Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
7Ficha clínica, Anamnese e Exame físico. A importância da ficha clinica: Serve como uma documentação do paciente. Para a odontologia legal, certificado pela Interpol, a ficha odontológica de um paciente é o que pode ser utilizada para reconhecimento de um paciente desaparecido, doente ou morte sem identificação. Além disso, a ficha serve para questões éticas, jurídicas e cientificas. Identificação do paciente - Dados pessoais - Dados de origem – nacionalidade, naturalidade. - Dados de localização – residência, endereço profissional. - Dados ocupacionais – profissão, ocupação. Exame Clínico: Anamnese - É subjetiva. Nesse processo é muito importante que no momento da anamnese o paciente esteja sempre na frente do profissional, pois o paciente pode mentir ou omitir informações e a leitura corporal é o que reverte isso. A anamnese é um interrogatório verbal, simples, objetivo e de fácil entendimento. O profissional durante a anamnese deve: - Ser atencioso e motivado a ouvir e registrar de forma escrita. - Ser discreto e inspirar confiança. - Utilizar linguagem respeitosa e adequada ao entendimento. - Deve aproveitar a anamnese para dar início ao exame físico, observando todas as partes descobertas. - Não deve demonstrar sentimentos desfavoráveis como irritação, tristeza ou desprezo. - Pode ser dividida em: identificação do paciente e história clínica. Exame Clinico: História clínica É o conjunto de informações colhidas na anamnese junto ao paciente sobre doenças anteriores, influências hereditárias na sua vida, influências de fatores ambientais,de hábitos, vícios, trabalho. Deve constar: 1- Queixa principal: Deve ser escrita exatamente como o paciente disse. 2- História da doença atual: Deve estar relacionado com a queixa principal do paciente, de quando começou ate a forma atual. 3- É o relato em ordem cronológica, que inclui dados sobre o início, localização, duração e evolução dos sinais e sintomas de um processo patológico atual. 4- História patológica pregressa:‟Doenças que o paciente já teve na vida‟‟ É o relato do conjunto de informações sobre episódios patológicos que já acometeram o paciente. História familiar/ familial: Familial – É relativa ao estado de saúde dos ascendentes e descendentes. Familiar – É relativa ao estado de saúde das pessoas que convivem com o doente, podendo ser da mesma arvore genealógica ou não. 5- História social: SINAIS VITAIS Pressão Arterial: Importante na verificação da função e eficiência cardíaca. Pulso Fornece dados relevantes do estado cardiocirculatório dos indivíduos. Sítios anatômicos: - Pulso radial - pulso braquial - pulso carotídeo - pulso femoral Frequência respiratória Auxilia na avaliação diagnóstica do estado cardiopulmonar do paciente. É verificada pela observação dos movimentos do tórax durante a respiração, pelo levantar e abaixar da região. Média: - normal 12 a 20 por minuto Temperatura corporal Obtida pela utilização de um termômetro em escalas de graus centigrados ou fahrenheit. Categoria Sistólica(mmHg) Diastolica(mmHg) Normal <130 <85 Normal alta 130-139 85-89 Hipertensão leve 140-159 90-99 Hipertensão moderada 160-179 100-109 Hipertensão grave 180-209 110-119 Hipertensão gravissima >210 >120 Resumo: *frequencia Taquicardia: aumento da FC e P; Braquicardia: diminuição da FC e P; Normocardia: valor normal da FC e P *Ritmo Rítmico: o intervalo entre batimentos é igual; arrítmico ou disrítmico: intervalo entre os batimentos é diferente. *Amplitude Forte ou cheio: aumento da força do volume sanguíneo; Fraco ou filiforme: redução da força do volume sanguíneo. Terminologia da respiração *Dispneia: dificuldade de respirar; *Eupneia: presente em indivíduos que respira normalmente (eupneico); *Taquipneia: aumento da frequência respiratória; *Bradipneia: redução da frequência respiratória; *Apneia: ausência de movimentos respiratórios; *Ortopneia: dispneia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar ou pela elevação parcial do tronco. Normal: 36,5 a 37ºC temperatura auxiliar (retal é 5 décimos mais elevada e a oral 3 décimos mais elevada). Historia Medica - Distúrbios sanguíneos - Distúrbios das articulações/ ossos - Doenças transmissíveis - Distúrbios oftálmicos - Distúrbios hepáticos - Distúrbios salivares - Distúrbios da ATM Generalidades – Residência rural/urbana - Profissões exercidas – estresse - Medicamentos usados - Perda/ganho de peso - Quimioterapia/ radioterapia - Usuário de drogas - Hábitos e vícios Distúrbios: 1. Cardiovasculares: 2. Endócrinos: - Diabetes mielitus - Hipotireoidismos 3. Gastrointestinais: - Gastrite atrófica – anemia perniciosa –língua desnuda, “careca”. - Enteropatia do glúten – úlceras bucais - Colite ulcerativa – pioestomatite vegetante ATENÇÃO ÀS MEDICAÇÕES QUE SERÃO PRESCRITAS !! 4. Neurológicos: - Medicamentos podem causar: - Desordens gustativas e olfativas - Hiperplasia gengival - Pigmentações em mucosa oral 5. Sanguíneos: Anemia - glossite atrófica - trabeculado ósseo- aspecto de escada Hemofilia - petéquias - equimoses - sangramentos espontâneos Leucemia - hemorragia gengival espontânea - tumefação extraoral indolor - infecção bucal aguda. Terminologia da temperatura *Normotermia: temperatura corporal normal; *Febrícula: 37,2°c a 37,8°c; *Febre ou Hipertermia: a partir de 37,9°c; *Pirexia: maior que 39° a 40°c; *Hiperpirexia: maior que 40°c; *Hipotermia: temperatura abaixo do normal - Hipotermia leve: 32° a 35°c; -Hipotermia moderada: 30° a 32°c; -Hipotermia grave: menos 30°c. Articulares\Ósseos: - Metabolismo do cálcio - Osteoporose – BISFOSFONATOS osteonecrose - Artrite – cefaléia, mordida aberta. - Calcificações ósseas – síndromes Salivares: Xerostomia (medicamentos, doenças sistêmicas ou fatores locais). Hipersalivação Doenças Transmissíveis: Sífilis - úlcera indolor = cancro - placas mucosas - goma - congênita – malformação dentária Gonorreia - raras úlceras orofaringeanas Exame físico Inspeção geral do paciente: Identificar alterações de forma geral no paciente: - Observar marcha do paciente, cicatrizes, assimetrias, unhas e pele. Inspeção loco-regional Alterações em cabeça, pescoço e face. - assimetrias - pelos - cabelo - cicatrizes Exame físico extraoral - Erupções e nódulos; - Musculatura - Cadeia ganglionar. Exame da ATM Perguntar se existe dor, crepitação, estalido, diminuição da linha media, dificuldade de abertura da boca. Também é importante fazer a avaliação das cadeia ganglionares. Para esse procedimento não se faz necessário o uso de luvas, a não ser que o paciente tenha falta de higiene. Nesse processo é necessário se ter um anteparo, que normalmente é a mandíbula e o esternocleidomastoideo. Exame físico intrabucal - Língua saburrosa, fissurada, lesões por trauma. - Base de língua hipertrofia de papilas, tumores. - Assoalho bucal rânula, lesões eritematosas. - Palato: Observar coloração, assimetria, lesões indicativas de trauma. - Amígdalas: Avaliar a ausência ou não, coloração, hipertrofia Limite orofaríngeo coloração, e ulceração. Exame do Periodonto e ODONTOGRAMA Periodonto Deve – se avaliar todo o periodonto e realizar a profilaxia para seguir com o odontograma. Odontograma - Avalia – se a incidência de desgastes (Atrição/ Abrasão/ Erosão) - Tipo de alimentos, problemas gástricos, escovação. - Hipoplasia de esmalte - Gestação, -Síndromes, hiperpartiroidismo -Manchas por fluorose, medicamentos (tetraciclina), hábitos alimentares. Em algumas situações recomenda – se a realização do teste de sensibilidade e exames radiográficos. Exame Dentário 1º Passo: Profilaxia das facesdentarias para uma adequada inspeção. Nela utilizamos: - Caneta de baixa rotação; - Taça de borracha nas faces lisas; - Escova de Robinson; 2º Passo: Exame clinico dos dentes Bandeja: Espelho, sonda exploradora; pinça de algodão. Para uma boa avaliação: • Os dentes devem estar limpos; • Os dentes devem estar secos; • A área deve estar iluminada; • Deve – se fazer uso da visão indireta pelo espelho. ! Dentes Hígidos: Dentes saudáveis Métodos de Diagnostico de Carie 1)Inspeção: - Sonda Exploradora: Passada suavemente apenas para verificar se há alguma retenção. 2) Exame Radiográfico: - Periapical ou bite wing. SELAMENTO BIOLOGICO Incorporações de minerais juntamente com corantes, na fase de Remineralização. Os pacientes também apresentam duvidas sobre essa pigmentação, o que precisa ser esclarecido. CARIE Doença multifatorial dos tecidos calcificados. É um processo dinâmico, uma alteração do equilíbrio. Pode ser definida como desmineralização irreversível. ! Carie subclínica: Carie existente que não é vista clinicamente. ATIVIDADE DA LESAO Lesões Ativas: - Nível de esmalte: Manchas brancas, com aspecto de giz. Sua consistência é mole. - Nível de dentina: Sua coloração é amarronzada, também possui consistência mole. Lesos Inativas: - Nível de esmalte: Manchas lisas, brilhantes; - Nível de dentina; Manchas enegrecidas, duras. Lesões Fundamentais da Pele Principais variações orais das doenças auto - imunes. Lesões Fundamentais: São processos patológicos básicos que aparecem clinicamente como variadas alterações morfológicas na pele ou na mucosa. Tipos: •macha: apenas mudança de cor; •placa: tem elevação quando comparada com tecido adjacente, pode se aprofundar para o interior da derme. •tumor: lesão acima de 2cm; •vesículas: lesões que contém líquido no interior; •pústula: lesões que contenham pus no interior; •erosão: perda do epitélio, sem exposição do conjuntivo (ex: líquen plano ulcerativo); •ulcera: lesão com exposição do conjuntivo; •fissura: uma lesão retilínea podendo ou não chegar no conjuntivo. •pápula: elevação sólida de ate 3mm, é fibrosa e não possui líquido no interior (ex: grânulos de fordyce). •nódulo: massa sólida de ate 2cm; •bolha: mesmas características das vesículas com diâmetro maior. Características: •Séssil: Base maior que o maior diâmetro da lesão; •Pedunculada: Base menor que o maior diâmetro da lesão. •Hipocrômica: Mais clara que o tecido adjacente; •Hipercrômica: Mais escura que o tecido adjacente; Úlcera Aftosa Recorrente: UAR -Estomatite Aftosa Recorrente: EAR - Observada em cavidade oral como única ou múltipla; - Avalia - se O tamanho, duração e cicatrizes que pode gerar; - Sua etiologia é desconhecida, é multifatorial; - Tendem a ser arredondadas ou ovalares. A causa da EAR parece ser diferente em pessoas diferentes, é necessário a avaliação de caso a caso. Fatores relacionados: Tabaco, deficiência de folato, dentifrícios (lilsufato) Diagnóstico clínico: •Lesões aftosas simples: Lesões que curam de 1 a 2 semanas; •Lesões aftosas complexas: Lesões com tempo de cura maior. 1)Ulceras aftosas menores: 80% dos casos São menores que 10 mm; redondas ou ovais. São amareladas com galo eritematoso, ocorrem mais frequentemente na mucosa jugal e labial. Cicatrizam em 10 a 14 dias. 2)Ulcerações Aftosas Maiores:Sutton Possuem 1 cm e aspecto arredondados ou ovais. Pode surgir em qualquer região da mucosa (labial e palato mole).Curam após 10 a 40 dias e podem deixar cicatrizes. 3)Úlceras Aftosas:Herpetiformes Tem de 1 a 2mm. São características por aftas múltiplas e minúsculas que coalescem formando úlceras maiores. Sai comuns em qualquer região da mucosa e curam em 10 dias ou mais. As recidivas frequentes. As ulceras aftosas também são observadas em: •Síndromes de Behçet; •Síndromes de imunodeficiência. Tratamento: Não há tratamento estabelecido. Deve - se trabalhar para gerar alívio. Conduta EAR: Tratar os fatores predisponentes. Se não for sintomática não se trata. Se for sintomática indica - se medicação tópica. Manifestações orais de doenças dermatológicas mediadas imunologicamente Líquen Plano: Possui relatos mas não evidências científicas que o embasem. O relato clinico mais forte é o estresse. Pode estar presente na pele, mucosa, bucal e genitália. A 1º manifestação clínica é BUCAL, ao identificar é necessário o encaminhamento para o dermatologista e posteriormente ao ginecologista. Existem muitas variantes clinicas a maioria delas de etiologia desconhecida. Aspecto clinico: Mais comum nas proximidades, são pápulas poligonal plana esbranquiçada. Sinal patognomônico: Espinhas de wickham - Linhas e pontos brancos verificados na cavidade oral. Formas: •Reticular; •Erosivo; •Pequena porcentagem de pacientes com LP apresenta anticorpo para HCV. A infecção por HCV pode antecipa - la. Líquen plano reticular: É forma mais comum. É assintomático. Aspectos de linhas brancas entrelaçadas e estão presentes no dorso e borda lateral das linhas (placas leucoplasicas).Podem ser vistas como pápulas. Líquen plano erosivo: É sintomático, causa perda parcial do epitélio. Característica por áreas eritrematosas atróficas com ulceração central. Possui finas estrias brancas irradiadas na periferia; Pode se apresentar como gengivite descamativa. Conduta Líquen Plano: Se estiver assintomático indica - se biópsia sem tratamento e acompanhamento a cada 6 meses. Se for sintomático, realizar biópsia, pesquisar por candidose e tratar com antifúngico se for presente. Se ausente, fazer uso de esteroide tópico, não havendo melhora, partir pro esteroide sistêmico. Lesões Liquenóides São semelhantes ao líquen plano Reações a medicamentos: antidiabéticos, antirreumáticos, anti- hipertensivos. Pênfigo: O mais comum é o vulgar. Gera dor, lesão ocular menos frequente e sinal de nikolsky positivo: epitélio solto, resultante de uma bolha ou vesícula que já esteve cheia. O pênfigo vulgar é caract. por uma fenda intraeptelial (acantólise) acima das camadas basais. Tratamento: Uso de corticoide (são ótimos mas causam efeitos colaterais). Quando não ha resposta, indica - se imunossupressores. Medicamentos que podem provocar lesões semelhantes a pênfigo: •Inibidores de enzima conversora de angiotensina captopril,enalapril; •Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) Manifestações Orais em Pacientes Diabéticos Diabetes Mellitus Grupo de doenças caracterizadas por aumento de glicose no sangue resultante da deficiência na produção de insulina, resistência periférica dos tecidos à insulina ou ambas. Insulina: A insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e células de gordura) A sua deficiência ou a falta de sensibilidade de seus receptores localizados nas células desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus. A insulina é liberada no sangue pelas células beta do pâncreas e é produzida em resposta aos níveis crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). Ela habilita a maioria das células do corpo à absorverem a glicose do sangue e a utilizarem como combustível, ou para armazenamento. Células β-pancreáticas: Uma Disfunção neste mecanismo ocasiona a diabete mellitus. Tipos de Diabetes: Diabetes Mellitus tipo I – Diabetes Mellitus tipo I - (10% dos pacientes) O DM1 (insulino-dependente) (10% dos pacientes diabéticos).Causado pela interação de fatores genéticos e ambientais, levando à destruição auto-imune das células pancreáticas produtoras de insulina.Pouca ou nenhuma insulina é produzida pelo corpo = hiperglicemia. Tem picos de incidência: - 5-7anos, s/ predileção por gênero. - Puberdade - adolescentes (10 -14 anos) - Adultos jovens. Esta variedade de DM é sempretratada com insulina, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue, ou seja insulinoterapia. Diabetes Mellitus tipo II – Diabetes Mellitus tipo 2 (90% dos pacientes) Diabetes não-insulinodependente ou diabetes do adulto. Resistência insulínica (ação da insulina dificultada).Redução da sensibilidade dos tecidos- alvo ao efeito da insulina.Forma + comum – 90% dos casos. Associada à obesidade, hipertensão e dislipidemia. Acomete + indivíduos acima dos 40 anos .Muitos pacientes são assintomáticos → diagnóstico tardio → complicações macro e microvasculares. Diabetes gestacional Intolerância à glicose, diagnosticada durante a gestação. Ocorre em 3% a 25% das gestações. Os fatores de risco são obesidade, história familiar de diabetes, mais de 35 anos.A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina – pâncreas ↑ secreção de insulina –em algumas mulheres este processo não ocorre. Na maioria dos casos, há reversão para a tolerância normal após a gravidez.10% a 63% de risco de desenvolver DM2 dentro de cinco a 16 anos após o parto. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intra-uterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo (macrossomia fetal) e, conseqüentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta. Sintomas da diabetes mellitus: -Poliúria (aumento do volume urinário): Devidos à hiperglicemia os rins não conseguem mais reabsorver o excesso de glicose, então o excesso é excretado pela urina, havendo perda de água e de eletrólitos; Polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos; Polifagia (apetite aumentado); No diabetes tipo 1 os sintomas se instalam rapidamente (urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento).No diabetes tipo 2 sintomas se instalam de maneira gradativa e podem não ser percebidos pelas pessoas - complicações microvasculares ou macrovasculares quando do diagnóstico. Complicações crônicas da diabetes mellitus: São as tardias. Alterações Microvasculares: Neuropatia → sistema nervoso Nefropatia → insuficiência renal Retinopatia → perda de visão Alterações macrovasculares Doença arterial coronariana (DAC) o acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) e a doença arterial periférica (DAP).DCV - (2 a 4x risco de morte). P é diabético: Perda gradual da sensibilidade tátil e dolorosa que torna os pés vulneráveis a traumas Alterações: neurológicas, ortopédicas, vasculares e infecciosas, que podem ocorrer no pé do paciente portador de diabetes. Neuropatia – lesão nos nervos. Doença periodontal: Paciente com diabetes mellitus descompensada.É uma complicação crônica do DM. Diagnostico: -Avaliação do nível glicêmico: Indivíduos normais - concentração de glicose plasmática em jejum (FPG- fasting plasma glucose) = 70 e 99mg/dL Indivíduos diabéticos- FPG ≥ 126mg/dL Diabetes Gestacional - FPG ≥ 110mg/dL - Avaliação dos sinais e sintomas; -Avaliação da Glicemia; - Avaliação trimestral da hemoglobina glicosilada (HbA1C); Avaliação da Hemoglobina glicosada na diabete mellitus Importante para o acompanhamento dos níveis séricos de glicose e para avaliar risco de DCV . Valores NORMAIS para HbA1C: Adultos < 5,6% DIABÉTICOS - HbA1C ≥ 6,5% ou 7% Importância da hemoglobina glicada no controle do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas. Tratamento: DM não tem cura.Dieta, atividade física, educação, medicamentos para o controle da hiperglicemia. Insulinoterapia – indicada para todos os pacientes DM1 e alguns DM2 (idade do paciente, história de hipoglicemias, hábitos e estilo de vida, prática de atividade física, etc); Hipoglicemiantes orais – indicados para pacientes DM2. Atendimento odontológico ao diabético - Consultas curtas (devido ao estresse e ao tempo sem se alimentar) - Anamnese e exame físico - Obtenção de informações: - Tipo de DM -Medicamentos (tipos e uso corretohipoglicemiantes orais – interação, risco de hipoglicemia em pacientes tratados com insulina) -Controle da doença -Histórico (hipoglicemia, internação) Anamnese e exame físico - Obtenção de informações: Acompanhamento médico; Poliúria, polifagia, polidpsia; Glicemia capilar (glicosímetro) - antes/durante/depois; Aferição da pulsação e da P. A. – antes/depois; Troca de Informações com o endocrinologista; Protocolo de atendimento odontológico. -Atendimento: Manhã ou qualquer horário desde que o paciente esteja alimentado e medicado adequadamente. - Jejum desnecessário – fator precipitante para a hipoglicemia (JAMAIS O PACIENTE PODE ESTAR EM JEJUM) - Exame cuidadoso para avaliação do estado da mucosa, língua e dentes. - Pacientes submetidos à insulinoterapia apresentam suscetibilidade aumentada à hipoglicemia durante o procedimento odontológico - Hipoglicemiantes orais podem sofrer interações medicamentosas com fármacos prescritos pelo cirurgião-dentista. - Glicemia ↑ de 230mg/dL - aumento de 80% no risco de desenvolver infecção - Priorização de consultas curtas -Redução do risco de estresse físico, emocional e de infecção, orientação da higiene oral e dieta adequada -Aferição da pressão arterial (PA) antes e depois das consultas e pulsação antes, durante e depois da anestesia Podemos prescrever ansiolíticos para controlar ansiedade do tratamento odontológico. Exames complementares: -Hemograma e coagulograma -Nível de glicemia em jejum - Radiografias periapicais ou panorâmicas: Panorâmico – anual - Periapicais – lesões periapicais, necrose pulpar, focos isolados de infecção. Saúde bucal e diabetes Manifestações bucais: - Xerostomia – sensação subjetiva de boca seca (10 a 30%) - Doença periodontal – descontrole metabólico -Candidose - Síndrome da ardência bucal, distúrbios de gustação, ulcerações na mucosa bucal, perda precoce dos dentes, dificuldade de cicatrização - + propensos a desenvolver infecções e abscessos na cavidade bucal Candidose pseudo-membranosa; - Forma mais clássica de manifestação oral; - Uma ou várias áreas brancoleitosas sobre a mucosa (queijo cottage, coalhada); - Facilmente removidas com uma gaze; -Contorno irregular, mucosa subjacente normal ou eritematosa ; -Ardência ou gosto desagradável. DM1 1. Candidose eritematosa 2. Queilite angularo 3. Úlcera traumática 4. Hiperplasia gengival 5. Gengivite crônica DM2 1.Candidose pseudomembranosa e eritematosa 2.Queilite angular 3.Úlcera traumática 4.Hiperplasia gengival 5.Gengivite crônica DMG 1.Candidose pseudomembranosa 2.Gengivite crônica 3.Periodontite generalizada 4. Cárie incipiente e avançada Exame físico -Pressão arterial - Freqüência cardíaca e respiratória, temperatura axilar, avaliação do estado mental, hálito cetônico. Exame clínico Avaliação de mucosas, língua, periodonto e dentes. Avaliar gengivite, cálculo, cáries, profundidade de sondagem, recessão gengival, lesões de furca, presença de inflamação e grau de mobilidade Protocolo de atendimento odontológico: Anestesia local: Não existe consenso sobre o tipo de anestésico local a ser utilizado no tratamento odontológico Pacientes diabéticos descompensados – Cuidado vasocondtrictores : Evitar o uso de Adrenalina (Epinefrina)/norepinefrina – ação oposta à insulina – aumento da glicose plasmática -promovem a quebra de glicogênio em glicose no fígado-aumento da glicemia Indicado; Prilocaína 3% com felipressina a 0,03UI/mL - boa opção. Atenção aos atendimentos ao Paciente diabético descompensado: - Implantes osteointegrados são contraindicados pela alteração na síntese de colágeno Primeira conduta do cirurgiãodentista em pacientes descompensados: Encaminhar o paciente para o Endocrinologista para estabilizar o quadro do paciente antes de realizar procedimentos invasivos. Prescrição: 1 - Analgésicos e Anti-inflamatórios: -Cautela: AINES (ex:Ácido Acetil Salicílico -AAS) - potencializa os efeitos dos Hipoglicemiantes orais ocasionando um quadro de hipoglicemia.Corticóides – efeito hiperglicemiantes. 2 - Antibióticos: Utilizados somente em necessidade; - Profilaxia antibacteriana 1 h antes – pacientes não controlados e/ou risco de bacteremia significativa. -Prescrição curativa Tipos: - penicilinas (amoxicilinas, ampicilina) - Cefalosporina (cefalexina) - Macrolídeos (ertitromicina, azitromicina) 3 – Antimicrobianos: Clorexidina – controle de placa, manutenção da flora não patogênica, prevenção da doença periodontal severa. 4 – Fluoretação: Controle da cárie em pacientes com pouca salivação. Hipoglicemia Glicemia plasmática < 70mg/dia; Causas: - Dose excessiva de insulina ou hipoglicemiantes orais - Exercícios prolongados - Omissão ou atrasos das refeições - Drogas com ação hipoglicemiante - Erros na dose e horário da administração Sinais e sintomas da hipoglicemia: Ligados ao SNS\A: Taquicardia;Tremores;Ansiedade ;Sudorese Neuropoglicemicas: Fome intensa;Tonturas;cefaleia;Fraquz eza; Visão turva; Coma Diagnóstico: - Identificar os sinais precoces como sudorese, cefaléia, palpitação, tremores ou sensação desagradável de apreensão. - Glicemia capilar Tratamento: 10-15g de glicose (geléia ou 2 colheres chá de açúcar, 2 balas de mel, 1 copo de suco de frutas ou refrigerante) Monitorar a glicemia a cada 15 minutos, glucagon 1mg SC ou IM Paciente inconsciente- glicose a 10% E.V. ou Encaminhamento para pronto-socorro Hiperglicemia Glicemia plasmática ˃ 250 mg/dia • Causas: - Falta de insulina - Abuso alimentar - Infecções - Traumas - Infarto Sinais e sintomas da hiperglicemia: Quadro Inicial: Sonolência; Hálito cetônico ; Polidipsia; Enurese (perda involuntária da urina); Poliúria;Fadiga;Náuseas Hiperglicemia grave: Cetoacidose diabética;Dor abdominal;Vômitos ;Desidratração ;Hiperventilação (Padrão de Kussmaul);Alteração do estado mental ;Coma Cetoacidose diabética – acontece devido a formação de corpos cetônicos. Clinicamente conseguimos sentir o odor. Diagnóstico e tratamento da hiperglicemia: -Medida da hiperglicemia capilar, cetonúria e cetonemia. Casos leves – ajuste de doses sob orientação médica Casos graves –glicemia > 250 mg/dL, cetonúria e hálito cetônico, desidratação ou vômito encaminhamento para unidade de Emergência Muito importante: Pacientes bem controlados devem ser tratados como não-diabéticos sem necessidade de cuidados especiais Pacientes descontrolados devem ser tratados com paliativos até a restauração do controle glicêmico O conhecimento do dentista a respeito desta doença é essencial! Exames Complementares Específicos: Fornecem o diagnóstico final, é exclusivos para doença. ex: testes sorológicos e PCR (reação em cadeia da Polimerase); Semi-especificos sugerem possibilidades diagnósticas (+ para alguns casos e - para outros) (ex: biópsia+ histopatológico); Inespecíficos ou não-específicos indícios para o diagnóstico (ex: hemograma) Devem ser associados com outras informações (ex: informações clínicas, radiográficas, etc). Hemogramas São inespecíficos com exceção para anemias e leucemia. Avaliam a série vermelha do sangue. Sangue: Tecido constituído por células (glóbulos) suspensa em meio líquido (plasma, 55% a 56% do sangue) Hematopoiese: Momento de formação das células, acontece dentro dos ossos longos. Eritrócitos = Hemácias: Células mais numerosas do sangue que circulam por 120 dias. São anucleadas com um aspecto físico côncavo que facilita o carreamento do oxigênio ao sangue. Processo de formação da hemoglobina Reticulocitose Ocorre no processo de regeneração ativa do sangue e em certas anemias por hemorragias agudas, hemolíticas, reposição de ferro, ácido fólico ou vitamina B12. Anemia De acordo com a OME:Condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal. Resultado da carência essenciais de um ou mais nutrientes. A hemoglobina é o pigmento dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos. Classificação fisiológica -Perda de sangue -Menstruacão -Lesões de lato gastrintestinal como úlcera péptica, pólipos e câncer; -Produção reduzida de hemácias: Deficiência de ferro, folato ou vitamina B12 -Produção reduzida de eritropoietina (hormônio que estimula a hematopoiese) -Doença renal -Maior destruição de hemácias -Alterações na sintese de Hb (talassemia, anemia falciforme) Índice de hemacias -80 - 100 entolitros (adultos) Serve para avaliar o tamanho das hemácias e diagnóstico de anemias. -Hemácias microcíticas - VCM diminuido -Hemácias macrocíticas - VCM aumentado -Hemácias nomociticas - VCM normal VCM -Microcitose - VCM inferior à 80 fL -Normecitose - VCM entre 80 e 100 fL -Macrocitose - VCM maior que 100 fL Auxilia a diferenciar os tipos de anemia.Ex O Macrocitose - alcoolismo, carência de B12, ácido fólico, tabagistas a Microcitose - anemias ferroprivas. HCM Associado ao peso de hemoglobina presente dentro de cada eritrócito, sendo representada em picogramas (pg). O valor normal é de 26-34 pg (27-31 pg) Hemoglobina - Confere coloração às hemácias. HCM diminuído traduz baixa concentração de hemoglobina - hemácias hipocrómicas O HCM normal - hemácias normocrômicas CHCM: - É a concentração média de hemoglobina em 100 mL de eritrócitos sendo representada em grama por decilitro (g/aL). O CHCM considera o volume celular: -CHCM aumentado sugere a presença de esferócitos e denominam-se hipercrômicas -CHCM normal - hemácias normocrômicas As formas diferenciadas (piquilocitose) pode ter relação com o:Envelhecimento celular; Alterações metabólicas; Anormalidades do microambiente das células Diagnóstico -Sexo-idade -Sina e sintomas -Presenca de doencas associadas -Uso de medicacõess -Historia medica -Exame físico e intra-oral Anemia Ferropriva Ferropênica ou sideropênica -Anemia que ocorre quando as reservas de ferro do corpo inadequadas para as necessidades da eritropoiese tornam normal -Crianças (6-24 meses) e gestantes -Corresponde a 90% dos casos diagnosticados -Local de absorção do ferro: duodeno e jejuno -Produção de hemoglobina - 2/3 do ferro são provenientes da degradação de hemácias e 1/3 dos alimentos O ferro férrico (Fe3*) é convertido a ferro ferroso (Fe2+) DH ácido do estomago antes de se tornar disponível para absorção no duodeno (pH alcalino). Dosagem de Ferritina A ferritina é uma importante proteína de reserva do ferro. A ferritina circulante reflete diretamente o nível de ferro estocado no organismo, sendo um dos parâmetros utilizados para diagnóstico diferencial da anemia ferropriva, detecção do excesso de ferro e avaliação do estado férrico. >Verificar contagem de reticulócitos -Elevados - hemólise, possibilidade de hemorragia - Normais - Doenças crônicas, alteração na medula óssea >Deficiência de vitamina B12 - Causas -Absorção prejudicada Deficiência do fator intrinseco (anemia perniciosa) -Gastrectomia -Gastrite Crônica -Alteração do pH do íleo diminuição da absorção da Vitamina B12 - FI Sinais e Sintomas das Anemias: Olhos amarelados, pele muito fria, desmaio, dor torácica, angina, ataque cardíaco, pressão sanguínea baixa. A deficiência de B12 pode causar algumas alterações como língua dolorida,dormência, fadiga, irritabilidade,diarreia. Anemias carenciais Ferropriva e megalcblástica - Sinais -Glossite: Língua despapilada, "lingua careca" e ardência -Quelite angular Manifestação orais da anemia: -Palidez da mucosa -Equimose -Perda das papilas da língua e atrofia na mucosa oral (deficiência de ferro e vitamina B12) -Queilite angular e aftas -Hiperplasia e Sangramento gengival -Sindrome de Plummer-Vinson - sensibilidade na língua,disfagia (estenose do esófago) e aumentona frequência de carcinomas orais e da faringe. Mostra no exame radiográfico um trabeculado horizontal. Recomendações para tratamento odontológico. -Hemoglobina deve estar acima de 11g/dL e livre de sintomas -Anestesia cloridrato de prilocaína + felipressina - contra- indicada para pacientes com anemia falciforme, a indicação é lidocaína a 2% com adrenalina 1:100.000 indicada para anemia falciforme. -Profilaxia com antibióticos (amoxicilina ou clindamicina) são recomendados para impedir infecções e osteomielite em cirurgias maiores em pacientes com anemia falciforme; -Pessoas com anemia aplástica são susceptíveis à Hemorragias - ficar atentos aos sinais antes de realizar procedimentos invasivos. Leucograma: Avalia a serie branca do sangue. • Leucocitose - aumento do número de leucócitos acima de 9.000-10.000/mm3. Pode ser causada por processos infecciosos, exercícios físicos, leucemia, gravidez. Na leucocitose observamos o aumento de um único tipo de célula, dois tipos, três ou até de todos os tipos de células mesmo tempo. Os tipos mais importantes na clinica dever-se ao aumento de neutrófilos, linfócitos e eosinófilos. •Leucopenia - redução do número de leucócitos abaixo de 5.000/mm Podem ser -Fisiológica -afrodescendentes -infecções - virais (HIV, hepatites) -Poluentes - agrotóxicos -Drogas - cloranfenicol Neutrófilos: -Polimorfonucleares -45%-75% das células circulantes -Fagocitam bactérias e substâncias estranhas -Função: proteger o hospedeiro contra infecções bacterianas -Bastões elevados: Infecção bacteriana aguda Neutrofilia: Aumento de neutrófilos circulantes. Comuns em infecções piogênicos. estresse, choque, atividade fixa intensa. A leucocitose com neutrofilia: apresenta por ex: abcessos dentários osteomielite. Pode ser rápida, trânsitoria ou prolongada. Formação dos Neutrofilos: Seu aumento apresenta anomalia. Não devem ser encontradas no exame. Mieloblasto Pró-mielócito Mielócito Metamielócito No sangue periférico: Seu aumento é aceitável. - Célula em bastão - Neutrófilo segmentados maduros Desvio de Schiling: Resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso - liberação da população de neutrófilos de reserva (células mais novas) . Infiltrado leucemico: Mostra aumento gengival. Não se deve intervir, pois pode sangrar muito. Neucopenia: Causas: •Diminuição de produção por inibição da medula, cirrose hepática. •Parada da mal ração dos granulócitos como na anamia perniciosa, anemia ferropriva cronica-e carência de vitamina A, B, ácido fólico. •Doenças da medula como nas leucemias •Lesões medulares provocadas por intoxicações químicas e radioterapia. •Leucopenia por aumento de destruição como nas infecções graves •latrogenia. Sulfamidas (antibiótico sintético), cloranfenicol (antimicrobiano), aminopirina (usado em resfriados e gripes) •Fase inicial de viroses em geral, gripe, processos alérgicos, dentre outras causas. Linfocitose Aumento de linfócitos Causas; •linfocitose pós-infecciosa - aumento dos linfócitos em periodos de convalescença de infecções agudas • Infecções crônicas: tuberculose e sífilis • Leucemia linfocítica e linfomas •Infarto do mioicárdio, stress •Infecções agudas: Herpes simples, herpes Linfopenia: Diminuição dos linfócitos Causas: • Imunodeficiencias - HIV • Radioterapia e quimioterapia • Cirrose hepática • Estados caquéticos • Doenças auto-imunes • Pacientes com HIV- Linfopenia presença de contagens absolutas de linfócitos inferiores a 1.000 /mm3; Monofilos Na monocitose, os monócitos aumentam acima de 8% ou 6U /mm° Causas •Infecções bacterianas como tuberculose, endocarete bacteriana Fase de invsiva das infecções agudas •Doenças inflamatórias crónicas - Doença de Chron •Doenças parasitárias - Malária Na monocitopenia, chegam abaixo de 4% ou 150 /mm3 Causas: •Fase aguda de processos infecciosos •Caquexia, desnutrição •Aplasia de medula Eosinófilos Função: •Resposta alérgica - inflamação alérgica (asma e rinosinusite) •Defesa contra parasitas - S. mansoni, E. coli Inflamação Eosinofilia Eosinófilo aumentam acima de 4% ou de 400 /mm3 Causas •Infestações parasitárias (cisticercose e filariose) •Doenças alérgicas • Dermatoses - Pênfigo •Hemopatias-leucemia •Tumores (ovário, ossos, sistema linfático) •Fase de cura de processos infecciosos agudos Eosiopenia: Causas •Fase inicial de processos infecciosos agudos • Reagudização de processos crônicos •Estados tóxicos exógenos ou endógenos (coma diabético, uremia) Choque, queimadura (reação de alarme"') •Esforço físico extenuante • Administração de corticóides ou adrenalina Plaquetas e Coagulograma: A possibilidade de hemorragia continua sendo uma das principais causas de contraindicação para casos cirúrgico. A solicitação do coagulograma é muito importante em qualquer cirurgia de médio à grande porte.É por meio dele que se decide a procedência de um processo cirúrgico. Plaquetas: Funcões: • Hemostasia •Formação de trombos •Manutenção do tônus vascular •Inflamação • Defesa Trombocitopenua: Definida como o nº de plaquetas inferior a 140.000ou 150.000/mm3. Defeitos na produção, aumento da destruição (ex: HIV) Uma trombocitopenia, com a contagem plaquetária na faixa abaixo de 100.000 células/mm3, pode resultar em um sangramento pós-operatório anormal Trombocitose: 600.000 a 1 milhao/mm3 -Trombose leucemias, neoplasias, doenças infamatórias crônicas, drogas Coagulograma: Avaliação da função das plaquetas e qualidade do tempo de coagulação. O uso de anicoagulantes é usado como indice pro INR. Os pacientes que não utilizar nenhum tipo de antiagregante plaquetário, anticoagulante oral ou não são hepatopatas deve possuir um INR com valor entre 0,9 a 1,0. - INR menor que 2,0-baixo risco de hemorragias incontroláveispara exodontias ou cirurgia oral de pequeno porte. - INR com valores entre 2,0 e 3,0- médio risco de hemorragias incontroláveis para exodontias ou cirurgia oral de pequeno porte. -Valores de INR acima de 3,0 representam alto o risco de hemorragias incontroláveis. >Dentista ao tratar estes pacientes, deve pesar o de uma complicação hemorrágica, em paração com aqueles das doenças tromboembólicas subjacentes. >O médico do paciente deve ser consultado antes do início do tratamento dentário, para a possibiidade de substituição, diminuição ou suspensão temporária da terapêutica com anticoagulante oral. >Suspeita de problemas de coagulação - coagulograma. >Paciente faz uso de antiagregante ou anticoagulante >Antiagregante plaquetário - evita tromboses -AS, aspirina >Anticoagulante - varfarina sódica - varfarina e heparina >O A suspensão de warfarina pode aumentar o risco de eventos tromboembólicos Doenças Cardiovasculares Coração - Órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo. Possui duas cavidades, direita e esquerda, cada qual com outras duas cavidades, átrio e ventrículo, separadas por valvas, sendo tricúspide bicúspide, ou mitral. Circulação pulmonar: Ventrículo direito - artéria pulmonar -› pulmões veias pulmonares -› átrio esquerdo. Circulação sistêmica: Ventrículo esquerdo -› artéria aorta › sistemas corporais ~›veias cavas -› átrio direito. Arterosclerose Definição: Acúmulo anormal de lipídios na parede das artérias (placas ateroscleróticas) levando à obstrução da luz vascular, Consequências: Comprometimento do suprimento sanguíneo privação de oxigênio com espaçamento e elasticidade dos vasos causando isquemia. Placas ateroscleróticas: Constituem áreas de formação de trombos.Podem dar origem a: Infarto;Aneurismas (dilatação);Apoplexia (AVC);Cãibras. Por isso, cãibras frequentes devem ser investigadas. Podem enfraquecer a parede arterial formando uma dilatação ou aneurisma que, quando se rompe provoca uma hemorragia. Fatores de risco Dislipidemias ( alto nívelde lipídios), é o principal fator. Fatores genéticos;História familial;Obesidade;Diabetes mellitus;Hipertensão;Tabagismo;Estr esse;Vida sedentária;Doença Periodontal (???) Índices avaliados: Triglicerídeos e colesterol; lipoproteínas de baixa densidade (LDL) - colesterol ruim, que se deposita, deve estar abaixo de 130. lipoproteínas de alta densidade (HDL) - colesterol bom que está presente nas células. Diagnóstico: 1.Doppler de carótidas Exame que faz a detecção de coágulos sanguíneos e placas de gordura por meio de ultrassom - estenoses e obstruções. 2.Cateterismo É um exame invasivo usado para o diagnóstico de condições cardíacas (infarto e angina) É indicado para: -Avaliar obstrução de artérias; -Alterações anatômicas; -Malformações congênitas; -Medidas de pressão. Atendimento Odontológico: -Anamnese e exame clínico; -Observar fatores de risco; -Reduzir estresse; -Observar medicamentos em uso; -Evidenciar a importância da modificação do estilo de vida. Hipertensão Arterial Mais comum e silenciosa Definição: É a elevação anormal da pressão sanguínea Sistólica Arterial, EM REPOUSO, acima de 140 mm / Hg e/ou a elevação anormal da pressão Diastólica Arterial acima de 90 mm/Hg. Sociedade Brasileira de Hipertensão: -1 em cada 4 pessoas adultas. -25% da população brasileira adulta -50% após os 60 anos -5% das crianças e adolescentes no Brasil. -responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. >Primária\Idiopática: Mais comum, atinge 90%; >Secundária: Menos comum, atinge 10%. Terapia: Diuréticos - aumento do volume urinário - ] água e sal do organismo, | do volume sanguíneo - (hidroclorotiazida, furosemida, espironolactona) Vasodilatadores -relaxamento (dilatação) da musculatura vascular. -Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina -ECA (captopril,enalapril) -Bloqueadores de canal cálcio - Nifedipina (Adalat), Diltiazem, verapamil Diagnóstico: Anamnese; Aferição da pressão. Manifestações clínicas: -Assintomática -Cefaleia -Turvação da visão -Tontura -Sangramento Nasal Fatores de Risco: -Ingestão excessiva de sal -Estresse -Diabetes mellitus -Uso de fármacos -Sedentarismo -Obesidade -Tabagismo -Insuficiência cardíaca congestiva -Hist. Familial -Hipercolesterolemia -Disfunção renal -Idade acima de 60 anos Recomendações do paciente: -Reduzir o peso -Restringir o álcool -Restringir o sódio -Restringir a cafeína -Reduzir o estresse -Parar de fumar -Realizar exercício físico Complicações: -Acidente vascular cerebral -Insuficiência Renal Crônica -Doença das artérias coronárias -Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) -Infarto agudo do miocárdio (IAM) Atendimento da crise hipertensiva -Cadeira inclinada à 45° -Verificação dos sinais vitais - Adm. de captopril 25mg sublingual se P.A.≥ 220/120mmhg -Adm. de captopril 25mg v.o se P.A. > 170/110m Angina Definição: A angina péctoris, ou angina de peito, é uma dor torácica transitória ou uma sensação de pressão que se produz quando o músculo cardiaco não recebe oxigênio suficiente. Fatores Desencadeantes: -Esforço físico como subir ladeiras e escadas; -Estresse emocional Características da dor torácica da Angina: -Intensidade moderada -Retroesternal -Irradiação para ombro, pescoço e braço esquerdo 1.Angina ESTÁVEL - Duração rápida (3 a 5 min) - Aliviada pelo repouso -Aliviada por medicamento 2.Angina INSTÁVEL - Piora com o tempo -Pode levar ao Infarto Agudo do Miocárdio Tratamento: -Nitroglicerina – relaxa e alarga os vasos sanguineos. - Dinitrado de isossorbida (vasodilatação)- Isordil, Monocordil Ação vasodilatadora e antihipertensiva. Atendimento Odontológico: -Anamnese e exame clínico; -Observar medicamentos em uso e efeitos colaterais; -Realizar consultas de curta duração; -Reduzir o estresse; Atendimento da crise aguda: -Cadeira inclinada à 45° -O Adm. de dinitrato de isossorbida (isordil) 5mg SL d Adm. de O2 -Verificação dos sinais vitais -Transferir para o hospital Infarto: Definição: Foco de necrose resultante de perfusão sangüínea inadequada do miocárdio. Fatores de risco: -Hipercolesterolemia e Hipertriglicerinemia e associados a dislipidemia -Diabetes Mellitus -Hipertensão -Obesidade -Fumo Sinais e Sintomas: -Intensidade Severa -Retroesternal -Irradiação para ombro, pescoço e braço esquerdo -Duração longa (30 min ou mais) -Não aliviada pelo repouso -Náuseas, vômitos, sudorese, palidez -Pulsa rápido -dispneia Diagnóstico: Diagnóstico médico é feito com base na história clínica e exames complementares.A como eletrocardiograma, cintilografia etc. Atendimento Odontológico ao Paciente que Sofreu IAM: -Anamnese e exame clínico (obs. a data que o paciente sofreu o IAM - melhor data para tratamento dental : 6 meses a 1 ano ) -Menos de 6 meses - 30% de chance de um novo infarto -Obs. sinais de complicações. ICC -Consultas curtas -Reduzir o estresse Considerações sobre o atendimento odontológico ao paciente infartado -O procedimento de anestesia, exodontia, raspagem periodontal e a expectativa pelo atendimento são apontadas como os principais geradores de estresse. O fator estresse ou ansiedade influenciam diretamente na instabilidade do sistema cardiovascular. -Uso seguro de Prilocaína 3% com Felipressina 0,03 -Anamnese deve ser detalhada - tempo decorrido desde o infarto, a presença de cardiopatia, sintomas como dor no peito, cansaço excessivo durante esforço físico, taquipneia, presença e frequência de crises de angina pectoris e uso medicamentos. -Ácido Acetilsalisilico (AS - Aspirina@) ou Varfarina (Marevan®) alteração nos mecanismos hemostáticos, retardando o processo de coagulação e aumentando o nível de sangramento. -Sempre verificar o INR. Valores de INR acima de 4,0 seriam contra- indicados para cirurgias eletivas, havendo necessidade de redução do valor de índice Internacional de Normatização. Atendimento de emergência: -Cadeira inclinada à 45° -Verificação dos sinais vitais -Ligar para emergência -Adm. de Oxigênio -Iniciar manobras de suporte básico de vida -Transferir para o hospital Insuficiência Cardíaca Congestiva: Definição: Resultado da incapacidade do coração fornecer um suprimento adequado de sangue oxigenado para atender as demandas metabólicas do organismo. -Débito Cardíaco - maioria dos casos -Disfunção cardíaca significativa - tto dentário -› morbidez Sinais clínicos: -Dispnéia (congestão pulmonar); -Ortopnéia - paciente deitado; -Dispnéia paroxística noturna; -Edema periférico -Estase jugular (turgência da veia) Tratamento: -Correção da Hipertensão/Arritmia -Repouso -Dieta sem sal -Utilização de diuréticos (tiazídicos, furosemida) Arritmia Definição: Alteração no ritmo normal do coração.Anormalidade na velocidade e no ritmo do batimento Classificação: -Arritmias Atrais e ventriculares -Ritmo normal -60-100bpm -Bradicardia - abaixo de 60 bpm -Taquicardia - acima de 100 bpm Sintomas: -Falha de batimentos" -Zonzeiras -Palpitações -Dispnéia – Hipotensão - Síncope Sentir o coração acelerado falta de ar, dores no peito, excesso de suor,palpitações,tonturas ,fique atento para os sinais, lado a lado Complicações: -Angina -DIM -DICC -Parada Cardíaca -BAVC Tratamentos: Tratamento (antiarrítmicos): -Propanolol (beta-bloqueador) - receptores Beta da noradrenalina (receptores responsáveis por 1 FC) Verapamil (bloqueador de canais de cálcio) -Digoxina- aumenta a força da contração cardíaca -Marcapasso cuidados na odontologia!!! Avaliação odontológica: -História detalhada -Ritmo e frequência do pulso (pulso<100bpm) -controle terapêutico adequado -prevençao de exarcevaçes de arritmias subjacentes -uso reduzidode epinefrina (taquicardia) Endocardite Bacteriana Definição: Infecção grave das valvas cardíacas ou das superfícies endoteliais do coração.A manipulação dentária é a principal causa identificável da bacteremia passageira que pode resultar em EB. Formação de um trombo de fibrina, asséptico (reparar o endotélio). Colonização por microorganismos Inicio do processo infeccioso (adesão plaquetária, deposição de fibrina. Causas: -Manipulação endodôntica - ultrapassa o forame apical -Doença periodontal -Exodontias -Curetagem Consequências Clínicas: -Proliferação bacteriana local - insuficiência valvar -ICC -Embolia - cérebro, rim e baço -Formação de imunocomplexos - artrite e glomerulonefrite Pacientes com risco de adquirir endocardite infecciosa grave -Portador de prótese cardiaca valvar; -Valvopatia corrigida com material protético; -Antecedente de endocardite infecciosa; -Valvopatia adquirida em paciente transplantado cardiaco; -Cardiopata congénita cianogénica não corrigida; -Cardiopatia congênita cianogénica corrigida que evolui com lesão residual; -Cardiopatia congénita corrigida com material protético Procedimentos dentários e indicação de profilaxia de endocardite infecciosa Para pacientes com risco de EB grave e que se submeterão a procedimentos que envolvem a manipulação de tecido gengival região periodontal ou perfuração da mucosa oral. Não recomendada quaisquer. pacientes que serão submetidos aos procedimentos abaixo: -Anestesia local em tecido não infectado; -Radiografia odontológica; -Colocação ou remoção de aparelhos ortodánticos; -Ajuste de aparelhos ortodönticos; -Colocação de peças em aparelhos ortodônticos; -Queda natural de dente de leite -Sangramento oriundo de trauma da casa oral ou labios. Medicamentos: Primeira opção de medicamento é amoxicilina 2g 1h antes da cirurgia. Se apresentar alergia, Clindamicina 600mg 1h antes da cirurgia. Há também cefalexina 2g, azitromicina 500mg. Considerações sobre o atendimento odontológico ao paciente cardiopata: -Ansiolíticos-1 hora antes do procedimento -Monitoração da P.A. E Frequência cardíaca antes, durante e nos 30 minutos seguintes.
Compartilhar