamento. 
De nada adianta o funcionário realizar uma consulta médica, se ele não tiver dinheiro para comprar os seus medicamentos. O 
tratamento não acontecerá. 
Por essa razão, as empresas realizam esses convênios, beneficiando a todos os empregados, especialmente aos que possuem 
baixos salários, que passam a ter acesso aos medicamentos que necessitam. 
 
6. Controle de doenças através do rastreamento dos medicamentos (convênio). 
Algumas empresas para proporcionar uma maior comodidade aos seus empregados, fazem convênios para entrega dos 
medicamentos na própria empresa, quando comprados pelos seus funcionários. Essa prática permite que algumas empresas possam 
realizar campanhas preventivas ou algumas ações médicas, com base no gerenciamento que fazem das receitas médicas. O serviço 
médico consegue identificar as principais doenças ou problemas de saúde dos empregados e/ou familiares, através da análise das 
receitas médicas entregues pelos empregados para aquisição dos medicamentos na própria empresa. 
A Volvo, fabricante de carrocerias de ônibus, com sede no Paraná, através do auxílio-farmácia mapeou a saúde dos colaboradores, 
melhorando o acompanhamento principalmente de pacientes com doenças crônicas. Ao identificar um aumento no uso de 
medicamentos para asma e bronquite no período de inverno, passou a realizar campanhas de vacinação contra a gripe para conter 
o problema. 
 
7. Uso do Fator Moderador (Coparticipação). 
Essa é uma estratégia adotada para inibir o uso abusivo de consultas médicas e exames complementares por parte dos seus 
empregados. Para isso, as empresas exigem o pagamento de um determinado valor ou percentual do custo desses procedimentos. 
Segundo a 30ª Pesquisa sobre Benefícios Corporativos realizada em 2021 pela MercerMarsh Benefícios, das 737 empresas 
pesquisadas, 74% aplicam a coparticipação, com um valor médio de 24% de desconto dos funcionários. 
A coparticipação incide geralmente sobre as consultas e exames simples. 
 
 
8. Uso de Home Care. 
Em algumas situações, a continuidade ou o término do tratamento do paciente, pode ser realizado na sua própria residência, por 
determinação do médico responsável. A isso, os especialistas chamam de Home Care. O empregado passa a receber uma 
assistência médica domiciliar. 
Essa medida contribui tanto para reduzir os riscos das infecções hospitalares, quanto para a redução dos custos das internações 
hospitalares, decorrentes das despesas com a hospedagem do paciente, entre outras. 
Essa providência requer que a residência seja dotada de alguns equipamentos e cuidados e o paciente receba acompanhamento 
médico e de enfermagem. 
 
9. Auditoria médica. 
Algumas empresas optam pela autogestão da assistência médica que prestam aos seus empregados. Nesses casos elas assumem 
os custos com os serviços médicos e hospitalares prestados aos seus empregados, como consultas, exames, internações, entre 
outros. 
Essa decisão gera um enorme risco para essas empresas, especialmente quando elas possuem muitos empregados. Isso porque os 
custos com algumas internações são altíssimos. E quanto maior for o número de empregados e dependendo do perfil desses 
empregados (idade, doenças pré-existentes, tipo de atividade profissional) maior será esse risco. 
Nesses casos, quando a empresa insiste e deseja optar por essa modalidade, então, o RH além de chamar a atenção da direção da 
empresa para esse risco, deve recomendar o uso de auditorias médicas. 
Essas auditorias poderão ser contratadas, caso a empresa não possua serviço médico próprio, especificamente, para realizar a 
análise das faturas enviadas pelos hospitais cobrando os valores relativos às internações. Isso para evitar cobranças equivocadas 
ou abusivas, decorrentes de erros ou fraudes. 
 
10. Assessoramento através de consultores e corretores especializados. 
Algumas empresas ou consultoria, realizam serviços gratuitos, sobre a gestão dos seus planos de saúde. Essas orientações referem-
se ao modelo do plano, tipo do plano, coberturas, operadoras, visando um custo melhor para a empresa cliente. Portanto, o RH deve 
procurar conhecer e solicitar esses serviços, para avaliar e melhor gerenciar esse importante e significativo custo de pessoal. 
 
11. Uso do Stop Loss. 
As empresas que adotam o modelo de autogestão na assistência médico-hospitalar, como assumem o compromisso de arcarem com 
todas as despesas médico-hospitalares de seus funcionários, correm o risco de terem a desagradável surpresa de uma despesa 
altíssima, que ela poderá não conseguir honrar. Para contornar esses problema e proteger a empresa contra esse risco imprevisível, 
o RH pode negociar a aquisição do Stop Loss. Trata-se de um seguro que pode funciona como um “fundo de reserva”, para cobrir as 
despesas médico hospitalares de planos de saúde corporativos excedentes a umdeterminado limite de valor, previamente estipulado. 
 
Fatores Que Impactam nos Custos Iniciais dos Planos de Saúde: 
1. Perfil/Faixa Etária dos empregados. 
 
Os planos de saúde ao fixarem os valores mensais a serem pagos pelas empresas clientes, levam sempre em conta uma estimativa 
de sinistralidade que ocorrerá durante cada ano do contrato. Posteriormente, a cada ano, as operadoras dos planos de saúde 
corrigem os valores dos planos. Um dos fatores que interferem nesses reajustes é a mudança de idade dos funcionários, já que com 
o envelhecimento surgem novas doenças. A idade tem um impacto direto nos custos dos planos de saúde. Os preços desse benefício 
são cobrados por faixa etária. A cada ano, vários funcionários, com o aumento de idade, mudam para faixas mais onerosas nos 
planos de saúde, tornando os planos mais caros. 
 
Em algumas empresas, o perfil predominante de pessoal é muito jovem, como acontece nas empresas de call center, onde muitos 
funcionários estão no seu primeiro emprego. Outras empresas têm um perfil mais velho. Esse perfil demográfico dos empregados 
impacta diretamente nos custos dos planos de saúde. 
 
 
2. Tipo de Atividade Profissional desenvolvida pela empresa; 
 
O tipo de atividade realizada pela empresa interfere nos custos dos planos de saúde. Várias organizações desenvolvem somente 
atividades tipicamente administrativas. Outras empresas, como as industriais, já expõem os seus empregados a riscos de acidentes 
ou de doenças ocupacionais (aquelas decorrentes do próprio trabalho). Esses riscos são considerados pelas operadoras dos planos 
de saúde, quando elas estimam o grau de sinistralidade que deverá ocorrer em uma determinada empresa. 
 
3. Participação de Agregados no plano de saúde. 
 
A inclusão de agregados, ou seja, pais avós, nos planos de saúde, é um fator que contribui, enormemente, nos custos iniciais e nos 
reajustes anuais dos planos. Isso ocorre, pelo simples fato desse público estar propenso a inúmeras doenças. Por conta disso, as 
empresas de um modo geral, não permitem a inclusão deles nos planos de saúde. 
 
 
Fatores que Influenciam nos Reajustes dos Planos de saúde: 
1. Sinistralidade; 
2. Mudanças de faixas etárias; 
3. Reajustes dos custos médico-hospitalares. 
 
O RH para ser prudente na implantação de um plano de saúde, deve adotar o seguinte desenho Inicial: 
 Quanto aos usuários, deve oferecê-lo somente para os empregados; 
 Ao decidir pelo Padrão do Plano, deve optar pelo Plano Básico; 
 Quanto à Cobertura, se possível deve optar somente pela Internação (grande risco) 
 Quanto à Acomodação, deve optar pela Enfermaria; 
 Deve decidir se o plano será Contributivo ou não. O plano é contributivo quando o funcionário participa, mensalmente, do 
custeio do benefício, independente de usá-lo ou não. Cabe aqui destacar que quando a empresa decide pelo plano ser 
Contributivo, quando a empresa desliga um funcionário, caso ele deseje, a empresa deve mantê-lo como usuário do plano 
de saúde da empresa, porém, pagando integralmente o plano. 
 Deve adotar a Co-Participação dos empregados no uso das consultas médicas. 
 
Seguem algumas importantes informações sobre o Plano de Saúde, segundo a pesquisa da Empresa AON, de Benefícios 2020 | 
2021, realizada com 808 empresas, envolvendo mais de 30 segmentos: 
PLANO DE SAÚDE: 
Para 48,6% das empresas, o plano de saúde representa entre 5% e 12% de sua folha de pagamento. 
O benefício é oferecido a todos os colaboradores em 61,4% dos casos. 
Em 50,1% dos casos, o benefício é concedido através de apenas uma operadora/seguradora. 
Os contratos de assistência médica são, em 73,8% dos casos, no modelo de pré-pagamento. 
62,6% das empresas que ofertam o benefício pagam 100% do custo pelos colaboradores. 
Para 35,8%, o custo do plano é compartilhado com o colaborador. 
97,9% das empresas aceitam a inclusão de cônjuge no benefício. 
Os filhos são aceitos em 98,3% dos casos, com idade limite de 21 anos ou 24 anos se universitário 
Fonte: Pesquisa da Empresa AON, de Benefícios 2020 | 2021 – com 808 empresas, envolvendo mais de 30 segmentos. 
 
ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA 
O cuidado com a saúde bucal ultrapassa os cuidados com a saúde, mas garante mais autoconfiança e melhora a 
autoestima, contribuindo para a saúde integral do colaborador. É o 3º benefício mais prevalente, segundo a pesquisa 
realizada em 2021 pela Consultoria AON. 
Segundo a mesma pesquisa, Cônjuges e filhos continuam sendo beneficiados, sendo permitidos em 
aproximadamente 98% dos contratos. O modelo de pré-pagamento do setor continua predominando, sendo a 
escolha em 77% dos contratos. 
Cerca de 42% das empresas oferecem o benefício sem custo para o titular. 
Planos com coberturas adicionais de próteses e ortodontia continuam sendo mais observados para cargos de 
diretoria e acima em mais de 25% dos casos. 
CONVÊNIO COM ÓTICAS 
Através desse benefício, os funcionários obtém desconto fornecido pelas óticas para compra de armações e lentes, com 
pagamento na folha de pagamento. 
 
AUXÍLIO-FARMÁCIA 
 Convênio com drogarias para aquisição de medicamentos com receita médica. 
 Os descontos são concedidos pelas drogarias e os pagamentos são descontados em folha de pagamento. 
 Em muitas empresas os medicamentos são entregues na própria empresa, sem custo. As drogarias retiram, diariamente, os 
pedidos nas empresas e entregam os medicamentos. 
Modalidades: 
Modalidades Praticadas pelas empresas: 
1. Convênio para descontos. Preços especiais para compras em farmácias. Essa é a modalidade mais utilizada; 
2. Desconto em folha: o empregado adquire o medicamento na farmácia sem desembolsar. A fatura é paga pela empresa que 
desconta do empregado em folha. 
 
3. Serviço na Própria Empresa: O funcionário deixa a receita na empresa. A drogaria retira as receitas na empresa. A drogaria 
entrega os medicamentos na empresa. A empresa desconta em folha. A empresa pode ou não subsidiar parte dos custos. 
 
4. Subsídio: a empresa absorve parte dos custos. É a modalidade menos utilizada, porém, é a que apresenta o maior índice de 
adesão ao tratamento. 
 
 
CHECK-UP 
Este benefício é utilizado para cargos executivos (diretores e gerentes). As empresas que o concedem, geralmente, arcam 
integralmente com os custos. A periodicidade é anual. 
 
CAMPANHAS EDUCATIVAS 
Envolvendo os seguintes serviços da empresa: Médico e Odontológico, Nutrição, Segurança e Medicina do Trabalho, Serviço 
Social, Grêmio. 
Alguns Programas: 
 Saúde bucal. 
 Orientação Nutricional (Alimentação balanceada; orientação de hábitos alimentares). 
Atividades físicas minimizando o sedentarismo: (ginástica laboral, caminhadas, passeios ciclísticos, campeonatos esportivos). 
Campanhas Preventivas: Vacinações, Obesidade, Diabetes, Antitabagismo, Antidrogas, Antialcoolismo, Doenças Sexualmente 
Transmissíveis, Hipertensão, Cardiopatias, Colesterol Alto, Gravidez Precoce e Interrompida. 
 Doenças Sexualmente Transmissíveis. 
 Em empresas com grande contingente feminino jovem, uma excelente campanha pode ser direcionada às Gestantes. As empresas 
obtém bons resultados, reduzindo significativamente o absenteísmo por licença médica, gastos com UTI neonatal, entre outros. 
Na Philips, a lista de campanhas de qualidade de vida é grande e vai da prevenção da gripe à do câncer. Um recente programa de 
incentivo à perda de peso, por exemplo, fez com que a força de trabalho ficasse 150 quilos mais leve num período de seis meses. 
Em termos de saúde e qualidade de vida, a Votorantim Cimentos, oferece aos funcionários várias iniciativas dentro do 
Programa+Vida: alimentação saudável, ergonomia, prevenção de riscos cardiovasculares, saúde da mulher, incentivo a práticas 
esportivas e outras. A empresa oferece também orientações às gestantes. 
O Grupo Fleury, oferece um programa voltado para a Qualidade de Vida, (Viver Melhor). Esse programa temcomo 
premissa que hábitos saudáveis proporcionam uma transformação positiva no ambiente de trabalho. O Viver Melhor 
incentiva e apoia o colaborador através dos programas: 
- Respire Melhor (antitabagismo), 
- Gesto (acompanhamento das gestantes), 
- Acerte (saúde financeira), 
- Saúde no Prato (orientações nutricionais), 
- Corra + (grupos de corrida), 
-Dançar é Saúde (convênio com academias de danças), entre outros. 
 
 
PROGRAMAS VOLTADOS PARA A SAÚDE MENTAL DOS FUNCIONÁRIOS 
 
Com a pandemia, muitas empresas passaram a praticar alguma forma de atendimento à saúde mental e emocional dos seus 
funcionários. Um exemplo disso, foi a crescente utilização da psicoterapia virtual. Observa-se assim, um crescimento na promoção 
de ações de saúde mental pelas empresas. 
Segundo a 30ª Pesquisa sobre Benefícios Corporativos realizada em 2021 pela MercerMarsh Benefícios, com 737 empresas 
pesquisadas, verificou-se que 349 delas possuem algum tipo de programa voltado para a saúde mental de seus empregados. 
 
INDICAÇÃO DE LEITURA 
Você quer saber mais sobre Introdução à Gestão de Benefícios? 
Então leia o livro: LUZ, Ricardo. Gestão De Benefícios: a experiência brasileira, p. 79 - 107. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
Luz, Ricardo. Gestão de Benefícios: a experiência brasileira. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2011.

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