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Ancilostomídeos

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· Filo Nematoda Ancilostomídeos
· Família Ancylostomidade
· Sub-família Ancylostominae
· Cápsula bucal com dentes
· Gênero Ancylostoma
· Sub-família Bunostominae
· Cápsula bucal com placas cortantes
· Gênero Necator
· Os Ancilostomídeos são os parasitas causadores da ancilostomíase
· Dentre as mais de 100 espécies, o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus são os principais agentes etiológicos que causam a doença em humanos
Epidemiologia
· Crianças com mais de 6 anos, adolescentes e indivíduos mais velhos
· Vermes sobrevivem até 18 anos, produzindo 9000 a 22.000 ovos
· Solos arenosos e ricos em matéria orgânica, vários meses em condições favoráveis
Morfologia
· Ovos
· Possuem formato elíptico e uma casca fina, sendo indiferenciáveis entre ambas as espécies
· Membrana única, sendo fina e delicada
· No seu interior são encontrados os blastômeros que irão dar origem ao embrião
· O diagnóstico é feito a partir da saída de ovos nas fezes
· Vermes
· Em torno de 1 a 2mm - são helmintos pequenos
· Ancylostoma doudenale
· Vermes adultos são cilindriformes, com extremidade anterior curvada dorsalmente e cápsula bucal com dentes na margem
· As fêmeas de Ancylostoma doudenale são maiores, possuem um espículo na extremidade posterior
· Necator americanus:
· Vermes adultos cilíndricos, com extremidade cefálica recurvada dorsalmente e cápsula bucal com lâminas cortantes circundando a margem
· As fêmeas de Necator americanus possuem abertura genital próxima ao terço anterior do corpo e extremidade posterior afilada, sem espícula
· A bolsa copuladora é observada nos machos e são um pouco diferentes entre as espécies
· Necator americanus: presença de espículo
· Ancylostoma duodenale: ausência de espículo
· Nas duas espécies: 
· Presença de esôfago, na porção anterior, com anel nervoso e estreitamento
· Quando a fêmea está grávida, é possível observar o útero cheio de ovos
Transmissão
· Ancilostomíase humana
· Conhecida também como amarelão
· Caracterizada muitos anos atrás por Monteiro Lobato > doença do Jeca Tatu
· Diagnóstico: presença de ovos nas fezes da pessoa que está parasitada
· Larvas filarioides:
· Terceiro estágio (L3)
· São as larvas infectantes
· Transmissão
· Ancylostoma duodenale: via oral por água e alimentos contaminados ou via transcutânea 
· Necator americanus: mais efetivamente por via transcutânea do que por via oral
· A larva pode encontrar o trato digestivo por deglutição, ingestão da larva infectante que vai direto para o estômago e depois para o intestino, podendo contaminar o indivíduo. 
· Porém, a contaminação também se dá pela penetração dessa larva tanto na pele quanto na mucosa, conjuntiva (enzima colagenases, ajudam na penetração)
Habitat
· Intestino delgado: jejuno, íleo e ceco
· Em infecções exacerbadas pode alcançar o intestino grosso
· Os ancilostomídeos se prendem nas células intestinais através da cápsula bucal
Ciclo biológico
· As espécies de ancilostomídeos possuem ciclo direto e não necessitam de hospedeiro intermediários, apresentando uma fase de vida livre (meio exterior) e outra de vida parasitária (hospedeiro definitivo)
1. Os vermes adultos, que em torno de 30-60 dias estão prontos para a cópula, vivem no intestino e a fêmea depois da cópula vai eliminar esses ovos no ID, sendo liberados no meio exterior com as fezes.
2. Os ovos em condições favoráveis (temperaturas elevadas, solo arenoso, alta umidade, sem luz solar direta) propiciam o desenvolvimento do ovo em larva rabtóide L1 dentro dos ovos
3. Quando eclodem, apresentam movimentos serpentiformes e se alimentam de matéria orgânica e microrganismos, perdendo a cutícula externa, após ganhar uma nova, para formar a larva rabditóide L2 
4. As larvas L2, que apresentam as mesmas características da L1 -se caracterizam por apresentar o esôfago musculoso- começam a produzir uma nova cutícula interna, que passa a ser coberta pela cutícula velha (agora externa), transformando-se na larva L3 (filarioide)
5. A L3 é infectante e utiliza sua cutícula externa e a secreção de enzimas (colagenase) para penetrar ativamente através da pele, das mucosas e da conjuntiva do hospedeiro, caindo na corrente sanguínea e/ou linfática e chegando ao coração
6. Do coração, chegam até os pulmões (ciclo de Loss), ascendendo pelos alvéolos. A L3 perde a cutícula e adquire uma nova, se transformando em larvas L4 nos alvéolos e bronquíolos
7. Essa L4 vai ser expectora atingindo a faringe e a traqueia, podendo ser deglutida voltando para o ID ou então pode ser expelido através da tosse ou do espirro
8. No intestino delgado, a larva fixa a cápsula bucal na mucosa do duodeno, exercendo seu parasitismo hematófago. Nesse local, também ocorre a diferenciação em larvas L5 e, posteriormente, em vermes adultos
9. Os vermes adultos realizam a cópula e, em seguida, a postura dos ovos no intestino do hospedeiro, sendo eliminados nas fezes
Patogenia
· A ancilostomíase é determinada por sua etiologia/fase primária, quando ocorre a migração das larvas e a implantação dos parasitas no intestino delgado, e por sua etiologia/fase secundária, que ocorre em razão da permanência desses no hospedeiro (espoliação sanguínea, deficiência nutricional - anemia)
· Penetração das larvas: dermatites urticariformes, que regridem após dez dias de instalação, deixando também uma sensação de “picada”
· Hiperemia, prurido e edema no local de entrada
· Lesões traumáticas e fenômenos vasculares: quando a larva penetra libera enzimas abrindo espaço pra conseguir penetrar e atingir a corrente circulatória
· Processo inflamatório, congestão da mucosa: presença de muitos parasitos desencadeiam uma série de fenômenos fazendo com que as céls de defesa migrem pra esse local
· As alterações pulmonares são pouco usuais, mas pode ocorrer tosse longa e febrícula. 
· O parasitismo intestinal causa sinais característicos da infecção: dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica, náuseas, vômitos, flatulências e, por vezes, diarreia sanguinolenta
· Os ancilostomídeos são conhecidos como vermes que consomem sangue e plasma e causam anemia (principal sinal de ancilostomíase)
· Os vermes se nutrem de proteínas e de sangue, hemoglobina do hospedeiro
· Anemia ferropriva: diminuição de hemácias, pouco coradas e de tamanho reduzido 
· Reinfecções: 
· Mais graves, pápulas, vesículas, edema, adenopatia regional (linfonodos)
· Alterações cutâneas em infecções secundárias: pústulas, ulcerações (larva suja com bactérias)
Tratamento
· Tratamento medicamentoso com anti-helmínticos (benzimidazóis como mebendazol e albendazol) e vermífugos
· Tratamento dietético, com suplementação de ferro e proteínas
· Mebendazol – 100mg VO 2x/dia por 3 dias 
· Albendazol – 400mg VO 1x/dia por 3 dias (não deve ser utilizado durante gravidez) 
· Pirantel – 10mg/kg VO 3 dias ou 20mg/kg dose única
· Acompanhamento laboratorial após o tratamento: as larvas que estão nos pulmões não sofrem a ação do anti-helmíntico e podem ser fonte de uma nova infecção

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