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TCC APRESENTAÇÃO-AGATHA - corrigido

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(
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
AGATHA OLIVEIRA DE ALMEIDA MONTEIRO
)
 (
ENVELHECIMENTO: 
Qualidade de vida para os idosos atendidos no CRAS
)
Castanhal-pará
2019
	
	
 (
AGATHA OLIVEIRA DE ALMEIDA MONTEIRO
)
 (
 
ENVELHECIMENTO: 
Qualidade de vida para os idosos atendidos no CRAS
)
 (
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do titulo de bacharel em Serviço Social.
Orientadora: Profª. Maria Ângela Santini
)
 (
Castanhal-Pará
2019
)
 (
ENVELHECIMENTO: 
Qualidade de vida para os idosos atendidos no CRAS
)
Trabalho de Conclusão de curso apresentado na Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Profª. 
_____________________________________________________________
Profº. 
_____________________________________________________________
Profº. 
Aprovado em ___/____/_____
Conceito: ___________________
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе minha vida, е nãо somente nestes anos como universitária, mаs que еm todos оs momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional.
Agradeço а minha família em geral e principalmente ao meu esposo Jean Carlos Fonseca Alves por ter me incentivado a não desistir dos meus sonhos.
Meus agradecimentos аоs amigos, companheiros dе trabalhos е irmãos nа amizade qυе fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes еm minha vida cоm certeza.
A Universidade Pitágoras Unopar, pela oportunidade dе fazer о curso. Ao sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes.
A minha orientadora Maria Graciete Leite Oliveira, pelo suporte nо pouco tempo qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos.
Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional, por tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mas por terem mе feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus eternos agradecimentos.
“O intervalo de tempo entre a juventude e a velhice é mais breve do que se imagina;.Quem não tem prazer de penetrar no mundo dos idosos não é digno da sua juventude...”
Augusto Cury
MONTEIRO, Agatha Oliveira de Almeida. ENVELHECIMENTO: Qualidade de vida para os idosos atendidos no CRAS. 2019.40p. Trabalho de Conclusão de Curso de serviço social-Centro de Ciências Humanas e Sociais – Universidade Pitágoras UNOPAR, Castanhal, 2019.
	RESUMO	
O presente trabalho de conclusão de curso faz uma analise sobre compreensão de qualidade de vida para os idosos participantes das atividades desenvolvidas no CRAS- Centro de Referencia da Assistência Social. Tem por objetivo identificar o que os idosos inseridos nos programas do CRAS compreendem por qualidade de vida. São objetivos específicos do trabalho: identificar a relação entre a melhoria da qualidade de vida dos idosos após sua inserção nos programas da instituição. Oferecendo assim possibilidades para que o idoso seja visto como um participante importante e ativo no cotidiano e nas mais diversas atividades. Para o desenvolvimento do trabalho foi adota a metodologia de pesquisa do tipo descritiva, bibliográfica, efetivada através de revisão da literatura de autores reconhecidos pela sua contribuição ao estudo.Percebe-se que o sentido de qualidade de vida para os idosos abrange muitos significados, porém, foi mais mencionada à saúde e o convívio familiar que para eles são elementos primordiais constitutivos de uma vida com qualidade.
Palavras-chave: Envelhecimento, idosos, qualidade de vida.
MONTEIRO, Agatha Oliveira de Almeida. AGING: Quality of life for the elderly attended at CRAS. 2019.40 p. Work of completion of social service course-center of Humanities and Social Sciences-Universidade Pitágoras UNOPAR, Castanhal, 2019.
ABSTRACT
The present study of the conclusion of the course analyzes the understanding of quality of life for the elderly participants in the activities developed at the CRAS-Center for reference of Social assistance. It aims to identify what the elderly in the CRAS programs understand for quality of life. These are specific objectives of the work: to identify the relationship between the improvement of the quality of life of the elderly after their insertion in the institution's programs. Thus offering possibilities for the elderly to be seen as an important and active participant in daily life and in various activities. For the development of the study, it was adopted the research methodology of the descriptive type, bibliographical, carried out through a review of the literature of authors recognized for their contribution. It is perceived that the meaning of quality of life for the elderly encompasses many meanings, but it was more mentioned to the health and family coexistence that for them are element...
Keywords: Elderly: Ageing, seniors, quality of life.
LISTA DE QUADROS
	QUADRO 1
	O número de famílias referenciadas por CRAS tem relação com o tamanho do município
	41
LISTA DE SIGLAS
	ABQV
	-Associação Brasileira de Qualidade de Vida
	CNAS
	- Conselho Nacional de Assistência Social
	CRAS
	- Centro de Referência de Assistência Social
	CNSS
	- Conselho Nacional de Seguridade Social
	E.I
	-Estatuto do Idoso
	FNAS
	-Fundo Nacional de Assistência Social
	GPS
	-Guia da Previdência Social
	INPS
	- Instituto Nacional da Previdência Social
	INSS
	-Instituto Nacional do Seguro Social
	IAP
	-Instituto de Aposentadoria e Pensão
	IBGE
	-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
	LOPS
	- Lei Orgânica da Previdência Social
	LOAS
	- Lei Orgânica da Assistência Social 
	LBA
	-Legião Brasileira de Assistência Social
	MPAS
	- Ministério da Previdência e Assistência Social
	ONU
	- Organização das Nações Unidas
	PAEFI
	- Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos
	PNAS
	- Política Nacional de Assistência Social
	PSB
	-Proteção Social Básica
	PSE
	-Proteção Social Especial
	PNI
	-Política Nacional do Idoso
	SUAS 
	- Sistema Único de Assistência Social
	SUS
	-Sistema Único de Saúde
	
SUMÁRIO
	
	INTRODUÇÃO..........................................................................................
	11
	1
	UM BREVE ESTUDO SOBRE O ENVELHECIMENTO NO BRASIL.................
	13
	1.1
	 Contextualizando o idoso no Brasil......................................................
	13
	1.2
	A proteção social ao idoso: história e atualidade................................
	15
	1.3
	Qualidade de vida e Estatuto do Idoso..................................................
	20
	2
	POLITICA PUBLICA E O SERVIÇO SOCIAL PARA OS IDOSOS .........
	27
	2.1
	Um breve estudo sobre serviço social..................................................
	27
	2.2
	Os desafios na atuação do serviço social............................................
	29
	2.3
	Política publica voltada para a qualidade de vida dos idosos...........
	33
	3
	ASPECTOS DAS POLITICAS DE ASSISTENCIA SOCIAL PARA OS IDOSOS.....................................................................................................
	41
	3.1
	Quantidade de idosos que são atendidos pelas políticas publica.....
	41
	3.2
	As atividades que os idosos participam no CRAS..............................
	41
	3.3
	As políticas sociais voltados ao idoso e a família...............................
	42
	4
	CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................
	44
	5
	REFERENCIAS.........................................................................................45
INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um fenômeno social universal que demanda enfrentamento interdisciplinar. O aumento do número de idosos vem ocorrendo de forma muito rápida e progressiva, principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
De acordo com a Lei 10.741 de 2003 Estatuto do Idoso e a Lei nº8.842 de 1994 Política Nacional do Idoso a pessoa considerada idosa é aquela que possui idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos de idade e para a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que os países em desenvolvimento, como Brasil é definido idoso a partir de 60 (sessenta) anos, já os países desenvolvidos é a partir de 65 (sessenta e cinco) anos de idade.
Envelhecer é um processo vital inerente a todos os seres humanos. A velhice é uma etapa da vida, parte integrante de um ciclo natural, constituindo-se como uma experiência única e diferenciada.
[...] Permanecer ativo e produtivo é componente essencial para envelhecer com saúde. Uma das maiores preocupações com a qualidade de vida na velhice, diz respeito à busca de formas de prevenção de ocorrências e situações que possam afetar o bem estar das pessoas, entre elas a dependência física. Acredita-se que uma das características da população idosa que implica algum grau de dependência com repercussões sobre os arranjos familiares, seja a incapacidade física; o que se espera é que com o aumento da longevidade seja adiada a desabilidade crônica (GOLDANI, 1998).
O presente trabalho foi motivado pela experiência de estágio realizada no CRAS- Centro de Referência da Assistência Social, no decorrer de 2018 e 2019. A temática: ENVELHECIMENTO: A intervenção do assistente social no atendimento a pessoa idosa no CRAS. Portanto, o objetivo geral é compreender quais os critérios para o atendimento socioeducativo a grupos da terceira idade, assegurando acesso às políticas públicas e cidadania.
Para atender ao objetivo geral utilizou-se de quatro objetivos específicos como: Incentivar os idosos a manter uma rotina de atividades sociais, através do trabalho em grupo; Estimular a saudável convivência entre os idosos; Promover a participação do grupo da terceira idade, em atividades sociais, culturais; Proporcionar palestras, campanhas sobre saúde, em parcerias com instituições governamentais e não governamentais.
A metodologia do trabalho consistiu em realizar inicialmente uma revisão bibliográfica a partir das obras de autores como Neri e Freire (2001); Camacho (2002); Benevides (2003); Miranda (2005); entre outros que abordaram o assunto,
Essa pesquisa é dividida por capítulos. No primeiro capitulo I-Faz-se um breve estudo sobre o envelhecimento no Brasil que está dividido em três eixos: o primeiro contextualizando o idoso no Brasil, o segundo fala sobre a proteção social ao idoso: historia e atualidade e o terceiro sobre a qualidade de vida e estatuto do idoso.
No capitulo II- será realizado um breve estudo sobre política publica e o serviço social para idoso, no primeiro momento um breve estudo do serviço social, posteriormente o serviço social na atuação do assistente social e a política publica de assistência social voltada para qualidade de vida dos idosos
No capitulo III- aspectos das políticas de assistência social para os idosos, quantidades de idosos que são atendidos pelas políticas publicas, as atividades que os idosos participam no CRAS e as políticas sociais voltados ao idoso e a família.
Os procedimentos que serão apresentados utilizando a metodologia para concretização este trabalho e o processo bibliográfico.
UM BREVE ESTUDO SOBRE O ENVELHECIMENTO NO BRASIL
Contextualizando o idoso no Brasil
O envelhecimento é um fenômeno mundial, ou seja, o crescimento da população idosa, em números absolutos e relativos, está ocorrendo em um nível sem precedentes. Em 1950, eram cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, em 1998, ou seja, quase cinco décadas depois, esse contingente alcançava 579 milhões de pessoas, ou seja, um crescimento de quase 8 (oito) milhões de pessoas idosas por ano. 
Segundo previsão da Organização das Nações Unidas (ONU), a continuar no ritmo acelerado que se processa o envelhecimento mundial, por volta do ano de 2050, pela primeira vez na história humana, o número de pessoas idosas será maior que o de crianças abaixo dos 14 anos. A população mundial deve saltar dos 6 (seis) bilhões para 10 (dez) bilhões em 2050. No mesmo período, o número de idosos deve triplicar, passando para 2 (dois) bilhões, ou seja, quase 25% do planeta (IBGE, 2000).
[...] A velhice, desde a Revolução Industrial, vem sendo associada à inutilidade ou à improdutividade. No entanto, há hoje um movimento, que aparentemente, reverte esta imagem e tenta demonstrar o quanto à pessoa amadurecida pode ser útil e tem energia para realizar diversas atividades, dentre as medidas adotadas encontramos mudanças nas terminologias para designar quem envelheceu: terceira idade, feliz idade, idade de ouro entre outras (NÉRI, 2008).
Segundo Bruno (2003), a sociedade brasileira está sendo surpreendida por uma “revolução demográfica” e não está preparada para receber um contingente tão grande de idosos. Deste modo, é de grande importância que se criem mecanismos para ajustar a sociedade ao convívio e acolhimento desses idosos, assim como para garantir a esta parcela da população melhor qualidade de vida. 
Sobre a velhice, precisamos destacar que esta vem crescendo consideravelmente e se configurando como um desafio mundial. Neste sentido Farielo e Vieira (2007, p.3) citam que o:
[...] chefe do programa de envelhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS), o brasileiro Alexandre Kalache, alerta que está em curso uma enorme mudança de paradigmas, provocada pelo aumento da longevidade, acompanhado de uma redução das taxas de fecundidade. “Até o início dos anos 2000, esse quadro ainda não estava tão claro”, lembra ele, apontando que o fenômeno é recente e vai exigir uma mudança profunda nos costumes”.
Entre os fatores que cooperaram para o crescimento da população idosa no mundo estão: a industrialização, a urbanização, os avanços da tecnologia, da medicina e do saneamento básico e mudança de hábitos pela população, como por exemplo, o ato de lavar as mãos antes das refeições, levando a redução do número de doenças. Estes e outros aspectos provocaram a queda dos níveis de fecundidade e o aumento da expectativa de vida da população mundial. 
Frente a esses dados, cabe uma reflexão de Beauvoir sobre a condição da velhice em determinados países:
[...] com relação às pessoas idosas, essa sociedade não é apenas culpada, mas criminosa. Abrigada por trás dos mitos da expansão e da abundância, trata os velhos como parias. Na França, onde a proporção de velhos é a mais elevada do mundo – 12% da população têm mais de 65 anos – eles são condenados à miséria, a solidão, às deficiências, ao desespero. Nos Estados Unidos, seu destino não é mais feliz. Para conciliar esta barbárie com a moral humanista que professa, a classe dominante adota a posição cômoda de não considerar os velhos como homens (BEAUVOIR, 1990, p. 8).
Assim como em alguns países, na realidade brasileira também houve um significativo crescimento demográfico da população idosa (ver gráfico 3), diante disto, podemos presenciar igualmente questões como solidão, tratamentos desumanos e miséria na velhice. O processo de envelhecimento no Brasil ocorre em um contexto marcado principalmente por uma alta incidência de pobreza e desigualdade social. Pode-se partir do princípio de que a pobreza numa sociedade desigual como a brasileira ocasionará, conseqüentemente, a reprodução da pobreza na velhice, sobretudo quando se consideram alguns aspectos, muitas vezes, característicos dessa faixa etária, ou seja, a morbidade.
Para melhor apreender de que forma se caracterizaram as condições da velhice no Brasil, é preciso pensar nas contradições que acompanharam sua trajetória e na própria dinâmica da sociedade. 
Silva (2003, p.98), ao analisar a trajetória da velhice no Brasil coloca que os idosos representama história viva das ações desenvolvidas pelos poderes constituídos, silenciados pela política, emanada até recentemente no país, a que favoreceu o desconhecimento dos direitos, assim como contribuiu para gerar uma estrutura altamente concentradora de renda, e que produziu uma velhice sem recursos financeiros para custear suas despesas.
Se a velhice passar a ser encarada como fase normal da vida e não como uma fase improdutiva, haverá uma mudança significativa em relação ao papel e importância dos idosos na sociedade brasileira. Contudo, há muitos caminhos a serem percorridos, sobretudo porque o idoso ainda é forte alvo de preconceitos numa sociedade marcada pelo consumo. 
Nesse sentido, assinala Magalhães (1989, p.18) que: 
[...] A sociedade contemporânea oferece pouca oportunidade ao idoso para exercitar e ativar a lembrança, instrumento e conteúdo fundamental de seu diálogo com as demais gerações. Indispensável também à formulação de seu pensamento. O que foi produzido no passado não tem interesse hoje e possivelmente será destruído amanhã. O ciclo permanente de produção e de consumo exige incessantemente a destruição e o desaparecimento do que foi produzido no passado e a criação permanente de novas formas de produção e consumo.
A proteção social ao idoso: história e atualidade
A primeira forma de proteção social ao idoso no Brasil foi a aposentadoria, que se desenvolveu através da Lei Eloy Chaves no ano de 1923, sendo que este instrumento legal determinou a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) nas empresas ferroviárias. Contemplando os ferroviários com os benéficos de aposentadoria por invalidez e por tempo de contribuição, a pensão por morte e a assistência médica. E em 1926, estenderam-se os benefícios desta Lei aos portuários e marítimos – dois segmentos de fundamental importância para a economia brasileira, época esta fundamentalmente agroexportadora.
O contexto dessa época no Brasil era marcado por pressões sociais e mudanças no país, de uma política agrária para a industrialização. Essas transformações determinam por sua vez, uma profunda mudança na orientação do sistema previdenciário. Como dispõe Dias e Cabral (1997, p.13):
[...] A previdência social passou a incorporar de forma seletiva e controlada aquelas frações de classe que, por estarem inseridas nos setores mais dinâmicos da economia, tinham seu poder de barganha aumentado. Não foi outro o sentido da criação, ao longo da década de 30, dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), primeiras instituições previdenciárias de caráter nacional. Através do IAPs, a vinculação dos trabalhadores à previdência passou a ser feita por categoria profissional, e não mais por empresa, como no caso das CAPs, resultando numa significativa ampliação da abrangência do sistema.
Convém citar que foi somente em 1933 que as CAPs, transformaram-se em IAPs. Nesse contexto de mudança no sistema previdenciário, a organização do mesmo passou a reger-se pela lógica do seguro social, cujo princípio básico era de que cada trabalhador garantisse, em grande parte com seus próprios recursos, a continuidade de rendimentos proporcionais ao seu salário no caso de adversidades que o afastasse da produção. Desta maneira, a previdência passava a funcionar segundo a mesma lógica comercial privada, ou seja, com benefícios proporcionais às contribuições. Em 1960, é aprovada a Lei Orgânica de Previdência Social (LOPS), cuja importância reside na uniformização das contribuições, bem como das prestações de benefícios dos diferentes institutos. Conforme Haddad (1993, p.27) a partir da LOPS,
[...] Os segurados passaram a desfrutar dos seguintes benefícios: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por velhice, aposentadoria especial, aposentadoria por tempo de serviço, auxílio-natalidade, pecúlio e assistência financeira. Os dependentes passaram a ter direito a: pensão, auxílio-reclusão, auxílio-funeral e pecúlio. Ambos, segurados e dependentes, foram cobertos por assistência médica, assistência alimentar, assistência habitacional, assistência complementar e assistência reeducativa e de readaptação profissional.
Com a LOPS, houve o início da unificação institucional, que foi concluída com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em 1966. A unificação do sistema implicou que a aposentadoria por idade passasse a ser devida ao segurado após os 60 anos de idade, para as mulheres, e 65, para os homens. A aposentadoria por tempo de serviço, anteriormente restrita a algumas categorias profissionais, foi estendida a todos os participantes do sistema sem qualquer distinção de gênero. Esse benefício foi garantido aos segurados, de ambos os sexos, que contassem com mais de 30 ou 35 anos de serviço. 
O processo de universalização previdenciária passou a ser uma preocupação da sociedade para a cobertura de todos os idosos e avançou na década de 1970. Nesse período todos os indivíduos que exerciam atividades remuneradas passaram a ser cobertos pela previdência social. Os que não contribuíam passaram a receber a Renda Mensal Vitalícia que foi instituída em 1973, oferecendo 60% do salário mínimo para pessoas com mais de 70 anos que comprovavam não possuírem meios de prover sua própria manutenção e nem tê-la provida por sua família. 
Aos trabalhadores rurais, a partir de 1972 com o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural/Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (Prorural/Funrural), assistia os trabalhadores rurais, pescadores (a partir de 1972) e garimpeiros (a partir de 1975), oferecendo benefícios precários de aposentadoria por idade aos 65 anos, tendo meio salário mínimo como teto. Decorridos mais 20 anos desde a implantação do Prorural/Funrural (1971/1992), implanta-se o regime de universalização de atendimento aos idosos e inválidos do meio rural, previsto na Constituição de 1988. (DELGADO; CARDOSO JUNIOR, 1999) 
A promulgação da Constituição de 1988 introduziu o conceito de seguridade social, fazendo com que a rede de proteção social saísse do contexto estritamente social-trabalhista e assistencialista e passasse a adquirir uma conotação de direito de cidadania. A partir desse momento, o idoso é reconhecido através da Constituição como um ser de direitos que dispõe no artigo 230 que: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo lhes o direito a vida”. (CRFB/88). Esta representa um marco na história da justiça social e da evolução política de reconhecimento dos direitos sociais do país. 
A Constituição de 1988 teve um grande impacto na previdência brasileira, em particular no que se refere à situação do funcionalismo público federal, estadual e municipal, induzindo a mudanças que, em muitos casos, provocaram problemas econômicos e financeiros para essas esferas de governo, para os idosos os benefícios surgidos foram: a redução, em cinco anos, da idade para a concessão de aposentadoria por idade ao trabalhador rural em relação ao urbano e o surgimento do Benefício de Prestação Continuada – BPC, que consiste no pagamento de um salário mínimo mensal a pessoas idosas e a pessoas com deficiência que comprovem não ter condições econômicas de se manter e nem de ter sua subsistência mantida por sua família.
 Para os idosos um longo caminho de lutas, avanços e retrocessos foram percorridos. Vários segmentos que eram representantes dos seus interesses, tais como - entidades sociais, representantes de associações de aposentados e grupos - lutaram para o reconhecimento efetivo dos direitos inscritos na Constituição de 1988. Outro fator foi o contexto social do final dos anos 1980 e início de 1990 em que outros segmentos sociais obtêm os direitos constitucionais assegurados em leis específicas, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado em 1990, que propiciaram maior reflexão e pressão estatal com relação a situação do idoso no país. 
A partir deste contexto, surge a Política Nacionaldo Idoso - PNI em 04 de janeiro de 1994, através da Lei nº 8.842, que tem por objetivo, nos termos de seu Art. 1º “assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade”. A Lei 8.842 foi a primeira legislação específica no que tange à questão do idoso no Brasil, para efeito de legalização de direitos que constam nas políticas de atenção as pessoas idosas que obtiverem idade superior a sessenta anos. Vale salientar que somente é reconhecido pelo Estado o envelhecimento cronológico dos indivíduos, cabendo a estes direitos a partir de certa idade, ignorando os outros aspectos do envelhecimento.
 Além da Política Nacional do Idoso como garantidora de seus direitos sociais, o idoso ainda possui a Política Estadual, bem como a Política Municipal do Idoso e seus respectivos Conselhos de Direitos, onde o governo e sociedade civil, em participação paritária atuam juntos na formulação e no controle das políticas destinadas a este segmento. Ressalta-se que as execuções destas ações ficam a cargo das Secretarias de Estado Nacional, Estadual e Municipal. (BREDEMEIER, 2003). 
A partir da Política Nacional do Idoso, diversos outros documentos de caráter público, documentos com teor de lei ou normativos, vêm sendo divulgados e referendados no nosso país. Dentre estes podemos considerar como o mais significativo e que assumiu papel fundamental, o Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003.
 Desse modo, é comum no nosso país, onde os direitos sociais não são totalmente respeitados, a criação de estatutos na tentativa de assegurar e respeitar os grupos mais vulneráveis da sociedade. Assim, o Estatuto do Idoso é criado pelo Estado para atestar direitos. 
Com o surgimento do Estatuto do Idoso, este concretiza muitos avanços sobre a valorização do idoso na sociedade com relação a garantia de direitos e melhoria da promoção da qualidade de vida dos mesmos, explicitado no Art. 3º:
[...] É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito a vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária.
O Estatuto regulamenta os direitos dos idosos, determina obrigações às entidades assistenciais, estabelece penalidades para diversas situações de desrespeito aos idosos, além de atribuir uma série de competências e responsabilidades ao Ministério Público. Apesar do caráter inovador e do avanço das leis, há muito a ser feito até que os direitos sociais dos idosos sejam plenamente respeitados e levados a sério. Conforme assinala a autora Goldman et al (2000, p. 19):
[...] Mesmo estabelecidos em instrumentos legais como nas Constituições, Códigos e Estatutos, os direitos sociais só se concretizam na prática. Em países pouco desenvolvidos como o Brasil, o aparato legal contempla os direitos sociais, mas a realidade desmistifica a letra morta da lei. O usufruto dos direitos sociais só pode ser garantido com a efetiva participação política da população através dos instrumentos de organização, de pressão e de denúncia.
O Estatuto foi um grande progresso, porém como cita Pereira (2007) ainda existe o preconceito e a implementação da totalidade destas leis que beneficiam o público idoso, tendo em vista que muitos idosos são desrespeitados de seus direitos. É necessária a mobilização social para o devido respeito ao idoso, exigindo principalmente do poder pública a execução da Política Nacional do Idoso.
Qualidade de vida e o Estatuto do idoso
 A partir de tais concepções sobre qualidade de vida, percebemos o quanto é complexo e contraditório chegar a um consenso do que seria qualidade de vida para o ser humano. Nesse sentido, no próximo item se abordará a questão Qualidade de Vida na Velhice, resgatando concepções a cerca do tema e a importância deste aspecto ao idoso.
Como é avaliado por Neff (1986, p.25): O ser humano para obter melhor qualidade de vida precisa que uma série de necessidades orgânicas seja suprida. Mas não pode ser reduzida somente a esse aspecto implica, além disso, a qualidade de vida busca transcender a mera subsistência humana, satisfazendo também o conjunto de carências relativas à liberdade, ao lazer, à participação, ao afeto, à criação, ao entendimento, à identidade e à proteção. 
Conforme o estatuto do idoso (1994) assegura seus direito Artigo 34 – “Aos idosos, a partir dos 65 anos (sessenta e cinco anos), que não possuam meios para sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica de Assistência Social – Loas.” O Estatuto do Idoso garante 1 salário mínimo às pessoas idosas a partir dos 65 anos.
Segundo NERI, (2001) há dois aspectos relacionados diretamente com a qualidade de vida do idoso que deve ser levada em consideração são a condição médico-social do idoso e a questão da existência e cultura. 
[..] Na primeira serão levados em conta saúde do indivíduo e seu envolvimento social. Enquanto na segunda será necessário um tratamento social, artístico e literário que leve em conta a necessidade dos indivíduos e da coletividade, enquanto indivíduo e sociedade. O que há de comum em ambos os aspectos é que o bom envelhecimento é formado por condição favorável de saúde, auto-cuidado, atividade, produtividade, satisfação, vida saudável, prática de atividades físicas, otimismo, esperança, entre outros. NERI, 2001)
 
Embora o termo qualidade de vida seja uma questão complexa e difícil de ser definida, existem autores que explicam o que ela pode significar. A Organização Mundial da Saúde – OMS, afirma que qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultural e sistema de valores com os quais convive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
É importante deixa claro que a Qualidade de Vida pode assumir diferentes formas em conformidade com a idade do desenvolvidos, pois para um bebê a felicidade é ser alimentado e cuidado, e conforme o indivíduo vai crescendo suas posições diante da vida se transformam. 
A velhice não deve ser vista de forma negativa, como um fardo ou um castigo, e sim como uma chance de conviver com seus familiares e amigos por um período mais longo. É preciso que sociedade e próprio idoso abandonem a idéia de velhice como sinônimo de tristeza, depressão, solidão, abandono ou doença. A velhice precisa ser aceita e reconhecida enquanto sua irreversibilidade, mas com o conhecimento necessário para tomar medidas que ajudem o indivíduo a controlar e retardar os sintomas desta no organismo e na mente. 
No pensamento Neri (2001) A vida em si é uma constante de surpresas, e durante o envelhecimento é cada vez mais comum que ocorram eventos inesperados, como uma doença ou mesmo a perda de um ente querido, e tais eventos exigem do idoso a capacidade individual ou através do apoio do grupo no qual ele está inserido, o suporte para que os eventos não se tornem derradeiramente pesados e incapacite o idoso de reagir diante das adversidades.
[...] Ainda devem ser levados em consideração à experiência que os eventos provocam no idoso, pois estes podem desencadear modificações de valores, crenças e ações insatisfatórias, o que pode prejudicar o mesmo em suas relações. Conforme Neri (2001) e Park (2003)
Para CAMACHO (2002) ressalta que o atendimento ao idoso, na busca de uma melhor qualidade de vida, na maioria das vezes envolve um atendimento multidisciplinar, no qual médicos, geriatras, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas atuam em constante parceria.
[...] A interdisciplinaridade tem como característica incorporar os resultados de múltiplas especialidades, formando cada um os seus esquemas conceituais de análise, instrumentos e técnicas metodológicas de assistência, logo, de pesquisa, com uma integraçãoprofícua em relação ao idoso. Tal fator fornece a idéia de ligar a teoria à prática gerontologica, não se tratando de conhecer por conhecer, mas de ampliar o conhecimento científico a uma cognição prática, compreendendo-a com possibilidades reais de transformação. (CAMACHO, 2002, p. 232).
Na percepção de BENEVIDES, (2003): Qualidade de vida no conceito médico é diretamente proporcional à atividade física, é exigência para quem deseja uma vida melhor, além de ser uma grande aliada contra o estresse e a depressão. Atualmente, os exercícios físicos não estão restritos às academias, onde os jovens buscam um corpo escultural. Exercício físico faz parte da orientação médica e deve ser praticado em todas as idades, adaptando à capacidade de cada um. 
[...] Qualidade de vida é a combinação de condições objetivas, avaliação subjetiva e de valores pessoais, confirmando a definição da OMS e que trouxe também reflexões sobre seis domínios na qualidade de vida são eles: domínio de bem-estar físico, material, social, produtivo, emocional e cívico, e ainda admite a influência externa (NERI, 2002).
A partir de tais concepções sobre qualidade de vida, percebemos o quanto é complexo e contraditório chegar a um consenso do que seria qualidade de vida para o ser humano. Nesse sentido, no próximo item se abordará a questão Qualidade de Vida na Velhice, resgatando concepções a cerca do tema e a importância deste aspecto ao idoso.
No século XXI, o Estatuto do Idoso instituído pela a Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003 estabeleceu prioridade absoluta às normas protetivas ao idoso, elencando “novos direitos e estabelecendo vários mecanismos específicos de proteção os quais vão desde precedência no atendimento ao permanente aprimoramento de suas condições de 55 vida, até a inviolabilidade física, psíquica e moral” (CENEVIVA, 2004, p. 07-13).
Em 2003, foi aprovado o Estatuto do Idoso e junto à PNI, esses documentos importantes ampliaram os conhecimentos na área do envelhecimento e da saúde da pessoa idosa e foram fundamentais para a afirmação de ações dinâmicas e consistentes.
[...] O Estatuto corrobora os princípios que nortearam as discussões sobre os direitos humanos da pessoa idosa. Trata-se de uma conquista para a efetivação de tais direitos, especialmente por tentar proteger e formar uma base para a reivindicação de atuação de todos (família, sociedade e Estado) para o amparo e respeito aos idosos.
O Estatuto do Idoso veio priorizar tanto seu atendimento de um modo geral, como também aquela clientela que já apresenta algum grau de dependência. É com essas ações fundamentais de prevenção secundária, de reabilitação, de promoção da saúde, além do cuidado e do tratamento, que é possível garantir melhor qualidade de vida para idosos na vida em família e em sociedade.
O estatuto enfatiza a interface entre a intersetorialidade e o direito à saúde:
· Incorpora o conceito de integralidade da atenção, ao afirmar que “o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando--se lhe (...) todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” (Art. 2).
· É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção,promoção, proteção e recuperação da saúde (Art.15).
· Coerentemente, aborda a problemática de recursos humanos: as instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto ajuda (Art.18).
· Demanda a inserção, nos currículos dos diversos níveis de ensino formal, de conteúdos relativos ao processo de envelhecimento, à eliminação de preconceitos e à valorização social dos idosos (Art. 22).
Para que o idoso tenha qualidade de vida é preciso que ele envelheça de maneira ativa, ou seja, que não se isole do convívio social e familiar; deixando de lado aquilo que sempre lhe fez bem, e que ele cuide de sua saúde, pois assim, o envelhecimento se tornará uma experiência positiva de fato (MIRANDA; BANHATO, 2005).
[...] O envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Ele permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados adequados, quando necessários. O conceito “ativo” não abrange apenas a capacidade de estar fisicamente ativo ou fazer parte da força de trabalho. Refere-se à participação contínua do idoso em questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis. O envelhecimento ativo aumenta a expectativa de uma vida saudável e de qualidade. Essa abordagem do envelhecimento ativo baseia-se no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas idosas, associados aos princípios estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) de independência, participação, dignidade, assistência e autorrealização. Apóia a responsabilidade dos idosos no exercício de sua participação ativa nos aspectos de sua vida e da comunidade. (OMS, 2005, p. 13; apud MIRANDA; BANHATO, 2005)
Para que haja uma qualidade de vida é preciso que o idoso pratique atividades físicas, se envolva em atividades culturais e sociais, enfim mantenha-se conectado com o mundo e assim tenha uma boa vida na velhice. Pois o idoso ao participar ativamente de atividades nas mais variadas áreas se beneficia e muito com o convívio com seus iguais. 
Para MIRANDA; BANHATO, (2005). Qualidade de vida envolve o indivíduo e sua vida em relação á sociedade, família, lazer, cultura e trabalho, em relação aos seus objetivos e metas, e está diretamente relacionado com sua saúde física, mental e psicológica, crenças e relações sociais 
[...] Infere-se, assim, que o termo qualidade de vida engloba o conceito amplo de bem-estar, mas isso depende do autojulgamento do próprio indivíduo, ou seja, o quanto ele está ou não satisfeito com a qualidade subjetiva de sua vida. É um conceito subjetivo que depende de padrões históricos, culturais, sociais e até mesmo individuais. A avaliação da qualidade de vida de determinado indivíduo varia em função das três dimensões nas quais o sujeito encontra-se inserido: física, psicológica e social. (MIRANDA; BANHATO, 2005, s/p).
De acordo com MIRANDA; BANHOTO (2005) os idosos tenham uma boa qualidade de vida é preciso que haja o conjunto de situações acima elencados, pois se faltar saúde, por exemplo, mesmo que o restante esteja bem, a qualidade será comprometida.
[...] É necessário que o ambiente ofereça condições favoráveis à sua adaptação, mesmo com as limitações proporcionadas pelo avanço da idade. Também são levadas em conta questões comportamentais referentes ao desempenho do indivíduo frente a diversas situações, característica esta influenciada por seu desenvolvimento individual. Levando-se em consideração todos esses aspectos, cabe ao idoso avaliar sua própria qualidade de vida, seus valores e expectativas em nível pessoal e social. A última instância abordada é o bem-estar subjetivo, que engloba todos os fatores anteriormente enumerados. (MIRANDA; BANHATO, 2005, s/p)
Para que a qualidade de vida na velhice seja satisfatória é preciso que o indivíduo cuide ainda de sua alimentação, cuidando para ingerir alimentos que lhe dêem energia, mas que não sobrecarreguem seu aparelho digestivo, e preferencialmente façam escolhas saudáveis na hora de comer. (OKUMA, 2004). 
Segundo Neri (2005) Desta forma uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física promovem além do bem estar físico também emocional e psíquico, e que ao praticar atividadesfísicas o indivíduo está fortalecendo seus músculos e nervos, e oxigenando o organismo, e isto melhora e muito a qualidade de vida da pessoa idosa. Com a prática das atividades físicas todo o organismo é beneficiado desde o aparelho circulatório, o coração, aumenta a resistência muscular e a flexibilidade e ainda ajuda no funcionamento do aparelho digestivo. 
[...] Com relação ao contexto em que surge o Estatuto do Idoso. Sabe-se que tramitou no Congresso a partir de 1997 e que foi gerado por iniciativa do movimento dos aposentados e pensionistas e idosos vinculados à Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas. Em 2000, foi instituída uma Comissão Especial da Câmara Federal para tratar do Estatuto. A seguir, foram realizados dois seminários nacionais, um em 2000 e o outro em 2001, bem como quatro seminários regionais e outro, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e pela 3ª Secretaria da Câmara Federal. Segundo Neri (2005, p.7-24)
Qualidade de vida enfim é um grupo de fatores que juntos melhoram e muito a vida na terceira idade. É a valorização do idoso por aqueles que o rodeiam, é a participação ativa em atividades que lhe de em prazer, é o cuidado com a alimentação adequada, são a manutenção de hábitos saudáveis, é viver com alegria e com condições dignas, estar de bem emocionalmente e espiritualmente, enfim é viver em plenitude a sua idade em questão e saber tirar o máximo de prazer desta etapa da vida. A qualidade de vida dos idosos está diretamente ligada a forma pela qual as pessoas interagem com aqueles, o que significa que a qualidade de vida ultrapassa questões individuais, ela abrange as questões relacionais e as ações que serão adotadas em comunidade. 
Segundo Zanatta (2005), afirma que este documento legal, constitui um marco legal para a consciência idosa do país. A partir dele, os idosos poderão exigir a proteção aos seus direitos e demais membros da sociedade podem se tornar mais sensibilizados para o amparo dessas pessoas. Diante disso, o Estatuto do Idoso, visa a assegurar a realização dos direitos humanos da pessoa idosa, ou seja, o exercício dos direitos civis, políticos econômicos, sociais, culturais e ambientais desse segmento populacional, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Torna-se relevante destacar, que apesar da importância conquistada através da implementação do Estatuto do Idoso existem aspectos que não tiveram igual atenção. 
Segundo o autor Neri (2005, p.7-24) ressalta que as políticas de atendimento aos direitos dos idosos, possuem em seu documento uma ideologia negativa da velhice, pois os autores responsáveis por sua elaboração partem do entendimento que o envelhecimento é uma fase compreendida apenas por perdas físicas, intelectuais e sociais. 
[...] A respeito desse processo de elaboração e aprovação das duas leis pelo Congresso Nacional, é importante observar que elas resultam da pressão de setores organizados da sociedade sobre os políticos, o que significa que refletem princípios e ideologias de uns e de outros. A promulgação das duas Leis reflete a forma como ocorreu a construção da categoria velhice pela sociedade brasileira, ao longo do século XX. (NERI, (2005, p.7-24)).
POLITICA PUBLICA E O SERVIÇO SOCIAL PARA OS IDOSOS
Um breve estudo sobre serviço social
O surgimento do Serviço Social no Brasil, bem como, sua institucionalização, está inserido nas décadas de 1930 e 1940, e não deve ser entendido como um acontecimento isolado ou natural, pelo contrário, deve ser considerado o resultado de dois processos que, relacionados, geraram as condições sócio-históricas necessárias para que a profissão iniciasse seu percurso histórico no cenário brasileiro. 
Segundo Iamamoto (1983), a gênese do Serviço Social no Brasil, enquanto profissão inscrita na divisão social do trabalho está relacionada ao contexto das grandes mobilizações da classe operária nas duas primeiras décadas do século XX, pois o debate acerca da “questão social”, que atravessa a sociedade nesse período, exige um posicionamento do Estado, das frações dominantes e da Igreja. 
O primeiro processo que devemos destacar é o redimensionamento do Estado brasileiro, que decorre da transição do capital de um estágio concorrencial para a fase monopólica. Concordamos com Netto (2009) o entendimento de que o Estado intervém no processo econômico desde a ascensão da burguesia, mas, é no capitalismo monopolista, que essa intervenção muda estrutural e funcionalmente. Para o autor;
“[...] no capitalismo monopolista, as funções políticas do Estado imbricam-se organicamente com as suas funções econômicas” (Netto, 2009, p. 25).
O segundo processo que se faz necessário destacar está vinculado à busca pela recuperação da hegemonia ideológica da Igreja Católica, através do fortalecimento da Ação Católica Brasileira (ACB).Como profissão inscrita na divisão do trabalho, o Serviço Social surge como parte de um movimento social mais amplo, de bases confessionais, articulado à necessidade de formação doutrinária e social do laicato, para uma presença mais ativa da Igreja Católica no ‘mundo temporal’, nos inícios da década de 30. Na tentativa de recuperar áreas de influências e privilégios perdidos, em face da crescente secularização da sociedade e das tensões presentes nas relações entre Igreja e Estado, a Igreja procura superar a postura contemplativa (IAMAMOTO, 2011, p. 18).
Aguiar (2011) nos informa que a missão da Ação Católica é divulgar a doutrina da Igreja, buscando uma reforma social – ação que deve empenhar-se na reconstrução da sociedade. 
[...]No que se refere à Doutrina Social da Igreja merecem destaque nesse contexto as encíclicas ‘Rerum Novarum’ do Papa Leão XIII de 1891, que vai iniciar o magistério social da Igreja no contexto de busca de restauração de seu papel social na sociedade moderna e a ‘Quadragésimo Anno’ de Pio XI de 1931 que, comemorando 40 anos da ‘Rerum Novarum’ vai tratar da questão social, apelando para a renovação moral da sociedade e a adesão à Ação Social da Igreja. (YAZBEK, 2010, p. 4).
As atividades da caridade tradicional ganham uma nova conformação e certo caráter organizativo, contando com famílias da burguesia paulista e carioca, que passam a contar com o aporte do Estado, o que possibilita realizar obras sociais mais abrangentes. Podemos destacar o surgimento de duas instituições assistenciais: em 1920, no Rio de Janeiro, a Associação das Senhoras Brasileiras e, no ano de 1923, a Liga das Senhoras Católicas, em São Paulo. Essas instituições surgem dentro do movimento de reação católica e visam atender algumas demandas oriundas do processo de desenvolvimento capitalista. Essas ações podem ser consideras como o embrião do Serviço Social brasileiro. 
[...] A importância dessas instituições e obras, e de sua centralização, a partir da cúpula da hierarquia, não pode ser subestimada na análise da gênese do Serviço Social no Brasil. Se sua ação concreta é limitada, se seu conteúdo é assistencial e paternalista, será a partir de seu lento desenvolvimento que se criarão as bases materiais e organizacionais, e principalmente humanas, que a partir da década seguinte permitirão a expansão da Ação Social e o surgimento das primeiras escolas de Serviço Social (IAMAMOTO e CARVALHO, 2008, p. 167).
As grandes instituições assistenciais desenvolvem-se num momento em que o Serviço Social, como profissão legitimada dentro da divisão social do trabalho [...] é um projeto ainda em estado embrionário; é uma atividade profundamente marcada e ligada à sua origem católica, e a determinadas frações de classes, as quais ainda monopolizam seu ensino e prática. Nesse sentido, o processo de institucionalização do Serviço Social será também o processo de profissionalização dos Assistentes Sociais formados nas Escolas especializadas [...] O Serviço Social reaparece modificado, dentro do aparelho de Estado e grandes instituições assistenciais, guardando, contudo, suas características fundamentais. [...] o Serviço Social mantém suaação educativa e doutrinária de “enquadramento” da população cliente (IAMAMOTO e CARVALHO, 2008, p. 309-310, grifos do autor).
 A renovação do Serviço Social almejava garantir a “sua própria contemporaneidade, afigurando-se aquele como caminho possível para sua reprodução e expansão: para sua reconciliação com o tempo presente”.Iamamoto (2012):
Conforme Iamamoto (2012) o Serviço Social afirma-se como;
[...] especialização do trabalho coletivo, inscrito na divisão sociotécnica do trabalho, ao se constituir na expressão de necessidades históricas, derivadas da pratica das classes sociais do ato de produzir seus meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada. Assim seu significado social depende da dinâmica das relações entre as classes e dessas com o Estado nas sociedades nacionais em quadros conjunturais específicos, no enfrentamento da questão social. (IAMAMOTO, 2016:203) 
Os desafios na atuação do serviço social
O Serviço Social depara-se diariamente com desafios postos no seu cotidiano profissional, já que o sistema capitalista necessita de profissões que exerçam práticas favoráveis à lógica burguesa. Assim, o assistente social é chamado para administrar e controlar os conflitos gestados nessa sociedade – fruto das contradições entre capital e trabalho – direcionado a realizar práticas profissionais imediatas, fragmentadas, despidas de mediações.
Para o acesso à maior parte dos programas sociais, os usuários deparam-se com o Cadastro Único, instrumento criado pelo Governo Federal, cujo cadastramento é a porta de entrada para o acesso aos benefícios.
 [...] Quando se trata de programas sociais, os limites lançados aos profissionais são inúmeros, e para tal é fundamental que os assistentes sociais inseridos nesses campos exerçam sua capacidade crítica e, através de intencionalidades, “invistam na criação e articulação dos meios e instrumentos necessários à consecução das suas finalidades profissionais” (GUERRA, 2000, p.12).
Diante dos avanços e amadurecimentos da profissão conquistados principalmente a partir da década de 1980, o assistente social assumiu uma posição crítica diante dos dilemas da sociedade contemporânea, apropriando-se de uma base teórico-metodológica e éticopolítica, compreendendo tanto o seu papel na sociedade quanto o significado da profissão. Assim, apesar dos desafios lançados ao assistente social diante de um quadro de mudanças no cenário social, este é um profissional que adquiriu capacidade de desenvolver sua prática de forma crítica, visando possibilidades de uma atuação que caminhe no sentido de desvendar a realidade social e conseqüentemente vislumbrar transformações na vida dos sujeitos envolvidos
O principal serviço de proteção social básica que deve ser ofertado necessariamente no CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF.
[...]“O” Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo.
A proposta de trabalho é a de integração, união de esforços e potencialização dos trabalhos, pois ambos os serviços de proteção social básica se destinam às famílias e seus membros que vivenciam situação de vulnerabilidade social, em especial, aqueles que são beneficiários de programas de transferência de renda, apresentam algum tipo de deficiência ou fragilidade, decorrente do ciclo de vida, que aumente a situação de vulnerabilidade social.
[...] É serviço baseado no respeito à heterogeneidade dos arranjos familiares, aos valores, crenças e identidades das famílias. “Fundamenta-se no fortalecimento da cultura do diálogo, no combate a todas as formas de violência, de preconceito, de discriminação e de estigmatização nas relações familiares.” (BRASIL, 2009, p. 6).
Caso o CRAS apresente condições para a oferta do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, sem prejuízo das atividades do PAIF, isso poderá facilitar a articulação entre os serviços, mas é importante definir bem os papéis e atribuições para que cada serviço cumpra seus respectivos objetivos. Quando a oferta do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é realizada em outro espaço público, como Centro de Convivência de Idosos, ou entidade privada de assistência social, é preciso que essas unidades estejam referenciadas ao CRAS do território onde estão localizadas e o serviço seja articulado ao PAIF. A articulação da rede de proteção social básica referenciada ao CRAS é uma atividade de gestão do CRAS, cabendo ao coordenador do CRAS o papel de articulador da rede. O referenciamento visa tornar factível a articulação do PAIF com os demais serviços.
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família- PAIF
[...] Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruir de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida.Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários,por meios de ações de caráter preventivo e proativo.O trabalho social do PAIF deve utilizar –se também de ações nas áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos,de modo a ampliar universo informal e proporcionar novas vivencias às famílias usuárias do serviço.A ações do PAIF não possuem caráter terapêutico(CNAS,2009).
Segundo a Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos é um Serviço da Proteção Social Básica (PSB) que tem por foco o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social. A intervenção social deve estar pautada nas características, interesses e demandas dessa faixa etária e considerar que a vivência em grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social. Devem incluir vivências que valorizam suas experiências e que estimulem e potencializem a condição de escolher e decidir além de objetivos gerais referentes ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, a Resolução do CNAS n° 109/2009, 
[...] Define objetivos específicos para o serviço para idosos Acolhidos; orientação e encaminhamentos; grupos de convívio e fortalecimento de vínculos; informação, comunicação e defesa de direitos; fortalecimento da função protetiva da família; mobilização e fortalecimento de redes sociais de apoio; informação; banco de dados de usuários e organizações; elaboração de relatórios e/ou prontuários; desenvolvimento do convívio familiar e comunitário; mobilização para a cidadania.” (BRASIL, 2009 c, p. 13).
A acolhida está ancorada na segurança de acolhida da Política Nacional de Assistência Social e perpassa todas as atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas que promove contato direto com os usuários, tais como a prestação de informação pela recepção da unidade onde o Serviço é ofertado, o atendimento realizado pela equipe técnica e as atividades realizadas com as pessoas idosas no grupo de convivência e fortalecimento de vínculos.
A atividade de informação, comunicação e defesa de direitos diz respeito ao direito fundamental da pessoa idosa de acesso à informação, de comunicação e de proteção e defesa de seus direitos e ao dever de promoção desses direitospelo serviço público. Relaciona-se à cidadania da pessoa idosa e à interface com outras políticas e sistemas de defesa de direitos como conselhos de defesa de direitos da pessoa idosa e ministérios públicos. Pode incluir, por exemplo, a realização de campanhas, de orientação quanto aos direitos previstos no Estatuto do Idoso, entre outros
 O Conselho Nacional de Assistência Social- CNAS aprovou pela Resolução nº 145, de 15 de outubro de 2004 a Política Nacional de Assistência Social PNAS, e pela Resolução nº 130, de15 novembro de 2005 o Sistema Único de Assistência Social –SUAS, que operacionaliza a política de assistência social.O SUAS é sistema de gestão descentralizado e participativo, que regula e organiza a rede de atendimentos sócio assistenciais.
De acordo com a PNAS (2004), O SUAS define e organiza a execução da politica de assistência social possibilitando a normatização dos padrões nos serviços, qualidade no atendimento, indicadores de avaliação e resultado, Novas bases para a relação entre o Estado e Sociedade Civil, Financiamento, Controle Social, Desafio da participação popular/cidadão usuário, Política de recursos Humanos, Informação, o monitoramento e a avaliação. (MDS/PNAS, 2005, p.39)
Política publica voltada para a qualidade de vida dos idosos
A política de assistência social tem como um dos seus objetivos “assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária”. Isso quer dizer que compreende a família como unidade de atenção primeira e é também no seu contexto que os indivíduos são considerados. Assim, a velhice, compreendida como uma fase do ciclo de vida é percebida na relação da pessoa idosa e sua família.
A família exerce um papel fundamental no processo de identidade dos indivíduos, no processo de socialização das crianças, na constituição de referências de afeto e na proteção e cuidado de seus membros, incluindo a pessoa idosa. Para a política de assistencial social, a família é:
“[...] o conjunto de pessoas unidas por laços consangüíneos, afetivos e ou de solidariedade, cuja sobrevivência e reprodução social pressupõem obrigações recíprocas e o compartilhamento de renda e ou dependência econômica.” (BRASIL, 2009 b, p. 12).
É importante destacar que a família acompanha as mudanças ocorridas na sociedade. As transformações históricas, culturais, políticas, econômicas e sociais produzem modificações nas formas como as famílias se organizam, nas experiências vividas por seus membros e nas possibilidades encontradas para exercerem suas funções. Nas últimas décadas, a família brasileira tem apresentado uma variedade maior em sua organização. Há famílias compostas por filhos de um dos cônjuges, famílias mono parentais, um aumento de famílias cuja referência do domicílio são mulheres, famílias unipessoais, formada por casais homossexuais ou que estão no segundo, terceiro casamento, etc. Uma diversidade de arranjos que rompe com a ideia tradicional da família nuclear composta simplesmente por pai, mãe e filhos. Essa variedade na composição das famílias não estabelece um padrão ideal ou normal, mas formas diversas de organização com a mesma competência para exercício das funções familiares de proteção e cuidado de seus membros, apresentando, no entanto, uma maior complexidade nas situações vividas pela unidade familiar (Brasil, 2008).
Vale lembrar que além de lugar de socialização, proteção e cuidado, a família é também lócus de conflito e contradições. As famílias vivenciam as tensões presentes na sociedade e também aquelas que são próprias de cada fase do ciclo de vida. Experimentam impasses, novas exigências de organização, produzem alternativas possíveis para enfrentamento das situações vividas, “estratégias familiares de sobrevivência” (GOMES, 2006), desenvolvem habilidades e respostas de acordo com o contexto em que estão inseridas (BRONZO, 2009).
Todavia, a segurança de renda proveniente da condição desta pessoa como aposentada ou beneficiária não traz mudanças apenas na organização familiar. Esta situação pode trazer aspectos positivos, como por exemplo, um novo papel familiar e social que passa a ter um maior poder e ser provedor da família; a proximidade e maior contato com a família e a oportunidade de exercer cuidados com seus entes queridos, sendo, muitas vezes, responsável pela socialização dos netos. Ou pode também trazer uma maior sobrecarga de cuidados com a presença de crianças pequenas, por exemplo, ou ainda constituir em uma situação de exploração da família de uma pessoa idosa dependente que não tem o poder de decidir sobre a renda recebida, caracterizando-se como uma situação de violação de seus direitos.
Contudo, independente da fase do ciclo de vida, a família tem um lugar de importância vital para o indivíduo, inclusive para a pessoa idosa, por sua função de proteção e cuidado e, principalmente, pelos sentidos e significados produzidos nas relações estabelecidas entre seus membros. A despeito de ser uma relação próxima ou distante, a família constitui-se em referência importante para a identidade do indivíduo, para a imagem que tem de si e para a relação que tem consigo mesmo e com a realidade que o cerca.
“[...] a família tem importância tal que permanece viva, como realidade psicológica, ao longo de todo o ciclo vital do indivíduo, ainda que sentida como falta.” (BRASIL, 2006, p. 33).
Trabalhar no sentido de fortalecer os vínculos familiares das pessoas idosas significa reforçar a relação da pessoa idosa com as pessoas com quem mantêm “laços consangüíneos, afetivos e/ou de solidariedade” em bases positivas, pessoas geralmente significativas e de referência que desempenham um papel importante na percepção que a pessoa idosa tem de si, na sua relação consigo mesmo e com o meio que o circunda, sendo capaz de contribuir com novos sentidos e significados, com a afirmação de sua identidade e com uma presença ativa na família e na sociedade.
Significa também reconhecer as relações existentes, os conflitos, os cuidados e descuidados exercidos tanto pela família quanto pela pessoa idosa. Significa apostar nas funções da família como lugar primeiro de proteção, cuidado e desenvolvimento de capacidades e apoiá-la no exercício de uma responsabilidade que é também da sociedade e do Estado: a promoção do bem-estar das pessoas idosas no seu direito de envelhecer com cidadania. Significa ainda a garantia do acesso a direitos e o compromisso do Estado com a oferta de serviços que ampliam a capacidade protetiva das famílias.
[...] “Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à vida.” (BRASIL, 1988).
Assim, o território é o espaço público onde vivem as famílias, é o lugar geográfico com as características ambientais e naturais, onde os serviços públicos e privados são organizados, onde são expressas as manifestações da cultura local, onde podem ser visualizados os modos de vida das pessoas de uma determinada região. É no território, no espaço público, que as relações comunitárias e sociais se estabelecem, incluindo o cidadão e a cidadã que tem mais de 60 anos. 
O território não é um espaço neutro ou se resume à sua dimensão física com suas árvores, prédios, ruas e casas. Ele é atravessado, constituído pelas conjugações de forças sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade. É no território que será ofertado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas, no CRAS ou em unidades a ele referenciadas.
 As atribuições e competências dos/as profissionais de Serviço Social, sejam aquelas realizadas na política de Assistência Social ou em outro espaço sócio ocupacional, são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observados e respeitados, tanto pelos/as profissionais, quanto pelas instituiçõesempregadoras. No que se referem aos direitos dos/as assistentes sociais, o artigo 2º do Código de Ética assegura:
Art. 2º - Constituem direitos do/a assistente social:
· Garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados neste Código;
· Livre exercício das atividades inerentes à profissão;
· Participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais; 
· Liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardado os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em se trabalhos.
Art. 3º - É deveres do/a assistente social:
· Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a Legislação em vigor;
· Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão;
· Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes;
O fortalecimento da função protetiva da família permeia as atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas, fundamentado na matricial idade sócio familiar da Política Nacional de Assistência Social.
Mobilizar e fortalecer redes sociais de apoio também faz parte do trabalho do SCFVI. Para isso, é necessário que o técnico de referência e demais profissionais da equipe técnica conheçam os serviços ofertados para pessoas idosas no território. A articulação com a rede sócio assistencial (que é de competência do CRAS) contribui para o acesso a outros serviços ofertados no território, podendo contar com a parceria de entidades em ações conjuntas e utilizando os recursos disponíveis. A constituição e gestão de redes sócio assistenciais não é atribuição do SCFVI, mas este deve ter conhecimento da realidade, estar próximo do cotidiano das pessoas idosas, de suas famílias e da comunidade.
A política de assistência social tem como um dos seus objetivos “assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária”. Isso quer dizer que compreende a família como unidade de atenção primeira e é também no seu contexto que os indivíduos são considerados. Assim, a velhice, compreendida como uma fase do ciclo de vida é percebida na relação da pessoa idosa e sua família.
A família exerce um papel fundamental no processo de identidade dos indivíduos, no processo de socialização das crianças, na constituição de referências de afeto e na proteção e cuidado de seus membros, incluindo a pessoa idosa. 
[...] Para a política de assistencial social, a família é o conjunto de pessoas unidas por laços consangüíneos, afetivos e ou de solidariedade, cuja sobrevivência e reprodução social pressupõem obrigações recíprocas e o compartilhamento de renda e ou dependência econômica.” (BRASIL, 2009 b, p. 12).
É importante destacar que a família acompanha as mudanças ocorridas na sociedade. As transformações históricas, culturais, políticas, econômicas e sociais produzem modificações nas formas como as famílias se organizam, nas experiências vividas por seus membros e nas possibilidades encontradas para exercerem suas funções. Nas últimas décadas, a família brasileira tem apresentado uma variedade maior em sua organização. 
Há famílias compostas por filhos de um dos cônjuges, famílias mono parentais, um aumento de famílias cuja referência do domicílio são mulheres, famílias unipessoais, formada por casais homossexuais ou que estão no segundo, terceiro casamento, etc. Uma diversidade de arranjos que rompe com a idéia tradicional da família nuclear composta simplesmente por pai, mãe e filhos. Essa variedade na composição das famílias não estabelece um padrão ideal ou normal, mas formas diversas de organização com a mesma competência para exercício das funções familiares de proteção e cuidado de seus membros, apresentando, no entanto, uma maior complexidade nas situações vividas pela unidade familiar (Brasil, 2008).
Contudo, independente da fase do ciclo de vida, a família tem um lugar de importância vital para o indivíduo, inclusive para a pessoa idosa, por sua função de proteção e cuidado e, principalmente, pelos sentidos e significados produzidos nas relações estabelecidas entre seus membros.
 A despeito de ser uma relação próxima ou distante, a família constitui-se em referência importante para a identidade do indivíduo, para a imagem que tem de si e para a relação que tem consigo mesmo e com a realidade que o cerca a família tem importância tal que permanece viva, como realidade psicológica, ao longo de todo o ciclo vital do indivíduo, ainda que sentida como falta.” (BRASIL, 2006, p. 33).
Trabalhar no sentido de fortalecer os vínculos familiares das pessoas idosas significa reforçar a relação da pessoa idosa com as pessoas com quem mantêm “laços consangüíneos, afetivos e/ou de solidariedade” em bases positivas, pessoas geralmente significativas e de referência que desempenham um papel importante na percepção que a pessoa idosa tem de si, na sua relação consigo mesmo e com o meio que o circunda, sendo capaz de contribuir com novos sentidos e significados, com a afirmação de sua identidade e com uma presença ativa na família e na sociedade
Significa também reconhecer as relações existentes, os conflitos, os cuidados e descuidados exercidos tanto pela família quanto pela pessoa idosa. Significa apostar nas funções da família como lugar primeiro de proteção, cuidado e desenvolvimento de capacidades e apoiá-la no exercício de uma responsabilidade que é também da sociedade e do Estado: a promoção do bem-estar das pessoas idosas no seu direito de envelhecer com cidadania. Significa ainda a garantia do acesso a direitos e o compromisso do Estado com a oferta de serviços que ampliam a capacidade protetiva das famílias.
[...] “Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à vida.” (BRASIL, 1988).
Assim, o território é o espaço público onde vivem as famílias, é o lugar geográfico com as características ambientais e naturais, onde os serviços públicos e privados são organizados, onde são expressas as manifestações da cultura local, onde podem ser visualizados os modos de vida das pessoas de uma determinada região. É no território, no espaço público, que as relações comunitárias e sociais se estabelecem, incluindo o cidadão e a cidadã que tem mais de 60 anos. 
O território não é um espaço neutro ou se resume à sua dimensão física com suas árvores, prédios, ruas e casas. Ele é atravessado, constituído pelas conjugações de forças sociais, políticas, econômicas e culturais da sociedade. É no território que será ofertado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas, no CRAS ou em unidades a ele referenciadas.
ASPECTOS DAS POLITICAS DE ASSISTENCIA SOCIAL PARA OS IDOSOS
Quantidade de idosos que são atendidos pelas políticas publica
O CRAS mantém o foco do atendimento da família, trabalhando com os idosos e crianças numa perspectiva de totalidade, potencializando o alcance das ações e políticas sociais, além de contribuir para o fortalecimento dos vínculos familiares. Os mesmos são espaços públicos localizados em áreas de vulnerabilidade social, ou seja, onde as condições de vida da população são geralmente precárias, sem acesso aos serviços públicos de qualidade.
Quadro 1-O número de famílias referenciadas por CRAS tem relação com o tamanho do município conforme preconiza a NOB-SUAS, 2005 ilustrada na tabela abaixo:
FONTE: NOB-SUAS, 2005.
Os serviços para idosos têm por foco o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e naprevenção de situações de risco social. A intervenção social deve estar pautada nas características, interesses e demandas dessa faixa etária e considerar que a vivência em grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social. Devem incluir vivências que valorizam suas experiências e que estimulem e potencialize a condição de escolher e decidir.
Contribuir para um processo de envelhecimento ativo, saudável e autônomo; - Assegurar espaço de encontro para os idosos e encontros intergeracionais de modo a promover a sua convivência familiar e comunitária; - Detectar necessidades e motivações e desenvolver potencialidades e capacidades para novos projetos de vida; - Propiciar vivências que valorizam as experiências e que estimulem e potencializem a condição de escolher e decidir, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo social dos usuários.
As atividades que os idosos participam no CRAS
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de possui o Projeto Beija-flor, onde todas as segundas-feiras e quartas-feiras, os integrantes do grupo se reúnem das 06h às 09h para realizar atividades de educação física, sócio educativas As atividades  devem contribuir para um processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social.
Dentre as estratégias que podem ser utilizadas, está à realização de: oficinas de cidadania, por meio das quais serão obtidas informações sobre acesso a direitos, riscos sociais, violência contra a pessoa idosa, etc.; oficinas de esporte e lazer, em que as pessoas idosas farão atividades manuais (bordado, pintura, jardinagem, artes plásticas); atividades físicas (yoga, alongamento, hidroginástica, dança) e participarão de dinâmicas e jogos coletivos; oficinas artísticas e culturais (sessões de cinema, coral, música, poesia);  passeios e visitas a equipamentos de cultura, lazer e cívicos; entre outros. Dentro do calendário de atividades do grupo também é previsto a visita ao CRAS de outros municípios a fim da integração com os grupos pertencentes, bem como o recebimento destes grupos no município. Os encontros são mais do que uma reunião, são uma oportunidade de interação entre os participantes, além da oportunidade de se conhecerem e se inteirarem, trocando experiências e compartilhando histórias e mostrando a todos que o projeto Beija- flor faz parte de qualquer idade. E é composta por mais 200 idosos e freqüentadores membros da família.
Incentivar o desenvolvimento do protagonismo e de capacidades para a realização de atividades da vida diária; - Desenvolver condições para a independência e o autocuidados; - Promover o acesso a renda; - Promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de dependência.
As políticas sociais voltados ao idoso e a família
A longevidade é uma das grandes conquistas do século XX e XXI, consequentemente a população vem determinando um quadro de envelhecimento da população mundial. (BARRETO, 1992). 
Para Barreto (1992), o aumento do número de pessoas idosas, tanto no Brasil quanto no mundo, deve-se ao alto índice de nascimentos durante as primeiras décadas deste século. Portanto, o processo de envelhecimento de uma população é dinâmico, é preciso, primeiramente, que nasçam muitas crianças, em seguida, que estas mesmas crianças vivam em idades avançadas, e ainda, que, simultaneamente, o número de nascimentos diminua. 
Família é popularmente conhecida como o conjunto de pessoas que, com algum grau de parentesco, vivem na mesma residência e assim formam um lar.
De acordo com Medeiros e Osório (2001, p. 06) “famílias são instituições com várias características, como laços de parentesco e normas de relacionamento que determinam direitos e obrigações de várias espécies a seus membros”. 
[...] A família é uma instituição que, via de regra, possui grande valor em todas as camadas sociais tendo em vista que sua função principal é cuidar, zelar e proteger seus membros; entre outras responsabilidades. Com toda a carga social existente sobre o núcleo familiar, o Estado, no Brasil, de forma visível e significativa, se esquiva do compromisso e da responsabilidade com a proteção social da população.
Historicamente a família sempre teve um papel importante no cuidado e na proteção dos membros que a compõem. Na atualidade ganhou uma atenção especial do Estado, mas ainda não tem o respaldo que merece. Quando o assunto é política social, a família é tida como provedora do bem-estar, como se ela se bastasse sem necessitar da assistência que tem direito; com isso há um estímulo de sua autonomia e uma redução de bens e serviços a seu dispor. Conforme Mioto, tal realidade “[...] vincula-se ao declínio da sociedade salarial e à crise do Welfare State, que fizeram com que a família fosse ‘redescoberta’, tanto como instância de proteção, como também possibilidade de ‘recuperação e sustentação’ de seus membros” (2008, p.130).
[...] Se existe certo consenso de que as famílias necessitam de atenção social, quando colocamos em pauta os cuidados que lhes devem ser dirigidos, aparecem divergências que passam mesmo despercebidas. Na maioria das vezes, não nos damos conta de que, ao propormos e realizarmos ações de cuidados que envolvam as famílias, ou segmentos vulneráveis, colocamos em movimento diferentes formas de conceber a família e suas relações com outras esferas da sociedade, como Estado, trabalho e mercado. Das diferentes formas de concepção nascem diferentes modos de dirigir atenção aos grupos familiares e aos segmentos sociais vulneráveis. Por estes motivos, o tratamento do tema é complexo e extrapola o âmbito de uma discussão puramente operativa. (MIOTO, 2000, p.217)
Lima e Veras (2003) apontam que o envelhecimento populacional, é um dos maiores desafios tanto para a Saúde, quanto para a população. No Brasil, o número de idosos, ou melhor, aqueles que têm mais de 60 anos, passou de 3 milhões, em 1960, para 7 milhões em 1975 e 14 milhões em 2002, sendo o equivalente a 500% em apenas 40 anos. Estima-se que em 2020 haverá cerca de 32 milhões de brasileiros idosos. Em países como a Bélgica, por exemplo, foram necessários 100 anos para que a população idosa dobrasse de tamanho.
As políticas sociais devem contribuir para que todos os cidadãos tenham qualidade de vida, acesso aos direitos e exerçam a sua cidadania, com o suprimento de todas as suas necessidades. No entanto nem sempre isto acontece. Garantir os direitos no atual modelo econômico é uma luta, pois os programas e atendimentos são voltados ao mínimo necessário para a sobrevivência, são criadas leis de proteção focalistas que visam atender de forma pontual a necessidade da pessoa.
[...]O envelhecimento, tanto como processo natural do ciclo da vida, como fenômeno coletivo é permeado de diferentes e complexos aspectos que demandam a intervenção do Estado sob o controle da sociedade. O mecanismo mais viável para atender essas demandas é a elaboração e implementação de políticas públicas que se destinam a concretizar direitos deste segmento, e, sobretudo que sejam capazes de permitir à pessoa idosa o exercício da cidadania ativa. (PESSOA, 2009, p. 122)
Para Kirchner (2010), nesta fase, a família, geralmente, sofre transformações, tanto positivas, quanto negativas. Para muitos idosos, o envelhecimento é visto de forma positiva, pois os familiares incentivam os mesmos a participarem de atividades como grupos de terceira idade e outros afazeres. Porém, para outros, os familiares vêem de modo “negativo”, pois ocorrem modificações físicas, biológicas, perda de força, diminuição da coordenação do corpo e alteração na saúde.
Silva (2005) aponta que as décadas de 1970 não tinham trabalhos oriundos do Estado voltados a pessoa idosa, as poucas atividades realizadas eram de origem caritativa, desenvolvida especialmente

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