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O Diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou sua ação, ou em ambos os mecanismos. Atinge proporções epidêmicas, com estimativa de 425 milhões de pessoas com DM mundialmente. A hiperglicemia persistente está associada a complicações crônicas micro e macrovasculares, aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade. Na prevenção primária, busca-se proteger o indivíduo de desenvolver o diabetes, tendo ela importante impacto por evitar ou diminuir novos casos. As proposições mais aceitáveis consistem em estimular o aleitamento materno e evitar a introdução do leite de vaca nos primeiros 3 meses de vida. Quanto ao diabetes tipo 2, condição na qual a maioria dos indivíduos apresenta obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia, as intervenções devem abranger essas múltiplas anormalidades metabólicas, o que, além de prevenir o surgimento do diabetes, evitaria doenças cardiovasculares e reduziria a mortalidade. Observa- se também que agentes farmacológicos, como metformina, inibidores da α-glicosidase, orlistate, tiazolidinedionas e agonistas do receptor de peptídio semelhante a glucagon (glucagon-like peptide-1, GLP- 1), têm diminuído a incidência de diabetes em indivíduos com pré-diabetes, com evidências especialmente para metformina, que apresenta maior segurança a longo prazo. Distúrbios microvasculares e macrovasculares resultam em retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial periférica. Tem sido responsabilizado por contribuir para agravos no sistema musculoesquelético, no sistema digestório, na função cognitiva e na saúde mental, além de ser associado a diversos tipos de câncer. O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental. Geralmente, o DM2 acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, embora se descreva, em alguns países, aumento na sua incidência em crianças e jovens. Trata-se de doença poligênica, com forte herança familiar, ainda não completamente esclarecida, cuja ocorrência tem contribuição significativa de fatores ambientais. Dentre eles, hábitos dietéticos e inatividade física, que contribuem para a obesidade, destacam-se como os principais fatores de risco. O desenvolvimento e a perpetuação da hiperglicemia ocorrem concomitantemente com hiperglucagonemia, resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina, aumento da produção hepática de glicose, disfunção incretínica, aumento de lipólise e consequente aumento de ácidos graxos livres circulantes, aumento da reabsorção renal de glicose e graus variados de deficiência na síntese e na secreção de insulina pela célula β pancreática. As categorias de tolerância à glicose são definidas com base nos seguintes exames: • Glicemia em jejum: coletada em sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas; • TOTG: previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em 300 mL de água, coleta- se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Importante reforçar que a dieta deve ser a habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores à realização do teste. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina; • Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. Vale reforçar que se trata de medida indireta da glicemia, endocrinologia: diretrizes de diabetes Igor Mecenas que sofre interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à glicose com base na dosagem glicêmica direta. Outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado da HbA1c. Por fim, para que possa ser utilizada no diagnóstico de DM, a determinação da HbA1c deve ocorrer pelo método padronizado no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) e certificado pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP). A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados, idealmente o mesmo exame alterado em segunda amostra de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia.3 Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, tais como poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, devem ser submetidos à dosagem de glicemia ao acaso e independente do jejum, não havendo necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem caso se verifique glicemia aleatória ≥200 mg/dL. As categorias de pré-diabetes, além de conferirem risco aumentado para desenvolvimento de DM, também estão associadas a maior risco de doença cardiovascular e complicações crônicas. Os critérios para DM1 são semelhantes, porém a sintomatologia chama muito mais a atenção do que na DM2. Outros exames podem ser utilizados no acompanhamento do DM, alguns deles de forma análoga à HbA1c, ou seja, como estimativas da glicemia média por determinado período de tempo. Nenhum desses exames, entretanto, é validado para o diagnóstico de DM. Além disso, exames como glicemia pós-prandial, frutosamina, 1,5-anidroglucitol (1,5-AG) e albumina glicada pretendem acrescentar informação à estimativa da glicemia média e/ou mensurar a variabilidade glicêmica. Esse conceito tem ganhado força no que diz respeito à modulação do risco cardiovascular no DM, mas, por enquanto, não tem aplicabilidade no diagnóstico da doença. • Glicemia pós-prandial: O tratamento da glicemia pós-prandial não tem efeito benéfico no desfecho cardiovascular. Uma das grandes dificuldades é estabelecer valores de referência adequados para ela e por essa razão, a glicemia pós-prandial não tem nenhum papel no diagnóstico do DM. • Frutosamina: é o nome genérico dado a todas as proteínas glicadas. Os termos “frutosamina” e “proteína glicada” podem ser utilizados de maneira equivalente. Elas são formadas pela reação não enzimática da glicose com os grupos amina das proteínas. Do total de proteínas glicadas, 80% correspondem à albumina. A frutosamina vem sendo tradicionalmente utilizada como alternativa à HbA1c quando esta apresenta problemas metodológicos. Essa conduta, porém, deve idealmente ser adotada apenas quando se esgotam as possibilidades de contornar esses problemas. Para o diagnóstico de DM, a frutosamina não é validada e, portanto, não deve ser utilizada. • Albumina glicada: funciona de maneira análoga à de HbA1c, com a desvantagem de não apresentar validação com desfechos a longo prazo. A variabilidade da albumina glicada correlaciona-se, em alguns estudos, com desfechos renais, por exemplo, mesmo em pacientes bem controlados. Apresenta correlação variável com a HbA1c. Assim como a frutosamina e o 1,5-AG, a albumina glicada não tem aplicação no diagnóstico de DM. • 1,5-anidroglucitol: ocorre de maneira natural no organismo e é estruturalmente similar à glicose. É filtrado pelos rins, sendo 99,9% dele reabsorvido pelos túbulos renais. Quando a glicemia é maior do que o limiar renal, a glicose inibe a reabsorção de 1,5-AG, portanto os níveis desse marcador são inversamente proporcionais aos da hiperglicemia. Como não há, entretanto, padrões de referência estabelecidos, não existem metas terapêuticas claras sobre esse tipo de marcador Se o rastreamento for realizado sem a utilização prévia de questionários, devem ser testados indivíduos acima de 45 anos de idade ou, em qualquer idade, pacientes com sobrepeso/obesidade, hipertensãoarterial ou história familiar de DM2. Embora um índice de massa corporal (IMC) > 25 kg/m2 esteja associado a risco aumentado de DM2, indivíduos de etnia asiática têm esse risco aumentado já em IMC > 23 kg/m2 (B). Qualquer um dos testes aplicados no diagnóstico de DM2 pode ser usado no rastreamento (glicemia de jejum, glicemia de 2 horas pós-sobrecarga ou hemoglobina glicada [HbA1c]). A glicemia de 2 horas pós-sobrecarga diagnostica mais casos que o restante, mas é o teste menos utilizado. Quando mais de um teste é feito, com resultados discrepantes confirmados, considera-se aquele que diagnostica o DM2 ou o pré-diabetes. O intervalo de tempo recomendado para a repetição do rastreamento não foi determinado por nenhum estudo clínico. Parece razoável recomendar um intervalo de 3 a 4 anos para o reteste daqueles pacientes com baixo risco de desenvolver diabetes e que tiveram resultado prévio indubitavelmente normal, assim como recomendar o reteste anual para os pacientes com pré-diabetes ou com fatores de risco para desenvolvimento de DM2 (C). Pacientes que tiverem resultados no limite superior do normal devem ser reavaliados em 3 a 6 meses (C). As medidas de prevenção do DM2 envolvem intervenções farmacológicas e não farmacológicas; as últimas devem ser implementadas sempre e podem ser, eventualmente, associadas a terapias farmacológicas, principalmente nos casos de maior risco ou HbA1c mais elevada (< 6%) (A). As medidas não farmacológicas incluem modificações da dieta alimentar e atividade física, constituindo, portanto, mudanças do estilo de vida. Vários agentes farmacológicos foram efetivos em diminuir a incidência de DM2 quando administrados a pacientes com pré-diabetes. A maior redução foi obtida com as glitazonas. Outros agentes, como acarbose, orlistate e agonistas dos receptores do peptídio semelhante a glucagon 1 (glucagon-like peptide-1, GLP-1), retardam/previnem a evolução de pré-diabetes para diabetes, mas seu uso não é recomendado para essa finalidade por falta de dados sobre duração do efeito, segurança ou relação custo-efetividade (C). A exceção é a metformina, também testada no estudo DPP, tendo sido menos efetiva que a mudança do estilo de vida (31% de redução em 3 anos versus 58%) na população geral do estudo. O uso de metformina demonstrou boa relação custo-efetividade. Ela é recomendada para pacientes muito obesos (IMC > 35 kg/m2), com passado de diabetes gestacional, com mais hiperglicemia (HbA1c > 6%) ou para aqueles nos quais a HbA1c aumenta mesmo com as mudanças do estilo de vida. Carboidratos Muitos estudos têm sido conduzidos a fim de fixar uma quantidade ótima de carboidratos para pessoas com diabetes. Revisões sistemáticas e metanálises com estudos que avaliaram dietas entre 4 e 45 g por dia não demostraram efeitos consistentes na redução da HbA1c. Entretanto, o consumo reduzido de carboidratos, quando associado a gorduras monoinsaturadas, fibras e atividade física, trouxe resultados em relação ao perfil lipídico, à pressão arterial e perda de peso em pessoas com DM2. Para diminuir a resposta glicêmica da ingestão dietética, alimentos com alto IG podem ser substituídos por alimentos de baixo IG, sobretudo quando consumidos de maneira isolada. Pesquisas demonstram que a substituição de sacarose por amido (até 35% do valor energético) pode não afetar o controle glicêmico e os níveis lipídicos.10 Como, entretanto, as preparações com sacarose são geralmente hipercalóricas, a substituição, quando realizada, deve ser cuidadosa. Sacarose e alimentos contendo sacarose não são proibidos para indivíduos com diabetes, uma vez que não aumentam a glicemia mais do que outros carboidratos, quando ingeridos em quantidades equivalentes. Dessa forma, a sacarose pode ser inserida no contexto de uma alimentação saudável. No entanto, se adicionada à refeição, deve ser substituição de outras fontes de carboidratos e compensada com doses adicionais de insulina (A). Fibras Algumas fibras dietéticas podem atenuar a resposta à insulina e, assim, auxiliar na prevenção do DM2. Diversas evidências epidemiológicas apontam para esse efeito protetor da fibra e revelam que os efeitos benéficos são decorrentes, principalmente, da ingestão de fibras solúveis. As solúveis apresentam efeitos benéficos na glicemia e no metabolismo dos lipídios, enquanto as insolúveis agem contribuindo para a saciedade e para o controle de peso. Estudos evidenciam que a adição de fibra solúvel à rotina alimentar, em produtos como aveia, feijões, cevada, psyllium, entre outros, auxilia no retardo do esvaziamento gástrico, contribuindo positivamente para o controle glicêmico pós-prandial e dos lípides séricos (B). Uma metanálise realizada por intermédio da OMS para propor novas recomendações de fibras sugere que o consumo de fibra dietética total não seja inferior a 25 a 29 g por dia com benefícios adicionais para consumo acima de 30 g. Proteínas Não há evidências de que a ingestão proteica usual para a maioria dos indivíduos (1 a 1,5 g/kg de peso corporal/dia), representando de 15 a 20% da ingestão total de energia, precise ser modificada para aqueles com diabetes e função renal preservada. Em indivíduos com DM2, a proteína ingerida parece aumentar a insulina sem aumentar as concentrações plasmáticas de glicose. Assim, fontes de carboidratos ricos em proteínas não devem ser consideradas para tratar ou prevenir hipoglicemia. Algumas pesquisas sugerem o aumento da ingestão usual de proteínas para 1,5 a 2 g/kg de peso corporal/dia, ou 20 a 30% da ingesta total de energia, durante o processo de redução de peso em pacientes com sobrepeso e obesos com DM2 e função renal preservada. Para aqueles com doença renal (albuminúria e/ou taxa de filtração glomerular reduzida estimada), a proteína dietética deve ser mantida na dose diária recomendada de 0,8 g/kg de peso corporal/dia. Lipídios As principais diretrizes internacionais não se fundamentam exclusivamente na recomendação alimentar baseada no percentual de gorduras da dieta, mas sugerem o seguimento de padrões alimentares saudáveis. Estes contemplam a retirada de ácidos graxos trans, a inclusão de alimentos fontes de ácidos graxos monoinsaturados (MONO) e poli-insaturados (POLI) e o controle no consumo de ácidos graxos saturados, priorizando o consumo de carnes magras, leite desnatado e consumo mínimo de carnes processadas. Microvitaminas A suplementação de vitaminas e minerais não é indicada para o controle do diabetes por falta de evidências científicas.1 O consumo de uma dieta equilibrada e variada, na maioria das vezes, é suficiente para oferecer quantidades adequadas de micronutrientes. O uso prolongado de alguns medicamentos, como a metformina, pode causar deficiência de ácido fólico e vitamina B1. Uma das prováveis causas da neuropatia diabética é a deficiência de vitamina B12, também evidente em indivíduos com diabetes e relacionada com o mau controle glicêmico e complicações microvasculares. Bebidas alcoólicas As mesmas precauções direcionadas à população em geral sobre o consumo de álcool aplicam-se aos indivíduos com diabetes.1 Bebidas alcoólicas consumidas durante uma refeição, incluindo carboidratos, podem levar, inicialmente, a maiores níveis glicêmicos e insulinêmicos em pacientes com DM2. Dependendo da natureza dos carboidratos na refeição, ou em período de jejum, poderá ocorrer hipoglicemia reativa. Para adultos com diabetes, a ingestão diária de álcool deve ser limitada a uma dose ou menos para mulheres e a duas doses ou menos para homens. Entendem-se por uma dose 150 mL de vinho (uma taça), 360 mL de cerveja (uma lata pequena) ou 45 mL de destilados (uma dose com dosador-padrão), medida equivalente a 15 g, em média, de etanol. A terapêutica do DM1, historicamente, segue a tríade composta por insulina, alimentação e atividade física. Contudo, com os avanços tecnológicose terapêuticos e os novos conhecimentos dos fatores psicológicos e sociais que envolvem o DM, poder-se-ia dizer que a tríade deveria mudar para insulina, monitorização e educação, incluindo-se nesta última a alimentação, a atividade física e a orientação para os pacientes e suas familias. Em todas as faixas etárias, a reposição da insulina deve tentar atingir o perfil mais próximo possível do fisiológico (A). As metas glicêmicas da ISPAD são: Mais recentemente é recomendado HbA1c < 6,5%. O tratamento com insulina deve ser iniciado o mais rápido possível após o diagnóstico (geralmente dentro das 6 horas, em caso de cetonúria), para prevenir a descompensação metabólica e a cetoacidose diabética (CAD) (A). O plano alimentar implica evitar açúcares refinados, de absorção rápida, e instituir uma alimentação equilibrada do ponto de vista de conteúdo de carboidratos (50 a 60%), proteínas (15%) e gorduras (30%), A ingestão calórica segue a regra de Holiday: • 100 kcal/kg até 10 kg de peso corpóreo; • 1.000 + (kg − 10) x 50 em crianças com massa entre 10 e 20 kg; • 1.500 + (kg − 20) x 20 em crianças com mais de 20 kg. Um aumento de 10 a 20% no cálculo calórico será justificado se a atividade física for mais intensa (D). A insulinoterapia em esquema intensivo (basal-bolus), seja com múltiplas aplicações de insulina ao dia, seja com SICI, constitui a terapêutica fundamental e deve ser aliada à terapia nutricional com contagem de carboidratos, automonitorização e prática regular e planejada de atividade física. O tratamento intensivo pode envolver a aplicação de múltiplas doses de insulina, com diferentes tipos de ação, por meio de seringa, caneta ou SICI. O tratamento com múltiplas doses de insulina tornou-se bastante prático após o surgimento das canetas (descartáveis ou permanentes), atualmente disponíveis em vários modelos, que permitem o uso de doses de 0,5 unidade de insulina e apresentam comprimentos diferentes de agulha (4, 5, 6, 8 e 12 mm). A dose diária total de insulina preconizada em pacientes com DM1, com diagnóstico recente ou logo após diagnóstico de cetoacidose diabética, varia de 0,5 a 1,0 U/kg/dia. A dose diária de insulina depende de idade, peso corporal, estadiamento puberal, duração e fase do diabetes, estado do local de aplicação da insulina (presença de lipodistrofias), ingestão de alimentos e sua distribuição, automonitoramento e HbA1c, rotina diária, prática e intensidade da atividade física, bem como intercorrências (infecções, dias de doença ou procedimentos cirúrgicos). Durante a fase de remissão parcial, a dose diária total de insulina administrada é < 0,5 U/kg/dia (até < 0,3 U/kg/dia); posteriormente, com a evolução da doença e passada essa fase, a necessidade diária de insulina aumenta para 0,7 a 1 U/kg/dia em crianças pré-púberes, podendo alcançar 1 a 2 U/kg/dia durante a puberdade ou, em situações de estresse (físico ou emocional), 1,5 U/kg/dia. Recomenda-se que a dose basal de insulina diária varie de 30 a 50% da dose total, a fim de tentar mimetizar a secreção endógena de insulina, e que o restante da dose diária seja em forma de bolus de correção (quantidade de insulina rápida ou análogo ultrarrápido para alcançar a glicemia na meta terapêutica desejada) e de refeição (quantidade de insulina necessária para metabolizar n gramas de carboidratos). Atualmente, estão comercialmente disponíveis três análogos de insulina de ação ultrarrápida: lispro, asparte e glulisina. Os análogos de insulina de ação prolongada são glargina, glargina U300, detemir e degludeca. O tratamento intensivo em esquema basal-bolus com múltiplas aplicações ao dia pode ser realizado por uma das seguintes opções: Basal • Insulina protamina neutra Hagedorn (neutral protamine Hagedorn, NPH), duas a quatro vezes ao dia: (I) antes do desjejum e ao deitar- se, (II) antes do desjejum, no almoço e ao deitar-se ou (III) antes do desjejum, no almoço, no jantar e ao deitar-se ou • Análogo de insulina glargina, uma vez ao dia: (I) antes do desjejum, (II) no almoço, (III) no jantar ou (IV) ao deitar-se ou • Análogo de insulina glargina U300 (2019: > 18 anos): (I) antes do desjejum, (II) no almoço, (III) no jantar ou (IV) ao deitar-se ou • Análogo de insulina detemir, uma ou duas vezes ao dia: antes do desjejum e/ou no jantar e/ou ao deitar-se ou • Análogo de insulina degludeca: uma vez ao dia: (I) antes do desjejum, (II) no almoço, (III) no jantar ou (IV) ao deitar-se. Bolus (correção e refeição) • Insulina de ação rápida (regular): antes (30 a 40 minutos) das principais refeições ou • Análogo de insulina de ação ultrarrápida (lispro, asparte ou glulisina): antes (15 minutos) das principais refeições ou logo ao término delas; • Análogo de insulina de ação mais ultrarrápida Fiasp: antes (2 minutos) das principais refeições ou até 20 minutos após o término delas. Outra opção de tratamento intensivo consiste no uso de pré-misturas ou insulinas bifásicas, mas com algumas desvantagens em indivíduos com DM1, em especial pela impossibilidade de ajustes mais precisos, aumentando o risco de hipoglicemias. No mercado brasileiro, existem formulações de pré- mistura com insulinas humanas (NPH e regular, na formulação 70/30) e com análogos de insulina (lispro protamina + lispro, nas formulações 75/25 e 50/50, e asparte protamina + asparte, na formulação 70/30). Etapas do preparo de um tipo de insulina na seringa 1. Lavar e secar as mãos. 2. Reunir a insulina prescrita, a seringa com agulha, o algodão e o álcool 70%. 3. Homogeneizar a suspensão de insulina. 4. Proceder a assepsia da borracha do frasco de insulina. 5. Manter o protetor da agulha e aspirar o ar até a graduação correspondente à dose de insulina prescrita. 6. Retirar o protetor da agulha e injetar o ar no frasco de insulina. 7. Sem retirar a agulha, posicionar o frasco de cabeça para baixo e aspirar a insulina até a dose prescrita. 8. Eliminar bolhas de ar, se presentes. 9. Virar o frasco para a posição inicial. 10. Remover a agulha do frasco, protegendo-a até o momento da aplicação. Etapas da aplicação de insulina com seringa 1. Realizar assepsia com álcool 70% no local escolhido para aplicação; esperar secar. 2. Fazer a prega subcutânea. 3. Introduzir a agulha com movimento único, rápido, firme e leve. 4. Injetar insulina continuamente, mas não de modo muito rápido. 5. Manter a agulha no tecido subcutâneo, com o êmbolo pressionado, por, no mínimo, 5 segundos. 6. Soltar a prega subcutânea e remover a agulha suavemente, com movimento único. 7. Realizar suave pressão local, por alguns segundos, caso ocorra sangramento. 8. Descartar o material em recipiente próprio. Agentes que aumentam a secreção de insulina As sulfonilureias tem ação mais prolongada e promovem queda de 1,5 a 2% na HbA1c. As glinidas apresentam menor tempo de ação, cobrindo principalmente o período pós-prandial e reduzem 1 a 2%. Os aventos adversos mais comuns são ganhos de peso e maior frequência de hipoglicemia. Agentes que não aumentam a secreção de insulina A acarbose atua na redução da velocidade de absorção intestinal de glicose, com redução de 0,5 a 1% da HbA1c. Os comprimidos devem ser tomados antes de cada refeição e podem causar efeitos adversos gastrointestinais. A metformina reduz a produção hepática de glicose e tem ação sensibilizadora periférica mais discreta. É a primeira opção de tratamento quando o paciente não apresenta contraindicação. Em média reduz 1,5 a 2%, mas pode promover inteolerância gastrintestinal e é contraindicada na insuficiência renal grave (TFG < 30mL/min). Seu uso a longo prazo pode associar-se à deficiência de vitamina B12. As glitazonas são sensibilizadores de insulina e atuam na resistência periférica em músculo, adipócito e hepatócito. Em média reduzem 1,4%. Os eventos adversos são retenção hídrica e ganho de peso, com aumento do risco deinsuficiência cardíaca e fraturas. Agentes que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose e que diminuem a secreção de glucagon Os inibidores da DPP-4, conhecidos como gliptinas, constituem uma nova classe de antidiabéticos orais, cujo principal mecanismo de ação é, essencialmente, a estabilização do GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que o degrada, a DPP-4. A utilização das gliptinas em monoterapia pode promover redução da HbA1c em 0,6 a 0,8%; no entanto, conforme a população estudada e os valores iniciais de HbA1c (> 9%), as reduções observadas podem ser maiores. Podem ser usados em associação a metformina, glitazonas, sulfonilureias, inibidores do SGLT2 e insulina. Pode causar dor articular, podendo ser severa e incapacitante Outros agentes incretínicos são a exenatida, liraglutida, lixisenatida, dulaglutida e semaglutida: a primeira, um mimético do GLP-1; as quatro últimas, análogos do GLP-1. Devem ser considerados no paciente com diabetes obeso em monoterapia, em associação a metformina ou em combinação de agentes orais com HbA1c > 7%, em razão da possibilidade de perda de peso, associada a melhor controle glicêmico com menor risco de hipoglicemia. Todos são de aplicação subcutânea. Agentes que promovem a glicosúria Os inibidores de SGLT2 impedem a reabsorção de glicose pela inibição das proteínas SGLT2 nos túbulos proximais dos rins, representando uma nova opção terapêutica oral para o DM2. Têm baixo risco de hipoglicemia, promovem perda de peso de 2 a 3 kg e reduzem a pressão arterial sistólica de 4 a 6 mmHg. Podem ser combinados com todos os agentes orais e com a insulina; apesar disso, têm risco aumentado para infecções genitais e de trato urinário. Apresentam, ainda, ação diurética (glicosúria, natriurese) e podem levar a depleção de volume (no caso de paciente específico com risco de depleção de volume, deve-se reduzir a dose ou não usar a medicação). Agentes combinados Recentemente, foi aprovada a combinação de empagliflozina com linagliptina em um único comprimido, aumentando a adesão ao tratamento e com redução média da HbA1c de 1,1%. A escolha do medicamento deve levar em consideração: • Estado geral e idade do paciente; • Obesidade; • Comorbidades presentes (complicações do diabetes ou outras), principalmente doença renal crônica diabética e doença cardiovascular; • Valores das glicemias de jejum e pós-prandial, bem como HbA1c; • Eficácia do medicamento; • Risco de hipoglicemia; • Possíveis interações com outros medicamentos, reações adversas e contraindicações; • Custo do medicamento; • Preferência do paciente. Na prática clínica, a melhor escolha terapêutica dependerá da função pancreática existente. O paciente com quadro inicial de DM2, quando predomina a RI, deve ser tratado de forma distinta daquele com muitos anos de evolução da enfermidade, quando a principal característica é a insulinopenia. • Fase 1: caracterizado por hiperglicemia discreta, obesidade e insulinorresistência, recomendam-se os medicamentos que não aumentam a secreção de insulina nem estimulam o ganho de peso, sendo a metformina o fármaco de escolha (A). Se houver intolerância à metformina, outra opção para a monoterapia inicial são as gliptinas, os inibidores do SGLT2 ou um mimético do GLP- 1 (D); • Fase 2: com diminuição da secreção de insulina, é correta a indicação de um secretálogo, possivelmente em combinação com sensibilizadores insulínicos. Pode ser necessária a combinação de outras classes de medicação antidiabética oral, como análogos do GLP-1, inibidores do DPP-4 e inibidores do SGLT2 (D). Ainda na fase 2, a insulina basal pode ser outra opção (D); • Fase 3: progressão da perda de secreção da insulina, geralmente após uma década de evolução da doença, e já com perda de peso e/ou comorbidades presentes, é necessário associar aos agentes orais uma injeção de insulina de depósito antes de o paciente dormir (insulinização oportuna) (B); • Fase 4: predomina clara insulinopenia, o paciente deve receber uma, duas ou três aplicações de insulina de depósito NPH ou análogos de ação prolongada, em acompanhamento de insulina prandial regular ou ultrarrápida antes das refeições (B). Nessa fase, um agente oral sensibilizador combinado com insulinização costuma reduzir as doses de insulina e auxiliar na melhora do controle metabólico (D). Outras medicações podem ser mantidas em associação à insulina, como incretinomiméticos e inibidores do SGLT2. É necessário observar o controle dos níveis glicêmicos e a titulação dos diferentes fármacos a cada 2 a 3 meses, durante o ajuste terapêutico do paciente com DM. Hemoglobina Glicada A HbA1c é considerada o exame padrão-ouro para avaliar o controle metabólico do indivíduo com DM1. A determinação da HbA1c possibilita estimar quão elevadas as glicemias estiveram nos últimos 3 a 4 meses. Tal estimativa torna-se possível pelo fato de a glicose sanguínea ligar-se de maneira irreversível à hemoglobina durante o período de vida da hemácia, que tem essa duração. A porcentagem da hemoglobina que sofreu glicação será tanto maior quanto maior a concentração de glicose sanguínea. Esse resultado expresso em porcentagem refere-se à média das glicemias diárias, sendo 50% correspondente ao mês que precedeu o exame, 25% ao mês anterior à coleta e 25% ao terceiro e quarto meses anteriores (D). Assim, o valor de HbA1c obtido corresponderá, sobretudo, ao controle glicêmico do último mês e, secundariamente, dos 2 a 3 meses precedentes. Para adultos, as recomendações de HbA1c variam de 6,5 a 7,0%, dependendo da sociedade científica, mas sempre é importante individualizar o tratamento (D). Em casos selecionados, entretanto, a meta pode ser mais rígida (< 6,5%), desde que isso seja seguro ao paciente e com baixa frequência de hipoglicemias (B). Automonitorização diária da glicemia capilar A monitorização da glicemia capilar diariamente por indivíduos com DM1 de qualquer faixa etária traz grandes benefícios, por diminuir o risco de complicações agudas, tais como cetoacidose e hipoglicemia, e por permitir que o paciente entenda os determinantes de sua glicemia ao correlacionar os resultados glicêmicos em tempo real com a ingestão de alimentos ou com a prática de atividade física. Para adultos com DM2, em uso de insulina basal ou de hipoglicemiantes orais, existe pouca evidência sobre a quantidade de testes necessários. Estudos demonstram que o mínimo seriam quatro medidas ao dia, sempre antes das refeições principais, ao deitar e, idealmente, antes e 2 horas depois das refeições para ajuste da insulina bolus (portanto, um total de seis vezes ao dia), havendo pelo menos uma vez por mês uma medida de madrugada (entre 3 e 4 horas) (D). Efetuar medição também em situações especiais, como antes e depois de um exercício intenso, para ajustes da insulina e da ingestão de carboidratos, aumentando a frequência da medição em período de doenças, a fim de prevenir crises hiperglicêmicas, especialmente em crianças. Média, desvio padrão e tempo no alvo Monitorização contínua da glicemia Realizada por um sensor posicionado no interstício que faz a leitura a cada 5 minutos. Pode fazer parte do conjunto da bomba de infusão. Monitorização de cetonas na urina e no sangue Na vigência de doença intercorrente, os pacientes devem ser alertados a monitorar as cetonas na urina e/ou no sangue. Infelizmente, isso não tem sido rotina no Brasil, seja pela dificuldade de conseguir fitas para cetonas na rede pública, seja pela falta de sistematização do seu uso. Essa medida deve ser realizada+ toda vez que o paciente estiver doente e com hiperglicemias mantidas (≥ 250 mg/dL). A medida de β-hidroxibutirato (β-OHB) no sangue tem sido mais efetiva que a medida de cetonas na urina para prevenir internações por cetoacidose.DM pré-gestacional Recomenda-se HbA1c <6,5% antes da concepção, visando a menor risco de anomalias congênitas. A relação com menor risco de bebês GIG foi encontrada para HbA1c <6% durante o segundo e terceiro trimestres. Após a concepção, aconselha-se monitorização das glicemias capilares pré e pós- prandiais em todas as refeições (em média, sete ao dia). Na gestação, a monitorização 1 hora pós- prandial é rotineiramente a mais usada. DM gestacional Recomenda-se a monitorização da glicemia capilar quatro vezes ao dia: em jejum e após as três principais refeições (desjejum, almoço e jantar). Observe-se que, pelas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, os níveis glicêmicos na gestante são: jejum ≥ 95 mg/dL e 1 hora pós-prandial ≥ 140 mg/dL ou 2 horas pós-prandiais ≥ 120 mg/dL. Teste de clamp euglicêmico-hiperinsulinêmico: Não possui aplicação na prática clínica pela difícil execução. Universalmente considerada o padrão-ouro para a avaliação da ação da insulina in vivo. A hiperinsulinemia é mantida por meio da infusão intravenosa contínua de doses suprafisiológicas de insulina. A euglicemia, por sua vez, é mantida por meio da infusão intravenosa contínua de soro glicosado. A última hora do teste corresponde ao período em que ocorre o estado de equilíbrio entre infusão de glicose e captação muscular de glicose, também chamado de steady state. Nesse período, a taxa de infusão de glicose necessária para manter a glicemia constante proporciona uma medida direta da ação da insulina na captação tecidual de glicose de corpo total, sendo esse o momento para a obtenção dos cálculos da sensibilidade à insulina. TOTG: O protocolo mais tradicional para a avaliação de tolerância a insulina inclui coletas de sangue nos tempos 0, 30, 60, 90 e 120 minutos. Índice HOMA-IR: O seu cálculo requer a mensuração da glicemia e da insulinemia obtidas em uma mesma amostra de sangue, após jejum de 8 a 12 horas, a partir das fórmulas: HOMA-IR = [(glicemia em mmol/L) x (insulinemia em µU/mL)] / 22,5 ou HOMA-IR = [(glicemia em mg/dL) x (insulinemia em µU/mL)] / 405 Índice QUICK: Avalia a sensibilidade à insulina, não a resistência. QUICKI = 1 / (log Glicemia basal + log Insulinemia basal). Onde a glicemia basal é expressa em mg/dL e a insulinemia basal em µU/mL. Não há ponto de corte específico para o índice QUICK. No estudo original, os autores encontraram as seguintes médias e desvios-padrão para o índice: não obesos 0,382 ± 0,007; obesos 0,331 ± 0,010; e indivíduos com diabetes 0,304 ± 0,007. Índice TyG: O índice se baseia no produto entre glicemia e trigliceridemia de jejum, obtidos na mesma amostra de sangue, calculados a partir da fórmula ln[Triglicérides de jejum (mg/dL) x Glicemia de jejum (mg/dL)/2]. Recentemente foram propostos pontos de corte para a população adulta mexicana, sendo os valores de 4,55 para mulheres e de 4,68 para homens. Fenótipo cintura hipertrigliceridêmica: Meninas púberes (CC: > 84,0 cm e TG: > 87,0 mg/dL); Meninas pós-púberes (CC: > 88,5 cm e TG: >78,0 mg/dL); Meninos púberes (CC: > 94,0 cm e TG: > 79,0 mg/dL); Meninos pós-púberes (CC: > 99,0 cm e TG: > 86,0 mg/dL); Pontos de corte específicos para a população adulta brasileira ainda não foram determinados. Marcadores de adiposidade central: A circunferência da cintura e o diâmetro abdominal sagital ou “altura abdominal” estão entre os melhores indicadores antropométricos de gordura visceral e resistência à insulina. RCA = CC(cm)/Estatura(cm). Doença Coronariana DM2 traz risco 2-4 vezes maior que os não diabéticos. Alteração de Perfil Lipídico Hipertensão Arterial Sistêmica Cada vez mais as evidências apontam contra o uso rotineiro de aspirina na prevenção primária em pacientes com diabetes, o qual deve ser criteriosamente avaliado nos pacientes de alto risco cardiovascular e baixo risco de sangramento. Cetoacidose diabética Manutenção das vias respiratórias pérvias, correção da desidratação e dos distúrbios eletrolíticos e acidobásicos, redução da hiperglicemia com insulina e da osmolaridade, tratamento do fator precipitante. Valores de albuminúria para diagnóstico de Doença Renal do diabetes: Pé diabético Favorecem ao aparecimento: Neuropatia + Limitação de mobilidade articular + deformidades com aumento da pressão plantar + traumas. Testar com monofilamento de 10g, diapasão 128Hz e bio/neuroestesiômetro. Tratar a infecção com antibióticos se presente por 1 a 2 semanas. Pode necessitar de biópsia óssea. Neuropatias Neuropatias difusas (polineuropatia diabética; neuropatia autonômica cardiovascular, gastrintestinal e urogenital; disfunção sudomotora), Mononeuropatia e radiculopatias. Depressão e Demências Retinopatia São recomendados exames oftalmológicos periódicos. A otimização dos níveis glicêmicos e da hipertensão reduzem o risco de progressão. O tratamento pode ser feito com fotocoagulação a laser, farmacomodulação com antiangiogênico (padrão ouro), implante intravítreo de polímero farmacológico de liberação controlada (dexametasona) e cirurgia de vitrectomia via pars plana. Catarata • Quiroartropatia diabética: Deformidade em flexão dos dedos das mãos, com espessamento da pele, tecido conjuntivo periarticular e da fáscia palmar. Sinal da Prece: • Contratura de Dupuytren: Espessamento lentamente progressivo da fáscia palmar, com aderência à pele e aos tendões flexores, sobretudo do 4º e 5º quirodáctilos. Em diabéticos afeta principalmente 3º e 4º. • Tenossinovite de flexor palmar (dedo em gatilho): A extensão ativa do dedo ocorre de maneira abrupta. Mais comum no 4º. • Síndrome do túnel do carpo: Phallen por 1 minuto e Tinel • Síndrome da dor complexa regional tipo 1 • Capsulite adesiva do ombro • Periatrite calcária do ombro • Espôndilo-hiperostose difusa idiopática • Piomiosite e artrite séptica • Infarto muscular diabético: 80% na coxa • Sarcopenia • Pneumonia pneumocócica e infecção por influenza: Apresentam tipos mais graves de pneumonia. Devem ser vacinados para as duas. • Infecções urinárias e bacteriúria assintomática • Mucormiose: infecção fúngica grave, agudamente fatal, com rápida disseminação e propagação dentro de vasos sanguíneos, resultando em infarto isquêmico do tecido. • Colecistite gangrenosa: formação de gás dentro da vesícula. • Infecções de pele e partes moles: Candidíase, onicomicose, etc. • Hepatite viral • Tuberculose • H. pylori • Infecções perioperatórias
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