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Walter Gropius – Escola de Bauhaus (Dessau) TRABALHO DE METODOLOGIA DE PROJETO ARQUITETÔNICO OSVALDO PEREIRA BARBOSA JUNIOR MARIA EDUARDA PEREIRA BARRETO VASCONCELOS 1 Osvaldo Pereira Barbosa Junior Maria Eduarda Pereira Barreto Vasconcelos Trabalho de Metodologia de Projeto Arquitetônico: Walter Gropius – Escola de Bauhaus (Dessau) TERESINA – PI 2019 2 3 SUMÁRIO Sobre o Arquiteto ..................................................................................................................... 4 VIDA E MORTE DE WALTER GROPIUS .................................................................................... 4 O MANIFESTO DA BAUHAUS ................................................................................................. 6 LINHA DO TEMPO – OBRAS IMPORTANTES DE WALTER GROPIUS .......................................... 7 Sobre a Obra ............................................................................................................................. 9 HISTÓRIA POR TRÁS DA ESCOLA DE BAUHAUS (DESSAU) ....................................................... 9 DIRETORES DA BAUHAUS .................................................................................................... 11 INFLUENCIADOS PELA BAUHAUS ......................................................................................... 13 ESTRUTURA ARQUITETÔNICA DA BAUHAUS ........................................................................ 14 Referencias ............................................................................................................................. 16 IMAGENS REFERENCIAIS...................................................................................................... 16 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ............................................................................................... 37 4 Sobre o Arquiteto VIDA E MORTE DE WALTER GROPIUS alter Gropius¹ nasceu em 18 de maio de 1883, Berlim. Nos anos de 1903 a 1905 estudou arquitetura na Technische Hochschule de Munique², e depois nos anos de 1905 a 1907 na Technische Hochschule de Berlim³. Com a ajuda de Karl-Ernst Osthaus, Gropius conseguiu um lugar como assistente no atelier do famoso arquiteto e designer de Berlim, Peter Behrens e com ele aprendeu as bases de marketing e como funcionam as ferramentas de um arquiteto. Em 1910, Walter, abriu seu próprio atelier, mas dependia de seus colaboradores para executar suas ideias devido sua inabilidade com o desenho, estes eram: Adolf Meyer, Carl Fieger e Ernst Neufest, sendo o primeiro o mais importante. Em 1914, Gropius é chamado para servir no exército como oficial da cavalaria e em 1918, depois do fim da Guerra, se tornou membro fundador do Arbeitsrat für Kunst (Concelho de Trabalho para a Arte) em Berlim. Em 1919, nos anos de crise pós-guerra, foi nomeado diretor da Kunstgewerbeschule (Escola de Artes e Ofícios) e da Hochschule für bildende Kunst (Academia de Belas Artes). A fusão destas duas instituições se tornou a Staatliches Bauhaus em Weimar⁴. Uma vez na diretoria, o alemão levou consigo o escultor Gerhard Marcks e os pintores Johannes Itten e Lyonel Feininger. Georg Muche, Oskar Schlemmer e Paul Klee se juntaram a eles em 1920. Em 1925, foi transferida para Dessau⁵. O principal motivo desta transferência deveu-se a que o governo regional da Turíngia (estado onde Weimar ficava), nas mãos de partidos direitistas, mostrou-se abertamente hostil aos propósitos estéticos da Escola e ao que ela representava. A direita nacionalista (precursora do nacional-socialismo) associava o movimento modernista na literatura, nas artes em geral e na arquitetura, ao Kulturbolchevismus, isto é, ao Bolchevismo Cultural. Seu período na direção se estendeu até 1927, com sua proposta unificadora que desafiava vária tradições, ficou conhecido como “Anárquico expressionista” Walter Gropius foi membro do Werkbund, antes de fundar a Escola Bauhaus, no meio da disputa entre os que resistiam na tendência do artesanal do belga Henry van de Velde e aqueles que seguiam a tendência industrial de Muthesius. No Manifesto da Bauhaus (Escola que foi o maior centro do Funcionalismo e do Modernismo), Gropius conseguiu conciliar o melhor destas tendências. W 5 No período entre Janeiro e Fevereiro de 1928, após um ano no edifício novo enquanto a escola gozava de renome internacional no auge da sua fama, Gropius anunciou sua demissão. A decisão repentina gerou surpresa tanto entre os mestres como entre os estudantes. Uma Bauhaus sem Gropius parecia inimaginável. A justificativa para sua saída foi a segurança que a Bauhaus agora apresentava e seu desejo de dedicar mais tempo à arquitetura. Em 1937, durante o período de ascensão do Terceiro Reich, a escola começou a ser atacada por nazistas, obrigando Walter a deixar a Alemanha. Refugiado nos Estados Unidos, Gropius foi nomeado professor da Universidade de Harvard e assumiu, um ano depois, a direção do Departamento de Arquitetura da mesma. Até 1941 estabeleceu parceria com Marcel Breuer, ex-membro da Bauhaus. Em 1951 o arquiteto Oscar Niemeyer projetou sua nova residência em São Conrado, no Rio de Janeiro. E apresentou o projeto, conhecido como “Casa das Canoas” ⁶, dois anos depois, o fundador da Bauhaus Walter Gropius – que havia recentemente abandonado seu cargo como Diretor da Escola de Arquitetura de Harvard – veio ao Brasil para ser jurado do Prêmio de Arquitetura da 2ª Bienal de São Paulo. E como era de se imaginar, os dois gênios se encontraram e Niemeyer o convidou para uma visita na Casa das Canoas. Gropius, precursor do funcionalismo e radicalmente contra o pensamento singular e individualista na arquitetura e no design, conheceu a tal casa, e comentou: “Sua casa é bonita, mas não é multiplicável”. Walter Gropius, morreu em Boston, Massachusetts, em 5 de julho de 1969. Está sepultado no Südwestfriedhof der Berliner Synode, Stahnsdorf, Brandemburgo na Alemanha. Em relação ao seu estilo, o arquiteto alemão tinha o Funcionalismo como ideologia-mestre, foi um vanguardista, precursor da arquitetura moderna. Ele via a solução para criar o design dirigido para a produção em série na experimentação artesanal e artística, os instrumentos de pesquisa, ensino e aprendizagem ideais, defendia que projetos envolvessem todas as escalas humanas e negava características históricas das artes e da arquitetura. 6 O MANIFESTO DA BAUHAUS Weimar, abril de 1919 “O objetivo final de toda atividade plástica é a construção! Ornamentá-la era, outrora, a tarefa mais nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da grande arquitetura. Hoje elas se encontram em singularidade autossuficiente, da qual só poderão ser libertadas um dia através da consciente atuação conjunta e coordenada de todos os profissionais. Arquitetos, pintores e escultores devem conhecer e compreender de novo a estrutura multiforme da construção em seu todo e em suas partes; então suas obras se preencherão outra vez do espírito arquitetônico que se perdeu na arte de salão. As antigas escolas de arte não eram capazes de criar essa unidade, e como poderiam, já que a arte não pode ser ensinada? É preciso que elas voltem a ser oficinas. Esse mundo de desenhistas e artistas deve, por fim, tornar a orientar-se para a construção. Se o jovem que sente amor pela atividade plástica começar, como outrora, pela aprendizagem de um ofício, o "artista" improdutivo não ficará condenado futuramente ao exercício incompleto da arte, pois sua habilidade será preservada para a atividade artesanal, onde poderá prestar excelentes serviços. Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte por profissão"! Não existe nenhuma diferença essencial entre o artista e o artesão. O artista é uma elevaçãodo artesão. A graça divina, em raros momentos de luz que estão além de sua vontade, inconscientemente faz florescer arte da obra de sua mão, entretanto, a base do "saber fazer" é indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte primordial da criação artística. Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a presunção elitista que pretendia criar um muro de orgulho entre artesãos e artistas! Desejemos, imaginemos, criemos juntos a nova construção do futuro, que juntará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita por milhões de mãos de artesãos, se elevará um dia aos céus como símbolo cristalino de uma nova fé vindoura” - Walter Gropius. 7 LINHA DO TEMPO – OBRAS IMPORTANTES DE WALTER GROPIUS Fagus Factory(1911): A fábrica Fagus⁷, construída a partir de 1911 por Walter Gropius, mais tarde o grande arquiteto da Bauhaus, e Adolf Meyer, é considerada a obra que deu origem ao Modernismo na arquitetura. Marca característica da Arquitetura Moderna é a construção da fachada com vidro e aço, e os cantos livres, totalmente envidraçados, dando ao complexo leveza e elegância. Os arquitetos conseguiram dar a uma empresa de médio porte uma aparência totalmente fora da comum, diferente da arquitetura tradicional. O funcional complexo industrial foi construído em três fases a partir de 1911. A arquitetura de cada prédio adapta-se à sua função. O armazém, por exemplo, é uma sólida construção de enxaimel, enquanto o galpão de produção tem amplas fachadas de vidro, criando um ambiente claro, ideal para trabalhar. A arquitetura de Gropius, com extremidades suspensas e fachadas cobertas apenas por vidro, marca também o início da moderna forma de construção com esqueleto estrutural. A construção de Gropius já se tornou ponto de referência indispensável na vida cultural da região de Alfeld, perto de Hannover e muito além dela. Haus am Horn(1923): O Haus am Horn⁸ foi construído para a exposição Bauhaus em Weimar. Foi desenhado por Georg Muche, um pintor e professor no Bauhaus. Outros instrutores do Bauhaus, como Adolf Meyer e Walter Gropius, assistiram com os aspectos técnicos do desenho da casa. Gropius disse que o objetivo da construção da casa era "o maior conforto com a maior economia pela aplicação dos melhores artesãos e a melhor distribuição do espaço pela forma, tamanho e articulação". A construção da casa foi patrocinada por Sommerfeld, um negociante de madeira de Berlim, que tinha sido cliente de Gropius anos atrás. A casa foi construída afastada da principal secção do Bauhaus, na terra que estava a ser usada como um jardim de vegetais pela escola. O sítio fica atualmente perto do Parque an der Ilm em Weimar, numa rua residencial. Bauhaus Dessau(1926): Em Dessau⁹, por fim, surgiu a oportunidade de Walter Gropius erguer um edifício-símbolo das ambições da Escola, uma construção que abrigasse, ligado ao prédio principal onde se dava o ensino, uma série de outros edifícios (oficinas, habitação dos estudantes, administração, etc.). Em 24 de Março de 1925, o município de Dessau aprova a mudança da Bauhaus para esta cidade. Em Junho de 1925 é concedida autorização para a construção da sua nova sede, que abrirá em Dezembro de 1926. Em Dessau, o arquitecto Walter Gropius, director da Bauhaus, constrói para a nova sede edifícios funcionais, adequados aos propósitos da Escola. Note que o Departamento de Arquitetura da Bauhaus só foi inaugurado em Abril de 1927. Portanto, em 1925 quando se iniciou a construção do edifício da https://www.germany.travel/pt/cidades-e-cultura/cidades/hannover.html 8 Bauhaus, todo o seu planeamento e execução foi feito por Gropius através do seu escritório particular de Arquitetura. Josephine M. Hagerty House(1938): O Josephine M. Hagerty House¹⁰ é uma casa histórica localizada em Massachusetts a poucos metros da costa. Foi o primeiro edifício nos Estados Unidos em nome da Bauhaus arquiteto Walter Gropius. Ele construiu a casa em 1938 com a ajuda do arquitecto húngaro- americano Marcel Breuer. Gropius queria o Hagerty House foi uma forma muito simples, geométrico. No lado de fora da escada da casa foram construídos a partir de tubos de aço galvanizado, que foram deixados à vista. A fachada da casa é metade branca gessada, e a outra metade é feita de pedra. A casa foi equipado com muitas janelas de diferentes tamanhos, de modo a melhorar a visão do mar. Em 1997 Josephine M. Hagerty House foi adicionada ao Registro Histórico Nacional em América. 9 Sobre a Obra HISTÓRIA POR TRÁS DA ESCOLA DE BAUHAUS (DESSAU) taatliches Bauhaus, Foi uma escola de artes que lecionava design, arquitetura de vanguarda e artes plásticas, fundada em 1919 pelo arquiteto Walter Gropius, em Weimar, Alemanha. Considerada uma das mais influentes e famosas escolas de arte do século XX, revolucionou o design moderno ao buscar formas e linhas simplificadas, definidas pela função do objeto. Seu nome vem de duas palavras alemãs “Bauen” e “Haus” que significam, respectivamente, “Para construir” e “Casa”. Segundo Gropius, Bauhaus possuía o objetivo de “reestabelecer a harmonia entre as diferentes atividades da arte, entre todas as disciplinas artesanais e artísticas, e torná-las inteiramente solidárias de uma concepção de construir.” Além da objetivo artística, Bauhaus surgiu também com o intuído econômico e social. Pois possuía como finalidade empregar uma função profissional à artistas que, até então, viviam a mercê do insucesso por decorrência da falta de reconhecimento, de modo a possibilitar impacto positivo para a economia alemã. O programa da instituição previa, além da formação de novos profissionais, a tentativa de reconduzir indústria e artesanato, procurando auxiliara a indústria de modo contínuo. A escola possuiu três sedes: Weimar¹¹ (1917_1923), Dessau¹² (1923-1929) e em Berlim¹³ (1929-1933). Na escola, os alunos encontravam uma visão interdisciplinar pioneira – todas as artes eram apresentadas de maneira interligada. A Bauhaus unificou disciplinas como arquitetura, escultura, pintura e desenho industrial. E não desprezava nem as artes consideradas “menores” na época, por sua ligação direta com trabalhos mais manuais, como cerâmica, tecelagem e marcenaria. A escola introduziu ainda o uso de novos materiais pré-fabricados, a simplificação dos volumes, geometrização das formas e predomínio de linhas retas, em tudo que era produzido. A partir de 1923, a Bauhaus começou a se transformar em um estabelecimento de ensino cujo os pontos centrais eram o projeto e produção de protótipos para a indústria, ou seja, sucumbiu aos interesses da industrias. A fase de consolidação do instituição chegou ao fim em 1927 com a institucionalização do ensino de arquitetura, cuja direção foi assumida por Hannes Meyer que resumiu suas propostas com relação ao departamento de arquitetura da seguinte maneira “a arquitetura não é mais arte de construir. Construir transformou-se em uma ciência. A arquitetura é a ciência de construir. Construir não é mais uma questão de sentimento, mas de conhecimento.” S 10 Um ano após a ocupação do cargo de diretor ser assumida por Meyer, as vertentes artísticas da escola davam lugar a áreas mais politizadas e científicas, como psicologia, Biologia, Marxismo e economia. Com isso, foi fechada a oficina de teatro e reorganizada oficinas de outras áreas, pois agora eram utilizadas como foco de atividades políticas de um grupo de estudantes Marxistas. Em 1930, Meyer é substituído por Mies Van der Rohe, que continuou o trabalho de Hannes. Ou seja, sob sua direção também foram mantidos na Bauhaus os traços de uma academia de arquitetura com algumas classes de Design, duas classes de pintura livre e uma de fotografia. Em 1933 a Bauhaus já é bem diferente daquela que pregava a unificação de todas as artes. Em 1932, A instituição se muda novamente, outra vez por questões políticas, encontrando sua sede em Berlim, no qual se mantématuante até 1933 pois devido as pressões do governo de Hitler, a escola se viu obrigada a fechar suas portas. Em Março de 1945, um ataque aéreo atingiu a Bauhaus, sua fachada de vidro e aço da zona de oficinas foi destruída.¹⁴ Em 1976, o complexo foi extensivamente renovado de forma a repor o seu estado original. Por volta do final do milénio, o complexo de edifícios, que havia sido integrado na lista do património cultural mundial da UNESCO. Em 1996, foi novamente remodelado. Atualmente, é de novo a sede de uma instituição vital de educação. 11 DIRETORES DA BAUHAUS Antes de ser fechada por Adolf Hitler, em 1933, a Bauhaus teve três fases, marcadas por diretores, sedes e ênfases diferentes. O FUNDADOR Walter Gropius (1883-1969) Criou a Bauhaus ao fundir duas outras escolas, a de Artes Aplicadas e a Academia de Belas-Artes da Saxônia, após a Primeira Guerra Mundial. Seu período na direção, de 1919 a 1927, ficou conhecido como “anárquico expressionista”, já que sua proposta unificadora desafiava várias tradições. Gropius ficou no comando até 1927. Principais projetos: A fábrica Fagus, em Alfeld, Alemanha (1911), a sede da Bauhaus, em Dessau, Alemanha (1925), e o pavilhão da Pensilvânia para a Exposição Universal de Nova York (1939). O FUNCIONALISTA Hanner Meyer(1889-1954) Para o sucessor de Gropius, o processo de construção tinha de levar em conta as necessidades humanas – biológicas, intelectuais, espirituais e físicas. Por isso, o funcionalismo e o conforto passaram a ser levados tão a sério a partir de então. Embora Meyer fosse arquiteto, foi sob seu comando que o design industrial ganhou evidência no Bauhaus. Hannes Meyer assumiu até 1929, com a escola já transferida para a cidade de Dessau, em sua segunda sede e cedeu o cargo a Mies van der Rohe, com a instituição realocada em Berlim. Principais projetos: Petersschule, em Basel, Suíça (1926), e a sede da Liga das Nações, em Genebra, Suíça (1926-1927), mas ambos não saíram do papel. O SIMPLISTA Mies van der Rohe (1886-1969) Antes fã do estilo neoclássico, converteu-se à simplicidade da Bauhaus e cunhou a frase “menos é mais”. Último diretor da escola, ficou famoso por usar muito vidro e aço em seus arranha-céus. É considerado um dos arquitetos mais importantes do século 20. Principais projetos: Pavilhão alemão para a Exposição Internacional de Barcelona (1929), Promontory Apartments, em Chicago (1951), e Seagram Building, em Nova York (1956-1959). 12 O DESIGNER Marcel Breuer (1902-1981) Foi designer e arquiteto, mas se destacou mesmo pela produção de mobiliário. Um de seus toques revolucionários foi o amplo uso de tubos de metal. Considerado por alguns críticos um dos “últimos verdadeiros arquitetos funcionalistas”, no fim da carreira foi para os EUA e passou a projetar grandes prédios ao lado de seu ex-professor, Van der Rohe. Principais projetos: Cadeira Wassily (1925-1926) e Short Chair (1936). O TIPÓGRAFO Herbert Bayer (1900-1985) Os princípios de geometrização e funcionalismo também prevaleceram na tipografia – a arte de criar fontes de letras (como a Times New Roman e a Arial). Bayer bolou uma espécie de alfabeto universal, só com letras minúsculas e reduzidas às formas gráficas mais simples possíveis. Seu argumento? Quando falamos, não existe “maiúsculas” ou “minúsculas” Principal projeto: O alfabeto universal Sturm Blond (1925). 13 INFLUENCIADOS PELA BAUHAUS A união de arte, engenharia e artesanato, proporcionada pela Bauhaus, resultou em inovação. A escola revolucionou o design moderno ao buscar formas e linhas simplificadas, definidas pela função do objeto, por isso, até hoje vivenciamos um design funcional.¹⁵ Para se encontrar a influência da Bauhaus nos dias atuais não precisa ir muito longe: na palma da sua mão, é possível que você encontre características da Bauhaus. Isso se você tiver um iPhone – as linhas funcionais e “clean” dos produtos da Apple são um dos exemplos icônicos do legado da escola. O Brasil também guarda influências da Bauhaus em cidades planejadas – especialmente na capital Brasília. Oscar Niemeyer, afinal, tinha um pézinho bauhausiano, já que sempre privilegiou formas geométricas e cores brancas; Em prédios como o da Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro, do Instituto de Arte Contemporânea de SP e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da USP há referências claras à escola alemã. Agora, se quiser um exemplo mais distante da tecnologia ou da arquitetura… Você pode olhar para a música! A banda Franz Ferdinand, por exemplo, tem a Bauhaus como principal influência para tudo quanto é identidade visual da banda. 14 ESTRUTURA ARQUITETÔNICA DA BAUHAUS Na arquitetura, a Bauhaus ficou conhecida pelas paredes lisas e, geralmente, brancas, abrindo mão da decoração. Isso para as paredes que restaram, já que outra marca da escola foi a abolição das paredes internas (como nos lofts) adicionadas a amplas janelas e fachadas de vidro. Nem os telhados resistiram às inovações da Bauhaus, que popularizou as coberturas planas, transformadas em terraços. Mas devido à falta de experiência com as novas tecnologias e tipos de construção, Gropius deparou-se com algumas imperfeições. O envidraçado simples oferecia pouco isolamento térmico e a condensação levava o fino metal dos caixilhos das janelas à corrosão rápida; O isolamento acústico também era insuficiente e as coberturas planas tendiam a sofrer infiltrações. Motivado a criar uma nova forma de pensamento através da interseção entre arquitetura, arte, design industrial, tipografia, design gráfico e design de interiores, Walter Gropius foi inspirado a criar uma instituição conhecida como a Bauhaus em Dessau, com um estilo emergente que influenciaria a arquitetura para sempre. Inicialmente em Weimar, razões políticas forçaram a mudança da escola para Dessau. Gropius tomou isso como uma oportunidade para construir uma escola que refletisse suas esperanças quanto à educação da Bauhaus. O estilo das instalações de Dessau insinua a fase mais futurista de Gropius em 1914, mostrando também semelhanças com o estilo internacional. As extensas instalações nos planos incluem espaços para ensino, habitações para estudantes e membros da faculdade, um auditório e escritórios, que foram fundidos juntos em uma planta que lembra a configuração de um cata-vento. De cima, este arranjo sugere a forma de hélices de avião, intensamente fabricados nas áreas circundantes de Dessau. O edifício é composto de três alas conectadas por passarelas. Os espaços da escola e das oficinas são associados através de uma grande passarela de dois pavimentos, que cria a cobertura da administração localizada na parte inferior da passarela. As unidades habitacionais e o edifício educacional são conectados através de uma ala para criar fácil acesso ao átrio e ao refeitório. A ala educacional contém administração e salas de aula, sala de professores, biblioteca, laboratório de física, salas modelo, subsolo, piso térreo e dois andares superiores. Como um arquiteto hábil, Gropius estava interessado em incluir avanços estruturais e tecnológicos ao projetar a sede da escola revolucionária para alunos de arquitetura e design. https://www.archdaily.com.br/br/tag/dessau https://www.archdaily.com.br/br/tag/dessau https://www.archdaily.com.br/br/tag/dessau 15 Algumas das várias progressões incluem uma enorme janela de vidro, um esqueleto de concreto armado e alvenaria, lajes cogumelo no nível inferior, e telhados cobertos com telhas asfálticas que aguentam o pisoteamento. A área total para a construção da Bauhaus de Dessau era 10.500 m², o edifício próprio que contém aproximadamente 23.000 m². Suas dimensões "desmentiam a enorme importância simbólica que ganharia, à medida que sua reputação nacional e internacional cresceu como um laboratório experimental e comercial para o design depois de 1927 como um viveiro de arquiteturae desenho urbano". Para incorporar os alunos da Bauhaus, a decoração interior de todo o edifício foi feita pela oficina de pintura de parede, os dispositivos de iluminação pela oficina de metal e as letras na gráfica. Com o edifício Bauhaus, Gropius pensou cuidadosamente sua noção do edifício como uma "obra total". A enorme fachada da parede cortina do edifício da oficina transformou-se em uma parte integrante do projeto do edifício. Na esperança de criar transparência, a parede enfatizou a natureza espacial "mecânica" e aberta da nova arquitetura. Estas janelas vastas permitem que a luz do sol adentrasse o edifício durante o dia, embora criasse um efeito negativo em uns dias mais quentes do verão. A fim de preservar a parede de cortina como uma extensão, as colunas de apoio de carga foram recuadas para trás das paredes principais. https://www.archdaily.com.br/br/tag/dessau 16 Referencias IMAGENS REFERENCIAIS Figura 2 – Technische Hochschule de Munique Figura 1 – Walter Gropius Figura 3 – Technische Hochschule de Berlim 17 Figura 4 – Staatliches Bauhaus in Weimar 18 Figura 5 – Bauhaus (Dessau) Figura 6 – Casa das Canoas 19 Figura 7 – A fábrica Fagus Figura 8 – Haus am Horn 20 Figura 9 – Bauhaus (Dessau) Figura 10 – Josephine M. Hagerty House 21 Figura 11 – Bauhaus em Weimar Figura 12 – Bauhaus em Dessau 22 Figura 13 – Bauhaus em Berlim 23 Figura 14 – Bauhaus destruída 24 Figura 15 – Design funcional 25 Bauhaus Imagens internas e externas 26 27 28 29 30 31 Bauhaus Plantas baixas e cortes 32 33 34 35 36 Bauhaus Divisão de setores e ilustrações 37 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA https://www.dw.com/pt-br/1883-nasce-o-arquiteto-walter-gropius-fundador-da-bauhaus/a-3518662 https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-foi-a-bauhaus/ https://www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/centenario-da-bauhaus-1919-2019-walter- gropius-e-a-bauhaus,bd3c5126de0a1eddc8166b1cfbe2d228o794u44t.html http://tipografos.net/bauhaus/gropius.html https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/artes/escola-arte-bauhaus.htm https://www.bauhaus100.com/the-bauhaus/people/directors/walter-gropius/ https://www.azdecor.com.br/2016/10/walter-gropius-e-arquitetura-modernista/ https://www.archdaily.com.br/br/787759/em-foco-walter-gropius 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