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PROVA SOI 3 N1

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Sistemas Orgânicos Integrados III
Professor (es):
Período: 202202 Turma: Data:
N1_Especifica_SOI 3_2022.2_PROVA 1
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 05238 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Enunciado:
Menina, 7 anos, residente da zona rural, foi conduzida à Urgência e
Emergência de um hospital em uma cidade vizinha devido a um
quadro agudo de insuficiência respiratória. Seus pais relataram que a
criança vinha apresentando há cerca de duas semanas episódios
frequentes de tosse seca, dor na região torácica e febre. Após
sucessivas tentativas de tratamentos caseiros, a criança demonstrou
grande dificuldade em respirar, o que fez seus pais a levarem ao
hospital. Durante o atendimento, a equipe multiprofissional de saúde
identificou lesões cutâneas na mão direita da criança, associadas a
intenso prurido, além de observarem a presença de eritemas e rash
papuloso.
Nesse contexto, é correto afirmar que o quadro clínico respiratório da
criança é indicativo de um processo infeccioso causado por
Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) 
larvas filarioides de verme nematelminto que migraram da pele para
os pulmões.
(alternativa B)
larvas rabditoides de verme nematelminto que migraram da pele para
os pulmões.
(alternativa C)
larvas filarioides de verme platelminto que migraram da pele para os
pulmões.
(alternativa D)
larvas rabditoides de verme platelminto que migraram da pele para os
pulmões.
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Resposta comentada:
O quadro clínico da criança, associado ao local onde ela vive, indica
fortemente a ocorrência de ancilostomíase, uma parasitose causada
por vermes nematelmintos do tipo ancilostomídeos. Esses parasitas
penetram na pele desprotegida em contato com solo contaminado na
forma de larvas filarioides, de onde podem migrar, através da
circulação linfática, para os pulmões, causando, de acordo com a
carga parasitária e a resposta imune do hospedeiro, obstrução das
vias aéreas.
REFERÊNCIAS:
REY, L. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2020. pp. 255-257.
SIQUEIRA-BATISTA, R. Parasitologia: fundamentos e prática clínica. 1.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. p. 310.
2ª QUESTÃO
Enunciado:
Carlos, 50 anos, sentiu aperto no peito enquanto fazia uma corrida.
Ficou preocupado, e procurou um pronto atendimento, pois já tinha
sentido essa dor durante atividade física. Ao chegar ao pronto
atendimento, a dor já havia passado. Mesmo assim, o médico que o
atendeu orientou-o a aguardar para realizar exames. O
eletrocardiograma realizado não mostrou alterações. O paciente ficou
em observação e depois foi encaminhado para acompanhamento
ambulatorial.
Diante da situação relatada, pode-se concluir que Carlos teve
Alternativas: (alternativa A)
angina instável, pois a dor ocorreu no exercício e foi aliviada ao
repouso, e o eletrocardiograma não mostrou alteração.
(alternativa B) (CORRETA) 
angina estável, pois sentiu a dor durante um momento de esforço e
alívio no repouso, sem alteração no eletrocardiograma.
(alternativa C)
infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST no
eletrocardiograma, o que sinaliza necrose no miocárdio.
(alternativa D)
isquemia cardíaca, detectável clinicamente pela ocorrência de dois
episódios de dor no peito durante o esforço físico.
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Resposta comentada:
A angina estável caracteriza-se por episódios isquêmicos que
costumam ser precipitados por um aumento na demanda de oxigênio
durante exercício físico e aliviados com repouso (ou a administração
de nitroglicerina); nesse caso, não há evidência de necrose
miocárdica. A cardiopatia isquêmica instável é classificada clinicamente
pela presença ou ausência de lesão miocárdica detectável e pela
presença ou ausência de elevação do segmento ST no
eletrocardiograma (ECG) do paciente. A angina instável é
caracterizada por sintomas isquêmicos em repouso, com atividade
mínima ou em um padrão “em crescendo”, não havendo lesão
miocárdica detectável. Quando ocorrem esses sintomas e há
evidência de necrose miocárdica, tem-se infarto agudo do miocárdio
(IAM) sem elevação do ST. Quando se detecta evidência de necrose
do miocárdio em eletrocardiograma, identifica-se infarto agudo do
miocárdio com elevação do ST. A dor torácica associada ao IAM
costuma ser mais grave, é prolongada (em geral, dura ≥ 30 minutos)
e não é aliviada com o repouso.
REFERÊNCIAS:
Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes.
Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019.
FILHO, Geraldo B. Bogliolo – Patologia. Grupo GEN, 2021.
3ª QUESTÃO
Enunciado:
Jovem de 24 anos, usuário de heroína injetável, apresenta febre há
duas semanas e dor torácica pleurítica. Relata diminuição de apetite,
sudorese noturna e calafrios de forma intermitente. Na ausculta
apresenta sopro holossistólico intenso, no bordo inferior do esterno à
esquerda. O paciente em questão apresenta algumas manifestações
clínicas associadas à endocardite infecciosa.
Sobre o diagnóstico dessa doença, avalie as assertivas a seguir.
I. A hemocultura pode determinar se há microrganismos infecciosos
presentes no paciente, sendo o Streptococcus viridans o agente
etiológico mais associado a usuários de drogas intravenosas.
II. O sopro é sinal clínico sugestivo da endocardite, estando presente
na maior parte dos pacientes com lesões cardíacas no lado esquerdo.
III. A febre é o sinal mais constante da endocardite infecciosa, e o
diagnóstico do jovem sugere um quadro subagudo, que geralmente é
acompanhado de calafrios, fraqueza e cansaço.
IV. Alterações ecocardiográficas típicas, tais como vegetação ou
abscesso, constituem importantes critérios diagnóstico da
endocardite.
É correto apenas o que se afirma em
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Alternativas: (alternativa A)
I e IV.
(alternativa B)
I, II e III.
(alternativa C) (CORRETA) 
II e IV.
(alternativa D)
II, III e IV.
Resposta comentada:
Na endocardite infecciosa, o S. aureus, mais virulento (e comum na
pele), pode afetar valvas deformadas e também valvas saudáveis e é
responsável por 10% a 20% de todos os casos; ele também é o
principal vilão das infecções que acometem os indivíduos que usam
drogas intravenosas. Os sopros estão presentes em 90% dos
pacientes com lesões no lado esquerdo do coração. Na doença
subaguda, a febre pode estar ausente, e as únicas manifestações
podem ser fadiga inespecífica, perda de peso e uma síndrome
semelhante à gripe; a esplenomegalia também é comum nos casos
subagudos. Por outro lado, a endocardite aguda com frequência tem
início repentino com febre de desenvolvimento rápido, calafrios,
fraqueza e cansaço.
REFERÊNCIAS: 
Kumar, Vinay. Robbins Patologia Básica. Disponível em: Minha
Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2018.
Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
(10th edição). Grupo GEN, 2021.
Ponto de Vista. Arq. Bras. Cardiol. 112 (2). Fev 2019.
4ª QUESTÃO
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Enunciado:
Um paciente com suspeita de cardiopatia chagásica crônica procurou ajuda na
sua unidade de saúde. Foi confirmado o diagnóstico para doença de Chagas por
meio de um kit comercial. A técnica realizada está esquematizada a seguir.
Considerando a técnica apresentada e o tratamento farmacológico para doença
de Chagas, marque a alternativa correta.
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Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) 
A técnica corresponde ao teste de hemaglutinação indireta, e os fármacos como
o benznidazol e o nifurtimox são eficazes para tratar a fase aguda da doença,
porém são pouco eficazes na fase crônica. 
(alternativa B)
A técnica corresponde ao ensaio imunoenzimatico (ELISA), e os fármacos como o
benznidazol e o nifurtimox são eficazes para tratar a fase aguda da doença,
porém são poucoeficazes na fase crônica. 
(alternativa C)
A técnica corresponde ao ensaio de imunoinfluorescência indireta (IFI), e os
fármacos como o benznidazol e o nifurtimox são igualmente eficazes para tratar
tanto a fase aguda quanto a fase crônica da doença.
(alternativa D)
A técnica corresponde ao teste de hemaglutinação direta e os fármacos como o
benznidazol e o nifurtimox são eficazes para tratar a fase crônica da doença,
porém são pouco eficazes na fase aguda. 
Resposta comentada:
A hemaglutinação indireta ou passiva emprega a adsorção de anticorpos ou
antígenos solúveis proteicos ou polissacarídeos na superfície de hemácias
formolizadas de aves ou carneiros. Já no teste de hemaglutinação direta
antígeno faz parte naturalmente da célula, o que seria inviável para o diagnóstico,
tendo em vista os antígenos do Trypanossoma cruzi não fazerem parte da
estrutura dos eritrócitos. É possível identificar que o paciente está no estágio
crônico da doença por já apresentar Cardiopatia Chagásica Crônica. Dessa forma,
não importa o fármaco a ser utilizado na terapia, eles irão apresentar pouca
eficácia para o tratamento da doença.
 
REFERÊNCIAS:
ABBAS, Abul K., LICHTMAN, Andrew H. Imunologia Celular e Molecular
Elsevier, 2015
BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg
26. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. 1 recurso online. (Lange). ISBN
9788580553352. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580553352>.
KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre:
McGraw Hill, 2014.
REY, Luís. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2009. 1 recurso online. ISBN 978-85-277-2026-7. Disponível em:
<http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2026-7>.
5ª QUESTÃO
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Enunciado:
A figura a seguir descreve a fisiopatologia da febre reumática (FR), uma doença
autoimune.
 
Figura: fisiopatologia da febre reumática (adaptada), Tandon et al.
Sobre esta fisiopatologia da doença, é correto afirmar que
Alternativas: (alternativa A)
a infecção estreptocócica ativa inicialmente o sistema imune adaptativo que
recruta células imunes para o local da agressão e apresentando os antígenos as
células T.
(alternativa B)
as células B respondem produzindo anticorpos do tipo IgA e IgM ativando as células
T, o que diminuirá a produção de citocinas.
(alternativa C)
o sistema imune inato desempenha um papel importante na manutenção e na
expansão da inflamação que leva ao dano tecidual.
(alternativa D) (CORRETA) 
o reconhecimento de antígenos humanos como antígenos estreptocócicos
(mecanismos de mimetismo antigênico e reação cruzada) explica a resposta
imune na FR.
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Resposta comentada:
A infecção estreptocócica ativa inicialmente o sistema imune inato, responsável
pela defesa imediata contra a infecção, recrutando células imunes para o local da
agressão e promovendo a apresentação dos antígenos estreptocócicos para as
células T. As células B respondem produzindo anticorpos do tipo IgG e IgM e
ativam as células T que incrementarão a produção de citocinas e influenciarão
decisivamente o tipo de resposta clínica nos pacientes com FR. O número
aumentado de linfócitos T CD4+ no sangue periférico de pacientes com cardite
está ligado ao aumento de interleucina 1 (IL1), TNF-alfa e IL2 no soro. No tecido
cardíaco de pacientes com cardiopatia reumática grave, predominam células
mononucleares secretoras de TNF-alfa e interferon gama (IFN-gama, padrão
Th1), enquanto raras células mononucleares infiltrantes das valvas produzem IL4.
Portanto, a baixa produção de IL4 está associada à progressão das lesões
valvares na CRC, enquanto, no miocárdio, onde há grande número de células
produtoras de IL4, a miocardite é curada após algumas semanas.
O sistema imune adaptativo desempenha um papel importante na manutenção e
na expansão da inflamação que leva ao dano tecidual. A resposta imune nos
pacientes com FR é mais grave e duradoura. Essa reação exacerbada,
reconhecendo antígenos humanos como antígenos estreptocócicos (mecanismos
de mimetismo antigênico e reação cruzada), representa a essência da resposta
imune na FR e é responsável pelas manifestações clínicas.
REFERÊNCIAS:
Carvalho, Marco Antonio, P. et al. Reumatologia - Diagnósttico e Tratamento, 5ª
edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2019.
Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Disponível em:
Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
V.A.P, 60 anos, masculino, pardo, viúvo, agricultor e natural de Verê-
PR, deu entrada no Pronto- Socorro dispneico e com edema em
membros inferiores. Relata hipertensão há mais de 20 anos e
dificuldade para dormir há um mês, com melhora quando senta na
cama. O quadro clínico do paciente leva à suspeita diagnóstica de
insuficiência cardíaca por cardiopatia hipertensiva.
Considerando o caso clínico acima, avalie as assertivas a seguir.
I. O ecocardiograma poderá auxiliar no diagnóstico do paciente. A
despeito da suspeita diagnóstica, espera-se uma evidenciada redução
da espessura da parede miocárdica, e fração de ejeção preservada
pelo remodelamento adaptativo cardíaco em resposta à hipertensão.
II. A elevação da pressão arterial propicia risco aumentado para
eventos como acidente vascular encefálico, infarto agudo do
miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, cardiopatias valvares,
doença arterial periférica, doença renal crônica e retinopatia.
III. A insuficiência cardíaca decorrente da hipertensão é resultado da
atuação de um amplo conjunto de mecanismos adaptativos, como
redução do estímulo adrenérgico cardíaco, bem como em ativação do
sistema renina-angiotensina-aldosterona, resultando em expansão de
volume e aumento da sobrecarga imposta ao coração.
Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas: (alternativa A)
III.
(alternativa B)
I e II.
(alternativa C) (CORRETA) 
II.
(alternativa D)
II e III.
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Resposta comentada:
I. Dada a suspeita diagnóstica de insuficiência cardíaca com a
hipertensão como etiologia, espera-se a verificação de hipertrofia das
paredes cardíacas por meio do ecocardiograma. A hipertrofia também
pode ser diagnosticada pelo eletrocardiograma. Quanto à fração de
ejeção do paciente, ela pode estar reduzida ou preservada, conforme
a classificação da insuficiência cardíaca.
II. A hipertensão arterial sistêmica aumenta o risco de todos os
desfechos listados: acidente vascular encefálico, infarto agudo do
miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial, cardiopatias valvares,
doença arterial periférica, doença renal crônica e retinopatia. As
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020 ainda pontuam a
demência e doença de Alzheimer.
III. O estímulo adrenérgico aumentado constitui mecanismo
fisiopatológico importante na contribuição do desenvolvimento de
insuficiência cardíaca decorrente da hipertensão.
REFERÊNCIA: 
Barroso et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2020). 
Filho, Geraldo B. Bogliolo. Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
(10th edição). Grupo GEN, 2021.
CARDOSO FN, DOMINGUES TAM, SILVA SS, LOPES JL. Fatores de risco
cardiovascular modificáveis em pacientes com hipertensão arterial
sistêmica. REME – Rev Min Enferm. 2020; 24:e-1275. Disponível em: 
DOI: 10.5935/1415-2762.20200004.
7ª QUESTÃO
Enunciado:
Em uma Unidade Básica de Saúde, paciente sexo masculino, 70 anos,
é atendido devido a quadro de tosse com expectoração crônica e
dispneia, que vem se intensificando no último ano. Refere ainda ser
tabagista há mais de 40 anos e trabalhou em carvoaria por 30 anos.
O médico então suspeitou do diagnóstico de DPOC e solicitou exames.
Considerando esse relato, são exames e achados relevantes para o
diagnóstico,respectivamente
 
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Alternativas: (alternativa A)
radiografia de tórax, com hipotransparência pulmonar, apagamento
das estruturas vasculares e área cardíaca aumentada.
(alternativa B) (CORRETA) 
espirometria feita na fase estável, na qual a relação VEF1/CVF pós-
broncodilatação menor que 70% é compatível com o diagnóstico.
(alternativa C)
dosagem de alfa-1-anti-tripsina, como forma de diagnóstico, já que
seu aumento é o principal fator de risco para DPOC.
(alternativa D)
gasometria arterial, na qual o resultado de uma hipoxemia associada
a uma hipocapnia sugerem o diagnóstico.
Resposta comentada:
Na suspeita de DPOC, deve-se solicitar espirometria, a qual é
fundamental para o diagnóstico. Exames laboratoriais não são
necessários para o diagnóstico inicial da doença, porém podem ser
usados para diagnósticos diferenciais ou identificação de fatores que
podem exacerbar a DPOC. Embora não esteja indicada de rotina, a
radiografia de tórax se apresenta, habitualmente, com
hipertransparência pulmonar, com apagamento das estruturas
vasculares e área cardíaca estreita. Na espirometria deve-se
encontrar a relação VEF1/CVF pós-broncodilatação menor que 70%; a
dosagem de alfa-1-anti-tripsina deve ser solicitada principalmente nos
pacientes com DPOC precoce (menores de 45 anos) ou na ausência
de fatores de risco e a alteração seria concentração sérica abaixo de
20-15% do valor normal. A gasometria é indicada em pacientes com
VEF1 menor que 50% ou saturação de O2 menor que 92% e os
achados são acidose, hipoxemia e hipercapnia.
REFERÊNCIAS:
GOLD. Global strategy for the diagnosis, management and prevention
of Chronic Obstructive Pulmonary Disease - 2022 Report. [Internet].
Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. WI, Fontana-On-
Geneva Lake: Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease Inc.
(Acesso em 09 de agosto, 2022).
Gusso G, Lopes JMC. Tratado de medicina de família e comunidade. 1a
ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
MARTINS, Milton de Arruda et al. Clínica Médica: doenças
cardiovasculares, respiratórias, emergência e terapia intensiva.
Barueri, SP: Manole. Acesso em: 10 ago. 2022, 2016.
8ª QUESTÃO
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Enunciado:
Mulher de 70 anos, diabética, hipertensa controlada,
profissionalmente ativa (professora universitária), com quadro clínico
de insuficiência venosa crônica (IVC), apresentava úlcera varicosa ativa
no maléolo medial esquerdo, edema e dor. Foi atendida no hospital
universitário para avaliação e início do tratamento.
Considerando o caso clínico, marque a alternativa correta. 
Alternativas: (alternativa A)
A causa é multifatorial, incluindo a diminuição da pressão venosa
hidrostática, a insuficiência das válvulas nas veias, obstruções venosas
superficiais e diminuição da função das bombas musculares, além de
processos infecciosos e disfunção epitelial.
(alternativa B) (CORRETA) 
As manifestações clínicas estão associadas ao comprometimento do
fluxo sanguíneo e prejudicando a nutrição dos tecidos, sendo que na
insuficiência venosa há congestão tecidual e edema, contrariamente à
isquemia causada pela insuficiência arterial.
(alternativa C)
Na doença avançada, a isquemia tecidual causa dermatite por estase,
caracterizada por uma pele grossa, brilhante, marrom-azulada com
pigmentação regular e sem descamação, observando-se ainda úlceras
por estase ou dermatite atópica.
(alternativa D)
O membro inferior é particularmente propenso ao desenvolvimento de
dermatite por estase e úlceras venosas, sendo que as lesões se
localizam superficialmente e preferencialmente na parte superior do
membro.
Resposta comentada:
A causa é multifatorial, incluindo aumento da pressão venosa
hidrostática, insuficiência das válvulas nas veias, obstruções venosas
profundas, diminuição da função das bombas musculares
esqueléticas, processos inflamatórios e disfunção endotelial.
Na IVC avançada, a isquemia tecidual causa dermatite por estase,
caracterizada por uma pele fina, brilhante, marrom-azulada com
pigmentação irregular e descamação. Podemos observar ainda o
aparecimento de úlceras por estase ou dermatite ocre.
O membro inferior é particularmente propenso ao desenvolvimento de
dermatite por estase e úlceras venosas. As lesões localizam-se
medialmente, acima do tornozelo e na parte inferior do membro,
com mais frequência logo acima do maléolo medial.
REFERÊNCIA:
Norris, Tommie L. Porth. Fisiopatologia. Disponível em: Minha
Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021.
9ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente de 10 anos apresenta dor de garganta, febre, dor de cabeça,
amígdalas inchadas e com pus e petéquias no palato. O médico inicia
o tratamento com antibioticoterapia, porém as orientações não são
devidamente seguidas. Após 8 semanas do início da infecção de
garganta, paciente sente cansaço constante, falta de ar, febre,
edema, dores nas articulações dos joelhos e cotovelos e foram
encontrados alguns nódulos subcutâneos.
Em relação ao caso apresentado, marque a alternativa correta.
Alternativas: (alternativa A)
A infecção de garganta é desencadeada pelo Streptococcus beta-
hemolítico do grupo A e é a causa mais comum de doença cardíaca
adquirida em crianças, adultos e principalmente em idosos em todo o
mundo.
(alternativa B)
Os sintomas encontrados após 8 semanas são causados por uma
reação cruzada dos anticorpos contra o Streptococcus, que passam a
reconhecer células do hospedeiro como alvo, conhecida como
amplificação molecular.
(alternativa C) (CORRETA) 
A resposta imune envolvida no quadro acima é mediada por linfócitos
B e T, com a produção de citocinas que exacerbam a reação
autoimune, sendo responsáveis pela progressão e manutenção da
lesão valvar crônica.
(alternativa D)
Os sintomas iniciais são provocados pela infecção por Staphylococcus
pyogenes beta-hemolítico do grupo A, agente mais comum de
faringoamigdalite bacteriana, sendo a forma de infecção de garganta
que mais causa complicações.
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Resposta comentada:
É uma doença que predomina na idade pediátrica, entre 5 a 15 anos,
sendo a média de idade de 10 anos. Apenas em 20% dos casos
ocorre em adultos. É muito rara antes dos três anos e depois dos 23
anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2020), as doenças
cardíacas, como: insuficiência cardíaca, cardiopatia isquêmica,
valvulopatia, arritmia ainda são a principal causa de morte na
população idosa e não a febre reumática.
A fisiopatologia decorre de uma reação cruzada de anticorpos
produzidos contra produtos dos Streptococcus, porém passam a
reconhecer também as células do hospedeiro, que se tornam alvos,
processo chamado mimetização molecular e não de amplificação
celular.
O processo inflamatório cardíaco está associado a uma reação
cruzada entre a proteína M do Streptococcus pyogenes beta-
hemolítico do grupo A, e não do Staphylococcus pyogenes. O
Streptococcus pyogenes beta-hemolítico do grupo A é a forma
mais comum de faringoamigdalite bacteriana, e a forma de infecção
de garganta que mais causa complicações.
REFERÊNCIAS:
Norris, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Disponível em: Minha
Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021.
Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
(10th edição). Grupo GEN, 2021.
10ª QUESTÃO
Enunciado:
Paciente masculino 59 anos, vigilante, sedentário, 106 kg, 1,64 m,
tabagista (35 maços-ano), com hipertensão arterial sistêmica e
diabetes tipo 2. Relata episódio de dor retroesternal com início há 4
dias, em aperto, sem irradiação, desencadeado por caminhada de 50
metros, seguido de alívio ao repouso. Procurou pronto atendimento
por apresentar dor semelhante, porém que não melhorou com o
repouso, tendo duração de aproximadamente 25 minutos. Apresenta-
se sudoreico e com palidez cutânea evidente.
Ao exame físico FC = 90bpm; PA= 149/83mmHg; FR = 20ipm,
saturação 98% em ar ambiente e Tax DE 36,8°C. Realizado
eletrocardiograma, que evidenciou supradesnivelamento de
seguimento ST, e solicitada troponina ultrassensível. Entre as
condutas realizadas, foram administrados nitrato e AAS.
(0,5) a) Relacione o mecanismo de ação aos benefícios do nitrato
prescrito ao paciente.
(0,5) b) Justifique a solicitação da dosagem de troponina no caso
relatado.
Alternativas: --
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Resposta comentada:
a) O nitrato tem efeito rápido e atua promovendo vasodilatação
periférica e coronariana, aumentando a oferta de oxigênio,
promovendo a melhora na perfusão coronariana, reduzindo pré-carga
e pós-carga, e reduzindo, em pouco tempo, o quadro doloroso.
b) A troponina é um importante marcador bioquímico, utilizado na
suspeita de necrose miocárdica, podendo colaborar com a
confirmação diagnóstica da lesão do miocárdio, pois há marcadores
específicos, como Troponina I cardíaca (Tnlc), Troponina T cardíaca
(TnTc).
REFERÊNCIAS:
Lopes, AC et al. Tratado de Clínica Médica. 3a ed. São Paulo: Roca,
2016.
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2019;
113(4):787-891. 2019.
11ª QUESTÃO
Enunciado:
Uma mulher negra de 56 anos, obesa, dislipidêmica, etilista, vai ao
médico para um consulta de rotina queixando-se de constantes
episódios de cefaleia, fadiga e tontura. Ela não era examinada por um
médico há 5 anos. Ao exame físico apresentou PA: 165/90 mmHg, na
fundoscopia foram observadas arteríolas oculares estreitas.
Avalie as asserções a seguir e a relação entre elas.
I. Trata-se de uma paciente de alto risco cardiovascular e com
comorbidades, portanto deve-se preferir uma terapia combinada
utilizando, por exemplo, diuréticos tiazídicos associados a um
Bloqueador dos Receptores AT1 da Angiotensina II (BRA).
PORQUE 
II. Os diuréticos tiazídicos inibem o co-transportador Na+/Cl̄ /K+ no
túbulo distal, aumentando a excreção de Na+/Cl̄ /K+, reduzindo do
volume sanguíneo, e o BRA irá inibir a enzima conversora de
angiotensina I, responsável pela transformação de angiotensina I em
angiotensina II (vasoconstritora).
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
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Alternativas: (alternativa A)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa correta da I.
(alternativa B)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa correta da I.
(alternativa C) (CORRETA) 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
(alternativa D)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
Resposta comentada:
Os objetivos primordiais do tratamento anti-hipertensivo são a redução
da pressão arterial e do risco de desfechos cardiovasculares e
mortalidade associados à hipertensão arterial. A combinação de
fármacos é a estratégia inicial recomendada para hipertensos estágio
1 de moderado e alto risco e estágios 2 e 3, preferencialmente em
comprimido único. A monoterapia deve ser considerada para
hipertensos estágio 1 de baixo risco e para muitos idosos e/ou
indivíduos frágeis (Barroso et al. Diretrizes da HAS, 2020).
Portanto, a asserção I é verdadeira porque associa um diurético a um
Bloqueador dos Receptores AT1 da Angiotensina II (BRA). Entretanto,
os mecanismos de ação descritos pertencem aos diuréticos de alça e
dos inibidores da enzima conversora de angiotensina,
respectivamente.
REFERÊNCIAS:
Barroso et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq
Bras Cardiol. 2021; 116(3):516-658
FILHO, Geraldo B. Bogliolo – Patologia. Grupo GEN, 2021.
9788527738378. Disponível em: https:
//integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738378/. Acesso
em: 07 jun. 2022. 
KATZUNG, Bertram G.; TREVOR, Anthony J. Farmacologia básica e
clínica. Grupo A, 2017. 9788580555974. Disponível em: https:
//integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555974/.
Acesso em: 07 jun. 2022. 
 
12ª QUESTÃO
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Enunciado:
A tuberculose é uma doença que atinge a população há mais de
séculos e, no Brasil, a tuberculose ativa tem grande impacto na
mortalidade em pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência
humana. Estudo realizado no estado de Alagoas, considerando 956
casos notificados de coinfecção tuberculose e HIV, entre 2011 a
2020, evidenciou a influência de variáveis socioeconômicas na
incidência e no desfecho de pacientes coinfectados com
tuberculose/HIV, apesar dos avanços terapêuticos e da rede de
suporte existentes.
Fonte: Pinto, C.G. et al. Study of the Epidemiological Profile of
Tuberculosis and Coinfection of HIV-Seropositive Patients in a
Reference Hospital in the State of Alagoas. J Health Sci
2022;24(1):57-62. doi: https://doi.org/10.1186/1471-2334-13-297
(0,5) a) O risco aumentado de infecção por tuberculose em pessoas
com vírus da imunodeficiência humana está relacionado à supressão
da imunidade celular. Explique a resposta imune celular que ocorre
perante o contato do ser humano com os bacilos da tuberculose.
(0,5) b) Variáveis socioeconômicas, como as condições de
aglomeração, elevam o risco de transmissão da tuberculose.
Descreva a forma mais comum de disseminação da tuberculose.
Alternativas: --
Resposta comentada:
a) O desenvolvimento de uma população de linfócitos T ativados e a
formação concomitante de macrófagos ativados capazes de ingerir
e destruir os bacilos constituem a resposta imune celular. (À medida
que os bacilos da tuberculose se multiplicam, os macrófagos
infectados decompõem as micobactérias e apresentam seus
antígenos aos linfócitos T).
b) O Mycobacterium tuberculosis é um microrganismo disseminado
pelo ar em diminutas partículas invisíveis (conhecidas como núcleos
goticulares), acumuladas nas secreções respiratórias dos pacientes
com tuberculose em atividade. Tossir, espirrar e falar produzem
gotículas respiratórias (aerossóis). Essas gotículas evaporam e
abrigam os microrganismos (núcleos goticulares), que permanecem
suspensos no ar e são transportados pelas correntes de ar.
REFERÊNCIAS:
Filho, Geraldo B. Bogliolo. Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
(10th edição). Grupo GEN, 2021.
Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes.
Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019.
Norris, Tommie L. Porth. Fisiopatologia. Disponível em: Minha
Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2021.
13ª QUESTÃO
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Enunciado: Durante o seu plantão de pronto atendimento, você é comunicado
pela enfermeira responsável pela triagem que um paciente do sexo
masculino de 65 anos, já previamente diagnosticado com doença
aterosclerótica coronariana e insuficiência cardíaca, deu entrada no
serviço com queixa de “falta de ar” e inchaço dos pés até a altura dos
joelhos. O paciente é rapidamente avaliado e monitorizado, sendo
solicitado acesso venoso periférico e ofertado oxigênio inalatório.
Suspeitando de descompensação da insuficiência cardíaca, você
solicita uma radiografia de tórax.
A incidência a ser solicitada e a alteração esperada nesse diagnóstico
são, respectivamente
Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) 
incidência póstero-anterior e aumento do índice cardiotorácico.
(alternativa B)
incidência de Laurell e velamento do seio costofrênico esquerdo.
(alternativa C)
incidência apicolordótica e hipodensidades de ápices pulmonares.
(alternativa D)
incidência látero-lateral e hiperdensidade do arco aórtico.
Resposta comentada:
A insuficiência cardíaca pode se apresentar radiograficamente com
cardiomegalia, que leva a um aumento do índice cardiotorácico acima
da normalidade (0.5). Para a correta avaliação do índice
cardiotorácico, a incidência empregada deve ser a póstero-anterior,
pois nela há menor distorção do mediastino anterior.
REFERÊNCIA:JAMESON, JL.; FAUCI, António S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina
interna de Harrison - 2 volumes. 20ª edição. Grupo A, 2019.
9788580556346.
14ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente, 60 anos, masculino, em pós-operatório de gastrectomia
total decorrente de neoplasia gástrica, evoluiu com dor torácica,
dispneia e hemoptise. Ao exame, apresentou FC de 120 bpm, FR de
32 irpm e saturação periférica de oxigênio de 90%. Realizou
eletrocardiograma e rediografia de tórax, que estavam sem
alterações.
Considerando o caso, avalie as asserções a seguir.
I – A solicitação de eletrocardiograma e radiografia de tórax tem
finalidade de diagnóstico diferencial, pois esses exames não
mostrariam alterações no caso de tromboembolismo pulmonar.
II – Nesse caso, o exame de d-dímero possui valor preditivo negativo,
contribuindo para a exclusão do diagnóstico de tromboembolismo
pulmonar.
III – Esse paciente possui alto risco, nos escores clínicos, para embolia
pulmonar; desse modo, o tratamento com anticoagulantes é
mandatório, mesmo antes da realização de exame confirmatório,
como angioTC de tórax.
É correto o que se afirma apenas em
Alternativas: (alternativa A)
I e II.
(alternativa B)
II.
(alternativa C)
III.
(alternativa D) (CORRETA) 
II e III.
Resposta comentada:
O ECG e o RX de tórax podem alterar na embolia pulmonar. O d-
dímero negativo possui boa acurácia para exclusão de TEP. Quando os
escores clínicos evidenciam alto risco para TEP, o tramamento clínico
deve ser instituído de imediato.
REFERÊNCIAS:
Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes.
Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019.
Filho, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
(10th edição). Grupo GEN, 2021.
15ª QUESTÃO
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Enunciado:
Criança de 7 anos, sexo masculino, deu entrada em serviço de
urgência e emergência pediátrica apresentando disfagia, tosse seca
persistente há aproximadamente 12 horas, associado à suspeita de
aspiração de corpo estranho (CE), provável “caroço de ingá”. Ao
exame físico encontrava-se em bom estado geral, hidratado e afebril
ao toque. Na ausculta pulmonar sibilos dispersos, sem sinais de
hipoxemia. Os raios X revelaram área de leve infiltrado localizado à
esquerda, sem evidência de CE, recebendo alta. Retornou 48h após a
alta, pois iniciou febre e houve persistência da tosse. Novo raio X
evidenciou opacidade pulmonar esquerda. Exames laboratoriais
exibiram proteína C reativa aumentada e leucocitose com desvio à
esquerda. A tomografia computadorizada demonstrou CE em traqueia
na altura de brônquio fonte esquerdo. O paciente foi internado para
realizar broncoscopia com broncoscópio flexível, sob sedação em
bloco cirúrgico, para retirada de 100% CE de brônquio.
Sobre o relato, podemos afirmar que
Alternativas: (alternativa A)
a presença de sinais e sintomas respiratórios é diagnóstica definitiva.
A história positiva de aspiração não seria compatível com uma criança
assintomática ou pouco sintomática.
(alternativa B)
a radiografia é de alta sensibilidade e especificidade diagnóstica. Ao se
deparar com uma imagem de RX normal isso exclui o diagnóstico de
aspiração e, portanto, factível de alta hospitalar.
(alternativa C)
o brônquio fonte esquerdo é o mais comumente obstruído, pois seu
diâmetro menor favorece a compactação do objeto, seguido pelo seu
brônquio secundário médio.
(alternativa D) (CORRETA) 
na suspeição ou na confirmação de algo aspirado pela história clínica,
a broncoscopia além de diagnóstica é também terapêutica, devendo
ser sempre considerada.
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Resposta comentada:
O brônquio fonte direito é o mais comumente obstruído, e um número
significativo de crianças assintomáticas ou oligossintomáticas é
observado apesar da história positiva de aspiração. O RX pode estar
completamente normal nas primeiras horas da aspiração e a
observância do corpo estranho nas imagens radiológicas depende do
seu tamanho e material.
 
REFERÊNCIAS:
Filho, Geraldo B. Bogliolo. Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca,
(10th edição). Grupo GEN, 2021.
Schvartsman, Benita G. Soares; Maluf Jr., Paulo Taufi; Sampaio,
Magda Carneiro (eds); Rodrigues, Joaquim Carlos; Adde, Fabíola Villac;
Silva Filho, Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da; Nakaie, Cleyde Myriam
Aversa (coords). Doenças respiratórias [3.ed.]. BARUERI: Manole,
2019, 706p. (Pediatria do Instituto da Criança do HCFMUSP).
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