Buscar

3 1 - Atributos dos Atos Administrativos

Prévia do material em texto

Atributos dos Atos Administrativos
24.05.2021
De acordo com a doutrina, os atos adm. terão 5 atributos. Alguns atos terão todos esses atributos, porém outros atos terão somente alguns.
- Presunção de legitimidade e veracidade (em todo ato)
- Imperatividade (não está presente em todos os atos, somente naqueles que impõe obrigações)
- Coercibilidade (não está em todos atos, decorre da Imperatividade)
- Autoexecutoriedade (não está em todos os atos, mas na maioria. Presente no Poder de Polícia)
- Tipicidade (presente em todos)
· A presunção legitimidade: presunção de que os atos administrativos sejam legítimos, visto que a regra geral é que a adm. pub só pode fazer o que a lei permite (princípio da Legalidade), além de ter que motivar seus atos. Então, todos os atos, em tese estariam abarcados por essa legitimidade. 
· A presunção de veracidade diz que atos devem estar baseados no elemento MOTIVO, fundados nos elementos de fato e de direito. 
(Para + informações ir nas anotações de “Princípios Implícitos” – Presunção de Legitimidade e Veracidade)
· PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E DE VERACIDADE ESTÃO PREVISTO EM TODOS OS ATOS.
Estas são PRESUNÇÕES RELATIVAS (juris tantum), existindo a possibilidade de prova em contrário. Mas a quem cabe a prova de demonstrar que esse ato seja ilegítimo ou não verdadeiro é o interessado.
O agente pub. tem fé pública, presumindo que estejam agindo conforme a verdade.
· A imperatividade não está prevista em todos os atos adm. – o Ato é imposto a alguém e ele deve cumprir – se encontra somente em atos que consiste em obrigações, por exemplo.: multa ou pagamento de um tributo.
· Da imperatividade, decorre a coercibilidade. Os atos que possuem imperatividade, também possuem coercibilidade, visto que têm o poder de exigir, inclusive usando a força policial. E também podem ser aplicadas sanções em razão do descumprimento de uma conduta imposta pela adm. pública.
· IMPERATIVIDADE E COERBILIDADE NÃO EXISTE EM TODOS ATOS ADM.
· A Autoexecutoriedade está presente no Poder de Polícia, tendo em vista que ela realiza o ato adm. por conta própria de maneira imediata e direta, sem necessidade de permissão do Judiciário. 
Por exemplo.: a adm. pode demolir uma obra irregular que esteja oferecendo risco ao bem comum sem ter consentimento do judiciário.
· NÃO ESTÁ EM TODOS ATOS ADM., MAS ESTÁ NA MAIORIA.
· Como saber se o ato é ou não autoexecutório? 
Cabe à lei regulamentar se aquele ato terá essa característica. Mas se a lei não trouxe de forma expressa, mas se tratar de medida urgente, ele se torna autoexecutório.
PORÉM, A MULTA É UM EXEMPLO DE CASO QUE SÓ PODE SER EXECUTADO ATRAVÉS DO PODER JUDICIÁRIO, NECESSITANDO DE AUTORIZAÇÃO.
A Adm. não precisa de autorização prévia, mas a pessoa atingida pelo ato, poderá posteriormente, pedir a avaliação da validade do ato.
ESPÉCIES DE AUTOEXECUTORIEDADE
Espécies:
Exigibilidade -- Meios indiretos de coação, sempre previstos em lei (por ex. multa)
Executoriedade -- Meios diretos de coação, inclusive força, mesmo sem previsão legal (por ex. guinchar um carro)
· Tipicidade: todo ato adm. está tipificado em lei, previamente definido em lei. Decorre do Princípio da Legalidade.
Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato previamente definido em lei. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Ex.: da Obs.: Quando a lei diz que vai depender da “boa-fé do beneficiário”, mas não explica o que seria a boa-fé.
ATOS SIMPLES, COMPLEXOS OU COMPOSTOS
• Simples: decorre da declaração de vontade de um ÚNICO ÓRGÃO, seja ele singular ou colegiado. 
Ex.: Ato de exoneração de um servidor ocupante de cargo em comissão (ato singular); um acórdão administrativo do conselho administrativo de recursos fiscais, órgão colegiado do Ministério da Fazenda (ato colegiado). 
• Complexos: é o que necessita para sua formação, da manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades (COM INDEPENDÊNCIA UM DO OUTRO).
Ex.: concessão de determinados regimes especiais de tributação que dependem de aprovação cumulativa do Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério da Fazenda. (TODAS AS VONTADES SÃO PRINCIPAIS)
• Compostos: é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de UM SÓ ÓRGÃO, mas sua edição ou produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove.
 Assim existe uma vontade principal, que é expressa por um órgão, sendo que para ela ter eficácia depende da vontade acessória externada por outro órgão. O ato será composto sempre que a sua eficácia somente puder ser obtida pela ratificação ordenada por outro órgão ou agente que não aquele que emitiu inicialmente a vontade do Estado. Ex.: O ato de nomeação do Procurador Geral da República, precedida de aprovação pelo Senado. (QUANDO UMA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE TEM MAIS PESO QUE OUTRA – O ATO JÁ EXISTE, O OUTRO SÓ FAZ APROVRAR. OU SEJA, VONTADE PRINCIPAL + ACESSÓRIA) 
31.05.21
Ato GERAL ou INDIVIDUAL
Geral: atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação. Ex.: Um edital de concurso público.
Individual: tem por destinatário pessoas certas e determinadas, produz efeitos jurídicos no caso concentro. Ex.: um ato de convocação de um concurso público.
Ato Interno e Externo
· Interno: os que produzem efeitos internos a pessoa ou órgão que o pratique.
Ex.: Ato de concessão de férias para um órgão administrativo.
· Externo: aqueles que produziram efeitos externos, que atingem os administrados em geral. São também considerados externos os atos que embora não destinados aos administrados, devem produzir efeitos fora da repartição que os editou ou onerem o patrimônio público. 
Ex.: Um edital de um concurso, um ato de desapropriação de um bem por interesse público.
*É importante essa classificação para destinar a publicidade deste ato.
Ato Perfeito, Imperfeito, Pendentes e Consumados
· Perfeito - é aquele que se encontra em condições de produzir efeitos jurídicos, porque já completou todo o seu ciclo de formação.
· Imperfeito - é o que não está apto a produzir efeitos porque não completou o seu ciclo de formação. Ex.: quando falta a publicação, a homologação, a aprovação, desde que estas etapas façam parte da sua formação.
· Pendente - é o que está sujeito a condição ou termo para que comece a produzir efeitos. Nesse caso já completou o seu ciclo de formação, mas ficam suspensos enquanto ocorra a condição ou termo.
· Consumado - É o que já produziu todos os seus efeitos. Se tornando definitivo, por isso mesmo irretratável ou imodificável.

Mais conteúdos dessa disciplina