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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
Alexssandro Ferreira Correa – RA 0595612
 Título: Desigualdade Social e Política – A solução está na educação?
SÃO PAULO
2023
Alexssandro Ferreira Correa – RA 0595612
 Título: Desigualdade Social e Política – A solução está na educação?
Projeto de Pesquisa apresentado à UNIP – Universidade Paulista, como parte dos requisitos para a conclusão do curso de Licenciatura em Sociologia. 
Professor orientador: 
SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
JUSTIFICATIVA	4
OBJETIVOS –	7
OBJETIVO GERAL -	7
OBJETIVOS ESPECÍFICOS	8
DESENVOLVIMENTO (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA)	9
METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA –	12
CONSIDERAÇÕES FINAIS / CONCLUSÃO	13
REFERENCIAS –	16
1. INTRODUÇÃO
Nesse projeto apresentamos a desigualdade social que é um processo existente dentro das relações da sociedade, presente em todos os países do mundo. Faz parte das relações sociais, pois determina um lugar aos desiguais, seja por questões econômicas, de gênero, de cor, de crença, de círculo ou grupo social e sua relação com a política.
A desigualdade social é uma das questões sobre as quais a disciplina de Sociologia foi fundamentada, embora o foco dos sociólogos clássicos estivesse em desigualdades de classe, status e poder dentro das sociedades industriais. Isso de um modo geral, significava estudar os processos internos que produziam desigualdades, desvantagens e exclusão.
E esta relação com a política, tem como consequência o baixo investimento do poder público no sistema educacional brasileiro.
Muitos brasileiros sofrem para ter acesso ao ensino básico, fundamental e médio. E qual a solução para isso? Como mudar as prioridades do poder público para que a Educação seja prioridade?
No ranking mundial da Educação, países como Canadá, Japão e Finlândia, aparecem entre os primeiros na redução da desigualdade social por meio da Educação como prioridade.
De acordo com o Índice Gini, que mede a desigualdade mundial, o país asiático é o terceiro menos desigual do planeta. O Brasil, por exemplo, é o nono mais desigual.
Este projeto, tem o objetivo de mostrar que investir em Educação tem resultado e como consequência a diminuição drástica da desigualdade social e a melhora da qualidade de vida.
2. JUSTIFICATIVA
10
Qual o motivo da escolha deste tema de pesquisa?
 A desigualdade social é oriunda de processos relacionais na sociedade. Ela condiciona, limita ou prejudica o status e a classe social de uma pessoa ou um grupo e, consequentemente, interfere em requisitos primários para a qualidade de vida
O que vamos tratar neste projeto é que a desigualdade social está inserida neste processo pela falta de acesso a educação, as consequências sociais, socioeconômicas estão atreladas neste contexto drástico, a qualidade de vida do indivíduo, depende, sem sombras de dúvida, de uma educação de qualidade e que esteja alinhada com as novas tecnologias que o mercado oferece.
As desigualdades verticais são baseadas no conceito de verticalização da riqueza e renda. Por sua própria natureza, o conceito de desigualdade vertical não diferencia a identidade de grupos de pessoas, mas atesta a diferença com base na renda mensal. Mas o conceito vertical da desigualdade não é uma regra, mas uma tendência que poderia ser desmistificada a partir de interesse público e político.
As desigualdades horizontais existem entre grupos diferentes e são baseadas em aspectos identitários. A de gênero está na vanguarda, enquanto outras desigualdades horizontais incluem aquelas baseadas na etnia, raça, casta, religião, orientação sexual e deficiências.
A falta de acesso à educação é uma das principais causas da desigualdade. Isso ocorre porque a qualidade do ensino oferecido e a capacidade de aprendizagem dos alunos está condicionado a vários fatores. Contexto escolar, localização e interesse de seus membros são apenas alguns dos exemplos.
A educação influencia o capital social de uma pessoa, ou seja, o potencial de se reconhecer e ser reconhecido em um grupo. Esses agrupamentos são formados, principalmente, baseados em objetivos comuns. Por isso, é habitual que seus integrantes compartilhem das mesmas impressões e oportunidades.
O desenvolvimento econômico e social de uma nação só de efetiva quando a educação de qualidade, adotada como política de estado, assegura ao conjunto da sociedade acesso aos meios que permitem a todos os indivíduos uma competição minimamente equânime por melhores condições de vida.
Muitos especialistas da educação concordam que, sem uma política de educação verdadeiramente inclusiva, capaz de alcançar todos os segmentos sociais, com
investimentos consistentes focados na recuperação da defasagem escolar registrada nas franjas mais carentes, mesmo a política de cotas no ensino superior não será suficiente para corrigir injustiças e distorções estruturais.
É fundamental uma tomada de consciência nacional sobre a necessidade de, não só se reduzir os danos causados pela epidemia à educação – especialmente dos mias pobres -, mas de corrigir aquelas disparidades estruturais que sempre reduziram as oportunidades de acesso dos segmentos mais fragilizados ao ensino de qualidade.
Exemplos reveladores e impressionantes que embasem a tese deste projeto, demonstrando o poder transformador da educação, são resultados de países como Coreia do Sul, China, Finlândia, servem como inspiração e alerta de desenvolvimento educacional e social. São amostras do programa PISA (Programme for International Student Assessment) e também da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Na Finlândia, ensino é direcionado às competências futuras e as habilidades contemporâneas dos alunos.
Dentro deste contexto, o motor de impulso da reviravolta da Coreia do Sul, hoje com 51,5 milhões de habitantes, é movimentado por uma constatação que soa até elementar, mas que o Brasil ainda não conseguiu adotar: sem base escolar forte e abrangente nenhum sistema de ensino superior dará resultado satisfatório. A partir dela, governo e sociedade juntaram os cacos do passado e se uniram num pacto contínuo para privilegiar a educação nos níveis básicos.
Pelos dados da OCDE, a cada dólar e meio investido na educação superior, de custo mais elevado, os coreanos colocam um dólar na básica.
Não há dúvidas, diante deste quadro, que o investimento em educação faz diferença, é o cerne de sucesso para o desenvolvimento educacional em qualquer parte do mundo e como consequência, melhor qualidade de vida e desenvolvimento social.
O que vimos até aqui é que a desigualdade social está associada à falta de educação de qualidade, e isso se relaciona diretamente como aumento da violência. A educação pode, sem dúvida alguma, diminuir este quadro, superar a intolerância e também ajudar a sociedade se tornar menos agressiva. Educação é fundamental para lidar coma ignorância e a lutar contra estereótipos.
Qual a melhor solução? O investimento em educação é a melhor solução para diminuir a desigualdade social no Brasil e nos países em desenvolvimento. É no que
acredita o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Glauco Arbix, afirmando que só a educação prepara e inclui pessoas no mercado de trabalho.
3. OBJETIVOS –
Para quê uma pesquisa sobre educação e suas consequências para a redução da desigualdade social?
Revelar de forma clara que a educação e a alfabetização, são rotas importantes para o desenvolvimento econômico.
Mostrar que através da educação, o cidadão é capaz de melhorar sua qualidade de vida, desenvolver seu senso crítico, pensar de forma plural.
De fato, a educação contribui para uma sociedade menos violenta e ajuda a superar a intolerância. A educação é fundamental para vencer a batalha contra a ignorância e da desconfiança que estão na base do conflito humano.
4. OBJETIVO GERAL -
Um dos grandes objetivos do país deveria ser a redução da desigualdade social.
E a área da educação pode ser uma aliada fortíssimapara essa batalha. Os países subdesenvolvidos como o Brasil, deve defender a reforma na educação básica brasileira, o que defende o sociólogo Carlos Henrique Araújo, destaca que todos os países que registraram altas taxas de crescimento nos últimos 30, 40 anos, investiram “de maneira pesada” em educação.
"Educação promove desenvolvimento e mais à frente, se for uma educação de qualidade, possibilita que as pessoas possam usufruir desse desenvolvimento, diminuindo as desigualdades sociais e aumentando a oportunidade das pessoas”
observa Araújo, secretário-executivo da Missão Criança e ex-diretor de Avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
 Este projeto, portanto, tem o objetivo de mostrar que a educação é importante por várias razões. Primeiramente, ela contribui para o crescimento econômico, pois as pessoas com escolarização avançada fazem o trabalho especializado exigido nos setores de altos salários. Em segundo lugar, a educação é a única esperança de escapar do ciclo de condições severas de trabalho e pobreza. Finalmente, as pessoas educadas são menos prováveis de ter muitos filhos, deduzindo assim a explosão populacional global que contribui para a pobreza global.
Qual a necessidade deste estudo? Constatar que a reforma educacional neste país deve ser urgente e prioritária, pois os números não estão a nosso favor, pelo contrário. Somos o 57° colocado no Ranking Mundial da Educação, feito pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
De acordo com uma matéria divulgada pelo UOL, o Brasil reduziu cerca de 56% os investimentos na educação nos últimos quatro anos.
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS –
Educar para transformar as pessoas e o mundo;
6. DESENVOLVIMENTO (FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 Desigualdade social é um mal que afeta todo o mundo, em especial os países que ainda se encontram em vias de desenvolvimento. A desigualdade pode ser medida por faixas de renda, em que são consideradas as médias dos mais ricos em comparação às dos mais pobres. Também podem ser utilizados, como dados para o cálculo de desigualdade, fatores como o IDH, a escolarização, o acesso à cultura e o acesso a serviços básicos — como saúde, segurança, saneamento etc.
A renda, por ela mesma, não garante que os dados de desigualdade sejam plenamente verificados, pois a qualidade de vida pode, em alguns casos, independer dela.
A desigualdade de renda pode ser observada por alguns dados obtidos por POCHMANN E COLS, (2004a) que revelam que as cinco mil famílias mais ricas do Brasil representam o equivalente a 0,001% das famílias brasileiras, ao mesmo tempo em que detêm 40 % do produto interno bruto. Em contrapartida, das 34 milhões de pessoas entre quinze e vinte e quatro anos de idade, 40 % vivem em situação de extrema pobreza.
O foco desta análise refere-se à relação entre a desigualdade de renda e os indicadores educacionais, partindo da compreensão de que o Brasil é um dos países que apresenta uma maior disparidade econômica entre os segmentos populacionais. A análise de alguns indicadores educacionais revela a relação existente entre as condições econômicas da população e os níveis educacionais dos diferentes segmentos sociais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um alto índice de evasão escolar no Brasil. Segundo esta instituição, considerando que a escolaridade básica é de nove anos, pessoas de doze a quatorze anos que vivem com uma renda familiar per capita acima de dois salários-mínimos têm uma média de 6,4 anos de estudo, enquanto aquelas que vivem abaixo deste rendimento apresentam uma média inferior (3,4 anos de estudo). Isso se repete em todos os grupos de idade. Entre dezoito e vinte e quatro anos, por exemplo, aqueles que vivem acima de dois salários-mínimos, per capita, apresentam a média de 10,6 anos de estudo e os que vivem abaixo deste rendimento, 4,6 anos (IBGE, 2000).
A desigualdade de renda também se configura como parte dos índices de defasagem idade/ série. Regiões como o Norte e o Nordeste (duas regiões que concentram o maior número de pobres e miseráveis no país) são as que apresentam um número maior de pessoas de quatorze anos na situação de defasagem escolar (89,4% e
89,9 % respectivamente). Mesmo no caso daquelas regiões consideradas mais ricas, como é o caso do Sul e Sudeste, os índices de defasagem são altos. Estas duas regiões apresentam, por exemplo, 66,1 e 68,0 % respectivamente de alunos na idade de quatorze anos em situação de defasagem escolar (IBGE, 2000).
A evasão escolar e a defasagem idade/ série parece estar diretamente relacionadas à necessidade de complementação da renda familiar. De acordo com o IBGE (2000) dos jovens de 15 anos de idade, apenas 16,53% estão na escola, enquanto 22% trabalham e estudam, 8% só estudam, 7% estudam e estão à procura de emprego e 10% não estudam. Como não poderia deixar de ser, as duas escolas públicas em que o projeto "Risco à Proteção" atua, refletem a totalidade dos problemas existentes no sistema educacional brasileiro. A evasão escolar também é uma realidade neste contexto e ela está, muitas vezes, associada às condições econômicas e sociais das famílias. A necessidade de complementação da renda familiar é uma realidade que permeia o cotidiano das famílias mais pobres, o que interfere diretamente no rendimento escolar dos alunos.
o sistema educacional exerce para a manutenção da desigualdade social pode ser analisado com mais clareza, a partir do impacto do neoliberalismo na acentuação da tensão existente entre Educação pública e privada.
O investimento do setor privado em Educação toma proporções ainda maiores se analisadas as instituições de ensino superior (IES). Dados do Instituto Nacional de Pesquisa e Estudos Educacionais (INEP) mostram que as IES privadas correspondem a 89,9% das instituições de ensino superior do país e as instituições públicas somente a 11,1%. (INEP, 2003).
Estes dados refletem a "exclusão" progressiva efetivada pelo sistema educacional na medida em que a maioria da população fica sem alternativas para ingressar em uma IES pública, por um motivo: o ensino público de base, precarizado, não consegue prover o aluno de condições para que passe pela barreira social representada pelo vestibular, ainda mais se considerar que este mesmo aluno entra em disputa com os da escola particular, que conta com uma estrutura moderna e voltada para a inserção no mercado de trabalho.
Os alunos de escola pública, não frequentam posteriormente as IES privadas, pois não têm condições de pagar os estudos, uma vez que representam os segmentos menos abastados da população - como resultado deste processo, apenas 11% dos jovens e adultos estão nas universidades.
A "exclusão" gerada pelo sistema superior de Educação não parece afligir a elite brasileira. O gasto com Educação é uma realidade nas camadas alta e média da população. Dados apresentados em uma pesquisa realizada em todo o território nacional, com o objetivo de mapear a exclusão social no país, mostram que gastos com Educação correspondem a 4% do orçamento das famílias mais ricas do Brasil.
O alto investimento que as camadas médias e altas da população empregam nas instituições de ensino privado, facilitam sua abertura, representando um processo de mercantilização do sistema educacional, que encontra sua origem na desvalorização do sistema público e na monopolização de verbas do Estado por parte de uma elite, considerada "parceira" do governo na aplicação financeira de projetos educacionais de caráter estritamente privatistas.
Este processo contribui para manter uma situação conveniente para a elite brasileira, que encontrou condições para criar espaços de Educação própria, distantes dos pobres, e capazes de manter o nível de "qualidade" exigido pelo mercado.
O conceito de "qualidade" embutido neste processo atende às expectativas das instituições de ensino privado, que visam o lucro com o mínimo de investimento possível. Um dado que refletecom mais clareza esta realidade é que as instituições públicas contam com 92% dos doutores nas universidades, enquanto o ensino particular emprega somente 8% (INEP, 2003).
A distribuição de doutores nas IES do país é uma demonstração, ainda que incipiente, de que as universidades públicas ainda se preocupam em manter um determinado padrão de qualidade, por meio do comprometimento com a produção científica e tecnológica do país. A tradição de pesquisa nas IES públicas não significa, no entanto, que o investimento do Estado tem sido suficiente para garantir melhores condições de trabalho docente e, tampouco, o conhecimento produzido nas universidades está acessível à maioria da população. O fato de as IES públicas apresentarem uma quantidade maior de professores titulados é um elemento positivo, mas que se encontra imerso em uma conjuntura de desfavorecimento do sistema público de Educação.
7. METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA –
O método abordado nesta pesquisa será todo bibliográfico, livros, sites de internet, artigos, entre outras fontes de pesquisa e autores, procurando estar dentro do
contexto que foi proposto, a desigualdade social e política e tendo como foco a educação como consequência de um processo de transformação e de um processo de desenvolvimento humano, social e econômico.
O método também será de acompanhamento dos dados estatísticos da situação educacional e de aprendizagem no país, tendo como parâmetro ações para melhoria dos números da Educação no Brasil, bem como o processo de avanço da diminuição das desigualdades.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS / CONCLUSÃO
A desigualdade social é oriunda de processos relacionais na sociedade. Ela condiciona, limita ou prejudica o status e a classe social de uma pessoa ou um grupo e, consequentemente, interfere em requisitos primários para a qualidade de vida.
Esses aspectos abrangem liberdade de expressão, de escolha, satisfação no trabalho e acesso a direitos básicos como voto, saúde, educação, habitação e saneamento básico
A desigualdade social é oriunda de processos relacionais na sociedade. Ela condiciona, limita e prejudica o status e a classe social de uma pessoa ou um grupo e, consequentemente, interfere em requisitos primários para a qualidade de vida.
Esses aspectos abrangem liberdade de expressão, de escolha, satisfação no trabalho e acesso a direitos básicos como voto, saúde, educação, habitação e saneamento básico.
As desigualdades verticais são baseadas no conceito de verticalização da riqueza e renda. Por sua própria natureza, o conceito de desigualdade vertical não diferencia a identidade de grupos de pessoas, mas atesta a diferença com base na renda mensal.
Mas o conceito vertical da desigualdade não é uma regra, mas uma tendência que poderia ser desmistificada a partir de interesse público e político.
As desigualdades horizontais existem entre grupos diferentes e são baseadas em aspectos identitários. A de gênero está na vanguarda, enquanto outras desigualdades horizontais incluem aquelas baseadas na etnia, raça, casta, religião, orientação sexual e deficiências.
A desigualdade espacial está contida na horizontal, e diz respeito à localização geográfica, sendo a mais comum as desigualdades existentes entre as áreas urbanas e rurais.
No Brasil, percebemos claramente essa divisão em grandes centros urbanos formados por um núcleo econômico, social e político central, e áreas periféricas, onde são estabelecidas as comunidades.
A concentração de pessoas de baixa renda, com menores oportunidades de emprego e de crescimento em áreas periféricas demonstra como a desigualdade espacial também condiciona o acesso a direitos básicos. São exemplos a educação, saúde e saneamento básico.
Esses locais são conhecidos por suas condições precárias, maior vulnerabilidade a desastres naturais, a violência e elevada estigmatização.
A redução das desigualdades espaciais deve integrar o debate político porque elas originam, junto com os outros tipos de desigualdades, a desigualdade de oportunidades. Essa outra forma de estigmatização da pessoa afeta diretamente o seu acesso às oportunidades, o que determina suas vivências e expectativas.
A falta de acesso à educação é uma das principais causas da desigualdade. Isso ocorre porque a qualidade do ensino oferecido e a capacidade de aprendizagem dos alunos está condicionado a vários fatores. Contexto escolar, localização e interesse de seus membros são apenas alguns dos exemplos.
A educação influencia o capital social de uma pessoa, ou seja, o potencial de se reconhecer e ser reconhecido em um grupo. Esses agrupamentos são formados, principalmente, baseados em objetivos comuns. Por isso, é habitual que seus integrantes compartilhem das mesmas impressões e oportunidades.
Dessa forma, com direitos e oportunidades semelhantes, os integrantes de um mesmo grupo têm carreiras e empregos que os distinguem em relação aos demais estratos sociais. Essa distinção reforça a diferença salarial e consequentemente, a desigualdade econômica e social.
A globalização também incrementa a desigualdade social, uma vez que um dos seus aspectos é a imigração em massa. Conforme as pessoas se deslocam em busca de oportunidades de trabalho e renda, as desigualdades são acentuadas.
Isso acontece por vários motivos, mas, principalmente, pela diferença de idiomas, que limita as chances de emprego e, assim, de receber um salário digno.
A falta de acesso aos serviços públicos e incentivos do governo também reforça esse cenário. Já a discriminação e a violência sofridas pelos imigrantes minimizam ainda mais suas expectativas de ascensão social.
Outra causa da desigualdade social é a estratificação da sociedade por classes. Isso determina o nível de poder e liberdade de cada grupo, especialmente porque o bem-estar econômico também influi nas decisões políticas.
O financiamento de campanhas políticas por entidades e indivíduos, por exemplo, gera uma co-dependência que dificilmente leva a decisões em prol de indivíduos menos favorecidos.
O gênero também pode influenciar na desigualdade social. O patriarcado e a distribuição histórica de papéis na sociedade tendem a condicionar as oportunidades das mulheres: elas ingressaram no mercado de trabalho tardiamente, e por isso são subjugadas.
Embora sejam muitas vezes mais qualificadas que os homens, sofrem várias formas de assédio desde o momento que deixam suas casas para chegar ao trabalho até a execução de sua rotina laboral.
Muitas vezes, enfrentam o ciúme e a possessividade de seus companheiros quando conquistam destaque no mercado de trabalho. Em outros casos, elas não têm meios seguros ou acessíveis para terceirizar o cuidado com os filhos e os idosos da família.
Por isso, muitas mulheres precisam trabalhar em subempregos de carga horária parcial. Ainda, enfrentam uma dupla jornada conciliando o trabalho de casa e os cuidados de outros integrantes da família. Todos esses fatores — assim como vários outros não listados aqui — limitam as oportunidades de ascensão profissional e de renda das mulheres.
O mesmo ciclo acontece com negros — o racismo estrutural é evidente em nossas relações sociais. Após a abolição, os escravos libertos e seus filhos foram “empurrados” para áreas urbanas periféricas (desigualdade espacial). Essas áreas são caracterizadas pela falta de infraestrutura e poucas oportunidades de ascensão econômica, social e política.
Contudo podemos concluir que o Brasil é um país caracterizado pela multiplicidade racial e cultural. Entretanto, desde a colonização, vários aspectos de nossa formação social foram influenciados pela desigualdade.
Em primeiro lugar, posturas e discursos que reforçam o racismo, o sexismo, a misoginia, xenofobia, LGBTfobia e preconceito. Depois, a ingerência dos governos sobre questões estruturais — acesso à educação, moradia digna e renda suficiente para garantir a segurança alimentar da população. As terras são divididas de forma desigual, a alta carga tributária e a inflação reduzem o poder de consumo da população, a meritocraciae a corrupção minimizam as chances de mudança. São inúmeros fatores que, se somados, demonstram o quanto ainda temos a conquistar como sociedade brasileira. A desigualdade social também reduz a solidariedade entre grupos participantes de diferentes estratos, mas uma causa extremamente cruel é a sua íntima ligação com o aumento da violência. Para efeito ilustrativo, basta compararmos a diferença de tratamento da força policial em ações na favela e em bairros nobres.
Outra consequência dessa diferenciação na sociedade é a desigualdade salarial. Ela reduz a expectativa de renda futura do trabalhador e a ocupação em cargos formais, com estabilidade e possibilidade de ascensão profissional.
9. REFERENCIAS –
BOEIRAS, Jessica. Quais os benefícios da educação para a sociedade? Como a educação muda	o	mundo?	Disponível	em: https://avra.org.br/?s=beneficios+da+educa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 09 de Outubro, 2022.
ANDRADE, Juliana. Educação de Qualidade pode reduzir desigualdades sociais no país. Agencia Brasil, 03 de Junho de 2006. Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2006-06-03/educacao-de-qualidade-pode-redu zir-desigualdades-sociais-no-pais-diz-sociologo. Acesso em: 09 de Outubro, 2022.
OLIVEIRA, Victor. A educação é o motor para reduzir a desigualdade social? Terraço Econômico,	07	de	Abril	de	2019.	Disponível	em: https://terracoeconomico.com.br/a-educacao-e-o-motor-para-reduzir-a-desigualdade-social/
LÓPES, Matias. Desigualdade e Política. Scielo, Junho de 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sant/a/c7SKXyfMQWqyrsHrNbRrR6p/?lang=pt. Acesso em: 09 de Outubro, 2022.
WELTERS, Angela. Desenvolvimento e desigualdade social no Brasil. Educapes, 21 de Agosto de 2021. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/handle/1884/37642?mode=full. Acesso em 09 de Outubro, 2022.
Giddens, Anthony – Sociologia, 6ª edição – Porto Alegre – Ed Penso, 2012
http://www.tce.ms.gov.br/noticias/artigos/detalhes/6511/so-educacao-reduz-desigualdades https://vocepergunta.com/library/artigo/read/24355-como-a-educacao-pode-contribuir-para-dimi nuir-a-desigualdade-social#question-0

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