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Questões para estudo Ciências Morfofuncionais – Digestório e glândulas anexas 1. Indique quais as formas de apreensão do alimento nas diferentes espécies. 2. Cite a fórmula dentária dos cães, gatos, equinos e bovinos. 3. Quais as divisões da Faringe? E quais as funções realizadas por cada porção? 4. Cite o trajeto do alimento de monogástricos e poligástricos e cite as funções de cada estrutura. 5. Em quantas e quais partes se divide o esôfago. 6. Qual a função da goteira esofágica? 7. Quais as porções do estômago de monogástrico? 8. Em quantas partes se divide o estômago dos ruminantes, quais são elas e quais as principais características morfológicas e funções? 9. O que é ruminação? Qual o caminho que o alimento percorre para que seja realizada a ruminação? 10. Qual a capacidade de armazenamento em litros do estômago das diferentes espécies estudadas? 11. Nos intestinos, quais porções são responsáveis pela digestão e absorção? 12. Em quantas partes se divide o intestino grosso dos equinos? Quais são? 13. Quais as características apresentadas pela mucosa do intestino delgado e grosso? 14. Quantas e quais são as glândulas anexas do sistema digestório? Quais suas divisões e funções? 15. Qual a constituição da bile, onde é produzida, armazenada e liberada? 16. Quais as camadas de revestimento do tubo digestivo? 17. Quais as características apresentadas pelo papo, ventrículo e moela nas aves? 18. Quais as principais particularidades apresentadas pelas aves que diferenciam dos mamíferos 1 - Equino: Captura do alimento com os lábios, pois são flexíveis e cerra com seus dentes incisivos e quebra com seus molares Gato: Possuem dentes adaptados para cortar ou rasgar o alimento em pedaços. Existem 3 tipos de apreensão do alimento: ● Modo labial. É o modo mais amplamente observado. Quando o gato pega os alimentos com os incisivos sem utilizar a língua. ● Modo supralingual. Quando utiliza a parte dorsal da língua como se estivesse lambendo o alimento. ● Modo sublingual. Quando aplica a parte ventral da língua nos alimentos, voltando-a para trás. Cães: O alimento é passado para dentro da boca pelo movimento da cabeça e mandíbula. Tomam os alimentos com os incisivos e molares e cortam ou arrancam pedaços dos mesmos. No caso da alimentação pastosa temos maior participação da língua e dos lábios Suínos: Cavam a terra com seu focinho, e o alimento é levado à boca em grande parte pelo lábio inferior Ruminantes: Os bovinos apresentam a língua como principal órgão de preensão dos alimentos. A língua dos bovinos é longa, áspera e móvel, podendo facilmente curvar-se ao redor das ervas, as quais são então puxadas entre os dentes incisivos inferiores e a lâmina dental, quando então são arrancadas por bruscos movimentos de cabeça. Aves: Nas aves a preensão dos alimentos é variável e resultante de particularidades anatômicas da boca, cujos lábios e dentes são substituídos por uma formação córnea, o bico. Existe uma grande adaptação entre a forma do bico e o regime alimentar. Os alimentos são ingeridos e deglutidos por movimentos bruscos da cabeça, auxiliados pela força da gravidade. 2 - Fórmula dentária: - Cão: 2x (I3-C1-P4-M2) - Maxila / 2X (I3-C1-P4-M3) - Mandíbula - Gato: 2x (I3-C1-P3-M1) - Maxila/ 2X (I3-C1-P2-M1) - Mandíbula - Equino: 2x (I3-C1-P3-M3) - Maxila/ 2X (I3-C1-P3-M3) - Mandíbula - Bovino: 2x (I0-C0-P3-M3) - Maxila/ 2X (I3-C0/1-P3-M3) - Mandíbula 3 - Nasofaringe: serve de passagem do ar a partir do nariz à garganta até a traqueia, brônquios e pulmões. Liga-se a Orofaringe atrás da cavidade nasal. Orofaringe: serve na respiração, na fala, comer, mastigar e engolir. Liga-se na cavidade oral atrás da cavidade oral. Laringofaringe: importante na condução de ar, na passagem de alimentos, na proteção das vias respiratórias e na produção de som durante a fala. Liga–se a faringe e ao esôfago. 4 - Monogástricos: Boca: Início da digestão e mistura com saliva. Faringe: Passagem da comida para o esôfago. Esôfago: Transporte para o estômago. Estômago: Digestão ácida e enzimática. Intestino Delgado: Digestão e absorção de nutrientes. Intestino Grosso: Absorção de água e fermentação. Poligástricos: Boca: Mastigação e salivação. Rúmen: Primeira fermentação com bactérias e microorganismos. Retículo: Regurgitação e remastigação. Omaso: Absorção de água e sais minerais. Abomaso: Digestão enzimática e ácida. Intestino Delgado: Absorção final de nutrientes. 5 - O esôfago se divide em 3 partes: ● Proximal média ● Cervical torácica ● Abdominal 6 - A goteira esofágica conduz o leite para o abomaso (estômago verdadeiro), evitando que seja conduzido para rúmen, onde seria fermentado e não digestão ocasionando problemas metabólicos 7 - PORÇÕES: Estômago dos monogástricos ➔ Cardia ➔ Fundus ➔ Corpo (Curvatura maior e menor) ➔ Antro ➔ Piloro 8 - Rúmen: O maior compartimento, onde ocorre a fermentação microbiana de fibras vegetais, produzindo ácidos graxos voláteis como fonte de energia. Retículo: Envolve a regurgitação e remastigação do alimento para uma digestão mais eficaz, com uma morfologia que lembra um cubo. Omaso: Possui estrutura semelhante a folhas e funciona na absorção de água, eletrólitos e nutrientes, atuando como filtro. Abomaso: Equivalente ao estômago de monogástricos, onde ocorre a digestão enzimática de proteínas e ação do ácido gástrico. 9 - A ruminação é o processo digestivo característico dos ruminantes, como bovinos, ovinos e caprinos. Envolve a regurgitação do alimento do estômago (rúmen), seguida de mastigação repetida (remastigação) e re- deglutição. Isso permite a digestão mais completa das fibras vegetais e a ação dos microorganismos no rúmen, resultando na extração eficiente de nutrientes. O alimento é regurgitado para a boca, mastigado e depois redeglutido, passando novamente pelo rúmen para mais fermentação antes de seguir para o abomaso, onde ocorre a digestão enzimática e a absorção de nutrientes no intestino delgado. 10 - Gatos: O estômago de um gato tem uma capacidade pequena, em torno de 20 a 50 ml. Cães: A capacidade estomacal de cães varia de 0,5 a 2 litros, dependendo do tamanho da raça e do indivíduo. Equinos (Cavalos): A capacidade do estômago de um cavalo é cerca de 8 a 15 litros. Aves: A capacidade estomacal de aves varia amplamente, dependendo da espécie, mas pode representar uma porcentagem do peso corporal. Ruminantes (como Bovinos, Ovinos e Caprinos): Ruminantes têm um grande compartimento de fermentação, o rúmen, com capacidade de armazenamento de aproximadamente 100 a 150 litros ou mais em bovinos adultos, devido à fermentação de alimentos vegetais fibrosos. 11 - O jejuno e íleo 12 - Se divide em 3 partes: ceco, cólon (que se subdivide em cólon dorsal direito e esquerdo, cólon ventral direito e esquerdo e cólon menor) e reto. 13 - A mucosa do intestino delgado é caracterizada por vilosidades que aumentam a área de superfície para a absorção de nutrientes, criptas de Lieberkühn que produzem enzimas e células absorventes especializadas (enterócitos). Por outro lado, a mucosa do intestino grosso é relativamente plana, possui glândulas intestinais que secretam muco, microvilosidades para absorção de íons e água, além de abrigar uma microbiota intestinal benéfica. As diferentes características refletem as funções específicas de cada parte do trato gastrointestinal: absorção de nutrientes no intestino delgado e reabsorção de água no intestino grosso. 14 - Existem 4 tipos de glândulas anexas: Glândulas salivares, Fígado, Vesícula Biliar e Pâncreas Glândulas salivares: Compostas pelas parótidas, submandibulares (ou submaxilares) e sublinguais. Produzem saliva, que contém enzimas como a amilase, para iniciar a digestão de carboidratos e facilitar a mastigação e deglutição. Fígado: O fígado é um órgão único sem divisões principais. Ele produz bile, armazenada na vesícula biliar, que é liberada no intestino delgado para ajudar na digestão e absorção de gorduras. O fígado também processa nutrientes e executa funções de desintoxicação. Vesícula biliar:Armazena a bile produzida pelo fígado e a libera no intestino delgado quando necessário para emulsificar gorduras e facilitar sua digestão e absorção. Pâncreas: O pâncreas possui uma porção exócrina que produz enzimas digestivas, como a lipase, protease e amilase pancreáticas, para a digestão de gorduras, proteínas e carboidratos no intestino delgado. Também tem uma porção endócrina que secreta hormônios, como insulina e glucagon, para regular os níveis de glicose no sangue. 15 - A bile é um fluido digestivo composto por água, bilirrubina, ácidos biliares, colesterol, fosfolipídios e eletrólitos. Ela é produzida pelo fígado, secretada pelos hepatócitos e flui através dos ductos biliares intra-hepáticos. A bile é armazenada temporariamente na vesícula biliar, sob o fígado, onde é concentrada. Quando alimentos ricos em gordura entram no duodeno, a vesícula biliar é estimulada a liberar bile, que emulsifica as gorduras na dieta para facilitar a digestão e absorção no intestino delgado. 16 - Mucosa, Submucosa, Muscular e Serosa 17 - Papo: Localizado próximo à garganta, o papo é uma estrutura muscular que armazena temporariamente os alimentos ingeridos, permitindo que as aves consumam grandes quantidades de comida de uma vez e a processem gradualmente. Ventrículo: O ventrículo é a primeira parte do verdadeiro estômago das aves, onde ocorre a digestão química dos alimentos. Ele produz ácido clorídrico e enzimas digestivas para iniciar a quebra de proteínas e outras substâncias. Moela: Localizada após o ventrículo, moela é a segunda parte do estômago das aves e é responsável pela trituração mecânica dos alimentos. Contém pequenas partículas de areia ou cascalho que auxiliam na moagem dos alimentos. 18 - Diferença das aves para os mamíferos no sistema digestório: Bico sem dentes: As aves têm bicos sem dentes, ao contrário dos mamíferos que possuem dentes para mastigar alimentos. Estômago Dividido: O estômago das aves é dividido em duas partes, o proventrículo para digestão química e a moela para trituração mecânica. Moela Muscular: A moela é uma estrutura muscular forte que auxilia na trituração dos alimentos. Ceco: As aves possuem um ceco que auxilia na fermentação de fibras vegetais. Ausência de vesícula biliar: As aves geralmente não têm vesícula biliar, com a bile sendo liberada diretamente no intestino delgado. Cloaca: As aves têm uma cloaca, uma abertura única para excreção e reprodução, ao contrário dos mamíferos que têm aberturas separadas.