Buscar

SEGURANÇA-DO-TRABALHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
2 CONCEITOS ............................................................................................................ 4 
3 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO ........................................ 8 
4 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO .................................... 14 
5 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS ............................... 15 
6 REQUISITOS LEGAIS E OUTROS ....................................................................... 18 
6.1 Objetivos do Segurança e Saúde no Trabalho - SST .......................................... 18 
6.2 Programas de gestão .......................................................................................... 19 
6.3 Competência, treinamento e experiência ............................................................ 19 
6.4 Comunicação ...................................................................................................... 20 
6.5 Documentação e Controle de documentos ......................................................... 21 
6.6 Controle Operacional .......................................................................................... 22 
6.7 Preparação e atendimento a emergências .......................................................... 23 
7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI .......................................... 24 
8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC ......................................... 28 
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 30 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno, 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
4 
 
2 CONCEITOS 
Para conceituar segurança do trabalho, é preciso entender que se trata de um 
conjunto de normas, medidas, atividades e também ações preventivas, que são 
adotadas com o intuito de melhorar e garantir a segurança no ambiente de trabalho. 
Através de técnicas específicas e de estudos, analisa-se quais seriam as possíveis 
causas dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, buscando evitar doenças 
ocupacionais e acidentes de trabalho, protegendo a integridade física dos 
trabalhadores, e prevenindo novos incidentes que possam vir a afetar a qualidade de 
vida dos trabalhadores no trabalho da empresa. 
A segurança do trabalho é uma área de extrema importância para qualquer 
negócio, pois trata da qualidade de vida e da manutenção de um ambiente de trabalho 
seguro, o que afeta diretamente a produtividade e até reduz custos, pois, ações evitam 
custos com tratamentos, acidentes com funcionários e até ações judiciais. 
A atuação dos profissionais na segurança do trabalho visa proporcionar um 
ambiente livre de riscos de acidentes e de doenças ocupacionais, sempre em caráter 
preventivo, isso para evitar possíveis danos ao empregado que afete também a 
empresa. Que no Brasil é referenciada pelas Normas Regulamentadoras (as 
chamadas NR) e através de decretos e portarias que fundamentam o trabalho e o 
desempenho das atividades ocupacionais. 
É importante para cada empresa ter uma equipa e especialistas que podem 
ser: técnicos, médicos, superior e enfermeiros do trabalho. O tamanho da equipe varia 
em função do número de funcionários e do nível de risco do negócio. 
Como já exposto, há muitos objetivos, mas vale destacar alguns como, 
proporcionar qualidade de vida evitando acidentes e doenças ocupacionais, como: 
dores e lesões no corpo ou limitações nas atividades cotidianas, seja temporária ou 
permanente. 
E esses objetivos podem variar de acordo com o segmento de cada negócio, 
mas, a maioria são: 
 
5 
 
 
 
O direito do trabalho foi o primeiro dos direitos sociais a surgir e é, sem dúvida, 
pelo seu poder generalizado, o motor da construção de muitos outros direitos sociais, 
entre os quais são relacionados com a educação, saúde, alimentação, habitação, 
entretenimento, segurança, previdência social, maternidade e proteção à criança e 
assistência aos pobres. 
 
6 
 
Sobre o processo construtivo do direito do trabalho, por consequências dos 
demais direitos sociais, originou-se do conflito de classes. Sua edificação e 
crescimento, de outra forma, decorreram de diversos acontecimentos historicamente 
favoráveis. Acerca dessa história constitutiva do direito do trabalho, sem dúvidas 
pode-se dizer que é inexplicável o poder que as coisas parecem ter quando elas 
precisam acontecer. 
O ramo jurídico analisado, parece ter surgido da força do inevitável, do 
imutável. Tem que acontecer, é por isso que acontece: muitos fatores vinculam e 
contribuem para a valorização dos direitos sociais, incluindo a construção de um 
sistema jurídico capaz de proteger os trabalhadores de comportamentos abusivos por 
parte do empregador. Se o direito do trabalho, como regulação normativa estatal ou 
origem comum não existisse, a história do conflito entre capital e trabalho certamente 
seria diferente. 
Por volta do século XIX, justamente na época em que surgiram as primeiras 
normas de proteção ao trabalho, convergiram, quase simultaneamente, 
acontecimentos históricos importantes para a consolidação do movimento operário: 
os trabalhadores da delegação passaram a organizar procedimentos, ideias a partir 
das lutas que eles começaram a popularizar, o modelo ideológico guiado por Karl Marx 
e até mesmo a Igreja Católica, que tradicionalmente não participava dos conflitos 
sociais, publicou, em resposta ao socialismo iminente, a Encíclica Rerum Novarum, 
que clamava pela harmonia entre capital e trabalho tendo em vista as evidências dos 
novos tempos. 
Para melhor entendimento, observe o mapa mental que mostra a história do 
direito do trabalho em quatro fases: 
 
 
7 
 
 
 
Vale destacar mais uma vez que, a “Lei do Trabalho” e a “Lei da Segurança do 
Trabalho” visam garantir as melhores condições dos trabalhadores através das 
medidas de proteção estipuladas pela legislação laboral. Para proteger a saúde dos 
trabalhadores, a segurança do trabalho é implementada de forma eficaz, pois os 
colaboradores mais afetados pelos fatores de risco são os próprios colaboradores. Os 
empregadores têm a sensação de que não têm apenas uma visão lucrativa, 
consideram o quanto de dinheiro pode ser feito na economia com a compra de 
 
8 
 
equipamentos de proteção individual de qualidade inferior, deixando assim de 
proteger de forma eficaz a vida dos trabalhadores. 
3 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
As empresas devem ser protegidas dos riscos de degradação do ambiente de 
trabalho, garantindo o bem-estar físico, social e principalmente mental dos 
colaboradores. Para minimizar ou eliminar os danos causados por ferimentos ou 
acidentes que podem ocorrer no local de trabalho, muitas organizações desenvolvem 
e implementam sistemas de gestão para fins de segurança e saúdeocupacional. 
Os principais motivos pelos quais as empresas investem nesse tipo de sistema 
são os custos e a responsabilidade social. A partir dessas perspectivas, as empresas 
veem as vantagens competitivas que acabam motivando a continuar promovendo a 
Segurança e Saúde do Trabalho - SST. 
Se por acaso acontecer algum acidente, mesmo que resulte ou não em lesões 
aos trabalhadores, isso gerará um prejuízo econômico significativo, afinal, todos os 
custos diretos e indiretos resultantes serão abonados no custo de produção, ao qual 
reverterá em ônus para a empresa e, portanto, para todas as partes interessadas. 
Vale ressaltar que a maioria dos empresários visualizam apenas os custos diretos 
relacionados aos acidentes, enquanto que, os custos indiretos podem ser de maiores 
que o custo direto. 
Para aferir a amplitude destes custos, é importante referir que sempre que 
acontecer algum tipo de acidente, por mais simples que seja, este passará a incorrer 
numa série de custos diretos e indiretos e normalmente esses custos não são 
claramente percebidos e caracterizados pela organização. 
Os custos com a não-segurança são os principais custos envolvidos com os 
acidentes (diretos e indiretos) que podem possuir maior ou menor abrangência, dadas 
as características do acidente; e o custo da segurança explica os principais custos da 
segurança sendo que, esses custos podem ser maiores ou menores por serem 
 
9 
 
funções do tipo de obra, de duração, de número de funcionários e também da eficácia 
da gestão da SST na empresa. 
O simples fato de conhecer a existência dos custos da não-segurança e da 
segurança é primordial para gerentes e diretores, pois, não conhecer é um dos fatores 
que levam as empresas à negligenciada SST, por se tratar de um assunto com 
obrigações legais. Portanto, a de se concluir que as avaliações de investimentos em 
segurança das organizações, como as decisões de implementação do SGSST e 
outras decisões operacionais, necessitam serem feitas por meio de uma análise de 
escopo, dos custos da não-segurança e dos custos da segurança. 
No âmbito da responsabilidade social, surge a importância da implementação 
socialmente responsável das empresas, uma vez que cada empresa deve ter um 
processo contínuo de reavaliação do seu ambiente interno e externo, para identificar 
como as suas atividades podem afetar direta e indiretamente a qualidade dos seus 
colaboradores, as comunidades vizinhas, as instituições com as quais entra em 
contato e a sociedade, possibilitando uma atividade que promova as mudanças 
necessárias. 
As empresas devem ser “vistas” como sistemas sociais, cujos membros 
dividem valores e culturas comuns, que formam a base da consciência corporativa. 
Portanto, pode-se dizer que as empresas têm consciência e podem ser moralmente 
responsáveis por seus atos. Assim, a questão dos acidentes de trabalho é 
considerada como um dos fatores integrantes da responsabilidade social das 
organizações. 
O sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional deve ser considerado 
como uma ferramenta de gestão para auxiliar na melhoria da atuação das construtoras 
em SST, tudo que é a necessidade básica da organização, dos colaboradores e da 
sociedade. Porém, existe um grande número de empresas construtoras que não 
conhecem o SST, não conhecem os elementos, os conceitos envolvidos, e os 
resultados e benefícios que podem advir de sua implementação. 
 
 
10 
 
Para implementar adequadamente um sistema de gestão de segurança e 
saúde ocupacional, é importante conhecer os níveis de desempenho de segurança e 
saúde ocupacional que as organizações podem demonstrar, pois o objetivo 
fundamental do sistema é implementar esta implementação. Esses sistemas de 
gestão podem ajudar as empresas a alcançarem um nível de melhoria contínua com 
mecanismos sistemáticos e baseados no desempenho. Sendo assim, observe alguns 
conceitos básicos que toda organização precisa ter conhecimento: 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
Nesse sistema, os elementos exigem um processo contínuo de revisões e 
avaliações, como parte do conceito de melhoria. Deve-se sempre tomar cuidado para 
melhorar e minimizar quaisquer incompatibilidades de saúde e segurança. E para 
essa avaliação, a identificação de um item com alto percentual ou alto índice de não 
 
13 
 
conformidade pode ser usada como um indicador de preferência para eliminar a não 
conformidade ou reduzi-la aos padrões estabelecidos na norma especificada. 
A formulação do conceito de sistema de gestão de SST surge da teoria dos 
sistemas e do pensamento sistêmico para constituir uma visão global da SGSSTs, 
que é essencial para as organizações que desejam implementa-la. Os elementos 
básicos do SGSST, leva em consideração os requisitos propostos pela norma NBR - 
18.801, que são desdobrados sistematicamente nos elementos básicos conforme a 
ilustração: 
 
 
 
Para cada elemento é apresentado uma análise crítica do requisito em relação 
aos seus objetivos específicos, e ao entendimento do seu conteúdo também, isso 
através de uma revisão bibliográfica do assunto das explicações que são 
apresentadas pelas normas e guias relacionadas aos SGSSTs. 
 
14 
 
4 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
O objetivo deste requisito é definir a direção geral da empresa e as diretrizes 
de ação na área de saúde e segurança no trabalho. Essas diretrizes devem incluir 
elementos que sejam efetivamente respeitados pela empresa e claramente 
destacados. A política deve ser autorizada pela alta administração, delineando as 
metas gerais de saúde e segurança e um compromisso com a melhoria das operações 
de saúde e segurança. 
A empresa deve basear suas políticas em seus respectivos objetivos e 
programas de gestão de saúde e segurança no trabalho. A implementação da política 
e missão da empresa face a objetivos quantificáveis, levada a cabo consecutivamente 
a todos os níveis da organização, para permitir que as pessoas saibam exatamente 
como contribuem, ajudam a empresa a gerir facilmente, tornam a empresa mais 
flexível e dinâmica. 
Em suma, uma política de SST é uma carta de intenções, que deve incluir 
pontos que a empresa realmente realiza e podem ser claramente destacados. O nível 
de comprometimento do conselho com a segurança pode ser demonstrado de várias 
maneiras. Ainda que possam ser constituídas as políticas, nessas questões, o 
Conselho pode fazer a mais forte declaração de seu compromisso com a segurança, 
ou seja, nas formas de intervenção. 
O compromisso com a implementação da política de segurança deve ser, antes 
de mais, da responsabilidade do conselho de administração, não sendo deixado a 
cargo dos trabalhadores. Alguns autores sugerem medidas que precisam ser 
adotadas para uma implementação efetiva, tais como: participar ativamente dos 
esforços de implementação de políticas de segurança; reconhecer funcionários que 
implementam políticas; demonstrar continuamente suporte para políticas de 
privacidade. 
O Certificado de Aprovação de Instalações (NR-02) define que, qualquer 
estabelecimento novo, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão 
 
15 
 
regional do Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, antes de iniciar suas atividades, 
pois logo após inspeção prévia, será emitido o CAI. 
Esta política deve ser comunicada a todos os colaboradores da empresa de 
forma que todos compreendam, sem necessidade de memorização. Pode ser 
divulgado por murais, palestras, cartazes, etc. 
5 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS 
É necessário que a empresa estabeleça e mantenha procedimentos que 
identifiquem os perigos, que avalie os riscos e implemente medidas de controle 
necessárias, além de documentar e manter essas informações. Deve buscar 
conhecimento adequado dos perigos e riscos em seu ambiente de trabalho, 
estabelecer um sistema que permita a criaçãode um inventário de perigos e perigos 
futuros a serem identificados e tratados de forma adequada. 
Essa tendência no Brasil, pode ser percebida na indústria da construção civil 
através das normas regulamentadoras, pois estas, formam respectivamente os 
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção- 
PCMAT e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais- PPRA, e estes, devem 
ser implementados pelas empresas de forma que contemplem obrigatoriamente ao 
processo de identificação prévia de riscos e perigos propícios no ambiente de 
trabalho. 
Algumas empresas realizam a identificação de riscos e perigos de maneira 
informal, ou seja, de formal não planejada, com base apenas na experiência de seus 
técnicos de SST, um exemplo são as construtoras, muita das vezes sem a 
preocupação com os riscos reais oferecidos, apenas pelo intuito exclusivo de 
obedecer a uma imposição legal. 
A gestão de riscos é imprescindível, isso porque auxilia na tomada de decisões 
na área de saúde e segurança, permitindo uma melhor alocação de recursos. 
Também auxilia no processo de definição das medidas de controle, para assim, avaliar 
quais riscos são aceitáveis e quais devem e podem ser controlados no futuro. Esses 
 
16 
 
dados devem auxiliar no estabelecimento de metas e programas, direcionando 
recursos para as áreas que mais importam, levando a melhores relações de custo-
benefício. 
 
 
Ressalta-se que não é possível eliminar todos os riscos e perigos existentes no 
ambiente de trabalho, portanto, uma gestão de riscos eficaz e bem executada é 
imprescindível. Este procedimento deve buscar profunda e continuamente para 
reduzir os existentes. 
Com base na identificação de perigos e riscos, a empresa deve buscar 
processos que possam contribuir para a redução destes estabelecendo controles 
necessários para esse processo. Nesse sentido, vários fatores precisam ser 
considerados, tais como: nível de risco existente, custo, viabilidade de controle e 
possibilidade de introdução de novos perigos, origem (perigo), meio ambiente e 
pessoas, e os controles mais rígidos estão nas fontes mais eficazes, e eficientes 
serão. 
Os controles operacionais na fonte necessitam priorizar a eliminação de perigos 
ou a prevenção de sua presença, pois, uma vez que não existam, não haverá 
acidentes ou danos aos trabalhadores. Ressalta-se que essa forma de controle pode 
exigir a adoção de novas tecnologias, mudanças significativas no processo e, 
consequentemente, maiores investimentos para resultados mais substanciais, maior 
proteção ao trabalhador e melhor desempenho profissional. 
 
17 
 
Sobre o controle de pessoas, fundamenta-se no estabelecimento de 
parâmetros de pensamentos e ações dos trabalhadores, com o objetivo de garantir 
que o processo seja realizado com segurança. Isso deve ser usado como último 
recurso, apenas nos casos em que não seja possível alcançar um método viável de 
tornar o ambiente de trabalho totalmente seguro. 
Para atender a esse requisito de maneira eficaz, é necessário um 
gerenciamento de risco sistemático e proativo para garantir que todos os perigos 
atuais e futuros sejam identificados com segurança com antecedência, a fim de prever 
e planejar como probabilidades. 
 
 
Ao identificar perigos e avaliar riscos, as empresas podem avaliar o que é 
aceitável e controlável e como esse controle pode ser exercido. Deve-se notar que 
este processo deve ser realizado no início da implementação de Sistema de Gestão 
de Segurança e Saúde no Trabalho - SGSST, em intervalos regularmente definidos, 
ou quando necessário, pois suas condições não são estáticas e novos perigos podem 
surgir a qualquer momento, mesmo que sejam devido à fatores externos de 
mudanças, incluindo novos trabalhos, a introdução de novos materiais, equipamentos 
e serviços. SGSST é um processo de desenvolvimento dependente do conteúdo 
 
18 
 
estrutural da empresa, é necessário levar em conta mudanças, atualizações e 
principalmente atividades. 
6 REQUISITOS LEGAIS E OUTROS 
Antes de tentar implementar um SGSST, deve-se sempre pesquisar e conhecer 
os padrões relevantes relacionados a SST. A empresa deve estabelecer e manter um 
procedimento para definir e acessar a legislação e outros requisitos de saúde e 
segurança ocupacional que se aplicam a ela. 
As regras, leis e outras informações devem ser mantidas atualizadas. Convém 
que informações relevantes sobre a legislação e outros requisitos sejam comunicadas 
aos seus funcionários e outras partes interessadas junto aos participantes do 
processo. A falta de um processo adequado para identificar e fazer cumprir as leis e 
normas nas empresas pode contribuir para o seu não cumprimento e levar a multas, 
embargos e acidentes. 
O ideal é que a empresa possua cadastro com o original e tenha cópias 
atualizadas disponíveis para consulta aos interessados, recomendamos que no caso 
das construtoras que cada obra tenha seu próprio acervo documental bem como o 
controle de utilização. 
6.1 Objetivos do Segurança e Saúde no Trabalho - SST 
As metas devem ser planejadas com antecedência e claras, para que possam 
ser alcançadas. A empresa deve justificá-los, com base na política de SST, porque, 
como tal, enquanto a política estabelece os compromissos a assumir, os objetivos 
estabelecem os objetivos a atingir. A partir daí um termômetro de análise de estoque 
pode ser configurado. 
 Cada objetivo está vinculado a um Programa de Sistema de Gestão da SST e 
para cada objetivo e indicador do programa, são identificados de forma que os 
objetivos possam ser medidos e analisados se estão sendo cumpridos com sucesso 
 
19 
 
ou não. Desta forma, o conselho pode realizar uma análise crítica, permitindo uma 
avaliação eficaz do desempenho do SGSST e com base em fatos verificados. Isso 
permite um trabalho mais organizado e eficiente. 
6.2 Programas de gestão 
Os programas de gestão de SST precisam ser constituídos e documentados de 
forma a permitir a comunicação de todos os envolvidos no processo de 
implementação. O programa deve incluir alguns elementos básicos como: definição 
clara e objetiva das responsabilidades de cada funcionário em todas as áreas da 
empresa; identificar atividades; recursos necessários; e prazos para o seu 
desenvolvimento. 
6.3 Competência, treinamento e experiência 
Um processo deve ser estabelecido para identificar e fornecer as competências 
necessárias para o desempenho de cada cargo existente na empresa. As seguintes 
fontes podem ser levadas em consideração: 
 
 
As competências devem ser instituídas e documentadas, no mínimo, no que 
diz respeito ao treinamento escolar, cursos teóricos e práticos realizados, e tempo de 
 
20 
 
experiência em uma determinada função. As decisões devem ser claras e orientadas 
para seus trabalhadores. Esses documentos constituem a base para novas 
contratações, mudanças de empregos e identificação de novas necessidades de 
treinamento, para garantir que nenhuma pessoa com deficiência execute as 
atividades. 
Existe na construção civil uma grande dificuldade quanto às mãos-de-obra 
operacional e gerencial, levando em conta que, na maioria das vezes não oferecem 
qualificações necessárias. Especialmente para a indústria da construção, o 
treinamento prático demonstrando práticas seguras é muito melhor para construir um 
comportamento seguro do que a instrução em sala de aula com testes escritos. 
6.4 Comunicação 
Esse requisito deve ser desenvolvido por meio de um procedimento que 
forneça um sistema confiável, que estabeleça uma boa comunicação entre a 
administração e os funcionários e vice-versa, entre a empresa e todas as partes. 
Encorajar a comunicação entre diferentes locais é uma forma importante de melhorar 
as operações de negócios. 
A empresa recomenda que os funcionários participem das boas práticas de 
SST e apoiem a política de SST da empresa. Comomeio de comunicação, as 
instruções de serviço devem ser preparadas para serem utilizadas pelos funcionários 
da empresa ou partes interessadas. Como por exemplo convidados e contratados, 
dependendo do serviço e das partes interessadas para a implementação de outros 
meios, que também podem ser utilizados, sendo eles: quadros de avisos contendo 
dados sobre o desempenho de SST; distribuição de cópias dos procedimentos do 
SGSST; cartas de advertência, etc. Vale ressaltar que todas essas ações devem ser 
documentadas. 
 
 
21 
 
 
 
6.5 Documentação e Controle de documentos 
De forma a responder às necessidades da empresa e ser compatível com as 
características da empresa, o documento deve ser desenvolvido num formato 
específico, pois é um elemento importante para a realização de qualquer processo 
relacionado com a empresa. Comunicação, permitindo o conhecimento existente em 
SST deve ser permanentemente mantido e melhorado. 
Entre os requisitos mínimos estão os registros que são: legíveis, reconhecíveis 
e rastreáveis para as atividades envolvidas. Os registros de saúde e segurança 
ocupacional devem ser classificados e mantidos de forma que possam ser 
recuperados em condições regulares e não rotineiras, incluindo emergências. 
Os documentos gerados para o sistema de gestão devem ser controlados por 
procedimento que garanta que sejam elaborados e divulgados de forma organizada, 
permitindo a devida organização. Também deve ser elaborado um manual contendo 
informações relevantes que expliquem o funcionamento do sistema de gestão de 
segurança e saúde ocupacional em geral e em uma linguagem acessível aos 
diferentes níveis de ensino que a empresa espera. 
 
22 
 
6.6 Controle Operacional 
 
Fonte: https://bit.ly/3FR9ENL 
 
Neste requisito, é necessário avaliar o risco e identificar o perigo a fim de aplicar 
medidas de controle. Para isso, devem ser desenvolvidos procedimentos para ações 
de controle, como EPI, EPC, de máquinas e equipamentos, entre outros. Para nomear 
os controles operacionais, é preciso diversos fatores como: 
 
 
 
23 
 
A realização de controles operacionais pode levar à introdução de novos 
perigos, ou seja, possíveis efeitos colaterais. Um exemplo dessa situação é a 
substituição do transporte manual de tambores pelo transporte motorizado, onde a 
probabilidade de lesão muscular é reduzida, mas surge a possibilidade de 
esmagamento de transeuntes com dispositivo motorizado. 
Assim, o controle operacional deve priorizar a eliminação do perigo ou, caso 
não seja possível, buscar minimizar os riscos, ou seja, reduzir a gravidade dos danos 
que pode gerar ou reduzir a probabilidade de sua ocorrência. 
6.7 Preparação e atendimento a emergências 
A partir dos dados referentes aos perigos existentes, a empresa precisa 
determinar quais são as hipóteses de emergência possíveis, tendo em conta os novos 
riscos e situações de emergência que possam surgir na instalação de novos 
equipamentos, serviços e materiais. Lembrando que nenhuma atividade pode ser 
realizada com segurança, pois toda emergência deve ser planejada, pensada, 
praticada e por fim, executada pela empresa. 
A vista disso, esse requisito determina que a empresa deve ter planos ou 
procedimentos de emergência em vigor, e deve determinar como agir em qualquer 
situação de emergência, e que o evento de emergência, preparação (disponibilidade 
de recursos para uma possível emergência) e atendimento (como detecção, 
comunicação, avaliação) e seja feita a mobilização de recursos para o controle de 
emergências. 
O procedimento Deverá conter alguns itens básicos nesse procedimento, como 
sinalização das rotas de fuga e saídas emergências; sistemas de iluminação de 
emergência; responsabilidade desempenhada por cada um em situação de 
emergência como coordenar evacuação, prestar primeiros socorros, combater 
incêndio, acionar agentes externos; treinamentos e qualificações necessárias; mapas 
e plantas com a rotas de fuga identificadas; localização dos equipamentos de 
 
24 
 
emergências, método de identificação dos brigadistas e socorristas, como visitantes e 
subcontratados são orientados para atuar nas situações de emergência. 
 
 
Portanto, é possível afirmar que a eficácia durante as emergências se dá em 
função da qualidade do planejamento, dos treinamentos e simulados utilizados. 
7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 
 
 
 
25 
 
O Equipamento de Proteção Individual (EPI), é um dispositivo fundamental e 
indispensável para a proteção dos trabalhadores, e todos sabem que os EPIs têm 
como finalidade assegurar a saúde e a segurança física desses trabalhadores. 
O uso do EPI é de grande importância, levando em conta que muitas situações 
podem ser evitadas pelo seu uso. A NR 6 estabelece determinações e obrigações de 
cada um para com os equipamentos, seja o fabricante, a empresa ou mesmo o 
colaborador. Se todos fizerem sua parte com muita atenção e cuidado, o número de 
acidentes diminuirá. Portanto, é sempre útil conscientizar sobre a importância do uso 
de EPI, a importância de conhecer cada risco, as boas práticas com os equipamentos 
ou com as atividades realizadas. 
As normas não são as mesmas e por isso os equipamentos também podem 
sofrer algumas alterações de país para país. Observe alguns EPIs mais utilizados: 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
O anexo I da NR apresenta a relação dos equipamentos de acordo com a área 
do corpo em que oferece proteção, veja abaixo essa divisão dos EPIs existentes no 
mercado para a proteção do trabalhador: 
 
 
 
28 
 
Aqui foram apresentados somente alguns tipos de EPI necessários para 
garantir a segurança e o bem-estar de seus funcionários. São inúmeros os aparelhos 
e as empresas devem conhecer as normas nacionais, contar com especialistas em 
segurança do trabalho, treinar suas equipes, ter CIPA e, acima de tudo, investir na 
sua saúde dos trabalhadores. 
8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC 
 
 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC é de uso coletivo, ou seja, tem o 
objetivo de proteger a saúde e a integridade física dos profissionais que trabalham em 
ambientes que podem apresentar riscos. Este dispositivo pode proteger contra 
diversos tipos de riscos, desde químicos, físicos, biológicos e também ergonômicos. 
Em alguns casos, a ausência do EPC pode levar ao embargo do projeto ou da 
empresa, no caso do controle do Ministério Público. A característica principal do EPC 
é a sua prevenção de acidentes tanto para os funcionários quanto para outras pessoas 
no local de trabalho. Com isso, é possível reduzir perdas e aumentar a produtividade 
da empresa por meio da melhoria das condições de trabalho. 
 
29 
 
Estes equipamentos possuem como vantagem a proteção a todos os 
funcionários ao mesmo tempo, por todos usarem e serem beneficiados pelos 
equipamentos. Veja alguns exemplos: 
 
 
A utilização de equipamentos de proteção coletiva desempenha um papel 
fundamental na redução do número de acidentes de trabalho e doenças profissionais. 
Estes equipamentos coletivos não precisam ser trocados com frequência, exige 
apenas o investimento inicial para adquirir, e a sua manutenção periódica. 
 
 
 
30 
 
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
ANDRADE, Fernanda Rodrigues Guimarães. Direitos Humanos dos 
Trabalhadores: uma análise da Declaração da Organização Internacional do 
Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. Belo Horizonte: 
RTM, 2012. 
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. ed. rev. e ampl. São 
Paulo: LTr, 2009. 
DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Responsabilidade civil no direito do trabalho. 
3. ed. São Paulo: LTr, 2008. 
LEDUR, José Felipe. A Realização do Direito do Trabalho. Porto Alegre: Sergio 
Antonio Fabris, 1998. 
MARTINEZ, Luciano. Reforma trabalhista: entenda o que mudou. São Paulo: 
Saraiva, 2018. 
MARTINS, SérgioPinto. Direito do trabalho. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 19. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2002. 
MELO, Raimundo Simão de. Direito ambiental do trabalho e a saúde do 
trabalhador. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008. 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Compêndio de Direito Sindical. 6. ed. São Paulo: 
LTr, 2009. 
PINTO, José Augusto Rodrigues. Curso de direito individual do trabalho. 4. ed. São 
Paulo: LTr, 2000. 
PLÁ RODRIGUEZ, Américo. Princípios de direito do trabalho. 3. ed. atual. São Paulo: 
LTr, 2000. 
 
31 
 
PORTO, Lorena Vasconcelos. A Subordinação no Contrato de Trabalho – uma 
releitura necessária. São Paulo: LTr, 2009. 
ROBLES, Gregorio. Os Direitos Fundamentais e a Ética na Sociedade Atual. 
Tradução de Roberto Barbosa Alves. Barueri, São Paulo: Manole, 2005. 
RODRIGUES PINTO, José Augusto. Direito Sindical e Coletivo do Trabalho. São 
Paulo: LTr, 1998. 
RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 1993. 
SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. 4. ed. Porto Alegre: 
Livraria do Advogado, 2004. 
SARMENTO, Daniel. Dignidade da Pessoa Humana: conteúdo, trajetórias e 
metodologia. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016. 
SCHIAVI, Mauro. Ações de reparação por danos morais decorrentes da relação 
de trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2009. 
SILVA, Luiz de Pinho Pedreira da. Principiologia do Direito do Trabalho. São Paulo: 
LTr, 1997. 
SILVA, Virgílio Afonso da. Direitos fundamentais: conteúdo essencial, restrições 
e eficácia. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. 
SÜSSEKIND, Arnaldo; Maranhão, Délio; VIANNA, Segadas. Instituições de direito do 
trabalho. 12. ed. vol. 2. São Paulo: LTr, 1991. 
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 14. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
TEIXEIRA FILHO, Manoel Antonio. O Processo do Trabalho e a Reforma 
Trabalhista - as alterações introduzidas no Processo do Trabalho pela Lei n. 
13.467/2017. São Paulo: LTr, 2017. 
WANDELLI, Leonardo Vieira. O Direito Humano e Fundamental ao Trabalho: 
fundamentação e exigibilidade. São Paulo: LTr, 2012.

Continue navegando