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Indicadores 
I nd i cado res de saúde são med idas 
(proporções, taxas, razões) que procuram 
sintetizar o efeito de determinantes de 
natureza diversa (sociais, econômicos, 
ambientais, biológicos, etc), sobre o estado de 
saúde de uma determinada população. 
Indicadores - OMS 
Objetivos da quantificação de variáveis 
epidemiológicas: 
Prover dados necessários ao planejamento e 
avaliação dos serviços de saúde 
Identificar os fatores determinantes das 
doenças e permitir sua prevenção 
Avaliar os métodos usados no controle das 
doenças, ou seja, avaliar se foram efetivos 
para promoção da saúde 
Descrever as histórias das doenças e 
classificá-las 
Colocar à disposição do homem conhecimento 
e tecnologia, que possam promover a saúde 
individual através de medida de alcance 
coletivo 
Sem indicadores não tem como o gestor tomar 
as decisões em questão de saúde. 
Por meio dos indicadores pode priorizar os 
serviços que mais geram doenças e mortes 
em uma determinada população. 
Sendo assim, são ferramentas que dão 
condições de quantif icar doenças em 
determinado território para propor medidas de 
controle afim de diminuir os índices de 
mortalidade em determinada população. 
Requisitos necessários de indicadores de 
saúde 
Disponibilidade de dados 
Simplicidade técnica que permita rápido 
manejo e fácil entendimento, ou seja, deve ter 
condições de fazer o cálculo do indicador tem 
que ser fácil, podendo ser feito de qualquer 
lugar, deve ser entendido, para evitar 
possíveis erros de avaliação 
Uniformidade 
Sinteticidade, de modo a poder abranger o 
efeito do maior número possível de fatores 
que influem no estado de saúde das 
coletividades 
P o d e r d i s c r i m i n a t ó r i o q u e p e r m i t a 
comparações inter-regionais e internacionais. 
Mínimo de sistema de informação instalado 
para consegui calcular os indicadores 
Diversas variáveis (educação, cultura, 
serviços de saúde, qualidade de assistência 
de serviços de saúde) em um simples cálculo 
Requisitos mínimos necessários para que se 
tenha um bom indicador de saúde 
Indicadores globais 
Coeficiente de mortalidade geral 
Índice de Swaroop e Uemura (razão de 
mortalidade proporcional) 
Esperança de vida 
Coeficiente de mortalidade 
Razão entre o número de óbitos e a 
quantidade de pessoa-tempo de exposição, 
acumulada pela população exposta ao risco 
de morrer 
A mortalidade tem seus cálculos conforme a 
incidência por ser sempre um evento novo 
Coeficiente (ou taxa) de mortalidade geral 
(CMG) 
É calculado dividindo-se o número de óbitos 
por todas as causas (m), em um determinado 
período de tempo pela população ajustada 
para o meio do período relativo a determinada 
área (P). O valor final é multiplicado por um 
múltiplo de dez (k), o qual é a base de 
referência do denominados do coeficiente, isto 
é os habitantes. 
Cada membro da população dentro do 
território está contribuindo com um ano de 
experiência à amostra, sendo assim o número 
da população é o número da população para o 
estudo. 
Comparando taxas de mortalidade geral 
Nessa primeira avaliação sem fazer o 
ajustamento desses dados, a taxa de 
mortalidade nos EUA é maior pois o CMG é de 
7,99. No entanto, antes de realizar essa 
informação é necessário uma outra avaliação, 
uma vez que o CMG sofre uma influência 
muito grande da estrutura etária da população. 
Em todas as faixas etárias o risco de óbito é 
muito superior no Brasil, exceto de 75 anos ou 
mais. 
Até aproximadamente os 44 anos a proporção 
de pessoas nas idades mais jovens é superior 
no Brasil quando comparado aos EUA, sendo 
as idades superiores maiores no EUA, ou 
seja, a população do Brasil é mais jovem nos 
EUA. 
Demonstra o total da população por faixa 
etária e o total de óbitos por faixa etária, 
fazendo cálculo de mortalidade específica por 
faixa etária. 
Para todas as faixas etárias a dos EUA é 
inferior ao Brasil, mas no geral é maior do que 
no Brasil, essa diferença é atribuída à 
estrutura etária dos EUA ser diferente do 
Brasil. O esperado é que o óbito aconteça em 
idades mais avançadas e a população dos 
EUA possui uma população mais envelhecida 
do que no Brasil, sendo o risco de óbito nos 
EUA é maior por existir uma população mais 
enve lhec i da sendo os va l o res sem 
comparação maiores. No entanto, os valores 
podem ser comparados desde que seja feito 
um ajuste e eliminar a influência da estrutura 
etária na avaliação dos dados. 
Brasil - 2010 EUA - 2010
1.132.980 óbitos 
registrados
2.468.309 óbitos 
registrados
190.755.799 habitantes 
(população estimada)
308.745.538 habitantes 
(população estimada)
CMG = 5,94 óbitos por 
1.000 habitantes-ano
CMG = 7,99 óbitos por 
1.000 habitantes-ano
Aqui tem-se o condensamento das faixas 
etárias e a taxa de mortalidade específica de 
cada país e terá condições de ser feito o 
ajustamento. 
Ajustamento simples 
Definir uma população padrão a qual será a 
população de comparação. Sendo assim, à 
população do Brasil, vai aplicar a taxa de 
mortalidade que está sendo demonstrada dos 
EUA. 
Padronização de taxas 
Método direto 
Padrão: população -> pesos = proporções de 
indivíduos em cada faixa etária 
Óbitos esperados -> produto dos coeficientes 
especí f icos por fa ixas etár ias pe los 
contingentes populacionais de cada faixa da 
população padrão 
Os pesos das proporções que existem entre 
as faixas etárias se igualem. Os óbitos 
esperados que possuem r i sco pa ra 
determinada faixa etária vai ser aplicado a 
uma população padrão e observar o que 
poderia esperar de óbito se fosse mantida 
aquela taxa àquele número de população 
padrão. 
Sendo assim, se a população dos EUA fosse 
idêntica à população do Brasil, qual seria o 
novo número de óbitos se fosse mantido a 
mesma taxa de mortalidade para a população. 
 
CMG padronizado, EUA (2010) 
1.055.610,6 óbitos esperados 
190.755.799 habitantes-ano 
5,53 óbitos por 1.000 habitantes-ano 
Assim, dentro da padronização de taxas, 
observou-se que a população padrão do Brasil 
em 2010, o CMG dos EUA padronizado é de 
5,53 óbitos por 1.000 habitantes-ano e o CMG 
do Brasil padronizado é de 5,94 óbitos por 
1.000 habitantes-ano, agora pode ser 
comparado sendo que após a padronização é 
observado que o risco de óbito é superior 
no Brasil. Sendo assim, anteriormente 
acreditava-se que a CMG era maior muito nos 
EUA, mas ajustando as taxas e tirando o 
efeito da estrutura etária, observa-se que o 
risco de óbito é maior no brasil 
Proporção de óbitos segundo causa 
Avaliação simples levando em consideração a 
causa básica do óbito, dentro da declaração 
de óbito tem um campo que é a causa de 
óbito a qual é essencial para a avaliação de 
políticas públicas e alojamento de recursos, 
pois ela serve como base no coletivo para que 
seja feita a avaliação das condições de saúde 
da população e a partir disso, feita avaliação 
das políticas públicas. O primeiro campo é a 
doença que levou diretamente ao óbito e o 
segundo são os fatores que contribuíram para 
o óbito. A causa básica de óbito está 
justamente no evento que iniciou toda a 
cadeia de acontecimentos patológicos que 
conduziram a pessoa ao óbito. Proporção 
simples de um universo de todos os óbitos 
ocorridos em uma população, escolher uma 
causa e observar o quanto essa causa 
representa quando comparada às demais. 
Causa básica do óbito (Centro Colaborador da 
OMS para a Classificação de Doenças em 
Português) 
a) A doença ou lesão que iniciou a cadeia de 
acontecimentos patológicos que conduziram 
diretamente à morte 
b) As circunstâncias da lesão ou acidente que 
produziram a lesão fatal (WHO, 1993) 
 
my = causa específica de morte 
M = todos os óbitos 
k = constante 
Dessa forma, foi observado que há uma forma 
de morrer diferente entre os sexos sendo 
necessário promover condutas e buscar 
atenção à saúde diferenciada em relação aos 
sexos. 
Nessa outra comparação, observa que com o 
passar do tempo ocorre diminuição na 
ocorrência de mortalidadepor doenças 
infecciosas, ou seja, diminuição da proporção 
e a forma como essas doenças acometem a 
população. 
 
Observa a taxa de mortalidade por doenças 
infecciosas por regiões do Brasil e observa 
uma queda com o passar do tempo em todas 
as regiões, principalmente na região norte, 
sendo uma forma de avaliar a qualidade de 
assistência à saúde. 
É um fator que não deveria existir, sendo uma 
doença de fácil prevenção (hidratação). Assim, 
é observado que em regiões que possuem 
melhores condições socioeconômicas, são as 
que apresentam menor índice de mortalidade 
por essa doença, sendo ela intimamente 
ligada a condições de vulnerabilidade da 
população. 
Mortalidade proporcional por causas mal 
definidas 
Quanto maior a proporção de causas mal 
definidas dentro de um agrupamento 
populacional, menor é a qualidade do serviço 
de atendimento e menos qualificada é a 
equipe de saúde, ou seja, o serviço não teve 
suporte, o profissional não teve condições de 
fazer o diagnóstico em relação ao óbito seja 
p o r e s t r u t u r a o u f a l t a d e p r e p a r o , 
condicionamento e treinamento. 
Percentual de óbitos por causas mal definidas, 
na população residente em determinado 
espaço geográfico, no ano considerado. 
Os óbi tos por causas mal def in idas 
correspondem ao capítulo XVII da CID-10: 
“Sintomas, sinais e achados anormais de 
exames clínicos e de laboratório não 
classificados em outra parte” (códigos R00 a 
R99) 
Avalia o grau de qualidade da informação 
sobre causas de morte. Percentuais elevados 
sugerem deficiências na declaração das 
causas de morte. 
A frequência de causas mal definidas é 
condicionada pela disponibilidade de recursos 
méd ico-ass is tenc ia is , inc lus ive para 
diagnóstico. 
O emprego de expressões ou termos 
imprecisos prejudica a identificação da causa 
básica da morte, contribuindo para o aumento 
dos óbitos codificados no capítulo de causas 
mal definidas. 
Dentro das limitações do instrumento de 
mortalidade proporcional por causas mal 
definidas, tem-se que as bases de dados 
nacionais sobre mortalidade apresentam 
cobertura insatisfatória em muitos municípios 
do país, havendo expressiva subenumeração 
de óbitos nas regiões norte e nordeste. 
A proporção de causas mal definidas tende a 
estar subestimada em áreas com baixa 
cobertura de informação sobre mortalidade. 
Essas áreas costumam apresentar condições 
assistenciais insatisfatórias, com prejuízo para 
a identificação das causas de morte. 
Com os passar dos anos é observada melhora 
da qualidade da informação, já que os índices 
de informações de causas mal definidas vem 
diminuindo com o passar do ano, tendo 
melhor da oferta de serviços médicos 
assistenciais. 
A esperança de vida é uma estimativa do risco 
de sobrevivência de uma determinada pessoa 
ao nascer hoje e essa avaliação é feita por 
faixa etária e observação de morte que 
atingem cada faixa etária. Importância da 
esperança de vida para principalmente para 
fornecer às pessoas a aposentadoria, acesso 
aos serviços de saúde de alta complexidade, 
com o avançar da expectativa de vida é 
necessário observar se está sendo com 
qualidade de vida. 
 
Indicador de Swaroop e Uemura ou razão 
de mortalidade proporcional (RMP) 
Mortalidade com 50 anos ou mais de idade 
RMP = M≥50 / MT 
1º nível (RMP ≥ 75): países onde 75% ou 
mais da população morre com 50 anos ou 
mais de idade, típico de países desenvolvidos 
2º nível (RMP entre 50% e 74%): países com 
certo desenvolvimento econômico e regular 
organização dos serviços de saúde 
3º nível (RMP entre 25% e 49%): países em 
estágio atrasado de desenvolvimento das 
questões econômicas e de saúde 
4º nível (RMP < 25): países ou regiões onde 
75% ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas 
com menos de 50 anos, característico de alto 
grau de subdesenvolvimento 
Demonstra a qualidade de saúde, econômica 
e social de um determinado território levando 
em consideração a idade de morte de 
determinada população. 
Leva em consideração não apenas os ≥ 50 
anos, mas também outras 5 faixas etárias de 
avaliação - < 1 ano de idade, 1 a 4 anos, 5 a 
19 anos, 20 a 49 anos e ≥ 50 anos. Sendo 
estimada a mortalidade proporcional por 
idade. 
Essa avaliação terá alguns desenhos: curva 
em N, curva em L, curva em U e curva em J, 
sendo cada uma dessas curvas com uma 
caracterização em relação às condições 
daquela população sendo condições muito 
baixas, baixas, regulares e elevadas. 
Indicadores específicos 
Coeficiente de mortalidade infantil 
Mortalidade materna 
Mortalidade por doenças trasmissíveis 
Outros: sexo, idade e causa (agravo à saúde, 
doença ou morte) ou quaisquer outras 
variáveis de interesse 
Conceitos importantes 
S ã o c o n c e i t o s i m p o r t a n t e s p a r a o 
entendimento e cálculo da mortalidade infantil 
e a razão de mortalidade materna os quais 
são considerados um dos mais importantes 
indicadores de saúde e além disso, são 
utilizados como indicadores globais para 
avaliação em saúde, acompanhamento da 
qualidade de vida em determinados territórios. 
Óbito fetal 
“É a morte de um produto de concepção antes 
da expulsão ou extração do corpo da mãe, 
independente da duração da gravidez. A morte 
do feto é caracterizada pela inexistência, 
depois da separação, de qualquer sinal 
descrito para o nascido vivo” (OMS). 
Nascido vivo 
"É a expulsão ou extração completa de um 
produto de concepção do corpo materno, 
independentemente da duração da gravidez, o 
qual, depois da separação, respire ou dê 
qualquer outro sinal de vida, tal como 
batimentos do coração, pulsação do cordão 
umbilical ou movimentos efetivos dos 
músculos de contração voluntária, estando ou 
não cortado o cordão umbilical e estando ou 
não, desprendida a placenta." (OMS) 
Isso é importante, pois o denominador do 
indicador de mortalidade infantil, depende 
diretamente da caractezicação adequada 
entre óbito fetal e nascido vivo. 
Aborto e natimorto 
Até a 22ª semana é caracterizado como 
aborto levando em consideração peso e 
tamanho do feto de acordo com a OMS, após 
esse prazo é considerado natimorto ou perda 
fetal ou óbito fetal. 
Isso é muito importante, pois há outro 
indicador que é o indicador de mortalidade 
perinatal o qual exclui todos os abortos dos 
cálculos. O indicador perinatal é essencial 
para o atendimento pré-natal. 
Óbitos infantis 
Quando nasce vivo (apresenta sinais de vida), 
nem que seja por alguns segundos. A partir 
disso, caracteriza-se os óbitos infantis. 
Neonatal precoce - 0 a 6 dias 
Neonatal tardio - 7 a 27 dias 
Pós neonatal - 28 a 364 dias (1 ano 
completo) 
As mortes neonatais estão mais relacionadas 
às questões l igadas à gestação, ao 
atendimento à mulher no período pré e pós 
parto e também ligados a problemas genéticos 
que a criança pode ter tido durante o 
desenvolvimento intrauterino. 
Sendo assim, é necessário um atendimento 
eficaz à gestante durante a gravidez, no 
momento do parto e à criança, sendo esses 
indicadores um grande demonstrador desses 
aspectos. 
 
No pós neonatal precoce já são questões do 
território dessa criança, do atendimento no 
território, condições de vida, alimentação, 
acesso aos serviços de saúde, exposição a 
doenças infectoparasitárias, acesso à 
vacinação. 
Período perinatal 
Desde o momento onde a criança não é mais 
caracterizada como aborto sendo da 22ª 
semana ao 6º dia de vida, sendo englobados 
nascidos mortos e nascidos vivos que 
morreram até o 6º dia de vida. 
Esse período é importante para analisar o 
acesso da gestante aos serviços de saúde 
quanto a qualidade de atendimento da 
gestante, qualidade do acesso de serviço de 
urgência e emergência e atendimento ao 
parto. Utilizado para cálculos de indicadores 
relacionados a esse período. 
Declaração de óbito 
Esses termos são essenciais para os cálculos 
dos indicadores de saúde, mas também para 
a declaração de óbito, pois a resolução e 
promoção da saúde pública é bem feita 
quando há registros de declaraçõesde óbito 
bem feitas. 
Bloco I - Identificação 
Este bloco se destina a colher informações 
gerais sobre a identidade do falecido do país. 
Emissão obrigatória da DO feral a partir da 20ª 
semana de gestação. Definição de óbito fetal 
a partir de 22ª semana de gestação. 
Dentro do cálculo dos indicadores de 
mortalidade fetal, infantil e perinatal, tem-se 
uma relação muito próxima desses valores e 
se relacionarão intimamente para produzir 
indicadores. 
Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil 
(TMI) 
Coef i c ien te ma is impor tan te , sendo 
coeficientes por serem duas grandezas 
diferentes, todo indicador deve ser de acesso 
fácil aos dados, cálculos simples, uniforme, 
deve dar o poder de fazer diversas 
observações com esse simples cálculo. Taxa 
utilizada em todo o mundo 
Componentes da mortalidade infantil 
Mortalidade infantil neonatal (podendo fazer o 
cálculo do precoce ou tardio) e pós-neonatal, 
utilizam no denominador o número de óbitos 
de cada um desses períodos 
Componentes infantis podem ser expressos 
como proporções ou taxas onde o numerador 
são óbitos por componente etário e o 
denominador são, respectivamente, todos os 
óbitos infantis (proporções) e total de nascidos 
vivos (taxas). 
Somatória entre as mortalidades neonatal 
precoce, neonatal tardio e pós-natal tem-se a 
mortalidade infantil. 
 
De 1990 a 2011 teve uma melhora quando ao 
indicador de mortalidade infantil, atribuído a 
diversas causas, sendo que nesse período o 
Brasil teve uma melhora nas questões 
socioeconômicas, melhorando as questões 
ligadas à pobreza e que estavam abaixo da 
linha da miséria, tendo um contigente de 
pessoas muito grande com acesso a renda 
mínima, alimentação mínima, acesso mínimo 
ao serviço de saúde (abertura de várias 
unidades de saúde territorializadas, em que 
deixa de haver o atendimento restrito ao 
ambiente hospitalar para um mais próximo da 
residência com acompanhamento), programas 
de alimentação e nutrição básica, programas 
de educação quanto ao aleitamento materno, 
tudo isso associado a políticas de governo 
advindas de pactos internacionais. 
Como exposto no gráfico a região Sul é a que 
mais possui acesso a educação, saúde, 
alimentação entre outros fatores e sempre 
teve sua taxa de mortalidade infantil menor, 
inclusive desde 1990, principalmente quando 
comparado ao nordeste. 
Todas essas mudanças impactam mais no 
período pós-neonatal do que no neonatal, pois 
são medidas que impactam crianças que ja 
saíram do hospital, estão sob o cuidado de 
suas mães em casa dentro do território. 
Brasil, até 1990, predominava o componente 
pós-neonatal. A ampliação do acesso a 
saneamento básico, a melhoria nas condições 
de vida da população e a queda da 
fecundidade são fatores relacionados com a 
diminuição da mortalidade no período pós-
neonatal, principalmente decorrente de causas 
infecciosas 
A partir de 1990 predomina o componente 
neonatal, intimamente ligado à qualidade da 
atenção prestada durante o pré-natal, no parto 
e ao recém-nascido. 
A redução da taxa de fecundidade deve-se ao 
fato de a mulher prorrogar a idade em que terá 
o primeiro f i lho justamente devido à 
escolarização, planejamento, inserção no 
mercado de trabalho de forma mais efetiva, 
conhecimento sobre métodos contraceptivos, 
acessos dessas mulheres aos serviços de 
saúde, melhora de condições de vida, entre 
outros fatores. 
Período neonatal tardio é muito associado a 
doença genéticas, mas não tem condições de 
agir e intervir essas mortes, sendo doenças 
com menos condições de aporte. Os demais 
óbitos são evitáveis. 
Em Governador Valadares boa parte de todos 
os óbitos estão ligados ao componente pós-
neonatal o qual está ligado às questões de 
doenças prevenidas, sendo esse aumento 
decorrente de doenças trasmissíveis. A sífilis 
congênita foi uma das maiores causadoras de 
morte em Governador Valadares, não deveria 
ter ocorrido, justamente por haver tratamento 
para sífilis de forma fácil. 
No Brasil como um todo, em 1990, tinha-se 
uma média em torno de 47 óbitos por 1000 
nascidos vivos no Brasil, no ano 2000 passou 
a ter 27 e em torno de 2015 13,8. Em 
Governador Valadares, em 2020 tem média de 
15 óbitos a cada mil nascidos vivos. 
Objetivos do milênio 
Essa melhora se dá em decorrência dos 
acordos realizados no ano 2000 em que para 
reduzir a mortalidade infantil, acabar com a 
fome e a miséria, melhorar a saúde das 
mulheres e gestantes 
Dentro dos objetivos do milênio, tem-se 3 
componentes que impactam diretamente à 
mortalidade infantil, saúde da mulher e da 
criança. Todas as ações realizadas nesse 
período teve-se um fortalecimento das ações 
realizadas com a gestante como acesso 
mínimo durante o período pré-natal, acesso a 
exames básicos específicos, acesso a 
vitaminas, acesso a exames complementares, 
acompanhamento do peso, pressão arterial. 
Com isso, foi observada a redução da 
mortalidade infantil. Mas ainda tem condições 
de melhorar a mortalidade infantil. 
Panorama da mortalidade infantil e fetal 
Ainda pode-se melhorar bastante no 
acompanhamento pré-natal para evitar 
mortalidade infanti l e fetal. Aumentar 
condições de acesso às mulheres e crianças, 
capacitação e treinamento de profissionais, 
UTI neonatal, entre outros aspectos. 
O Brasil apresenta um grande potencial de 
redução quando comparado a outros países 
do mundo, principalmente se comparado ao 
Japão. 
Diante dessas perspectivas, fica evidenciado 
que são mortes que tem condições de serem 
evitadas sendo um problema na cadeia de 
atendimento ofertada à gestante e também à 
criança. Dentro das questões ligadas às 
políticas para redução da mortalidade infantil e 
até mesmo mortalidade materna tem-se que 
fazer uma vigilância muito forte aos motivos 
que levaram as crianças a morrerem para 
diminuir os índices de mortalidade infantil. 
Para isso, tem-se em todos os municípios 
brasileiros comitês de vigilância do óbito fetal 
e infantil os quais identificam e detectam 
causas para todo óbito infantil evitável. Se for 
em decorrência de ausência de atendimento 
da ESF, demora de atendimento, falta de 
medicação, entre outros fatores são avaliados 
por esse comitê. Assim, determina políticas 
públicas específicas para direcionar recursos 
e atendimento a essa população específica 
dentro do município, garantindo a tentativa de 
diminuir os óbitos de crianças. 
Dentro das questões atribuídas a uma 
avaliação pelo comitê de mortalidade infantil, 
vai desde ações de imunização a atenção ao 
parto, atenção à gestação, ações de 
diagnóstico e tratamento, entre outros. 
Proporções de óbitos infantis por causas 
evitáveis, Município do Rio de Janeiro, 
2015 
A falha no sistema de saúde que vai desde a 
falta de atenção profissional à falta de 
equipamentos para uma atenção adequada à 
saúde, não adianta uma equipe excelente sem 
estrutura adequada para atenção à população, 
assim como não adianta ter uma estrutura 
adequada com profissionais não capacitados, 
devendo haver um conjunto de ações para 
que haja efetividade na melhoria do sistema 
de saúde. 
Fatores biológicos, sociais, culturais e de 
falhas do sistema de saúde estão associados 
aos óbitos infantis. 
As intervenções dirigidas à sua redução 
dependem, portanto, de mudanças estruturais 
relacionadas às condições de vida da 
população, assim como de ações diretas 
definidas pelas políticas púbicas de saúde. 
Avanços significativos no início do período 
neonatal dependerão de intervenções 
essenciais para a mãe e o bebê, que devem 
ser implementadas antes, durante e 
imediatamente após o parto. 
Taxa ou coeficiente de mortalidade fetal 
Óbitos fetais são natimortos a partir da 22ª 
semana completa de gestação ou 154 dias ou 
fetos com peso igual ou superior a 500g ou 
estatura a partir de 25cm 
NM representam as perdas fetais com 22 ou 
mais semanas de gestação 
NV nascidos vivos 
Para efeito de comparação internacional a 
OMS / CID-10 utiliza a taxa de mortalidade 
fetal tardia, queconsidera os fetos acima de 
28 semanas de gestação. 
Essa relação é feita para a promoção de 
políticas públicas, já que não adianta a 
redução da mortalidade infantil, mas alta 
mortalidade fetal. 
Taxa ou coeficiente de mortalidade 
perinatal 
Óbitos ocorridos no período perinatal: soma 
das perdas fetais com 22 ou mais semanas de 
gestação e os óbitos de nascidos vivos com 
idade entre 0 e 6 dias 
Esse indicador além de refletir sobre o 
atendimento da gestante, ainda aborda o 
atendimento pré-hospitalar da criança. 
NM representam as perdas fetais com 22 ou 
mais semanas de gestação 
NV nascidos vivos 
1%
9%
11%
21%
12%
45%
Por adequada atenção à gestação
Por adequada atenção ao parto
Por adequada atenção ao RN
Por ações de diagnóstico e tratamento adequado
Por ações de promoção vinculadas a ações de atenção
Por ações de imunizações
Morte materna 
 
“É a morte de uma mulher durante a gestação 
ou dentro de um período de 42 dias após o 
término da gestação, independente da 
duração ou da localização da gravidez, devida 
a qualquer causa relacionada com ou 
agravada pela gravidez ou por medidas em 
relação a ela, porém não devidas a causas 
acidentais ou incidentais” 
Causas maternas - “Todas as categorias 
incluídas no Capítulo XVGravidez, Parto e 
Puerpério-da CID-10, abrangendo inclusões e 
exclusões citadas, no início do capítulo. 
Óbito materno 
Por algumas complicações na gestação a 
mulher pode vir a falecer até 1 ano após o 
nascimento da criança e esses casos, 
denominados de morte materna tardia 
também são avaliados. 
2 fatos dificultam o conhecimento da 
verdadeira intensidade das mortes maternas 
no Brasil: 
Subinformação - Mortes não inseridas no 
Sistema de informações sobre mortalidade do 
Ministério da Saúde (SIM/MS) 
Subdeclaração - Preenchimento inadequado 
das causas de morte nas declarações de óbito 
(DO) pelos médicos, normalmente não é feito 
um estudo retrospectivo do atendimento 
àquela mulher dentro do ambiente hospitalar. 
Existem muitos estudo em cima do aborto 
ilegal em que ocorre morte de muitas 
mulheres, sendo uma forma de garimpar 
dados de óbito materno, sendo um ato 
médico. 
Causa materna declarada pelo médico no 
Atestado de Óbito, acredita-se não haver 
dúvida 
Uma só causa, geralmente terminal, no 
atestado de óbitos femininos, sugere 
fortemente complicações de causas maternas, 
como por exemplo, septicemia, hemorragia, 
crise convulsiva, entre outros 
“ M o r t e s m a t e r n a s p r e s u m í v e i s o u 
mascaradas” 
Causas mal definidas 
“Garimpar" mortes maternas entre os óbitos 
de mulheres em idade fértil 
Campo 37: Preenchimento obrigatório para 
óbitos de mulheres de 10 a 49 anos, já que 
essa é a idade fértil e identificar se é uma 
causa materna. 
95% das mortes por causas maternas são 
consideradas evitáveis pela OMS, com o 
tratamento pré-natal, por exemplo. 
Rede cegonha - avaliação principalmente em 
saúde da mulher, dentro da saúde da família. 
Mortalidade de mulheres em idade fértil 
durante o ciclo gravídico-puerperal: da 
gestação ao puerpério 
Excluídas as mortes por causas maternas 
ocorridas entre 43 dias e um ano após o parto, 
as chamadas mortes maternas tardias, e as 
sequelas de causa materna, ocorridas mais de 
um ano após o parto, mas cuja causa básica 
era uma causa materna. 
Utiliza-se do período de 42 dias para fazer o 
cálculo do indicados, por causas maternas. 
Após esses 42 dias até 1 ano que são óbitos 
em decorrência direta ou por sequelas 
deixadas pelo momento de atendimento do 
parto, bem como problemas cardiovasculares 
graves sendo considerada mortes maternas 
tardias, que mede a qualidade de acesso e 
assistência da mulher que teve sequelas do 
período gravídico. 
Razão de mortalidade materna (RMM) 
engloba justamente o período de gestação até 
os 42 dias maternos por causas maternos, 
sendo um indicador de saúde clássico e 
universal 
Capítulo XV: Causas obstétricas (exceto 
O96 e O97) 
- Diretas (OD): Aquelas própr ias ou 
específicas do ciclo gravídico-puerperal 
- Indiretas (OI): Não específicas da gravidez, 
parto ou puerpério, mas agravadas ou 
complicadas nesses períodos 
- Não especificada (NE) se OD ou OI -> (NE - 
Código O95) 
*Fora do Capítulo XV: Necrose pósparto da 
hipófise, osteomalácia puerperal, tétano 
obs té t r i co e t r ans to rnos men ta i s e 
comportamentais associados ao puerpério. 
Obs: HIV durante ciclo gravídico-puerperal - 
42 dias -> Óbito materno (RIPSA) 
Razão da Mortalidade Materna por 100.000 
nascidos vivos, Brasil, 1990-2013 
Diminuição das mortes maternas durante o 
período analisado, demonstrando melhora da 
qualidade da assistência a mulher, à 
assistência do período gravídico e assistência 
no ambiente hospitalar. 
Objetivos do Milênio - ONU - 2000 
 
 
Meta 2015 - 35 p/ 100.000 nascidos vivos 
O Brasil não conseguiu atingir a meta 
A tragédia da mortalidade materna vem 
atingindo menos mães a cada ano no Brasil, 
mas o ritmo de queda não será suficiente para 
que o país alcance até o fim do ano o Objetivo 
de Desenvolvimento do Milênio (ODM) neste 
quesito - e é mais lento do que seria possível 
e desejável, dizem especialistas. (Fonseca, 
2012) 
Em 2015 tem-se a cobertura pré-natal de 91% 
das grávidas (em 2021 aumento um pouco) e 
98% dos partos são realizados em hospitais. 
Cesárias anuais de 46,6%, sendo que na rede 
privada chega a 85%, no entanto a OMS 
recomenda apenas 15%. 
Violência do parto a qual é ocasionada pelo 
excesso de medicação, ocitocina para 
acelerar o parto; manobras obstétricas, não 
seguimento de protocolos obstétricos e equipe 
despreparada. 
Aborto inseguro que podem levar muitas 
mulheres a óbito e além disso, essas 
mulheres sofrem intensa discriminação no 
atendimento às mulheres que o praticam. 
Em decorrência dessa necessidade de 
avaliação quanto ao óbito, questões ligadas à 
subnotificação e ao mau registro dos óbitos 
principalmente na idade materna com a 
mortalidade infantil, tem-se os comitês de 
avaliação do óbito materno que faz avaliação 
dos óbitos no período gravídico quanto 
fazendo avaliação daquelas mortes, onde foi o 
erro, avaliar em que ponto ocorreu o erro, 
atendimento da mulher, fazendo uma busca 
0 30 60 90 120
1990 2000 2010
para identificar o motivo da morte dessas 
mulheres. Além disso, avaliam a mortalidade 
de mulheres em idade fértil para fazer essa 
avaliação quanto a essa associação com o 
período gravídico. 
Razão de Mortalidade Materna segundo a 
idade da mãe de 2010 a 2015 
Nesse gráfico é possível perceber que quanto 
maior a idade, maior o risco da mortalidade 
materna bem como nos menores de 20 anos, 
ou seja, em idades extremas as mulheres 
apresentam maiores chances de morte 
durante o parto. 
Mortalidade Materna Proporcional segundo 
o tipo de causa de 2010 a 2015 
Boa parte das causas ligadas ao atendimento 
obstétrico direto indireto são os mais 
marcados. 
Destaque para transtornos hipertensivos e 
edemas por porteinúria durante o período 
gravídico sendo em torno de 21%, a segunda 
é ligado as questões de complicação e 
trabalho de parto e em terceiro questões 
ligadas ao puerpério. Avaliação da pressão 
arterial da mulher grávida em ESF é de 
extrema importância. 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS), 2015 
A nova Estratégia Global para a Saúde das 
mulheres, crianças e adolescentes”, lançadas 
pelo secretário-geral das Nações Unidas em 
setembro de 2015, tem como objetivo ajudar a 
alcançar a meta ambiciosa de reduzir a 
mortalidade materna para pelo menos 70 por 
100 mil nascidos vivos e a mortalidade 
neonatal para menos de 12 por mil nascidos 
vivos no mundo, como previstos nos (ODS). 
No caso do Brasil, a meta para 2030 é reduzir 
a mortalidade materna para aproximadamente 
20 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. 
Morte Fetal - Morte “invisível" 
The Every Newborn Action Plan 
Reduzir a taxa de mortalidade fetal para 
menos de 12 por 1.000 nascimentos, em cada 
país, em 2030. 
Muitas mortalidadesocorre por fator genético, 
sendo assim, deve-se evitar que as mortes 
ocorram por falta de cuidado com a gestante, 
mantendo apenas as normalidades quanto ao 
fator genético.

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