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Vitória - Es 2018/3 RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE HISTÓRIA III ANDERSON FINK Vitória - Es 2018/3 ANDERSON FINK RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE HISTÓRIA III Este trabalhoépré-requisitopara aprovaçãonadisciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de História III, do Curso de Licenciatura em história(modalidadeEAD), ministrada pelaprofessoraFlavia Miguel de Souza, da Universidade Estáciode Sá. SUMÁRIO: 1. INTRODUÇÃO 2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 2.1. Aspecto físico, humano e material da escola 2.2. Projeto Político-pedagógico 2.3. A escola como grupo social 2.4. Atividades docentes e discentes 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 4. REFERÊNCIAS 5. ANEXOS 1. INTRODUÇÃO. O presente relatório traz o meu depoimento sobre a minha experiência obtida na Pratica de Ensino e Estágio Supervisionado em Historia III, disciplina oferecida no curso de Licenciatura em Históriada Universidade Estácio de Sá tendo como objetivo a inserção do aluno em sala de aula e sua preparação para prática de docente . Representa de forma resumida um momento mais que especial e único para o processo de formação do professor de História, que pode pela primeira vez estabelecer o diálogo entre as teorias discutidas nas aulas com a prática docente aplicada diretamente no cotidiano escolar. O Estágio Supervisionado tem por objetivo proporcionar uma reflexão sobre a prática do ensino, como experiência de ensinar, aprender e exercitar a investigação histórica, favorecer o conhecimento e a discussão crítica das diversas temáticas históricas presentes nos conteúdos programáticos oficiais do Ensino Fundamental e Médio, compreensão da vida e da cultura escolar, esta como uma instituição em constante processo de transformação. Nessa perspectiva o meu primeiro momento,a minha experiência no campo de estágio ocorreu com meu orientador de estágio Cosme Campos Vieiraque trabalha como coordenador da escola EMEF Jonas Farias nos turnos vespertino e noturno, queinicialmente me apresentou toda estrutura da escola, todo o corpo docente e funcionários da EMEF Jonas Farias. No segundo momento, acompanhado pelo Professor Francisco de Assis Freitas , observei a prática do processo de elaboração de suas aulas, planejamentos , princípios , finalidades e objetivos, bem como os meios utilizados para poder atingir suas metas diárias , tendo como base o Projeto Politico Pedagógico da escola. Apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Ensino e Estágio Supervisionado em História III, junto a Universidade Estácio de Sá, em consonância com as Diretrizes Curriculares e Nacionais do curso de História, conforme parecerCNE/CES492/2001 o presente relatório resulta da observação e coleta de informações obtidos na vivência do cotidiano no Colégio EMEF Jonas Farias, localizado na Rua Rio Casca nº 224 EmNova Carapina I Serra –ES , Cinco ( 5) vezes por semana no horário de 19h às 22h no período abrangente entre o dia doze de Setembro de dois mil e dezoito, e o dia 30 de Novembro de dois mil e dezoito, sendo supervisionado por Francisco de Assis Freitas professor de História na instituição concedente. Acompanhei as turmas de Sexto e Sétimo ano do ensino fundamental. Como cita Alves: “Buscar entender, de maneira diferente do aprendido as atividades dos cotidianos escolares ou cotidianos com uns, exige que esteja disposta a veralém daquilo que outros já viram e muito mais: seja capaz de mergulhar inteiramente em uma determinada realidade, buscando as referências de sons, sendo capaz de engolir sentindo a variedade de gostos, caminhar tocando coisas e pessoas e me deixando tocar por elas, cheirando os odores que a realidade coloca a cada ponto do caminho diário” (ALVES, 2008, p. 18-19). 2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 2.1. Aspecto físico, humano e material da escola O Roteiro de Observação foi realizado no EMEF Jonas Farias, situado na rua Rio Casca, s/n°- Nova Carapina 1- Serra/ES, mantida pela Prefeitura da Serra, e ministrado pela Secretária Municipal de Educação. Atualmente, a escola funciona nos três turnos, atendendo a um total de 969 alunos, conforme discriminação abaixo: Matutino: das 7h s 11h e 30min, atendendo 15 turmas do 1 ao 4 ano, totalizando 461 alunos (dados de outubro de 2018); Vespertino: das 13h s 17h e 30min, atendendo15 turmas de 4 8 serie, totalizando 278 alunos (dados de outubro 2018); Noturno: das 18h e 10min s 22h e 30min, atendendo7 turmas de EJA, totalizando 230 alunos. O EMEF Jonas Farias é uma escola com uma estrutura antiga com três pavimentos todos com um andar, limpeza e conservação interna e externa diadiamente. Com 15 salas de aulas espaçosas, uma secretaria, uma biblioteca, um laboratório de Ciências, um laboratório de informtica com 10 computadores, uma sala de projeto funcional, um almoxarifado, uma sala para a coordenação onde acontece o atendimento aos pais, uma sala para a direção, uma sala para os pedagogos, uma sala para os professores com computadores 3 com acesso á internet, um arquivo morto, uma cozinha que conta com uma nutricionista duas vezes na semana para supervisionar o preparo e cardápio da merenda escolar, uma despensa, dois banheiros para os professores (um masculino e um feminino). Para os alunos, três banheiros masculinos e três banheiros femininos, além de um banheiro adaptado. Há ainda na escola, um espaço utilizado como refeitório e uma quadra poliesportiva para a escola e compartilhada com comunidade nos finais de semana. O aluno dever trazer todo o material necessário para as aulas do dia, principalmente os livros. O aluno ser responsável pelo seu material, além disso, todo o material escolar (livros, cadernos e outros) dever estar devidamente identificado com o nome do aluno e o ano/série. A escola não se responsabiliza por qualquer dano, perda ou roubo de objetos, mas fornece material escolar (lápis, borracha, caderno) quando este for preciso. As crianças com necessidades especiais tem acompanhamento de estagiários (as), a escola conta com rampas para melhor aceso aos alunos com dificuldades de locomoção. Quando necessita de reforma aciona a prefeitura, mas para pequenos reparos a escola possui fundo monetário específico e quando necessita é solicitado ao diretor da unidade de ensino. “É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções [...] nessa dimensão o espaço é entendido como algoconjugado ao ambiente e vice-versa. Todavia é importanteesclarecer que essa relação não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado. ” Horn (2004, p. 28) 2.2. Projeto Político-pedagógico É através dos princípios democráticos apontados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, que podemos encontrar o aporte legal da escola na elaboração da sua proposta pedagógica. De acordo com os artigos 12, 13 e 14 da LDB, a escola tem autonomia para elaborar e executar suaproposta pedagógica, para isso, deve contar com a participação dos profissionais da educação e dos conselhosou equivalentes na sua elaboração. A Escola Municipal deEnsino Fundamental Jonas Farias considera de fundamental importância definir as concepções que sustentam sua pratica pedagógica, em seus aspectos teóricos e metodológicos. Com a elaboraçãodo PPP as intenções educativas e as escolhas metodológicas assim como as propostas pedagógicas são claras. Eledeve ser conhecido e compartilhado não somente pelos professores que dele participam como autores, mas também pelos pais, por outros parceiros de trabalho e pela comunidade em geral, para que as questões nele contidas possam ser discutidas e reavaliadas, sempre com o objetivo de que o ensino recebido com coerência e qualidade. O PPP do EMEF JonasFarias propicia a vivência democrática necessária e a participação de todos os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania. Assim, a E.M.E.F. Jonas Farias pretende ser instrumento que viabiliza o acesso ao saber com efetivação da finalidade da educação e a formação do cidadão critica responsável, criativo e participativo. O PPP possibilita a organização dos elementos necessários a assimilação destesaber, na medida em que com a participação de todos aponta e indica as formas adequadas de desenvolvimento do trabalho pedagógico, através da organização dos meios: conteúdos, espaço, tempo e procedimentos. O PPP é reformulado a cada inicio de ano com reuniões pré- agendadasonde participam membros da escola e comunidade. Nele seencontram formulárioscom perguntas formuladas pela escola que os alunos respondem e assim pode saber um pouco mais sobre cada aluno, suas origens e famílias, e também situação financeira, afim de que com estas informações possam ajudar na formulação dos projetos e atividades dentro da realidade da comunidade dentro do contexto escolar. Aorganização dos conteúdos das disciplinas encontram-se descritas no PPP, assim como as formas de avaliação e recuperação paralelas. Segundo Veiga (1995), [...] o Projeto Político-Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma açãointencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso todo projeto pedagógico daescola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sóciopolítico e com os interesses reais e coletivos da população majoritária (p. 43). 2.3. A escola como grupo social A Escola EMEF JonasFarias atende adolescentes, jovens e adultos de uma comunidade pobre , e grande parte dos alunos moram nas redondezas da escola. O relacionamento entre os alunos são amistosos, principalmente os alunos de mais idade do EJA ( alfabetização 1º a 4º série). São pessoascom uma faixa etária entre 40 a 50 anos. As tumas que observei foramas doconclusivo A e B, são turmas que estão terminando o ensino fundamental. São pessoas jovens entre 18 e 38 anos. Segundo Muller (2002)buscar possibilidades , distorções de temas resgatando para os dias atuais , no convívio dos alunos faz a relação ser proveitosa. A interação professor – aluno submete ao meio convencionado pelo professor, em saber ouvir, dialogar, compreender os alunos e primordialmente saber interagir o conhecimento a ser transmitido sem descartar o conhecimento dos alunos dos alunos.(SILVA,2007). “Aprendizagem é efetivada pelas trocas sociais, onde a mediação torna- se relevante.Quanto mais profícua for essa ligação, maiores serão as condições de o estudante desenvolver-se. A ação do mediador não é a de facilitar porque mediar processos de aprendizagem é, sem sombras de dúvidas, provocar, trazer desafios, motivar quem vai aprender. Um dos princípios escopos da mediação é criar vínculos entre educando, o professor e o espaço escolar (CUNHA, 2012, p.82). ” A escola procura atenderboa parte das dificuldades apresentadas pelos pais e alunos auxiliando sempre no processo de aprendizageme nas demais questões do cotidiano e do convívio escolar. A equipe pedagógica conta com um ótimo planejamento educativo que supre boa parte das necessidades da escola, sempre procurando novas alternativas para soluções parapossíveis problemas, sempre tendo por premissa se manter mais próximo da realidade dos alunos. Também buscam estratégias para manter o foco e aprendizado dos alunos, estimulando o uso de vídeos , exposições , festas , jogos , campeonatos e etc.. Como Edgar Morin (2000) , também acreditamos ser preciso sustentar os quatro pilares da educação num processo holístico , tendo como objetivo a formação integral do educando e não a fragmentação da mesma. Para isso é imprescindível que o ambiente escolar seja adequado e o ensino voltado para interdisciplinaridade, pois a sua fragmentação dificulta a assimilação do conhecimento e, com certeza, influencia nas relações interpessoais que no ambiente escolar, precisam estar equilibradas para propiciar ao aluno o desenvolvimento de forma integral. Nesse processo , é fundamental a participação de todos : pais , professores, especialistas , direção , e , também os funcionários da escola precisam estar incluídos para colaborarem desfragmentando as relações e sentindo-se funcionários da educação e responsáveis pelo seu sucesso. 2.4. Atividades docentes e discentes O meu estagio foi acompanhado pelo professor de História Francisco de Assis Freitasem suas aulas nas turmas do EJA conclusivos A e B do turno noturno. O professor Francisco, trabalha em dois horários na escola, no turno vespertino e no noturno devido uma grande demanda de alunos, tanto no fundamental como também no EJA. As turmas têm em media 15 alunos por sala. Durante o meu estágio o professor Francisco trabalhou os seguintes conteúdos: A Revolução industrial; A Revolução industrial inglesa; O crescimento das cidades; As lutas opérarias; História da indústria no Brasil; A vida nas Fabricas; O movimento Feminista; O mundo depois da segunda guerra muldial; A guerra Fria; A luta pela igualdade racial e pelos direitos civis; Globalização e seus efeitos; História e meio ambiente; O equilíbrio entre o ser humano e a natureza; Conciência ambiental; A questão agricula; Os assuntos foram bem explorados com apoio do livro de história oferecido gratuitamente pela Prefeitura Municipal da Serra. O professor mostrou bom domínio sobre os assuntos abordados, conseguindo prender a atenção dos alunos. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Meu estágio foi uma experiência extremamente valiosa e única para minha formação de docente. Um dos principais motivos que me fez escolher a escola, foi o fato de ser ex. aluno. Estudei meu ensino fundamental todo na escola Jonas Farias. O meu estágio no EJA foi uma experiência inovadora, e também um exemplo de vida, em meio à diversidade da faixa etária de alunos (as) determinados e comprometidos com seus objetivos e metas para o futuro. A experiência da observação do estágio no EJA foi um momento de soldagem dentro do meufuturo ambiente de trabalho, nesse aspecto são maneiras para conscientizar tudo o que foi aprendido durante o estágio e levar para toda minha vida. Estagiar no EJA foi uma breve passagem muito enrriquecedora, trabalhar nessa modalidade é perpassar os conhecimentos teóricos com as experiências de vida dos alunos. Como citado anteriormente, o projeto politico e pedagógico do EMEF JonasFariasé muito bom, porémtrabalhar com EJA demanda sempre algo a mais, pois ainda apresenta algumas deficiências por se tratar de uma mistura grande de faixa etária. No convívio comprofessorese alunospude compreender a tamanha responsabilidade de ser um educador principalmente no EJA por se tratar de pessoas maduras. O bom professor precisa estar sempre atualizado, buscando novos conhecimentos, novas técnicas e usando criatividade para melhorar o dia a dia. Compreendi que o processo de ensino e aprendizagem exige envolvimento, discussões, reflexões, saber ouvir e respeitas as desigualdadesexistentes. Durante essas etapas de estágio, procurei observar todos os aspectos que pudesse contribuir para meu desenvolvimento como professor. Analisando as necessidades , partindo da realidade educacional de cada educando com o objetivo de tentar supri-las durante minha atuação. Embora minha prática de estágio no EJA tenha sido breve, foi uma oportunidade, de como futuro educador, rever conceitos,pensar, analizar, e apresentar possíveis diretrizes que permitam maior desenvolvimento e facilidade do aprendizado. Essa experiencia faz refletir as palavras do renomado educador Paulo Freire : “Ensinar não é tranmitir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produção , ou sua construção . Quem ensina aprende ao ensinar , e quem aprende ensina ao aprender” ( Paulo Freire) Desse modo, estagiar na nossa própria prática permitiu o aprimoramento do olhar, o desejo de fazer algo novo e de ampliarnossos conhecimentos. O que certamente contribuiu não somente para nossa formação, mas principalmente com uma educação desenvolvente dos nossos alunos. 4. REFERÊNCIAS ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho – o cotidiano das escolas nas lógicas dasredes cotidianas. In:OLIVEIRA, Inês Barbosade, ALVES, Nilda (orgs). Pesquisa no/do cotidiano das escolas; sobre redes de saberes. Rio de Janeiro: DP&A (2001) CUNHA, Antônio Eugênio. Praticas Pedagógicas para a inclusão e diversidade 2.ed. Rio de Janeiro: Walk, 2012. HORN, Maria da Graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004. MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2000. MULLER, Luiza de Souza. A Interação Professor-Aluno no Processo Educativo, Universidade São Judas Tadeu. Integração Ensino-Pesquisa- Extensão. Ano VIII. Nº 31. Nov. 2002 ISNN-1413-6147 Disponível em: http://www.usjt.br/proex/arquivos/produtos_academicos/276_31.pdf Acesso em: 20/10/2018 PIMENTA,S. LIMA, M. Estágio e Docência. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2004. MORO, Catarina. Desafios da avaliação. REVISTA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2ed. São Paulo: Segmento, 2011. SILVA,PatríciaSousa. ARelação Professor/Aluno no Processo de Ensino/Aprendizagem. Revista Espaço da Sophia. Nº 07. Outubro/2007. Mensal. Ano I. ISSN-1981–318X. Disponível em: 20/10/2018 VEIGA, IlmaPassosAlencastro (Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola: umaconstrução possível. 23. Ed.Campinas, SP: Papirus, 1995. (Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção coletiva – p. 11 – 35). 5. ANEXOS Fotos da escola 1 – Local de refeição ( merenda) 2 – Corredor 3 – Corredor 4 – Sala de aula ( EJA) 5 – Cordenação Pedagógica 6 – Atendimento ( Secretaria) 7 – Banheiro masculino (alunos) 8 – Banheirofeminino(alunas) 9- Quadra de Esportes 10 – Comemoração do dia da Cidadania alunos e comunidade ( EJA)
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