PRATICAS PEDAGOGICAS 1- CURSO DE PEDAGOGIA

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ATIVIDADE FORMATIVA I 
MEIRE TEREZINHA GROSSI – PEDAGOGIA 
 
Miniexposição fotográfica de ambientes variados da Escola Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira onde 
pode-se aproveitar como espaço de formação para os alunos. Onde os alunos conheceram Grutas, Serra da 
Canastra, Museu Ferroviário de Belo Horizonte, Museu de Cordisburgo, FAMINAS, PUC, campo de futebol. 
 
As fotografias são compostas pelos alunos do Ensino Fundamental e dos alunos do Ensino Médio. 
Estas atividades foram feitas para os alunos aprenderem sobre conteúdo da disciplina de história, geografia, 
artes, educação física. Todas as visitas são acompanhadas pelos professores da Escola Estadual Juscelino 
Kubitschek de Oliveira. 
 
Professor Leonardo, antes de adentrarmos nas peculiaridades da pedagogia nas instituições não 
escolares, uma provocação: você já atuou em processos educacionais dissociados do ambiente escolar? 
 
Diversas vezes. A atuação num espaço não escolar acontece o tempo inteiro. Em projetos de educação para o 
trânsito, em propostas de cineclubes que não estavam direcionadas ao espaço escolar/universitário. Penso que 
a pedagogia, termo que estou designando aqui para falar de educação, precisa e deve estar em todos os lugares 
sempre, para emancipação dos sujeitos em seus momentos de cristalização da cidadania em formação ou 
reforço da mesma. 
O que podemos entender por pedagogia em instituições não escolares? 
Basicamente, em qualquer local que requer questões sobre aprendizagem, torna-se necessário a figura de 
alguém que saiba as estratégias para lidar com esta travessia da melhor maneira possível. É quando entra a 
figura do pedagogo que não está exclusivamente em AC com professores de Ensino Fundamental e Médio, 
verificando avaliações e funcionando como supervisor de corredor nas escolas. Há atuações em diversas 
frentes. Hospitalar, jurídica, social, empresarial. São várias as possibilidades de inserção. Em nosso atual 
momento, então, é algo que está cada vez mais espalhado, como um rizoma, haja vista a presença firme da 
tecnologia em nosso cotidiano. 
 
Então o interessado em cursar pedagogia não precisa, necessariamente, ser apenas coordenador de 
escolas, como muitos pensam por ai? 
 
Exatamente. É o mais esperado por muita gente, mas existem outras frentes de atuação para uma pessoa de 
pedagogia que não seja necessariamente a coordenação de um espaço escolar. Há a possibilidade de ser editor 
em projetos de publicação, coordenar ONGs e outros meios que não estejam interligados com órgãos oficiais, 
instituições públicas e privadas, dentre outros. 
Versa primeiro sobre a pedagogia jurídica. É uma atuação complexa? 
Não, depende do repertório e da versatilidade do profissional. As burocracias, obviamente, estarão todas por 
lá, mas é algo que precisamos ultrapassar como obstáculos em qualquer área de atuação. Pense numa criança 
que será adotada. Os candidatos precisam passar por um processo avaliativo. Visitas em abrigos que habitam 
menores que foram afastados dos responsáveis, tendo em vista a realização de acompanhamentos que prezem 
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pela eficiência da progressão destes indivíduos. Em processos judiciais, pode ocorrer de o pedagogo ser parte 
da avaliação na condução da análise do destino de um menor envolvido numa situação delicada. 
Professor Leonardo, acredita que a pedagogia hospitalar funcione tal como uma dinâmica de 
aprendizagem dentro do ambiente escolar? 
É um caso corriqueiro. Eu mesmo tenho alunos do ano letivo corrente na condição em questão. Imagine um 
estudante com câncer em tratamento hospitalar. Ele não deve deixar de lado a sua jornada por causa da doença, 
assim como aqueles acometidos por acidentes em geral. No caso da pedagogia hospitalar, temos asseguradas 
as chances de o internado levar o seu processo educacional adiante, sem prejuízos por não ser parte de uma 
caminhada tradicional pelos espaços escolares, isto é, institucionalizados. O pedagogo pode fazer o 
acompanhamento, atender em domicilio durante o período de recuperação. São vastas as possibilidades neste 
segmento. 
 
E no caso da pedagogia social? 
Os pedagogos desta linha trabalham com propostas socioeducativas. Em linhas gerais, trabalham com a 
educação como um processo importante para o desenvolvimento humano, buscando a formação cultural de 
grupos marginalizados socialmente, tais como comunidades quilombolas, a população das zonas rurais, 
pessoas com deficiência, dentre outros. 
Agora, vou ao encontro do seu fazer docente: uma ida ao cinema pode ser uma ação pedagógica não 
escolar? 
Sim. Quando é vinculado com a escola, pode acontecer de o docente esquecer que ali é um momento de 
integração e não uma representação metafísica da sala de aula. Mas sim, a ida ao cinema pode ser uma proposta 
pedagógica não escolar. Temas diversos são discutidos em narrativas cinematográficas, indo além do 
entretenimento e da apreciação estética. É o mesmo que ir ao museu. É uma aula. Mas, aula da vida, sabe? 
Você conhece coisas, transformar informações em conhecimento, amplia o seu repertório e aprende sobre 
assuntos diversos, a depender do tipo de narrativa contemplada. Em meu ponto de vista, é uma das melhores 
estratégias de aprendizagem da vida. Há um livro sobre isso, O Clube do Filme, sobre um pai que ensina tudo 
ao seu filho por intermédio de produções cinematográficas. 
Você comentou que a inserção da pedagogia em ambientes não escolares em nosso contexto tornou-se 
mais forte com o advento da pandemia da covid-19. O que mudou? 
Com a pandemia, tivemos que mudar a nossa posição diante das adversidades. As nossas casas se tornaram 
escritórios, os estudantes precisaram se adaptar aos meios virtuais para as aulas, acabamos tendo que ir atrás 
de tutoriais para descobrir coisas que não nos interessavam. Por isso, vejo que este cenário nos moldou a se 
transformar para garantir a sobrevivência, numa demonstração da importância daquilo que necessitamos 
realizar cotidianamente como algo não exclusivo dos meios institucionais. Foi preciso se redescobrir, aprender 
sozinho, conhecer sobre as coisas por outros meios, muito além dos importantes muros da escola. 
Ao buscar informações sobre a sua atuação profissional, nós podemos encontrar propostas engajadas 
em educação para o trânsito. 
A melhor maneira de educar para o trânsito efetivamente é na infância. Ali estamos germinando os condutores, 
ciclistas e pedestres do futuro que precisamos. A BNCC e as demais diretrizes oficiais condicionam a educação 
para o trânsito como obrigatória nos espaços escolares, mas isso acontece muito inadequadamente, caso 
façamos uma observação panorâmica. Por isso, minhas intervenções de educação para o trânsito estão nas 
redes sociais, no cotidiano, na criação de cartilha, nas conscientizações distribuídas em aplicativos como 
WhatsApp. Hoje, por exemplo, assisto aos filmes e fico observando se o personagem fez uma manobra 
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inadequada, se não está usando o cinto de segurança, se consumiu álcool antes da condução, etc. É a educação, 
institucional e não institucional, atravessando as nossas vidas. 
Aconselha os nossos leitores: o que um profissional precisa ter como direcionamento quando a sua 
proposta é uma ação pedagógica num espaço não escolar? 
Planejamento. Traçar objetivos. Entender que a ida ao museu, exposição, cinema, dentre outros espaços, não 
deve ser uma simulação da sala de aula, mas uma alternativa de aprendizagem por mecanismos diferenciados. 
É um momento para vivenciar as coisas, articular informações, levar o seu conhecimento de mundo para 
associar com as novas descobertas. Nós aprendemos muito na sistematização escolar, mas é no mundo onde 
as coisas são compreendidas em sua realidade. Vou te dar um exemplo inesquecível. Poderia descobrir na 
escola que depois que a temperatura da água chega a um ponto na fervura, ela não aumenta mais. Descobri 
isso, aos nove anos de idade, com a minha avó, enquanto tomava conta do bule que ela tinha colocado para 
fazer café. Ela disse: por que não me chamou para temperar? Eu respondi: porque queria deixar a água mais 
quente. Diante da cena, veio uma explicação tão serena, de alguém que nunca frequentou o espaço escolar. Eu 
me lembro disso com muito afeto, sabe? Salvaguardadas as devidas proporções, tangencia o que exploramos 
por aqui. 
Siga em anexo todas as fotografias. 
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