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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
MEDICINA LEGAL
Perícia Médico‐Legal. 
Documentos Legais
Livro Eletrônico
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Perícia Médico‐Legal. Documentos Legais
NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Perícia Médico-Legal. Documentos Legais ......................................................................................................5
Introdução ............................................................................................................................................................................5
Conceito de Medicina Legal e suas Subdivisões ...........................................................................................5
1. Perícia Médico-Legal: Perícias Médico-Legais, Perícia e Peritos ...................................................7
1.1. Das Perícias Médico-Legais ...............................................................................................................................7
1.2. Dos Peritos ..................................................................................................................................................................9
1.3. Do Corpo de Delito e Exames Periciais Diretos e Indiretos ......................................................... 10
1.4. O Decálogo Ético do Perito ..............................................................................................................................13
2. Documentos Legais: Conteúdo e Importância .........................................................................................14
2.1. Notificações ..............................................................................................................................................................15
2.2. Atestados ..................................................................................................................................................................15
2.3. Prontuários...............................................................................................................................................................16
2.4. Relatórios ..................................................................................................................................................................16
2.5. Consulta Médico-Legal......................................................................................................................................17
2.6. Pareceres ...................................................................................................................................................................18
2.7. Depoimento Oral ...................................................................................................................................................18
2.8. Atestado ou Declaração de Óbito ................................................................................................................18
Resumo ................................................................................................................................................................................21
Caderno de Exercícios: Notas Introdutórias ..................................................................................................23
Questões de Concurso ............................................................................................................................................... 24
Gabarito ..............................................................................................................................................................................29
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................30
Referências .......................................................................................................................................................................39
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Perícia Médico‐Legal. Documentos Legais
NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
ApresentAção
Olá, futuro(a) servidor(a), como estão os estudos? Foco, força e fé sempre que a con-
quista virá!
Para quem ainda não me conhece, é um grande prazer poder compartilhar com você este 
material em PDF visando o concurso da Polícia Civil do estado de Rondônia (2022). Sou o 
professor Dalbertom Caselato Junior e ministro disciplinas de Medicina Legal para concursos, 
Criminologia, Direito Penal e Processo Penal em instituições particulares de Brasília-DF e no 
Gran Cursos Online. Sou professor destas disciplinas, ademais, na Escola Superior de Polícia 
Civil do DF. Sou policial civil do DF desde 2006, bacharel em Relações Internacionais e Direito, 
especialista em Direito Público e Mestre em Direito e Políticas Públicas com área de concentra-
ção no Direito Penal e na Criminologia. Atualmente, além da docência no ensino superior e em 
cursos preparatórios, venho me dedicando a tese de doutorado em Criminologia.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você 
surpreenda a Banca examinadora do Cebraspe, e não o contrário. Nesse ponto, esse material 
vai te ajudar a chegar à posse. Desta forma, a presente disciplina se torna imprescindível para 
garantir uma boa pontuação de questões que geralmente são de fácil compreensão.
Você não irá desperdiçar essa chance de conquistar estes pontos preciosos na prova, não 
é verdade? Então, aproveite! As referências bibliográficas estarão presentes ao final de cada 
aula digital. Diante disso, você terá um suporte caso queira um aprofundamento para as próxi-
mas fases do seu concurso, caso exista. Para não ficar um material com transcrição de letra 
de lei, evitarei usar literalidade e dispositivos legais, destacando, na verdade, aquilo que for 
importante em cada tema previsto no seu edital.
Vamos, com o auxílio dos exercícios retirados do Gran Questões, preferencialmente da 
banca CEBRASPE, pontuar aquilo que poderá ser o alvo da prova. O tempo é precioso. A obje-
tividade é essencial para o sucesso. Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu 
edital de Medicina Legal, buscando sua tão sonhada aprovação.
Além das questões de concursos anteriores da banca do Cebraspe, ao final do seu cader-
no de questões na Aula essencial 80/20, estudaremos questões de outras bancas que serão 
resolvidas em menor número para que você fique preparado para as surpresas do examinador.
Iniciaremos nossa aula 1 com uma breve introdução conceitual da Medicina Legal e suas 
subdivisões para que o aluno tenha uma clara noção de todo o conteúdo proposto pelo edital. 
Em seguida, estudaremos o item 1 (Perícia médico-legal: perícias médico-legais, perícia e peri-
tos) e o item 2 (Documentos legais: conteúdo e importância).
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Perícia Médico‐Legal. Documentos Legais
NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
Isso visa dar ao(à) aluno(a)a compreensão da continuidade do conteúdo proposto de acor-
do com o ensinamento proposto pela doutrina. Todavia, ao final do PDF todos os itens do edital 
restarão trabalhados, ok? Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. 
Por favor: material obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas 
no Fórum do aluno! Vamos iniciar nossa jornada rumo à aprovação?
Desejo uma boa sorte a todos!
Professor-Mestre Dalbertom Caselato Junior
@professor.caselato 
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NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
PERÍCIA MÉDICO-LEGAL. DOCUMENTOS LEGAIS
Introdução
ConCeIto de MedICInA LegAL e suAs subdIvIsões
A conceituação da Medicina Legal dependerá, segundo a literatura nacional e estrangeira, 
da perspectiva histórica de cada uma destas nacionalidades. Enquanto Ambroise Paré, em 
1575, em seu Tratado dos Relatórios, conceituava a Medicina Legal como a “arte de fazer rela-
tórios”; no século XIX, por sua vez, Lacassagne a definia de forma mais concisa e clara como “a 
arte de pôr conhecimentos médicos ao serviço da Administração da Justiça”. Hoffman, grande 
legista austríaco, a considerava não uma arte, mas uma Ciência:
É a ciência que tem por objeto o estudo das questões no exercício da jurisprudência civil e criminal 
e cuja solução depende de certos conhecimentos médicos prévios. (HÉRCULES, 2011)
Há que se concordar com o referido autor, visto que a Medicina Legal é, ao um só tempo, 
arte e ciência. É arte porque a realização de uma perícia médica requer habilidade na prática do 
exame e estilo na redação do laudo; entende-se por ciência, haja vista possuir um campo pró-
prio de pesquisas, valendo-se de todo o conhecimento oferecido pelas demais especialidades 
médicas (HERCULES, 2021).
Assim, temos uma série de conceituações da Medicina Legal segundo a interpretação de 
diferentes autores em diferentes nacionalidades: Flamínio Fávero a entende como “a aplicação 
de conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles carecem”.
Por sua vez, Hélio Gomes a define como “o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos 
destinados a servir ao Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando 
na execução dos dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada”.
Delton Croce entende a Medicina Legal como sendo:
[…] a ciência e arte extrajurídica auxiliar alicerçada em um conjunto de conhecimentos médicos, paramédi-
cos e biológicos destinados a defender os direitos e os interesses dos homens e da sociedade.
Assim, Croce entende que a Medicina Legal deve servir mais ao Direito, visando os inte-
resses sociais e humanos, do que a própria Medicina em si. Nesta conexão, Luciana Gazzola 
afirma a clara conexão entre Medicina Legal e o Direito, uma matéria autônoma hábil a realizar 
esta interface entre as duas ciências de conhecimento (GAZZOLA, 2021).
Tendo por base que a Medicina Legal tem por objeto a chamada perícia médica; ou seja, 
todos os atos médicos tendentes a contribuir com as autoridades administrativas, policiais 
ou judiciais com conhecimentos científicos específicos ligados à área médica, pautados nos 
princípios basilares da objetividade e imparcialidade (visum et repertum – ver e reportar), ne-
cessita, para se valer de conhecimentos destas várias especialidades médicas, se subdividir 
para uma melhor atuação em suas diferentes competências.
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Perícia Médico‐Legal. Documentos Legais
NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
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Para Hygino de Carvalho Hércules (2011), os principais ramos da Medicina Legal são a 
Patologia Forense, a Toxicologia Forense, a Infortunística, a Antropologia Forense, a Sexologia 
Forense, a Psiquiatria Forense e a Deontologia.
A Patologia Forense estuda toda a Traumatologia Forense e a Tanatologia. A primeira con-
siste em estudar as chamadas energias vulnerantes, seu mecanismo de ação e suas consequ-
ências pessoais e sociais. A Tanatologia, por seu turno, visa ao estudo da morte, sua conceitu-
ação, sua causa jurídica e os fenômenos cadavéricos que enseja.
A toxicologia forense objetiva estudar as substâncias tóxicas, seus efeitos sobre o ser hu-
mano, seu mecanismo de ação, seu modo de detecção em casos concretos e o esclarecimen-
to de aspectos de repercussão jurídica.
A denominada infortunística ocupa-se dos acidentes de trabalho, etiologia, dinâmica e consequ-
ências. Tem por objetivo precípuo estabelecer nexo de causalidade entre os acidentes e a consequ-
ência incapacidade laborativa da vítima. Hygino Hércules, em uma posição mais isolada, entende 
que a infortunística deveria englobar os acidentes pessoais não-laborais (HÉRCULES, 2011).
Na antropologia forense, estuda-se os restos mortais, despojos humanos, com fins de es-
clarecer suas identidades, causa de morte, ascendência e outros dados de valor social.
A sexologia forense abrange aspectos relacionados ao diagnóstico da virgindade, violência se-
xual, gravidez, puerpério, aborto, bem como problemas médico-legais relativos ao casamento.
A psiquiatria forense objetiva avaliar a responsabilidade penal e a capacidade civil daqueles 
acometidos de distúrbios mentais. Nela são analisados aspectos médico-legais da embria-
guez e das toxicomanias.
Por fim, a deontologia ocupa-se, dentro da Medicina Legal, com as normas éticas a que o 
médico está sujeito no exercício da profissão. Abrange a responsabilidade profissional nas 
esferas penal, civil, ética e administrativa. Os princípios da Bioética, ademais, estão compreen-
didos no campo da deontologia.
Para uma melhor compreensão destas subdivisões, segue um mapa mental ilustrativo para 
te ajudar na visualização geral:
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NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
1. períCIA MédICo-LegAL: períCIAs MédICo-LegAIs, períCIA e perItos
1.1. dAs períCIAs MédICo-LegAIs
A perícia médico-legal, conforme magistério de Genival França (2018), trata-se de um “con-
junto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de um 
fato de interesse da justiça”. Ademais, França a define como um ato pelo qual a autoridade 
policial busca conhecer, por intermédio de meios técnicos e científicos, a existência ou não de 
certos acontecimentos os quais possam interferir na decisão de uma questão judiciária ligada 
à vida ou à saúde do homem ou que com ele tenha relação.
Wilson Palermo (2020) trata a perícia médico-legal como um “exame de elementos mate-
riais percebidos nos fatos destacados ao longo do processo”; tal exame – quando realizado 
por técnico qualificado (perito) – materializa-se no denominado laudo.
A realização de perícia poderá ser sobre o fato (peritia percipiendi), quando se procede so-
bre fatos cuja avaliação é feita baseada em alterações ou perturbações produzidas por doen-
ça, ou, mais comumente, pelas diversasenergias causadoras do dano; daí, França nos ensina 
que neste tipo de perícia o perito é chamado a conferir técnica e cientificamente um fato sob a 
ótica quantitativa e qualitativa.
Já a perícia realizada sobre outra perícia já realizada (peritia deducendi) é, para alguns 
autores, nada mais que elaboração de um parecer técnico. Analisa-se, assim, fatos pretéritos 
com relação aos quais possam existir contestação ou discordância das partes ou do julgador. 
Assim, o perito avalia ou considera apreciações sobre uma perícia já realizada (FRANÇA, 2018).
FERREIRA (2016) completa que, tanto nas perícias percipiendi como na deducendi, os exa-
mes periciais são divididos em:
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NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
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• Parte objetiva: a qual se relaciona às alterações visíveis encontradas em lesões e que 
serão destacadas na parte descritiva; estas estão visíveis, são palpáveis ou mensurá-
veis, visto por todos e, portanto, imutáveis;
• Parte subjetiva: trata-se de uma valoração da parte objetiva, onde podem surgir diver-
gências as quais serão destacadas na parte referente a discussão; como, por exemplo, 
discussões a respeito da causa da morte (homicídio, suicídio ou acidente).
Obs.: � IMPORTANTE!
 � A perícia, tida como exame com bases científicas, geralmente têm prevalência em rela-
ção a outros elementos de convicção. Todavia, destaque-se que, de acordo com o art. 
182 do Código de Processo Penal (CPP), “O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo 
aceitá-lo, no todo ou em parte”. Wilson Palermo (2020) traz algumas informações rele-
vantes sobre o tema perícia médico-legal, das quais merecem destaque:
• A perícia pode envolver qualquer aspecto do ser humano;
• Pode ser sobre o fato a analisar (peritia percipiendi), vista sob uma ótica qualitativa e 
quantitativa;
• Pode ser sobre uma perícia já realizada (peritia deducendi), dos quais suas conclusões 
são objeto de discordância entre as partes ou o julgador. Conhecida por parte da litera-
tura médico-legal como pareceres;
• A finalidade da perícia é produzir prova, materializando o fato;
• O laudo médico-legal não é considerado documento sigiloso;
• Tem especial importância se realizada:
−	 Nos vivos: para o diagnóstico de lesões, determinação da idade ou sexo etc.;
−	 Nos mortos: para o diagnóstico da causa da morte, causa jurídica da morte, identifi-
cação do cadáver etc.;
−	 Nos esqueletos: identificar o sexo e tempo de morte; e
−	 Nos objetos: exames periciais em armas de fogo, projeteis, armas brancas, procura 
por sangue, fragmentos papiloscópicos (impressões digitais) etc.
O PULO DO GATO
Genival França (2018) nos ensina que o exame pericial em animais é raro, mas possíveis. Ocor-
re em face da convivência do homem com animais domésticos, o quais, no decurso de um 
inquérito policial, apresentem algo de esclarecedor, impondo, pois, a necessidade de uma di-
ligência de natureza médico-legal. França exemplifica casos em que animais domésticos se 
envolvem em lutas entre indivíduos e são alvejados por disparos de arma de fogo, dos quais a 
retirada do projetil deve ser relevante para a identificação da arma do agressor. França acredita 
que, atualmente, tais exames são mais bem observados no campo da Medicina Veterinária 
Legal, executadas, assim, por médicos Veterinários.
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No que concerne a legislação relacionada a perícia criminal, estas são reguladas pela Lei 
n. 12.030/2009, estabelecendo em seus artigos “normas gerais que no exercício da atividade 
de perícia oficial de natureza criminal é assegurada autonomia técnica, científica e funcional, 
exigido concurso público, com formação acadêmica específica para o provimento do cargo”:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais para as perícias oficiais de natureza criminal.
Art. 2º No exercício da atividade de perícia oficial de natureza criminal, é assegurado autonomia 
técnica, científica e funcional, exigido concurso público, com formação acadêmica específica, para 
o provimento do cargo de perito oficial.
Art. 3º Em razão do exercício das atividades de perícia oficial de natureza criminal, os peritos de 
natureza criminal estão sujeitos a regime especial de trabalho, observada a legislação específica de 
cada ente a que se encontrem vinculados.
Art. 4º (VETADO)
Art. 5º Observado o disposto na legislação específica de cada ente a que o perito se encontra vincu-
lado, são peritos de natureza criminal os peritos criminais, peritos médico-legistas e peritos odonto-
legistas com formação superior específica detalhada em regulamento, de acordo com a necessida-
de de cada órgão e por área de atuação profissional.
1.2. dos perItos
É aquele que, detendo conhecimento técnico-científico, bem como habilitação específica, 
realize uma perícia. Limita-se, assim, a verificar o fato e indicar a causa que o motivou, agindo 
de maneira livre, exercendo seu mister oficialmente ou nomeado (ad hoc). Conforme previsão 
no art. 6º do CPP, os peritos criminais são citados durante as providências gerais a serem to-
madas pela autoridade policial quando do conhecimento de um delito:
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994) O 
art. 277 e 278 do CPP trazem, por sua vez, a obrigação de encargo que é atribuída por lei ao 
perito criminal, da qual não poderá se negar injustificadamente, sendo possível, inclusive, a sua 
condução coercitiva perante a autoridade judicial:
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de 
cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá deter-
minar a sua condução. O art. 279 do CPP trazem situações em que os peritos não poderão atuar; já 
o art. 280 aplica aos peritos as mesmas hipóteses de suspeição atribuída às autoridades judiciais:
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Art. 279. Não poderão ser peritos:
I – os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
II – os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
III – os analfabetos e os menores de 21 anos.
Art. 280. É extensivo aos peritos,no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes. 
Quanto a responsabilidade civil dos peritos, há a possibilidade de sua responsabilização nos termos 
do art. 186 do CC/02, desde que atue por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violando direito e causando dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Há, inclusive, a previ-
são de tal responsabilidade no art. 158 do NCPC/2015:
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos 
que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao 
respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
Quanto a responsabilidade penal dos peritos, a legislação penal em vigor elenca alguns 
dos principais crimes dos quais os peritos podem ter suas condutas tipificadas, tais quais: 
crime contra a inviolabilidade dos segredos (art. 154, CP), crime de violação de sigilo funcional 
(art. 325, CP), crime de falsa perícia (art. 342, CP), crime de corrupção ativa envolvendo peritos 
(art. 343, CP) e crime de exploração de prestígio (art. 357, CP).
1.3. do Corpo de deLIto e exAMes perICIAIs dIretos e IndIretos
Para uma melhor compreensão do estudo das perícias médico-legais e a atuação dos pe-
ritos, faz-se necessário revisitar alguns tópicos referentes ao chamado Exame de Corpo de 
Delito (ECD), previsto nos art. 158 a 167 do Código de Processo Penal (CPP).
O corpo de delito – segundo magistério de Renato Sanches Cunha – é o “conjunto de ele-
mentos materiais ou vestígios que indicam a existência de um crime”. Aliado ao corpo de delito, 
tem-se o ECD como uma importante prova técnica pericial, de modo que sua ausência poderá 
gerar nulidade no processo penal:
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto 
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
O ECD poderá, conforme leitura do art. 158 do CPP, ser realizado de forma direta (direta-
mente sobre a pessoa ou objeto da ação delituosa) ou de forma indireta (quando não se faz 
propriamente um exame pericial, uma vez que os peritos irão se basear nos depoimentos das 
testemunhas em razão do desaparecimento dos vestígios.
Obs.: � IMPORTANTE!
 � O art. 158 do CPP deixa claro que o ECD não poderá ser suprido pela confissão do 
acusado; todavia, poderá sim ser suprido o ECD indireto pela prova testemunhal. Fica 
a dica, pois o examinador gosta de confundir as regras.
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Dalbertom Caselato Junior
A confissão do réu não poderá suprir a falta do ECD.
Para auxiliar a fixação destas primeiras informações, vale resolvermos uma questão de 
concurso do CEBRASPE elaborada em 2009 no concurso da PCPB, da qual cobrava justamente 
estas informações. Se liga no “peguinha” da questão elaborado pelo examinador:
O PULO DO GATO
A Lei n. 13.721/2018 acrescentou um parágrafo único ao art. 158 do CPP, que determina que 
seja dada prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que 
envolva: violência doméstica e familiar contra mulher, violência contra criança ou adolescente, 
violência contra idoso ou violência contra pessoa com deficiência:
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de 
crime que envolva: (Incluído dada pela Lei n. 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei n. 13.721, de 2018)
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada pela Lei 
n. 13.721, de 2018)
Realização do ECD direto se dá por meio do trabalho do perito oficial (mínimo de 1, sendo 
funcionário público de carreira) ou não oficial/louvado (mínimo de 2, sendo pessoa idônea, 
obrigatoriamente com diploma de curso superior e preferencialmente na área de conhecimen-
to da perícia a ser realizada.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de 
diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei n. 11.690, de 2008)
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de 
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação 
técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei n. 11.690, de 2008)
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
(Redação dada pela Lei n. 11.690, de 2008)
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao 
acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008)
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames 
e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela 
Lei n. 11.690, de 2008)
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei 
n. 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde 
que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados 
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo comple-
mentar; (Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008)
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz 
ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008)
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NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
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§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será dis-
ponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito 
oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação. (Incluído pela Lei 
n. 11.690, de 2008)
Conforme o § 7º do art. 159, tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma 
área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais um perito oficial, 
e a parte poderá indicar mais de um assistente técnico.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializa-
do, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assis-
tente técnico. (Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008)
Note que os laudos periciais (aqueles realizados e assinados pelo próprio perito, terão o 
prazo máximo de 10 dias para sua conclusão, salvo necessidade de prorrogação de prazo (não 
informado por lei) – em casos excepcionais e mediante requerimento dos peritos:
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examina-
rem, e responderão aos quesitos formulados. (Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser pror-
rogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. (Redação dada pela Lei n. 8.862, de 28.3.1994)
Art. 161.O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
O perito será nomeado pelo Juiz (art. 276), não podendo as partes interferir; o perito é 
obrigado a aceitar o encargo, salvo motivo justificado, sob pena de multa (art. 277); é possível 
a condução coercitiva de perito (art. 278); existem casos legais em que o perito oficial não 
poderá atuar ou pessoas não poderão ser nomeadas peritos não oficiais/louvados (art. 279).
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito.
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de 
cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determi-
nar a sua condução.
Art. 279. Não poderão ser peritos:
I – os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
II – os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
III – os analfabetos e os menores de 21 anos.
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
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1.4. o deCáLogo étICo do perIto
A ética é a ciência que busca o modelo de conduta dos seres humanos. Mas como definir 
quais são esses modelos? Prestes Júnior; Ancillotti (2019), citando Nalini (1997), explica que a 
“ética se fundamenta em valores, que em geral são designados valores do bem, estabelecendo 
uma conexão existencial entre dever e o que é valioso”.
Assim como existem modelos de conduta na vida em sociedade, existem também mo-
delos para a vida profissional, os quais se tornam deveres profissionais, já que o exercício da 
profissão não é um ato isolado, mas uma sequência de ações objetivando a prestação de um 
serviço à sociedade. Esses deveres, conforme afirma Lopes (2000), recaem sobre o profis-
sional que se vê comprometido com todo um conjunto de normas éticas, compatíveis com 
as atividades desempenhadas. Tal conjunto de normas é geralmente reunido em um código, 
emitido pelos órgãos fiscalizadores da profissão, que se denomina Código de Ética (PRESTES 
JÚNIOR; ANCILLOTTI, 2019).
Segundo o Código de Ética Médica (resolução do CFM 2.217/2018), fica vedado ao médico-legista:
Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja ten-
dencioso ou que não corresponda à verdade.
Art. 81. Atestar como forma de obter vantagem.
Art. 82. Usar formulários institucionais para atestar, prescrever e solicitar exames ou procedimentos 
fora da instituição a que pertençam tais formulários.
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado 
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em 
caso de necropsia e verificação médico-legal.
Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando 
houver indícios de morte violenta.
Art. 8.8 Negar ao paciente ou, na sua impossibilidade, a seu representante legal, acesso a seu pron-
tuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações ne-
cessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.
Art. 91. Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente 
ou por seu representante legal.
Art. 92. Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal caso não tenha realizado 
pessoalmente o exame.
Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qualquer outra com a 
qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado.
Art. 94. Intervir, quando em função de auditor, assistente técnico ou perito, nos atos profissionais de 
outro médico, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado, reservando suas observa-
ções para o relatório.
Art. 95. Realizar exames médico-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior de pré-
dios ou de dependências de delegacias de polícia, unidades militares, casas de detenção e presídios.
Art. 96. Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao sucesso da cau-
sa, quando na função de perito ou de auditor.
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Art. 97. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de perito, procedimentos 
propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no último caso, em situações de urgência, emergência 
ou iminente perigo de morte do paciente, comunicando, por escrito, o fato ao médico assistente.
Art. 98. Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou como 
auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua competência.
Parágrafo único. O médico tem direito a justa remuneração pela realização do exame pericial.
Todas as instituições que lidam com cadáveres devem seguir normas éticas para a realização 
dos exames periciais, inclusive instituições dedicadas ao ensino. Valores tais como respeito à digni-
dade da pessoa humana, utilização correta e respeitosa são comportamentos de suma relevância e 
que devem compor o cotidiano dos profissionais ali envolvidos em exames cadavéricos.
É, ademais, dever da sociedade inadmitir e reprovar qualquer conduta profissional que 
transgrida tais valores, não somente por meio da cobrança de uma normatização eficaz mas 
também na formação moral dos indivíduos.
Pensando neste aspecto, Genival França (2001) propôs o decálogo ético do perito, 
conjunto de orientações éticas da arte pericial com base na tradição moral “que faz dessa 
atividade uma inestimável contribuição nas conquistas da cidadania e do respeito aos inte-
resses mais justos da sociedade”.
2. doCuMentos LegAIs: Conteúdo e IMportânCIA
No que se refere aos documentos médico-legais, documento é toda a anotação escrita que 
tem por finalidade a reprodução e representação de uma manifestação de pensamento. Assu-
mem, na medicina legal, expressões gráficas, públicas ou privadas de caráter representativo de 
um fato a ser avaliado em juízo (FRANÇA, 2018).
Mas quais documentos elaborados pela perícia médico-legal poderão servir de interesse à 
Justiça? Wilson Palermo (2020) elenca os principais documentos médico-legais de importân-
cia para sua prova, apresentados no mapa mental a seguir:
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2.1. notIfICAções
São as comunicações compulsórias realizadas pelos médicos às autoridades competentes 
acerca de um fato profissional, seja em razão da necessidade de cunho social, bem como sa-
nitária ou em razão de doenças infectocontagiosas e casos de comunicação de morte encefá-
lica a autoridades públicas, quando em instituição de saúde pública ou privada. França (2018) 
completa que, para os viciados em substâncias capazes de determinar dependência física ou 
psíquica, a revogada lei de drogas n. 6.368/1976 determinava a notificação compulsória, não 
havendo mais esta obrigação na atual legislação.
2.2. AtestAdos
Também conhecido por certificado, tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a 
existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação. Assim, trata-se de uma declaração 
de um fato médico e suas possíveis consequências (FERREIRA, 2020).
São características básicas de um atestado:
• Trata-se de um documento particular, sem necessidade de formalidades relacionadas a 
compromissos legais;
• Fornecida por médico no exercício regular da medicina;
• O teor do documento deverá ter veracidade, sob pena de cometimento do crime 
previsto nos art. 301 e 302 do Código Penal, em como infração ética relacionado ao 
Código de Ética Médica;
• Deverá conter: cabeçalho, qualificação do médico e do interessado, finalidade a que se 
destina, fato médico se solicitado pelo paciente, consequências e tempo de repouso, 
local, data e assinatura.
São modalidades de atestado:
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a) Administrativos: quando o atestado for destinado a fatos relacionados a atividade de 
servidores públicos (ex.: atestado para fins de ingresso em cargo público);
b) Judiciais: quando o atestado for por solicitação da administração da Justiça (Ex.: ates-
tado para justificativa de falta de Jurado no procedimento do Tribunal do Júri);
c) Oficiosos: emitidos no interesse de pessoas físicas ou jurídicas (ex.: atestado para jus-
tificativa de falta em cursos educacionais).
2.3. prontuárIos
Wilson Palermo (2020) o conceitua como o registro da anamnese do paciente, bem como o 
acervo documental o qual segue padrões e ordem ligada aos cuidados médicos prestados. Os pron-
tuários contêm exames clínicos de pacientes, ocorrências médicas, relatórios de enfermagem etc.
O prontuário assume relevante interesse do ponto de vista médico-legal, na medida em que 
possibilita verificar elementos que possam apontar responsabilidade jurídico-penal.
2.4. reLAtórIos
Trata-se de um documento que exige maior minuciosidade no contexto da realização de 
uma perícia médica, de modo a responder a solicitações da autoridade policial ou judiciária.
Obs.: � IMPORTANTE!
 � Se o documento for realizado APÓS as investigações dos peritos, tal relatório será rea-
lizado sob a denominação de laudo.
Se o documento for ditado diretamente ao escrivão e diante de testemunhas, tal relatório 
será realizado sob a denominação de auto.
Segundo Hygino Hércules (2018), são partes imprescindíveis na confecção de um relatório:
• Preâmbulo: contém hora, data e local onde o exame está sendo realizado, contendo, 
ademais, o tipo de perícia a ser feita e a qualificação da autoridade requerente, dos pe-
ritos e do examinado;
• Quesitos: são as perguntas que tem por objetivo caracterizar fatos relevantes que deram 
origem ao processo em que a perícia será realizada, podendo ser relevantes tanto na 
fase de inquérito policial como durante a instrução processual penal (ação penal).
• Histórico: consta o registro dos fatos mais importantes que deram origem a requisição 
da perícia pela autoridade e que podem esclarecer e orientar a ação do perito. Assume 
especial relevância pois auxilia na orientação do perito quanto a realização do exame 
e fornecimento de dados que dizem respeito a dinâmica do evento, posição da vítima, 
distância do agressor etc.
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• Descrição: é a parte mais importante de um relatório médico-legal. É necessário que 
a descrição ocorra com todas as particularidades possíveis, por exemplo, em caso de 
descrição das lesões (ex.: dimensões, direção, quantidade, aspectos, profundidade etc.), 
bem como as partes adjacentes à lesão, tais como as repercussões das lesões no orga-
nismo ou no cadáver. Trata-se da transformação por parte do perito de tudo o que vê e 
percebe, por meio dos seus sentidos e conhecimento científico (visum et repertum). Na 
descrição, o perito deverá evitar discussões ou diagnósticos, sendo claro e objetivo para 
evitar erros posteriores.
• Discussão: é o momento de ser colocadas todas as hipóteses eventualmente elencadas na 
descrição. Ainda assim, nesta parte o perito deverá evitar manifestar seu juízo pessoal para 
que não interfira indevidamente no processo. Caso haja discrepâncias entre as informações 
contidas no histórico e na descrição, deverão ser listadas e discutidas com bases científicas. 
Genival França (2018) entende que o termo discussão não significa conflito entre as opiniões 
dos peritos e sim um diagnóstico lógico a partir de justificativas racionais.
• Conclusão: traduz a síntese da parte descritiva e da discussão. Trata-se do momento 
que o perito deve assumir postura quanto a ocorrência ou não de um fato, com base nos 
dados narrados no histórico e verificados durante o exame.
• Respostas aos quesitos: pressupondo o encerramento do relatório, os peritos deverão 
responder objetiva e concisamente aos quesitos formulados pela autoridade, não po-
dendo deixar de responderem a qualquer deles. Caso não haja possibilidade de uma 
afirmação aos quesitos, geralmente responde-se com a expressão “prejudicado”, “sem 
elementos de convicção” ou “inconclusivo”. Caso haja dúvidas, nada impede que as 
questões sejam levantadas por intermédio de uma consulta médico-legal.
• Assinatura: encerra o documento médico-legal com a assinatura do(s) perito(s) que re-
alizaram o documento.
Vamos bolar um jeito de decorar estes principais pontos de um relatório? Eu, como bom 
brasiliense e filho de mineiro que sou, pensei na seguinte situação: dois mineiros assistindo 
na TV o conflito entre as Coreias do Sul e do Norte. Em um dado momento, um mineiro, atô-
nico com a guerra, fala para o outro: oia, sô! pra quê isso moço?! (Pre que His), deixe disso, 
Coreias!? (Des Dis Co Re As), vamos pensar na paz, uai! 😊
2.5. ConsuLtA MédICo-LegAL
Demonstra sua importância nos casos em que ainda haja algum tipo de dúvida acer-
ca do relatório médico-legal. Neste documento, a autoridade ou outro perito requer que 
sejam esclarecidas algumas controvérsias do relatório, podendo expor, inclusive, novos 
quesitos (quesitos complementares).
Wilson Palermo (2020) também completa ser tal consulta útil quando haja necessidade de 
se esclarecer determinada situação médico-legal requisitada pela autoridade policial da qual 
necessite a atuação de um médico-legista.
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2.6. pAreCeres
São as respostas técnicas dadas às consultas médico-legais. Devem ter as mesmas par-
tes do relatório médico-legal, com a exceção da descrição, pois, neste caso, não se estará mais 
diante do corpo ou do cadáver para uma análise específica.
Palermo (2020) reforça ser por isso a importância da discussão e conclusão, onde o perito 
irá demonstrar seu conhecimento técnico-científico por intermédio da utilização de doutrinas 
especializadas para auxiliar a responder aos questionamentos e dirimir eventuais dúvidas. Aos 
pareceristas, não se limitarão exclusivamente a análise objetiva dos dados.
2.7. depoIMento orAL
O art. 159, § 5º, I do CPP, com redação incluída pela Lei n. 11.690/2008, autoriza o juiz a 
chamar os peritos para que sejam ouvidos em juízo, com vistas ao esclarecimento de eventu-
ais dúvidas necessárias ao deslinde da questão:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador 
de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de 
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação 
técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante 
e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames 
e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o 
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com ante-
cedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
Portanto, cabe ao juiz a faculdade de convocar os peritos para esclarecerem oralmente 
pontos duvidosos de perícias realizadas por eles ou por outros peritos ou, ainda, para relata-
rem sobre qualquer assunto de interesse da lei; declarações, as quais, serão reduzidas a termo 
na fase de instrução processual penal (FRANÇA, 2018).
2.8. AtestAdo ou deCLArAção de óbIto
Trata-se do documento destinado a atestar a morte de determinado indivíduo. Hygino Hér-
cules (2018) deixa claro que o médico estará impedido de firmar declaração de óbito quando 
se tratar de morte violenta ou com suspeita de violência, devendo ser tomadas as providên-
cias legais previstas nos art. 158 a 162 do CPP, tais como a realização de exame de corpo de 
delito, procedimentos relacionados a cadeia de custódia da prova (art. 158-A a 158-F, conforme 
redação dada pela Lei n. 13.964/2019, pacote anticrime) e a necessidade de realização de au-
tópsia, conforme procedimentos previstos no art. 162, CPP.
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Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência 
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não 
houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e 
não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
A declaração de óbito é confeccionada em três vias, sendo que uma é entregue aos fa-
miliares para que promovam o registro de óbito em cartório com a consequente emissão de 
certidão, na esteira do que prevê o art. 77 da Lei n. 6.015/1973, Lei de Registros Públicos (LRP).
No caso de recém-nascidos, a LRP prevê em seu art. 53 o registro de óbito como obriga-
tório, mesmo que a criança tenha nascido morta, devendo o médico esclarecer se se trata de 
óbito fetal. Caso a criança faleça na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado, serão rea-
lizados dois assentos, o de nascimento e o de óbito, conforme prevê o § 2º do mesmo artigo.
Professor: e no caso dos fetos?
Wilson Palermo (2020) utiliza-se dos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) 
para classificar o que seria uma perda fetal:
• Perda fetal precoce: até 20 semanas de gestação com 500 gramas e até 25 cm;
• Perda fetal intermediária: de 20 a 27 semanas de gestação acima de 1000 gramas e 
acima de 35 cm;
• Perda fetal tardia: acima de 27 semanas, acima de 1000 gramas e acima de 35 cm.
E em que situações o registro de óbito será obrigatório, professor? Apesar de Genival 
França (2018) entender que a obrigatoriedade de registro seria da perda fetal intermediária em 
diante, o art. 53 da LRP impõe a necessidade de registro.
Professor! e abaixo de 20 semanas?
No caso de perda fetal com os parâmetros abaixo dos mencionados, a resolução n. 306/2044-AN-
VISA dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde 
relacionados a peças anatômicas do ser humano, dos quais incluem-se fetos com menos de 500 
gramas e com tamanho inferior a 25 cm e idade gestacional inferior a 20 semanas.
Obs.: � IMPORTANTE!
 � Caso a perda fetal seja dolosamente realizada por manobras da própria gestante ou 
por terceiro, ainda que profissional especializado, mas fora dos casos legais (exclu-
dentes de ilicitude) previstos no art. 128, I e II do Código Penal, bem como fora dos 
casos de anencefalia fetal (ADPF 54 – STF), caracterizará crime de aborto praticado 
pela gestante ou com seu consentimento (art. 124, CP), ou aborto provocado por ter-
ceiro, ainda que consentido pela gestante (art. 126, CP).
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O PULO DO GATO
No HC 124.306/RJ, a 1ª Turma do STF concedeu ordem para revogar a prisão cautelar decre-
tada em processo que apura a prática de aborto consentido, fundamentando a decisão, dentre 
outras, na tese de que a interrupção da gravidez no primeiro trimestre não deve ser criminali-
zada, a exemplo do que ocorre em países como os Estados Unidos, Alemanha, França, Reino 
Unido e Holanda (SANCHES, 2021).
Veja o trecho da decisão do Ministro Luis Roberto Barroso sobre o tema:
[…] é dominante no mundo democrático e desenvolvido a percepção de que a criminalização da in-
terrupção voluntária da gestação atinge gravemente diversos direitos fundamentais das mulheres, 
com reflexos inevitáveis sobre a dignidade humana. O pressuposto do argumento aqui apresentado 
é que a mulher que se encontre diante desta decisão trágica – ninguém em sã consciência suporá 
que se faça um aborto por prazer ou diletantismo – não precisa que o Estado tornea sua vida ainda 
pior, processando-a criminalmente. Coerentemente, se a conduta da mulher é legítima, não há sen-
tido em se incriminar o profissional de saúde que a viabiliza […] A criminalização viola, em primeiro 
lugar, a autonomia da mulher, que corresponde ao núcleo essencial da liberdade individual, protegi-
da pelo princípio da dignidade humana (CF/1998, art. 1º, III). […] Em segundo lugar, a criminalização 
afeta a integridade física e psíquica da mulher. O direito à integridade psicofísica (CF/1998, art. 5º, 
caput e III) protege os indivíduos contra interferências indevidas e lesões aos seus corpos e mentes, 
relacionando-se, ainda, ao direito à saúde e à segurança. A integridade física é abalada porque é o 
corpo da mulher que sofrerá suas transformações, riscos e consequências da gestação. […] A cri-
minalização viola, também, os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, que incluem o direito de 
toda mulher de decidir sobre se e quando deseja ter filhos, sem discriminação, coerção e violência, 
bem como de obter o maior grau possível de saúde sexual e reprodutiva. […] Na medida em que é 
a mulher que suporta o ônus integral da gravidez, e que o homem não engravida, somente haverá 
igualdade plena se a ela for reconhecido o direito de decidir acerca de sua manutenção ou não.[…] 
Por fim, a tipificação penal produz também discriminação social, já que prejudica, de forma despro-
porcional, as mulheres pobres, que não têm acesso à médicos e clínicas particulares, nem podem 
se valer do sistema público de saúde para realizar o procedimento abortivo. Por meio da criminali-
zação, o Estado retira da mulher a possibilidade de submissão a um procedimento médico seguro 
[…] O tratamento penal dado ao tema, no Brasil, pelo Código Penal de 1940, afeta a capacidade de 
autodeterminação reprodutiva da mulher, ao retirar dela a possibilidade de decidir, sem coerção, so-
bre a maternidade, sendo obrigada pelo Estado a manter uma gestação indesejada […] Ter um filho 
por determinação do direito penal constitui grave violação à integridade física e psíquica de uma 
mulher. (SUPREMO TRIBUBAL FEDERAL, 2017) GRIFO NOSSO
Portanto, segundo entendimento atual do STF, é preciso conferir a chamada interpretação 
conforme a Constituição no que se refere aos art. 124 e 126 do CP, no sentido de excluir do 
seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimes-
tre. Por óbvio que se trata de uma decisão extremamente polêmica e ainda não discutida pelo 
plenário do STF.
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Perícia Médico‐Legal. Documentos Legais
NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
RESUMO
Na presente aula 1, estudamos os itens n. 1 (Perícia médico-legal: perícias médico-legais, 
perícia e peritos) e n. 2 (Documentos legais: conteúdo e importância).
Referente ao tema das perícias médico-legais, conforme magistério de Genival França 
(2018), trata-se de um “conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalida-
de o esclarecimento de um fato de interesse da justiça”.
Wilson Palermo (2020) trata a perícia médico-legal como um “exame de elementos mate-
riais percebidos nos fatos destacados ao longo do processo”; tal exame – quando realizado 
por técnico qualificado (perito) – materializa-se no denominado laudo.
Os exames periciais são divididos em:
• Parte objetiva: exame descritivos das lesões visíveis, palpáveis;
• Parte subjetiva: valoração da parte objetiva visando sanar discussões.
Wilson Palermo (2020), ainda, traz algumas informações relevantes sobre o tema perícia 
médico-legal, das quais merecem destaque:
• A perícia pode envolver qualquer aspecto do ser humano;
• Pode ser sobre o fato a analisar (peritia percipiendi);
• Pode ser sobre uma perícia já realizada (peritia deducendi);
• A finalidade da perícia é produzir prova, materializando o fato;
• O laudo médico-legal não é considerado documento sigiloso;
• Tem especial importância se realizada:
−	 Nos vivos: para o diagnóstico de lesões, determinação da idade ou sexo etc.;
−	 Nos mortos: para o diagnóstico da causa da morte, causa jurídica da morte, identifi-
cação do cadáver etc.;
−	 Nos esqueletos: identificar o sexo e tempo de morte;
−	 Nos objetos: exames periciais em armas de fogo, projeteis, armas brancas, procura 
por sangue, fragmentos papiloscópicos (impressões digitais) etc.
Acerca dos peritos, são conceituados como aquele que, detendo conhecimento técnico-
-científico, bem como habilitação específica, realize uma perícia. Limita-se, assim, a verificar o 
fato e indicar a causa que o motivou, agindo de maneira livre, exercendo seu mister oficialmen-
te ou nomeado (ad hoc).
Quanto a responsabilidade civil dos peritos, há a possibilidade de sua responsabilização 
nos termos do art. 186 do CC/2002, desde que atue por ação ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violando direito e causando dano a outrem, ainda que exclusivamente moral.
Quanto a responsabilidade penal dos peritos, a legislação penal em vigor elenca alguns 
dos principais crimes dos quais os peritos podem ter suas condutas tipificadas, tais quais: 
crime contra a inviolabilidade dos segredos (art. 154, CP), crime de violação de sigilo funcional 
(art. 325, CP), crime de falsa perícia (art. 342, CP), crime de corrupção ativa envolvendo peritos 
(art. 343, CP) e crime de exploração de prestígio (art. 357, CP).
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NOÇÕES DE MEDICINA LEGAL
Dalbertom Caselato Junior
O Exame de Corpo de Delito (ECD) está previsto nos art. 158 a 167 do Código de Processo Penal 
(CPP), podendo ser realizado de forma direta (diretamente sobre a pessoa ou objeto da ação delitu-
osa) ou de forma indireta (quando não se faz propriamente um exame pericial, uma vez que os peri-
tos irão se basear nos depoimentos das testemunhas em razão do desaparecimento dos vestígios.
O art. 158 do CPP deixa claro que o ECD não poderá ser suprido pela confissão do acusa-
do; todavia, poderá sim ser suprido o ECD indireto pela prova testemunhal. Fica a dica, pois o 
examinador gosta de confundir as regras. A confissão do réu não poderá suprir a falta do ECD.
No que concerne ao decálogo ético do perito, Genival França (2001) o denomina como o 
conjunto de orientações éticas da arte pericial com base na tradição moral “que faz dessa ati-
vidade uma inestimável contribuição nas conquistas da cidadania e do respeito aos interesses 
mais justos da sociedade”, sendo assim dividido:
• Evitar conclusões intuitivas e precipitadas;
• Falar pouco e em tom sério;
• Agir com modéstia e sem vaidade;
• Manter o sigilo exigido;
• Ser competente para ser respeitado;
• Ter coragem para decidir;
• Ser honesto e ter a vida pessoal correta;
• Não aceitar a intromissão de ninguém;
• Ser livre para agir com isenção; e
• Ter autoridade para ser acreditado.
No que se refere ao item 2 do seu edital (Documentos legais: conteúdo e importância), conceitu-
a-se documento como toda a anotação escrita que tem por finalidade a reprodução e representação 
de uma manifestação de pensamento. Assumem, na medicina legal, expressões gráficas, públicas 
ou privadas de caráter representativo de um fato a ser avaliado em juízo (FRANÇA, 2018).
Quais documentos elaborados pela perícia médico-legal poderão servir de interesse à Jus-
tiça? WilsonPalermo (2020) elenca os principais documentos médico-legais de importância:
• Notificações: são as comunicações compulsórias realizadas pelos médicos às autorida-
des competentes acerca de um fato profissional;
• Atestados: tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de determi-
nado estado, ocorrência ou obrigação;
• Prontuários: registro da anamnese do paciente, bem como o acervo documental o qual 
segue padrões e ordem ligada aos cuidados médicos prestados;
• Relatórios: documento que exige maior minuciosidade no contexto da realização de uma 
perícia médica, de modo a responder a solicitações da autoridade policial ou judiciária.
Obs.: � Importante!
 � Se o documento for realizado APÓS as investigações dos peritos, tal relatório será rea-
lizado sob a denominação de laudo. Se o documento for ditado diretamente ao escri-
vão e diante de testemunhas, tal relatório será realizado sob a denominação de auto. 
Não se esqueça suas principais partes de confecção: Pre que His Des Dis Co Re As
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• Consulta médico-legal: Demonstra sua importância nos casos em que ainda haja algum 
tipo de dúvida acerca do relatório médico-legal;
• Pareceres: respostas técnicas dadas às consultas médico-legais. Devem ter as mesmas 
partes do relatório médico-legal, com a exceção da descrição, pois, neste caso, não se 
estará mais diante do corpo ou do cadáver para uma análise específica;
• Depoimento oral: são providências judiciais aos peritos baseadas no art. 159, § 5º, I do 
CPP, onde os peritos são chamados a esclarecerem eventuais dúvidas necessárias ao 
deslinde da questão;
• Atestado ou declaração de óbito: documento destinado a atestar a morte de determi-
nado indivíduo. Hygino Hércules (2018) deixa claro que o médico estará impedido de 
firmar declaração de óbito quando se tratar de morte violenta ou com suspeita de vio-
lência, devendo ser tomadas as providências legais previstas nos art. 158 a 162 do CPP.
Deste modo, urge a necessidade de revisão dos pontos acima descritos com a fixação do 
conteúdo por meio da resolução de exercícios comentados, não somente os pontuados na 
presente aula mas os oriundos do banco de questões comentadas do Gran Questões (e serão 
muitas questões! Preparem-se!).
Desta forma, certamente o aluno englobará um estudo abrangente e completo acerca do 
tema, buscando gabaritar os assuntos abordados pelo edital.
Então, bons estudos e mãos à obra. Em caso de dúvidas, estarei à disposição no fórum do 
aluno. Até a próxima aula! 😉
CAderno de exerCíCIos: notAs IntrodutórIAs
Olá, amigo concurseiro! Nesta aula iremos abordar um caderno de questões comentadas.
A ideia primordial do caderno de questões é trazer questões de todos os itens do edital e 
de forma abrangente para fixação do conteúdo; para tanto, será apresentado ao final de cada 
aula, caderno de questões correspondente aos itens estudados.
Por ora, iremos concluir esta abordagem teórica com uma lista de exercícios, onde os co-
mentários serão de suma importância para o complemento das aulas teóricas.
Inicialmente, as questões serão dispostas ao aluno para que seja solucionada sem gaba-
rito. Após, o professor comentará questão por questão, ok? Portanto, tentem solucionar as 
questões para somente depois conferirem o gabarito comentado e fixar o conteúdo.
Então vamos nessa? Boa resolução de exercícios!
Caso necessite, não esqueça de sanar eventuais dúvidas no fórum.
Abraços e bons estudos!
@professor.caselato 
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2010/CESPE CEBRASPE/PC-ES/POLÍCIA CIVIL DO ESPÍRITO SANTO/MÉDICO LE-
GISTA) Texto associado
Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao 
conceito de medicina legal.
Segundo Hoffman, o grande legista austríaco, a medicina legal não consiste em uma arte, mas 
em uma ciência.
002. (2010/CESPE CEBRASPE/PC-ES/POLÍCIA CIVIL DO ESPÍRITO SANTO/MÉDICO LE-
GISTA) Texto associado
Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao 
conceito de medicina legal.
De acordo com Ambroise Paré, a medicina legal é a arte de produzir relatórios na justiça.
003. (2009/CESPE-CEBRASPE/PC-PB/CESPE-CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO 
EM PERÍCIA) Marta agrediu Lúcia, causando-lhe lesões corporais. Lúcia não foi ao IML, mas, 
um mês após o fato, decidiu que Marta deveria responder criminalmente, razão pela qual com-
pareceu à delegacia e registrou uma ocorrência.
Nessa situação hipotética,
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a) não será admissível a condenação sem que tenha sido produzido o exame de corpo de de-
lito direto.
b) a ausência de exame de corpo de delito poderá ser suprida pela confissão apresentada du-
rante o inquérito policial.
c) a ausência de exame de corpo de delito poderá ser suprida pela confissão, mas apenas se 
esta ocorrer em juízo.
d) a realização de exame de corpo de delito indireto será inadmissível.
e) a confissão será admitida como meio de prova.
004. (2009/CESPE-CEBRASPE/PC-PB/CESPE-CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM 
PERÍCIA) O exame de corpo de delito consiste na perícia realizada sobre vestígios materiais deixa-
dos por um delito. Acerca de perito, perícias e documentos médico-legais, assinale a opção correta.
Alternativas
a) Ao se confeccionar o laudo pericial, a resposta aos quesitos é parte fundamental, sendo 
nulo o laudo que não contenha esse item.
b) As perícias a céu aberto devem ser realizadas somente à luz do dia, pois a luz artificial pode 
adulterar os resultados.
c) O exame de marcas de digitais é considerado exame de corpo de delito por via indireta.
d) O perito equivale à testemunha, devendo ser intimado a comparecer ao juízo, caso seja ne-
cessária a obtenção de prova.
e) O exame de corpo de delito indireto é realizado em material que não seja a própria vítima ou 
em instrumento que não esteja diretamente relacionado à cena do crime.
005. (2009/PC-PB/CESPE-CEBRASPE/PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM PERÍCIA) Assinale 
a opção correta no que se refere a procedimentos da perícia médico-legal e seus documentos.
a) A necessidade de realização de exame balístico pode ser suprimida caso o médico legista 
descreva no laudo as características detalhadas do projétil de arma de fogo retirado do cadáver.
b) A fim de se evitar deterioração do sangue que foi colhido de cadáver para realização de al-
coolemia, costuma-se adicionar formol ao frasco de armazenamento.
c) Antes de se iniciar o exame cadavérico pelo médico legista, o cadáver a ser submetido a 
necropsia deve estar despido e lavado para melhor visualização das lesões.
d) Para conservação de fragmentos de vísceras retirados de cadáveres, com vistas à realiza-ção de exame histopatológico, a adição de formol ao frasco é a medida mais adequada.
e) O laudo pericial deve ser ditado ao auxiliar de necropsia, passando, então, a denomi-
nar-se auto.
006. (2018/CESPE-CEBRASPE/COREC/PERITO CRIMINAL/ÁREA MEDICINA/2018) Tex-
to associado
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Julgue os próximos itens de acordo com os preceitos éticos e legais a serem seguidos pelo 
perito na área da medicina.
A realização de perícia médico-legal em pessoas vivas depende, necessariamente, do consen-
timento do periciando, ainda que implícito, para as conclusões da perícia terem validade e para 
evitar que o perito incorra em crime de constrangimento ilegal.
007. (2010/CESPE-CEBRASPE/PC-ES/MÉDICO LEGISTA/2010) Texto associado
Sabendo que a medicina legal, área bastante abrangente, compreende a relação entre a apli-
cação dos conhecimentos médicos e as matérias jurídicas, nos seus diversos campos — cri-
minal, cível, trabalhista e administrativo —, com objetivo de instruir os inquéritos e processos 
e elucidar questões, julgue os itens a seguir, relativos à medicina legal, à perícia e aos peritos.
O resultado do trabalho do perito médico legista é apresentado na forma de laudo, que con-
siste em um relatório com formato definido em que são respondidos quesitos formulados por 
assistente técnico.
008. (2009/CESPE-CEBRASPE/PC-PB/PERITO OFICIAL MÉDICO/LEGAL/2009) Acerca de 
laudo pericial, assinale a opção incorreta.
a) Laudo pericial é a conclusão a que chegam os peritos, exposta na forma escrita, devidamen-
te fundamentada, constando todas as observações pertinentes ao que foi verificado e conten-
do as respostas aos quesitos.
b) Entre os elementos do laudo do exame de corpo de delito estão o preâmbulo e o histórico.
c) Permite-se aos peritos optar por descrições sucintas e resumidas ao retratarem uma inspe-
ção, e as partes não podem questionar o conteúdo do laudo, solicitando ao juiz que determine 
aos peritos a sua complementação.
d) A discussão é a parte do laudo em que se realiza a análise minuciosa dos dados encon-
trados, esclarecendo hipóteses e divergências, trajeto de instrumentos, entre outros, muitas 
vezes com auxílio de citações bibliográficas. É nesse momento que se deve esclarecer dúvidas 
a respeito dos termos técnicos e das siglas utilizadas no laudo.
e) Não devem ser deixados quesitos sem resposta, mesmo que o resultado seja indeterminado 
ou sem elementos para configurar a resposta.
009. (2009/CESPE-CEBRASPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA/2009) Com referência à má-
xima visum et repertum, que expressa a essência da atividade pericial, assinale a opção correta.
a) Essa máxima expressa o debate, a confrontação de hipóteses e possíveis controvérsias 
decorrentes do objeto da perícia.
b) O termo em questão faculta ao perito a liberdade de expressão de suas convicções, embora 
não o exima de enquadrar-se em estruturas preestabelecidas pelas normas e pela praxe.
c) Os documentos médico-legais tais como relatórios, pareceres e atestados devem estar en-
quadrados na máxima em consideração.
d) Clareza, fidelidade e totalidade representam o significado da máxima em apreço.
e) É nulo o laudo pericial que não se enquadre na máxima citada.
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010. (2008/CESPE-CEBRASPE/PC-TO/MÉDICO/ÁREA LEGISTA/MÉDICO LEGISTA/2008) 
Texto associado
A estrutura organizacional da medicina legal no Brasil teve início em 1856, com a criação da 
Assessoria Médico-Legal na Secretaria de Polícia da Corte Imperial, no segundo período impe-
rial brasileiro. Por ato do então Príncipe Regente, o ainda futuro Imperador dom Pedro II, me-
diante o Decreto n. 1.740/1856, foi criado o embrião do que hoje são os institutos de medicina 
legal. Iniciou-se, dessa forma, um arcabouço organizacional que evoluiu espantosamente.
Com relação ao tema do texto acima e aos documentos médico-legais, julgue os itens subsequentes.
A diferença entre laudo e auto deve-se ao fato de que o primeiro é redigido e o segundo é ditado 
ao escrivão.
011. (2006/CESPE-CEBRASPE/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2006) Texto associado
Perícia médico-legal corresponde a todo exame executado por médico, psicólogo, dentista ou 
médico-veterinário com a finalidade de serem esclarecidos à justiça fatos relacionados à saú-
de, incluindo-se os exames clínicos, laboratoriais, as necropsias e as exumações.
012. (2006/CESPE-CEBRASPE/PC-ES/AUXILIAR DE PERÍCIA MÉDICO LEGAL/2006) 
Texto associado
A medicina legal colabora com a investigação policial em qualquer fase do inquérito, contri-
buindo, assim, com a justiça para a elucidação de crimes. Julgue os itens a seguir, relaciona-
dos às perícias médico-legais.
Laudo pericial é o documento no qual constam as observações e conclusões obtidas por meio 
da perícia.
013. (2021/FUNDAÇÃO MARIANA RESENDE COSTA/FUMARC/PC-MG/INVESTIGADOR DE 
POLÍCIA/2021) Com relação aos conhecimentos sobre corpo de delito, perito e perícia em 
medicina legal e aos documentos médico-legais, é CORRETO afirmar:
a) Define-se corpo de delito como o conjunto de vestígios comprobatórios da prática de um 
crime evidenciado no corpo de uma pessoa.
b) O atestado médico equipara-se ao laudo pericial, para serventia nos autos de inquéritos e 
processos judiciais, devendo ambos ser emitidos por perito oficial.
c) Perícia é o exame determinado por autoridade policial ou judiciária com a finalidade de elu-
cidar fato, estado ou situação no interesse da investigação e da justiça.
d) Perito oficial é todo indivíduo com expertise técnica na área de sua competência incumbido 
de realizar o exame.
014. (2018/INSTITUTO AOCP/INSTITUTO AOCP/ITEP/PERITO MÉDICO LEGISTA/ÁREA 
PSIQUIATRA/2018) Assinale a alternativa correta.
a) Documentos Médicos Legais podem ser requisitados apenas por Juízes de Direito em pro-
cessos Cíveis.
b) O Atestado Médico pode ser elaborado e assinado pela secretária ou atendente do médico 
ou cirurgião-dentista
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c) O Laudo ou Relatório e o Parecer são documentos de igual importância e utilidade legal.
d) O Laudo somente pode ser elaborado após o exame pericial direto. Nunca pode ser feito por 
meio de exame pericial indireto.
e) A Notificação compulsória é obrigatória e o médico que deixar de denunciar à autoridade 
pública doença cuja notificação é compulsória está sujeito à pena de detenção, de seis meses 
a dois anos, e multa, conforme art. 269, Código Penal – Decreto Lei n. 2.848/1940.
015. (2017/INSTITUTO BRASILEIRO DE APOIO E DESENVOLVIMENTO EXECUTIVO/IBADE/
IBADE/PC-AC/AGENTE DE POLÍCIA/2017) O documento médico-legal mais minucioso de 
uma perícia médica que visa a responder solicitação da autoridade policial ou judiciária é o(a):
a) depoimento oral
b) notificação
c) prontuário médico.

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