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000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 1 de 18 (alternativa B) Endocardite infecciosa. (alternativa C) Febre reumática. (alternativa D) Miocardiopatia hipertrófica. CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Sistemas Orgânicos Integrados III Professor (es): Período: 202302 Turma: Data: N1 ESPECÍFICA_SOI 3_28SET2023.2 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 09411 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: Paciente , sexo masculino, 50 anos, deu entrada na UPA relatando falta de ar, fadiga e que não consegue praticar exercícios físicos. Nega hipertensão ou coronariopatia pregressas. Na avaliação, o plantonista realiza a ausculta pulmonar e observa estertores crepitantes em ambas as bases pulmonares, turgência jugular, ritmo cardíaco regular, hepatomegalia, edema nos MMI , freqüência respiratória de 28 irmin, FC 108 bpm, PA 120x80mmHg. Na radiografia de tórax foi observado um aumento de câmeras cardíacas e no ecocardiograma uma fração de ejeção de 35%. Qual o diagnóstico mais provável neste caso? Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Miocardiopatia dilatada. (alternativa B) Endocardite infecciosa. (alternativa C) Febre reumática. (alternativa D) Miocardiopatia hipertrófica. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 2 de 18 Resposta comentada: RESPOSTA COMENTADA Justificativa para a questão A, que se encontra errada - Endocardite infecciosa é caracterizada pela colonização ou invasão das valvas cardíacas e do endocárdio mural por um agente microbiano, levando ao surgimento de formações vegetativas volumosas e friáveis, e à destruição dos tecidos cardíacos adjacentes. Pode haver o desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva em consequência da destruição da valva, embolia em artéria coronária ou miocardite, bem como de insuficiência renal decorrente da destruição ou das toxicidades dos antimicrobianos. Justificativa para a questão B, que se encontra errada - A Febre reumática pode se manifestar como um distúrbio agudo, recidivante ou crônico. O estágio agudo da FR inclui histórico de uma infecção estreptocócica inicial e subsequente envolvimento de elementos do tecido conjuntivo do coração, dos vasos sanguíneos, das articulações e dos tecidos subcutâneos. Justificativa para a questão C, que se encontra correta - A Miocardiopatia dilatada é caracterizada por aumento ventricular, redução da espessura da parede ventricular e comprometimento da função sistólica de um ou de ambos os ventrículos. Histologicamente, a MCD é caracterizada por fibras miocárdicas atróficas e hipertróficas, além de fibrose intersticial. Os miócitos cardíacos, em particular no subendocárdio, frequentemente apresentam alterações degenerativas avançadas. Também há fibrose intersticial, de modo mais predominante na zona subendocárdica, e possível presença de células inflamatórias dispersas. Justificativa para a questão D, que se encontra errada - Miocardiopatia hipertrófica é caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda sem explicação, com espessamento desproporcional do septo interventricular, enchimento diastólico anormal, arritmias cardíacas e, em alguns casos, obstrução intermitente da saída ventricular esquerda. Em consequência da hipertrofia maciça, da elevada pressão na câmara ventricular esquerda e da possível anormalidade das artérias intramurais, o desenvolvimento de isquemia focal do miocárdio é frequente, mesmo na ausência de DAC; portanto, é comum haver dor do tipo angina. 2ª QUESTÃO Enunciado: Um médico da atenção básica realiza uma visita domiciliar a um paciente idoso que foi diagnosticado com estase venosa. O paciente passou por uma colecistectomia de urgência, inicialmente dor videolaparoscopia mas que devido uma intercorrência no ato cirúrgico, precisou ser convertida para uma laparotomia, cirurgia considerada de grande porte, há dois dias. Considerando o estado atual do paciente, compare as seguintes opções de tratamento inicial para estase venosa e escolha a mais adequada. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 3 de 18 (alternativa B) Medicamentos anticoagulantes. (alternativa C) Cirurgia de varizes. (alternativa D) Elevação do membro afetado. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Terapia de compressão. (alternativa B) Medicamentos anticoagulantes. (alternativa C) Cirurgia de varizes. (alternativa D) Elevação do membro afetado Resposta comentada: A terapia de compressão é a opção de tratamento mais adequada para a estase venosa, especialmente em pacientes idosos que podem ter contraindicações para cirurgia ou medicamentos anticoagulantes. Ela ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo nas veias e reduzir o inchaço e a dor. Os medicamentos anticoagulantes são geralmente usados para prevenir coágulos sanguíneos, mas não são a primeira linha de tratamento para a estase venosa. Além disso, a recente cirurgia abdominal do paciente pode contraindicar a utilização de anticoagulantes. A elevação do membro afetado pode ajudar a reduzir o inchaço e melhorar o fluxo sanguíneo, mas por si só não é suficiente para tratar a estase venosa. Além disso, a recente cirurgia abdominal do paciente pode dificultar a elevação dos membros inferiores. A cirurgia de varizes pode ser considerada em casos graves de estase venosa que evoluem para varizes, mas essa associação não é obrigatória, sendo as varizes uma complicação da estase venosa crônica. Referências: MAFFEI, Francisco Humberto de A.; YOSHIDA, Winston B.; ROLLO, Hamilton A.; et al. Doenças Vasculares Periféricas - 2 Vols. pg 1952. Grupo GEN, 2015. E-book. ISBN 978-85-277-2822-5. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2822-5/. Acesso em: 04 ago. 2023. 3ª QUESTÃO Enunciado: Paciente, sexo masculino, 50 anos, comparece ao servico̧ de emergência relatando dor torácica com sensação de pressão retroesternal intensa, tendo início há cerca de 2 horas enquanto estava assitindo a televisão. Possui histórico de hipercolesterolemia e é tabagista (40 maco̧ s/ano). Durante o exame apresenta frequência cardıá ca de 116 bpm, pressão arterial de 166/102 mmHg e frequência respiratória de 22 movimentos respiratórios por minuto (rpm). A saturação de oxigênio é de 96% em ar ambiente. A pressão venosa jugular aparentemente é normal. A ausculta do tórax mostra campos pulmonares limpos e ritmo cardıá co regular, sem sopros ou atritos. ECG mostrou supradesnivelamento do segmento ST. Sobre o caso é possível concluir que 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 4 de 18 (alternativa B) vasodilatadores devem ser evitados devido ao risco de sobrecarga cardíaca. (alternativa C) as frações da isoenzima CPK-MB estarão diminuídas nesse paciente. (alternativa D) betabloqueadores devem ser administrados para aumentar a despolarização do nodo sinusal. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e heparina. (alternativa B) vasodilatadores devem ser evitados devido ao risco de sobrecarga cardíaca. (alternativa C) as frações da isoenzima CPK-MB estarão diminuídas nesse paciente. (alternativa D) betabloqueadores devem ser administ Resposta comentada: Uma vez diagnosticado o IAM com base na história, no ECG ou nas enzimas cardıá cas, vários tratamentos sa ̃o iniciados. Sendo o processo causado por trombose aguda, sa ̃o usados agentes antiplaquetários, como ácido acetilsalicıĺico, e anticoagulaca̧ ̃o com heparina. Para limitar o tamanho do infarto, são usados betabloqueadores para diminuir a demanda de oxigênio do miocárdio e nitratos para aumentar o fluxo sanguıń eo coronariano. Todos esses tratamentos parecem reduzir a mortalidade no IAM. Alémdisso, pode-se administrar morfina para diminuir a dor e a taquicardia consequente, e os pacientes recebem oxigênio suplementar. Referências Bibliográficas Nicolau JC, Feitosa Filho GS, Petriz JL, Furtado RHM, Précoma DB, Lemke W, Lopes RD, et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021. Arq. Bras. Cardiol. 2021;117(1):181- 264. Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio Elsevier, 2010; 4ª QUESTÃO Enunciado: Paciente, sexo masculino, 48 anos, buscou atendimento médico devido a febre alta (39°C), calafrios e fadiga persistente. Ele relatou ter se sentido mal nas últimas semanas, com uma gradual piora dos sintomas. Foi admitido no hospital com quadro clínico de febre alta, sudorese noturna, fadiga intensa e dor muscular generalizada. Ele também referiu perda de peso inexplicável nas últimas semanas. No exame físico, foi observada uma sopro cardíaco em foco mitral e sinais de insuficiência cardíaca congestiva, como edema nos membros inferiores e hepatomegalia. Após exames, levantou-se a hipótese de endocardite infeciosa. Considerando a fisiopatologia da endocardite infecciosa e o papel do sistema imunológico, assinale a alternativa correta. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 5 de 18 (alternativa A) A formação de vegetações na endocardite infecciosa é composta principalmente por células vermelhas do sangue e fibrina, que não têm papel na destruição valvar. (alternativa C) A endocardite infecciosa é causada principalmente por vírus, que se alojam nas valvas cardíacas e causam inflamação aguda nas artérias coronárias. (alternativa D) As valvas cardíacas danificadas por doenças pré-existentes não oferecem um ambiente propício para a fixação dos microrganismos, reduzindo o risco de endocardite. Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) Neutrófilos são recrutados para o local da infecção na endocardite infecciosa, liberando enzimas que podem contribuir para o dano valvar e a destruição do tecido. (alternativa C) A endocardite infecciosa é causada principalmente por vírus, que se alojam nas valvas cardíacas e causam inflamação aguda nas artérias coronárias. (alternativa D) As valvas cardíacas danificadas por doenças pré-existentes não oferecem um ambiente propício para a fixação dos 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 6 de 18 Resposta comentada: Neutrófilos são recrutados para o local da infecção na endocardite infecciosa, liberando enzimas que podem contribuir para o dano valvar e a destruição do tecido. A resposta é correta porque, na fisiopatologia da endocardite infecciosa, os neutrófilos são recrutados para o local da infecção nas valvas cardíacas, onde liberam enzimas que podem causar danos valvares e contribuir para a destruição do tecido. Isso faz parte da resposta inflamatória e imunológica do hospedeiro à infecção bacteriana. A endocardite infecciosa é causada principalmente por vírus, que se alojam nas valvas cardíacas e causam inflamação aguda nas artérias coronárias. Esta alternativa está incorreta porque a endocardite infecciosa é geralmente causada por bactérias, não por vírus. Além disso, a inflamação associada à endocardite não está diretamente relacionada às artérias coronárias. As valvas cardíacas danificadas por doenças pré-existentes não oferecem um ambiente propício para a fixação dos microrganismos, reduzindo o risco de endocardite. Esta alternativa está incorreta. Na verdade, as valvas cardíacas danificadas por condições pré- existentes, como doenças cardíacas congênitas, são mais propensas a fornecer um ambiente favorável para a fixação dos microrganismos, aumentando o risco de endocardite. A formação de vegetações na endocardite infecciosa é composta principalmente por células vermelhas do sangue e fibrina, que não têm papel na destruição valvar. Esta alternativa está incorreta. As vegetações na endocardite infecciosa são compostas principalmente por microrganismos, plaquetas, fibrina e células inflamatórias, como neutrófilos. Essa massa pode contribuir para a destruição das valvas e causar danos. REFERÊNCIAS FILHO, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527738378. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738378/. Acesso em: 18 ago. 2023. Jorge MS, Rodrigues AJ, Vicente WVA, Evora PRB. Infective Endocarditis Surgery. Insights from 328 Patients Operated in a University Tertiary Hospital. Arq Bras Cardiol. 2023 Mar;120(3):e20220608. English, Portuguese. doi: 10.36660/abc.20220608. PMID: 36946858. 5ª QUESTÃO 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 7 de 18 (alternativa A) infarto agudo do miocárdio. (alternativa B) doença arterial coronariana. (alternativa C) embolia pulmonar. Enunciado: Mulher, 23 anos, com histórico de lúpus, procura assistência médica apresentando dor torácica, de início há cinco horas, que piora quando a paciente respira fundo e melhora quando anterioriza o tórax. Ao exame físico presença de atrito pericárdico à ausculta. Para o diagnóstico foram realizados alguns exames incluindo o ECG que segue: Com base no caso clínico e no resultado do ECG apresentado, a hipótese diagnóstica é: Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) pericardite aguda. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 8 de 18 (alternativa A) A dispneia pode ser sugestiva de insuficiência respiratória, complicação presente na Doença de Chagas. (alternativa B) Apesar da localização endêmica, o diagnóstico de Chagas deve ser realizado por meio de dosagem do d-dímero. (alternativa C) Os sinais e sintomas apresentados pelo paciente são característicos da fase crônica da Doença de Chagas. Resposta comentada: A pericardite aguda é o processo patológico mais comum envolvendo o pericárdio. A dor da pericardite aguda é intensa, tem localização retroesternal, irradia para o pescoço, braço ou ombro esquerdo. Piora com a inspiração, tosse e com o decúbito dorsal, e alivia com a posição sentada e com inclinação do tronco para a frente. É comum a ausculta encontrar som áspero e rangente, conhecido como atrito pericárdico (presente em 85% dos casos), e é mais audível com o paciente ereto, tronco inclinado para a frente, na fase de expiração final. O ECG na pericardite aguda mostra supra desnivelamento difuso do segmento ST, exceto em AVR e V1 onde ocorre infra desnivelamento e infra desnivelamento do segmento PR. Referência: NORRIS, T. L. Porth – Fisiopatologia, 10ª ed. Grupo GEN, 2021. Montera MW, Mesquita ET, Colafranceschi AS, Olivei et al. I DIretrIz BrasIleIra de MIocardItes e PerIcardItes. Arq Bras Cardiol. 2013: 100 (4 supl. 1):1-36. Montera MW, Marcondes-Braga FG, Simões MV, Moura LAZ, Fernandes F, Mangine S, et al. Diretriz de Miocardites da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2022. Arq Bras Cardiol. 2022; 119(1):143-211. 6ª QUESTÃO Enunciado: Paciente do sexo masculino, 21 anos, residente em Belém-PA, há 20 dias iniciou quadro de febre vespertina diária, com calafrios, sudorese noturna, cefaleia e dispneia progressiva. Relata também dor abdominal e tosse seca. Possui hábitos de ingestão diária de açaí. Nega etilismo e tabagismo. A partir do relato de caso, analise as alternativas e assinale a que explica corretamente a suspeita da Doença de Chagas. Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) A contaminação do paciente ocorreu por meio da forma tripomastigota que é a forma transmitida pelo vetor. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 9 de 18 Resposta comentada: CORRETA_ A transmissão do Trypanossoma cruzi pela viaoral vem crescendo gradativamente. Consiste no consumo de alimentos acidentalmente contaminados com triatomínios ou por fezes infectadas. Entre os alimentos está o açaí in natura e carnes cruas ou mal cozidas. Tripomastigota é a forma infectante encontrada nas fezes do barbeiro. ERRADA_ O quadro de febre vespertina, diária, com calafrios, sudorese noturna, cefaleia e dispneia progressiva ocorrem na fase aguda da Doença de Chagas. Na fase crônica desta doença o paciente apresentará outras manifestações clínicas, que são decorrentes de complicações cardíacas (Cardiopatia dilatada) ou digestivas (Megacólon e megaesôfago). ERRADA_ A dispneia consiste numa manifestação da cardite aguda, que pode evoluir para insuficiência cardíaca, que é uma complicação da Doença de Chagas. ERRADA_ O paciente reside em uma região endêmica de Doença de Chagas, mas que também é endêmica para outras patologias. Como os sinais e sintomas são inespecíficos, eles podem ser confundidos com os de outras doenças que também ocorrem nesta região. Por isso é importante o diagnóstico diferencial por meio de exames laboratoriais, como por exemplo exame da gota espessa. Dosagem de D-dímero é indicado para diagnóstico de TEP. Referências: - BORBA, CINTHYA COELHO; MOIA, LIZOMAR DE JESUS MAUÉS PEREIRA; SOUZA, HÉRICA CRISTIANI BARRA DE. Doença de Chagas aguda grave - Relato de caso. REV. PARA. MED ; 24(1)jan.-mar. 2010. - BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Guia de Vigilância em Saúde - Doença de Chagas p. 505 – 528/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. - REY, Luís. Parasitologia, 4ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2008. E-book. ISBN 978-85-277-2027-4. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85- 277-2027-4/. Acesso em: 22 fev. 2023. 7ª QUESTÃO Enunciado: Paciente, P.J.G., sexo masculino, 74 anos, diagnosticado com hipertensão arterial há 10 anos, em tratamento com 3 medicamentos, refere cansaço, fraqueza, e ao exame físico apresenta edema em membros inferiores, sobrepeso e P.A.S 170 mmHg e P.A.D 90 mmHg. Refere não conseguir fazer exercício físico, faz a dieta prescrita pela nutricionista esporadicamente e tem muito sono e as vezes certa confusão mental. Ao solicitar o ecocardiograma, nota-se um aumento ventricular significativo. Considerando as informações acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I) O quadro apresentado pelo paciente é resultado de mecanismos adaptativos desencadeados pelo aumento persistente da pré-carga. PORQUE II) A hipertrofia ventricular visa, inicialmente, garantir o débito cardíaco, porém, a longo prazo é possível visualizar uma redução na contratilidade de fibras miocárdicas isoladas. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 10 de 18 (alternativa A) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. (alternativa B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. (alternativa C) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) A asserção I é uma proposição falsa, e a I é uma proposição verdadeira. Resposta comentada: A sobrecarga mecânica imposta cronicamente ao coração pela hipertensão arterial sistêmica determina uma adaptação miocárdica que resulta em aumento da massa ventricular. O que ocorre neste caso é aumento persistente da pós-carga ventricular determina expansão da massa mitocondrial, multiplicação em paralelo do número de miofibrilas, com consequente aumento da espessura individual dos miócitos, aumento de deposição da matriz extracelular e redução do estresse parietal. Enquanto, por um lado, esses mecanismos adaptativos tendem a manter e preservar a função sistólica global do coração, pelo menos durante uma fase da história natural da doença, ao mesmo tempo é possível documentar uma redução na contratilidade de fibras miocárdicas isoladas, denotando alterações na expressão gênica de proteínas contráteis, resultando na insuficiência cardíaca (CARLOS; RESUMO; MACIEL, [s.d.]; PAGANELLI GRECA DE MACEDO et al., 2022). Referência Bibliográfica CARLOS, B.; RESUMO, M.; MACIEL, B. C. A hipertrofia cardíaca na hipertensão arterial sistêmica: mecanismo compensatório e desencadeante de insuficiência cardíaca Aspectos epidemiológicosRev Bras Hipertens. [s.l: s.n.]. PAGANELLI GRECA DE MACEDO, L. et al. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA: CORRELAÇÃO ENTRE PARÂMETROS ELETRO- E ECOCARDIOGRÁFICOS. Revista Brasileira de Hipertensão, v. 29, n. 1, p. 6–9, 1 mar. 2022. 8ª QUESTÃO 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 11 de 18 Enunciado: Uma mulher de 45 anos, que recentemente realizou uma viagem longa de avião, apresentou inchaço e dor em sua perna esquerda. O exame físico revelou edema e dor à palpação na panturrilha esquerda. Um ultrassom com doppler confirmou a presença de trombose venosa profunda (TVP) na perna esquerda. Dez dias após o início do tratamento para TVP, ela procurou atendimento apresentando dispneia súbita, dor torácica e taquicardia. Considerando o caso, responda. a) Além do inchaço e da dor na perna, cite outras duas manifestações clínicas que podem estar associadas a uma TVP. b) Relacione a viagem longa com a ocorrência da TVP. c) Indique o diagnóstico mais provável relacionado aos sintomas apresentados após dez dias de tratamento e identifique um exame de imagem para confirmar esse diagnóstico. Alternativas: -- Resposta comentada: Chaves de respostas: a) Além do inchaço e da dor na perna, podem ocorrer sensação de peso, aumento da temperatura e vermelhidão local e veias visíveis ou dilatadas. b) Durante viagens prolongadas, a imobilização e a redução da circulação podem aumentar o risco de formação de coágulos nas veias das pernas pela estase sanguínea. c) O diagnóstico mais provável é o tromboembolismo pulmonar (ou embolia pulmonar) e o exame de imagem mais indicado para confirmar é a tomografia computadorizada (TC) de tórax com contraste. Complemento para auxiliar na correção: a radiografia de tórax normal é comum em TEP. A TC de tórax com contraste é considerada então o exame de imagem diagnóstico primário para o TEP. A cintilografia pulmonar ventilação/perfusão é usada sobretudo nos indivíduos que não conseguem tolerar o contraste intravenoso. Com o advento dos exames de TC de tórax contrastados para realizar o diagnóstico do TEP, os exames de angiografia pulmonar (citados entre as indicações de exames) passaram a ser realizados raramente. Referências Goldman, Lee, e Andrew I. Schafer. Goldman-Cecil Medicina. Disponível em: Minha Biblioteca, (26th edição). Grupo GEN, 2022. Jameson, J., L. et al. Manual de medicina de Harrison. Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2021. Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 12 de 18 (alternativa C) Hiperatividade do sistema nervoso parassimpático. (alternativa D) Inibição da liberação de aldosterona pelas glândulas adrenais. (alternativa A) Redução da atividade da enzima conversora de angiotensina. 9ª QUESTÃO Enunciado: Homem de 26 anos procura assistência médica apresentando discreta cefaleia, além de relato de 3 medidas prévias de pressão alta (até 150 x 100 mmHg). Está sendo acompanhado pela equipe da estratégia saúde da família devido a problemas cardíacos. É tabagista, faz uso de bebida alcoólica (uma garrafa de vinho diariamente), caminha 30 minutos duas vezes por semana. Nega uso de medicamentos. Ao exame físico a PA foi de 160x 90 mmHg. Diante dos relatos do paciente e exame físico atual, o médico opta por iniciar tratamento e fazer orientações mais específicas. Qual a alteração fisiopatológica abaixo está relacionada ao diagnóstico apresentado pelo paciente? Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) Aumento da secreção de renina pelas células justaglomerulares renais. (alternativa C) Hiperatividade do sistema nervoso parassimpático. (alternativa D) Inibição da liberação de aldosterona pelas glândulas adr Resposta comentada: Os mecanismos fisiopatológicos que envolvem o controle da pressão arterial e a ocorrência da HAS estão relacionados com hiperatividade do sistema nervoso simpático, que é responsável pela liberação de epinefrina e norepinefrina e ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona. A ativação desse sistema acarreta, primariamente, aumento da secreção de renina, enzima presente nas células justaglomerulares renais, que será responsável pela catalisação do angiotensinogênio em angiotensina I. A angiotensina I é catalisada principalmente nos tecidos pulmonares pela enzima conversora de angiotensina, portanto, sua atividade está aumentada. A angiotensina I provoca retenção de sódio e água pelos rins, por meio do aumento da liberação de aldosterona pelas glândulas adrenais. Referência: Hall, John, E. e Michael E. Hall. Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica. Disponível em: Minha Biblioteca, (14ª edição). Grupo GEN, 2021 10ª QUESTÃO Enunciado: Homem de 47 anos procurou atendimento no hospital público da cidade por sentir dificuldade respiratória. Ao médico, relata que há seis semanas notou o desenvolvimento de uma tosse seca e persistente e, há uma semana, a tosse tornou-se produtiva e desenvolveu dor torácica. O paciente avisa o médico que é positivo para HIV. As amostras de escarro foram enviadas para cultura bacteriana e a coloração de álcool-ácido resistência modificada foi positiva. Analisando o caso acima, o paciente ao entrar no hospital apresenta imunidade 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 13 de 18 (alternativa A) celular mediada pelas células TH2, que estimulam os plasmócitos a produzirem imunoglobulinas ativadoras de sistema complemento, principal forma de eliminarem as micobactérias. (alternativa C) inata mediada por macrófagos infectados que secretam IL-12 e TNF-α aumentando a inflamação localizada com o recrutamento principalmente de células TCD8+ e células NK induzindo a morte de células infectadas. (alternativa D) inata com partículas infecciosas penetrando nos alvéolos, onde são fagocitadas pelos macrófagos, que quando infectados são ativados, levando ao aumento da fusão fagossomo- lisossomo e morte intracelular. Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) celular comprometida, por isso os granulomas não são formados corretamente, formando granulomas frouxos, que permite a bactéria “escape” e se alastre para o resto do corpo. (alternativa C) inata mediada por macrófagos infectados que secretam IL-12 e TNF-α aumentando a inflamação localizada com o recrutamento principalmente de células TCD8+ e células NK induzindo a morte de células infectadas. (alternativa D) inata com partículas infecciosas penetrando nos alvéolos, onde são fagocitadas pelos macrófagos, que quando infectados são ativados, levando ao aumento da fusão fagossomolisossomo e morte intracelular. Resposta comentada: Quando exposto ao M. tuberculosis, a imunidade celular do paciente é ativada e a replicação micobacteriana cessa na maioria dos pacientes dentro de 3 a 6 semanas após a exposição ao organismo. A sequência de eventos na evolução da tuberculose pulmonar primária inicia-se com a inalação de cepas virulentas de Mycobacterium e culmina com o desenvolvimento de imunidade e hipersensibilidade tardia ao organismo. Esses eventos ocorrem nas primeiras 3 semanas após a exposição. O desenvolvimento de resistência ao organismo é acompanhado pela conversão para um resultado positivo no teste cutâneo de tuberculina. Os antígenos micobacterianos processados alcançam os linfonodos de drenagem e são apresentados às células T CD4 por células dendríticas e macrófagos. Sob influência da IL-12 secretada por macrófagos, são geradas células T CD4+ do subgrupo TH1, capazes de secretar IFN-γ, TNF e óxido nítrico. O achado histopatológico característico da reação do hospedeiro à tuberculose em indivíduos imunocompetentes é a presença de granulomas, geralmente com necrose caseosa. A tuberculose primária em indivíduos imunocompetentes é assintomática e gera somente lesões cicatrizadas, tipicamente em um foco subpleural ou em um linfonodo de drenagem. A tuberculose secundária (reativação) surge em indivíduos previamente expostos quando as suas defesas imunológicas encontram-se comprometidas, e geralmente se manifesta como lesões cavitárias nos ápices pulmonares. Tanto a tuberculose progressiva quanto a secundária podem resultar em disseminação sistêmica, causando formas fatais da doença, como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa. A soropositividade para o HIV é um importante fator de risco para desenvolvimento ou recrudescência de tuberculose ativa. A tuberculose secundária deve ser sempre uma consideração importante em pacientes HIV-positivos que apresentam doença pulmonar. A tuberculose é a principal causa de morte em pacientes infectados pelo HIV que têm uma contagem baixa de células T CD4. O subgrupo TH1 das células T CD4+ desempenha um papel fundamental na imunidade mediada por células contra a micobactéria. Referências: Murray, Patrick, R. et al. Microbiologia Médica . Disponível em: Minha Biblioteca, (9ª edição). Grupo GEN, 2022. Cap 22. Kumar, Vinay. Robbins Patologia Básica . Disponível em: Minha Biblioteca, (10ª edição). Grupo GEN, 2018. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 14 de 18 (alternativa A) Estenose valvar e Enterococos faecium. (alternativa B) Febre reumática e Streptococcus pyogenes. (alternativa D) Pericardite e Streptococcus viridans. 11ª QUESTÃO Enunciado: Paciente, 48 anos, com antecedentes de insuficiência renal dialítica, encontra-se no vigésimo dia de internação na unidade de terapia intensiva com quadro de febre a cerca de 7 dias. Na inspeção do cateter venoso central foi observado hiperemia local, no qual teve indicação de retirada de dispositivo intravenoso por achado de infecção do cateter. Na pesquisa com ecocardiograma transesofágico revelou vegetação em válvula mitral. Considerando o caso hipotético e os fatores de riscos descritos, a hipótese diagnóstica e o agente etiológico provavelmente são Alternativas: (alternativa C) (CORRETA) Endocardite infecciosa e Staphylococcus aureus. (alternativa D) Pericardite e Streptococcus viri Resposta comentada: A endocardite infecciosa é uma infecção da superfície endotelial cardíaca, envolvendo principalmente as valvas cardíacas. Ocorre principalmente em pacientes com próteses valvares, dispositivos intracardíacos, intravenosos, cardiopatias congênitas cianogênicas e pacientes com antecedentes de endocardite infecciosa. Os fatores de risco para seu aparecimento incluem doença reumática crônica, lesões degenerativas valvulares, hemodiálise e presença de comorbidades como diabetes, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, e também com usuários de drogas intravenosas. Recentemente, os casos de endocardite associados aos cuidados de saúde ou nosocomiais têm aumentado significativamente, com estatísticas recentes referindo que até 1/3 dos casos de endocardite. Os estreptococos e estafilococos são responsáveis por cerca de 80 % dos casos. Os principais agentes envolvidos na fisiologia da endocardite infecciosa são: S. aureus, Streptococcus viridans, Enterococcus spp e bactérias do grupo HACECK (Haemophylus spp,Actinobacillus actinomycetemcomitans, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens e Kingella kingae Chlamydia, Bartonella, Tropheryma whippelii e fungos, incluindo Candida spp, Histoplasma capsulatum e Torulopsis glabrata) GALVÃO, José Lucas Ferreira Marques. ENDOCARDITE INFECCIOSA: UMA REVISÃO DO MICRORGANISMO AO TRATAMENTO. João Pessoa/PB. 2016. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/3706/1/JLFMG02122016.pdf BRENTEGANI, A. et al. Cardiologia diagnóstica prática: manual da residência do hospital Sírio- Libanês. 1. ed. - Barueri [SP]: Manole, 2018. Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 15 de 18 (alternativa B) o paciente não apresenta sintomas típicos da doença de Chagas. Recomenda-se o tratamento com benznidazol apenas se os sintomas piorarem. (alternativa C) os resultados sorológicos indicam exposição anterior ao Trypanosoma cruzi, mas sem evidência de infecção ativa. Tratamento não é necessário. (alternativa D) a presença do sinal de Romaña indica infecção crônica por Trypanosoma cruzi. Recomenda-se o tratamento com anfotericina B. 12ª QUESTÃO Enunciado: Paciente, 35 anos, sexo masculino, natural de uma região rural da Amazônia, se direcionou à UBS mais próxima de sua casa relatando queixas de fadiga, febre baixa recorrente, dores musculares e inchaço em uma das pálpebras. Durante o exame físico, observa-se um inchaço indolor da pálpebra esquerda, conhecido como sinal de Romaña. O paciente também menciona que notou um "inseto grande" picando-o algumas vezes enquanto dormia, mas não deu importância na época. O médico decide solicitar exames sorológicos para confirmar a suspeita diagnóstica. Os resultados dos exames mostram a presença de anticorpos IgG específicos para Trypanosoma cruzi. A partir do caso acima, pode-se afirmar que Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) a presença do sinal de Romaña indica infecção aguda por Trypanosoma cruzi. Recomenda-se o tratamento com benznidazol ou nifurtimox. (alternativa B) o paciente não apresenta sintomas típicos da doença de Chagas. Recomenda-se o tratamento com benznidazol apenas se os sintomas piorarem. (alternativa C) os resultados sorológicos indicam exposição anterior ao Trypanosoma cruzi, mas sem evidência de infecção ativa. Tratamento não é necessário. (alternativa D) a presença do sinal de Romaña indica infecção crônica por Trypanosoma cruzi. Recomenda-se o Resposta comentada: O sinal de Romaña, o achado clássico na doença de Chagas aguda, consiste em edema indolor das pálpebras e dos tecidos perioculares e pode aparecer quando a conjuntiva for a porta de entrada dos parasitas. Esses sinais locais iniciais podem ser seguidos de febre, mal-estar, anorexia e edema da face e dos membros inferiores. O tratamento da Doença de Chagas deve ser imediato, utilizando os medicamentos benznidazol ou nifurtimox. GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9788595159297. 13ª QUESTÃO Enunciado: Paciente feminina, 62 anos, recebe visita domiciliar de rotina da enfermeira da UBS de seu território e mostra sua ferida em MI direito, que está quase toda cicatrizada, porém ainda apresenta edema, presença de pigmentação marrom na pele e uma pequena região da ferida ainda aberta. A partir deste caso assinale a alternativa que apresente a correlação de suas manifestações clínicas com o diagnóstico da paciente. 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 16 de 18 (alternativa A) A presença de edema corresponde a um quadro com envolvimento arterial, caracterizado pela Oclusão Arterial Aguda. (alternativa C) A paciente apresenta Doença Arterial Obstrutiva Periférica, havendo diminuição ou bloqueio do fluxo sanguíneo para as pernas. (alternativa D) A ferida na pele que está parcialmente cicatrizada, caracteriza o quadro de Trombose Venosa Profunda. Alternativas: (alternativa B) (CORRETA) A pigmentação marrom na pele caracteriza a dermatite ocre, presente na Insuficiência Venosa Crônica. (alternativa C) A paciente apresenta Doença Arterial Obstrutiva Periférica, havendo diminuição ou bloqueio do fluxo sanguíneo para as pernas. (alternativa D) A ferida na pele que está parcialmente cicatrizada, caracteriza o quadro de Trombose Venosa Resposta comentada: Trata-se de uma quadro de Insuficiência Venosa Crônica (IVC). As manifestações clínicas estão associadas ao comprometimento do fluxo sanguíneo. Contrariamente à isquemia causada pela insuficiência arterial, a insuficiência venosa leva à congestão tecidual, ao edema e, finalmente, ao comprometimento da nutrição dos tecidos. O edema é exacerbado pela permanência prolongada em pé. Pode ocorrer necrose dos depósitos de gordura subcutânea, seguida de atrofia cutânea, sendo ainda comum a presença de uma pigmentação marrom na pele, causada pelos depósitos de hemossiderina que resultam da degradação de hemácias. Os sinais e sintomas de oclusão arterial aguda dependem da artéria envolvida e da adequação da circulação colateral. Os êmbolos tendem a se alojar nas bifurcações das artérias de grande calibre, incluindo a aorta e as artérias ilíacas, femorais e poplíteas.4 A apresentação da embolia arterial aguda costuma ser descrita como os sete “P”: Tiro de pistola (início agudo), Palidez, Caráter polar (frio), Ausência de pulso, Dor (do termo pain, em inglês), Parestesia, Paralisia. Muitas pessoas com trombose venosa são assintomáticas, e até 50% das pessoas com TVP não manifestam sintomas. Provavelmente, a ausência de sinais e sintomas é devida à obstrução apenas parcial da veia ou à presença de circulação colateral. Quando presentes, os sinais e sintomas mais comuns da trombose venosa são aqueles relacionados ao processo inflamatório, incluindo dor, edema e sensibilidade em músculos profundos. Febre, mal-estar geral e elevação tanto da contagem de leucócitos como da velocidade de hemossedimentação também são indicativos de inflamação. Pode haver sensibilidade e dor ao longo da veia. O edema pode variar do mínimo ao muito acentuado. A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma doença que causa o estreitamento ou bloqueio das artérias, o que dificulta o fluxo sanguíneo para as pernas. É uma doença causada pela aterosclerose, que é o acúmulo de placas de gordura nas artérias. Referência Bibliográfica Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021. 14ª QUESTÃO 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 17 de 18 Enunciado: Durante uma aula prática de farmacologia, foi analisado um caso clínico em que um paciente faz uso regular de hidroclorotiazida e atenolol. Há quatro meses, foi reavaliado e, ao exame físico, apresentava um peso de 106 kg, pressão arterial de 170/112 mmHg, com frequência cardíaca de 72 batimentos por minuto. Analise as informações e responda: a) Qual o mecanismo de ação da hidroclorotiazida e qual a sua relação com a patologia apresentada. b) Existem outras duas classes bastante comuns de medicamentos utilizadas em caso como esses. Quais são essas classes? Escolha uma delas e discorra sobre seu mecanismo de ação. Alternativas: -- Resposta comentada: a) A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico, que inibe o transporte de NaCl no túbulo contorcido distal (TCD), esse transporte é impulsionado por uma bomba de Na+ na membrana basolateral (BL). A energia livre no gradiente eletroquímico do Na+ é aproveitada por um simportador de Na+-Cl– na membrana luminal (ML) que desloca, contra o seu gradiente eletroquímico, o Cl– para a célula epitelial. O Cl–, então, sai de forma passiva pela BL por umcanal de Cl-. Dessa forma, os inibidores do simporte Na+-Cl– aumentam a excreção de Na+ e Cl– e aumenta a perda de volume na urina, gerando uma diminuição no debito cardíaco e na pressão arterial. b) São os inibidores da enzima conversora de angiotensina (iECA) e os bloqueadores de receptor de angiotensina (BRA). 1) Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (iECA): Esses medicamentos bloqueiam a enzima conversora de angiotensina, que converte a angiotensina I em angiotensina I . Com a inibição dessa conversão, há uma redução nos níveis de angiotensina I , o que resulta em vasodilatação e diminuição da pressão arterial. OU 2) Bloqueadores de Receptor de Angiotensina (BRA): Esses medicamentos bloqueiam os receptores de angiotensina I nas células musculares das artérias, impedindo a ligação da angiotensina I e reduzindo seus efeitos vasoconstritores. Isso resulta em vasodilatação e diminuição da pressão arterial. Referência: Bruton, L., L. e R. Hilal-Dandan. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman . Disponível em: Minha Biblioteca, (13ª edição). Grupo A, 2018. 15ª QUESTÃO Enunciado: Homem, 55 anos, trabalhador rural, refere tosse há três semanas, acompanhada de febre baixa. Realizou pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente que foi positiva ++. Com relação ao tratamento da doença referida acima pode-se afirmar que: 000094.110018.d97ca7.46f1e8.f0f9ce.bc2ef0.2ed28a.90b1d Pgina 18 de 18 (alternativa A) os fármacos só atuam quando não há atividade metabólica, ou seja, somente os bacilos em estado de latência são atingidos pelos medicamentos. No Brasil, o esquema básico para tratamento da tuberculose em adultos e adolescentes é composto por quatro fármacos na fase intensiva e dois na fase de manutenção (alternativa B) o esquema de tratamento da tuberculose é padronizado, deve ser realizado de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e compreende uma fase: a intensiva (ou de ataque) que tem como objetivo a diminuição da carga bacteriana. (alternativa C) a fase intensiva tem o objetivo de eliminar os bacilos latentes ou persistentes e a redução da possibilidade de recidiva da doença. Nessa fase, são associados três medicamentos com maior poder bactericida e esterilizante, ou seja, com boa atuação em todas as populações bacilares. Alternativas: (alternativa D) (CORRETA) a fase intensiva tem o objetivo de reduzir rapidamente a população bacilar e a eliminação dos bacilos com resistência natural a algum medicamento. Uma consequência da redução rápida da população bacilar é a diminuição da contagiosidade. Para tal, são associados medicamentos com alto poder bactericida. Resposta comentada: O esquema de tratamento da tuberculose é padronizado, deve ser realizado de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e compreende duas fases: a intensiva (ou de ataque), e a de manutenção. A fase intensiva tem o objetivo de reduzir rapidamente a população bacilar e a eliminação dos bacilos com resistência natural a algum medicamento. Uma consequência da redução rápida da população bacilar é a diminuição da contagiosidade. Para tal, são associados medicamentos com alto poder bactericida. A fase de manutenção tem o objetivo de eliminar os bacilos latentes ou persistentes e a redução da possibilidade de recidiva da doença. Nessa fase, são associados dois medicamentos com maior poder bactericida e esterilizante, ou seja, com boa atuação em todas as populações bacilares. No Brasil, o esquema básico para tratamento da TB em adultos e adolescentes é composto por quatro fármacos na fase intensiva e dois na fase de manutenção. A apresentação farmacológica dos medicamentos, atualmente em uso, para o esquema básico é de comprimidos em doses fixas combinadas com a apresentação tipo 4 em 1 (RHZE) ou 2 em 1 (RH). Referência Bibliográfica Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Brasil. Ministério da saúde. secretaria de Vigilância em saúde. departamento de Vigilância das doenças transmissíveis. Manual de Recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da saúde, secretaria de Vigilância em saúde, departamento de Vigilância das doenças transmissíveis. – Brasília: Ministério da saúde, 2019.
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