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2 Sumário 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2 CONCEITOS ............................................................................................................ 4 3 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO ........................................ 8 4 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO .................................... 14 5 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS ............................... 15 6 REQUISITOS LEGAIS E OUTROS ....................................................................... 18 6.1 Objetivos do Segurança e Saúde no Trabalho - SST .......................................... 18 6.2 Programas de gestão .......................................................................................... 19 6.3 Competência, treinamento e experiência ............................................................ 19 6.4 Comunicação ...................................................................................................... 20 6.5 Documentação e Controle de documentos ......................................................... 21 6.6 Controle Operacional .......................................................................................... 22 6.7 Preparação e atendimento a emergências .......................................................... 23 7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI .......................................... 24 8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC ......................................... 28 9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 30 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno, O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 CONCEITOS Para conceituar segurança do trabalho, é preciso entender que se trata de um conjunto de normas, medidas, atividades e também ações preventivas, que são adotadas com o intuito de melhorar e garantir a segurança no ambiente de trabalho. Através de técnicas específicas e de estudos, analisa-se quais seriam as possíveis causas dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, buscando evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, protegendo a integridade física dos trabalhadores, e prevenindo novos incidentes que possam vir a afetar a qualidade de vida dos trabalhadores no trabalho da empresa. A segurança do trabalho é uma área de extrema importância para qualquer negócio, pois trata da qualidade de vida e da manutenção de um ambiente de trabalho seguro, o que afeta diretamente a produtividade e até reduz custos, pois, ações evitam custos com tratamentos, acidentes com funcionários e até ações judiciais. A atuação dos profissionais na segurança do trabalho visa proporcionar um ambiente livre de riscos de acidentes e de doenças ocupacionais, sempre em caráter preventivo, isso para evitar possíveis danos ao empregado que afete também a empresa. Que no Brasil é referenciada pelas Normas Regulamentadoras (as chamadas NR) e através de decretos e portarias que fundamentam o trabalho e o desempenho das atividades ocupacionais. É importante para cada empresa ter uma equipa e especialistas que podem ser: técnicos, médicos, superior e enfermeiros do trabalho. O tamanho da equipe varia em função do número de funcionários e do nível de risco do negócio. Como já exposto, há muitos objetivos, mas vale destacar alguns como, proporcionar qualidade de vida evitando acidentes e doenças ocupacionais, como: dores e lesões no corpo ou limitações nas atividades cotidianas, seja temporária ou permanente. E esses objetivos podem variar de acordo com o segmento de cada negócio, mas, a maioria são: 5 O direito do trabalho foi o primeiro dos direitos sociais a surgir e é, sem dúvida, pelo seu poder generalizado, o motor da construção de muitos outros direitos sociais, entre os quais são relacionados com a educação, saúde, alimentação, habitação, entretenimento, segurança, previdência social, maternidade e proteção à criança e assistência aos pobres. 6 Sobre o processo construtivo do direito do trabalho, por consequências dos demais direitos sociais, originou-se do conflito de classes. Sua edificação e crescimento, de outra forma, decorreram de diversos acontecimentos historicamente favoráveis. Acerca dessa história constitutiva do direito do trabalho, sem dúvidas pode-se dizer que é inexplicável o poder que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer. O ramo jurídico analisado, parece ter surgido da força do inevitável, do imutável. Tem que acontecer, é por isso que acontece: muitos fatores vinculam e contribuem para a valorização dos direitos sociais, incluindo a construção de um sistema jurídico capaz de proteger os trabalhadores de comportamentos abusivos por parte do empregador. Se o direito do trabalho, como regulação normativa estatal ou origem comum não existisse, a história do conflito entre capital e trabalho certamente seria diferente. Por volta do século XIX, justamente na época em que surgiram as primeiras normas de proteção ao trabalho, convergiram, quase simultaneamente, acontecimentos históricos importantes para a consolidação do movimento operário: os trabalhadores da delegação passaram a organizar procedimentos, ideias a partir das lutas que eles começaram a popularizar, o modelo ideológico guiado por Karl Marx e até mesmo a Igreja Católica, que tradicionalmente não participava dos conflitos sociais, publicou, em resposta ao socialismo iminente, a Encíclica Rerum Novarum, que clamava pela harmonia entre capital e trabalho tendo em vista as evidências dos novos tempos. Para melhor entendimento, observe o mapa mental que mostra a história do direito do trabalho em quatro fases: 7 Vale destacar mais uma vez que, a “Lei do Trabalho” e a “Lei da Segurança do Trabalho” visam garantir as melhores condições dos trabalhadores através das medidas de proteção estipuladas pela legislação laboral. Para proteger a saúde dos trabalhadores, a segurança do trabalho é implementada de forma eficaz, pois os colaboradores mais afetados pelos fatores de risco são os próprios colaboradores. Os empregadores têm a sensação de que não têm apenas uma visão lucrativa, consideram o quanto de dinheiro pode ser feito na economia com a compra de 8 equipamentos de proteção individual de qualidade inferior, deixando assim de proteger de forma eficaz a vida dos trabalhadores. 3 GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO As empresas devem ser protegidas dos riscos de degradação do ambiente de trabalho, garantindo o bem-estar físico, social e principalmente mental dos colaboradores. Para minimizar ou eliminar os danos causados por ferimentos ou acidentes que podem ocorrer no local de trabalho, muitas organizações desenvolvem e implementam sistemas de gestão para fins de segurança e saúdeocupacional. Os principais motivos pelos quais as empresas investem nesse tipo de sistema são os custos e a responsabilidade social. A partir dessas perspectivas, as empresas veem as vantagens competitivas que acabam motivando a continuar promovendo a Segurança e Saúde do Trabalho - SST. Se por acaso acontecer algum acidente, mesmo que resulte ou não em lesões aos trabalhadores, isso gerará um prejuízo econômico significativo, afinal, todos os custos diretos e indiretos resultantes serão abonados no custo de produção, ao qual reverterá em ônus para a empresa e, portanto, para todas as partes interessadas. Vale ressaltar que a maioria dos empresários visualizam apenas os custos diretos relacionados aos acidentes, enquanto que, os custos indiretos podem ser de maiores que o custo direto. Para aferir a amplitude destes custos, é importante referir que sempre que acontecer algum tipo de acidente, por mais simples que seja, este passará a incorrer numa série de custos diretos e indiretos e normalmente esses custos não são claramente percebidos e caracterizados pela organização. Os custos com a não-segurança são os principais custos envolvidos com os acidentes (diretos e indiretos) que podem possuir maior ou menor abrangência, dadas as características do acidente; e o custo da segurança explica os principais custos da segurança sendo que, esses custos podem ser maiores ou menores por serem 9 funções do tipo de obra, de duração, de número de funcionários e também da eficácia da gestão da SST na empresa. O simples fato de conhecer a existência dos custos da não-segurança e da segurança é primordial para gerentes e diretores, pois, não conhecer é um dos fatores que levam as empresas à negligenciada SST, por se tratar de um assunto com obrigações legais. Portanto, a de se concluir que as avaliações de investimentos em segurança das organizações, como as decisões de implementação do SGSST e outras decisões operacionais, necessitam serem feitas por meio de uma análise de escopo, dos custos da não-segurança e dos custos da segurança. No âmbito da responsabilidade social, surge a importância da implementação socialmente responsável das empresas, uma vez que cada empresa deve ter um processo contínuo de reavaliação do seu ambiente interno e externo, para identificar como as suas atividades podem afetar direta e indiretamente a qualidade dos seus colaboradores, as comunidades vizinhas, as instituições com as quais entra em contato e a sociedade, possibilitando uma atividade que promova as mudanças necessárias. As empresas devem ser “vistas” como sistemas sociais, cujos membros dividem valores e culturas comuns, que formam a base da consciência corporativa. Portanto, pode-se dizer que as empresas têm consciência e podem ser moralmente responsáveis por seus atos. Assim, a questão dos acidentes de trabalho é considerada como um dos fatores integrantes da responsabilidade social das organizações. O sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional deve ser considerado como uma ferramenta de gestão para auxiliar na melhoria da atuação das construtoras em SST, tudo que é a necessidade básica da organização, dos colaboradores e da sociedade. Porém, existe um grande número de empresas construtoras que não conhecem o SST, não conhecem os elementos, os conceitos envolvidos, e os resultados e benefícios que podem advir de sua implementação. 10 Para implementar adequadamente um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional, é importante conhecer os níveis de desempenho de segurança e saúde ocupacional que as organizações podem demonstrar, pois o objetivo fundamental do sistema é implementar esta implementação. Esses sistemas de gestão podem ajudar as empresas a alcançarem um nível de melhoria contínua com mecanismos sistemáticos e baseados no desempenho. Sendo assim, observe alguns conceitos básicos que toda organização precisa ter conhecimento: 11 12 Nesse sistema, os elementos exigem um processo contínuo de revisões e avaliações, como parte do conceito de melhoria. Deve-se sempre tomar cuidado para melhorar e minimizar quaisquer incompatibilidades de saúde e segurança. E para essa avaliação, a identificação de um item com alto percentual ou alto índice de não 13 conformidade pode ser usada como um indicador de preferência para eliminar a não conformidade ou reduzi-la aos padrões estabelecidos na norma especificada. A formulação do conceito de sistema de gestão de SST surge da teoria dos sistemas e do pensamento sistêmico para constituir uma visão global da SGSSTs, que é essencial para as organizações que desejam implementa-la. Os elementos básicos do SGSST, leva em consideração os requisitos propostos pela norma NBR - 18.801, que são desdobrados sistematicamente nos elementos básicos conforme a ilustração: Para cada elemento é apresentado uma análise crítica do requisito em relação aos seus objetivos específicos, e ao entendimento do seu conteúdo também, isso através de uma revisão bibliográfica do assunto das explicações que são apresentadas pelas normas e guias relacionadas aos SGSSTs. 14 4 POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO O objetivo deste requisito é definir a direção geral da empresa e as diretrizes de ação na área de saúde e segurança no trabalho. Essas diretrizes devem incluir elementos que sejam efetivamente respeitados pela empresa e claramente destacados. A política deve ser autorizada pela alta administração, delineando as metas gerais de saúde e segurança e um compromisso com a melhoria das operações de saúde e segurança. A empresa deve basear suas políticas em seus respectivos objetivos e programas de gestão de saúde e segurança no trabalho. A implementação da política e missão da empresa face a objetivos quantificáveis, levada a cabo consecutivamente a todos os níveis da organização, para permitir que as pessoas saibam exatamente como contribuem, ajudam a empresa a gerir facilmente, tornam a empresa mais flexível e dinâmica. Em suma, uma política de SST é uma carta de intenções, que deve incluir pontos que a empresa realmente realiza e podem ser claramente destacados. O nível de comprometimento do conselho com a segurança pode ser demonstrado de várias maneiras. Ainda que possam ser constituídas as políticas, nessas questões, o Conselho pode fazer a mais forte declaração de seu compromisso com a segurança, ou seja, nas formas de intervenção. O compromisso com a implementação da política de segurança deve ser, antes de mais, da responsabilidade do conselho de administração, não sendo deixado a cargo dos trabalhadores. Alguns autores sugerem medidas que precisam ser adotadas para uma implementação efetiva, tais como: participar ativamente dos esforços de implementação de políticas de segurança; reconhecer funcionários que implementam políticas; demonstrar continuamente suporte para políticas de privacidade. O Certificado de Aprovação de Instalações (NR-02) define que, qualquer estabelecimento novo, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão 15 regional do Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, antes de iniciar suas atividades, pois logo após inspeção prévia, será emitido o CAI. Esta política deve ser comunicada a todos os colaboradores da empresa de forma que todos compreendam, sem necessidade de memorização. Pode ser divulgado por murais, palestras, cartazes, etc. 5 IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS É necessário que a empresa estabeleça e mantenha procedimentos que identifiquem os perigos, que avalie os riscos e implemente medidas de controle necessárias, além de documentar e manter essas informações. Deve buscar conhecimento adequado dos perigos e riscos em seu ambiente de trabalho, estabelecer um sistema que permita a criaçãode um inventário de perigos e perigos futuros a serem identificados e tratados de forma adequada. Essa tendência no Brasil, pode ser percebida na indústria da construção civil através das normas regulamentadoras, pois estas, formam respectivamente os Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção- PCMAT e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais- PPRA, e estes, devem ser implementados pelas empresas de forma que contemplem obrigatoriamente ao processo de identificação prévia de riscos e perigos propícios no ambiente de trabalho. Algumas empresas realizam a identificação de riscos e perigos de maneira informal, ou seja, de formal não planejada, com base apenas na experiência de seus técnicos de SST, um exemplo são as construtoras, muita das vezes sem a preocupação com os riscos reais oferecidos, apenas pelo intuito exclusivo de obedecer a uma imposição legal. A gestão de riscos é imprescindível, isso porque auxilia na tomada de decisões na área de saúde e segurança, permitindo uma melhor alocação de recursos. Também auxilia no processo de definição das medidas de controle, para assim, avaliar quais riscos são aceitáveis e quais devem e podem ser controlados no futuro. Esses 16 dados devem auxiliar no estabelecimento de metas e programas, direcionando recursos para as áreas que mais importam, levando a melhores relações de custo- benefício. Ressalta-se que não é possível eliminar todos os riscos e perigos existentes no ambiente de trabalho, portanto, uma gestão de riscos eficaz e bem executada é imprescindível. Este procedimento deve buscar profunda e continuamente para reduzir os existentes. Com base na identificação de perigos e riscos, a empresa deve buscar processos que possam contribuir para a redução destes estabelecendo controles necessários para esse processo. Nesse sentido, vários fatores precisam ser considerados, tais como: nível de risco existente, custo, viabilidade de controle e possibilidade de introdução de novos perigos, origem (perigo), meio ambiente e pessoas, e os controles mais rígidos estão nas fontes mais eficazes, e eficientes serão. Os controles operacionais na fonte necessitam priorizar a eliminação de perigos ou a prevenção de sua presença, pois, uma vez que não existam, não haverá acidentes ou danos aos trabalhadores. Ressalta-se que essa forma de controle pode exigir a adoção de novas tecnologias, mudanças significativas no processo e, consequentemente, maiores investimentos para resultados mais substanciais, maior proteção ao trabalhador e melhor desempenho profissional. 17 Sobre o controle de pessoas, fundamenta-se no estabelecimento de parâmetros de pensamentos e ações dos trabalhadores, com o objetivo de garantir que o processo seja realizado com segurança. Isso deve ser usado como último recurso, apenas nos casos em que não seja possível alcançar um método viável de tornar o ambiente de trabalho totalmente seguro. Para atender a esse requisito de maneira eficaz, é necessário um gerenciamento de risco sistemático e proativo para garantir que todos os perigos atuais e futuros sejam identificados com segurança com antecedência, a fim de prever e planejar como probabilidades. Ao identificar perigos e avaliar riscos, as empresas podem avaliar o que é aceitável e controlável e como esse controle pode ser exercido. Deve-se notar que este processo deve ser realizado no início da implementação de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho - SGSST, em intervalos regularmente definidos, ou quando necessário, pois suas condições não são estáticas e novos perigos podem surgir a qualquer momento, mesmo que sejam devido à fatores externos de mudanças, incluindo novos trabalhos, a introdução de novos materiais, equipamentos e serviços. SGSST é um processo de desenvolvimento dependente do conteúdo 18 estrutural da empresa, é necessário levar em conta mudanças, atualizações e principalmente atividades. 6 REQUISITOS LEGAIS E OUTROS Antes de tentar implementar um SGSST, deve-se sempre pesquisar e conhecer os padrões relevantes relacionados a SST. A empresa deve estabelecer e manter um procedimento para definir e acessar a legislação e outros requisitos de saúde e segurança ocupacional que se aplicam a ela. As regras, leis e outras informações devem ser mantidas atualizadas. Convém que informações relevantes sobre a legislação e outros requisitos sejam comunicadas aos seus funcionários e outras partes interessadas junto aos participantes do processo. A falta de um processo adequado para identificar e fazer cumprir as leis e normas nas empresas pode contribuir para o seu não cumprimento e levar a multas, embargos e acidentes. O ideal é que a empresa possua cadastro com o original e tenha cópias atualizadas disponíveis para consulta aos interessados, recomendamos que no caso das construtoras que cada obra tenha seu próprio acervo documental bem como o controle de utilização. 6.1 Objetivos do Segurança e Saúde no Trabalho - SST As metas devem ser planejadas com antecedência e claras, para que possam ser alcançadas. A empresa deve justificá-los, com base na política de SST, porque, como tal, enquanto a política estabelece os compromissos a assumir, os objetivos estabelecem os objetivos a atingir. A partir daí um termômetro de análise de estoque pode ser configurado. Cada objetivo está vinculado a um Programa de Sistema de Gestão da SST e para cada objetivo e indicador do programa, são identificados de forma que os objetivos possam ser medidos e analisados se estão sendo cumpridos com sucesso 19 ou não. Desta forma, o conselho pode realizar uma análise crítica, permitindo uma avaliação eficaz do desempenho do SGSST e com base em fatos verificados. Isso permite um trabalho mais organizado e eficiente. 6.2 Programas de gestão Os programas de gestão de SST precisam ser constituídos e documentados de forma a permitir a comunicação de todos os envolvidos no processo de implementação. O programa deve incluir alguns elementos básicos como: definição clara e objetiva das responsabilidades de cada funcionário em todas as áreas da empresa; identificar atividades; recursos necessários; e prazos para o seu desenvolvimento. 6.3 Competência, treinamento e experiência Um processo deve ser estabelecido para identificar e fornecer as competências necessárias para o desempenho de cada cargo existente na empresa. As seguintes fontes podem ser levadas em consideração: As competências devem ser instituídas e documentadas, no mínimo, no que diz respeito ao treinamento escolar, cursos teóricos e práticos realizados, e tempo de 20 experiência em uma determinada função. As decisões devem ser claras e orientadas para seus trabalhadores. Esses documentos constituem a base para novas contratações, mudanças de empregos e identificação de novas necessidades de treinamento, para garantir que nenhuma pessoa com deficiência execute as atividades. Existe na construção civil uma grande dificuldade quanto às mãos-de-obra operacional e gerencial, levando em conta que, na maioria das vezes não oferecem qualificações necessárias. Especialmente para a indústria da construção, o treinamento prático demonstrando práticas seguras é muito melhor para construir um comportamento seguro do que a instrução em sala de aula com testes escritos. 6.4 Comunicação Esse requisito deve ser desenvolvido por meio de um procedimento que forneça um sistema confiável, que estabeleça uma boa comunicação entre a administração e os funcionários e vice-versa, entre a empresa e todas as partes. Encorajar a comunicação entre diferentes locais é uma forma importante de melhorar as operações de negócios. A empresa recomenda que os funcionários participem das boas práticas de SST e apoiem a política de SST da empresa. Comomeio de comunicação, as instruções de serviço devem ser preparadas para serem utilizadas pelos funcionários da empresa ou partes interessadas. Como por exemplo convidados e contratados, dependendo do serviço e das partes interessadas para a implementação de outros meios, que também podem ser utilizados, sendo eles: quadros de avisos contendo dados sobre o desempenho de SST; distribuição de cópias dos procedimentos do SGSST; cartas de advertência, etc. Vale ressaltar que todas essas ações devem ser documentadas. 21 6.5 Documentação e Controle de documentos De forma a responder às necessidades da empresa e ser compatível com as características da empresa, o documento deve ser desenvolvido num formato específico, pois é um elemento importante para a realização de qualquer processo relacionado com a empresa. Comunicação, permitindo o conhecimento existente em SST deve ser permanentemente mantido e melhorado. Entre os requisitos mínimos estão os registros que são: legíveis, reconhecíveis e rastreáveis para as atividades envolvidas. Os registros de saúde e segurança ocupacional devem ser classificados e mantidos de forma que possam ser recuperados em condições regulares e não rotineiras, incluindo emergências. Os documentos gerados para o sistema de gestão devem ser controlados por procedimento que garanta que sejam elaborados e divulgados de forma organizada, permitindo a devida organização. Também deve ser elaborado um manual contendo informações relevantes que expliquem o funcionamento do sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional em geral e em uma linguagem acessível aos diferentes níveis de ensino que a empresa espera. 22 6.6 Controle Operacional Fonte: https://bit.ly/3FR9ENL Neste requisito, é necessário avaliar o risco e identificar o perigo a fim de aplicar medidas de controle. Para isso, devem ser desenvolvidos procedimentos para ações de controle, como EPI, EPC, de máquinas e equipamentos, entre outros. Para nomear os controles operacionais, é preciso diversos fatores como: 23 A realização de controles operacionais pode levar à introdução de novos perigos, ou seja, possíveis efeitos colaterais. Um exemplo dessa situação é a substituição do transporte manual de tambores pelo transporte motorizado, onde a probabilidade de lesão muscular é reduzida, mas surge a possibilidade de esmagamento de transeuntes com dispositivo motorizado. Assim, o controle operacional deve priorizar a eliminação do perigo ou, caso não seja possível, buscar minimizar os riscos, ou seja, reduzir a gravidade dos danos que pode gerar ou reduzir a probabilidade de sua ocorrência. 6.7 Preparação e atendimento a emergências A partir dos dados referentes aos perigos existentes, a empresa precisa determinar quais são as hipóteses de emergência possíveis, tendo em conta os novos riscos e situações de emergência que possam surgir na instalação de novos equipamentos, serviços e materiais. Lembrando que nenhuma atividade pode ser realizada com segurança, pois toda emergência deve ser planejada, pensada, praticada e por fim, executada pela empresa. A vista disso, esse requisito determina que a empresa deve ter planos ou procedimentos de emergência em vigor, e deve determinar como agir em qualquer situação de emergência, e que o evento de emergência, preparação (disponibilidade de recursos para uma possível emergência) e atendimento (como detecção, comunicação, avaliação) e seja feita a mobilização de recursos para o controle de emergências. O procedimento Deverá conter alguns itens básicos nesse procedimento, como sinalização das rotas de fuga e saídas emergências; sistemas de iluminação de emergência; responsabilidade desempenhada por cada um em situação de emergência como coordenar evacuação, prestar primeiros socorros, combater incêndio, acionar agentes externos; treinamentos e qualificações necessárias; mapas e plantas com a rotas de fuga identificadas; localização dos equipamentos de 24 emergências, método de identificação dos brigadistas e socorristas, como visitantes e subcontratados são orientados para atuar nas situações de emergência. Portanto, é possível afirmar que a eficácia durante as emergências se dá em função da qualidade do planejamento, dos treinamentos e simulados utilizados. 7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 25 O Equipamento de Proteção Individual (EPI), é um dispositivo fundamental e indispensável para a proteção dos trabalhadores, e todos sabem que os EPIs têm como finalidade assegurar a saúde e a segurança física desses trabalhadores. O uso do EPI é de grande importância, levando em conta que muitas situações podem ser evitadas pelo seu uso. A NR 6 estabelece determinações e obrigações de cada um para com os equipamentos, seja o fabricante, a empresa ou mesmo o colaborador. Se todos fizerem sua parte com muita atenção e cuidado, o número de acidentes diminuirá. Portanto, é sempre útil conscientizar sobre a importância do uso de EPI, a importância de conhecer cada risco, as boas práticas com os equipamentos ou com as atividades realizadas. As normas não são as mesmas e por isso os equipamentos também podem sofrer algumas alterações de país para país. Observe alguns EPIs mais utilizados: 26 27 O anexo I da NR apresenta a relação dos equipamentos de acordo com a área do corpo em que oferece proteção, veja abaixo essa divisão dos EPIs existentes no mercado para a proteção do trabalhador: 28 Aqui foram apresentados somente alguns tipos de EPI necessários para garantir a segurança e o bem-estar de seus funcionários. São inúmeros os aparelhos e as empresas devem conhecer as normas nacionais, contar com especialistas em segurança do trabalho, treinar suas equipes, ter CIPA e, acima de tudo, investir na sua saúde dos trabalhadores. 8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC é de uso coletivo, ou seja, tem o objetivo de proteger a saúde e a integridade física dos profissionais que trabalham em ambientes que podem apresentar riscos. Este dispositivo pode proteger contra diversos tipos de riscos, desde químicos, físicos, biológicos e também ergonômicos. Em alguns casos, a ausência do EPC pode levar ao embargo do projeto ou da empresa, no caso do controle do Ministério Público. A característica principal do EPC é a sua prevenção de acidentes tanto para os funcionários quanto para outras pessoas no local de trabalho. Com isso, é possível reduzir perdas e aumentar a produtividade da empresa por meio da melhoria das condições de trabalho. 29 Estes equipamentos possuem como vantagem a proteção a todos os funcionários ao mesmo tempo, por todos usarem e serem beneficiados pelos equipamentos. Veja alguns exemplos: A utilização de equipamentos de proteção coletiva desempenha um papel fundamental na redução do número de acidentes de trabalho e doenças profissionais. Estes equipamentos coletivos não precisam ser trocados com frequência, exige apenas o investimento inicial para adquirir, e a sua manutenção periódica. 30 9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANDRADE, Fernanda Rodrigues Guimarães. Direitos Humanos dos Trabalhadores: uma análise da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. Belo Horizonte: RTM, 2012. BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: LTr, 2009. DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Responsabilidade civil no direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008. LEDUR, José Felipe. A Realização do Direito do Trabalho. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1998. MARTINEZ, Luciano. Reforma trabalhista: entenda o que mudou. São Paulo: Saraiva, 2018. MARTINS, SérgioPinto. Direito do trabalho. 25 ed. São Paulo: Atlas, 2009. MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. 19. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. MELO, Raimundo Simão de. 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